segunda-feira, 5 de junho de 2017

Grande Satã: Irã diz que até aliados dos EUA sabem que não se pode confiar em Washington

Aproveitando as comemorações do 28º aniversário de morte do fundador da República Islâmica do Irã, aiatolá Sayyid Ruhollah Musavi Khomeini, o atual líder supremo do país, Ali Khamenei, voltou a acusar os Estados Unidos de serem o Grande Satã, no qual ninguém pode confiar.

"Isso é sabedoria. Os americanos não são confiáveis no que diz respeito a qualquer assunto", disse Khamenei, destacando que até mesmo os líderes europeus têm dificuldade para acreditar nos EUA. 
Criticando Washington por suas acusações contra o Irã, o sacerdote denunciou também a hipocrisia da Casa Branca, demonstrada durante a recente visita do presidente americano, Donald Trump, ao Oriente Médio: 
Vejam quão obsceno é o nosso inimigo! O presidente dos Estados Unidos dança com o líder de um regime reacionário [Arábia Saudita] e critica uma eleição de 40 milhões no Irã."
Segundo Khamenei, um dos grandes objetivos de Khomeini ao promover a revolução de 1979 foi acabar com a dominação de Washington e estabelecer um governo orientado para o povo. Ele acredita que essa ideia atrai hoje muitos jovens de países com laços fortes e antigos com os norte-americanos.
"Se vocês conversarem com a juventude da Arábia Saudita, vão ver que eles odeiam depender dos EUA", disse o aiatolá, sublinhando que, como declarava seu antecessor, desafiar o Grande Satã com sabedoria tem um preço menor do que apaziguá-lo. 

Fontes militares revelam detalhes sobre novo porta-helicópteros russo de quinta geração

Recentemente, duas fontes militares, citadas pela edição russa Zvezda, revelaram como vai ficar o novo porta-helicópteros russo Lavina (Avalanche).

O novo navio terá um convés que poderá acomodar helicópteros de assalto Ka-52K, helicópteros antissubmarino Ka-32, bem como um poderoso sistema de defesa antiaérea construído com base na versão naval do sistema de defesa antiaérea Pantsir-S.
No total, o navio russo será capaz de transportar, no mínimo, 60 veículos blindados e entre 20 e 30 tanques. Além disso, o navio será equipado com quatro lanchas de desembarque que levarão as equipes de militares para a zona de combate quando não haja possibilidade de o porta-helicópteros se aproximar da linha costeira.
Atualmente, apenas existe uma maqueta do Lavina. De acordo com seus criadores, o navio terá um deslocamento de 14.000 toneladas e 165 metros de comprimento.
Pela primeira vez, um protótipo do navio foi apresentado no âmbito da exposição EXÉRCITO 2015, mas na época o porta-helicópteros Lavina ficou praticamente sem atenção pública.
De acordo com o vice-ministro da Defesa da Rússia, Yuri Borisov, o Lavina foi incluído no programa de armamento para 2025 pelas autoridades russas para substituir os navios da classe Mistral, que a Rússia havia encomendado à França e que nunca recebeu devido aos acontecimentos na Ucrânia.
"Fizemos vários estudos para elaborar o projeto universal de um navio de nova geração. Tivemos uma experiência muito útil na construção de cobertas para os Mistral, os quais são um tipo de navio básico para a implantação de um grupo de helicópteros. Assim, estamos preparados para oferecer aos nossos clientes um navio universal", disse o conselheiro do diretor-geral do Centro de Pesquisa Estatal Krilov, Valery Polovinkin, citado pelo Zvezda.

EUA e China desencadearão Terceira Guerra Mundial?

O discurso do chefe do Pentágono no Fórum Diálogo de Shangri-La, que foi realizado em Singapura, alarmou especialistas de todo o mundo, os quais advertem sobre a ameaça de guerra entre Estados Unidos e China.

