terça-feira, 6 de junho de 2017
26 º contingente brasileiro realizará a fase final da MINUSTAH
Base General Bacelar, em Porto Príncipe, o 26º Contingente Brasileiro (CONTBRAS) na Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (MINUSTAH) foi efetivado como a última tropa que realizará a fase final da missão, que se concluirá em 15 de outubro. A representante especial do secretário-geral da ONU, Sandra Honoré; o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira Filho e o Force Commander da MINUSTAH, general Ajax Porto Pinheiro; o chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa, César Augusto Nardi de Souza, estavam no evento.Quero mais uma vez destacar a excelente atuação do 25º contingente no contexto final das eleições haitianas, assim como nas operações de ajuda humanitária, quer seja escoltando comboios ou recuperando eixos rodoviários e desobstruindo vias, mas sempre com a preocupação em bem cumprir a missão e trazer um pouco de alívio à população do Haiti”, foram as palavras do general Ajax ao se referir ao trabalho realizado pela tropa.Para o ministro das Relações Exteriores, o Brasil prestigia a solução pacífica dos conflitos e a obediência do direito internacional. “E a presença do Brasil nas missões de paz, já há 70 anos, é o atestado mais nítido, a demonstração mais clara desta característica do nosso País, a promoção da paz, para que a paz se mantenha, para que o conflito não volte” disse Aloysio Nunes durante a cerimônia.
A representante da ONU, Sandra Honoré, agradeceu e elogiou o apoio do contingente brasileiro ao estabelecimento de uma nova missão no Haiti. “O BRABAT 25º desempenhou um papel crítico, ao preparar um caminho para uma implementação bem sucedida da retirada progressiva do componente militar”, destacou. Segundo a representante especial, as tropas demonstraram flexibilidade e permitiram a abertura do processo da transferência da segurança para a polícia nacional do Haiti.
O último contingente
A última tropa brasileira no Haiti é composta por 970 militares, 850 do Batalhão de Infantaria (BRABAT) e 120 da Companhia de Engenharia de Força de Paz (BRAENGCOY). Do BRABAT, 639 são do Exército, 181 da Marinha e 30 da Força Aérea Brasileira.
O comandante do 26º BRABAT, coronel Alexandre Cantanhede, explicou que a tropa de infantaria tem um cronograma a cumprir até o encerramento da missão. “O BRABAT continua com a missão de manter um ambiente seguro e estável até o dia 1º de setembro, quando cessarão as operações, mas já, a partir do dia 26 de junho, nós daremos início as atividades de desmobilização. De tal forma que, no máximo, até primeiro de outubro, permaneça apenas com 10 por cento do efetivo total, 97 militares”, disse o coronel.A 26ª Companhia de Engenharia de Força de Paz é formada somente por militares do Exército, das mais diversas regiões do País e, segundo o seu comandante, tenente-coronel Anderson Soares, a ativação do contingente coroa o trabalho de preparação realizado há meses. “Essa vinda pra cá está sendo importante pois está culminando num trabalho muito profissional, de treinamento especializado, com mais de 60 cursos e estágios, para que chegue na área de operações preparado. A troca do contingente revigora a missão e nesse período de desmobilização, vai ser um ponto alto para as Forças Armadas brasileiras”, ressaltou.
A expectativa dos que chegam
Militares das três Forças relatam a expectativa de compor o último contingente no Haiti. Para o tenente da Marinha, Leandro Castro de Almeida, que pela primeira vez participa de uma missão de paz, estar apoiando a parte logística do grupamento operativo de Fuzileiros Navais é importante. “A primeira missão e a última são icônicas, têm uma carga muito grande. A primeira, para se estabelecer num local que não tinha nada, começar do zero, e a outra, de trazer de volta todo material e pessoal, além de lidar com uma série de eventos que os outros contingentes não tiveram” afirmou Almeida.
