terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Apocalipse é adiado, mas não cancelado
Se o meteorito explodisse na mesma latitude quatro horas mais tarde, faria desaparecer da face da Terra a cidade de Petersburgo. Esta conclusão do cientista americano Bill McGuire não diz respeito aos acontecimentos em Chelyabinsk há quatro dias, mas ao meteorito de Tunguska de 1908.
O comportamento de meteoritos é imprevisível e hoje a humanidade é absolutamente indefesa perante estes corpos espaciais.
Praticamente logo após o comunicado sobre a explosão de um meteorito por cima de Chelyabinsk, o vice-primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Rogozin, declarou sobre a necessidade de desenvolver um sistema internacional de proteção da Terra contra ataques de meteoritos. Ao mesmo tempo, Rogozin destacou que hoje nenhum estado é capaz de abater meteoritos.
A ideia de criar um escudo protetor contra meteoritos já foi discutida reiteradas vezes pela comunidade científica, mas os meios de aviso de que dispõem hoje os Estados Unidos e a Rússia podem servir exclusivamente para "guerras nas estrelas" destas potências entre si. No que diz respeito aos meios de controle espacial, as respectivas estruturas russas e americanas são capazes de monitorar em conjunto não mais de três por cento do espaço, disse o perito russo Ivan Konovalov em entrevista à Voz da Rússia:
"Já existe um sistema de troca de informações, o qual pode ser aperfeiçoado para funcionar mais eficazmente do que a simples troca de dados entre os países sobre a intrusão de corpos celestes. Quanto a certas armas ou sistemas de destruição destes objetos, isso diz respeito a um futuro distante…"
Em perspectiva, teoricamente é possível construir um escudo planetário na condição de forem unidas com este fim as potencialidades técnico-científicas da Rússia, Estados Unidos, China e de outros países que dispõem de tecnologias espaciais. Contido, na opinião de Ivan Konovalov, é praticamente impossível imaginar tal consolidação.
Outro perito, Vladimir Evseev, destaca um aspecto diferente:
"Grandes asteroides e suas trajetórias podem ser bem observadas dentro do Sistema Solar. Os problemas são ligados aos objetos que se encontram fora do nosso sistema. Para controlá-los, é necessário desenvolver um sistema de monitoramento internacional. Ao mesmo tempo, o sistema de monitoramento permite apenas detectar a presença do objeto".
Falando seriamente sobre a possibilidade de alterar trajetórias de objetos espaciais perigosos, que se aproximem da Terra, é necessário desenvolver um sistema que não possa ser compatível, por exemplo, com um sistema de defesa antimíssil, diz Vladimir Evseev, porque os meteoritos e foguetes terrestres têm velocidades de movimento absolutamente diferentes. Assim, a velocidade da ogiva de um míssil balístico intercontinental constitui alguns quilômetros por segundo. Ao mesmo tempo, o meteorito, que se explodiu por cima de Chelyabinsk, voava com uma velocidade de dezenas de quilômetros por segundo. Quaisquer sistemas de defesa antimíssil são ineficazes contra tais velocidades.
Por outro lado, a destruição de tal objeto no espaço próximo à Terra, mesmo a uma altitude de centenas de quilômetros, não terá efeito. É muito provável que o meteorito entre na atmosfera terrestre e provoque uma onda de choque. Para prevenir de fato a ameaça, é necessário fazer desviar os objetos perigosos de sua trajetória a uma distância de milhares ou até de dezenas de milhares de quilômetros da Terra. Para tal, será necessário desenvolver sistemas de proteção absolutamente diferentes, baseados no espaço e munidos, por exemplo, de lasers químicos, capazes de alterar trajetórias de objetos espaciais.
VOZ DA RUSSIA SNB
Brasil quer mais investimentos russos
Em sua visita ao Brasil, o premiê Dmitri Medvedev vai encontrar um ambiente de negócios ávido por recolher os dólares russos que começam a circular pelo mundo na forma de investimentos.
A 9ª economia mundial tem uma presença bastante tímida na 7ª (maior ainda na mão inversa), mas por ter entrado tardiamente no capitalismo, após a era Soviética, e por dispor de vastos recursos naturais e projetos de desenvolvimento em grande escala, é natural que o país suba rapidamente no ranking e suas empresas se movimentem mundo afora.
De acordo com Banco Central, que divulga sistematicamente apenas os primeiros 41 países de origem dos Investimentos Diretos (IED), em 2012 a Rússia não figura nessa lista. Ou seja, dos cerca de US$ 65,3 bilhões que ingressaram no país o ano passado, o capital russo deve ter sido diluído em pequenas quantias cuja divulgação é desprezada pela autoridade monetária brasileira.
Sabe-se que ao menos foram investidos US$ 280 milhões pela TNK-BP – recentemente comprada pela gigante estatal do petróleo Rosfnet – sócia da brasileira HRT no projeto de exploração na Bacia do Solimões (Amazonas). E, por enquanto, é com essa empresa que a presença do parceiro crescerá no País, além das esperanças depositadas com a entrada da Gazprom no mercado brasileiro (leia box abaixo).
Em recente visita, o diretor-executivo da companhia, Alex Dodds, comentou que o montante inicialmente previsto é de US$ 1 bilhão, o que corresponde a 45% de participação nos 21 blocos exploratórios da HRT naquela região amazônica. Técnicos vindos de Moscou têm colaborado nos trabalhos de abertura de novos poços, dada a experiência dos russos na exploração on-shore, enquanto o Brasil domina a exploração off-shore.
Fora esse investimento, os demais se contam nos dedos de uma mão. A Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Rússia contabiliza apenas mais três realizados nos últimos anos: da Mechel, no setor metalúrgico; da Severstal, na exploração de minério de ferro; e do Grupo Sodrugestvo em sociedade com uma cooperativa agrícola brasileira.
Havia a perspectiva de abertura da Metaprocess abrir uma fábrica de fertilizantes nitrogenados no Mato Grosso do Sul, ao custo de US$ 1 bilhão. O anúncio chegou a ser feito oficialmente pelo governo do estado, mas há mais de três anos o projeto está parado. A Voz da Rússia tentou obter mais informações, mas a assessoria do governo não retornou.
