segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Brasil prepara lançamento inédito de foguete em 2012, mas uso é incerto

A capacidade de carregamento de satélites do Cyclone-4, fabricado na Ucrânia, é questionada por especialistas.






O Brasil prepara, para 2012, um feito inédito em seu programa espacial: pela primeira vez, irá colocar no espaço, a partir do seu próprio solo, um foguete com um satélite a bordo. Trata-se do Cyclone-4, foguete de fabricação ucraniana que deve ser lançado no ano que vem da base de Alcântara (MA), em uma parceria que começou a ser orquestrada em 2003. Pelo acordo, o Brasil entra com a base, e a Ucrânia, com a tecnologia do foguete.



Um lançamento bem-sucedido pode elevar o status dos dois países no cenário espacial global. No entanto, um dos dilemas do programa é quanto ao uso que o Brasil poderá dar ao Cyclone-4. Alguns especialistas ouvidos pela BBC Brasil consideram "altamente questionável" sua viabilidade comercial.



Maquete do Cyclone-4, foguete a ser lançado em 2012 (Foto: BBC)



Uma questão-chave é a capacidade limitada de carga do Cyclone-4: para a chamada órbita geoestacionária, em que o satélite fica a 36 mil km de altitude e parado em relação a um ponto na superfície da Terra, o foguete só consegue levar carga de 1,6 mil quilos, o que é considerado insuficiente para muitos satélites de comunicação.



"O programa foi inicialmente proposto como uma empreitada de cunho comercial, e que deveria se sustentar com a venda dos serviços de lançamentos de satélites. Mas sua evolução não corrobora essa hipótese", disse José Nivaldo Hinckel, coordenador do departamento de mecânica espacial do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Fontes ligadas à ACS, empresa binacional criada pela parceria Brasil-Ucrânia, admitem que será necessário encontrar um “nicho de mercado” para o Cyclone-4, já que muitos satélites públicos e privados não cabem no foguete. Mas a empresa diz que já está participando de concorrências internacionais e que negocia qual satélite participará do lançamento inicial do foguete.

Vantagem geográfica



Para Carlos Ganem, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), o programa com a Ucrânia "inaugura um tempo novo" para o Brasil e permitirá que o país usufrua de sua vantagem geográfica.



Como Alcântara fica próxima à Linha do Equador, lançamentos feitos ali permitem o uso eficiente do movimento de rotação da Terra, gastando 30% a menos de combustível no envio de foguetes ao espaço.



Ucrânia é parceira do Brasil no projeto (Foto: BBC)



Além de serem considerados importantes pelo uso em telecomunicações, os satélites são muito usados para coletar informações sobre clima, navegação, ocupação de solo e monitoramento da região

amazônica.



"São essenciais para que o Brasil exerça sua autonomia", opinou Ganem, dizendo que o país ambiciona ter satélites feitos em parceria com Argentina e África do Sul que possam ser lançados em Alcântara.



Para Hinckel, do Inpe, porém, "é difícil justificar um programa espacial autônomo (como o do Cyclone) sem que o segmento de comunicações geoestacionárias seja contemplado".



Fernando Catalano, professor de engenharia aeronáutica da USP de São Carlos, disse achar importante o desenvolvimento proporcionado à base de Alcântara, mas considera improvável que o lançador traga

lucros de curto prazo para o Brasil ou que elimine a dependência do país para lançamentos de satélites.



Preparativos



Do lado brasileiro, a ACS diz que está preparando a parte estrutural de Alcântara para o lançamento do Cyclone-4.



Já do lado da Ucrânia, 16 empresas estão contribuindo para a construção do foguete, na cidade de Dnipropetrovsk (centro-leste do país). Segundo os projetistas, essa versão do Cyclone terá alta precisão e

um aumento de 30% na capacidade de carregar combustível. O artefato terá vida útil estimada de entre 15 e 20 anos.



Para Ganem, trata-se de "um lançador confiável, da escola soviética". Para Catalano, é um foguete não muito grande nem muito caro, e a família Cyclone, existente desde 1969, tem um histórico bem-sucedido (em 226 testes de lançamento, houve apenas seis falhas).



Dezesseis empresas ucranianas contribuem para construção do foguete (Foto: BBC)



Segundo a ACS, outro ponto importante é que não haverá contato humano com o foguete na base. Isso impediria a repetição do ocorrido em 2003, quando uma explosão no VLS (Veículo Lançador de Satélites) resultou na morte de 21 técnicos em Alcântara.



No entanto, Hinckel cita preocupações com o combustível propelente "altamente tóxico" que será usado no lançamento. A ACS alega que não haverá manuseio do combustível - que virá da China, via navio -, apenas de seu recipiente.



Tecnologia



Em aparente mostra da preocupação com a viabilidade comercial do projeto, telegramas diplomáticos divulgados pelo site WikiLeaks apontaram recentemente que a Ucrânia sugeriu aos Estados Unidos que

lançassem seus satélites a partir de Alcântara.



Os documentos indicam que os americanos condicionaram seu interesse pela base à não transferência de tecnologia ucraniana de foguetes ao Brasil.



O embaixador ucraniano em Brasília, Ihor Hrushko, disse à BBC Brasil (em entrevista prévia ao vazamento do WikiLeaks) que formalmente não há acordo para a transferência de tecnologia no Cyclone-4, mas

sim expectativa de que a parceria bilateral continue "para que trabalhemos em conjunto em outros processos".



Ele disse que transferir tecnologia não é algo de um dia para o outro, "é um processo duradouro, de anos".



Mas ele afirmou que o Brasil é o "sócio mais importante" da Ucrânia no continente - tanto que, em 10 de janeiro, o presidente do país, Viktor Yanukovich, telefonou à presidente Dilma Rousseff para falar sobre a

expectativa de criar uma "parceria estratégica" com o Brasil a partir do foguete. Os dois presidentes esperam estar presentes no lançamento do artefato.



Base de Alcântara quer apagar lembrança do acidente em 2003 (Foto: BBC)



A ACS, por sua vez, afirmou que a expectativa de transferência de tecnologia existe, mas ressaltou que não é esse o objetivo do tratado binacional.



Ainda que o intercâmbio tecnológico seja considerado importante para os especialistas consultados pela BBC Brasil, alguns destacam que a não transferência acabou estimulando o desenvolvimento de tecnologias brasileiras.



É o caso do satélite CBERS-3, que será lançado na China em outubro, com o objetivo de monitoramento ambiental e controle da Amazônia: suas câmeras foram produzidas em São Carlos (SP), com tecnologia nacional da empresa Opto.



Fonte: G1

Tripulantes do Discovery chegam ao Centro Espacial Kennedy

WASHINGTON - Os seis astronautas que farão parte da missão STS-133 do Discovery chegaram neste domingo, 20, ao Centro Espacial Kennedy da Nasa, em Cabo Canaveral, na Flórida, nos Estados Unidos, para dar início aos preparativos do lançamento da nave na próxima quinta-feira, 24.





O comandante Steve Lindsey, o piloto Eric Boe e os especialistas Alvin Drew, Michael Barratt, Nicole Stott e Steve Bowen chegaram ao centro espacial de onde partirão em direção à Estação Espacial Internacional em uma missão de 11 dias. "Estamos prontos para viajar", garantiu Stott.



Os astronautas chegaram à Flórida em aviões supersônicos da Nasa vindos das instalações de treinamento do Centro Espacial Johnson Space, em Houston.



Nos próximos dias, os seis astronautas serão submetidos a reconhecimentos e revisarão os últimos detalhes da missão, enquanto fazem exercícios de última hora.



O lançamento. Na sexta-feira, 18, a Nasa confirmou a data de lançamento do Discovery para o dia 24 de fevereiro, como havia sido anunciado anteriormente. Os diretores da missão da Nasa se reuniram nesta sexta-feira no Centro Espacial Kennedy, na Flórida (EUA), para discutir o protocolo de revisão de preparação de Voo.



A contagem regressiva para o lançamento começará na segunda-feira às 15h no horário local da costa leste (18h de Brasília) e o lançamento, se não houver nenhum contratempo e as condições climatológicas permitirem, está previsto para o dia 24 de fevereiro às 16h50 no horário local (18h50 de Brasília). O Discovery já se encontra na plataforma de lançamento 39A.



Os técnicos revisaram toda a nave após nove atrasos no calendário, primeiro por um vazamento de hidrogênio, depois por uma falha elétrica, e posteriormente pelo descobrimento de fendas no tanque de combustível externo.



Este vazamento deu muita dor de cabeça aos engenheiros, que no início não encontravam a origem das fendas e tiveram que mudar o lacre do conduto de ventilação de hidrogênio do tanque de combustível externo.



Em sua última jornada de trabalho, os operários desinstalaram o braço de acesso ao tanque externo de combustível da nave e espera-se que na noite desta sexta-feira coloquem a porta de acesso a popa.



Por sua parte, os seis membros da tripulação revisaram os dados de voo no Centro Espacial Johnson, em Houston, e devem se deslocar no domingo ao centro Kennedy para iniciar os últimos preparativos antes do lançamento

Cientistas dão grande passo para a cura da anemia de Fanconi

Efe


MADRI - O caminho em direção à cura da anemia de Fanconi, uma rara doença que causa deficiência na medula óssea, deu um grande passo depois que a União Europeia autorizou a realização de testes de um remédio para estes pacientes, cuja média de vida é de 35 anos.



A anemia de Fanconi é um mal congênito que afeta entre uma e cinco pessoas de cada um milhão, e que ocorre por mutações em qualquer um dos 14 genes associados ao problema.



