quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Aviões de combate estão parados por falta de contrato de manutenção


O voo inaugural foi em novembro, mas desde janeiro não sai do chão. A Polícia Federal explicou que adequações necessárias ao projeto original estão sendo realizadas.

BOM DIA BRASIL

Um avião de última geração comprado pelo governo para vigiar as fronteiras está parado desde janeiro. Foi um investimento milionário para o combate ao tráfico de drogas. Está parado porque falta o contrato de manutenção e olha que o projeto já tem quatro anos. Uma ferramenta de inteligência, segundo a Polícia Federal, para monitorar a fronteira brasileira. Agora, a polícia reconhece: a prioridade é assinar o contrato de manutenção. E aí retomar as operações.
O avião é um espião aéreo, fotografa e filma pessoas ou objetos no solo, com nitidez. Tudo é transmitido em tempo real para equipamento em terra, onde fica o piloto. O veículo aéreo não tripulado recebe os comandos por meio de controle remoto. O Vant é capaz de voar por 37 horas, sem parar, cobrindo mais de mil quilômetros. Foi comprado pela Polícia Federal para vigiar as fronteiras. Missão: identificar criminosos e rotas do crime.
O voo inaugural foi em novembro, mas desde janeiro não sai do chão. Está guardado em um hangar em São Miguel do Iguaçu, no Paraná. A Polícia Federal explicou, por meio de nota, que adequações necessárias ao projeto original estão sendo realizadas para que a aeronave retome suas operações em breve. E que em virtude da grandiosidade do projeto, é necessária precaução quanto à manutenção dos equipamentos. Por isso, está sendo feito ajuste num novo contrato de manutenção.
O Tribunal de Contas União começou uma auditoria em maio no processo de compra. E pediu explicações a Polícia Federal. Não há prazo para que o veículo não tripulado da Polícia Federal volte à atividade. E até o fim do ano outro Vant deve chegar ao Brasil. O gasto até agora foi de quase R$ 80 milhões. Que inclui, além dos aviões, equipamentos, manutenção e treinamento de pilotos que operam o controle remoto.
Foram treinados 13, ao custo de um milhão e 900 mil reais cada. Segundo a polícia, o valor inclui a ida deles a Israel, onde fica a fábrica do Vant. Um especialista em segurança explica que o equipamento é de ponta, é caro, necessário nas fronteiras, mas, segundo ele, nesse caso, parece haver problemas burocráticos e de gestão, que acabam gerando custos.
“Não pode mais ficar parado. De uma maneira um pouco mais radical, eu poderia dizer: ‘isso deveria estar funcionando amanhã’”, diz Roberto Aguiar, especialista em segurança.
O projeto prevê a compra de 12 aeronaves. Que garantiriam, sempre segundo a Polícia Federal, a segurança de todo o território nacional: 16 mil km de fronteira
segurança nacional blog

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Novos aviões e o futuro da Força Aérea


Na Sibéria, do aeródromo da fábrica de aviões de Irkutsk levantou voo o caça Su-30SM, criado por encomenda da Força Aérea da Rússia com base no projeto de exportação bem sucedido Su-30MKI. Em Ulyanovsk, pela primeira vez levantou voo um Il-76MD-90A, o primeiroIL-76 de fabricação russa, altamente modernizado em comparação a seus antecessores soviéticos.
Su-30SM deve manter a prontidão de combate da Força Aérea da Rússia até o início de produção do caça de quinta geração T-50, que irá substituir o obsoleto T-10.
A atualização do parque de aviões Su pode ser dividida em três fases. A primeira, que começou em meados da década de 2000, é a reparação e modernização de dezenas de caças Su-27. Os aviões atualizados receberam armamentos “ar-superfície” modernos de alta precisão e mísseis “ar-ar” atualizados.
A segunda fase começou em 2009, quando foram assinados contratos para o fornecimento de novos caças dessa família, e depois, os recém-construídos Su-27SM3 e Su-30M2 foram entregues na base aérea em Krymsk no sul da Rússia.
Agora, na terceira fase, começam fornecimentos dos membros mais avançados da família T-10Su-35S e Su-30SM.
Os caças são muito populares, mas o papel de aviões militares de transporte na defesa nacional não é menor. Além disso, um avião de transporte é esperado não só pelos militares, mas também por companhias aéreas civis que efetuam transportes de cargas ao redor do mundo. Por isso, causa interesse a produção de um atualizado Il-76. Mas serão justificados gastos de muitos bilhões para a restauração de uma máquina desenvolvida há 40 anos?
Os especialistas concordam que seria mais razoável um programa de revisão geral do IL-76 e seu equipamento com motores atualizados D-30. O dinheiro assim poupado poderia ser gasto na aceleração do desenvolvimento do avião An-70, que em suas principais características é similar ao C-17 Globemaster norte-americano.
No entanto, neste caso, a chefia da Força Aérea e da indústria aeronáutica da Rússia optaram por reiniciar a produção de IL-76. O quanto este passo é justificado – o tempo dirá.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Por que “Duro de Matar 4.0” assustou Eugene Kaspersky


