domingo, 14 de julho de 2013

Brasil exigirá respeito à privacidade na rede

U AIKO OTTA, EDUARDO RODRIGUES / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
O governo brasileiro não tinha uma política unificada para a internet, disse ao Estado o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Vários órgãos cuidam de aspectos específicos da rede, mas a denúncia de espionagem de telefonemas e transmissão de dados de empresas e de pessoas do Brasil pelos EUA mostrou a necessidade de maior articulação.
Agora, a reação do governo segue três frentes: levantar na Organização das Nações Unidas uma discussão sobre a governança da rede mundial de computadores, investir mais em infraestrutura de rede no País e garantir o livre uso da internet com respeito à liberdade individual.
Nessa última área, técnicos analisam com lupa as políticas de privacidade de sites como Facebook e Google para ver se as autorizações contidas nelas estão ou não de acordo com a legislação brasileira. O governo também quer obrigar esses sites a manter cópias de dados no Brasil. A seguir, os principais trechos da entrevista com o ministro das Comunicações.
A revelação da rede de espionagem vai mudar a internet?
Estamos verificando que essas denúncias representam uma grave ameaça a essa imagem que a internet tem, de ambiente livre e democrático, onde você pode exercer o seu direito de escolha. Ao se manter essa tendência de controlar tudo e saber tudo o que as pessoas estão fazendo - até mesmo o conteúdo do seu e-mail -, nós podemos ter uma reversão e as pessoas vão começar a se policiar, se autocensurar. Teremos, com isso, uma situação não de liberdade, mas de autocensura. Isso é inaceitável.
O que fazer?
Isso não vai ser resolvido no Brasil. O problema é que a internet tem regras de governança exclusivamente ditadas pelos EUA, por meio de uma entidade privada ligada ao Departamento do Comércio. Temos defendido que é preciso ter governança multilateral e multissetorial. Países e sociedades têm que estar representados. Mas os EUA resistem muito e barram qualquer tentativa de discussão em fóruns internacionais.
Parece que há uma discussão difícil pela frente. Como conciliar liberdade e segurança?
Não sou contra ter segurança na internet, assim como você faz vigilância em aeroportos, em fronteiras. Mas você não faz isso devassando a vida das pessoas. Várias pessoas falam: "Se você está na internet, você está em um ambiente público". Uma coisa é você compartilhar aquilo que você faz em ambiente público na internet. Outra, que não é normal, é que alguém leia seus e-mails. Essa separação entre a vida pública e a vida privada tem de ser feita também na internet. Uma coisa é ter segurança para todos, outra coisa é permitir que se faça uma devassa na vida pública. Até porque tem uma parte dessa espionagem que se torna bisbilhotice.
O senhor esteve com o embaixador dos EUA, Thomas Shannon. Eles estão mostrando disposição em cooperar ou estão reticentes?
As duas coisas. Na conversa, o embaixador deu elementos para concluirmos que eles não estão negando que aconteça (a espionagem). Há uma coleta de informações no nível de metadados, que são informações agregadas sobre telefonemas e e-mails. Há processamento desses metadados e, eventualmente, se entra de forma mais aprofundada nessas informações. Ora, se ele pode ver os metadados e depois, se precisar, ver a gravação, tem de ter a gravação de tudo. Se vai ver o conteúdo do e-mail, é porque tem cópia.
Como relativizar o domínio dos EUA na rede?
O nível de concentração de empresas americanas de internet é colossal. Além disso, como os datacenters são todos quase que invariavelmente situados nos EUA, você está sempre se comunicando com servidores americanos. Criamos incentivos a datacenters no Brasil e tiramos todos os impostos para a compra de equipamentos. Mas eu acho que vamos ter de obrigá-los a armazenar os dados aqui.
Por quê?
Por um motivo também de soberania nacional. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) esteve investigando um caso de lavagem de dinheiro e pediu para o Google cópias de um e-mail, mas não conseguiu porque os dados ficam guardados nos EUA. Com essas denúncias, vimos que lá eles entregam tudo. Aqui, alegam que não podem entregar. O ideal seria a empresa manter o registro aqui, para que os dados estejam disponíveis se a Justiça brasileira pedir. Isso não estava originalmente no marco civil da internet, mas agora estamos discutindo essa inclusão.
O governo discute também um anteprojeto de lei sobre segurança de dados. O que vai propor?
Mesmo antes de as denúncias de espionagem atingirem o Brasil, eu já tinha enviado ao ministro (da Justiça, José Eduardo) Cardozo a minha avaliação de que nós precisaríamos acelerar o aperfeiçoamento da legislação. Essa lei trata de armazenamento e proteção de dados pessoais. Deve estar pronta entre 10 e 15 dias e deve ser enviada ao Congresso no segundo semestre. É um texto mais abrangente que abarca também os dados eletrônicos.
Os sites têm políticas de privacidade com as quais é preciso concordar para ter acesso aos serviços. Então, eles têm autorização para compartilhar dados, não?
A maioria das pessoas nem lê direito aquilo, mas sabe que alguém ganha dinheiro com os dados. Ali, está sendo dada uma autorização às empresas (para ter acesso aos dados), mas não acredito que as pessoas pensem que o conteúdo dos e-mails será lido, ou pior, que será entregue a uma agência de segurança dos EUA. Também duvido que a legislação brasileira considere que a autorização de pegar dados também sirva para fornecê-los a terceiros. É uma coisa a se pensar, em se fazer uma legislação que fale: "Olha, não é válida uma autorização que seja tão ampla que possa se voltar contra os direitos dos usuários". Estamos avaliando se as cláusulas estão de acordo com a norma brasileira.
Quando o sr. fala que a sociedade civil deveria participar da governança da internet, o que tem em mente?
No Brasil, temos o Comitê Gestor da Internet, no qual o governo tem assento, mas é minoria. Talvez pudesse ser algo desse tipo. A verdade é que o organismo americano é muito fechado. Ele tem um conselho consultivo, que acata se quiser.
Há chances de os europeus
apoiarem a iniciativa do Brasil de
tornar o controle da internet algo
multilateral?
Acho que sim. Em Dubai (conferência da União Internacional de Telecomunicações, em dezembro de 2012), a Europa se dividiu. Vários países votaram com a nossa proposta (de criar um organismo multilateral para a internet), mas houve pressão e alguns recuaram. Acho que esses acontecimentos podem ensejar uma mudança de opinião. Com certeza, o que ocorre aqui no Brasil, com a opinião pública pressionando, está ocorrendo na Europa.
No geral, como o governo pretende agir nesse caso da espionagem?
Posso definir três eixos do que o governo brasileiro quer fazer. Um é investimento em infraestrutura para ter mais acesso e mais qualidade na internet. O segundo eixo é garantir o livre uso da internet com direito à liberdade individual, com a ressalva de que tem de ter segurança institucional. Outra coisa é reformar a governança internacional, porque além de tratar da questão da espionagem, isso é capaz de baratear e tornar mais rápida a nossa internet.
Como isso ocorreria?
Hoje, os computadores centrais da internet são todos no Hemisfério Norte: dez nos EUA, dois na Europa e um no Japão. Cada clique que damos demora alguns milissegundos para ter uma resposta, porque a informação vai e volta. Sem contar que a internet não é de graça. O Brasil paga, no trânsito de informações com os EUA, cerca de US$ 650 milhões.
Quanto seria possível economizar?
Se tivéssemos um servidor raiz aqui, com certeza reduziria para um terço.
O governo dos EUA ofereceu a vinda de técnicos para cá, mas o governo brasileiro ainda avalia se é o caso. Por quê?
Nós vamos discutir o que com esses técnicos? Vem um cara da NSA (Agência de Segurança Nacional, na sigla em inglês) explicar como funciona o sistema deles? Não estamos interessados. Se querem fazer uma comissão de alto nível para discutir problemas da internet, aí sim, é outro assunto.
Mesmo se propuserem cooperação como a que têm com países europeus, em que o próprio governo captura dados e compartilha?
Com certeza não, porque a sociedade brasileira não concordaria. Cooperação tecnológica, com certeza. Brincar de Big Brother, não dá.
O governo criou um grupo de trabalho para discutir a espionagem. Houve algum avanço?
Vamos mandar outro relatório para a Presidência da República e Itamaraty. Nossa expectativa é a de que isso ajude a subsidiar um novo pedido de explicações. E, com certeza, vamos desdobrar isso em uma discussão em organismos internacionais. A verdade é que o governo não tinha uma política unificada. Vários ministérios incidem sobre essa questão da internet, mas não temos uma política consolidada e é o momento de termos isso, de estabelecer como o governo responde a situações como essa.
É intenção buscar algum tipo de censura aos EUA pelos organismos internacionais?
Não. O que tenho notado que a presidente quer fazer é definir a posição do Brasil e propor à ONU o que achamos que deveria ser feito.
SNB