A Comissão Europeia reconheceu há algumas semanas o vetor lentiviral que contém o gene da anemia de Fanconi A como um novo medicamento órfão, nome dado aos remédios destinados ao tratamento das chamadas doenças raras.



A UE mantém uma política de apoio ao desenvolvimento destes remédios, já que, por serem destinados a um número muito pequeno de pessoas, não desperetam interesse do ponto de vista econômico das empresas farmacêuticas.



O coordenador dos trabalhos para a designação deste medicamento foi o doutor Juan Bueren, chefe da Divisão de Hematopoiese e Tratamento Genético do Centro espanhol de Pesquisas Energéticas, Ambientais e Tecnológicas, e também chefe de Grupo de Centro de Pesquisa Biomédica em Rede de Doenças Raras.



A falta de glóbulos brancos nos doentes com anemia de Fanconi os tornam mais vulneráveis a infecções, enquanto a falta de plaquetas e glóbulos vermelhos pode causar sangramento e cansaço, respectivamente.



O projeto procura corrigir o defeito genético nas células-tronco hematopoéticas de pacientes com anemia de Fanconi, de maneira parecida a que ocorre com pacientes de outras doenças monogênicas, por exemplo com algumas imunodeficiências primárias.



Como novidade, o vetor desenvolvido pertence à família dos lentivirus, que demonstrou uma eficácia maior que a dos gammaretrovirus, que eram utilizados até agora.



Além disso, os novos vetores garantem maior segurança para os pacientes, já que os experimentos realizados demonstraram que não geram síndromes leucêmicas associadas ao tratamento.



Este futuro medicamento órfão, testado em animais, ainda terá que passar por pertinentes provas clínicas para demonstrar sua segurança e eficácia.



Os testes realizados demonstraram, tanto em modelos animais como em células de pacientes, a eficácia terapêutica associada à correção do defeito genético, com o objetivo de resgatar e/ou prevenir a falha na medula óssea.



Para a maior parte destes pacientes, a única esperança de vida estava limitada aos transplantes de medula óssea, apesar das poucas possibilidades de se encontrar doadores compatíveis.



Apenas 25% destes doentes tem algum irmão histocompatível, por isso a maioria recorre a doadores sem consanguinidade, o que dificulta a compatibilidade com o receptor e, portanto, as possibilidades de sucesso no transplante.



Embraer Defesa e Segurança, em negociações

A EMBRAER Defesa e Segurança, nova unidade empresarial da empresa sediada em São José dos Campos está em negociações com duas tradicionais empresas da área de defesa do Brasil. Trata-se da ATECH e da ORBISAT.




DefesaNet obteve informações de que estão avançadas as negociações da EMBRAER Defesa e Segurança com as duas empresas para a formação de uma parceria estratégica. No momento estão sendo realizadas “due dilligence” nas duas empresas por empresas de auditoria contratadas.



O objetivo da EMBRAER em adquirir as duas empresas está voltado a dois principais projetos do Brasil. O Sistema de Vigilância de Fronteiras (SisFron) de responsabilidade do Comando do Exército através do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (CCOMGEX). Cobrirá a fronteira terrestre, em especial do centro-oeste, rota principal para o narcotráfico e contrabando de armas. E o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul ( SisgAAz) que está sendo desenvolvido para a proteção da área da chamada Amazônia Azul e os recursos do Pré-Sal.



A empresa ATECH, um SpinOff do programa Sistema de Vigilância da Amazônia(SIVAM), tem trabalhado em desenvolvimento de sistemas de comando e controle (C2), assim como de Controle de Tráfego Aéreo com trabalhos realizados no exterior. A ATECH está realizando sob contrato os estudos preliminares da arquitetura e definição do SisFron.



Uma empresa subsidiária a ATMOS Sistemas está desenvolvendo com a SELEX Galileo a tecnologia de radares AESA. O radar Raven ES-05 AESA para o SAAB Gripen NG, que participa do Programa F-X2.



A ORBISAT tem em seu portfólio dois produtos que serão a Base tanto do SisFron como do SisgAAz. Trata-se do radar SABER para controle aéreo e seu derivativo, em desenvolvimento, para vigilância terrestre.



O Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul ( SisgAAz). Uma rede de radares e sensores eletrônicos que controlará o espaço aéreo da região da Amazona Azul. A área de cobertura do SisgAAz é imensa - cerca de 4,5 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente à metade do território nacional.



E o guardião de patrimônio de 15,3 bilhões de barris de petróleo, 133 plataformas (86 fixas, 47 flutuantes) de processamento da Petrobrás, e os recursos investido na ordem de US$ 224 bilhões.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Operação “Aspirantex 2011” no Pantanal

Aspirante da Escola Naval em adestramento de guarnecimento de armamento fixo 0.50 mm do Aviso de Transporte Fluvial “Piraim”




Também participaram da Operação três pesquisadores-professores da Universidadade de São Paulo e da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul que, em parceria com a Marinha do Brasil, executaram um trabalho de base, inédito na região, coletando amostras de água de vários afluentes dos Rios Paraguai e Cuiabá. A coleta foi efetuada com a finalidade de realizar pesquisas aplicadas na área de uso e ocupação do solo no bioma do Pantanal, identificando os componentes químicos e a qualidade das águas que abastecem os rios da região.



O principal propósito da Operação “ASPIRANTEX” no Pantanal é familiarizar os Aspirantes com as diversas tarefas realizadas pelos navios da Flotilha de Mato Grosso. Dessa forma, eles conheceram as ações da Marinha na região Centro-Oeste do País e tiveram subsídios para as futuras escolhas da carreira.

Aspirantes da Escola Naval em adestramento de combate a incêndio na Praça de Máquinas do Aviso de Transporte Fluvial “Piraim”




No período de 10 a 23 de janeiro, 22 Aspirantes da Escola Naval embarcaram no Grupo-Tarefa composto pelo Navio-Transporte Fluvial “Paraguassu”, pelo Aviso de Transporte Fluvial “Piraim” e pela Embarcação de Apoio Fluvial “Leverger”, subordinados ao Comando da Flotilha de Mato Grosso. Os futuros Oficiais da Marinha do Brasil realizaram um estágio prático de conhecimento da área do Comando do 6° Distrito Naval, denominado Operação “ASPIRANTEX 2011”, que contou com a participação de mais de cem militares.



Durante este período, foram realizadas palestras sobre as atividades dos navios; adestramentos de “Nós e voltas”; montagem e desmontagem de armamentos; Postos de Abandono; Grupo de Visita e Inspeção e Grupo de Presa; cerimonial à Bandeira Nacional; interrogação de embarcações; procedimentos em fonia; e outros. Os Aspirantes tiveram, ainda, a oportunidade de conhecer a navegação do Rio Paraguai e todas as suas peculiaridades, além de visitarem a cidade de Cáceres (MT), onde os navios estiveram abertos à visitação pública.

APA realiza ensaio para a Avibras

Cumprindo o organograma das atividades previstas no convênio DCTA e AVIBRAS para o Projeto VANT, a Divisão de Propulsão Aeronáutica realizou, ensaio de desempenho da hélice que será utilizada no VANT AVIBRAS Falcão.




O ensaio foi realizado pela Subdivisão de Motor a Pistão que avaloiu 15 corridas, cada uma correspondente a um ângulo de passo da hélice, sendo determinadas as curvas da potência absorvida pela hélice nos vários ângulos, de 500 a 2700 rpm. O ensaio servirá para que a AVIBRAS escolha o ângulo ideal da hélice para o motor Rotax 912 escolhido para o Falcão.

BOPE da Polícia Militar de Alagoas

Devido ao sucesso do filme Tropa de Elite, a exposição do Batalhão de Operações Policiais Especiais, o BOPE, da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, foi inevitável. E junto com ele, outros BOPE de outros estados conseguiram sua popularidade e maior atenção da mídia.




Esse vídeo por exemplo é do BOPE da Polícia Militar de Alagoas. Uma televisão local, TV Alagoas, fez reportagem especial colocando um dos seus repórteres para acompanhar de perto o dia-a-dia de um curso do BOPE.

Flávio Luiz foi selecionado entre mais de 500 policiais

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Fotógrafo capta explosão de cores em detalhes de aranhas e moscas

Um fotógrafo americano capturou detalhes de diversos artrópodes em imagens que mostram formas complexas e as cores características dos animais.

 Munido de uma câmera digital comum e de lentes macro, Thomas Shahan fotografa diferentes espécies de animais minúsculos, principalmente aranhas e diversos tipos de insetos, como moscas e libélulas.





 Shahan diz que não mata, maltrata ou imobiliza os animais. "Eu sempre tento fotografar os objetos em seu ambiente natural - ou pelo menos na rua, mas eu ocasionalmente trago um artrópode para dentro de casa para fazer as imagens", diz.





 Os detalhes e as cores se destacam nas imagens de Shahan, que são divulgadas em seu site. No caso de uma aranha Maevia inclemens, o close-up mostra de perto os quatro olhos e a superfície amarela do octópode



Embraer estuda novo avião militar com parceria da Índia

A Embraer estuda a criação de um avião turboélice em parceria com a Índia para atender a demanda das forças aéreas dos dois países, noticiou o The Wall Street Journal nesta sexta-feira. O jornal citou o vice-presidente-executivo para o mercado de defesa da empresa brasileira, Orlando Neto.




Segundo a publicação, a Força Aérea Brasileira (FAB) possui entre 100 e 150 modelos Tucano, da Embraer, que deverão ser substituídos até 2018. Para Neto, de acordo com a reportagem, Brasil e Índia poderiam coproduzir um modelo militar mais moderno, e inclusive já conversam sobre possíveis negócios no mercado de defesa aérea durante a exposição internacional Auto India, em Bangalore.