Ao comparecer no fórum regional, que é dedicado aos problemas de segurança coletiva, o secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, voltou a condenar as atividades de Pequim no mar do Sul da China.
Segundo a agência AFP, o chefe do Pentágono acrescentou que não exclui a possibilidade de confronto com o gigante asiático.
Esta não é a primeira vez que surgem advertências alarmantes a respeito da possibilidade de Pequim e Washington darem início a uma guerra no mar do Sul da China.
Anteriormente, o conselheiro de Donald Trump, Steve Bannon, previu que a confrontação entre China e EUA poderia acontecer nesta região nos próximos dez anos.
Apesar de uma autêntica guerra entre Estados Unidos e China parecer pouco provável, hoje em dia foi dada uma série de condições que poderia contribuir para este desenlace.
Por que ambos os países possuem tanto interesse no mar do Sul da China?
O mencionado Interesse pode ser explicado através de vários fatores. O primeiro deles é que pelo mar do Sul da China passam rotas de exportação de hidrocarbonetos dos países do Oriente Médio aos EUA e aos países da região do Pacífico.
Particularmente, enquanto China importa até 40% de seu petróleo cru através do mar do Sul da China, os EUA transportam por essas rotas hidrocarbonetos em um valor de 1,2 bilhão de dólares (cerca de R$ 4 bilhões).
Além disso, abundantes jazidas de petróleo foram descobertas na plataforma das ilhas Paracelso e no arquipélago Spratly. Atualmente, o mar do Sul da China conta com reservas de ouro negro de 11.000 milhões de barris, aproximadamente.
O cientista politico Leonid Krutakov destacou para a emissora russa RT que incluso os planos de Donald Trump de reduzir a dependência de Washington das importações de hidrocarbonetos através da intensificação da exploração das jazidas estadunidenses não ajudarão a melhorar as relações com Pequim.
"EUA sempre precisaram de mais energia, por isso que ocupam o primeiro lugar nas importações de hidrocarbonetos. Além disso, se Washington decidisse recuperar a exploração de todas suas jazidas, o país da mesma forma seguiria importando petróleo e gás", enfatizou o especialista.
Além disso, as ilhas Paracelso e o arquipélago Spratly possuem grande importância estratégica e militar, já que permitem controlar desde o ar a maior parte do mar do Sul da China.
O nascimento de uma potência naval
China não somente consolida suas posições no mar do Sul da China, como incrementa o potencial de suas Forças Armadas.
Pequim continua construindo submarinos adicionais, mesmo já possuindo uma frota de 75 submarinos. Para comparar, as Forças Armada dos EUA possuem só 70 submarinos. Porém, a China tem uma desvantagem no número de porta-aviões. O país asiático conta com somente dois porta-aviões, já os EUA — dez.
Pressagio de uma grande guerra
De acordo com Krutakov, o confronto entre China e EUA seguirá crescendo à medida que ambas as partes se preparem para uma guerra possível. Um dos passos principais rumo ao cenário de guerra se trata da instalação do sistema norte-americano THAAD na Coreia do Sul.
Não somente Steve Bannon, mas também Jacob Rothschild, disse que hoje em dia o mundo se encontra na margem da Terceira Guerra Mundial. Discrepâncias extremadamente sérias estão sendo acumuladas na economia mundial e estas discrepâncias são mais profundas do que as da Segunda Guerra Mundial", afirmou Krutakov, acrescentando que as armas nucleares freiam medidas preocupantes.
Os estreitos laços comerciais entre EUA e China poderiam ser o segundo fator. A ruptura com a China levaria os EUA ao déficit e à superprodução de mercadoria na China.
Porém, de acordo com especialistas, a história demostra que a presença de relações econômicas entre os dos países nunca garantiu a paz.

domingo, 4 de junho de 2017

Empresas aeronáuticas russas MiG e Sukhoi podem se juntar

A Corporação Aeronáutica Unida da Rússia (OAK) avança na sua reorganização estrutural. No contexto deste processo, está sendo estudado criar uma unidade dedicada aos aviões de combate, integrada pelas famosas empresas MiG e Sukhoi, entre outras, afirmou o presidente da entidade, Yuri Sliusar.