sábado, 13 de julho de 2013

As regras para o pré-sal

Estado de S.Paulo
Só oito anos depois de encontrados os primeiros indícios de existência de petróleo na camada de pré-sal da Bacia de Santos e seis anos depois de concluídas as análises que indicaram volumes recuperáveis entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo e de gás natural, o governo está conseguindo apresentar à consulta pública as regras para a exploração do óleo dessa área. E agora cobra de todos a pressa que nunca teve. Pior: às regras leoninas - por causa da esmagadora participação do Estado - do regime de partilha que será aplicado à exploração do pré-sal, a minuta do edital do leilão da área de Libra, marcado para 21 de outubro, acrescenta outras que reduzem ainda mais o campo de atuação do capital privado. Ainda assim, a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, acredita que o leilão atrairá muitas empresas. O País torce para que ela esteja certa.
Os interessados disporão apenas de dez dias corridos para analisar o pré-edital colocado em consulta pública pela ANP desde quarta-feira (10/7) e apresentar as sugestões de alterações. É muito pouco tempo para isso. De acordo com o cronograma da ANP, a versão final do edital deverá ser publicada em 23 de agosto. Dessa data até 9 de setembro, as empresas interessadas deverão apresentar a documentação que as habilitará a participar do leilão em outubro.
O prazo não é curto apenas na fase que antecede o leilão. Poderá ser também para as etapas seguintes, a serem cumpridas ao longo dos 35 anos do contrato. O edital prevê quatro anos para a fase de exploração e cinco para a de desenvolvimento do projeto. Restam, na melhor das hipóteses, 26 anos para a efetiva produção de petróleo. Se houver atrasos nas etapas anteriores, o que não é raro em projetos desse porte, menor será o tempo de produção, ou seja, menor será o prazo de que os investidores privados terão para recuperar seu investimento e auferir o lucro esperado e legítimo. Não haverá a possibilidade de prorrogação do contrato.
Além do prazo relativamente curto para o retorno do investimento, o que também deverá comprimir os resultados do projeto para os investidores é a participação mínima de 75% do governo nas receitas da produção de Libra, que tem reservas estimadas entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris de petróleo. Essa fatia inclui os R$ 15 bilhões a título de bônus de assinatura a serem pagos pela empresa ou consórcio que vencer o leilão, os tributos decorrentes da atividade (Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e o excedente em óleo que será entregue à União, no porcentual mínimo de 41,65%.
A oferta de excedente em óleo para a União é o critério que definirá o vencedor do leilão. A fatia mínima foi fixada tendo como base o preço do barril de petróleo entre US$ 100,01 e US$ 120. O porcentual a ser entregue para a União variará de acordo com o preço do óleo e com a produtividade dos poços. Esta é uma das novidades do pré-edital.
O governo e a Petrobrás - com participação mínima de 30% no consórcio já assegurada na legislação do pré-sal - terão poder nas principais decisões do consórcio, como investimentos, locais a serem perfurados e número de plataformas. Por meio da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), o governo disporá de 50% dos votos do comitê técnico, com poder de veto. A Petrobrás terá no mínimo 15%.
Sobram 35% dos votos para os sócios privados. Estes "não poderão decidir nada", observou para o Estado o geólogo e consultor de petróleo John Forman. Que farão os investidores se, em determinado momento, o governo decidir contratar plataformas no Brasil, mesmo sendo mais caras e não atendendo inteiramente às especificações e exigências técnicas? Outro ponto apontado como problemático para os investidores é a limitação da retirada, pelo consórcio, a no máximo 50% das receitas nos primeiros dois anos de produção; depois, o limite baixará para 30%.
Há, entre os analistas, o temor de que as regras anunciadas não assegurem a remuneração do investimento no prazo de duração do contrato.
SNB

