quarta-feira, 15 de maio de 2013

FAB TV -- Especialistas da FAB -- Conheça os especialistas da Infantaria


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Petrobrás lidera disputa por áreas licitadas pela ANP


RIO - A Petrobrás, mais uma vez, liderou a disputa por áreas licitadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). A estatal arrematou 34 blocos, 12 deles como operadora - sete atuando sozinha. O total investido junto com seus parceiros, na 11ª rodada, foi de R$ 1,46 bilhão, dos quais R$ 537,9 milhões caixa próprio da companhia. Petrobrás, Total e BP estão entre as que concentrarão mais investimentos nas áreas licitadas. Em relatório, o Credit Suisse disse que os 34 blocos arrematados pela Petrobrás mostraram mais apetite da empresa do que o esperado pelo mercado, embora boa parte deles tenha sido feita em parceria.
Multinacionais de peso, como Repsol, Shell e Conoco estão entre as que nada levaram. Fizeram lances por poucos blocos (7, 6 e 2 blocos, respectivamente), mas não ganharam. A brasileira HRT nem tentou. Barra Energia tampouco, mas informou que seu foco será no leilão do pré-sal em novembro.
Petra Energia, com foco em blocos menores em terra, foi a segunda a arrematar o maior número de áreas, 27. A BP levou oito blocos em águas profundas. A empresa está no consórcio responsável pela maior oferta do leilão, R$ 345,9 milhões pelo bloco em mar do Foz do Amazonas número 57 que compartilhará com a operadora Total (40%) e Petrobrás (30%).
Também participa do consórcio, de mesma composição, que pagou R$ 214,4 milhões pelo bloco 88 da mesma bacia. "A BP está muito satisfeita com o resultado. Com essas aquisições, aumentaremos nossa presença exploratória em áreas de fronteira ao longo da margem equatorial brasileira", afirmou, em nota, Mike Daily, vice-presidente executivo de exploração da BP.
A OGX levou sete blocos na margem equatorial. Fez lances por 33 blocos e acabou investiu R$ 376 milhões por sua participação em 13 blocos. Em dez deles, estará sozinha, sem parceiros. É bem menos dos R$ 1,4 bilhão investidos pela OGX em 21 blocos na 9ª Rodada, em 2007, quando a petroleira de Eike Batista despontou no mercado. Apenas em um deles, na Bacia de Santos, a OGX ofertou R$ 344 milhões. Acabou não encontrando petróleo e tendo que devolver a área à União.
Desta vez, o maior lance que teve sucesso foi de R$ 80 milhões, para um bloco em Barreirinhas. A participação da petroleira, embora menos agressiva, surpreendeu, pois a companhia enfrenta restrições de caixa e produção abaixo do esperado. A OGX comprou sete blocos em águas profundas e dois em águas rasas localizados na Margem Equatorial, além de 4 blocos terrestres situados na Bacia do Parnaíba. Em dois deles, terá parceria com a ExxonMobil, que será operadora.
Bacias
Duas bacias sedimentares do Norte do País, de um total de 11 ofertadas, concentrarão cerca da metade da arrecadação e dos R$ 7 bilhões de investimentos da 11.ª rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Foz do Amazonas, na costa de Amapá e Pará, e Barreirinhas, na costa de Maranhão e Piauí - áreas tidas como nova fronteira na exploração de petróleo - arrecadaram R$ 1,589 bilhão de bônus pela concessão de 33 blocos. O total arrecadado no leilão em bônus para 142 blocos foi de R$ 2,8 bilhões. Foram R$ 802,7 milhões na Foz e R$ 786,9 em bônus no Maranhão.
As duas bacias demandarão mais de R$ 3 bilhões de investimentos mínimos por cinco anos na fase de exploração, quase metade de todo o investimento previsto após a rodada. As 30 empresas que levaram ao todo 142 blocos ontem terão que investir ao todo, no mínimo, R$ 7 bilhões, segundo a ANP.
Em média, as empresas pagaram nessa região cerca de R$ 48 milhões pelo direito de explorar cada bloco, dando a dimensão de que a região ganha relevância no mapa exploratório. A diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, disse que a rodada tinha como um de seus objetivos descentralizar investimentos no País, hoje focados no Sudeste
SNB

Marinha russa aumenta controle do Mediterrâneo

Nikita Sorokin

A esquadra do Mediterrâneo da Marinha de Guerra russa irá incluir submarinos e porta-aviões. Na prática, se trata do ressurgimento da 5ª Esquadra do Mediterrâneo.