João Espolaor, militar da Força Aérea, considera que a responsabilidade de participar do último contingente vai além das questões operacionais. “Coordenar jovens soldados, de 19 anos, que pela primeira vez deixam família, viajam para fora do País e participam de uma missão real, é coordenar as emoções vividas por eles”, explicou. O tenente Espolaor estará à frente do pelotão de infantaria da FAB.Mas não só os jovens sentem a importância de ser do último contingente, o subtenente Pedro Filho, da Engenharia, se considera antigo no tempo de serviço, mas vive a mesma expectativa de cumprir bem uma missão real. “A engenharia tem contribuído no desenvolvimento e no apoio à população local, num país tão sofrido como o Haiti, pra mim é importante ver a engenharia desdobrada no terreno, fazendo os trabalhos de reconstrução de vias, desenvolvendo o apoio ao combate. Eu tenho uma expectativa muito boa de vivenciar isso”, destacou o militar.
O Haiti hoje
Uma comitiva de autoridades militares das três Forças, que vieram ao Haiti acompanhar a ativação da 26º CONTBRAS, cumpriu uma programação de reconhecimento do trabalho da tropa brasileira. Logo na manhã do dia 2, participaram de homenagem aos 18 brasileiros mortos no terremoto que devastou o país em 2010. A área de entrada do BRABAT conta com um monumento dedicado a esses militares.
No bairro de Cité Soleil, puderam observar a situação atual do Haiti. Pelas ruas de Porto Príncipe, do comboio da Força de Paz, perceberam que a população se reorganiza e trabalha dentro de um ambiente de normalidade.
O chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa, general Nardi, acredita que as tropas brasileiras atingiram o objetivo de pacificar o país. “Ver hoje uma região pacificada, com as pessoas comercializando na rua tranquilamente, mostra que não só em Citei Solei, como o país como um todo está indo no caminho certo e que a missão foi bem sucedida. Uma missão cumprida na parte militar”, afirmou o general.
O 26º CONTBRAS tem a missão de estreitar a relação com o componente policial, estabelecido pela ONU, que permanecerá no país caribenho. Haverá o máximo de operações conjuntas até a passagem efetiva, em primeiro de setembro, das atividades para a Missão das Nações unidas de Apoio à Justiça no Haiti (MINUJUSTH).
Hoje, no Haiti, os militares brasileiros ainda realizam operações em áreas de interesse da MINUSTAH. Embora a redução das atividades ocorra, as tropas continuarão no apoio de segurança e de suporte a emergências.
Por major Sylvia Martins
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
Ministério da Defesa
Especialista militar: Moscou é capaz de repelir qualquer ataque e os EUA sabem disso
Moscou é a cidade mais bem protegida de qualquer ataque nuclear, escreve a revista The National Interest. O especialista militar Oleg Glazunov comenta ao serviço russo da Rádio Sputnik as conclusões tiradas pelos especialistas norte-americanos.
"No mundo existe apenas uma cidade que está protegida por mísseis com ogivas nucleares — é Moscou", escreve a revista.
A capital da Rússia é a única cidade do nosso planeta que está coberta por um "escudo nuclear", acrescenta a edição.
A revista destaca que o Tratado sobre Mísseis Antibalísticos (ABM), assinado pelos Estados Unidos e União Soviética em 1972 (com o objetivo de limitar o número de mísseis desse tipo usados para defender certos lugares contra mísseis com ogivas nucleares), contém uma exclusão — o acordo não proibiu todos os sistemas de defesa antimíssil. Cada integrante do acordo poderia possuir um sistema desses, não ultrapassando os 100 mísseis. Segundo aponta o NI, o sistema poderia ser implantado em qualquer lugar.
Os Estados Unidos decidiram instalar o seu sistema Safeguard ao redor da base aérea militar Grand Forks no estado do Dakota do Norte, que funcionou por um curto período e logo depois foi desmantelado.
Enquanto isso, na União Soviética a situação era outra — se Moscou tivesse sido destruída por uma bomba nuclear, o país perderia a capacidade de responder ao ataque, pois todo o comando se encontrava na capital.
Isso resultou na instalação do sistema A-35, que consistia de uma rede de defesa antiaérea que deveria garantir a sobrevivência de Moscou em caso de guerra nuclear.