A Mechel, liderada por Igor Zuzin, principal acionista, está no Pará desde 2011 com participação de 75% nas ações da Cosipar, metalúrgica que estava à beira da falência. Consultada, a empresa não informou o montante de recursos alocados pela parceira russa, mas segundo especialistas pode ter chegado a US$ 250 milhões.
No caso do projeto de minério de ferro da Severstal, em uma mina no Amapá, sua presença é minoritária na sociedade com a brasileira SPG Mineração. Foram desembolsados US$ 49 milhões em 2010 dando direito a 25% das ações.
Por último, o Grupo Sodrugestvo sacou US$ 90 milhões para deter 51% da joint venture com a Cooperativa dos Agricultores da Região de Orlândia (CAROL), no estado de São Paulo. A CAROL Sodru, como foi rebatizada, tem como meta processar até 3 milhões de toneladas de soja até 2015.
Mas tendo em vista o estreitamento das relações dos dois parceiros no G-20 (grupo das 20 nações mais ricas) e no BRICS (grupo dos países emergentes composto também por Índia, China e África do Sul) e o maior conhecimento da economia brasileira, deverá haver uma boa diversificação do portfólio de IED russo no Brasil.
O presidente da Câmara Brasil-Rússia, Antonio Carlos Rosset, acredita na diversificação de empresas de outros setores, e inclusive menor concentração de interesses por parte de grandes grupos, como acontece hoje.
A mesma esperança demonstrada por Serguei Vassiliev, vice-presidente do maior banco de investimentos da Rússia, o Vneshekonombank, em entrevista ao correspondente da Voz da Rússia em Brasília, Alexander Krasnov, às vésperas da visita da presidente Dilma Rousseff a Moscou. Visita agora retribuída pelo primeiro-ministro Medvedev.
Enquanto a instituição russa espera o comércio e o intercâmbio de investimentos ganharem musculatura para montar uma sucursal no Brasil, o Banco do Brasil recém anunciou a abertura de um escritório em Moscou ainda no segundo semestre deste ano, assim que sair o aval da autoridade monetária russa.
Mas não deve ser problema, inclusive porque as negociações estão avançadas e até se prevê a abertura de uma agência "se a coisa andar bem", informou Paulo Rogério Caffarelli, vice-presidente de negócios internacionais do BB.
Além de estar de olho no aumento da corrente de comércio entre os dois países – foi de US$ 5,9 bilhões em 2012, sendo US$ 3,1 bilhões em exportações brasileiras – o executivo da instituição estatal diz querer atender a "clientelização de empresas russas que porventura se instalem no Brasil".
"É uma via de mão dupla", completa.
***
Gazprom à espera de oportunidades
A gigante Gazprom está há um ano com um escritório de representação no Rio de Janeiro e, desde então, prospecta várias possibilidades de entrar definitivamente na economia brasileira.
"Dentro de nossa expertise, estamos analisando todas as possibilidades técnicas e comerciais, bem como conversando com as autoridades e a iniciativa privada", informou com o diretor Shakarbek Osmonov.
Com exclusividade à Voz da Rússia, o executivo da estatal no Brasil vê grande potencial na exploração de gás, tanto em terra quanto na futura exploração das reservas do pré-sal.
"O Brasil importa (da Bolívia) mais da metade do gás consumido, mas há uma demanda reprimida diante do tamanho da população e dos grandes consumidores o que trava o desenvolvimento de alguns setores", afirma Osmonov, citando a siderurgia, a petroquímica e os setores de alumínio e fertilizantes.
A tecnologia da Gazprom também pode ser estendida à prestação de serviços. O diretor da empresa argumenta que o centro de pesquisas na Rússia pode trazer ao País soluções de emprego do gás em áreas pouco ou quase nada desenvolvidas, como no transporte público.
Numa terceira corrente projetada, a Gazprom também quer convencer o empresariado brasileiro a importar gás liquefeito através de navios. "Se a Argentina compra nosso gás, por que não o Brasil também?"
VOZ DA RUSSIA..SNB
África pode contar com experiência brasileira, diz ministro Cândido Van-Dúnem
Luanda - O ministro da Defesa Nacional, Cândido Van-Dúnem, afirmou hoje que Angola e África, no geral, podem contar com a experiência brasileira nos domínios da defesa, desenvolvimento democrático e combate à pobreza, conhecimentos que tem tentado transmitir aos outros povos.
De acordo com o titular da pasta da Defesa Nacional, que falava na abertura das conversações das delegações dos ministérios da Defesa de ambos Estados, o Brasil é umEstado moderno com perspectivas políticas, económicas e culturais "enormes", caminhando a passos longos para o seu desenvolvimento.
"Por isso, enaltecemos o inestimável contributo dado pelo governo e povo do Brasil, a favor da consolidação da democracia em África onde ainda muitos países se debatem com problemas de estabilidade político-militar, factor que tem obstaculizado o seu desenvolvimento socioeconómico", sublinhou.
O governante augurou que as relações Angola/Brasil se desenvolvam de modo cada vez mais profundo e fraternal e contribua, de facto, para a melhoria do nível de vida dos respectivos povos.
Por isso, disse esperar que a visita que o seu homólogo do Brasil, Celson Amorin, efectua desde hoje a Angola, abra novas perspectivas nas relações e possibilite o relançamento da cooperação bilateral no domínio da Defesa e das Forças Armadas, com uma maior dinâmica.
Nas conversações, as delegações, chefiadas pelos ministros da Defesa angolano, Cândido Van-Dúnem, e do Brasil, Celso Amorim, avaliam o estado da cooperação bilateral, com destaque para a criação da indústria militar angolana e a formação de quadros militares.
No cumprimento da agenda da sua visita, Celso Amorim, que se faz acompanhar de oficiais generais dos ramos do Exército, Marinha e Força Aérea e de empresários da indústria militar brasileira, visita hoje a Base Naval de Luanda, pertencente a Marinha de Guerra Angolana.