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Brasil o segundo maior da União Insta Mantega parar Entre Protesto

Segunda maior central sindical do Brasil pediu o ministro da Fazenda , Guido Mantega, a demitir-se como trabalhadores tomaram hoje as ruas para exigir a redução da semana de trabalho e mais investimentos em saúde e educação.
"Mantega perdeu o direito de dirigir a economia, porque ele não tem mais nenhuma credibilidade", Paulo Pereira da Silva, o presidente da federação sindical Forca Sindical, disse por telefone de São Paulo. "O mercado, os empresários, os trabalhadores - ninguém acredita nele."
Silva disse que a presidente Dilma Rousseff também precisa substituir governador do banco central Alexandre Tombini, que ontem elevou a taxa básica de juros pela terceira reunião consecutiva em uma tentativa de diminuir a inflação cuecas que o limite superior de sua faixa-alvo.
O crescimento econômico no ano passado foi o mais lento desde o segundo maior mercado emergente do mundo contraiu em 2009, na sequência do colapso do Lehman Brothers Holdings, Inc. 's. Alta dos preços ao consumidor ameaçam desacelerar os gastos do consumidor e frustrar a recuperação econômica deste ano.
Fundo Monetário Internacional esta semana cortar previsão de crescimento do Brasil do produto interno bruto de 2,5 por cento em relação a sua estimativa de 3,4 por cento em abril. O credor previsões baseadas em Washington mercados emergentes irá expandir de 5 por cento em 2013.
Trabalhadores sindicalizados levantou sinais de fogo Mantega como eles também demonstrou hoje para reforma agrária e política. A agitação segue protestos em todo o país no mês passado por um fim à corrupção no governo e melhores serviços públicos.

Política econômica

Maior federação sindical do Brasil, conhecido como CUT, também participou dos protestos de hoje e criticou a política econômica do governo, enquanto parando de chamar para qualquer um de demissão. As manifestações eram menores que os protestos do mês passado, que atraiu mais de 1 milhão de pessoas.
A estrada principal que conduz da cidade de São Paulo estava bloqueada por manifestantes 5000, com manifestações menores, interrompendo o tráfego em toda a área da Grande São Paulo, de acordo com a página do Twitter da Polícia Militar. Rodovias em 13 outros estados foram bloqueados por protestos, com as maiores perturbações no Rio Grande do Sul, de acordo com O Globo site G1 's.
Demonstração também juntar de hoje foi o Movimento Fare gratuito, cujo protesto contra a 20 centavo (nove centavos) aumento da tarifa de ônibus em todo o país provocou protestos do mês passado.
Mais de 22 mil trabalhadores em 20 fábricas no Estado de São Paulo participaram da greve, parando a produção na General Motors Co. (GM) , Embraer SA (EMBR3) , Avibras Indústria Aeroespacial e TI Automotive Ltd., Shirley Rodrigues, porta-voz do Sindicato dos Metalúrgicos , disse por telefone.
Para contatar o repórter nesta história: Anna Edgerton em Brasília
.bloomberg.com
SNB

Apostas empresário russo no EUA Companhia de Rent-a-satélite

(RIA Novosti) - investidor russo e Internet empresário Dmitry Grishin investiu US $ 300.000 em uma nova fabricação de satélites de pesquisa inovadores da empresa para uso por particulares, o site de notícias de tecnologia The Verge, disse .
NanoSatisfi com sede na Califórnia vai lançar o seu primeiro "satélite cubo", descrito como "um vaso pequeno, padronizado que pode ser modificado com peças off-the-shelf e melhorado por uma comunidade de construtores de código aberto" 4 de agosto. O satélite estará disponível para alugar para pesquisa pessoal por US $ 250 por semana, The Verge informou quinta-feira.
NanoSatisfi levantou uma inicial 106,330 dólares de capital através da multidão popular, financiamento site " Kickstarter . "O sucesso do recurso atraiu mais US $ 1,2 milhões em financiamento de sementes, com Grishin de $ 300,000 sendo o mais recente investimento, de acordo com o The Verge.
Grishin, é o co-fundador e presidente do Grupo Mail.Ru, descrito no site da empresa como "a maior empresa de Internet no mundo de língua russa." Ele também é o único investidor no Grishin Robotics , um fundo de 25 milhões dólares dedicado para apoiar a robótica pessoais a nível mundial.
SNB

Rússia para oferecer serviços de pós-vendas para a Malásia Jet negócio - Ministro

RIA Novosti) - A Rússia está interessada em adicionar manutenção pós-venda e treinamento para futuros contratos de armas com a Malásia, ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse quinta-feira, em uma aparente tentativa de dar à Rússia uma vantagem competitiva em um próximo concurso jato de combate .
"Estamos interessados ​​em continuar a cooperação militar [com a Malásia], e não apenas sob a forma de entrega de armas, que tivemos muito poucos antes, mas também no fornecimento de pós-venda de manutenção do equipamento vendido eo treinamento da Malásia pessoal para operar este equipamento ", disse Lavrov em entrevista coletiva conjunta com o seu homólogo da Malásia, Anifah Aman.
Rússia entregou 18 caças MiG-29A para a Malásia em 1994-1995, seguido de 18 Su-30 MKM lutadores em 2009. Ele também vendeu Malásia 12 Mi-171Sh helicópteros de transporte militar.
Oferta de manutenção e treinamento de Lavrov pode ter vindo em resposta a problemas anteriores vividas pela Real Força Aérea da Malásia em manter sua frota de MiG-29 operacional.
"A Malásia comprou os MiG-29 a um preço relativamente baixo, mas mais tarde o RMAF teve de lidar com maiores gastos em reposição de peças e manutenção", ex-ministro da Defesa, Dr. Ahmad Zahid Hamidi, disse em 2010, quando questionado sobre o desempenho da aeronave , a Estrela site de notícias on-line local relatou.Executivos MiG culpou os problemas de confiabilidade na compra de partes da Ucrânia e da Índia, em vez de pelo fornecedor inicial da Malásia, segundo a revista Take-Off.
Rússia abriu um centro de assistência na Malásia, em 2012, e um centro de treinamento de pilotos em 2011, Lavrov disse.
Russa fabricante de aviões Sukhoi e do Ministério da Defesa da Malásia assinou um contrato de US $ 100 milhões este ano para a manutenção da frota de caças Su-30MKM da Malásia, funcionários da indústria de defesa da Rússia disse anteriormente.
A Malásia tem recentemente seleccionados cinco fabricantes em um concurso para 18 aviões de combate para entrega em 2015 para substituir o envelhecimento de fabricação russa MiG-29.
O russo Su-30MKM é um candidato, juntamente com a Grã-Bretanha promoveu Eurofighter Typhoon, o sueco Saab JAS-39 Gripen, Dassault Aviation Rafale da França, e da Boeing F/A-18E/F Super Hornet.
SNB