Se levarmos em consideração que o potencial nuclear de ambos os países não parou de crescer, nos anos 70 o sistema A-35 foi substituído por um mais novo — o A-135. Ao projeto de 32 rampas foram adicionados 68 novos sistemas, sendo assim, Moscou atingiu o limite de 100 instalações acordado pelo Tratado sobre Mísseis Antibalísticos (ABM).
Tendo em conta toda a situação, o analista em ciências militares da Universidade de Economia Plekhanov russa, Oleg Glazunov, expressou sua opinião ao serviço russo da Rádio Sputnik:
Nós possuímos o sistema automático Perimetr que é capaz de efetuar uma resposta de retaliação a qualquer ataque nuclear e que permite realizar um contra-ataque mesmo em caso de eliminação do comando. Além disso, o nosso sistema de defesa antiaéreo tem sempre ultrapassado os norte-americanos em 30-40 anos. Os sistemas de mísseis antiaéreos S-400 e S-500 — são supermodernos. O sistema de defesa antimíssil dos EUA não faz sombra ao nosso sistema de defesa antiaéreo, sempre tivemos vários níveis de intercepção de mísseis, Moscou sempre esteve bem protegida e os norte-americanos sabem-no. Talvez esse fato seja um fator que os contenha. Enquanto temos as valorosas tropas do sistema de defesa antiaéreo nos protegendo, podemos dormir tranquilamente."
No entanto, o analista político continua dizendo que não é correto acreditar que Rússia está se preparando para uma guerra nuclear.
"Os EUA não escondem que Rússia e China são seus adversários principais. É preciso levar em consideração a propaganda antirrussa que se difunde hoje e como os norte-americanos tentam nos testar. Por isso, é necessário um trabalho escrupuloso, devemos estar prontos para repelir qualquer ataque. E estamos prontos para fazê-lo. Não vamos atacar primeiro, mas o nosso ataque de resposta poderá ser tal, que os norte-americanos passarão um mau bocado, e eles têm que saber isso", concluiu.
China está a ponto de criar navio capaz de se transformar em submarino furtivo
A Marinha chinesa está tentando realizar o sonho de qualquer engenheiro naval de criar um navio de combate que possa se transformar em um submersível e seja capaz de disparar contra alvos terrestres e marítimos.
Várias mídias chinesas têm divulgado rumores de que as instituições do país asiático estariam se empenhando na criação de gigantes navios submersíveis, equipados com centenas de mísseis guiados.
Não é segredo que a capacidade de submersão na água parcialmente permite reduzir a visibilidade de qualquer navio perante os radares, protegendo-o do impacto dos mísseis.
De acordo com o portal Popular Science, haveria numerosos designs para a criação do barco "transformer".
O primeiro conceito se trata da construção de um navio de alta velocidade com uma superestrutura funcional que aloje armas de defesa e radares, sendo que a maior parte do casco ficaria embaixo d'água. Outro design prevê a criação de um navio completamente submersível com duas torres.
Hipoteticamente, na hora de entrar em ação em operações furtivas, o casco do novo navio quase por completo se submergiria debaixo d'água, deixando pouquíssimas partes à vista, enquanto que na hora de realizar missões que requeiram altas velocidades, o navio utilizaria seu fundo liso para se mover rapidamente, atravessando ondas marítimas como se fosse um barco ou um veículo anfíbio blindado.
Ambos os designs supõem que o novo navio chinês tenha um deslocamento de 20 mil toneladas.
Há rumores não confirmados de que o conceito final do navio, elaborado por Bohai Shipbuilding Heavy Industry Corporation, vá ser apresentado em 2020.
Saiba onde fica e como é a maior base militar americana no Oriente Médio
Em 5 de junho, o mundo foi sacudido pela notícia de que Bahrein, Arábia Saudita, Egito, Iêmen, Líbia e os Emirados Árabes Unidos romperam as relações diplomáticas com Qatar. No contexto da situação instável no Oriente Médio, saiba onde na região fica a maior base militar dos EUA.
Qatar, que há pouco ficou sujeito a um bloqueio diplomático, é um reino peninsular rico em gás e um jogador-chave na região do Oriente Médio. A importância deste país árabe é comprovada pelo fato de os EUA possuírem sua maior base aérea precisamente neste país.