Fonte: Terra

Brasil fabricará satélite para prever temporais

Projeto, em parceria com os Estados Unidos, custará US$70 milhões; lançamento deverá ser feito em 2015






BRASÍLIA. A tragédia na Região Serrana causada pelas enxurradas de janeiro levou o Ministério da Ciência e Tecnologia a dar carta branca ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), para investir na construção de um satélite de monitoramento de precipitações. O GPM (sigla em inglês para medida de precipitação global) será fabricado em parceria com os Estados Unidos e vai custar aos cofres públicos o equivalente a US$70 milhões (R$116 milhões), nos próximos quatro anos. A ideia da Nasa é

fazer o lançamento em 2015.





- Já há uma decisão no âmbito do ministério e da Agência Espacial Brasileira. O (Aloizio) Mercadante foi consultado e está de acordo. Estamos bastante tranquilos em relação ao apoio do governo brasileiro - afirmou o diretor do Inpe, Gilberto Câmara.



No projeto, os EUA entram com os sensores e o Brasil com o suporte energético e de telecomunicações para o satélite. O principal obstáculo, neste momento, é a licitação para a escolha do foguete lançador. O diretor do Inpe descarta o uso dos ucranianos Cyclone 4, a partir da base de Alcântara (MA). Segundo ele, não há garantia de que o projeto, tocado pela binacional Alcântara Cyclone Space, esteja operacional a tempo.





Equipamento é capaz de dizer se há gelo em nuvem o secretário de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Ministério de Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre, explica que o GPM terá o mecanismo de prevenção mais preciso que existe para

monitorar a característica de uma chuva, especialmente a temperatura no interior das nuvens e sua densidade. O sistema que hoje fornece informações ao Brasil não dispõe dos sensores do GPM para avaliar a dimensão de uma tempestade. O Brasil também não tem garantias de receber informações em tempo adequado, o que faz diferença para a emissão de um alerta preciso. - Ele (o GPM) olha processos físicos que o sistema atual é incapaz de observar. Informações como se há gelo no interior das nuvens. O GPM será muito bem-vindo - diz Nobre.





O chamado GPM Brasil integrará uma família de satélites de órbita baixa que devem monitorar as precipitações em todo o planeta.



Os Estados Unidos e o Japão estão construindo a "nave mãe", equipamento de tecnologia altamente avançada, capaz emitir microondas e captar as informações da atmosfera. No dia 26 de abril, os patrocinadores do projeto se reúnem em Fortaleza para analisar o cronograma. No encontro, de acordo com Luiz Augusto Machado, pesquisador do Centro de Previsão do Tempo do Inpe, também será decidido se os países não patrocinadores receberão informações ao mesmo tempo que Brasil, EUA e Japão.

- No caso do Rio, se o GPM tivesse passado (na órbita equatorial na época das enxurradas), nós teríamos a possibilidade de saber o que estava acontecendo. Ter parte do projeto é a única garantia de que o Brasil vai receber as informações no tempo adequado - diz Machado.



Fonte: O Globo - Roberto Maltchik

Ministro da Defesa da Venezuela diz que há risco de golpe de Estado no país

Brasília - O ministro da Defesa da Venezuela, Carlos Mata Figueroa, disse hoje (10) que háindícios de tentativa de golpe de Estado no país. Figueroa acusou segmentos da oposição de articular uma reação ao presidente venezuelano, Hugo Chávez. De acordo com ele, no entanto, a pressão exercida pela oposição não tem influência nas Forças Armadas.






"O nível de consciência dos nossos homens e mulheres é elevado. O que se percebe é a motivação, o orgulho de pertencer às Forças Armadas moralizada e mais unidas do que nunca, em torno do que estamos fazendo", disse o ministro venezuelano. As informações são da rede de televisão multiestatal, Telesur, com sede em Caracas, na Venezuela.





Para Figueroa, o exemplo desta motivação está no aumento de jovens que se alistaram no serviço militar. De acordo com ele, em 1998, 26 mil jovens fizeram o serviço militar obrigatório, hoje são cerca de 56 mil alistados.





Eleito presidente em 1998, Chávez deu início a uma nova etapa política na Venezuela, instaurando o que chamou de Revolução Bolivariana baseada no socialismo do século 21. Com o respaldo de referendos e eleições, o presidente mudou a Constituição e abriu a possibilidade da reeleição, Chávez venceu as disputas de 2000 e 2006.





O governo Chávez reúne críticos e admiradores interna e externamente. Para os favoráveis, o governo reduzir a pobreza e melhorou a qualidade de vida da população. Os críticos afirmam que ele é autoritário e impõe uma série de medidas de censura e limitações à liberdade de imprensa.



Fonte: Renata Giraldi - Agência Brasil

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

FAB apoia a EMBRAER em apresentação da aeronave A-29 Super Tucano para a USAF

Foi realizada na Base Aérea de Kirtland, Novo México, no período de 25 a 28 de janeiro, a LASSD (Light Air Support System Demonstration) da aeronave A-29 Super-Tucano para a USAF.




Trata-se de uma concorrência aberta pelo governo norteamericano para a compra de aeronaves de caça leves para incorporação ao acervo da Força Aérea. A FAB apoiou a EMBRAER no evento com uma aeronave A-29 FAB 5951 do 3°/3° GAV, Esquadrão Flecha, e uma aeronave C-130 FAB 2475 do 1° GTT, além de mecânicos e equipe mista de pilotos dos três esquadrões de A-29 subordinados à III FAE.



A saída do Brasil foi no dia 21 de janeiro, da Base Aérea de Boa Vista, tendo sido percorridos mais de 6.800 milhas náuticas (ida e volta) em uma aeronave monomotor.



Para tal feito, por exemplo, houve a necessidade de pousos técnicos intermediários no deslocamento de ida em: Piarco (Trinidade e Tobago), Santo Domingo (República Dominicana) e Fort Lauderdale (Estados Unidos). No dia seguinte, as aeronaves seguiram voo para Nova Orleans (Luisiana), San Antonio (Texas) e, finalmente, Albuquerque (Novo México).



O empenho no planejamento e execução da missão, bem como o alto nível de profissionalismo e entrosamento dos esquadrões da FAB contribuíram sobremaneira para o notório sucesso da apresentação realizada, em conjunto com a EMBRAER, em território estrangeiro.



Ministro da Defesa Nelson Jobim visita Flight Technologies e vai conhecer de perto os VANTs (veículos aéreos não tripulados

O Ministro da Defesa Nelson Jobim visitou ontem, segunda-feira (07/02), o Parque Tecnológico de São José dos Campos e conheceu os projetos desenvolvidos por empresas como a Flight Technologies, Embraer e a Vale Soluções e Energia.




O diretor da Flight Technologies, Nei Brasil, apresentou ao Ministro Jobim os projetos da empresa, entre eles o VANT (veículos aéreos não tripulados), que tem entre os clientes o Exército Brasileiro. O diretor apresentou ao Ministro da Defesa as aplicações do VANT nas áreas de defesa e segurança.



“Tivemos uma oportunidade única, pois a visita abre um canal de comunicação muito importante com o Ministério da Defesa e pudemos mostrar com clareza os nossos projetos e estratégias”, afirmou Nei Brasil.



A Flight Technologies foi fundada em 2005 por Nei Brasil e Benedito Maciel. Focada no desenvolvimento de sistemas aeronáuticos, a empresa foi o primeiro empreendimento apoiado pela Incubadora de Negócios do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA/CTA).



Para o diretor executivo e co-fundador da Flight Technologies, a empresa é o resultado de uma política do governo de investimento em incubadoras. “Um dos principais desafios da empresa agora é a consolidação da nossa posição no mercado.”



Flight Technologies

Desde sua criação, a Flight Technologies passou a atuar para dar suporte ao desenvolvimento de sistemas robóticos em projetos do Ministério da Defesa Brasileiro. Participou do Projeto VANT, sob Gerência do Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA).



A partir de 2007, a Flight Technologies passou a praticar uma estratégia de negócios mais ampla, voltada para o desenvolvimento e a comercialização de produtos estratégicos para o país em duas áreas principais: Sistemas Aviônicos e Sistemas de Inteligência, Comando e Controle, baseados em veículos aéreos não-tripulados. Durante o mesmo ano, a empresa conquistou importantes contratos com o Centro Tecnológico do Exército (CTEx), através de sua controladora Flight Solutions, e com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).



A partir daí, alavancou a capacidade científica e tecnológica, com o desenvolvimento de tecnologias próprias em Sistemas Aviônicos e Sistemas de Inteligência, Comando e Controle.



Ao apresentar resultados positivos no Projeto VANT, bem como ao realizar as primeiras entregas para o Exército Brasileiro, em 2008, a Flight Technologies consolidou sua posição como liderança e referência latino-americana. Detentora de tecnologias próprias de interesse para o país, passou a ser considerada como uma empresa estratégica para as Forças Armadas Brasileiras.


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Projeto SAMF - Sistema de Alimentação de Motor Foguete

O SAMF – Sistema de Alimentação de Motor Foguete – tem como principal função fornecer propelentes ao motor foguete a propelente líquido nas pressões e vazões necessárias para o correto funcionamento do motor.




O SAMF está sendo desenvolvido pela empresa ORBITAL ENGENHARIA com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT/Subvenção Econômica da FINEP, em parceria com o IAE, através da Divisão de Propulsão Espacial (APE). Ele irá compor o primeiro foguete brasileiro funcionando exclusivamente com motor foguete a propelente líquido, o VS-15. O VS-15 possibilitará a realização de ensaios em vôo do Motor Foguete a Propelente Líquido L15 a fim de verificar se o motor corresponde às características de projeto.