"[A OAK] está passando por uma etapa de reorganização. Estamos criando quatro unidades especializadas, entre elas, a unidade de aviação de combate. Esta será integrada pela MiG, Sukhoi e outras empresas ligadas à engenharia, produção e manutenção de aviões militares", comentou Sliusar citado pelo serviço de notícias russo RNS.
Ao mesmo tempo, o gerente sublinhou que não se trata da fusão das empresas, mas da sua aproximação dentro de um grupo de empresas pertencentes à mesma indústria.
Valorizamos enormemente a MiG e sua competência na engenharia e na produção, e nada vai privar esta empresa do seu nome", precisou Sliusar ao responder à pergunta sobre a possível fusão das duas empresas.
O comentário do presidente da OAK coincide com as declarações do ministro do Comércio e Indústria russo, Denis Manturov, que assegurou anteriormente que, em qualquer caso, "a marca e a escala dos consórcios aeronáuticos MiG e Sukhoi se conservará", haja ou não uma integração econômica.
As empresas MiG e Sukhoi são duas empresas aeronáuticas russas, provavelmente mais conhecidas por seus produtos de marca: o caça ligeiro MiG-29 e o caça pesado Su-27. No período após do colapso da União Soviética ambas as empresas viveram tempos turbulentos.
A Sukhoi gozou de maior atenção da Defesa russa com seus caças modernos Su-30 e Si-35, assim como com o caça-bombardeiro Su-34.
Ademais, a empresa é o principal contratante para a criação do caça furtivo russo da 5ª geração, T-50.
Seu rival, a MiG, permaneceu em uma relativa sombra até recentemente, quando voltou a estar na mira dos militares russos e estrangeiros com seu projeto MiG-35 — uma versão profundamente modernizada do seu emblemático antecessor, o MiG-29.

Terrorismo deixa 6 mortos e 30 feridos em Londres (FOTOS

Londres voltou a sofrer um ataque terrorista na noite deste sábado (3), as autoridades locais afirmaram. Um grupo de três suspeitos utilizou um furgão para fazer atropelamentos e depois atacou pedestres com uma faca antes de ser executado pelas forças policiais. O ataque gerou 6 mortos e 30 feridos.

A Polícia Metropolitana de Londres afirmou que os suspeitos entraram em confronto com as autoridades e foram baleados oito minutos após a primeira chamada telefônica informando dos crimes. O ataque começou na Ponte de Londres e os suspeitos foram executados nas cercanias do Borough Market
Estamos tratando este acontecimento como um incidente terrorista e uma completa investigação já está sendo realizada, liderada pela Unidade de Terrorismo da Polícia Metropolitana de Londres", afirmou o comissário adjunto Mark Rowley.
Os ataques acontecem poucos dias antes da eleição nacional de 8 de junho e menos de duas semanas depois de um homem-bomba matar 22 pessoas em um show da cantora Ariana Grande, em Manchester, no norte da Inglaterra. Até o momento, não houve reivindicação imediata de responsabilidade.

Qual poderá ser a resposta da Rússia e China à introdução do porta-aviões USS Gerald Ford?

A Rússia e a China não vão se abster de reagir à entrada em serviço do maior e mais dispendioso porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, da Marinha dos EUA, assegura o professor da Universidade Estatal Lomonosov de Moscou, Aleksei Fenenko.

Os dois países podem investir grandes somas de dinheiro nos seus sistemas de defesa antiaérea para responder ao militarismo crescente dos EUA, afirmou o analista à Sputnik.
Em 2 de junho de 2017, o maior e mais dispendioso porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, foi posto em serviço na Marinha americana. O professor russo opina que tanto a Rússia como a China têm medidas com a ajuda das quais poderão responder ao reforço da Armada americana.
Como poderiam a Rússia e a China responder aos EUA? O mais simples seria fazer o que têm feito até agora: desenvolverem seus sistemas de defesa antiaérea regionais", destacou o especialista, sublinhando que ambos os países podem ensinar Washington que "são capazes de derrubar aviões militares lançados a partir de seus porta-aviões se for necessário".
Vladimir Evseev, analista de assuntos militares do Instituto dos Países da Comunidade de Estados Independentes, por sua vez, apontou ao fato de a China estar alcançando os EUA no que se refere ao número de navios construídos para o serviço contínuo.
"É possível que a China responda a Washington lançando seus próprios navios de guerra", supôs ele.
Produzido pelo estaleiro americano Newport News Shipbuilding, o novo porta-aviões dos EUA faz parte de uma nova classe de navios projetados para substituir gradualmente uma classe atual de porta-aviões dos EUA, a Nimitz, que está em serviço da Marinha americana desde 1975.
navio USS Gerald R. Ford tem 332 metros de comprimento e é capaz de embarcar dois esquadrões de dez a doze F/A-18E/F Super Hornet, cinco caças EA-18G Growler equipados com instrumentos de guerra eletrônica, quatro aeronaves E-2D Hawkeye de alerta precoce e dois aviões de carga C-2 Greyhound. Além disso, o deslocamento do navio atinge 100 mil toneladas.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Cibersegurança da França não vê pista russa em ataques contra campanha de Macron