A base se chama Al Udeid e se encontra a somente 32 quilômetros ao sudoeste da capital qatariana, Doha. Ao menos 11 mil soldados dos EUA se encontram instalados nesta base, de acordo com a emissora americana CNN.
Entre outras caraterísticas da base, vale destacar que possui 3,8 km de pista de aterrisagem, ou seja, a maior que há no golfo Pérsico.
De acordo com o relatório de Christopher M. Blanchard, publicado pelo Serviço de Investigação do Congresso dos EUA, Qatar investiu mais de 1 bilhão de dólares na construção da base durante a década de 90.Além disso, Al Udeid aloja o Centro de Operações Aéreas Combinadas (CAOC, sigla em inglês), responsável por supervisar o funcionamento da Força Aérea dos EUA no Afeganistão, Síria, Iraque e em outros 17 países."A cada 10 minutos, aproximadamente, um avião decola ou aterrissa aqui, 24 horas por dia, 7 dias da semana", é informado no site da 379 Ala de Expedição Aérea dos EUA, onde há informações sobre a base aérea qatariana.
A 379 Ala de Expedição Aérea é a maior e a mais diversificada da Força Aérea dos EUA que conta com mais de 100 aviões ao mesmo tempo, instalados na base no Qatar, inclusive com bombardeiros B-1.
Qatar teria pagado US$ 1 bilhão a terroristas para libertar membros da família real?
Qatar pagou aos terroristas um bilhão de dólares pela libertação de vários membros da família real, afirma a mídia americana, citando fontes relacionadas ao caso.
Vários comandantes de grupos armados e funcionários qatarianos comunicaram que Doha pagou 1 bilhão de dólares pela libertação de 26 membros da família real, que foram sequestrados por jihadistas no sul do Iraque.
Depois de entregar a quantia volumosa a um grupo ligado a Al-Qaeda em abril de 2017, Qatar também conseguiu a libertação de outras 50 pessoas que tinham sido capturadas por extremistas no território sírio, assegura o jornal americano The Financial Times.
Em dezembro de 2015, pessoas armadas em uniforme militar sequestraram um grupo de caçadores qatarianos no deserto de Nayaf, perto da fronteira com a Arábia Saudita.
De acordo com uma fonte da Sputnik da polícia iraquiana, entre os sequestrados havia membros da família real qatariana.
Conversações sobre a libertação de reféns têm se travado ao longo de mais de um ano entre Irã, Qatar e movimento libanês Hezbollah. Em abril, 26 caçadores foram libertados e entregues ao embaixador qatariano no Iraque.
No dia 5 de junho, seis países árabes, Bahrein, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen e Líbia, declararam ruptura de relações diplomáticas com Qatar, acusando Doha de apoiar organizações terroristas e desestabilizar a situação no Oriente Médio.
segunda-feira, 5 de junho de 2017
Monumento a submarino com alusão à 'ameaça russa' divide Suécia
O novo monumento que representa um submarino na cidade sueca de Karlskrona ainda não tinha sido inaugurado, mas já se tinha tornado um pomo de discórdia.
Enquanto umas pessoas o criticam por ser uma campanha de publicidade descarada da produtora de submarinos nacional Saab, outros argumentam que serve de alusão a um incidente envolvendo submarinos soviéticos.
Na semana passada, um monumento alusivo à torre de comando de um submarino foi inaugurado na cidade sueca de Karlskrona, onde ficam a única base naval da Suécia e a sede da Guarda Costeira da Suécia. A torre gigante, instalada num pedestal de granito negro e desenhado para recordar às pessoas o mar, pode ser visto por todos os motoristas chegando ou partindo da cidade.
No entanto, antes de ser inaugurado, o monumento, que havia sido criado para prestar homenagem à história dos submarinos da Suécia, gerou fortes debates.
O jornalista local Bertil Ahnlund criticou duramente o monumento, chamando-o de "inspirador da guerra" e argumentou sua opinião citando um artigo do jornal local Blekinge Läns Tidning, que diz que tais armas não são de todo o que o mundo precisa para uma vida pacífica.