O SAMF é composto por dois reservatórios de propelentes, um de etanol e outro de oxigênio líquido, e um reservatório de gás pressurizante, todos fabricados em fibra de carbono para redução de massa. Além disso, possui diversas válvulas que fazem o controle do fornecimento dos componentes ao motor e o abastecimento dos reservatórios, e reguladores de pressão que controlam a pressão dos componentes nos reservatórios.



O projeto do SAMF já passou pela revisão de requisitos de sistema (SRR) e pela revisão preliminar de projeto (PDR). O sistema está em fase de fabricação dos modelos de engenharia dos reservatórios e dos reguladores de pressão e aquisição dos componentes com a finalidade de montagem de um modelo de engenharia do sistema completo para realização dos primeiros ensaios funcionais a frio

Conheça as rebeliões que abalam o mundo árabe

Foto: Reuters




As rebeliões que atingiram a Tunísia e fizeram o presidente Zine El Abidine Ben Ali deixar o poder em 14 de janeiro ainda estão abalando o mundo árabe, onde diversos líderes estão no poder há mais de 20 anos.



Egito

Em 25 de janeiro, teve início um protesto sem precedentes contra o regime do presidente Hosni Mubarak, no poder desde 1981. Na terça-feira passada, Mubarak disse que não tentaria a reeleição em setembro, e facilitou as condições para que candidatos rivais se candidatassem. Mas as concessões foram rejeitadas pela oposição, e a violência tomou conta da praça Tahrir, no Cairo, que foi palco de confrontos entre simpatizantes e opositores de Murarak. De acordo com dados da ONU, ao menos 300 morreram nos protestos.



Iêmen

Os protestos vêm aumentando desde meados de janeiro, exigindo a saída do presidente Ali Abdullah Saleh, que está no poder desde 1978. Nesta quinta-feira, milhares de manifestantes protestaram em Sanaa em um "dia de ira", pedindo a retirada de Saleh, enquando um número semelhante de apoiadores do governo invadiram a praça central. Na quarta-feira, Saleh disse que não estenderia seu mandato.



Jordânia

O rei Abdullah II, da Jordânia, que está no poder desde 1999, demitiu seu gabinete na terça-feira desta semana, depois de semanas de protestos, mas sua escolha para primeiro-ministro não satisfez as demandas por reformas da oposição islâmica. A rebelião começou em 14 de janeiro, quando milhares de jordanianos ocuparam as ruas de Amã e outras cidades em protesto contra o aumento dos preços dos alimentos, do desemprego e da pobreza. O principal partido de oposição convocou mais um dia de protestos na sexta-feira.



Síria

Na Síria, onde o presidente Bashar al-Assad está no poder desde 2000, um grupo de ativistas on-line convocou um "dia de ira" depois das orações semanais muçulmanas de sexta-feira para acabar com o que eles chamam de "corrupção e tirania". Em 29 de janeiro, forças de segurança impediram que jovens se reunissem nos arredores da embaixada egípcia em Damasco para expressar solidariedade às rebeliões no Egito.



Argélia

Na Argélia, onde o presidente Abdelaziz Bouteflika está no poder desde 1999, cinco dias de protestos no início de janeiro contra os altos preços resultaram em cinco mortos. Um protesto em prol da democracia está previsto para 12 de fevereiro, e foi banido pelas autoridades. Mas Bouteflika informou nesta quinta-feira que o proclamado estado de emergência, em vigor há 19 anos no país, será levantado "em um futuro próximo".



Sudão

O presidente sudanês, Omar al-Bashir, está no poder desde 1989. Descontentamentos políticos e econômicos provocaram protestos de rua esporádicos no norte do Sudão nas últimas semanas. Ao menos 64 foram presos e muitos ficaram feridos.



Omã

Em torno de 200 omanis protestaram em 17 de janeiro contra os altos preços e a corrupção. O sultão Qaboos está no poder desde 1970.



Mauritânia

O presidente da Mauritânia, Mohamed Ould Abdel Aziz, tomou o poder em um golpe militar em agosto de 2008 e foi mais tarde eleito presidente em julho de 2009. Em meados de janeiro, milhares de pessoas protestaram em Nouakchott contra o aumento de preços.



Marrocos

No Marrocos, onde o rei Mohammed VI está no poder desde 1999, o governo, em meio aos protestos na Argélia e na Tunísia, informou em 25 de janeiro que manteria subsídios às necessidades básicas.



Protestos convulsionam o Egito

Desde o último dia 25 de janeiro - data que ganhou um caráter histórico, principalmente na internet, principalmente pelo uso da hashtag #Jan25 no Twitter -, os egípcios protestam pela saída do presidente Hosni Mubarak, que está há 30 anos no poder. No dia 28 as manifestações ganharam uma nova dimensão, fazendo o governo cortar o acesso à rede e declarar toque de recolher. As medidas foram ignoradas pela população, ma sMubarak disse que não sairia. Limitou-se a dizer que buscaria "reformas democráticas" para responder aos anseios da população a partir da formação de um novo governo.



A partir do dia 29, um sábado, a nova administração foi anunciada. A medida, mais uma vez, não surtiu efeito, e os protestos continuaram. O presidente egípcio se reuniu com militares e anunciou o retorno da polícia antimotins. Enquanto isso, a oposição seguiu se organizando. O líder opositor Mohamad ElBaradei garantiu que"a mudança chegará" para o Egito. Já os Irmãos Muçulmanos disseram que não iriam dialogar com o novo governo. Na terça, dia 1º de fevereiro, dezenas de milharesde pessoas se reuniram na praça Tahrir para exigir a renúncia de Mubarak.



A grandeza dos protestos levou o líder egípcio a anunciar que não participaria das próximas eleições, para delírio da massa reunida no centro do Cairo. O dia seguinte, 2 de fevereiro, no entanto, foi novamente de caos na capital. Manifestantes pró e contra o governo Mubarak travaram uma batalha campal na praça Tahrir com pedras, paus, facas e barras de ferro. O número de mortos é incerto, entre seis e dez, e mais de 800 pessoas ficaram feridas. No dia seguinte, o governo disse ter iniciado um diálogo com os partidos. Mas a oposição nega. Na praça Tahrir e arredores, segue a tensão.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Após prisão de jornalistas no Egito, Itamaraty eleva tom

LEONENCIO NOSSA - Agência Estado


A detenção de dois jornalistas brasileiros ontem no Cairo fez o Itamaraty elevar o tom nas declarações sobre a crise política no Egito e nas queixas à ditadura de Hosni Mubarak. Em nota divulgada no começo da noite de hoje, o governo brasileiro "deplorou" os confrontos violentos e os "atos de hostilidade" à imprensa. A nota "protesta" contra a prisão do repórter Corban Costa, da Rádio Nacional, e do cinegrafista Gilvan Rocha, da TV Brasil, que tiveram os olhos vendados e ficaram presos durante oito horas numa delegacia do Cairo.




Revisada pelo ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, a nota repudia de maneira geral as "hostilidades" contra jornalistas. O repórter do jornal O Estado de S. Paulo Jamil Chade teve o apartamento invadido por homens da ditadura de Mubarak. A nota ressalta que o governo manifesta a expectativa de que as autoridades egípcias tomem medidas para garantir as liberdades civis e a integridade física da população e dos estrangeiros presentes no país.





Em nenhum momento a nota sugere um entendimento com o governo Mubarak, dirigindo-se apenas ao "povo egípcio". "Ao reafirmar a solidariedade e amizade do Brasil ao povo egípcio, o governo brasileiro espera que este momento de instabilidade seja superado com a maior rapidez possível em um contexto de aprimoramento institucional e democrático", destacou o comunicado. O Itamaraty ressaltou que a embaixada brasileira no Cairo presta assistência a brasileiros que estão no Egito.





A ministra de Comunicação Social, Helena Chagas, disse que foi "lamentável" a prisão dos jornalistas da Rádio Nacional e da TV Brasil. Helena, que trabalhou com eles na Empresa Brasil de Comunicação (EBC), disse que estava aliviada por saber que os dois jornalistas estavam bem. Corban Costa e Gilvan Rocha foram parados numa barreira logo depois de desembarcarem no aeroporto do Cairo. Eles tiveram que assinar um documento se comprometendo a deixar o país, o que ocorreria na noite de hoje.





A EBC informou que os dois jornalistas tiveram os equipamentos e passaportes apreendidos. Eles ficaram presos em uma sala sem janela de uma delegacia do Cairo. Durante a prisão, não puderam tomar água. "É uma sensação horrível. Não se sabe o que vai acontecer. Em um primeiro momento, achei que seríamos fuzilados porque nos colocaram de frente para um paredão, mas, graças a Deus, isso não aconteceu", disse Corban, em reportagem publicada no site da EBC.



Imagem mostra Lua e Vênus alinhados no céu da Suíça

SÃO PAULO - A imagem mostra o nascer do Sol na vila de Trübbach, na Suíça. No canto direito, é possível ver a Lua crescente e Vênus alinhados sobre a paisagem coberta de neve. O planeta permanecerá visível no céu matinal do país durante todo o mês de fevereiro.



Nave de voo simulado a Marte entra na 'órbita de Marte'




Efe


MOSCOU - A nave espacial Mars 500 com seis voluntários do voo simulado a Marte já está na órbita do planeta vermelho e em menos de duas semanas pousará na superfície simulada, informou nesta terça-feira um porta-voz do Instituto de Problemas Biomédicos (IPBM) da Academia de Ciências da Rússia.