Commandos Disarm "terroristas" durante Kobalt-2013 Exercício


A-2013 Kobalt exercício, em curso na região de Rostov, no sul da Rússia, envolve armas e táticas especiais (SWAT), unidades do Coletivo Força de Reacção Rápida da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC). Soldados dos seis países CSTO estão melhorando suas habilidades interoperabilidade.
SNB
RIA Novosti

EUA acusa a Rússia de dar "Plataforma Propaganda 'Snowden

RIA Novosti) - A Casa Branca nesta sexta-feira criticou a Rússia por fornecer uma "plataforma de propaganda" para o anúncio fugitivo de inteligência dos EUA contratante Edward Snowden que ele iria pedir asilo na Rússia, dizendo que o presidente dos EUA, Barack Obama e Vladimir Putin trataria o impasse no final do dia.
"Proporcionar uma plataforma de propaganda para o Sr. Snowden contraria declarações anteriores do governo russo de neutralidade da Rússia e que eles não têm controle sobre sua presença no aeroporto," voz da Casa Branca Jay Carney disse em entrevista coletiva.
Carney disse que o telefonema planejado entre Obama e Putin "tem sido nos livros por vários dias", e que Obama iria resolver o impasse sobre Snowden, que se reuniu com advogados russos e ativistas de direitos em uma zona de trânsito no aeroporto de Moscovo na sexta-feira para discutir sua oferta de asilo na Rússia, na esperança de eventual passagem segura para a América Latina.
"Ele vai ter essa conversa", disse Carney.
Pró-Kremlin parlamentar Vyacheslav Nikonov disse a repórteres no aeroporto que Snowden está disposto a aderir a uma condição previamente declarado pelo Kremlin que ele pudesse permanecer na Rússia, se ele promete parar o trabalho visa "prejudicar os nossos parceiros americanos."
Carney disse a repórteres sexta-feira que o anúncio de Snowden mina "garantias russas de que eles não querem que o Sr. Snowden a mais danos interesses dos Estados Unidos", embora tenha acrescentado que a posição dos EUA "é que não acreditamos que este deveria, e nós não queremos fazer mal à nossa importante relação com a Rússia. "
"Nós continuamos a discutir com a Rússia a nossa visão fortemente considerou que existe justificação legal absoluta para ele ser expulso, por ele ser devolvidos aos Estados Unidos para enfrentar as acusações que foram feitas contra ele para o vazamento não autorizada de informação classificada, "Carney disse.
Fotos e filmagens de vídeo da reunião de Snowden com advogados e ativistas de direitos sexta-feira foram publicadas pelos meios de comunicação internacionais, tornando-se primeiro vislumbre do público sobre o fugitivo desde que ele chegou em Sheremetyevo em um 23 de junho de vôo de Hong Kong.
Snowden é procurado por Washington sob a acusação de espionagem e roubo de propriedade depois que ele vazou detalhes de programas secretos de vigilância do Estado, e os Estados Unidos tem pressionado repetidamente Rússia para ajudar a facilitar o seu retorno por expulsá-lo do aeroporto.
As autoridades russas, no entanto, têm afirmado repetidamente que ele está fora de seu alcance, porque ele não deixou a área de trânsito e formalmente atravessou o território russo.
Departamento de Estado dos EUA porta-voz Jen Psaki em entrevista coletiva sexta-feira que os Estados Unidos estão "decepcionados que a Rússia facilitado" reunião aeroporto de Snowden, permitindo que os advogados e ativistas de direitos para a zona de trânsito Sheremetyevo.
"Mr. Snowden, como já falei, não é uma denúncia, não um ativista de direitos humanos ", disse Psaki. "Ele é procurado por uma série de acusações criminais nos Estados Unidos."
Carney disse sexta-feira que os Estados Unidos continuam a fazer o seu caso com as autoridades em Moscou.
"Estamos trabalhando com os russos e deixaram claro aos russos nossos pontos de vista sobre o fato de que o Sr. Snowden foi acusado de crimes muito graves, e que ele deveria ser devolvido para os EUA, onde ele será concedido pleno devido processo legal e todo o direito à sua disposição como um cidadão dos Estados Unidos ", disse Carney.
Os Estados Unidos cancelou passaporte dos EUA de Snowden, mas disse que iria fornecer-lhe os documentos de viagem de um tempo para voltar para casa.
SNB

PARAQUEDISMO - Tecnologia auxilia juízes no Campeonato Brasileiro

Equipamentos eletrônicos usados pelos árbitros na 25ª edição do Campeonato Brasileiro de Paraquedismo das Forças Armadas medem o desempenho dos atletas durante saltos de precisão. Um deles é uma filmadora com lente capaz de aproximar o objeto em até 1.600 vezes. Chamada de canhão, a câmera registra todos os movimentos do paraquedista desde o salto do avião a 2.500 metros de altura. Os novos equipamentos aposentam antigos binóculos e lunetas que eram usados pelos árbitros para aferir os resultados durante as competições. Um dos destaques do campeonato é a equipe de salto livre Falcões, formada por militares da Força Aérea Brasileira (FAB). Os atletas da FAB disputam as modalidades de Formação em Queda Livre (FQL) e Precisão de Aterragem. Uma equipe de reportagem da  Agência Força Aérea acompanha o campeonato realizado em Resende, no Rio de Janeiro. Veja.