Ele também destacou que a Saab foi realmente a maior produtora sueca de equipamento militar, sublinhando que a pacífica Suécia vendeu mais armas per capita do que os EUA ou a França e que algumas de suas exportações se destinavam a países em guerra. O autor louvou a Saab por ter colocado publicidade comercial no melhor lugar possível, sublinhando que ele próprio não partilha do orgulho que muitas pessoas sentem quanto ao assunto.
Em maio, no meio de debates sobre politização da arte urbana, o monumento, ainda por inaugurar, foi vandalizado por alguém que escreveu U-137 na torre, informou a Sveriges Radio. U-137 era a designação sueca do submarino soviético S-363, da classe Whiskey, que havia naufragado em 27 de outubro de 1981 perto de Karlskrona.
O incidente, que é conhecido como "Whiskey on the rocks" (literalmente "uísque nas rochas", mas que em geral significa uísque com gelo), provocou um caso de guerra diplomática de 11 dias entre a Suécia e a União Soviética.
A União Soviética tentou recuperar o submarino encalhado, que estava em um estado lamentável, mas as forças de resgate soviéticas foram paradas pelas forças navais da Suécia, que negaram acesso ao submarino. Finalmente, ele foi retirado das rochas por um rebocador sueco e transportado para as águas internacionais e depois entregue à Marinha soviética.
Naquele momento, o incidente era geralmente considerado como um sinal da penetração soviética na costa sueca, incentivando o medo histórico sueco da Rússia e causando a paranoia com submarinos que se mantém até hoje.
Grande Satã: Irã diz que até aliados dos EUA sabem que não se pode confiar em Washington
Aproveitando as comemorações do 28º aniversário de morte do fundador da República Islâmica do Irã, aiatolá Sayyid Ruhollah Musavi Khomeini, o atual líder supremo do país, Ali Khamenei, voltou a acusar os Estados Unidos de serem o Grande Satã, no qual ninguém pode confiar.
"Isso é sabedoria. Os americanos não são confiáveis no que diz respeito a qualquer assunto", disse Khamenei, destacando que até mesmo os líderes europeus têm dificuldade para acreditar nos EUA.
Criticando Washington por suas acusações contra o Irã, o sacerdote denunciou também a hipocrisia da Casa Branca, demonstrada durante a recente visita do presidente americano, Donald Trump, ao Oriente Médio:
Vejam quão obsceno é o nosso inimigo! O presidente dos Estados Unidos dança com o líder de um regime reacionário [Arábia Saudita] e critica uma eleição de 40 milhões no Irã."
Segundo Khamenei, um dos grandes objetivos de Khomeini ao promover a revolução de 1979 foi acabar com a dominação de Washington e estabelecer um governo orientado para o povo. Ele acredita que essa ideia atrai hoje muitos jovens de países com laços fortes e antigos com os norte-americanos.
"Se vocês conversarem com a juventude da Arábia Saudita, vão ver que eles odeiam depender dos EUA", disse o aiatolá, sublinhando que, como declarava seu antecessor, desafiar o Grande Satã com sabedoria tem um preço menor do que apaziguá-lo.
Fontes militares revelam detalhes sobre novo porta-helicópteros russo de quinta geração
Recentemente, duas fontes militares, citadas pela edição russa Zvezda, revelaram como vai ficar o novo porta-helicópteros russo Lavina (Avalanche).
O novo navio terá um convés que poderá acomodar helicópteros de assalto Ka-52K, helicópteros antissubmarino Ka-32, bem como um poderoso sistema de defesa antiaérea construído com base na versão naval do sistema de defesa antiaérea Pantsir-S.
No total, o navio russo será capaz de transportar, no mínimo, 60 veículos blindados e entre 20 e 30 tanques. Além disso, o navio será equipado com quatro lanchas de desembarque que levarão as equipes de militares para a zona de combate quando não haja possibilidade de o porta-helicópteros se aproximar da linha costeira.
Atualmente, apenas existe uma maqueta do Lavina. De acordo com seus criadores, o navio terá um deslocamento de 14.000 toneladas e 165 metros de comprimento.
Pela primeira vez, um protótipo do navio foi apresentado no âmbito da exposição EXÉRCITO 2015, mas na época o porta-helicópteros Lavina ficou praticamente sem atenção pública.