Em janeiro deste ano, no Mar Negro e no Mediterrâneo tiveram lugar grandes manobras aeronavais da Marinha de Guerra Russa com a participação da aviação estratégica. Algum tempo depois, o ministro da Defesa Serguei Shoigu se pronunciou a favor da formação de um comando operacional independente da Marinha de Guerra para o Mediterrâneo com caráter permanente. Em fevereiro foi divulgado que o Estado-Maior General russo estava a estudar o estacionamento no Mediterrâneo até 2015 de uma formação operacional permanente da Marinha de Guerra.
Há dias, o comandante da Marinha russa, almirante Viktor Chirkov, anunciou que a força prevista para a Esquadra do Mediterrâneo iria consistir em cinco ou seis navios. O almirante não especificou se esse número incluía apenas os navios de guerra ou se também abrangia os navios de apoio como petroleiros e navios-oficina. Está garantido que a esquadra irá incluir submarinos e não se descarta a possibilidade de vir a englobar porta-helicópteros da classeMistral,comprados pela Rússia em França.
De acordo com Chirkov, a esquadra do Mediterrâneo será formada com base na rotação dos navios de combate e auxiliares das frotas do Mar Negro, do Norte, do Báltico e do Pacífico da Marinha russa. Neste momento já arrancou o programa de formação dos oficiais de estado-maior que irão ocupar permanentemente as funções de comando operacional da Esquadra do Mediterrâneo.
A presença permanente no Mediterrâneo de uma força naval russa é uma decisão plenamente justificada por vários motivos, referiu à Voz da Rússia o editor principal da revista Export Vooruzheny (Exportação de Armamento) Andrei Frolov:
“O primeiro é a Rússia continuar a ter interesses na bacia do Mediterrâneo, que é uma região em ebulição. Surge com frequência a necessidade de reagir de uma forma rápida e operacional e, se for necessário enviar navios das frotas do Norte, do Báltico ou do Mar Negro, isso pode demorar bastante tempo. Já quando os navios se encontram nessa área de forma permanente, as margens de manobra, políticas inclusivamente, são muito maiores. O segundo motivo são as razões políticas, mostrar a bandeira, ou seja as capacidades da Rússia. Isso é válido não só para os países do Oriente Médio, mas também para os Estados europeus.”
Além disso, os navios de guerra russos patrulham, já há vários anos, as zonas mais perigosas junto às costas africanas, protegendo dos piratas as rotas de navegação comercial, nomeadamente, junto à Somália. De acordo com Andrei Frolov, a esquadra do Mediterrâneo poderá funcionar como uma reserva para as missões de combate à pirataria nos Oceanos Pacífico e Índico.
O perito duvida, no entanto, que uma presença permanente da Marinha russa, em particular, no mar Mediterrâneo seja capaz de reduzir ou evitar situações de conflito. Os planos de Moscou para criar uma força naval na região não ameaçam, por enquanto, envolver a Rússia em qualquer conflito armado localizado, visto que a presença ou ausência de uma esquadra não irá influenciar de maneira nenhuma a tomada pelo Kremlin de decisões fundamentais.
Simultaneamente, considera Frolov, um destacamento de navios de guerra russos no Mar Mediterrâneo pode, sem dúvida, ser encarado como um elemento integrante dos esforços internacionais para o aumento da estabilidade na região.
Uma presença permanente de navios russos no Mediterrâneo irá ter elevados custos materiais, intelectuais e outros, refere o copresidente da Associação de Cientistas Políticos e Militares, Vasili Belozerov:
“Esses custos serão justificados se for evidente quais são os interesses do nosso país nessa região e que eles devem ser defendidos com o uso de uma força naval. Quanto aos porta-helicópteros Mistrale à sua inclusão nessa esquadra, há que considerar que estes são navios de desembarque. Se a Rússia planejar possíveis operações de desembarque, é possível que eles sejam necessários. De qualquer forma, a presença dessa esquadra na região não será barata e é necessário esclarecer com que finalidade o país e os contribuintes irão ter essa despesa.”
É do conhecimento geral a situação na Síria, onde, no porto de Tartus, está localizado o único ponto de apoio técnico e de abastecimento da Marinha russa no Mediterrâneo. O comando-geral russo não esconde que a formação desta força naval moderna no Mediterrâneo será inspirada na 5ª Esquadra da Marinha soviética. A ideia da sua criação em 1965 foi apresentada pelo então comandante da Marinha de Guerra da URSS, almirante Serguei Gorshkov.
Imediatamente antes da Guerra dos Seis Dias israelo-árabe de 1967, no Mediterrâneo estavam concentradas dezenas de navios de guerra de superfície, submarinos e navios de apoio soviéticos. Até essa altura, tinha sido desenvolvido o padrão de formação e de comando dessas esquadras: as quatro frotas soviéticas destacavam para a região três a quatro navios que aí formavam uma esquadra, recebendo esta a respetiva designação e número de ordem.
A base para a formação da 5ª Esquadra, criada a 14 de julho de 1967, foi a 14ª Esquadra Mista. A sua presença e as ações dos seus navios e destacamentos na monitorização da esquadra britânica e da 6ª Esquadra dos EUA não permitiram aos aliados participar na Guerra dos Seis Dias do lado de Israel.
Como recorda o capitão de mar-e-guerra e candidato a Doutor em Ciências Políticas Serguei Gorbachov, uma avaliação rigorosa do papel da 5ª Esquadra nos anos da Guerra Fria foi feita por um dos seus últimos comandantes, o almirante Yuri Sysuev: “Estando no epicentro das guerras e conflitos armados de 1967 e 1973 entre Israel e os países árabes, dos confrontos no Chipre em 1974 e no Líbano em 1982, e do uso da força militar pelos EUA contra a Líbia em 1986, os navios da esquadra foram um importante fator dissuasor para os planos e tendências de agressão”.
SNB

Rússia na feira SITDEF 2013: novos equipamentos e esquemas de interação

Oleg Nekhai .....  VOZ DA RU

A Rússia apresenta mais de 300 tipos de armamentos promissores para tropas terrestres, aviação e marinha na feira internacional de tecnologias defensivas SITDEF 2013, a decorrer na capital do Peru entre 15 e 19 de maio, entre eles o tanque T-90S, a bateria antiaérea Pantsyr S1, o caça Su-30MK2 e o sistema de lança-foguetes múltiplo mais potente no mundo Smerch.

A América Latina é um grande e promissor mercado para armamentos russos. Ultimamente, a Rússia enfrenta problemas em mercados clássicos, aos quais fornecia material bélico nos anos 90 – inícios dos anos 2000. Tal, em primeiro lugar, diz respeito, ao mercado chinês, porque a China produz independentemente a maioria de sistemas de armamentos, aponta Serguei Denisentsev, perito do Centro de Análise de Estratégias e Tecnologias:
“Em parte considerável, isso também diz respeito ao mercado indiano. Embora continuem a ser fornecidos grandes volumes de equipamentos militares, a Rússia, no entanto, depara-se aqui com sensível concorrência. Nestas condições, ganham grande importância os mercados de armamentos do Sudeste Asiático e da América Latina. Anteriormente, o principal parceiro nesta área foi a Venezuela. O Peru é também um mercado bastante importante. Um surto da cooperação militar-técnica está ligado, inclusive, à feira em Lima, em que a Rússia prevê propor o tanque T-90S ao Peru”.
O parque de tanques do Peru, composto principalmente por T-55 de produção soviética, tornou-se antiquado e está previsto renová-lo. Para além de T-90S, estuda-se a possibilidade de adquirir máquinas americanas Abrams e tanques Leopard de produção alemã. Contudo, a máquina russa ultrapassa os concorrentes pela fórmula eficácia-preço, aponta o porta-voz da empresa Rosoboronexport, Viacheslav Davydenko:
“Hoje em dia, o T-90S é o tanque mais competitivo. Suas caraterísticas, a potência do fogo, a capacidade de manobras e o grau de proteção foram avaliadas dignamente em todo o mundo. Mais de um milhar de T-90 já foi fornecido a clientes estrangeiros”.
Na feira em Lima, a Rússia apresenta o último modelo de helicóptero militar de transporte Mi-171Ch. Na América Latina estão a ser explorados na totalidade 500 helicópteros russos, assim como aviões de transporte e de combate, diz Serguei Denisentsev:
“Os helicópteros da família Mi-8, da qual faz parte também o Mi-171Ch, têm grande popularidade no mercado mundial, inclusive na América Latina. Naquela região, restam não muito grandes países, aos quais não foram fornecidas máquinas dessa família. O Mi-171Sh continua esta linha e é lógico grande interesse manifestado a este helicóptero”.
A Rússia propõe aos parceiros peruanos abrir um centro de serviços pós-venda de helicópteros russos. Deste modo, a Rosoboronexport não apenas fornece equipamentos militares ao mercado do Peru, mas também propõe uma cooperação mais larga, destaca Viacheslav Davydenko:
“A abertura de um centro de serviços é condicionada pelo fato de muitos países da América Latina terem explorado estes tipos de helicópteros e suas modificações. Por esta causa, seria justo organizar a manutenção no local”.
Este centro permitirá utilizar tecnologias de produtores de helicópteros russos, assim como criar no Peru novos postos de trabalho. A Rosoboronexport tem a certeza de que a participação da SITDEF 2013, encontros e conversações no âmbito da feira permitirão que a companhia alcance um novo nível da cooperação militar-técnica na América Latina.
SNB