Fonte: Agência Força Aérea
SNB

Mark Weisbrot: A razão para o Brasil acolher Snowden

revelação de que o Brasil foi o maior alvo da espionagem cometida pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) no hemisfério fora a população do próprio país não deve constituir surpresa. Para o establishment da política externa norte-americana, o Brasil é simplesmente mais um sul-americano com governo de esquerda que ele não quer --apenas maior.
É verdade que o NSA vem espionando em grande escala os governos ainda mais legais e até servilmente obedientes da União Europeia --parte disso teria sido feito com finalidades comerciais. Mas os interesses de Washington no Brasil são diferentes, e ninguém deve se deixar enganar por gestos de cortesia como a visita de Estado que a presidente Dilma fará aos Estados Unidos em outubro.
Uma parte da elite brasileira quer acreditar que Washington vê o Brasil sob ótica diferente daquela com que enxerga seus vizinhos com governos de esquerda, como Argentina, Venezuela, Equador, Bolívia ou Uruguai, e que, se o Brasil se distanciasse desses países, receberia tratamento diferenciado.
É uma fantasia. Especialmente desde que Lula foi eleito, em 2002, e começou a seguir uma política externa independente, o Brasil vem sendo um obstáculo à estratégia americana de "voltar para trás", ao estilo da Guerra Fria Ðou seja, a restauração de sua supremacia no "quintal" dos Estados Unidos.
Embora em fóruns como a Organização Mundial do Comércio, os Estados Unidos tenham uma política comercial externa movida por interesses corporativos privados, suas relações exteriores como um todo são definidas principalmente pela meta de reforçar e preservar seu império.
Por essa razão, o mais importante objetivo de Washington é que todos os países se aliem à sua política externa.
Nos anos recentes, os EUA apoiaram a derrubada de governos democraticamente eleitos na Venezuela, o fizeram com sucesso em Honduras e no Paraguai e até mesmo no empobrecido Haiti, não devido a interesses comerciais, mas porque queriam ver instalados comandos alinhados com sua estratégia global para a região.
É animador ver senadores do PT e também de partidos oposicionistas pedindo que o Brasil conceda asilo a Edward Snowden, o heroico delator que forneceu essas informações vitais ao Brasil e ao mundo.
Como já declarou a Anistia Internacional, o governo norte-americano comete "violações evidentes dos direitos humanos" de Snowden ao procurar impedi-lo de buscar asilo. Venezuela, Bolívia e Nicarágua demonstraram princípios e coragem ao oferecer asilo a Snowden, e o Brasil deveria fazer o mesmo.
Nenhum desses países quer iniciar uma briga com os Estados Unidos, e se o Brasil unir-se a eles, o enfrentamento se tornará menos provável: os EUA recuaram rapidamentedas ameaças que fizeram à China e à Rússia depois de esses países ignorarem os pedidos de extradição feitos por Washington.Esperemos que o governo concretize seus planos de investigar a violação dos direitos de seus próprios cidadãos. Agora talvez também seja um bom momento para investigar os esforços feitos dentro do Brasil pelo governo americano, em 2005, para enfraquecer o Partido dos Trabalhadores --esforços revelados em documentos do governo americano edivulgados por este jornal.
O governo norte-americano comete toda essa espionagem ilegal para que possa utilizar contra seus adversários as informações que colhe. Esses "adversários" normalmente sãocidadãos comuns e suas organizações --tanto em casa quanto no exterior.
É positivo, também, o fato de Dilma ter expressado sua solidariedade à Bolívia no caso da ultrajante violação da soberania desse país cometida por potências europeias que, atuando como capangas de Washington, desviaram o avião do presidente Evo Morales.
A solidariedade entre os governos independentes na região é a única maneira de se preservar essa independência.
MARK WEISBROT,
FOLHA SNB 