De acordo com o vice-ministro da Defesa da Rússia, Yuri Borisov, o Lavina foi incluído no programa de armamento para 2025 pelas autoridades russas para substituir os navios da classe Mistral, que a Rússia havia encomendado à França e que nunca recebeu devido aos acontecimentos na Ucrânia.
"Fizemos vários estudos para elaborar o projeto universal de um navio de nova geração. Tivemos uma experiência muito útil na construção de cobertas para os Mistral, os quais são um tipo de navio básico para a implantação de um grupo de helicópteros. Assim, estamos preparados para oferecer aos nossos clientes um navio universal", disse o conselheiro do diretor-geral do Centro de Pesquisa Estatal Krilov, Valery Polovinkin, citado pelo Zvezda.
EUA e China desencadearão Terceira Guerra Mundial?
O discurso do chefe do Pentágono no Fórum Diálogo de Shangri-La, que foi realizado em Singapura, alarmou especialistas de todo o mundo, os quais advertem sobre a ameaça de guerra entre Estados Unidos e China.
Ao comparecer no fórum regional, que é dedicado aos problemas de segurança coletiva, o secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, voltou a condenar as atividades de Pequim no mar do Sul da China.
Segundo a agência AFP, o chefe do Pentágono acrescentou que não exclui a possibilidade de confronto com o gigante asiático.
Esta não é a primeira vez que surgem advertências alarmantes a respeito da possibilidade de Pequim e Washington darem início a uma guerra no mar do Sul da China.
Anteriormente, o conselheiro de Donald Trump, Steve Bannon, previu que a confrontação entre China e EUA poderia acontecer nesta região nos próximos dez anos.
Apesar de uma autêntica guerra entre Estados Unidos e China parecer pouco provável, hoje em dia foi dada uma série de condições que poderia contribuir para este desenlace.
Por que ambos os países possuem tanto interesse no mar do Sul da China?
O mencionado Interesse pode ser explicado através de vários fatores. O primeiro deles é que pelo mar do Sul da China passam rotas de exportação de hidrocarbonetos dos países do Oriente Médio aos EUA e aos países da região do Pacífico.
Particularmente, enquanto China importa até 40% de seu petróleo cru através do mar do Sul da China, os EUA transportam por essas rotas hidrocarbonetos em um valor de 1,2 bilhão de dólares (cerca de R$ 4 bilhões).
Além disso, abundantes jazidas de petróleo foram descobertas na plataforma das ilhas Paracelso e no arquipélago Spratly. Atualmente, o mar do Sul da China conta com reservas de ouro negro de 11.000 milhões de barris, aproximadamente.
O cientista politico Leonid Krutakov destacou para a emissora russa RT que incluso os planos de Donald Trump de reduzir a dependência de Washington das importações de hidrocarbonetos através da intensificação da exploração das jazidas estadunidenses não ajudarão a melhorar as relações com Pequim.
"EUA sempre precisaram de mais energia, por isso que ocupam o primeiro lugar nas importações de hidrocarbonetos. Além disso, se Washington decidisse recuperar a exploração de todas suas jazidas, o país da mesma forma seguiria importando petróleo e gás", enfatizou o especialista.
Além disso, as ilhas Paracelso e o arquipélago Spratly possuem grande importância estratégica e militar, já que permitem controlar desde o ar a maior parte do mar do Sul da China.
O nascimento de uma potência naval
China não somente consolida suas posições no mar do Sul da China, como incrementa o potencial de suas Forças Armadas.
Pequim continua construindo submarinos adicionais, mesmo já possuindo uma frota de 75 submarinos. Para comparar, as Forças Armada dos EUA possuem só 70 submarinos. Porém, a China tem uma desvantagem no número de porta-aviões. O país asiático conta com somente dois porta-aviões, já os EUA — dez.
Pressagio de uma grande guerra
De acordo com Krutakov, o confronto entre China e EUA seguirá crescendo à medida que ambas as partes se preparem para uma guerra possível. Um dos passos principais rumo ao cenário de guerra se trata da instalação do sistema norte-americano THAAD na Coreia do Sul.