Voo não tripulado: China avança e mostra maturidade

 Por Ivan Plavetz

Enquanto os Estados Unidos experimenta o inovador  demonstrador de conceito sem piloto NorthropGrumman X-47B a bordo de navios aeródromos de sua Marinha e o consórcio europeu desenvolvedor do veiculo aéreo não tripulado nEUROn esforça-se para superar as barreiras e prosseguir com seu projeto, a China mais uma vez demonstra maturidade nessa área, avançando rapidamente no domínio dessa tecnologia. A última novidade revelada pela internet chinesa diz respeito a uma aeronave de formas e tamanho semelhantes aos ocidentais  X-47B, nEUROn, Boeing Phantom Ray e Lockheed Martin RQ-170. O modelo é bastante diferente daqueles até agora exibidos pela potência asiática e sugere tratar-se de um jato dotado de características parcialmente “stealth” em aparente fase de preparação para um primeiro voo.
Analistas militares que estudam a evolução da tecnologia aeroespacial da China estão identificando o novo projeto com a designação “Lijian” (Espada Afiada), e suas características indicam que ele seja um protótipo de Veículo Aéreo Não Tripulado de Combate (UCAV) construído para demonstrar  tecnologias. Segundo as mesmas fontes, o projeto é resultado da colaboração entre a Hongdu, fabricante de jatos militares de treinamento, e Shenyang, um dos dois principais fornecedores de aviões de combate de primeira linha para a Força Aérea e Marinha do país.
A despeito das formas análogas aos modelos ocidentais, o “Lijian” não foi, aparentemente, desenhado para oferecer baixa assinatura radar em muitos aspectos, pelo menos no presente estágio do projeto. A saída de gases da turbina propulsora, por exemplo,  são grandes e possivelmente dotadas de pós-combustão, sendo que sua instalação expõe abertamente algumas  partes significativamente refletoras de ondas de radar . As mesmas limitações foram constatadasem outros projetos de aeronaves “stealth” revelados até hoje pela China, incluindo os recentes Chengdu J-20 e Shenyang J-31.
Por outro lado, as imagens do “Lijian” exibem novos e surpreendentes avanços na engenharia chinesa aplicada na concepção de aeronaves . Ao projetar o “Lijian” como uma asa voadora “tailles” (sem cauda ou derivas verticais), os chineses declararam-se prontos para enfrentar um dos problemas mais difíceis da aerodinâmica e de controlabilidade de vôo. Asas voadoras constituem-se em um grande desafio para os especialistas em aerodinâmica que perseguem a melhor performance em termos de sustentação, bem como para os engenheiros que atuam na área  de “furtividade aos radares” buscando minimizar os reflexos das ondas de radar nos pontos críticos dessas estruturas aerodinâmicas . Ao mesmo tempo, a forma “asa voadora”  produz efeitos aerodinâmicos que são de difícil controle, como por exemplo, um fenômeno chamado "pitchtumble ", o qual acontece em  baixas velocidades e resulta na perda  de controle repentino da aeronave terminando por vezes em situação irrecuperável.
A indústria aeroespacial chinesa tem focado sua atenção nos problemas da configuração “tailles” testando soluções ao longo dos últimos anos. Engenheiros da Shenyang, por exemplo, elaboraram em 2007 um estudo entitulado Aplicações da Configuração de Asa Voadora em UCAVde Reconhecimento, o qual  coloca a configuração aerodinâmica “tailles” como uma escolha optimizada.
SNB

EXÉRCITO NIGERIANO INICIA GRANDE OFENSIVA CONTRA EXTREMISTAS ISLÂMICOS


A Nigéria lançou uma campanha militar nesta quarta-feira para expulsar militantes islâmicos de suas bases em áreas de fronteira, depois que o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, declarou estado de emergência no nordeste do país.
Um grande número de soldados nigerianos se deslocou para a região, como parte de um plano governamental para derrotar a insurgência do grupo islâmico Boko Haram, que assumiu o controle de parte significativa do território.

"As operações, que envolvem o envio massivo de homens e recursos, são destinadas a assegurar a integridade territorial do país e aumentar a segurança de todos os territórios dentro das fronteiras da Nigéria", disse um comunicado na sede da Defesa.
Jornalistas da Reuters e moradores viram caminhões transportando soldados do Exército entrar nas localidades de Yola e Maiduguri após Jonathan declarar estado de emergência na terça-feira em três Estados - Borno, Adamawa e Yobe -, depois dos ataques de militantes do Boko Haram.
Desde seu início, em 2009, a insurgência tem custado milhares de vidas e desestabiliza a Nigéria, maior produtor de energia da África. O Boko Haram tem como alvo as forças de segurança, cristãos e políticos no norte do país, cuja população é, na maioria, muçulmana.
O envio de tropas provavelmente vai aplacar alguns dos críticos de Jonathan, que o acusam de não estar à altura da gravidade da crise, mas alguns políticos do norte já manifestaram o temor de que a ação militar eleve a tensão na região.
Também não está claro se o maior poderio militar pode vencer uma batalha contra um adversário que se mostrou ser mestre em desaparecer quando está sob pressão, apenas para ressurgir novamente em outro lugar.
Autoridades militares no Nordeste e na sede da capital, Abuja, não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.
Um repórter da Reuters viu seis caminhões transportando soldados entrando em Yola, capital do Estado de Adamawa. Na capital do estado de Borno, Maiduguri, a maior cidade da região e berço da revolta, os moradores também informaram que houve afluxo de tropas. O clima é tenso na cidade. A maioria das lojas fechou e há poucas pessoas nas ruas. Escolas foram fechadas.
"O que eu vi hoje de manhã me assustou", disse um homem em Maiduguri, Ahmed Mari. "Nunca vi soldados em movimento assim antes."
Outro entrevistado, Kabir Laoye, expressou temores generalizados de que civis poderiam ser apanhados no conflito: "As pessoas estão muito apreensivas em relação ao estado de emergência", afirmou.
SNB