Os dois países mantêm relações de amizade e cooperação em vários domínios desde 1975, altura em que o governo brasileiro reconheceu Angola como Estado soberano.
ANGOLAPRESS..SNB
Reafirmado interesse no reforço da cooperação estratégica
Luanda – O interesse em reforçar a parceria estratégica entre Angola e o Brasil foi reafirmado ao Presidente da República, José Eduardo dos Santos, numa mensagem da sua homóloga brasileira, Dilma Rousseff, entregue hoje (terça-feira), em Luanda.
O facto ocorreu durante uma audiência, do estadista angolano, ao ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, no país desde segunda-feira, para visita oficial de 48 horas.
A propósito, o governante brasileiro disse ter trazido “uma carta da Presidente Dilma ao Presidente José Eduardo dos Santos, com a reafirmação dos princípios da parceria estratégica assinada em 2010”, aquando da visita do estadista angolano ao Brasil, e reforçada durante a estadia da homóloga brasileira em Angola, em 2011.
Adiantou que, na carta, o Presidente José Eduardo dos Santos foi convidado a visitar novamente o Brasil.
Declarou, por outro lado, ser interesse também desenvolver parceria estratégica no domínio militar, particularmente nos vectores da saúde e do treinamento de efectivos, devendo este último ser reforçada para permitir a integração das Forças Armadas Angolanas em operações de paz.
Disse que elemento novo introduzido na cooperação bilateral, com esta sua visita, relaciona-se a área da indústria de defesa, incluindo a transferência de tecnologia.
Salientou existir disposição para trabalhar juntos, sabendo que Angola (democrática, estabilizada e com eleições que confirmam a legitimidade do poder político) tem um papel crescente em África, com destaque para solução das crises nas repúblicas
Democrática do Congo (RDC) e na Guiné-Bissau.
Questionado a Celso Amorim, que já foi ministro das Relações Exteriores, se preferia continuar na Defesa ou na diplomacia respondeu que “quando era diplomata podia ser guerreiro, agora que é ministro da Defesa tem de ser diplomático”.
Nesta visita, à convite do homólogo angolano da Defesa Nacional, Cândido Van-Dúnem, Celso Amorim faz-se acompanhar de oficiais-generais do Exército, Marinha e Força Aérea, além de 14 empresários da indústria militar brasileira, interessados em investir em Angola.
portalangop.co.ao..SNB
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
O refino é parte da longa crise da Petrobrás
O Estado de S.Paulo
Empresas petrolíferas valem mais pelas reservas de óleo e gás - provadas e prováveis - que serão exploradas e assegurarão as receitas futuras do que pela capacidade de refino, que pode fortalecer suas receitas presentes, mas é pouco lucrativa. O que se constata no Brasil é que os investimentos em abastecimento, que inclui o refino, foram mal-sucedidos. Não acompanharam as projeções de demanda e ajudam a explicar o vultoso déficit decorrente da importação de derivados de petróleo, previsto para toda a década.
Entre 2006 e 2011, os investimentos da Petrobrás em abastecimento aumentaram cerca de 750%, de US$ 1,9 bilhão por ano para US$ 16,1 bilhões, enquanto os investimentos em exploração e produção cresceram menos de 200%, de US$ 7 bilhões para US$ 20,4 bilhões, segundo dados da estatal. Em 2011, a área de abastecimento da Petrobrás teve prejuízo operacional de US$ 14,5 bilhões. Entre 2011 e 2012, mais que dobrou o prejuízo líquido consolidado da área: de US$ 5,718 bilhões passou para US$ 11,718 bilhões, conforme os dados distribuídos pela empresa.
A capacidade de refino da Petrobrás é, hoje, da ordem de 2 milhões de barris/dia de petróleo, inferior ao consumo. "Estamos sempre correndo atrás do mercado", disse ao jornal Valor o diretor de Abastecimento da Petrobrás, José Carlos Cosenza. O déficit é estimado em 250 mil a 300 mil barris/dia e só tende a crescer. O aumento da eficiência das refinarias, da ordem de 5%, entre 2011 e 2012, só diminuiu a gravidade do problema.
Para eliminar o déficit entre produção e consumo, o Brasil depende da conclusão de refinarias em fase de construção. A Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, com capacidade de processar 230 mil barris/dia, só entrará em operação entre novembro de 2014 e maio de 2015; e o Comperj, com 165 mil barris/dia, em abril de 2015. Mas elas estão atrasadas, bem como os projetos de construção das Refinarias Premium I (600 mil barris/dia, no Maranhão), Premium II (300 mil barris/dia, no Ceará) e a segunda etapa do Comperj (300 mil barris/dia). O equilíbrio entre oferta e procura, estimadas em 3,6 milhões de barris/dia, foi transferido para 2022.
Com lucros em declínio, a Petrobrás está incumbida pelo governo de fazer mais do que pode. Seria mais fácil se a opção fosse atrair capitais para a exploração e a produção, com as regras antigas e mais flexíveis, que foram abolidas nas áreas do pré-sal.
O setor de petróleo depende de planejamento rigoroso para trabalhar com segurança. A situação do refino indica que isso não ocorreu.
SNB
Bolívia denuncia na ONU prisão de três soldados no Chile
Reuters
A Bolívia afirmou nesta segunda-feira que se queixou na Organização das Nações Unidas (ONU) da detenção no Chile de três soldados bolivianos que atravessaram a fronteira e agora estão em uma prisão chilena à espera de julgamento comum por porte de armas.
A captura dos soldados, que segundo o governo da Bolívia faziam parte de uma patrulha para combater o contrabando, aumentou a tensão entre Santiago e La Paz, que nos últimos meses voltaram a se enfrentar retoricamente por uma antiga demanda boliviana de recuperação de uma saída soberana ao oceano Pacífico.
O embaixador da Bolívia na ONU, Sacha Llorenti, disse em carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que a ação do governo chileno violaria vários esforços bilaterais e multilaterais para combater o crime organizado e resolver incidentes internacionais.