O chefe da Agência Nacional de Segurança dos Sistemas de Informação (ANSSI), Guillaume Poupard, disse que os ataques de hackers contra campanha de Macron não indiciam a conivência de hackers russos, relata a Associated Press.

Segundo Guillaume Poupard, o ataque “foi tão simples e não especializado que podia ter sido realizado por qualquer pessoa”. Ele sublinhou que apenas uma única pessoa podia ter feito isso.
DETALHES A SEGUIR URGENTE 

Há algo que você não sabia sobre os sistemas S-300

O sistema de mísseis S-300 é conhecido, obviamente, como uma arma contra alvos aéreos. Mas ele pode ser utilizado para outros fins.

Se houver necessidade, os mísseis S-300 podem atingir alvos terrestres, como veículos militares ou infantaria inimiga.
Em caso de ataque terrestre, o míssil antiaéreo equipado com cerca de 36.000 metralhas, destinado a eliminar aviões, drones e mísseis, é uma arma letal capaz de abater ou neutralizar alvos não blindados em uma grande área.Este uso "não convencional" da arma foi colocado em prática em 30 maio, durante as manobras do exército russo na região de Khabarovsk, no Extremo Oriente do país.
Segundo comunicou o serviço de imprensa da Defesa russa, as unidades de S-300, treinaram a resposta a um ataque de grupos de sabotagem e o lançamento de mísseis contra as forças do inimigo convencional.
Apesar das diferenças tecnológicas associadas ao uso de projéteis antiaéreos, sobretudo o alcance, a precisão e a limitada capacidade de penetrar a blindagem, é tecnicamente possível usar estes mísseis adaptados, por exemplo, com uma ogiva explosiva.
Não obstante, os analistas russos salientam que os sistemas de mísseis terra-terra são muito mais eficazes e baratos neste sentido, deixando a utilização dos S-300 contra alvos terrestres apenas para situações "extraordinárias".

Sete armas russas que mostraram sua eficácia na Síria

O jornal Svobodnaya Pressa (Imprensa Livre) publicou uma curta lista das últimas armas russas testadas nas condições reais de combate na Síria.

1. O caça Su-35S supermanobrável multifuncional de geração 4 ++. Não está na lista dos aviões da quinta geração só por duas características das 14 necessárias: discrição e utilização de um radar especial.Em alguns aspectos, chega a ser superior aos caças de quinta geração, que atualmente estão em serviço nos EUA, o F-22 e o F-35. Por exemplo, em termos de capacidade de manobra, é o campeão indiscutível do mundo, indica a mídia.
O S-35S aniquila tanto alvos terrestres como aéreos. Por exemplo, revelou suas capacidades ao destroçar fortificações de Daesh e colunas ilegais com caminhões-tanque de petróleo.
2. O míssil X-101, posto ao serviço em 2013, é a arma principal dos bombardeiros estratégicos Tu-95 e Tu-160. O míssil tem um alcance de 5.500 quilômetros. Seu CEP (Erro Circular Provável, em inglês) é só de 5 metros. Esta alta precisão se consegue utilizando uma combinação de sistemas de controle de voo.
O míssil pode atingir alvos fixos e móveis. Neste último caso, o seu CEP se aumenta para 10 metros, o que é mais que suficiente com um peso da ogiva de 400 kg.
3. As bombas guiadas de alta precisão KAB-500S são capazes de planar por até 15 km com um desvio do alvo até sete metros, usam o sistema de navegação Glonass, a alternativa russa ao GPS, para destruir alvos, sendo a sua orientação corrigida através do sistema de busca de objetivos. A bomba é usada por aviões de guerra russos avançados, incluindo os bombardeiros Su-34, que estão atualmente operando na Síria. Assim, em outubro de 2015, uma bomba destas eliminou cerca de 200 membros do Daesh.
4. A utilização de mísseis de cruzeiro Kalibr se tornou numa sensação por todo o mundo quando um navio estacionado no Mar Cáspio fez fogo sobre as posições dos rebeldes sírios e o Kalibr voou 1.500 quilômetros acertando no alvo. Porém, não foi o melhor feito do míssil, já que seu alcance atinge 2.600 quilômetros, enquanto os mísseis exportados às forças armadas de outros países, como a Índia, não alcançam mais que 300 km.
5. O sistema de lança-chamas pesado TOS-1A Solntsepiok, sobre chassi de lagartas, já atraiu a atenção inclusive dos especialistas ocidentais. Sua particularidade consiste no “recheio” do projétil disparado. É uma mistura autoinflamável de alta temperatura de combustão e grande área de impacto.6. O sistema de guerra eletrônica Krasukha-4 suprime satélites espiões, radares instalados em terra e sistemas aéreos AWACS, canais da comunicação e controle, tornando as armas russas completamente invisíveis.Krasukha-4 prejudica bastante o Exército dos Estados Unidos, cujos meios de vigilância e comunicação falham ao chegarem a 200 km de Lataquia, na Síria.
7. A bomba inteligente Krasnopol de 152 mm foi desenvolvida na cidade russa de Tula. Tem um alcance e uma precisão incomparáveis. Sua probabilidade de atingir o alvo a uma distância de 25 km ascende a 97%, seu alcance máximo é de 70 quilômetros.
A precisão de tiro se consegue graças à iluminação de objetivos por laser. A Krasnopol é capaz de alcançar inclusive alvos que se movem com velocidades até 36 quilômetros por hora, por exemplo, veículos sobre lagartas.