S-BR - SEÇÕES DO NOVO SUBMARINO BRASILEIRO EMBARCAM EM CHERBOURG

Marinha do Brasil tem dado passos largos no processo de construção dos novos submarinos convencionais (S-BR1), que serão construídos nacionalmente. Hoje, dia 14 de maio de 2013, as seções de vante (S3 e S4) do primeiro submarino da classe “Scorpène” foram embarcadas no Navio Mercante “Tracer”, em Cherbourg, França, e já estão a caminho de Itaguaí, no Rio de Janeiro, para o início da construção desse submarino.

A construção desse submarino faz parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), que prevê a fabricação de cinco submarinos, sendo quatro deles convencionais e um com propulsão nuclear.
 
Desde maio de 2010, quando as seções de vante tiveram sua construção iniciada, aproximadamente, 365 pessoas, entre funcionários, engenheiros, técnicos e especialistas da Marinha do Brasil, da Nuclebrás Equipamentos Pesados S/A (NUCLEP) e da Itaguaí Construções Navais (ICN) foram treinados para serem os multiplicadores de conhecimento a todos aqueles que irão trabalhar na fabricação e construção dos submarinos no Brasil.

Progredindo em tecnologia e investindo em conhecimento, a Marinha do Brasil vem solidificar o sonho de projetar e construir, no Brasil, nosso submarino com propulsão nuclear.
DEFESA NET SNB

terça-feira, 14 de maio de 2013

Novo foguete europeu dá show de versatilidade


O segundo voo do novo foguete VEGA, da ESA (Agência Espacial Europeia) foi um sucesso, completando uma missão tríplice, que colocou três satélites em três órbitas diferentes.
Foram lançados dois satélites de observação da terra, o Proba-V, da ESA e o VNREDSat-1A, do Vietnam.
A seguir, foi lançado o primeiro satélite científico da Estônia, o inovador ESTCube-1, que vai testar uma nova tecnologia de propulsão espacial, chamada vela solar-elétrica.
Foguete multiuso
Essa missão múltipla exigiu cinco acionamentos dos motores do foguete.
Depois da queima dos dois primeiros estágios de combustível sólido, o Proba-V foi liberado em uma órbita circular a uma altitude de 820 km, na costa oeste da Austrália, 55 minutos após o início do voo.
O principal objetivo da missão é monitorar a cobertura vegetal do Planeta Terra.
Depois de liberar o Proba-V, o módulo superior fez uma terceira queima, após o que a parte superior do Vega, em forma de ovo, foi ejetada.
Depois de uma quarta queima, em uma órbita a uma altitude de 704 km, o VNREDSat-1A foi liberado 1 hora e 57 minutos depois do lançamento.
O ESTCube-1 foi ejetado três minutos mais tarde.
Uma quinta e última queima pôs o foguete em uma trajetória que garante sua reentrada na atmosfera, de acordo com a nova regulamentação do lixo espacial.
O lançamento marcou o início da transição da ESA para a Arianespace como operador de lançamento do Vega. A Arianespace fez a análise do voo, a preparação e as operações, e o marketing que permitiu que o lançamento contasse com uma carga comercial.
Satélite da vegetação
A carga primária do Proba-V é um minissatélite de 160 kg construído pela Qinetiq Space Belgium.
O Proba-V baseia-se na plataforma que suportou duas anteriores missões da ESA e transporta o equipamento Vegetation, que irá mapear o coberto vegetal global a cada dois dias, seguindo-se à primeira geração de captadores de imagem a bordo dos satélites franceses Spot 4 e 5.
O Proba-V está na mesma órbita que o Spot-5, de forma a tomar o seu lugar que ele se aposentar no próximo ano.
O equipamento Vegetation é uma sofisticada tecnologia de captação de imagem, concebida para fornecer imagens com 350 metros de resolução, em quatro bandas no visível e no infravermelho, com uma largura de banda muito elevada, permitindo a cobertura de todas as áreas entre os 35-75ºN e 35-56ºS.
Além deste instrumento principal, o Proba também transporta uma série de cargas tecnológicas, tais como um receptor para detectar aeronaves em voo, um amplificador de comunicações baseado na última tecnologia de semicondutores de nitreto de gálio, um novo par de monitores de radiação e uma experiência defotônica, para testar as fibras ópticas no espaço.

Outra missão de grande interesse é o ESTCube-1.Vela solar-elétrica
Este picossatélite, pesando apenas 1,3 kg, foi projetado e construído por estudantes da Universidade de Tartu, com uma contribuição do Instituto Meteorológico Finlandês.
A sua missão consiste em soltar um cabo de 10 metros no espaço para realizar manobras aproveitando o fluxo de plasma, o que contribuirá para o desenvolvimento de velas solares electroestáticas que poderiam permitir realizar viagens interplanetárias sem combustível.
Ao contrário das velas solares normais, que possuem um fino tecido reflexivo para receber o impacto do vento solar, a vela solar-elétrica se parece mais a armação de um guarda-chuva - imagine um guarda-chuva sem o pano.
Esses fios são mantidos energizados por um pequeno canhão de elétrons, a bordo da espaçonave.
É a interação entre esses fios energizados e o vento solar que gera o empuxo para empurrar a espaçonave - o potencial dos fios repele os prótons do vento solar, ganhando impulso a partir desse choque.
Pelo menos essa é a teoria - o ESTCube-1 irá dizer se ela está correta ou não e se a eficiência do mecanismo merecerá testes maiores.
SNB