“As ameaças de terrorismo cibernético e de guerra cibernética começaram a ser encaradas com seriedade no começo da década de 2000, mas foram pouco debatidas em público até que “Duro de Matar 4.0” foi lançado, em 2007. Era fácil zombar do tema do filme, mas fiquei assustado. Na Kaspersky Lab, nós víamos o lado sério, porque entendíamos que nada impede que um cenário como aquele aconteça na vida real. Depois de assistir ao filme, comecei a falar e a fazer alertas sobre o terrorismo cibernético – e essa ameaça é real!”.

A frase é de Eugene Kaspersky, CEO da maior empresa de antivírus do mundo, em entrevista concedida ao jornal Folha de S.Paulo. As ameaças de Kaspersky têm um ar preocupante. Por mais que muitos o considerem exagerado, sua teoria conta com a simpatia de muitos especialistas. Um deles é Scott Borg, diretor executivo do Cyber Consequences Unit, instituto de pesquisa norte-americano que avalia as consequências estratégicas e econômicas de possíveis ataques cibernéticos.

“A guerra cibernética nos fará repensar cada aspecto da defesa”, explica Borg. “Uma grande investida cibernética poderia driblar completamente nossas forças militares. O ataque poderia aparecer repentinamente dentro do equipamento computadorizado de nossas indústrias mais importantes. Seria impossível determinar de imediato os responsáveis pelo ataque”, completa.

E onde o Brasil se encaixa nesse cenário aterrador? É pensando nisso que o IQPC organiza, nos dias 30 e 31 de outubro, em Brasília, o Cyber Warfare & Security Forum 2012. Venha debater conosco e com os principais militares e especialistas no setor os seguintes temas:
  • Panorama das estratégias brasileiras de defesa cibernética;
  • Como o país está se preparando para se defender de possíveis ataques?
  • Por que a guerra cibernética pode ser um bom negócio?
  • O papel da Polícia Federal para promover a segurança cibernética em grandes eventos;
  • A guerra cibernética ao redor do mundo.
Protegendo o interesse nacional frente às cada vez mais complexas ameaças cibernéticas
A área de Tecnologia da Informação tem ganhado crescente importância no setor militar. Desde o início do século XXI diversos países como Estados Unidos, Alemanha, Coreia do Norte, China e Reino Unido começaram a investir e criar os seus respectivos Centros de Defesa Cibernética. Em 2008 o Brasil se inseriu nesse grupo de Estados que passaram a manusear as novas tecnologias da informação em prol da defesa nacional.
As Guerras Cibernéticas podem causar danos nacionais de alto impacto, como interrupções na rede de distribuição de energia, água e atividade das aeronaves.
Ralph Langner, consultor norte-americano que é referência no assunto , afirma: “se as armas cibernéticas se espalharem, os alvos serão, na maioria, ocidentais, ao invés de alvos em países como o Irã, que tem pouca dependência da Internet”.
Tendo em vista o rápido crescimento tecnológico do Brasil, a proximidade da realização de eventos mundiais de alta visibilidade e a necessidade de preparação e prevenção contra possíveis ataques, o IQPC traz para o Brasil o Cyber Warfare & Security Forum.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Lançado com sucesso o VS-30/ORION V07