Jungmann: EUA, Rússia, França e Israel querem lançar satélites no Brasil

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, reafirmou nesta quarta-feira que há pelo menos quatro países interessados em lançar satélites a partir do Centro Nacional de Alcântara, no Maranhão: Rússia, França, Israel e Estados Unidos, com quem o Brasil já vinha negociando um acordo de salvaguardas para uso da base. "São apenas alguns", disse ele.

Por sua localização, quase dentro do plano do equador, Alcântara é apontada como a base mais adequada para lançamentos geoestacionários, os quais, de acordo com o diretor-presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Braga Coelho, geram mais negócios. Dos quatro países interessados, a França já enviou uma delegação para visitar o local. Rússia e Israel receberam convites, mas ainda não foram. 
"Alcântara está absolutamente pronto e é um projeto estratégico para o governo", afirmou o ministro após participar do Fórum de Investimentos Brasil 2017, em São Paulo. Segundo ele, para viabilizar a participação de outros países, além dos EUA, o Ministério da Defesa retirou o projeto de acordo de salvaguardas para a parceria que estava parado na Câmara dos Deputados desde 2001 para reformulação.
"Aquele acordo se destinava aos Estados Unidos, mas não quer dizer que outros países não irão participar, então a minuta foi rediscutida. Tudo foi revisado pelos ministérios envolvidos e levado para discussão com os parceiros externos", disse o ministro, acrescentando que propôs uma reformulação na governança do projeto, a fim de que a política brasileira para o espaço seja coordenada em nível ministerial por um Conselho Nacional do Espaço. 
Apesar da declaração de Jungmann, ainda há uma questão pendente no que diz respeito às capacidades da base. Devido à desapropriação de boa parte do terreno para comunidades quilombolas, o tamanho original do centro de Alcântara, de 60 mil hectares, foi reduzido para 8 mil. Agora, a Defesa brasileira tenta ampliar essa área, considerada insuficiente para tantos interessados. 
"Pedimos mais 12 mil hectares, e isso já está em negociação com o Ministério Público e as comunidades. Se conseguirmos, será possível termos plataformas de lançamento para acomodar cinco a seis países", disse o ministro.

terça-feira, 30 de maio de 2017

Novidade dispendiosa: porta-aviões do futuro norte-americano não entusiasma militares

O primeiro porta-aviões do novo projeto Gerald Ford terminou os primeiros testes, comunicou o Comando da Marinha dos EUA.