Mega, site de Kim Dotcom, poderá rastrear quem baixou projeto de arma impressa em 3D


O portal de armazenamento Mega, do alemão Kim Dotcom, poderá rastrear todos os seus usuários que baixaram arquivos para construir armas usando impressoras 3D, informou, nesta terça-feira (14), a imprensa neozelandesa.
Segundo o site "Stuff", o executivo-chefe do Mega, Vikram Kumar, afirmou que a empresa pode determinar a direção do IP daqueles que baixaram de seus servidores as cópias de uma arma batizada como "The Liberator" (A Libertadora, em tradução livre) e, inclusive, obter o e-mail destes usuários em alguns casos.No entanto, Kumar ressaltou que primeiro é necessário obter uma ordem judicial solicitando estas informações. De acordo com o ele, essa medida depende de como a Justiça americana interpretará a Lei de Armas.
A embaixada dos Estados Unidos na Nova Zelândia não se pronunciou sobre a possibilidade de as autoridades do país norte-americano emitirem a ordem judicial em questão.
As instruções para a construção da pistola citada, a primeira de fabricação caseira, foram fornecidas por meio de portais como o Mega, conhecido por ser "rápido e gratuito", para evitar que as autoridades rastreassem as atividades dos usuários.
Divulgação
Imagem das peças que compõem uma pistola Liberator, feita em impressora 3D
Imagem das peças que compõem uma pistola Liberator, feita em impressora 3D
Desde então, mais de 100 mil cópias gratuitas do manual de fabricação da arma, elaborado pela empresa americana Defense Distributed, foram baixadas, principalmente por usuários da Espanha e dos EUA. Depois que as autoridades norte-americanas começaram a investigar a "Defense Distributed" pela suposta violação das leis de controle de armas, o Mega retirou os arquivos com o manual do ar.
De acordo com Ira Rothken, advogado de Kim Dotcom, que aguarda em liberdade condicional o início do julgamento de sua extradição aos Estados unidos em um caso de suposta pirataria informática, as autoridades americanas não pediram ao Mega para apagar os arquivos da arma citada.
"Se o Mega alojou o arquivo da arma fora dos Estados Unidos, a lei desse país não se aplica ao portal de armazenamento", comentou Rothken em declarações citadas pelo portal "New Zealand PC World".
A pistola, cujos componentes de plástico foram criados por uma impressora capaz de produzir objetos em 3D, foi inventada por Cody Wilson, um estudante de Direito de ideologia libertária que defende que qualquer um pode construir sua própria arma sem ser submetido aos controles sobre posse de armas de fogo.
FOLHA DE S PAULO...SNB

GRUPO DE TRABALHO DO SABIA-MAR REALIZA WORKSHOP COM OS PROVÁVEIS USUÁRIOS DA MISSÃO


O Grupo de Trabalho da Missão SABIA-Mar (composto por membros da Agência Espacial Brasileira (AEB), da indústria, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Comissão Nacional de Atividades Espaciais da Argentina (CONAE)) promoveu, nos dias 13 e 14 de maio, na sede da Agência Espacial Brasileira (AEB), o Workshop SABIA-Mar Usuários Brasileiros. O encontro foi uma oportunidade para que as instituições nacionais que poderão se beneficiar com o SABIA-Mar apresentassem suas necessidades, expectativas e planos para utilização das imagens a serem geradas. O objetivo é que os dois satélites a serem desenvolvidos atendam ao maior número de demandas possível.
Segundo o presidente da AEB, José Raimundo Coelho, a Agência Espacial Brasileira está inovando na forma de conceber novas missões de satélites no Brasil. “Queremos que os usuários e a indústria estejam envolvidos em todo o processo. A missão SABIA-Mar é a primeira a ser realizada a partir dessa visão”, afirmou ao abrir o workshop. “Esta é a primeira de muitas reuniões que realizaremos com usuários de satélites”, concluiu.
Durante a reunião foi apresentado o estado atual do projeto, foram discutidos os requisitos de missão existentes até o momento e expostas aplicações potenciais. “É necessário saber o que os futuros usuários do SABIA-Mar precisam. Todos devem participar das atividades”, afirmou o gerente brasileiro da missão e engenheiro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Marco Antônio Chamon, durante o evento.
Para o oceanógrafo da Petrobras Fernando Batista, o SABIA-Mar será essencial para o aumento da robustez do conjunto de dados hoje gerado por outros satélites; na alimentação de modelos de circulação oceânica; para melhor entendimento da circulação oceânica ao largo da costa brasileira; entre outros.
A pesquisa em bio óptica e sensoriamento remoto (SR) da cor do oceano e o ensino e extensão em SR dos oceanos são os pontos positivos que o SABIA-Mar trará de acordo com Melissa Carvalho, do Programa de Pós-graduação em Ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina.
Os participantes receberam um formulário para preencherem com todas suas demandas e considerações. Ao final, os dados serão compilados em um relatório que será enviado para todos e poderá servir como base para o desenvolvimento dos satélites.
Também participaram do workshop o Comando da Marinha, a Comissão de Coordenação de Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), o Scripps Institution of Oceanography dos Estados Unidos, as Universidades Federal do Ceará e Federal do Rio Grande, a Universidade de São Paulo, dentre outras organizações.
A Argentina realizou, em março deste ano, evento semelhante.
SABIA-Mar - A missão SABIA-Mar é um sistema completo de Observação da Terra dedicado ao sensoriamento remoto de sistemas aquáticos oceânicos e costeiros incluindo águas interiores, baseado em uma constelação de dois satélites e uma infraestrutura operacional, logística e de segmento solo desenvolvidos para alcançar os objetivos propostos pelo Brasil e pela Argentina. Além da missão primária, os artefatos poderão, também, observar águas interiores, e obter dados em escala global da cor dos oceanos.
Os satélites terão aproximadamente 500 kg. Cada um levará uma câmera multiespectral, mas há possibilidade de cargas úteis secundárias. A princípio, eles utilizarão como base a Plataforma Multimissão (PMM), que é uma plataforma genérica para satélites desenvolvida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A partilha das tarefas no desenvolvimento dos satélites será igualitária entre os dois países.
Atualmente estão sendo desenvolvidas concomitantemente as Fases 0 (análise da missão e identificação das necessidades) e A (análise de viabilidade técnica e industrial) da missão.
As aplicações dos satélites poderão ser usadas na pesca e na aquicultura, no gerenciamento costeiro, no monitoramento de recifes de coral, de florações de algas nocivas e de derrames de óleo, na previsão do tempo, na análise da qualidade das águas, entre outras.
Entre agosto e setembro deste ano, o estudo em elaboração pelos grupos de trabalho brasileiro e argentino completará a denominada Fase A do projeto. Seu resultado trará de forma organizada os requisitos para a missão, o conceito de operação do sistema, os conceitos preliminares a serem adotados para o projeto dos satélites, os cronogramas de desenvolvimento e estimativas de custo, dentre outras informações.
Workshop SABIA-Mar Indústrias Brasileiras – Na sexta-feira (17) será realizado, em São José dos Campos (SP), o Workshop SABIA-Mar Indústrias Brasileiras. O objetivo da reunião é compartilhar com a indústria nacional informações técnicas relevantes sobre a missão e discutir o modelo de industrialização a ser adotado, assim como as possíveis formas de financiamento. Adicionalmente, o encontro também servirá para coletar opiniões e recomendação da indústria, e saber de suas expectativas para este novo projeto.
O forte envolvimento da indústria espacial brasileira na concepção e desenvolvimento das missões de satélites é uma das diretrizes estratégicas do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE).
AEB...SNB