 Hoje (13/09/2012) o DLR lançou, com sucesso, a carga útil HIFIRE 3 com o VS-30/ORION V07  do 
Centro de Lançamento de Andoya (ARR - Noruega), com apogeu de 345 km e a dispersão do ponto de impacto de 0,6 sigma. O motor brasileiro S30 voou perfeitamente.
O experimento HIFIRE faz parte de um programa chamado “Hypersonic International Flight Research Experimentation Program”, programa esse liderado pela NASA, AFRL e o Australia's Defence Science and Technology Organisation (DSTO).
O IAE vai participar de mais 02 lançamentos o HIFIRE 4 e 7, com os foguetes VSB-30 V12 e V13, programados para junho e dezembro de 2013, respectivamente.SEGURANÇA NACIONAL BLOG



Forças Armadas mobilizam 5 mil militares na “Operação Amazônia 2012”

Durante as próximas duas semanas 5 mil homens das Forças Armadas estarão participando de exercício militar na região Norte do país. Trata-se da “Operação Amazônia 2012” cujo objetivo é o adestramento das tropas de forma conjunta para eventual emprego na defesa do Brasil. Coordenada pelo Ministério da Defesa e sob o comando do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), a operação conta com a participação da Marinha, do Exército e da AeronáuticaPara o subchefe de Operações do EMCFA, vice-almirante Luiz Henrique Caroli, a “Operação Amazônia”, embora seja um treinamento, é importante para a interoperabilidade das três Forças. O almirante Caroli afirma que os exercícios permitem aos militares estarem preparados para o caso de enfrentar uma situação real.

“Essa é a nossa principal missão. E o exercício permite que as tropas estejam em condições diante da necessidade de entrar em ação”, disse. A operação tem início na manhã de segunda-feira (17), na foz do rio Amazonas, abrangendo os estados do Amazonas, Pará, Rondônia e Acre, além de exigir o desdobramento de meios e tropas de outras regiões do país. Até o dia 28 de setembro, os militares das três Forças estarão participando do treinamento com os objetivos de “difundir o sentimento de patriotismo e a mentalidade de defesa junto à população”, conforme informa o comunicado divulgado pelo comando da operação.

No período, além dos exercícios militares, ocorrerão ações cívico-sociais (Acisos) que têm por objetivo levar às regiões mais carentes apoio médico e odontológico. A expectativa é de que pelo menos 3 mil pessoas sejam atendidas nestas ações de modo a contribuir para a intensificação da presença do Estado e das Forças Armadas na região.

As Acisos levarão atendimentos a populações de localidades isoladas ao longo da calha dos rios Solimões, Purus e Juruá. Para tanto, serão empregados navios hospitais da Marinha, além de militares dos corpos de saúde do Exército e da Força Aérea Brasileira, que atuarão utilizando a estrutura de saúde dos municípios envolvidos.

Trata-se do 10º exercício desse porte realizado na região Amazônica desde 2002, com o objetivo de aprimorar o adestramento das três Forças para atuar, de forma coordenada e eficaz, em conflitos convencionais no ambiente ribeirinho e de selva.

De acordo com o chefe do EMCFA, general José Carlos De Nardi, manobras dessa natureza ajudam a desenvolver os processos da logística e comunicações militares, bem como sedimentar doutrinas operacionais vitais para o emprego das Forças Armadas. Segundo o general De Nardi, as atividades relacionadas à “Operação Amazônia 2012” começaram oito meses antes do início do deslocamento das tropas. Esse planejamento envolve o desenho de cenários de guerra e conflitos na região Amazônica, bem como o emprego eficaz das Forças em forma integrada com outros órgãos federais e estaduais atuantes na região.