Snowden se reúne com ativistas de direitos humanos em Moscou

O técnico de informática Edward Snowden, que informou sobre o esquema de espionagem a telefones e dados de internet feito pelos Estados Unidos, se reúne nesta sexta-feira com representantes de grupos de direitos humanos e advogados russos.
Snowden foi o responsável por revelar o esquema de monitoramento de dados de internet e de telefones feito pelos Estados Unidos a milhões de pessoas e dezenas de governos de todo o mundo. Ele está no aeroporto desde o dia 23 e teve o asilo diplomático aceito por Bolívia, Nicarágua e Venezuela.O evento foi convocado pelo delator através de uma carta enviada a organizações como Human Rights Watch, a Anistia Internacional e o Defensor do Povo russo. Eles foram levados à área de trânsito de Sheremetyevo, onde Snowden os esperava.
Segundo a agência de notícias Interfax, 13 pessoas também participam do encontro, que acontece em uma sala especial na área de trânsito do aeroporto russo. Mais cedo, o informante disse que fará uma declaração após a reunião.
Dentre os assuntos que deverão ser debatidos no encontro, estão as dificuldades impostas pelos Estados Unidos para que ele consiga asilo. Na carta, ele critica o país por fazer "uma perseguição maníaca aberta, a qual põe em perigo os passageiros dos voos que se dirigem a uma série de países latino-americanos".
Para ele, a pressão a diversos países para que não lhe concedam asilo viola a Declaração Universal de Direitos Humanos. "Nunca na história um grupo de países conspirou para pousar um avião presidencial para buscar um refugiado político", afirmou, em referência ao bloqueio à aeronave do presidente da Bolívia, Evo Morales.
SAÍDA
Ainda não há previsão de quando ele deixará a capital russa em direção a um dos países latinos que lhe deram asilo. Ele também deverá enfrentar dificuldades para seguir em um voo comercial, já que países europeus deverão bloquear o espaço aéreo caso haja suspeita de que ele passe por lá.
Na quinta (11), um desvio de rota do voo da Aeroflot que liga Moscou à Havana, única ligação da Rússia com a América Latina, fez com que dezenas de jornalistas fossem ao aeroporto José Martí, na capital cubana, à espera do delator.
O anúncio não foi feito por nenhum governo, mas a expectativa aumentou devido à publicação de um mapa pelo jornal "Washington Post" em que o avião russo voou mais ao sul, aparentemente para evitar o espaço aéreo americano. Pouco depois, o próprio jornal disse que o desvio se deveu ao mau tempo na Groenlândia.
Pouco após o início da reunião, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, voltou a dizer que a Rússia deixaria o delator ficar se não prejudicar a relação de Moscou com os Estados Unidos, uma condição que Snowden não aceita.
MONITORAMENTO
A revelação do esquema de espionagem causou uma crise diplomática entre os Estados Unidos e diversos parceiros estratégicos, como a Europa, o Japão e a Rússia. O monitoramento também recebeu fortes críticas de países latino-americanos, como o Brasil.
A América Latina ainda aumentou o tom contra os americanos após o avião de Evo Morales ser bloqueado na Europa quando ele voltava de Moscou, na semana passada. Devido ao incidente, que foi atribuído aos Estados Unidos por diversos países, Bolívia, Nicarágua e Venezuela anunciaram o asilo ao delator.
A NSA, cujo material foi divulgado por Snowden, é uma das organizações mais sigilosas do mundo. De acordo com as informações apresentadas pelo delator, a agência monitorou os registros de ligações de milhões de telefones da Verizon, segunda maior companhia telefônica dos EUA.
Também foram verificados dados de usuários de internet de todo o mundo em empresas de internet como Google, Facebook, Microsoft e Apple. O escândalo causou críticas ao presidente Barack Obama, que combateu a espionagem feita pelas agências quando fazia oposição ao republicano George W. Bush.
FOLHA ...SNB

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Possibilidade de vazar informações do pré-sal preocupa, diz ministro

Felipe NériDo G1, em Brasília
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta quinta-feira (11) em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, que existe preocupação em caso de vazamento de informações sobre o pré-sal.
O ministro foi ao Senado para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de monitoramento pelos Estados Unidos no Brasil. No domingo, reportagem do jornal “O Globo” revelou que, na última década, pessoas residentes ou em trânsito no Brasil, assim como empresas instaladas no país, se tornaram alvos de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency - NSA, na sigla em inglês) por telefonemas e e-mail.
“Temos preocupação enorme com a possibilidade de vazamento de informações estratégicas. As informações sobre as jazidas do pré-sal, embora a Petrobras tenha aparato com grande segurança”, afirmou. “Se colocar informação dessas na rede, tem grande possibilidade de isso ficar exposto, principalmente se mandar e-mail ou qualquer comunicação, com possibilidade de alguém interceptar.”
“Quando foi anunciado o pré-sal, isso foi discutido em reuniões internas com o presidente da República, foi discutido o que se faria”, afirmou.

Apesar de ter dito no início da audiência que "não há novidade" sobre a existência de casos de espionagem internacional, Bernardo negou que o governo tivesse conhecimento dos denunciados pela imprensa, incluindo uma suposta base de interceptação de dados em Brasília.   “Se houve funcionamento dessa base, foi coisa clandestina [...]. Não há acordo secreto dentro do aparato do estado”, declarou.O ministro também demonstrou preocupação com a necessidade de proteção contra esse tipo de incidente. “O fato de nós sabermos que existe esse tipo de monitoramento, captura de dados, essa ‘xeretagem’ de dados no plano internacional, não pode nos fazer concordar com isso, não podemos deixar de ficar indignados com fatos como esse. Temos que reconhecer a necessidade de os estados, de um modo geral, se protegerem de incidentes e até de guerras cibernéticas”, afirmou.
Nesta quarta, também em audiência no Senado, o ministro da Defesa, Celso Amorim, disse haver “vulnerabilidade” nos sistemas de proteção cibernética no país. O ministro chegou a  afirmar que não usa e-mail para tratar de assuntos importantes. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, informou que o governo estuda levar as denúncias de espionagem para discussão em fóruns internacionais.
Ao longo da semana, o governo anunciou medidas para apurar as denúncias de espionagem no Brasil pelos Estados Unidos. Além de convocar o embaixador norte-americano em Brasília, Thomas Shannon, para prestar esclarecimentos sobre o caso, o Executivo anunciou a criação de um grupo técnico interministerial para realizar investigações, além da abertura de inquérito pela Polícia Federal. O caso também é investigado pela Anatel.
SNB