Enigma de Tunguska pode ser explicado em breve

Boris Pavlischev
VOZ D RU

O evento de Tunguska pode ser explicado em breve. Andrei Zlobin, colaborador do Museu Geológico Vernadsky de Moscou, divulgou no site de publicações científicas preliminares (arXiv.org) fotografias de pedras com lados derretidos e de alegados restos de corpo celeste.

Em seu artigo, o geólogo conclui que os fragmentos encontrados confirmam o fato da queda de um cometa na região de Tunguska em 1908. Muitos peritos, sem contestar esta teoria, consideram contudo prematuro tirar conclusões, partindo destes “artefatos”.
Em seu artigo, Andrei Zlobin afirma que a temperatura no terreno não subiu muito em resultado da explosão atmosférica, fazendo tal conclusão ao analisar anéis do cerne de velhas árvores. Por conseguinte, pedras não podiam derreter-se em terra. Contudo, o autor do artigo diz ter colhido ainda em 1988 no local da explosão mais de cem fragmentos do suposto corpo espacial, alguns dos quais são derretidos. Provavelmente, estes fragmentos tivessem incandescido durante a ignição do corpo na atmosfera. Este corpo foi um cometa de gelo e não um meteorito, fato com que se pode explicar o número tão pequeno de destroços.
Uma grande explosão no céu aconteceu em junho de 1908 em uma região da Sibéria próxima ao rio Podkamennaya Tunguska. Cientistas descobriram árvores caídas numa superfície em forma de círculo de 50 quilômetros de diâmetro. A explosão não formou uma cratera e não foi possível encontrar fragmentos de meteorito. Mais tarde, pesquisadores encontraram algo parecido com um fragmento transparente de vidro, que não foi estudado e se perdeu. A ciência desconhece outros fragmentos do corpo celeste.
Agora, de repente, um cientista declara sobre a existência de centenas de fragmentos. Pedras fundidas podiam de fato chegar do espaço, mas tal não significa sua ligação ao evento de Tunguska, afirma o chefe da seção de física de sistemas estelares do Instituto de Astronomia da Academia de Ciências da Rússia, Oleg Malkov:
“Para mim é estranho ouvir que de repente apareceu centena de fragmentos após as expedições realizadas nos anos 20 do século passado, que não descobriram nada. Se estes fragmentos pertencem de fato ao meteorito de Tunguska, devem ser apresentadas provas mais sérias. Podemos admitir que este foi um fragmento do núcleo de um cometa. É nomeadamente neste caso que nada devia ser encontrado. Mas o fato de ter sido descoberto algo testemunha, pelos vistos, que não se trata de um cometa, mas de algo mais denso, como pedra ou metal”.
A queda da bólide provocou incêndios na taiga, o que pode testemunhar que as temperaturas foram altas na região da explosão, diz o chefe da seção de física e de evolução de estrelas do Instituto de Astronomia da Academia de Ciências da Rússia, Dmitri Vibe:
“Olhando simplesmente para as pedras, é impossível tirar conclusões sobre sua natureza e origem. Não são publicados ainda quaisquer resultados de sua análise. Desconhecemos suas propriedades, sua composição química e isotópica. Primeiro é necessário analisá-las e só depois fazer conclusões sobre a natureza do corpo de Tunguska e se estas pedras tenham qualquer ligação a este evento ou sejam fragmentos de um outro meteorito”.
Pergunte-se também por que razão Andrei Zlobin guardou silêncio tantos anos e só agora começou a falar e decidiu publicar um artigo, sem fazer uma análise de seus “artefatos”? Na opinião do diretor do Observatório de Zvenigorod, Serguei Barabanov, Zlobin está interessado em fazer publicidade em torno de sua personalidade. É muito provável que o evento de Tunguska fosse provocado pela queda de uma parte de um cometa de diâmetro não superior a cem metros. Mesmo se a bola de gelo tivesse fragmentos sólidos, eles deveriam evaporizar-se.
Este verão mais uma expedição parte para a região de Tunguska. É possível que ela se aproxime da resposta à pergunta sobre os acontecimentos que tiveram lugar na taiga há mais de cem anos
SNB

Na Rússia será desenvolvido programa de armas hipersônicas

Oleg Nekhai
VOZ D RU

Um programa de criação de armas hipersônicas será preparado na Rússia até o início de junho. São mais de 60 empresas que participam na elaboração deste. Trabalhos relativos a mísseis hipersônicos haviam sido conduzidos ainda na altura de existência da União Soviética.