S. Corvaja/ESA/DivulgaçãoCosmonauta antes do isolamentoVeja também:



Acompanhe o projeto Mars 500



"Ao despertarem nesta manhã, os participantes da experiência viram uma representação de Marte em seus monitores imitando os guichês (de uma nave espacial). Isso quer dizer que já entraram na órbita marciana", precisou o IPBM à agência Interfax.



Em poucos dias, os seis voluntários passarão a desempenhar o papel de engenheiros e cientistas para realizar os trabalhos de carga e descarga, porque deverão esvaziar o módulo que simula a cápsula até este momento que funcionava como armazém.



Antes de 12 de fevereiro, data prevista para chegada à superfície marciana, os voluntários experimentarão em seu organismo vários aspectos da falta de gravidade que serão reproduzidos de forma artificial.



Dormirão de noite de cabeça para baixo para simular o estado de falta de gravidade e temperatura de 12 graus abaixo de zero.



Durante a estadia no simulador da superfície de Marte, os voluntários realizarão três caminhadas.



A Agência Espacial Europeia (ESA) e a russa Roscosmos lançaram em 2004 este ambicioso projeto, ao qual uniu-se posteriormente a China e no qual também colaboram países como os Estados Unidos e Espanha.

Rússia perde novo satélite no espaço, informa agência

Reuters


MOSCOU - A Rússia aparentemente perdeu um satélite militar recém-lançado, informou a agência Interfax na terça-feira, 1, citando uma fonte da indústria espacial do país.




Três satélites do concorrente russo do GPS caem no Pacífico



A nave GEO-IK-2, desenvolvida para medir o formato da Terra, foi lançada na manhã de terça-feira de Plesetsk, no norte da Rússia. "Ainda não foi estabelecido contato com a nave e ela provavelmente será considerada perdida", disse a fonte não identificada à agência russa.



A perda de três satélites de navegação GLONASS que caíram no mar em dezembro provocou indignação no Kremlin, que está tentando fortalecer a independência tecnológica russa. O presidente Dmitry Medvedev demitiu dois oficiais após o incidente. O sistema GLONASS foi desenvolvido para competir com o GPS.

Lockheed Martin procederá os primeiros lançamentos do futuro míssil anti-navio americano

Lockheed Martin procederá os primeiros lançamentos do futuro míssil anti-navio americano



A corporação americana assinou com a Agência de Projetos e Pequisas Avançados em Defesa (Defense Advanced Research Projects Agency - DARPA) dois contratos em valor de US$ 218 milhões para concluir a fase de demonstração do Míssil Anti-Navio de Longo Alcance (Long Range Anti-Ship Missile - LRASM). O programa prevê duas demonstrações para o LRASM-A, versão ar-mar do míssil, lançado de um avião; e quatro para o LRASM-B, projetado para ser instalado em um navio de superfície. Nesta configuração, o míssil é disparado de um lançador vertical. O LRASM será compatível com os lançadores MK41 instalado em navios da U.S. Navy.



O programa LRASM foi lançado em 2009. Após a fase de estudos preliminares e a definição de design, o desenvolvimento do novo míssil anti-navios passará, assim, a uma fase importante, com os primeiros disparos e testes de vôo. As duas versões do LRASM oferecem um alcance muito significativo e uma forte capacidade de penetração contra sistemas de defesa aérea navais em um ambiente de combate muito complexo, assegura Rick Edwards, vice-presidente de Sistemas de Manobra de Combate e de Mísseis Táticos (Tactical Missiles and Combat Maneuver Systems) da Lockheed-Martin Missiles and Fire Control.



Por agora, as características do LRASM ainda não são conhecidos com precisão, particularmente no que diz respeito ao seu alcance. A versão aérea deve ser subsônica, com uma ogiva de 450 kg, enquanto a versão lançada a partir de um navio de superfície deve ser supersônica, com uma ogiva de 220 kg.



Projetado para substituir o Harpoon, o novo míssil deve entrar em serviço até 2020.



Fonte: Mer et Marine

França segue apostando em transferência de tecnologia como trunfo do Rafale

Depois de digerir a decepção causada pelo adiamento da decisão do governo Dilma Rousseff sobre a compra de caças para a Força Aérea Brasileira, a França segue apostando no quesito transferência de tecnologia na disputa que envolve também aviões americanos e suecos.




“Temos a confiança de que a proposta francesa é a favorita do governo brasileiro, pois é a única com transferência total de tecnologia,” disse ao blog uma fonte francesa próxima das negociações.



“Com o Rafale, da Dassault, o Brasil não estaria apenas comprando o avião, mas também o know-how para construí-lo no país.”



Ainda segundo esta fonte, a decisão do governo brasileiro sobre o vencedor da disputa entre o Rafale, o americano F-18 Super Hornet da Boeing e o Gripen NG da Saab deve acontecer até julho.



A partir daí, se iniciariam as negociações para o fechamento do contrato, o que deveria durar de oito meses a um ano.



A conferir.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

ProSuper: ALIDE entrevista a Blohm+Voss Naval/ThyssenKrupp Marine Systems International

O chamado "ProSuper", o programa de aquisição de novos navios de superfície para a Marinha do Brasil está em ebulição nas manchetes a imprensa especializada após a recente interrupção, de forma inesperada, da concorrência para a compra dos navios patrulha oceânicos (NPaOc) de 1800 toneladas. No início deste ano, o congresso italiano colocou a proverbial "pá de cal definitiva" na perspectiva de uma compra direta na Itália de cinco NPaOc, um Navio de Apoio Logístico e de cinco fragatas de 6000 toneladas. Com isso, restaura-se a competitividade e empresas do mundo todo, como a Thyssen Krupp, a BAE Systems, a DCNS, a Navantia e a Daewoo voltam a defender seus produtos diante da MB. Esta nova entrevista com Rainer Filpe Vice President Sales Latin America da TKMS segue uma anterior onde exploramos completamente a proposta alemã para a concorrência do NPaOc.




No ano de 2009, no exercício Unitas Gold que se realizou nos EUA, alguns navios da Marinha da Alemanha casualmente se fizeram presentes. Naquela ocasião, estavam lá a primeira fragata da classe 124, a FGS Sachsen e o navio de apoio logístico Frankfurt-am-Main da nova classe Berlin. Ambas as classes hoje estão sendo ofertados pla TKMS à MB dentro deste novo pacotão. Veja o artigo com centenas de fotos que escrevemos após colocar um jornalista nosso no Frankfurt por mais de dez dias. Se você ainda não leu ela, não deixe passar mais esta oportunidade.



ALIDE: Quando e sob que condições a sua empresa foi informada do cancelamento da concorrência de NPO da Marinha brasileira?



Rainer Filpe: Nós entendemos que a concorrência para NPO tornou-se parte de uma aquisição maior, voltada para uma modernização abrangente da Marinha brasileira dentro de uma estratégia de atualização da capacidade da indústria brasileira de construção naval através de um contrato de cooperação de longo prazo com um parceiro internacional experiente, capaz e disposto a transferir para o Brasil habilidade e tecnologia. O design do nosso Navio-Patrulha Oceânico NPa 1800 é parte da nossa oferta total, razão pela qual, sob o nosso ponto de vista, não se trata se um cancelamento.




ALIDE: Antes do cancelamento, como vocês se sentiram com relação às chances de o seu produto ganhar aquela concorrência?



RF: Os nossos navios de superfície são utilizados em muitas marinhas, no mundo todo, eles continuam se destacando pela excelência técnica, extrema confiabilidade e adequação ao propósito. Diante desse pano de fundo e do compromisso duradouro de nossa matriz, a ThyssenKrupp AG, de investimento interno, criação de vagas de trabalho e transferência de tecnologia para o Brasil, nós acreditamos que qualquer oferta que fizermos será observada com seriedade pela Marinha do Brasil e pelo Governo brasileiro. A ThyssenKrupp AG é uma das maiores investidoras internas no Brasil, conforme salientado pela nova aciaria integrada no estado do Rio de Janeiro.



No contexto do mecanismo do Brasil de modernizar e expandir as suas capacidades de construção de navios, também é importante observar que mais de 60% das corvetas e fragatas construídas pela Blohm + Voss Naval / ThyssenKrupp Marine Systems são construídas em parceria com estaleiros nos países dos nossos clientes e envolvem habilidades e transferência de tecnologia significativas.



Interessantemente, os construtores de navios no Brasil, a Marinha do Brasil e o estaleiro TKMS cooperaram com bastante êxito no passado, quando o Arsenal Naval no Rio de Janeiro – Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) – construiu quatro submarinos da classe 209 em parceria com o estaleiro irmão para a Blohm + Voss Naval, especializado em submarinos, a Howaldtswerke Deutsche Werft (HDW). A cooperação incluiu a escala completa de transferência de tecnologia e know-how, e os barcos continuam servindo a Marinha Brasileira com distinção.



ALIDE: Quando vocês ficaram sabendo que o programa de aquisição da Marinha brasileira seria alterado para um negócio de governo para governo ao invés do formato anterior de indústria para a Marinha brasileira?



RF: Juntamente com os outros ofertantes em potencial, nós fomos informados pela Marinha do Brasil em julho.




ALIDE: Vocês acreditam que esse novo formato de concorrência favorece a nova parceria TK/Governo alemão?