"Um Estado (Chile) não deve atribuir competência para os seus tribunais internos para determinar a responsabilidade internacional de um outro Estado por supostas violações do direito internacional", disse Llorenti na carta, cuja cópia foi distribuída pelo Ministério do Exterior boliviano.
Os três soldados, que foram declarados "grandes heróis defensores do mar" pelo presidente Evo Morales, serão submetidos em 25 de fevereiro a um julgamento preliminar por entrada ilegal e posse de armas num tribunal no norte do Chile.
Bolívia e Chile não têm relações diplomáticas desde 1978 por causa da disputa sobre o acesso ao mar que remonta a uma guerra do século 19.
Quase dois anos atrás, Morales anunciou que a Bolívia iria levar a reivindicação marítima a um tribunal internacional em Haia, mas ainda não se sabe quando.
(Reportagem de Carlos A. Quiroga)
SNB
REAPARELHAMENTO - FAB recebe mais dois VANTs
A Força Aérea Brasileira recebeu no dia 30 de janeiro mais dois Veículos Aéreos Não-Tripulados (VANT). Os dois RQ-450, fabricados em Israel, estão em fase de montagem na Base Aérea de Santa Maria (RS) e os primeiros voos estão programados para março. As novas aeronaves já devem ser utilizadas nas próximas Operações Ágata, nas regiões de fronteira, e também durante a Copa das Confederações. O investimento foi de R$ 48 milhões.
Agora, são quatro unidades que fazem parte do Esquadrão Hórus. Dois RQ-450 já estavam em operação desde 2011. Apesar de serem do mesmo modelo, as aeronaves recebidas agora têm algumas melhorias, como câmeras diurnas e de infravermelho de melhor resolução e sistemas de comunicações aperfeiçoados. Também foi recebido um radar que permite fazer imagens mesmo através das nuvens.
Emprego Real
As primeiras experiências da FAB com aeronaves não-tripuladas ocorreram em 2010. No ano seguinte, com a criação do Esquadrão Hórus, houve a estreia operacional durante as Operações Ágata. Um RQ-450 também participou das ações de segurança durante a Rio + 20. Nestas missões, estas aeronaves fazem imagens tanto de dia quanto de noite e transmitem ao vivo para os Centros de Controle.
Além das operações reais, o Esquadrão Hórus também realiza missões de "desenvolvimento de doutrina", quando são elaboradas táticas para uso militar de VANT em situações conflito. Na FAB, essas aeronaves são comandadas do solo por aviadores com experiência em aviões e helicópteros de combate, além de conhecimentos em missões militares e regras de controle do espaço aéreo.
Agora, são quatro unidades que fazem parte do Esquadrão Hórus. Dois RQ-450 já estavam em operação desde 2011. Apesar de serem do mesmo modelo, as aeronaves recebidas agora têm algumas melhorias, como câmeras diurnas e de infravermelho de melhor resolução e sistemas de comunicações aperfeiçoados. Também foi recebido um radar que permite fazer imagens mesmo através das nuvens.
Emprego Real
As primeiras experiências da FAB com aeronaves não-tripuladas ocorreram em 2010. No ano seguinte, com a criação do Esquadrão Hórus, houve a estreia operacional durante as Operações Ágata. Um RQ-450 também participou das ações de segurança durante a Rio + 20. Nestas missões, estas aeronaves fazem imagens tanto de dia quanto de noite e transmitem ao vivo para os Centros de Controle.
Além das operações reais, o Esquadrão Hórus também realiza missões de "desenvolvimento de doutrina", quando são elaboradas táticas para uso militar de VANT em situações conflito. Na FAB, essas aeronaves são comandadas do solo por aviadores com experiência em aviões e helicópteros de combate, além de conhecimentos em missões militares e regras de controle do espaço aéreo.
Fonte: Agência Força Aérea,,,SNB
Chávez volta de surpresa de Cuba para a Venezuela
O presidente Hugo Chávez retornou de surpresa para a Venezuela na manhã desta segunda-feira (18) após mais de dois meses de tratamento pós-cirurgico em Cuba. O retorno de Chávez foi anunciado em uma série de mensagens na conta do presidente no Twitter, pelo qual informou que "vamos continuar nosso tratamento aqui".Chegamos mais uma vez à nossa terra natal Venezuela. Obrigado, meu Deus!", disse na primeira das três mensagens. Essas foram as primeiras palavras escritas no Twitter do líder venezuelano desde o dia 1º de novembro. "Estou agarrado a Cristo e confiando em meus médicos e enfermeiras", escreveu. "Avante para a vitória sempre!! Vamos viver e vamos triunfar!!"
O vice presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , confirmou em cadeia nacional posteriormente que Chávez chegou às 2h30 do horário local (5h em Brasília) e foi levado ao hospital militar Carlos Arvelo em Caracas, onde continuará seu tratamento.Chávez também agradeceu a Fidel e Raúl Castro, que supervisionaram seu tratamento em Havana, e ao povo cubano "por tanto amor".
O retorno do presidente venezuelano a Caracas acontece três dias depois de o governo terdivulgado as primeiras fotos de Chávez em mais de dois meses , mostrando imagens do líder sorrindo ao lado das filhas. O governo não divulgou qualquer foto da chegada de Chávez a Caracas.
"Estamos muito felizes", disse Maduro. Ele afirmou também que Chávez chegou junto à sua filha mais velha, Rosa. O vice-presidente não deu nenhum detalhe sobre o estado de saúde de Chávez, dizendo apenas que ele está na Venezuela para "continuar sua batalha"O governo também não deu nenhuma explicação sobre o por que do retorno surpresa nesta segunda-feira. Autoridades governamentais disseram nas últimas semanas que não estava claro quando sua equipe médica permitiria que ele retornasse a Venezuela, embora eles esperassem que isso acontecesse em breve.
Após o anúncio de seu retorno, a televisão estatal tocou a música da campanha presidencial do ano passado, com o refrão "Chávez, o coração do país!"