Em 2009, as pesquisas nesta matéria foram retomadas por encargo do Ministério da Defesa da Rússia.
Trata-se de um programa integral especial destinado à criação de armas hipersônicas. A entidade principal incumbida de levar a efeito os trabalhos do projeto é a corporação de Armamentos de Mísseis Táticos. Na Rússia, o desenvolvimento do hipersom não constitui algo conceitualmente novo, pois as pesquisas neste domínio foram realizadas ainda no século passado, assinala o editor-chefe do jornal Nezavisimoye Voyennoye Obozreniye (Resenha Militar Independente), Viktor Litovkin:
"Na época soviética, havia projetos muito promissores, mas devemos nos dar conta de que passou bastante tempo. Aqueles projetos ficaram tão só projetos, porquanto não havia dinheiro para sua materialização. Aliás, não havia também necessidade especial para tal... Mas presentemente, quando no Ocidente está sendo desenvolvido este tipo de armamentos, não podemos permanecer de braços cruzados, porque em determinadas circunstâncias estas armas poderiam ser dirigidas contra nós. Por isso, devemos criar algo nosso, utilizando a experiência dos desenvolvimentos realizados antes da década de 1990. Naturalmente, dali passaram mais de vinte anos, durante os quais apareceram novos materiais, software e equipamentos eletrônicos do hardware, assim como novos conceitos de criação de armamentos – tudo isso vamos tomar em conta".
De acordo com estimativas de especialistas, os mísseis hipersônicos poderão desenvolver uma velocidade incrível – dez ou mesmo mais vezes maior da do som (1.200 km/h). Semelhantes armas não são destinadas à defesa antimísseis, mas sim à superação desta, especifica o vice-diretor do Instituto de Análise Política e Militar, Alexander Khramchikhin:
"São armas de ataque, não são de defesa antiaérea nem antimísseis. Sua vantagem consiste, antes de mais nada, em grande velocidade. Se tais armas estão sendo criadas, é pouco provável que alguém possa controlar quais ogivas seriam instaladas neles. Embora, no fundo, devido a alta velocidade, esse armamento possui tal energia cinética que não necessita, em princípio, de portar ogivas nucleares nem mesmo convencionais, podendo destruir alvos precisamente pela energia do golpe".
Sabe-se que os EUA estão efetuando desenvolvimentos em matéria de armas hipersônicas, o que lhes abre uma perspectiva de criarem um míssil multifuncional antes de 2015 ou 2018. A Rússia não vai procurar ultrapassar os EUA para criar este tipo de armas antes de 2015 ou 2016, esclarece Viktor Litovkin:
"Ainda não é um fato consumado que os EUA teriam, para 2015, armas hipersônicas capazes de funcionar. E não se trata simplesmente das armas mas sim dos sistemas de armamentos. Pois, os elementos de armas não integrados em sistemas são incapazes, hoje em dia, de desempenhar qualquer papel no campo de batalha. Por exemplo, o avião dotado de tal míssil tem um maior potencial. Enquanto o míssil desprovido de veículo portador não tem potencial algum, se não pode ser lançado a partir de um bombardeiro de grande alcance ou um submarino. Devem existir sistemas integrados de armamentos – não só portadores dessas armas mas também sistemas de controle e de detecção de alvos, para além de muitos outros componentes que fazem parte do conceito de sistema de combate. Por isso, vamos criar nossos próprios sistemas de armas hipersônicas".
Ora, os especialistas russos defrontam-se com um desafio nada fácil de realizar. No entanto, o programa especial a ser elaborado determinará os pontos de referência exatos para o trabalho simultâneo em várias direções. Desenvolvimentos neste domínio possibilitarão criar sistemas de armas com propriedades conceitualmente novas.
SNB

Congresso analisa maior projeto de astronomia do Brasil


Herton Escobar - O Estado de S.Paulo
O maior projeto da história da astronomia brasileira está nas mãos do Legislativo. Dois anos depois de ter sido assinado pelo ex-ministro da Ciência e Tecnologia Sergio Rezende, o acordo de adesão do País ao Observatório Europeu do Sul (ESO) chegou ao Congresso para ratificação.
O ESO é o maior consórcio de pesquisa astronômica no mundo, formado por 14 países europeus, com vários telescópios e radiotelescópios de última geração instalados no topo dos Andes Chilenos. O contrato de adesão, no valor de R$ 565 milhões em dez anos, faria do Brasil o primeiro membro de fora da Europa e daria a astrônomos brasileiros acesso pleno a todas as instalações do grupo, além de permitir a participação do País na construção do maior telescópio no mundo, o Telescópio Europeu Extremamente Grande (E-ELT), prevista para começar no fim deste ano.
"O encaminhamento do acordo ao Congresso Nacional reafirma o apoio dado pelo governo brasileiro ao setor de astronomia no Brasil", afirma o secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luiz Elias, em uma carta enviada à presidência da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em 18 de março.
O projeto foi encaminhado pela Casa Civil ao Congresso há mais de dois meses, em 19 de fevereiro, mas isso não foi anunciado publicamente. O texto deverá passar por quatro comissões no Congresso. A primeira é a de Relações Exteriores e Defesa Nacional, na qual o deputado Emanuel Fernandes (PSDB-SP) atuará como relator. Não há prazo específico para que o Brasil ratifique o acordo, mas o cronograma de construção do E-ELT exigirá agilidade dos parlamentares, caso o Brasil queira fazer parte do projeto - não apenas como usuário científico, mas como construtor e fornecedor de tecnologia. O projeto é orçado em $ 1 bilhão.
O acordo é polêmico. A maior parte da comunidade científica o apoia, mas há pesquisadores que consideram o projeto caro demais, desigual e até desnecessário para a astronomia nacional, que já tem acesso (direto ou via colaboração) a esses e outros telescópios de ponta.
Para os defensores da adesão, é uma oportunidade que o Brasil não pode perder. "A adesão do Brasil ao ESO nos colocará no topo das pesquisas em astronomia no planeta, assegurando-nos ao mesmo tempo participar em colaborações científicas e industriais avançadas, com grandes vantagens para o País", diz a presidente da SAB, Adriana Válio, do Centro de Radio Astronomia e Astrofísica Mackenzie, da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
"É impossível ser competitivo com acesso a pouquíssimos instrumentos - e a maioria de baixa performance - como é essencialmente a nossa situação atual", diz a pesquisadora Beatriz Barbuy, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo.
SNB

Avião mineiro ‘Bumerangue Ex-27’ tem motor e hélice na traseira


FRANCA - Um avião diferente chamado 'Bumerangue Ex-27' sobrevoou Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, na segunda-feira, 13. Desenvolvido com o apoio de profissionais das universidades Federal de Minas Gerais (UFMG) e Federal de Uberlândia (UFU), a aeronave tem o motor e a hélice na parte traseira.
Em fase final de testes, o Bumerangue tem condições de voar por até quatro horas sem abastecimento, em um trajeto de cerca de dois mil quilômetros. Quando entrar em produção, deverá custar cerca de US$ 250 mil.