Além da operação na Amazônia, o EMCFA planeja exercícios conjuntos em outras regiões do país. Estão programadas para acontecer, até dezembro de 2012, operações conjuntas no Centro-Oeste e de intensificação da área de fronteira nas regiões Norte, Sul e Centro-Oeste, além de uma grande operação nas águas jurisdicionais das regiões Sudeste e Sul.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, na companhia dos comandantes militares, visitará a região onde acontece a operação. Durante os dias 25 e 26 de setembro, o ministro acompanhará ações conjuntas nas localidades de Aiapuá e Paricatuba, no estado do Amazonas, e irá a Iranduba (AM), onde acontece uma Aciso.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Submarino ‘Arpão’ integra maior exercício aeronaval Mediterrâneo da OTAN no


O submarino “Arpão” inicia na quarta-feira a participação no maior exercício aeronaval da  OTAN na zona do Mediterrâneo, que junta mais de quarenta navios e aeronaves e se prolonga até novembro, anunciou hoje a Marinha Portuguesa.
O navio português está na cidade francesa de Toulon desde sábado, após ter estado 26 dias ao serviço da segunda força naval permanente da Aliança Atlântica.
“A missão atribuída a esta força naval permanente, e ao submarino Arpão em particular, consistiu em efetuar a patrulha discreta de áreas sensíveis do Mediterrâneo e marcar a presença da Aliança Atlântica no combate ao terrorismo e a todas as atividades que, neste vasto espaço marítimo, podem de qualquer forma contribuir para o seu desenvolvimento”, refere o comunicado da Armada.
O “Arpão” partirá de Toulon na quarta-feira, dia 26 de setembro, data  em que se inicia o maior exercício aeronaval da OTAN na região para certificação  das “NATO Response Forces” (NRF) e que conta com mais de quarenta navios  e aeronaves de diversos países da Europa, Estados Unidos e Canadá.
FONTE: SIC Notícias (Portugal
SEGURANÇA NACIONAL BLOG

China anuncia entrega formal de primeiro porta-aviões do país


Reuters
O primeiro porta-aviões da China iniciou oficialmente o serviço nesta terça-feira e o Ministério da Defesa disse que o aparelho ajudará o país a projetar seu poderio marítimo e a defender o território chinês.
A entrega da embarcação ocorre no mesmo momento em que China e Japão travam uma disputa por ilhas que ambos reclamam posse, e em meio à preocupações da China sobre renovados interesses militares dos EUA na Ásia.
O porta-aviões, chamado de Liaoning, foi originalmente comprado da Ucrânia e passou por profundas reformas no porto chinês de Dalian.
"A entrada deste porta-aviões nas fileiras militares irá elevar o nível de modernização das forças operacionais navais da China de forma geral", disse o Ministério em seu site.
O Liaoning irá ajudar "efetivamente a proteger a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento", acrescentou o ministério.
Entretanto, especialistas militares acreditam que o porta-aviões, que recebe o nome da província do nordeste do país da qual Dalian é a capital, terá um papel operacional limitado e será usado principalmente para treinamento.
"Uma vez que todas as grandes potências, e até mesmo alguns países de proporção pequena ou média, possuem um porta-aviões, é natural que a China tenha o seu próprio", afirmou o contra-almirante Yang Yi, em um comentário escrito no jornal China Daily, nesta terça-feira.
"A China tem uma vasta área de mares e enormes direitos e interesses marítimos que precisa proteger, e os crescentes interesses internacionais da China exigem uma Marinha forte para fornecer garantias de segurança", disse Yang, ex-diretor do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade da Defesa Nacional do Exército de Libertação do Povo Chinês.
O Liaoning irá envolver-se principalmente em pesquisas científicas e treinamento, afirmou o contra-almirante, ao mesmo tempo em que ajudaria a China a afirmar seu poderio militar, acrescentou.
"A China é obstinada e irá absolutamente salvaguardar sua soberania e dignidade nacional", disse Yang. "Nós estamos pela paz, mas não temos medo de qualquer ameaça ou intimidação".
A disputa pelas ilhas no Mar da China Meridional, chamadas de Senkaku no Japão e Diaoyu na China, desgastou as relações entre as duas potências econômicas vizinhas e provocou protestos contra o Japão por toda a China.
(Reportagem de Terril Yue Jones e Chris Buckley
SEGURANÇA NACIONAL BLOG