RF: Conforme observado acima, nós acreditamos que a qualidade da nossa oferta, a nossa experiência de trabalho e de transferência de habilidades e tecnologias a parceiros locais da construção naval em muitos continentes, bem como o compromisso de longo prazo da nossa matriz de investir e de criar vagas de trabalho no Brasil indicam que a nossa oferta é séria. Com base no MoU assinado em 2008 entre o Brasil e a Alemanha e no acordo de colaboração de defesa assinado durante a visita, no final do ano passado, do Ministro da Defesa Nelson Jobim à Alemanha, o governo alemão deseja oferecer suporte à oferta de pacote industrial da Blohm + Voss Naval / ThyssenKrupp Marine Systems e cooperar com o Governo brasileiro e a Marinha do Brasil em todos os campos relevantes. Com esse suporte de governo para governo e com a nossa parceira brasileira Engevix, acreditamos que estamos ofertando um pacote convincente dentro de um país estrategicamente importante e de uma parceria experimentada e testada de país para país.




ALIDE: Que classe de navios vocês estão ofertando para a exigência de navio-tanque/navio logístico?



RF: A Blohm + Voss Naval / ThyssenKrupp Marine Systems está apta a oferecer um amplo leque de navios de suporte, sendo que nós elaboramos a nossa oferta de acordo com as exigências específicas da Marinha do Brasil.



Depois de uma análise completa da exigência da Marinha do Brasil, estamos ofertando um Navio de Suporte Logístico baseado no Navio de Abastecimento do Grupo de Trabalho de Classe de Berlim de 20.000 toneladas (EGV) adaptado especialmente para atender às exigências do Brasil. Dois navios dessa classe estão sendo empregados com bastante sucesso na Marinha Alemã e um terceiro está sendo construído.



ALIDE: Que classe de navios vocês estão ofertando para a exigência da fragata de 6000t?



RF: O design da fragata da classe 6000t é um desenvolvimento moderno das fragatas anteriores construídas pela Blohm + Voss Naval / ThyssenKrupp Marine Systems para clientes nacionais e estrangeiros. Três fragatas da classe F 124 foram entregues à Marinha da Alemanha entre 2004 e 2006.



A oferta ao Brasil inclui uma versão da F 124 incorporando aprimoramentos significativos do gume especialmente adaptado para as exigências da Marinha Brasileira. Entre outras coisas, elas poderiam incluir, por exemplo, a integração do Siconta no Sistema de Gestão de Combate.




ALIDE: A Alemanha tem obtido muito sucesso com a venda de navios de combate de superfície no mundo todo. Que novas linhas de produto/classes de navios deverão movimentar essa tendência?



RF: Durante mais de 125 anos de construção naval, a Blohm + Voss Naval / ThyssenKrupp Marine Systems vem aperfeiçoando o tipo e a ciência do design e da construção de navios de superfície. O grupo é um líder internacional com sua capacidade tecnológica, know-how e inovação.



Ao longo de sua história, os estaleiros do Grupo construíram mais de 1000 navios. Unicamente a partir de 1980, foram construídos ou estão em construção mais de 160 navios, desde fragatas e corvetas, navios-patrulha e caça-minas até navios para fins auxiliares e especiais. As marinhas do mundo todo contam entre os usuários satisfeitos com esses navios.



O sucesso da TKMS deve-se, parcialmente, às inúmeras fragatas e corvetas MEKO® que os estaleiros construíram. MEKO® é um símbolo de “Mehrzweck-Kombination” (combinação multipropósito). Os navios baseados nesse conceito distinguem-se por seu design modular.



Os desenvolvimentos mais recentes nessa área são a fragata MEKO® D e o navio modular MEKO® CSL junto com o helicóptero multifuncional Dockship MHD 200. A experiência de quarenta anos da MEKO® foi integrada às fragatas F124 e F125 e às corvetas K130 da Marinha alemã, também tudo com base no conceito MEKO®.

A TKMS aprimora continuamente o conceito MEKO®. Esse princípio também vem sendo aplicado ao MEKO® MESHD – “barco dique multimissão com helicóptero”.



Navios menores, tais como os navios-patrulha, também fazem parte da carteira da Blohm + Voss Naval / ThyssenKrupp Marine Systems. Os estaleiros BVN / TKMS estão envolvidos na construção de navios especializados, tais como o PLANET, um navio SWATH de pesquisa e teste fornecido ao Departamento Federal de Tecnologia de Defesa e Suprimento. Essa série terá continuidade com a construção de dois barcos SWATH com qualidades de comportamento no mar particularmente boas para as autoridades alfandegárias alemãs.




ALIDE: Os navios da Marinha da Alemanha mudaram sua direção para mísseis de fabricação americana e se distanciaram dos produtos europeus. Essa tendência é positiva para a venda ao Brasil atualmente?



RF: Os navios da Blohm + Voss Naval / ThyssenKrupp Marine Systems podem ser equipados com os sistemas de combate e sistemas tipo effector da preferência do cliente. Isso oferece uma grande flexibilidade e a possibilidade de integração de sistemas nos navios produzidos localmente pela indústria nacional no país do cliente. Nós acreditamos que essa é a chave para dar suporte à estratégia do Brasil de utilizar o programa de modernização naval para integrar o melhor da tecnologia internacional aos melhores produtos da indústria local, trabalhando independentemente ou em parcerias.



ALIDE: Quantas reuniões vocês tiveram com a Marinha do Brasil sobre a questão do acerto do novo pacote?



RF: Assim como os nossos concorrentes, nós estamos em constante contato com o nosso cliente em potencial.


ALIDE: Após ter entregue as propostas alguns dias atrás, para quando estão programadas as visitas ao estaleiro?



RF: As autoridades responsáveis pela aquisição organizarão os seus próprios cronogramas e a Blohm + Voss Naval / ThyssenKrupp Marine Systems terá o maior prazer em se adaptar a esses organogramas sempre que eles estiverem dispostos a visitar as nossas instalações.



Nós também estamos prontos para quaisquer discussões adicionais com mais apresentações que possam ser solicitadas pela Marinha brasileira em qualquer momento.




ALIDE: Nós veremos uma participação ativa do Governo e da Marinha da Alemanha no suporte à sua proposta, da mesma forma como vimos antes, das partes francesa e italiana?



RF: A Marinha da Alemanha possui uma longa tradição de cooperação estreita com a sua contraparte brasileira. Em 2009, O Treinamento da Marinha alemã e o Grupo de Tarefas Operacionais visitaram o Brasil e organizaram exercícios com a Marinha do Brasil, sendo que futuras visitas e exercícios em conjunto podem ser esperados. O Governo alemão mantém um contato constante e estreito com o Governo do Brasil e se supõe com segurança que o compromisso compartilhado entre os dois governos para um mundo próspero e pacífico verá esforços continuados para intensificar a relação bilateral em toda uma vasta gama de campos, inclusive defesa, cooperação econômica e assuntos internacionais.




ALIDE: Há alguma orientação/instrução/sinal por parte do Governo brasileiro de que eles dariam suporte à TKMS para instalar um novo estaleiro no Brasil para tratar dessa concorrência?



RF: A Blohm + Voss Naval / ThyssenKrupp Marine Systems já alcançou um acordo com a empresa líder de engenharia e infraestrutura no Brasil, a Engevix, e juntas as empresas apresentaram uma oferta formal e abrangente para se tornarem parceiras da Marinha do Brasil, já que esta está realizando a mais importante transformação técnica e modernização da sua história. Essencial para a oferta é a transferência de tecnologias e de habilidades no suporte a programas nacionais de construção de navios no Brasil que estariam focados na nova fábrica de construção naval da Engevix, em Rio Grande.


ALIDE: A TKMS foi a única concorrente que se juntou para uma parceria com a empresa brasileira de engenharia ANTES de ser escolhida como a ganhadora da concorrência para venda de navios militares. Como essa parceria aconteceu e qual foi a reação da Marinha do Brasil com relação a isso? Todo participante deveria tentar encontrar o seu próprio parceiro industrial brasileiro para essa concorrência?



RF: A ThyssenKrupp AG possui várias empresas ativas no Brasil, que empregam em torno de 14.000 pessoas. Dessa forma, naturalmente a Blohm + Voss Naval / ThyssenKrupp Marine Systems encontraria um ótimo suporte em sua busca pelo parceiro certo. Com mais de 45 anos de existência, a Engevix tem demonstrado excelência na realização de complexos projetos de Engenharia, Suprimento e Construção (EPC). A sua receita cresceu aproximadamente 10 vezes de 2004 até 2009. Em 2006, a empresa começou a participar de concorrências para projetos no mercado naval/offshore e em 2010 ela fechou um contrato de US$ 3,5 bilhões para construir oito plataformas do tipo FPSO para a Petrobrás. Ao mesmo tempo, a Engevix tornou-se a proprietária do Estaleiro Rio Grande.



Nós acreditamos que a nossa parceria com a Engevix faça sentido e possa dar uma contribuição significativa para a estratégia do Brasil de expandir e modernizar a indústria de construção naval local.




ALIDE: Com que intensidade o sofrimento da recente crise global forçou o Governo alemão a aumentar o seu suporte às exportações da indústria alemã e mais especificamente às exportações da indústria da defesa alemã?



RF: Há muitas décadas, a indústria de defesa da Alemanha, como outros setores da indústria alemã, tem ofertado com sucesso os seus produtos internacionalmente. Isso se aplica igualmente à Blohm + Voss Naval / ThyssenKrupp Marine Systems, cujos navios formam a coluna vertebral confiável e perfeitamente apropriada de muitas marinhas do mundo todo. Dessa forma, enquanto a crise global e as mudanças da forma como os governos conduzem o seu suprimento de defesa podem ter forçado alguns dos governos dos nossos concorrentes a irem para um campo de batalha internacional pela primeira vez, nós podemos olhar para trás e ver muitas décadas de suporte oferecido pelo Governo alemão a parcerias capazes de contribuir para a paz e a estabilidade internacional.