Não somente Steve Bannon, mas também Jacob Rothschild, disse que hoje em dia o mundo se encontra na margem da Terceira Guerra Mundial. Discrepâncias extremadamente sérias estão sendo acumuladas na economia mundial e estas discrepâncias são mais profundas do que as da Segunda Guerra Mundial", afirmou Krutakov, acrescentando que as armas nucleares freiam medidas preocupantes.
Os estreitos laços comerciais entre EUA e China poderiam ser o segundo fator. A ruptura com a China levaria os EUA ao déficit e à superprodução de mercadoria na China.
Porém, de acordo com especialistas, a história demostra que a presença de relações econômicas entre os dos países nunca garantiu a paz.
domingo, 4 de junho de 2017
Empresas aeronáuticas russas MiG e Sukhoi podem se juntar
A Corporação Aeronáutica Unida da Rússia (OAK) avança na sua reorganização estrutural. No contexto deste processo, está sendo estudado criar uma unidade dedicada aos aviões de combate, integrada pelas famosas empresas MiG e Sukhoi, entre outras, afirmou o presidente da entidade, Yuri Sliusar.
"[A OAK] está passando por uma etapa de reorganização. Estamos criando quatro unidades especializadas, entre elas, a unidade de aviação de combate. Esta será integrada pela MiG, Sukhoi e outras empresas ligadas à engenharia, produção e manutenção de aviões militares", comentou Sliusar citado pelo serviço de notícias russo RNS.
Ao mesmo tempo, o gerente sublinhou que não se trata da fusão das empresas, mas da sua aproximação dentro de um grupo de empresas pertencentes à mesma indústria.
Valorizamos enormemente a MiG e sua competência na engenharia e na produção, e nada vai privar esta empresa do seu nome", precisou Sliusar ao responder à pergunta sobre a possível fusão das duas empresas.
O comentário do presidente da OAK coincide com as declarações do ministro do Comércio e Indústria russo, Denis Manturov, que assegurou anteriormente que, em qualquer caso, "a marca e a escala dos consórcios aeronáuticos MiG e Sukhoi se conservará", haja ou não uma integração econômica.
As empresas MiG e Sukhoi são duas empresas aeronáuticas russas, provavelmente mais conhecidas por seus produtos de marca: o caça ligeiro MiG-29 e o caça pesado Su-27. No período após do colapso da União Soviética ambas as empresas viveram tempos turbulentos.
A Sukhoi gozou de maior atenção da Defesa russa com seus caças modernos Su-30 e Si-35, assim como com o caça-bombardeiro Su-34.
Ademais, a empresa é o principal contratante para a criação do caça furtivo russo da 5ª geração, T-50.
Seu rival, a MiG, permaneceu em uma relativa sombra até recentemente, quando voltou a estar na mira dos militares russos e estrangeiros com seu projeto MiG-35 — uma versão profundamente modernizada do seu emblemático antecessor, o MiG-29.
Terrorismo deixa 6 mortos e 30 feridos em Londres (FOTOS
Londres voltou a sofrer um ataque terrorista na noite deste sábado (3), as autoridades locais afirmaram. Um grupo de três suspeitos utilizou um furgão para fazer atropelamentos e depois atacou pedestres com uma faca antes de ser executado pelas forças policiais. O ataque gerou 6 mortos e 30 feridos.
A Polícia Metropolitana de Londres afirmou que os suspeitos entraram em confronto com as autoridades e foram baleados oito minutos após a primeira chamada telefônica informando dos crimes. O ataque começou na Ponte de Londres e os suspeitos foram executados nas cercanias do Borough Market
Estamos tratando este acontecimento como um incidente terrorista e uma completa investigação já está sendo realizada, liderada pela Unidade de Terrorismo da Polícia Metropolitana de Londres", afirmou o comissário adjunto Mark Rowley.
Os ataques acontecem poucos dias antes da eleição nacional de 8 de junho e menos de duas semanas depois de um homem-bomba matar 22 pessoas em um show da cantora Ariana Grande, em Manchester, no norte da Inglaterra. Até o momento, não houve reivindicação imediata de responsabilidade.