A aeronave começou a ser desenvolvida há seis anos pela Fábrica Brasileira de Aeronaves (Fabe), empresa sediada em Uberlândia. Para poder ser comercializado, o Bumerangue precisa completar 500 horas de voo.
Com capacidade para quatro passageiros, o protótipo recebeu o prêmio de primeiro lugar na categoria Aeronave Experimental ao ser lançado na Expo Aero Brasil.

De acordo com o empresário Douglas Cunha, da Fabe, o avião é o mais rápido da categoria e também o de melhor custo benefício no País.
Equipado com paraquedas balístico, trem de pouso retrátil e piloto automático, o aparelho já está em fase final de ensaios em voo e a próxima etapa será um programa de apresentação em todo o território nacional. "A partir daí começa a captação das intenções de compra para o início da linha de produção", explica o empresário.
 especial para o Estadão....SNB

A guerra dos aviões sem piloto


O Estado de S.Paulo
Esta semana, a Marinha lançará um drone (avião não tripulado) de combate inteiramente autônomo - sem nenhum piloto no joystick - do convés do porta-aviões George H. W. Bush. O drone tentará pousar a bordo do navio, uma façanha que poucos pilotos humanos são capazes de realizar.
Esse exercício é o começo de um novo capítulo da história militar: a guerra de drones autônomos. Mas é também uma virada nefasta numa rivalidade militar potencialmente perigosa que está sendo formada entre os Estados Unidos e a China.
O X-47B, um avião invisível apelidado de "Robot" (Robô) pelos marinheiros, é um pássaro grande - 11,4 metros de comprimento e cerca de 19 metros de envergadura - que voa em velocidades subsônicas com um alcance de mais de 3.200 quilômetros. Mas é a tecnologia no interior do Robot que faz dele um elemento capaz de mudar o jogo no Leste Asiático.
Sua decolagem, combate e pouso completamente computadorizados criam a possibilidade de haver dezenas ou centenas de seus sucessores engajados num combate ao mesmo tempo.
Ele também é capaz de suportar níveis de radiação que matariam um piloto humano e destruiriam a eletrônica de um jato normal. Além de bombas convencionais, sucessores desse avião de teste poderão ser equipados para carregar um micro-ondas de alta potência, um dispositivo que emite um feixe de radiação capaz de fritar redes elétricas de um inimigo tecnologicamente equipado, destruindo todas as coisas a elas conectadas, entre as quais as redes de computadores que conectam satélites, navios e mísseis de precisão.
E essas, é claro, estão entre as principais coisas nas quais a China investiu durante sua modernização militar. Enquanto a Marinha dos Estados Unidos lança um drone autônomo, a Marinha chinesa brinca de esconde-esconde com um voo pilotado do convés de um porta-aviões.
Em novembro, a Marinha chinesa pousou um caça a jato J-15 no convés do porta-aviões Liaoning, o primeiro do país.
Embora a China ainda tenha um longo percurso para desenvolver uma frota de porta-aviões que rivalize com a dos Estados Unidos, o pouso revela suas ambições.
Com quase 500 mil marinheiros e aproximando-se rapidamente de 1 mil embarcações, sua Marinha já é, por certos parâmetros, a segunda maior do mundo.
Com essa nova Marinha, Pequim pretende projetar seu poder a uma série de cadeias de ilhas no Pacífico: a primeira se estende ao sul da Península Coreana, na costa oriental de Taiwan, contornando o Mar do Sul da China, e a segunda vai do Japão para sudeste até as Ilhas Bonin e Marshall, abarcando as Ilhas Marianas do Norte, um território dos Estados Unidos, e Guam - uma base americana crucial no Pacífico ocidental.
Alguma literatura não oficial dos militares chineses chega a mencionar uma terceira cadeia: as Ilhas Havaianas.
Para projetar esse tipo de poder, a China depende não só da quantidade de seus navios, mas também da qualidade de sua tecnologia.
Manter os americanos a meio oceano de distância requer a capacidade de ataques de precisão de longo alcance - o que, por seu lado, requer o reconhecimento por satélite, guerra cibernética, comunicações codificadas e redes de computadores em que a China investiu quase US$ 100 bilhões na última década.
Idealmente para ambos os países, os esforços da China criariam um novo equilíbrio de poder na região. Mas para compensar a vantagem numérica e os avanços tecnológicos da China, a Marinha dos Estados Unidos está apostando pesadamente em drones - não somente os X-47B e seus sucessores, mas drones de reconhecimento antissubmarinos, drones de comunicações de longo alcance, até drones submarinos.
Uma simples combinação de um drone de reconhecimento Triton e um avião antissubmarino tripulado P-8A Poseidon pode varrer 6,7 milhões de quilômetros quadrados de oceano numa única missão.
Corrida pela tecnologia. A corrida armamentista entre as maiores Marinhas do mundo compromete a possibilidade de se chegar a um novo equilíbrio de poder, e eleva a possibilidade de colisões inesperadas à medida que os Estados Unidos mobilizarem centenas e até milhares de drones e a China procurar maneiras de fazer frente ao novo desafio.
E os drones, por serem mais baratos e dispensarem um piloto humano, baixam as barreiras a um comportamento agressivo por parte dos líderes militares americanos - como farão com a Marinha da China tão logo ela faça sua própria e inevitável investida nas capacidades de drones (aliás, há relatos da semana passada de que a China está preparando seu próprio drone invisível para testes de voo).
Por si mesmas, as rivalidades navais não desencadeiam guerras. Em tempos de paz, aliás, as operações navais são uma forma de diplomacia que oferece a rivais exibições saudáveis de força que servem como elementos de dissuasão de uma guerra. Mas elas também precisam ser cercadas de relações políticas maiores.
No momento, a relação Estados Unidos-China é, sobretudo, no plano econômico. Enquanto essa relação permanecer vibrante, um confronto não é do interesse de nenhuma das partes. Mas se esse elo fino se partir restará pouca coisa de uma relação política maior, para não falar de uma aliança, para ocupar seu lugar.
A única barreira entre crise e conflito, então, seriam duas Marinhas ainda maiores e mais perigosas preparadas para travar um tipo de guerra com base em aviões não tripulados que ainda não compreendemos completamente e, por isso, somos mais propensos a enveredar por uma delas. / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK
SNB