Os especialistas verificaram as características de desempenho do navio, o funcionamento de todos os sistemas instalados, a conformidade às caraterísticas anunciadas e a prontidão para a entrada em serviço, comunica o Rossiyskaya Gazeta.
O Gerald Ford foi batizado de "porta-aviões elétrico" porque possui catapultas eletromagnéticas em vez das de vapor e trens de aterrissagem turboelétricos para os aviões.
O navio    novo projeto vai substituir os da classe Nimitz. O desenvolvimento do porta-aviões custou cerca de 13 milhões de dólares.Os marinheiros norte-americanos não mostraram otimismo com a criação do "porta-aviões do futuro". Os testes do porta-aviões foram atrasados em um ano por causa dos problemas sérios revelados durante a verificação dos sistemas do navio.
O Gerald R. Ford não corresponde aos parâmetros projetados em quatro áreas-chave: a decolagem e aterrissagem de aviões, o controle de tráfego aéreo, a autodefesa e o carregamento de munições a bordo", acrescentava o diretor de testes e avaliação do Pentágono Michael Gilmore.
O secretário adjunto da Defesa dos EUA Frank Kendall também criticou o projeto do porta-aviões, acrescentando ser claro que foi irrefletido dotar o porta-aviões com tantas tecnologias não testadas.
"A Rússia possui sistemas do grande alcance que são capazes de efetuar ataques em massa de várias direções em simultâneo. Essas armas em conjunto com os meios espaciais de localização de alvos em alto mar pode transformar os porta-aviões em dispendiosos túmulos para milhares de marinheiros norte-americanos", acrescenta o observador do The National Interest Harry J. Kazianis.
De acordo com Kazianis, o maior problema do porta-aviões não é o mau funcionamento dos sistemas de bordo, mas o fato de a época dos porta-aviões estar chegando ao fim. Os navios grandes vão ser um alvo fácil para os mísseis do inimigo.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Opinião: Pyongyang se aproxima da criação de família de mísseis balísticos

O último lançamento realizado pela Coreia do Norte na segunda (29) mostra que a indústria militar norte-coreana se aproxima da criação de toda uma série de mísseis balísticos, acrescentou à Sputnik o analista militar Igor Korotchenko.

Na manhã de segunda-feira a Coreia do Norte realizou mais um lançamento de mísseis da parte oriental do país, da zona da cidade de Wonsan. 
O míssil voou durante 6 minutos, tendo percorrido 450 quilômetros. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul qualificou o projétil lançado como um míssil de médio ou curto alcance do tipo Scud.  
O lançamento mostra que o complexo industrial-militar norte-coreano está ativamente acabando o programa de desenvolvimento de ua família de mísseis balísticos de vários tipos, realizando as indicações de Kim Jong-un sobre a criação de um escudo de mísseis. É claro que todos estes mísseis podem carregar ogivas nucleares", acrescentou à Sputnik o analista russo Igor Korotchenko. 
Ele adiantou que Pyongyang mostra assim a reação à pressão político-militar por parte dos EUA. 
Especialistas norte-coreanos analisam os lançamentos bem e mal sucedidos para perceber os problemas e encontrar soluções técnicas. De qualquer forma podemos constatar uma implementação rápida do programa de mísseis da Coreia do Norte", frisou Korotchenko.  
O míssil lançado pela Coreia do Norte neste domingo caiu na zona econômica exclusiva do Japão, segundo informou o secretário-geral do governo japonês, Yoshihide Suga, aos jornalistas. O político revelou que o Japão protestou junto de Pyongyang nos termos mais duros possíveis

Militares israelenses efetuam lançamento de míssil

Militares israelenses anunciaram o lançamento bem-sucedido de um míssil. O objetivo foi testar o motor.

O míssil foi lançado de uma base no centro do país, tendo sido visto por milhares de israelenses que iam naquele momento para o trabalho.
"Israel efetuou o lançamento para testar o motor do míssil…Os testes foram realizados de acordo com o plano", informou o Ministério da Defesa, não fornecendo detalhes.

O portal de notícias "Y-net" indica que o motor testado pode ser usado nos mísseis da classe "terra-ar" como o Hetz (ou Arrow, em inglês) ou "terra-terra" tipo Jerico, que, de acordo com os dados da mídia estrangeira, pode carregar ogivas não-convencionais.

domingo, 28 de maio de 2017

Ao que isto levará? Já se elabora 'código de conduta' para guerras no espaço

Um grupo de cientistas, advogados e políticos de vários países estão trabalhando para elaborar o primeiro código de conduta para as batalhas espaciais, o qual pretende regulamentar as ações militares no espaço ultraterrestre.