O retorno de Chávez provocou comemorações de seus simpatizantes ao redor do país de 29 milhões de habitantes, onde suas políticas de bem-estar social fizeram dele um herói para os pobres.
"É uma notícia fabulosa, a melhor coisa possível", disse o primo de Chávez Guillermo Frias, falando da área rural onde o presidente nasceu, no Estado de Barinas. "A Venezuela estava esperando por ele, todo mundo quer vê-lo. Bem-vindo de volta! Graças a Deus ele voltou!"
Fogos de artifício foram ouvidos em alguns bairros de Caracas após a divulgação da notícia da volta do presidente, e muitos "chavistas" celebraram nas ruas. Ministros comemoraram bastante, um deles cantando "Ele voltou, ele voltou" ao vivo na TV estatal.
O presidente de 58 anos não falou publicamente desde que partiu para Cuba em 10 de dezembro . Ele foi submetido à sua quarta cirurgia em 11 de dezembro e o governo informou que ele está respirando através de um tubo traqueal, o que dificulta a fala. Chávez também passa por"tratamentos complementares" que não foram especificados.
Ele vem se tratando em Cuba desde junho de 2011, quando descobriu o câncer . Ele afirmou ter retirado tumores e passou por sessões de quimioterapia e radioterapia. O tipo de câncer e a localização exata dos tumores não foram divulgados.Ameaça: Governo venezuelano denuncia plano para matar vice e chefe da Assembleia
Chávez foi reeleito para um novo mandato de seis anos em outubro, e sua posse marcada para 10 de janeiro foi prorrogada por tempo indeterminado pela Suprema Corte devido ao seu estado de saúde delicado após a cirurgia.
Antes de deixar Cuba, Chávez reconheceu os riscos e disse que se sua doença o impedisse de governar como presdiente, o vice-presidente Nicolás Maduro seria seu candidato em novas eleições.
Maduro viajou diversas vezes a Havana nas últimas semanas e mostrou documentos assinados por Chávez, para comprovar que o presidente continuava no comando. Na semana passada, Maduro disse que Chávez havia sido submetido a tratamentos "extremamente duros e complexos" .
Com AP e Reuters..SNB
Angola pretende ajuda do Brasil para criação da Indústria Militar
Angola pretende contar com a ajuda do Brasil para a criação da Indústria Militar Nacional e no fortalecimento da Indústria de Defesa, visando reduzir a dependência que as FAA têm na aquisição de meios logísticos do exterior do país.
Esta intenção foi manifestada hoje, segunda-feira, em Luanda, pelo ministro da Defesa Nacional, Cândido Pereira dos Santos Ván-Dunem, quando discursava na abertura das conversações entre as delegações dos ministérios da defesa de ambos estados, no
quadro da visita do seu homólogo brasileiro, Celso Amorim.
Deste modo, afirmou que o seu departamento ministerial está aberto à exploração e discussão de outras vias de cooperação, no domínio da defesa e das respectivas Forças Armadas, na base do respeito mútuo, da igualdade e reciprocidade de vantagens, cujo escopo é o desenvolvimento de uma instituição militar angolana sólida e de respeito.
"É importante sublinhar, que no âmbito do processo de reestruturação e potenciação das Forças Armadas Angolanas, o nosso país tem mantido uma cooperação privilegiada com diversos países do mundo, em que se inscreve o Brasil, com quem partilhamos vantagens mútuas", referiu.
Cândido Ván-Dunem defendeu à necessidade de, no decurso das conversações, as delegações trabalharem para o objectivo pontual de se reforçar o teor do acordo de cooperação já existente e, na sequência, reflectirem e concertarem novos programas subsidiários àquele.
Por isso, o governante angolano realçou a importância da visita do seu homólogo brasileiro, pois vai permitir a criação de novas bases mais sólidas para uma cooperação mais dinâmica no domínio da defesa e das Forças Armadas.
Antes do início das conversações, o ministro brasileiro, que cumpre desde hoje uma visita de 48 horas a Angola, foi recebido com honras militares na parte frontal do edifício/sede do Ministério da Defesa Nacional, na presença do seu homólogo angolano, e de seguida reuniram-se em privado.
Ainda hoje Celso Amorim, que faz acompanhar de oficiais generais dos ramos do Exército, Marinha e Força Aérea e de um grande número de empresários da indústria militar brasileira, vai visitar a Base Naval de Luanda, pertencente a Marinha de Guerra Angolana.
As conversações oficiais terminam terça-feira com a assinatura do documento final, seguido da leitura de um comunicado de imprensa.
Angola e Brasil mantêm relações de amizade e cooperação em vários domínios desde 1975 pós-independência, altura que o governo brasileiro reconheceu Angola como estado soberano.
SNB
Esta intenção foi manifestada hoje, segunda-feira, em Luanda, pelo ministro da Defesa Nacional, Cândido Pereira dos Santos Ván-Dunem, quando discursava na abertura das conversações entre as delegações dos ministérios da defesa de ambos estados, no
quadro da visita do seu homólogo brasileiro, Celso Amorim.
Deste modo, afirmou que o seu departamento ministerial está aberto à exploração e discussão de outras vias de cooperação, no domínio da defesa e das respectivas Forças Armadas, na base do respeito mútuo, da igualdade e reciprocidade de vantagens, cujo escopo é o desenvolvimento de uma instituição militar angolana sólida e de respeito.
"É importante sublinhar, que no âmbito do processo de reestruturação e potenciação das Forças Armadas Angolanas, o nosso país tem mantido uma cooperação privilegiada com diversos países do mundo, em que se inscreve o Brasil, com quem partilhamos vantagens mútuas", referiu.
Cândido Ván-Dunem defendeu à necessidade de, no decurso das conversações, as delegações trabalharem para o objectivo pontual de se reforçar o teor do acordo de cooperação já existente e, na sequência, reflectirem e concertarem novos programas subsidiários àquele.
Por isso, o governante angolano realçou a importância da visita do seu homólogo brasileiro, pois vai permitir a criação de novas bases mais sólidas para uma cooperação mais dinâmica no domínio da defesa e das Forças Armadas.