Qual poderá ser a resposta da Rússia e China à introdução do porta-aviões USS Gerald Ford?
A Rússia e a China não vão se abster de reagir à entrada em serviço do maior e mais dispendioso porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, da Marinha dos EUA, assegura o professor da Universidade Estatal Lomonosov de Moscou, Aleksei Fenenko.
Os dois países podem investir grandes somas de dinheiro nos seus sistemas de defesa antiaérea para responder ao militarismo crescente dos EUA, afirmou o analista à Sputnik.
Em 2 de junho de 2017, o maior e mais dispendioso porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, foi posto em serviço na Marinha americana. O professor russo opina que tanto a Rússia como a China têm medidas com a ajuda das quais poderão responder ao reforço da Armada americana.
Como poderiam a Rússia e a China responder aos EUA? O mais simples seria fazer o que têm feito até agora: desenvolverem seus sistemas de defesa antiaérea regionais", destacou o especialista, sublinhando que ambos os países podem ensinar Washington que "são capazes de derrubar aviões militares lançados a partir de seus porta-aviões se for necessário".
Vladimir Evseev, analista de assuntos militares do Instituto dos Países da Comunidade de Estados Independentes, por sua vez, apontou ao fato de a China estar alcançando os EUA no que se refere ao número de navios construídos para o serviço contínuo.
"É possível que a China responda a Washington lançando seus próprios navios de guerra", supôs ele.
Produzido pelo estaleiro americano Newport News Shipbuilding, o novo porta-aviões dos EUA faz parte de uma nova classe de navios projetados para substituir gradualmente uma classe atual de porta-aviões dos EUA, a Nimitz, que está em serviço da Marinha americana desde 1975.
O navio USS Gerald R. Ford tem 332 metros de comprimento e é capaz de embarcar dois esquadrões de dez a doze F/A-18E/F Super Hornet, cinco caças EA-18G Growler equipados com instrumentos de guerra eletrônica, quatro aeronaves E-2D Hawkeye de alerta precoce e dois aviões de carga C-2 Greyhound. Além disso, o deslocamento do navio atinge 100 mil toneladas.
quinta-feira, 1 de junho de 2017
Cibersegurança da França não vê pista russa em ataques contra campanha de Macron
O chefe da Agência Nacional de Segurança dos Sistemas de Informação (ANSSI), Guillaume Poupard, disse que os ataques de hackers contra campanha de Macron não indiciam a conivência de hackers russos, relata a Associated Press.
Segundo Guillaume Poupard, o ataque “foi tão simples e não especializado que podia ter sido realizado por qualquer pessoa”. Ele sublinhou que apenas uma única pessoa podia ter feito isso.
DETALHES A SEGUIR URGENTE
Há algo que você não sabia sobre os sistemas S-300
O sistema de mísseis S-300 é conhecido, obviamente, como uma arma contra alvos aéreos. Mas ele pode ser utilizado para outros fins.
Se houver necessidade, os mísseis S-300 podem atingir alvos terrestres, como veículos militares ou infantaria inimiga.
Em caso de ataque terrestre, o míssil antiaéreo equipado com cerca de 36.000 metralhas, destinado a eliminar aviões, drones e mísseis, é uma arma letal capaz de abater ou neutralizar alvos não blindados em uma grande área.Este uso "não convencional" da arma foi colocado em prática em 30 maio, durante as manobras do exército russo na região de Khabarovsk, no Extremo Oriente do país.
Segundo comunicou o serviço de imprensa da Defesa russa, as unidades de S-300, treinaram a resposta a um ataque de grupos de sabotagem e o lançamento de mísseis contra as forças do inimigo convencional.
Apesar das diferenças tecnológicas associadas ao uso de projéteis antiaéreos, sobretudo o alcance, a precisão e a limitada capacidade de penetrar a blindagem, é tecnicamente possível usar estes mísseis adaptados, por exemplo, com uma ogiva explosiva.
Não obstante, os analistas russos salientam que os sistemas de mísseis terra-terra são muito mais eficazes e baratos neste sentido, deixando a utilização dos S-300 contra alvos terrestres apenas para situações "extraordinárias".
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