A iniciativa, que prevê resolver os problemas existentes, foi apresentada pelos cientistas da Universidade de Exeter (Reino Unido), da Universidade McGill (Montreal, Canadá) e da Universidade de Adelaide (Austrália) e é conhecida como Lei Milamos, ou seja, na sigla em inglês, para designar o "Guia sobre as normas do direito nacional aplicável à utilização do espaço ultraterrestre com fins militares".O projeto foi iniciado em maio de 2016 e se prevê que termine em 2019. Os participantes de Milamos esperam que este documento ajude a dissipar a neblina densa sobre os assuntos legais da conquista militar do espaço.
Os autores do futuro código acreditam que o documento ajudará a esclarecer muitas das questões importantes que preocupam astronautas, cosmonautas e agências espaciais.
Entre as perguntas existentes até o momento, o jornalista da revista russa Ekspert, Sergei Manukov, destaca as seguintes: "Em que casos se pode atacar satélites civis que se podem utilizar também com fins militares?", "Quando se pode usar armas de laser?", "Se considera como crime editar imagens por satélite de objetos civis como se fossem infraestruturas militares e depois atacá-los?"Além disso, outro problema importante, embora não pertença à esfera militar, é a responsabilidade pelo lixo que se encontre na órbita terrestre como resultado dos possíveis conflitos abertos no espaço.Hoje em dia, há vários acordos internacionais que regulam a esfera do espaço, tal como o Tratado sobre o Espaço Exterior de 1967 e o Acordo sobre salvamento e devolução de astronautas e restituição de objetos lançados ao espaço exterior de 1968. Entretanto, estes documentos foram adotados na época da Guerra Fria e têm a ver principalmente com a exploração pacífica do espaço exterior.
Hoje em dia, os especialistas que se debruçam sobre a lei de Milamos e seus colegas coincidem na necessidade de criar um documento que regule exclusivamente a esfera militar do espaço, já que durante o meio século de exploração do espaço, ele se tem militarizado cada vez mais.
Segundo Manukov, Milamos se pode considerar como "uma tentativa de clarificar a aplicação do direito internacional à natureza variável dos conflitos armados".

Confira ranking de 5 países do Oriente Médio com maior arsenal de mísseis

Os israelenses têm o maior arsenal de mísseis e os lançadores de mísseis sauditas estão dirigidas contra Israel e o Irã: estes são apenas alguns dos fatos preocupantes que são revelados em um relatório novo sobre a presença deste tipo de armas no Oriente Médio.