Antes do início das conversações, o ministro brasileiro, que cumpre desde hoje uma visita de 48 horas a Angola, foi recebido com honras militares na parte frontal do edifício/sede do Ministério da Defesa Nacional, na presença do seu homólogo angolano, e de seguida reuniram-se em privado.
Ainda hoje Celso Amorim, que faz acompanhar de oficiais generais dos ramos do Exército, Marinha e Força Aérea e de um grande número de empresários da indústria militar brasileira, vai visitar a Base Naval de Luanda, pertencente a Marinha de Guerra Angolana.
As conversações oficiais terminam terça-feira com a assinatura do documento final, seguido da leitura de um comunicado de imprensa.
Angola e Brasil mantêm relações de amizade e cooperação em vários domínios desde 1975 pós-independência, altura que o governo brasileiro reconheceu Angola como estado soberano.
SNB
Presídio Federal de Mossoró, no RN, recebe 37 presos de Santa Catarina
Policiais da Força Nacional de Segurança Pública participaram da ação
(Foto: Marcelino Neto)
(Foto: Marcelino Neto)
Trinta e sete homens, que estavam custodiados em unidades prisionais catarinenses, desembarcaram na tarde deste sábado (16) no Rio Grande do Norte. O destino final foi o Presídio Federal de Mossoró, na região Oeste potiguar. A transferência, segundo anunciado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, faz parte de uma das cinco medidas adotadas para conter os ataques de violência que atingem cidades de Santa Catarina. O município de Mossoró fica a pouco mais de 280 quilômetros de Natal.
O desembarque aconteceu por volta das 15h45, no Aeroporto Dix-Sept Rosado, em Mossoró. O avião, um Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira, segundo informações da direção do presídio, saiu de Florianópolis e chegou ao RN sem escalas. Um forte esquema de segurança, organizado por agentes federais, impossibilitou a aproximação da imprensa.
Do aeroporto - em comboio formado por veículos do Sistema Penitenciário Federal e viaturas da Polícia Rodoviária Federal -, os presos foram escoltados diretamente para o Presídio Federal. A direção da unidade, no entanto, não repassou qualquer informação com relação aos detentos ou mesmo sobre o tempo de permanência deles no Rio Grande do Norte.
Além da transferência de detentos para outros estado, prisões, reforço de homens da Força Nacional, criação da Operação Divisa e a formação de uma Frente Nacional de Defensores Públicos compõem o pacote anunciado em coletiva realizada com o ministro e autoridades catarinenses na manhã deste sábado. Segundo Cardozo, há ainda outras operações que serão realizadas sem serem divulgadas, em função de segurança.
"Em certos momentos de crise, é preciso aprofundar essa troca", disse o ministro. A intenção, ainda de acordo com Cardoso, é combater os atentados que ocorrem em Santa Catarina desde 30 de janeiro. Até as 11h deste sábado, a Polícia Militar havia registrado 106 ataques a 33 cidades no estado.
A transferência de presos iniciou justamente nesta manhã, quando 40 homens foram retirados de prisões catarinenses e levados a dois presídios de segurança máxima. Destes, 37 foram encaminhados para Mossoró (RN) e três para Porto Velho (RO).
"O Governo Federal disponibiliza quantas vagas forem necessárias para a transferência de novos presos. É uma remoção de grande porte e o Ministério da Defesa prontamente atendeu as nossas solicitações", afirmou o ministro.
SNB
UNB RECEBE NOVA TECNOLOGIA RUSSA DE POSICIONAMENTO GLOBAL
Brasília, 15 de fevereiro de 2013 – A UnB, na próxima terça-feira (19), vai inaugurar a primeira estação fora da Rússia do sistema russo de monitoramento e correção diferenciada, que integra o Global Navigation Satellite System (GLONASS). O Programa de Cooperação no Campo da Utilização e Desenvolvimento do Sistema Russo de Navegação Global por Satélite é fruto de uma parceria entre a Agência Espacial Russa (Roscosmos), a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Universidade de Brasília.
Semelhante ao Global Positioning System (GPS), a rede serve para localizar posições na superfície terrestre utilizando 24 satélites espalhados pela órbita da Terra. Além de ser um importante componente para redução do erro de posicionamento do sistema GLONASS na América do Sul, sua instalação beneficiará pesquisas na área aeroespacial desenvolvidas nos laboratórios de Automação e Robótica (LARA) e de Biomédica (LAB) da UnB. Será importante também para as aplicações satelitais e para estudos geodésicos da universidade.
Os objetivos desta implantação são: contribuir para operacionalização do sistema GLONASS na América do Sul e prover serviços confiáveis de posicionamento e de navegação para essa região do globo; contribuir para os acordos assinados entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Roscosmos, que estabelecem cooperação técnica entre o Brasil e a Rússia no contexto do GLONASS; prover suporte para estudos de pesquisa em sistemas de navegação por satélite conduzidas pelos pesquisadores envolvidos no projeto; e contribuir na formação de pessoal com expertise técnica em GLONASS.
“Essa iniciativa registra uma consideração ao Brasil como país preferencial para parcerias estratégicas de mútuo interesse na área espacial”, ressalta o presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Coelho.
Para Ícaro dos Santos, coordenador do LAB, quando o projeto estiver concluído, em 2020, a precisão dos cálculos de posicionamento no planeta será melhorada em até 10 vezes. “Teremos acesso aos dados brutos fornecidos pela estação. Assim, serão beneficiadas todas as nossas pesquisas sobre navegação de robôs, foguetes e veículos aéreos não tripulados, por exemplo”, disse Ícaro.
ESTAÇÃO - Três especialistas russos vieram a Brasília instalar a estação no telhado do novo prédio do Centro de Processamento de Dados (CPD). O equipamento trazido da Rússia conta com uma antena e dois racks com processadores, um para receber o sinal e outro para transmitir informações para sede do projeto na Rússia. Até 2020, a Roscosmos espera ter 56 estações semelhantes a esta que está sendo montada na UnB. Outras 22 estações iguais às da UnB já funcionam em território russo, uma delas na Antártida.