Perguntas para Snowden

COLUNISTA, WALTER, PINCUS, THE WASHINGTON POST, É COLUNISTA, WALTER, PINCUS, THE WASHINGTON POST - O Estado de S.Paulo
Edward Snowden decidiu sozinho procurar jornalistas e em seguida um emprego na unidade do Havaí da Booz Allen Hamilton como administrador de sistemas de tecnologia da informação (TI) para juntar documentos sigilosos sobre as atividades mundiais de vigilância da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês)? Snowden disse ao South China Post, em junho, que pegou o emprego no fim de março porque "garantia acesso a listas das máquinas espalhadas pelo mundo que a NSA invadia".
Ele trabalhou menos de três meses na Booz Allen, mas quando chegou a Hong Kong, em meados de maio, Snowden tinha quatro computadores com documentos da NSA.
Teria sido encorajado ou dirigido por gente do WikiLeaks a assumir o emprego como parte de um plano mais amplo para expor operações da NSA a jornalistas selecionados? No caso do soldado americano Bradley Manning, julgado por revelar milhares de documentos sigilosos ao WikiLeaks, foi Julian Assange e sua organização que orientaram a coleta de documentos, segundo promotores americanos.
Como Snowden escolheu seus receptores? Em janeiro, Snowden contatou a diretora de documentários Laura Poitras usando e-mails codificados. Sem dar seu nome, afirmou que tinha informações sobre a comunidade de inteligência. Poitras disse no mês passado que, em fevereiro, Snowden havia feito um primeiro contato similar com Glenn Greenwald, do jornal The Guardian. Greenwald escreveu em 10 de junho: "Laura Poitras e eu estivemos trabalhando com ele (Snowden) desde fevereiro". Barton Gellman, um colaborador regular do Washington Post, escreveu no mês passado que ele também foi contatado pela primeira vez em fevereiro, inicialmente por Poitras e depois, indiretamente, por Snowden.
Como Snowden decidiu sobre esses três indivíduos antes de ir trabalhar na Booz Allen e antes de ter todos os documentos que queria divulgar? Poitras e Greenwald são conhecidos ativistas pela liberdade de expressão, com conexões anteriores, incluindo papéis como fundadores da organização Freedom of Press Foundation. Um dos objetivos dessa organização é apoiar grupos que se envolvem com o jornalismo transparente e apoiar denunciantes de malfeitorias públicas, como o WikiLeaks.
Poitras havia sugerido que Snowden contatasse Gellman, que participara com ela em um programa de bolsas do Centro para Legislação e Segurança da Universidade de Nova York. Greenwald aparece como o autor da matéria inicial do Guardian em 5 de junho e Gellman e Poitras, como autores da matéria no Washington Post em 6 de junho.
Assange e o WikiLeaks ajudaram a encaminhar Snowden a esses jornalistas? Poitras e Greenwald mantiveram relações estreitas com Assange e o WikiLeaks. Desde o ano passado, Poitras trabalha em um filme sobre os EUA pós-11 de Setembro, com foco na NSA, no qual Assange e o WikiLeaks participam. Assange confirmou isso em entrevista em 29 de maio.
Nessa entrevista, Assange tocava em pontos abordados por Greenwald na reportagem com base em documentos de Snowden que saiu uma semana depois. Assange descreveu como a NSA estivera coletando "todos os registros de ligações dos EUA, cada registro de cada ligação de todos ao longo dos anos". "Esses registros de chamadas já entraram no complexo de segurança nacional."
Ele sabia antes da matéria do Guardian descrevendo a ordem judicial americana que permitiu a coleta pela NSA dos registros de chamadas telefônicas de milhões de clientes da Verizon americana? As revelações de Snowden refletem ainda outra técnica da WikiLeaks: dirigir materiais para se adequar a públicos específicos em momentos específicos. / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK
SNB

Adoção de novos equipamentos de combate da Rússia atrasada sobre Armas Ligeiras

(RIA Novosti) - equipamentos de combate de vanguarda dos soldados russos não foi colocado em serviço ainda devido a atrasos na afinação de armas leves do novo conjunto, um funcionário da Defesa disse na quinta-feira.
No início de junho, o vice-premiê Dmitry Rogozin, que supervisiona a indústria de defesa, visitou o Degtyarev planta de propriedade privada de armas ligeiras na Rússia central e disse que os testes do Ratnik (Warrior) set havia sido concluída e que poderia ser entregue aos soldados dentro de um mês.
Na quinta-feira, Rogozin, escreveu em seu microblog Twitter que o equipamento, que pode ser usado pela infantaria regular, operadores de lança-foguetes, metralhadoras, motoristas e batedores, apenas poderia ser adotada após os testes finais estaduais foram concluídas até o final do ano.

As Forças Terrestres confirmou essa informação para RIA Novosti.
O conjunto Ratnik é composta por mais de 40 componentes, incluindo armas de fogo, coletes e aparelhos ópticos, de comunicação e de navegação, bem como suporte de vida e sistemas de fornecimento de energia.  Será demonstrado como um conjunto completo na Rússia Armas Expo 2013, que será realizada em setembro 25-28, na região dos Urais, Rogozin disse.Outras nações têm kits de combate futuristas semelhantes, incluindo os EUA Land Warrior, da Alemanha ZDI, punho da Grã-Bretanha, ComFut da Espanha, IMESS FELIN da Suíça e da França.
Rogozin afirmou anteriormente que o equipamento russo seria superior aos seus homólogos da OTAN.
SNB

Microsoft ajudou NSA a quebrar criptografia do Outlook e do Skype

A Microsoft colaborou intensamente com os serviços de inteligência dos Estados Unidos para permitir que as comunicações dos usuários fossem interceptadas.
A empresa inclusive ajudou a NSA (Agência Nacional de Segurança) a quebrar seu próprio sistema de criptografia, segundo documentos citados nesta quarta-feira no jornal inglês "Guardian".
Os dados vazados por Edward Snowden ilustram a escala de cooperação entre empresas do Vale do Silício e a inteligência americana nos últimos três anos.
SKYPE VULNERÁVEL
Comprado pela Microsoft em 2011, o Skype também trabalhou junto com técnicos da inteligência para habilitar o acesso do software de espionagem Prism.
A agência recebeu instruções da companhia para burlar a criptografia no site do software Outlook antes mesmo de seu lançamento. A empresa também ajudou a NSA a acessar seu serviço de computação em nuvem SkyDrive, segundo a reportagem.
A NSA dedicou atenção especial nos últimos dois anos a trabalhar com a Microsoft para aumentar sua capacidade de acesso ao Skype, que tem cerca de 663 milhões de usuários no mundo.
Um documento insinua que o monitoramento do Prism sobre o Skype quase triplicou desde que um novo dispositivo foi adicionado em julho de 2012. "Os audios dessas sessões eram processados inteiramente, mas sem companhia do vídeo. Agora, analistas terão a imagem completa", diz um documento.
A coleta de dados pela NSA sobre o Skype teria começado no dia 6 de fevereiro de 2012.
Especialista em tecnologia da ACLU (União das Liberdades Civis Americanas, na sigla em inglês), Chris Soghoian diz que as revelações devem surpreender muitos usuários do Skype. "No passado, o Skype fez afirmações contundentes a usuários sobre a impossibilidade de as conversas serem espionadas", disse.
OUTRO LADO
As últimas revelações aprofundam a tensão entre as gigantes de tecnologia e a administração do presidente Barack Obama.
Este vem sendo pressionado por aquelas para permitir que sejam divulgados detalhes sobre a colaboração entre empresas e NSA, no que analistas identificam uma tentativa dos executivos de se afastar das críticas ao governo dos EUA.
Em uma declaração a respeito, a Microsoft afirmou que não está a salvo de atender a exigências legais do governo quando lança ou atualiza produtos. A companhia ainda reiterou seu argumento de que só fornece dados de usuários "em resposta a exigências governamentais, e apenas com relação a usuários ou contas específicas".
Em sua última campanha de marketing, a Microsoft enfatizou seu compromisso com a privacidade no slogan: "Sua privacidade é nossa prioridade".
Documentos revelados anteriormente por Snowden, porém, dão a entender que a NSA teria "acesso direto" aos diretórios das grandes companhias de internet, incluindo Microsoft, Skype, Apple, Google, Facebook e Yahoo.
O serviço secreto americano tem recebido autorizações de Cortes secretas para coletar informações de usuários. Quando o alvo é americano, é necessário um mandado judicial. No caso de estrangeiros, porém, bastaria a convicção do agente secreto.
THE "GUARDIAN"
SNB