ALIDE: Tem havido muitos rumores de que a Marinha da Alemanha enfrentará cortes drásticos de navios no ano que começará. Todas as oito fragatas da classe Bremen podem ser tirados de circulação quase que imediatamente. Uma vez que esses navios podem acabar sendo vendidos no exterior, a TKMS vê esse cenário mais como a abertura de uma nova oportunidade de negócio ou apenas como um novo “concorrente” para seus novos produtos em um mercado mundial de navios de guerra já saturado?



RF: É muito cedo para dizer o que a estruturação da Força de Defesa da Alemanha significará para a Marinha da Alemanha em detalhes; portanto, tudo que foi dito nessa fase seria apenas especulativo. Porém, nós estamos confiantes de que os nossos designs de navio de gume e a nossa experiência na transferência de habilidades e tecnologias a parceiros em muitos países nos manterá em uma boa posição, já que um número significativo de países – como o Brasil – buscará nos próximos anos a modernização de seus navios e de suas capacidades de construção naval.




ALIDE: A recente venda de patrimônio industrial da TKMS ao Grupo Abu Dhabi MAR pode ser argumentada pelos seus concorrentes como um sinal de perda de perspectiva de futuras vendas militares por parte da sua empresa. Como vocês respondem a esses comentários?



RF: A parceria, indubitavelmente, fortalecerá a Blohm + Voss Naval / ThyssenKrupp Marine Systems para o futuro.




ALIDE: Por causa disso, o Governo dos Emirados Árabes Unidos agora também deverá se organizar firmemente para oferecer suporte à concorrência de navios militares da TKMS aqui no Brasil? Isso soma algum valor real à sua proposta?



RF: Pode-se esperar que a parceria com a Abu Dhabi MAR se expresse, de muitas maneiras, como um suporte à Blohm + Voss Naval / ThyssenKrupp Marine Systems e a seus clientes e, clientes prospectivos no mundo todo.

Dassault recebe a fuselagem do VANT nEUROn

Dassault recebe a fuselagem do VANT nEUROn






O grupo sueco Saab entregou à Dassault Aviation as fuselagens dianteira e central do nEUROn, demonstrador da tecnologia de Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), que a fabricante francesa de aviões está desenvolvendo. As peças fornecidas pela Saab vão ser combinadas, em Istres, com a seção da fuselagem traseira entregue pela empresa grega HAI (Hellenic Aerospace Industry), em meados de janeiro. Serão adicionados os elementos produzidos por outros parceiros: o sistema pantógráfico de ejeção de armamento produzido pela RUAG, da Suíça, que é esperado para o final de Fevereiro; as duas semi-asas construídas na Espanha pela EADS-CASA, no início de Março; as duas portas do compartimento de bombas, a serem entregues pela italiana Alenia no final de Março; e, finalmente, as três portas do trem de pouso, que devem ser fornecidas pela Saab em Abril.



Além disso, os elementos que contribuem para a furtividade (bordos de ataque, bordos de fuga, entrada de ar...) fabricados pela Dassault Aviation em Argenteuil e Biarritz serão entregues em Março. Na fábrica da Dassault, em Istres, as equipes do grupo francês, com a ajuda do pessoal destacado no local pelos seus parceiros europeus, realizarão a instalação de tubulações, fiação elétrica e equipamentos - conforme definido no modelo digital de referência CAD - bem como a montagem final da aeronave. Depois disso ocorrerão os testes em terra da aeronave não-tripulada e os testes da propulsão previstos para final de 2011/início de 2012, com o primeiro vôo previsto para meados de 2012.



Tradução: Felipe Medeiros



Fonte: Mer et Marine

Exército egípcio, pilar do regime, vive uma situação difícil



CAIRO, 1 Fev 2011 (AFP) -O Exército egípcio, pilar do regime, se encontra em uma posição difícil nesta terça-feira, entre a multidão contra a qual prometeu não abrir fogo e o presidente Hosni Mubarak, do qual se distanciou sem chegar a abandoná-lo totalmente.


Se abandonarem completamente o chefe de Estado, os militares podem colocar em perigo um sistema do qual são os fiadores e que proporciona vantagens políticas e econômicas às Forças Armadas.



Mas uma repressão violenta contra uma multidão que, até o momento, tem aplaudido os tanques e aclamado os soldados acabaria com a imagem positiva de uma instituição que goza do respeito da população, ao contrário da polícia.



Além disso, na situação atual, a repressão talvez não consiga restabelecer a ordem.



Diante de uma situação instável, vários países pedem moderação.



O governo dos Estados Unidos enviou um emissário ao Cairo, o ex-embaixador no Egito Frank Wisner, e a organização de defesa dos direito humanos Human Rights Watch (HRW) enviou uma carta ao ministro da Defesa, o marechal Mohamed Hussein Tantaui, para pedir cautela às Forças Armadas.



Para a HRW, trabalhar em uma transição pacífica para a democracia constitui uma "responsabilidade histórica" do Exército egípcio.



Segundo Tewfik Aclimandos, especialista em Egito no Collège de France, na atual circunstância "tudo depende do Exército", que, apesar de apoiar Mubarak, "tampouco quer disparar contra a multidão".



O Exército ocupa um lugar de destaque no que está acontecendo desde que Mubarak, que é general da Força Aérea, pediu a intervenção dos militares para auxiliar a polícia, que não conseguia mais manter a ordem, e deu mais poderes aos militares, nomeando dois generais, Omar Suleiman e Ahmed Shafiq, como vice-presidente e primeiro-ministro respectivamente.



Na segunda-feira, o Exército se dirigiu ao "grande povo do Egito", considerou "legítimas" suas reivindicações e garantiu que "não recorrerá ao uso da força", tomando distância de Mubarak, mas sem esclarecer a quais reivindicações se referia.



Mas não tirou totalmente o apoio ao presidente, cuja renúncia é exigida cada vez mais pelos manifestantes.



Para superar os obstáculos, os militares podem apoiar uma espécie de transição organizada pelo regime, como deseja Washington, para conseguir conciliar a estabilidade do país com a abertura política, afirma Eliyah Zarwan, do International Crisis Group (ICG).



"Neste caso, parte do regime poderia perdurar e organizar a transição, se necessário sem Mubarak", completa.



Todos os presidentes egípcios foram militares desde 1952, quando os "oficiais livres" de Gamal Abdel Nasser derrubaram a monarquia.



Além disso, as Forças Armadas têm muitos soldados jovens cujo grau de lealdade ao regime é difícil de avaliar e aos quais seria difícil pedir que atirem contra os manifestantes.



"O Exército egípcio é respeitado. Reprimir movimentos populares não faz parte de sua tradição, em um país no qual a repressão sempre esteve a cargo das forças de segurança, em particular da polícia antidistúrbios", afirma Amr Al-Shobaki, do centro de estudos políticos Al Ahram do Cairo.



Na segunda-feira até a Irmandade Muçulmana destacou a "gloriosa posição do grande Exército egípcio, que está ao lado de seu povo".

País quer explorar substâncias usadas em iPod e mísseis, num mercado de US$ 9 bi

O Brasil está disposto a entrar em um mercado bilionário dominado pela China e que é fundamental para a produção de aparelhos de alta tecnologia, como laptops, iPods e até mísseis. Técnicos do governo avaliam o potencial do país para explorar as chamadas terras raras, conjunto de 17 elementos químicos encontrados em jazidas minerais e que há até pouco tempo não passavam de siglas na tabela periódica.




A ideia é consolidar um programa de pesquisa e desenvolvimento para minerais estratégicos, entre eles terras raras, além de traçar uma radiografia dos consumidores nacionais e identificar potenciais produtores. Assim, o governo pretende retomar a atividade - que hoje não representa sequer 1% da produção mundial - num segmento em que o país já foi líder global.



Hoje, os chineses respondem por 97% da produção internacional, com 120 mil toneladas por ano. Paralelamente, as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) estão negociando com a Universidade Federal Fluminense (UFF) a realização de pesquisas no oceano com o objetivo de identificar novos depósitos de terras raras no país.



A INB assumiu a exploração de terras raras no Brasil nos anos 90, após a extinção da Nuclemon, estatal que estava à frente da atividade até então. Umas das razões que fizeram a Nuclemon sair de cena foi a entrada com força da China nesse mercado, que jogou os preços para baixo, tornando a produção pouco lucrativa. Ironicamente, é a China que poderá levar o Brasil a ampliar sua atuação no segmento. Após restrições impostas por Pequim às exportações de terras raras, em setembro de 2010, o preço da tonelada saiu de US$ 5 mil para US$ 50 mil.



Tecnologia e meio ambiente: desafios



Com esse salto, os técnicos do governo avaliam que está na hora de o Brasil voltar a ter destaque nesse nicho. Em 2010, o mercado mundial de terras raras movimentou US$ 2 bilhões. Se os preços se mantiverem no patamar atual e a demanda continuar a crescer - estudo do Congresso americano aponta para uma demanda de 180 mil toneladas em 2012, ante as 134 mil em 2010 -, o mercado potencial para o próximo ano é de US$ 9 bilhões.



Com produção residual, de apenas 650 toneladas de terras raras em 2009, segundo últimos dados disponíveis, o Brasil estaria praticamente fora desse boom, apesar de ostentar o título de terceiro maior produtor mundial. O segundo colocado é a Índia (2.700 toneladas).



Relatório feito por um grupo de trabalho do Ministério de Minas e Energia (MME) e o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), entregue às autoridades no fim de 2010, aponta que entre os desafios brasileiros está o desenvolvimento de novas tecnologias para aproveitamento desses elementos.



Há ainda a questão ambiental. Na produção de terras raras, produz-se também elementos radioativos, que exigem armazenamento especial.



