Projeto, em parceria com os Estados Unidos, custará US$70 milhões; lançamento deverá ser feito em 2015
BRASÍLIA. A tragédia na Região Serrana causada pelas enxurradas de janeiro levou o Ministério da Ciência e Tecnologia a dar carta branca ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), para investir na construção de um satélite de monitoramento de precipitações. O GPM (sigla em inglês para medida de precipitação global) será fabricado em parceria com os Estados Unidos e vai custar aos cofres públicos o equivalente a US$70 milhões (R$116 milhões), nos próximos quatro anos. A ideia da Nasa é
fazer o lançamento em 2015.
- Já há uma decisão no âmbito do ministério e da Agência Espacial Brasileira. O (Aloizio) Mercadante foi consultado e está de acordo. Estamos bastante tranquilos em relação ao apoio do governo brasileiro - afirmou o diretor do Inpe, Gilberto Câmara.
No projeto, os EUA entram com os sensores e o Brasil com o suporte energético e de telecomunicações para o satélite. O principal obstáculo, neste momento, é a licitação para a escolha do foguete lançador. O diretor do Inpe descarta o uso dos ucranianos Cyclone 4, a partir da base de Alcântara (MA). Segundo ele, não há garantia de que o projeto, tocado pela binacional Alcântara Cyclone Space, esteja operacional a tempo.
Equipamento é capaz de dizer se há gelo em nuvem o secretário de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Ministério de Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre, explica que o GPM terá o mecanismo de prevenção mais preciso que existe para
monitorar a característica de uma chuva, especialmente a temperatura no interior das nuvens e sua densidade. O sistema que hoje fornece informações ao Brasil não dispõe dos sensores do GPM para avaliar a dimensão de uma tempestade. O Brasil também não tem garantias de receber informações em tempo adequado, o que faz diferença para a emissão de um alerta preciso. - Ele (o GPM) olha processos físicos que o sistema atual é incapaz de observar. Informações como se há gelo no interior das nuvens. O GPM será muito bem-vindo - diz Nobre.
O chamado GPM Brasil integrará uma família de satélites de órbita baixa que devem monitorar as precipitações em todo o planeta.
Os Estados Unidos e o Japão estão construindo a "nave mãe", equipamento de tecnologia altamente avançada, capaz emitir microondas e captar as informações da atmosfera. No dia 26 de abril, os patrocinadores do projeto se reúnem em Fortaleza para analisar o cronograma. No encontro, de acordo com Luiz Augusto Machado, pesquisador do Centro de Previsão do Tempo do Inpe, também será decidido se os países não patrocinadores receberão informações ao mesmo tempo que Brasil, EUA e Japão.
- No caso do Rio, se o GPM tivesse passado (na órbita equatorial na época das enxurradas), nós teríamos a possibilidade de saber o que estava acontecendo. Ter parte do projeto é a única garantia de que o Brasil vai receber as informações no tempo adequado - diz Machado.
Fonte: O Globo - Roberto Maltchik
BRASÍLIA. A tragédia na Região Serrana causada pelas enxurradas de janeiro levou o Ministério da Ciência e Tecnologia a dar carta branca ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), para investir na construção de um satélite de monitoramento de precipitações. O GPM (sigla em inglês para medida de precipitação global) será fabricado em parceria com os Estados Unidos e vai custar aos cofres públicos o equivalente a US$70 milhões (R$116 milhões), nos próximos quatro anos. A ideia da Nasa é
fazer o lançamento em 2015.
- Já há uma decisão no âmbito do ministério e da Agência Espacial Brasileira. O (Aloizio) Mercadante foi consultado e está de acordo. Estamos bastante tranquilos em relação ao apoio do governo brasileiro - afirmou o diretor do Inpe, Gilberto Câmara.
No projeto, os EUA entram com os sensores e o Brasil com o suporte energético e de telecomunicações para o satélite. O principal obstáculo, neste momento, é a licitação para a escolha do foguete lançador. O diretor do Inpe descarta o uso dos ucranianos Cyclone 4, a partir da base de Alcântara (MA). Segundo ele, não há garantia de que o projeto, tocado pela binacional Alcântara Cyclone Space, esteja operacional a tempo.
Equipamento é capaz de dizer se há gelo em nuvem o secretário de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Ministério de Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre, explica que o GPM terá o mecanismo de prevenção mais preciso que existe para
monitorar a característica de uma chuva, especialmente a temperatura no interior das nuvens e sua densidade. O sistema que hoje fornece informações ao Brasil não dispõe dos sensores do GPM para avaliar a dimensão de uma tempestade. O Brasil também não tem garantias de receber informações em tempo adequado, o que faz diferença para a emissão de um alerta preciso. - Ele (o GPM) olha processos físicos que o sistema atual é incapaz de observar. Informações como se há gelo no interior das nuvens. O GPM será muito bem-vindo - diz Nobre.
O chamado GPM Brasil integrará uma família de satélites de órbita baixa que devem monitorar as precipitações em todo o planeta.
Os Estados Unidos e o Japão estão construindo a "nave mãe", equipamento de tecnologia altamente avançada, capaz emitir microondas e captar as informações da atmosfera. No dia 26 de abril, os patrocinadores do projeto se reúnem em Fortaleza para analisar o cronograma. No encontro, de acordo com Luiz Augusto Machado, pesquisador do Centro de Previsão do Tempo do Inpe, também será decidido se os países não patrocinadores receberão informações ao mesmo tempo que Brasil, EUA e Japão.
- No caso do Rio, se o GPM tivesse passado (na órbita equatorial na época das enxurradas), nós teríamos a possibilidade de saber o que estava acontecendo. Ter parte do projeto é a única garantia de que o Brasil vai receber as informações no tempo adequado - diz Machado.
Fonte: O Globo - Roberto Maltchik
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