Mais de 90% dos mais de 5 mil mísseis disparados em combate no mundo foram lançados no Oriente Médio. É assim que começa o novo relatório de Dennis M. Gormley sobre mísseis nesta região do planeta, publicado pelo Instituto do Oriente Médio (Middle East Institute), com sede em Washington.
Israel
Em sua análise, Gormley afirma que Israel tem o maior arsenal de mísseis, sendo que, 
para fins de dissuasão, o país dispõe principalmente de mísseis balísticos Jericho III (entre 4.800 e 6.500 km de alcance) dotados de ogivas nucleares.
Considera-se que os Jericho III são capazes de portar ogivas com uma carga útil de mil quilos. Estes mísseis usam um combustível sólido e estão instalados em silos capazes de resistir a ataques. Os Jericho III, assim como os mísseis Jericho II da geração anterior, podem estar instalados na base aérea de Palmachim, situada na parte central do país. Por sua parte, os mísseis de cruzeiro de ataque terrestre da série Popeye servem para efetuar ataques de precisão contra aeródromos e bunkers.
Além disso, o país conta com 3 sistemas antimíssil que reforçam suas capacidades de defesa. O primeiro é o interceptor de defesa de mísseis Arrow-3 que pode interceptar mísseis balísticos, inclusive a níveis mais altos que a atmosfera terrestre.
Ele é seguido pela Cúpula de Ferro israelense, um sistema móvel de defesa aérea que é capaz de interceptar foguetes de curto alcance e projéteis de artilharia de curta distância (de 4 a 70 km). O país possui também a Estilingue de David, um projeto conjunto dos EUA e Israel desenhado para interceptar aviões inimigos, drones, mísseis balísticos táticos, foguetes de médio e longo alcance (entre 30 e 300 km) e mísseis de cruzeiro.
Irã
A República Islâmica do Irã possui três variantes do míssil Shahab e 300 lançadores para eles. O Shahab-3 pode ser transportado por estrada e têm um alcance de mil quilômetros. Isto faz com que estes mísseis possam alcançar todo o território de Israel, o Afeganistão e o oeste da Arábia Saudita.
Outro míssil, o Gahr-1, amplia a capacidade de alcance de Teerã até 1.600 quilômetros. O Sajjil, um míssil de propulsor sólido com alcance entre 2 mil e 2.500 quilômetros, entrou no serviço em 2014 e, de acordo com Gormley, poderia eventualmente substituir o inventário de mísseis Shahab. Além disso, o autor recorda que o diretor da Organização Aeroespacial do Irã anunciou em 2012 que seu país tinha ou estava desenvolvendo 14 mísseis de cruzeiro diferentes.
Recentemente, o Irã apresentou seu míssil de cruzeiro de ataque terrestre Sumar, com alcance estimado entre 2.000 e 2.500 quilômetros. Precisamente esta semana, a agência de notícias persa Fars informou que o Irã tinha construído sua terceira fábrica subterrânea de mísseis balísticos, na qual se desenvolveria um novo míssil terra-terra batizado como Dezful. Quanto a sistemas de defesa antiaérea, a República Islâmica dispõe dos sistemas S-300 de fabricação russa.
Síria
A Síria chegou a ter um dos maiores arsenais de mísseis balísticos do Oriente Médio, mas o caos da guerra não permite realizar estimativas mais exatas sobre o potencial real, lamentou o analista.
De acordo com o relatório, o país árabe conta predominantemente com mísseis Scud-B, com alcance de 300 quilômetros, e Scud-C (550 km). Comunica-se também que a Síria pode possuir mísseis Scud-D com 700 km de alcance. Estes mísseis, junto com o míssil balístico Fateh-3 iraniano, de 200 km de alcance, podem garantir ao país um poder de fogo considerável, afirma o autor.
Além disso, é notável o arsenal de mísseis antinavio do país. Se estes mísseis de cruzeiro fossem equipados com ogivas químicas, poderiam produzir efeitos devastadores, sublinhou. Os sistemas russos S-300 e S-400, por sua vez, proporcionam proteção de uma parte do país.
Arábia Saudita
Riad tem um arsenal de mísseis balísticos pequeno, sendo todos eles adquiridos à China e modificados para portar somente ogivas convencionais. O país comprou seu primeiro míssil em 1987: o DF-3, altamente impreciso e alcance de 2.500 quilômetros. O especialista especificou que a orientação dos lançadores sugere que estes mísseis estejam dirigidas contra Israel e Irã, mas sua falta de precisão pressagia consequências graves, ainda mais se o país decidir atacar áreas urbanas.
No ano de 2007, os sauditas adquiriram o míssil chinês DF-21 (autonomia de voo de 1.700 km), de combustível sólido e com precisão melhorada. Além disso, Riad comprou mísseis de cruzeiro ocidentais Storm Shadow com alcance de até 300 km.
Turquia
Gormley assegura que a Turquia baseia sua segurança nas garantias de adquirir aos EUA e à OTAN, entre outros sistemas, um arsenal ilimitado de mísseis balísticos de curto alcance e o sistema tático americano ATACMS, com alcance de aproximadamente 250 km
.De acordo com o analista, Ancara também parece estar interessada em adquirir seu primeiro míssil balístico terra-terra de longo alcance, produzido pelo fabricante turco Roketstan. Os sistemas de defesa de mísseis balísticos também figuram hoje em dia entre as necessidades turcas, inclusive os que poderiam se integrar com outros sistemas da OTAN, destacou o especialista.
Em relação a isso, nos finais de abril o chanceler turco Mevlut Cavusoglu afirmou em uma entrevista à edição Haberturk que seu país tinha chegado a um acordo com Moscou para a compra de sistemas antiaéreos S-400 Triumf, visando substituir os antigos MIM-104.