- Os problemas associados à produção das terras raras a partir da monazita (um dos minerais em que esses elementos são encontrados no Brasil) são de natureza ambiental, notadamente o destino a ser dado aos rejeitos contendo urânio e tório - diz o diretor de Recursos Minerais da INB, Otto Bitencourt.



Para Ronaldo Luiz Santos, pesquisador do Centro de Tecnologia Mineral, órgão ligado ao MCT, que integrou o grupo de trabalho interministerial, o essencial é que a iniciativa privada abrace a ideia do governo de retomar a produção de terras raras.



- As terras raras são uma questão de soberania nacional, pela multiplicidade de seus usos, inclusive na área de defesa e na indústria petrolífera. Precisamos de uma política estratégica de fomento à sua produção e arrojo empresarial para promover o aproveitamento das jazidas.



Gadolínio, cério e túlio são alguns desses elementos ditos raros. Apesar dos nomes esquisitos, o brasileiro já se acostumou com eles mesmo sem saber. Eles estão nas telas das TVs em cores, nos celulares e até nos motores elétricos. Também são usados na indústria bélica, para a fabricação de sistemas de orientação de mísseis, por exemplo, e são importantes insumos da indústria de energia renovável, por serem empregados na produção de painéis solares e turbinas eólicas. São usados ainda no processo de refino do petróleo.



Apesar de batizados de raros, muitos são mais abundantes na natureza que outros metais, como cobre e ouro. Mas, por serem encontrados em pequenas concentrações, seu processo de produção é difícil e caro, o que os torna pouco viáveis economicamente. Daí sua raridade.



Depósitos em Goiás, Amazonas e Rio



No Brasil, sabe-se de depósitos de terras raras em Catalão (GO), Pitinga (AM) e São Francisco do Itabapoana (RJ). É neste último que as terras raras são encontradas na chamada monazita. De acordo com a INB, há estoques de 20 mil toneladas de monazita em suas dependências. A estatal chegou a elaborar um projeto para beneficiamento do mineral nos anos 90, mas acabou abandonando o projeto:



- O aumento da oferta, à época, de compostos de terras oriundos da China tornaram o projeto pouco atraente, e a operação foi suspensa. Agora, a INB está negociando com a UFF a realização de uma prospecção na plataforma continental (fundo do mar) adjacente aos depósitos terrestres buscando identificar novos depósitos para manutenção de suas atividades produtivas - diz Bitencourt.



Enquanto isso, outros países estão se mexendo para reduzir sua dependência da China. Em setembro passado, a Câmara de Representantes dos EUA aprovou projeto de lei para a criação de um programa de incentivo à exploração de terras raras, com recursos de US$ 70 milhões até 2015. A proposta ainda tem de ser apreciada pelo Senado. Já a Comissão Europeia quer estimular a reciclagem de terras raras por seus países-membros, além de assistir países africanos nessa atividade.



Exportação estratégica: 'O nióbio é nosso'



Se a China é uma rival para o Brasil no mercado de terras raras, pode se tornar aliada na exploração de outro mineral estratégico, o nióbio. O mineral ganhou notoriedade em 2010, quando documentos do governo americano vazados pelo Wikileaks incluíram as minas de Araxá (MG) e Catalão (GO) no mapa de áreas estratégicas para os EUA, o que vem levando internautas a organizar o movimento "o nióbio é nosso", a exemplo do que foi feito com o petróleo no passado.



Isso porque o Brasil é o maior produtor do mineral, com 96% da produção mundial, e daqui partem 80% do nióbio importado pelos EUA. Mas é no mercado asiático que estão as chances de expansão das exportações. Por suas propriedades - suporta baixas temperaturas e alta pressão -, o nióbio otimiza o uso do aço, sendo empregado na indústria de aviação, petrolífera e automobilística.



Em países desenvolvidos, são usados de 80 gramas a cem gramas de nióbio por tonelada de aço. Isso deixa o carro mais leve e econômico, por exemplo. Na China, são usadas apenas 25 gramas em média de nióbio por tonelada.



- Na China, está boa parte do potencial de expansão de nossas exportações - disse o diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Marcelo Ribeiro Tunes.



Em 2010, a receita com vendas externas de nióbio foi de US$ 1,5 bilhão. Foi o terceiro item da pauta de exportações minerais, atrás de minério de ferro e ouro. As duas empresas que atuam no setor no Brasil são a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, do grupo Moreira Sales e dona da mina de Araxá, e a Anglo American, proprietária da mina de Catalão.

Marinha renovará frota sob 'pressão estratégica'

A renovação da frota da Marinha do Brasil não foi cancelada nem adiada pela presidente Dilma Rousseff. O negócio, envolvendo 11 navios e estimado entre 4 bilhões e 6 bilhões, continua em andamento. A fase atual é de consultas a empresas candidatas à parceria pretendida. "O tempo para execução é o tempo da pressão estratégica", diz o ministro da Defesa, Nelson Jobim.




Analistas ouvidos pelo Estado concordam que essa condição de ameaça é, atualmente, de baixa intensidade, mas lembram que "a curva é ascendente, se projetada para os próximos 20 a 25 anos", de acordo com o relatório Projeção 2025, feito em 2009 pela Secretaria de Assuntos Estratégicos. A escolha final, entre ofertas de Itália, Reino Unido, Alemanha, Coreia e França, deve sair até o fim do ano. A primeira fragata ficará pronta entre 2018 e 2019 - a entrega do navio patrulha ocorre 12 meses antes.



O contrato inicial, todavia, será firmado em 2012. Depois da seleção, a complexidade do processo exigirá um ano de discussões para ajuste da transferência de tecnologia, estabelecimento da rede de fornecedores e das compensações comerciais. Só então haverá o pagamento do adiantamento formal, cerca de R$ 100 milhões. É para o custeio da implementação da operação. Apenas seis meses mais tarde é que vence a primeira parcela semestral, referente aos juros do financiamento. O principal da dívida começa a ser abatido 180 dias depois, em meados de 2013.



É a mesma arquitetura financeira aplicada na escolha dos novos caças de múltiplo emprego da Aeronáutica, a F-X2. Em nenhum dos dois casos existe a previsão de desembolso imediato. O ministro Jobim sustenta que a indicação do avião vencedor será anunciada até julho pela presidente Dilma. Em 2013 a Marinha vai adquirir 24 unidades da mesma aeronave, mas em versão embarcada para equipar um novo porta-aviões de 60 mil toneladas que planeja incorporar entre 2027 e 2031 - a nau capitânia da projetada 2.ª Frota, na foz do Amazonas.



Pacote. Em maio de 2010, a Marinha apresentou aos empresários do setor seu plano completo, abrangendo 61 navios de superfície, mais cinco submarinos, quatro de propulsão diesel-elétrica e um movido a energia nuclear. As encomendas vão até 2030.



O pacote prioritário, definido como Prosuper, abrange cinco fragatas de 6 mil toneladas com capacidade stealth, de escapar à detecção eletrônica, cinco navios escolta oceânicos, de 1,8 mil toneladas, e um navio de apoio, de 22 mil toneladas, para transporte e transferência em alto mar de todo tipo de suprimentos.



A intenção da Marinha é que apenas a primeira fragata e o primeiro patrulheiro sejam construídos fora do País, embora com acompanhamento de técnicos e engenheiros brasileiros. Há grupos diretamente interessados em participar desse empreendimento. A Odebrecht Defesa prepara os estaleiros da Enseada do Paraguaçu, na região metropolitana de Salvador, Bahia, para disputar o Prosuper. A empresa, associada à francesa DCNS, está construindo em Itaguaí, no Rio, uma nova base naval e mais as instalações industriais de onde sairão os cinco submarinos do Prosub, encomendados por 7,6 bilhões.



Outra prioridade da Marinha do Brasil, para ser cumprida em etapas ao longo de 15 anos, é o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul, o SisgAAz. É uma espécie de Sivam - a rede de radares e sensores eletrônicos que controla o espaço aéreo da região amazônica - do mar. A área de cobertura do SisgAAz é imensa - cerca de 4,5 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente à metade do território nacional, e tão grande quanto a Europa Ocidental. O aparato é destinado a vigiar e proteger um tesouro - na indústria da energia são 15,3 bilhões de barris de petróleo, 133 plataformas (86 fixas, 47 flutuantes) de processamento da Petrobrás, o patrimônio decorrente de investimentos da ordem de US$ 224 bilhões de 2010 até 2015.



Mais que isso: estão sendo desenvolvidas pesquisas a respeito da biodiversidade exótica, encontrada nas fontes hidrotermais localizadas nas zonas de encontro das placas tectônicas. As características apuradas permitem garantir aproveitamento na indústria farmacêutica e de cosmésticos em escala bilionária. O oceano, na abrangência controlada pelo Brasil, abriga, ainda, 80 reservas de 100 materiais estratégicos. Mapeadas, não prospectadas.



Italianos



Até dezembro de 2010, a vantagem na análise preliminar das propostas era do consórcio italiano Fincantieri Cantieri Navali. O preço era bom, o modelo de transferência de conhecimento avançado foi considerado satisfatório e o tipo de fragata, da classe Freem, desenvolvido junto com a França, adequado às especificações.



O clima desandou há três semanas, quando a deputada Fiamma Nirenstein, vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento da Itália, propôs o congelamento do acordo bilateral de cooperação em Defesa assinado por Nelson Jobim e seu colega de Roma, Ignazio de La Russa. O motivo alegado é o veto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à extradição do ex-ativista Cesare Battisti, condenado pela Justiça italiana por quatro homicídios. Dilma não gostou da atitude. A Fincantieri não é mais a favorita. Mas continua no páreo.