Caso NSA evoca lembranças do nazismo e do comunismo nos alemães

DA DEUTSCHE WELLE
Denúncias de espionagem e controle estatal feitas por Edward Snowden reavivaram na memória de muitos alemães as tristes lembranças do nazismo e da Stasi. Apesar de não haver protestos, a indignação é perceptível.
Um governo quer coletar o maior número possível de informações sobre seus cidadãos, mas estes se recusam a colaborar e invocam seu direito à privacidade. A resistência é tão grande que pessoas de várias classes sociais saem às ruas para protestar. Marchas e manifestações se espalham pelo país.
Isso tudo aconteceu em 1983 na Alemanha. Na época, o governo queria fazer um censo detalhado da população. Todos os alemães maiores de idade deveriam preencher um questionário com informações básicas, como moradia, estado civil e ocupação profissional.
Diante da dimensão da coleta de dados revelada pelo ex-consultor da CIA Edward Snowden, a ira de 30 anos atrás parece até ridícula. Se o que ele disse é verdade, a Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês) consegue, por meio do controle de telefonemas e e-mails, saber muito mais sobre as pessoas do que qualquer questionário de um censo.
E, segundo as denúncias, a NSA não espiona apenas cidadãos dos Estados Unidos, mas também de vários outros países, incluindo a Alemanha e também o Brasil.
"DITADURA DO CONTROLE"
E como reagiram os alemães desta vez? Segundo uma recente pesquisa de opinião, quatro em cada cinco esperam uma posição firme da chanceler federal Angela Merkel, que deveria exigir explicações dos Estados Unidos em vez de deixar o caso cair no esquecimento. Mas protestos de rua não foram registrados.
"Os tempos mudaram", afirma o professor de política e história Ulrich Sittermann, da Universidade de Bremen, ele próprio um dos manifestantes que saiu às ruas na década de 1980. Sittermann lembra-se bem do contexto em que as manifestações surgiram.
"Elas eram um elemento dos novos movimentos sociais", comenta. "Havia o movimento contra a energia nuclear, o movimento em favor dos direitos das mulheres. E, nesse contexto de manifestações, surgiu também o movimento contra o censo", relembra.
Hoje apenas uma minoria protesta contra a espionagem online e o desrespeito à privacidade porque os alemães estão tão acostumados a usar e-mails e Facebook que poucos conseguem ver com clareza os riscos dessas mídias, opina Sittermann.
Ele considera essa situação perigosa. Sem resistência popular, a Alemanha pode se tornar uma "ditadura do controle", diz.
OUTRAS FORMAS DE PROTESTO
Mesmo não indo às ruas, os alemães têm encontrado outras maneiras de expressar sua indignação com as atividades de espionagem dos americanos, reveladas por Snowden. Em fóruns na internet, nas seções de cartas dos grandes jornais e no próprio Facebook é possível perceber a indignação causada pelas denúncias. E também a admiração de muitos alemães por Snowden.
A editora da seção de cartas do jornal alemão Die Zeit, Anna von Münchhausen, comenta que a maioria dos leitores respondeu "sim" a uma enquete com a pergunta "você ajudaria Edward Snowden a se esconder?".
"Algumas pessoas chegam a fazer comentários do tipo 'Snowden colocou a própria vida em perigo pela liberdade das pessoas, nós todos deveríamos protegê-lo'", conta Münchhausen.
Outros leitores comparam a situação atual com a da antiga Alemanha Oriental, quando a Stasi, o serviço secreto dos comunistas, era onipresente.
"Eu me lembro dos tempos obscuros da Alemanha Oriental, que afundou devido à própria incapacidade. Também eu fui sistematicamente espionado, e hoje isso se repete, só que de maneira muito mais profissional e perfeita", comentou um leitor.
UMA QUESTÃO DE LIBERDADE
Essa comparação e uma ainda mais antiga na história alemã --a lembrança do nazismo-- parecem mexer com muitos alemães, avalia Münchhausen. Talvez por isso eles estejam muito mais chocados com as revelações de espionagem do que a maioria dos americanos.
"Aqui na Alemanha essa situação toca num nível bem diferente de medo e preocupação, pois temos uma história com um Estado fascista, que espionava e controlava sistematicamente seus cidadãos, o que causou sofrimento em milhares de pessoas", diz Münchhausen.
Já os americanos têm outras experiências históricas. "Desde o 11 de Setembro, a luta contra o terrorismo foi posta acima de tudo, e para esse fim todos os meios são válidos", diz o especialista em mídias sociais Nico Lumma.
As reações que ele observou nas redes sociais alemãs nas últimas semanas não são tão tolerantes quanto as dos americanos.
"As pessoas estão irritadas com o alcance dessa espionagem. Acho que a maioria já tinha suspeitado que isso acontecia, mas agora esperam que o governo alemão deixe claro para os EUA que a coisa não pode continuar desse jeito", opina Lumma.
Segundo ele, o tom geral entre os alemães é que não se trata de uma questão de proteção de dados, mas de liberdade.
FOLHA DE S PAULO
SNB