Ivan Revnivykh, líder de engenharia da JSC Russian Space Systems, garante que o projeto facilitará qualquer engenharia de precisão como atracamento de navios e a construção de estradas e prédios, todos voltados para fins civis. “Até o momento, temos excelente cobertura nos polos norte e sul. As novas estações fora da Rússia precisam ser em regiões relativamente próximas à Linha do Equador, como aqui em Brasília”, explica.
EVENTO - A inauguração da Estação de Referência para o Sistema de Correção Diferencial e Monitoramento do GLONASSS acontece no dia 19 de fevereiro, a partir das 11h, no Centro de Processamento de Dados da Universidade de Brasília (CPD/UnB).
Estarão presentes o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho; a vice-reitora da Universidade de Brasília, Sônia Báo; o vice-chefe da Agência Espacial Russa (Roscosmos), Sergey Saveliev; o diretor geral da JSC (Sistemas Espaciais da Rússia), Andrey Chimiris; e os coordenadores do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília (ENE/FT/UnB), Geovany Araújo e Ícaro dos Santos.
AEB..SNB
Contratorpedeiros são espinha dorsal de uma marinha moderna
Ilya Kramnik..
RIA Novosti
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A Rússia continua o desenvolvimento de um contratorpedeiro de nova geração. Hoje, os navios dessa classe se tornaram na base do poderio militar de muitas marinhas que, pelas suas capacidades, deveriam se chamar de cruzadores. A construção em série desses navios é uma condição indispensável para a criação de uma marinha oceânica capaz de desempenhar missões de alto mar.
Quem será o herdeiro dos Sovremenny?
Os últimos contratorpedeiros criados pela URSS foram os navios do projeto 956, conhecidos como contratorpedeirosSovremenny(Contemporâneo) pelo nome do primeiro navio da série (na Rússia, os contratorpedeiros são batizados tradicionalmente com adjetivos). O primeiro navio, o Sovremenny, teve o assentamento da quilha em março de 1976 e entrou ao serviço em 1980. O 16º e último contratorpedeiro dessa classe, construído para a Marinha de Guerra Russa, o Besstrashny (Sem medo), que hoje tem o nome de Admiral Ushakov, entrou ao serviço em 1993. Outros quatro navios do projeto 956 foram terminados nos anos 1999-2006 por encomenda da Marinha de Guerra Chinesa.
Os navios dessa classe são apreciados pelas suas boas características de manobra e capacidade de ataque, porém, alguns aspetos negativos do projeto resultaram num abate bastante rápido da maior parte dos contratorpedeiros dessa série nos tempos pós-soviéticos. O "calcanhar de Aquiles" era a unidade propulsora de turbinas a vapor, moralmente obsoleta já na altura da construção desses navios, menos econômica e fiável que a unidade propulsora de turbinas a gás dos grandes navios antissubmarino do projeto 1155Udaloy (Audaz) e que estavam a ser construídos na mesma altura. Além disso, também as capacidades de defesa antissubmarino e antiaérea do contratorpedeiro não eram consideradas as melhores. Assim, neste momento há apenas três Sovremenny no ativo dos 16 que foram construídos. Outros dois se encontram em reparação e quatro estão desativados e à espera de um destino. Em comparação, dos doze navios do projeto 1155 oito continuam no serviço ativo.
Os defeitos dos contratorpedeiros do projeto 956 já eram evidentes na URSS, o que levou ao desenvolvimento e início da construção do navio do projeto 1155.1 (denominação OTAN - Udaloy II), que deveria combinar uma unidade propulsora fiável e as capacidades de luta antissubmarino dos contratorpedeiros do projeto Udaloy com as capacidades de ataque dos Sovremenny. Infelizmente, só foi construído um desses navios, o Admiral Chabanenko, considerado um dos melhores navios da Marinha de Guerra Russa. Com o assentamento da quilha em fevereiro de 1989 e lançado à água em dezembro de 1992, ele entrou ao serviço apenas em 1999. As circunstâncias da realidade pós-soviética não favoreceram uma rápida finalização e os testes dos navios de guerra.
De resto, o Admiral Chabanenko também não era perfeito: até à sua entrada no ativo, os EUA já tinham incorporado quase três dezenas de contratorpedeiros da classe Arleigh Burke, que determinaram de fato a tipificação dos navios desse tipo para os dias de hoje. O principal trunfo dos Arleigh Burke (e dos cruzadores de maior porteTiconderoga) é o sistema de comando e controle (SCC) de armas multifuncionais Aegis (ACS), que em combinação com o sistema de lançamento vertical Mk 41 tornou esses navios em combatentes universais. O sistema Mk 41 pode utilizar praticamente toda a panóplia de mísseis anti-superfície ou antiaéreos, assim como os foguetes-torpedo antissubmarino usados pela Marinha de Guerra dos EUA. OAdmiral Chabanenko, tal como os seus antecessores do projeto 1155, também tinha um sistema de lançamento vertical (VLS), mas ele só podia ser usado para o lançamento de mísseis antiaéreos de médio alcance 9М330do sistema Kinjal. Além disso, a marinha russa não dispunha de um sistema de comando e controle com as capacidades do Aegis.
Exigências básicas
Dessa forma, foram determinadas as exigências de base para o "contratorpedeiro do futuro": a existência de um SCC que garanta o seguimento, a aquisição e abate de alvos de superfície, submarinos, aéreos e terrestres, assim como o comando tanto de um navio isolado como de uma esquadrilha inteira, incluindo aeronaves de diferentes tipos, e sistemas de lançamento verticais com um vasto de leque de munições disponíveis. As exigências específicas da Marinha de Guerra Russa determinaram a necessidade de criação de dois tipos de VLS: um sistema de tiro naval universal (USSC) e um VLS de peso e dimensões mais pequenas para o sistema de mísseis antiaéreosRedut. Ambos os sistemas podem usar diversos tipos de mísseis. O USSC lança mísseis anti-superfície Onix, assim como toda a gama de mísseis do complexo Kalibr, desde mísseis de cruzeiro estratégicos até aos foguetes-torpedos antissubmarino. Um módulo do USSC leva 8 mísseis. Um módulo do sistema de lançamento Redutpode ser carregado com quatro mísseis antiaéreos de médio alcance (até 150 km) 9М96Еe com 16 de curto alcance (até 150 km) 9М100. Os mísseis de curto alcance são colocados 4 em cada célula. Assim, por exemplo, a corveta russa Soobrazitelny (Inventivo), que possui três módulos Redut de 4 células cada, pode transportar 12 mísseis de médio alcance ou 48 mísseis de curto alcance, ou as diferentes combinações de ambos.
Em simultâneo com o armamento, estava a ser desenvolvido o novo sistema de comando (hoje, a marinha russa está a adotar progressivamente o Sigma), um SCC universal, único para todos os navios de combate de superfície de nova geração e que apenas diferem ligeiramente conforme o tipo e o armamento de cada navio específico.
O Sigma foi testado, na sua primeira versão, na fragataNeustrashimy(Intrépido), construída nos anos 90. A sua versão modernizada equipou as corvetas da classe Stereguschy(O que guarda), tanto as que já estão no ativo, como as que se encontram hoje em construção para a Marinha de Guerra Russa. As fragatas de nova geração também estão a receber o seu Sigma que será também, na sua versão modernizada, o "cérebro eletrônico" dos novos contratorpedeiros.
As limitações financeiras das capacidades de combate
A questão que hoje tem de ser resolvida é a qual será a relação entre as capacidades do contratorpedeiro e o seu custo. Ainda não existem informações detalhadas sobre o projeto. Segundo o que tudo indica, se trata de três versões possíveis. A primeira é um navio deslocando 9000 toneladas com uma unidade propulsora de turbina a gás, artilharia de 130 mm, presumivelmente equipado com quatro módulos USSC (até 32 mísseis no total). A defesa antiaérea do navio será assegurada por 16 módulos antiaéreos Redut (até 4 mísseis de médio alcance ou 16 mísseis de curto alcance em cada módulo, i.e. de 64 a 144 mísseis antiaéreos no total em diversas combinações).
Mais potente, mas também mais cara, será a versão de um contratorpedeiro de 12000 toneladas que, presumivelmente, poderá ser equipado com artilharia de 152 mm e com um “arsenal de mísseis” substancialmente superior. A terceira versão do contratorpedeiro, com dimensões e capacidades de combate semelhantes ao da segunda versão, teria uma propulsão nuclear. Não é de excluir que, com esse deslocamento, ela seja mais econômica que as turbinas a gás pelo seu tempo de vida útil.
É difícil prever qual será a versão adotada. O custo, mais uma vez estimado, de um navio desses de série será de cerca de 40-60 bilhões de rublos e a Marinha de Guerra Russa necessita, pelo menos, de 12-16 unidades semelhantes, capazes, apoiadas por fragatas e corvetas, de constituírem a base do poderio naval da Rússia no Norte e no Extremo Oriente. Ao receber e integrar uma quantidade suficiente de navios porta-mísseis, das corvetas aos contratorpedeiros, a marinha, além do mais, estará apta a formar esquadras permanentes, cujo “núcleo” poderão ser cruzadores porta-mísseis nucleares modernizados, navios de desembarque universais e, em perspetiva, porta-aviões.
O projeto de um contratorpedeiro prospetivo para a Marinha de Guerra Russa deverá ser aprovado em 2014 e, considerando o tempo necessário para aperfeiçoar os elementos principais do equipamento e do armamento, os trabalhos de construção do casco do primeiro navio podem começar já em 2015-2016. Já falta pouco tempo de espera.
VOZ DA RUSSIA ..SNB
FBI dá dicas para evitar ser extorquido com fotos íntimas
O FBI postou em seu blog uma série de dicas sobre como não ser "sextorquido" na web - o termo é uma junção de "sexo" com "extorsão", e caracteriza a chantagem que usa fotos ou vídeos de nudez para intimidar as vítimas. No mês passado, por exemplo, um homem foi condenado a 35 anos de prisão por se passar por Justin Bieber para fazer adolescentes entregarem fotos nuas online.
Christopher Patrick Gunn, de 31 anos, participava de chats ao vivo e, quando convencia as jovens de que era o cantor pop canadense, oferecia ingressos gratuitos para shows em troca de fotos das meninas sem sutiã ou de vídeos feitos com a webcam. O americano do estado do Alabama também aplicava outro golpe, em que se passava por um menino novo no bairro, a partir de uma conta falsa no Facebook."O esquema básico de funcionamento da extorsão era frio e calculista: contate uma adolescente em uma rede social usando uma identidade falsa, ganhe a confiança, extraia algumas informações pessoais, e então ameace expor as intimidades dela se ela se recusar a atender às demandas de fotos e vídeos sexualmente explícitos", escreve o FBI no post.
A agência federal de investigação americana dá dicas de como tomar cuidado para não cair em golpes do gênero. "Não tenha tanta certeza de que o antivírus de seu computador é uma garantia contra intrusos", começa a lista do FBI. "Desligue seu computador quando não estiver usando", segue a agência.Cubra a sua webcam quando não estiver usando" é outra dica - as câmeras podem ser acessadas e ligadas remotamente, o que significa que alguém pode ver o quarto ou escritório do usuário e saber o que acontece sem seu conhecimento.
"Não abra arquivos anexados sem verificar, independentemente, de que foram enviados por alguém que você conhece", alerta o FBI. Além de verificar o nome do remetente, checar se o endereço de e-mail é o correto é um começo.
"É válido suspeitar das coisas. Se você recebe uma mensagem com um anexo da sua mãe às 3h, talvez a mensagem não seja realmente da sua mãe", ilustram os investigadores de cibercrimes americanos.
"Se seu computador for comprometido e você receber ameaças de extorsão, não tenha medo de conversar com seus pais ou ligar para a polícia", orienta o FBI.
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