quarta-feira, 1 de novembro de 2017

A Coreia do Sul será capaz de fabricar seu próprio avião de combate

Na recente exposição de defesa ADEX em Seul, a Coreia do Sul mostrou seu avião de combate KF-X de próxima geração. Embora seja apenas um grande modelo de plástico por enquanto, muita coisa está acontecendo neste programa. O KF-X incorpora o futuro do setor aeroespacial sul-coreano, e se for bem sucedido, consolidará o lugar do país como líder no setor de aviação global.
Espera-se que o KF-X realize o primeiro voo até 2022, com entregas para a Força Aérea da República da Coreia (ROKAF) a partir de 2024. Mas mesmo que o KF-X voe, será que vai sair do chão?
O ambicioso programa KF-X
O caça KF-X é um avião de combate furtivo de dois motores e apresentará um radar AESA (matriz eletronicamente ativa) e outros aviônicos avançados. Consequentemente, tem sido considerado uma aeronave de combate de “geração 4.5”, aparentemente uma melhoria em relação aos caças padrão de 4ª geração, como o F-16, mas não tão avançado quanto o F-22 ou F-35 (a chamada 5ª geração de caças). Isso coloca o KF-X em aproximadamente na mesma classe do Eurofighter Typhoon, o sueco Gripen ou o Su-35 russo.
O KF-X está sendo desenvolvido conjuntamente pela Korea Aerospace Industries (KAI) e pelo gigante aeroespacial norte-americano Lockheed Martin, como parte de um acordo no qual a ROKAF comprou 40 caças F-35 dos Estados Unidos. O governo sul-coreano está investindo mais de US$ 7 bilhões no KF-X, e a ROKAF espera comprar 120 desses caças para substituir sua frota envelhecida de F-4 Phantoms e F-5s. Além disso, Seul conseguiu incluir a Indonésia como parceira no programa, e Jacarta poderá adquirir até 80 caças para atender aos seus próprios requisitos “IF-X”.
De acordo com os termos do contrato do projeto, a dupla KAI-Lockheed será responsável por 20% dos custos de desenvolvimento incorridos, com a ROKAF e a Indonésia cobrindo 60% e 20% dos custos, respectivamente.
O impulso tecnonacionalista
Tudo isso, no entanto, levanta a questão: se a ROKAF já comprou o F-35, por que fabricar algo que é menos capaz? A resposta reside principalmente em algo chamado “tecnonacionalismo militar”.
O tecnonacionalismo militar (uma palavra inventada por Robert Reich na década de 1980) significa tornar-se mais auto-suficiente em armamentos, mas também é muito mais do que isso. É tanto sobre a geopolítica quanto sobre a independência econômica ou a auto-suficiência tecnológica. O professor do MIT, Richard Samuels, argumentou que o tecnonacionalismo é nada menos do que a “luta pela independência e autonomia através da nacionalização da tecnologia” e a “adoção da tecnologia para a segurança nacional”. Como tal, o tecnonacionalismo atende ambições estratégicas nacionais amplas e audaciosas, particularmente o surgimento de um país como um Estado-nação moderno, independente e até mesmo poderoso.
Claro, o tecnonacionalismo não se limita apenas à produção de armamentos ou apenas à Coreia do Sul. Por exemplo, países como o Brasil e a África do Sul também buscaram estratégias tecnonacionais de “segurança e desenvolvimento” quando se tratava de fabricação de armas.
Poucos países, no entanto, levaram o tecnonacionalismo a uma arte tão fina quanto a Coreia do Sul. Este impulso pode ser encontrado em quase todos os aspectos da economia: indústrias de ferro e aço, automóveis, construção naval, eletrônica, e assim por diante. Essas mesmas estratégias agora estão sendo aplicadas às áreas aeroespacial e de defesa.
Um dos melhores exemplos é a KAI. Esta empresa, produto de uma fusão forçada entre três pequenas empresas de aviação que perdiam dinheiro, é a personificação das esperanças e sonhos da Coreia para sua indústria de defesa. A Coreia tem a ambição de se tornar um designer e fabricante de aeronaves de classe mundial, e espera que a KAI eventualmente esteja entre as principais empresas produtoras aeroespaciais do mundo. Por sua vez, a visão atual da KAI é ser um “Provedor de Solução Total” e se classificar entre as 15 maiores empresas aeroespaciais do mundo até 2020.
Exportações de armas e o triste caso do T-50
Só o tecnonacionalismo, no entanto, não pode construir uma indústria de defesa sustentável e economicamente viável. A verdade fria e dura é que o próprio mercado de defesa da Coreia é muito pequeno para apoiar um programa nacional de caças. Para ser rentável, uma empresa deve vender centenas de aeronaves de combate; mesmo com a Indonésia investindo e comprando – talvez – 80 KF-Xs, a Coreia e a KAI têm que encontrar outros clientes para a maior parte de sua produção de caças.
Na verdade, a Coreia espera exportar até 600 caças KF-X para outros países. No entanto, é provável que seja muito otimista, e talvez seja perigoso.
Pegue o caso do T-50 Golden Eagle, o primeiro programa autóctone de aeronaves a jato da Coreia. Lançado em meados da década de 1990, o T-50 era um programa ambicioso para projetar e fabricar um treinador avançado/avião de ataque leve capaz de velocidades supersônicas e equipado com um pacote de aviônica sofisticado. Além de ser um jato de treinamento, esta aeronave foi adaptada em outras versões, incluindo o avião de treinamento/ataque Leve TA-50, e a FA-50, uma aeronave de caça equipada com um radar e capaz de disparar um leque mais amplo de armas. Destinou-se a substituir os aviões T-38, A-37 e F-5 na ROKAF.
As vendas de exportação, no entanto, foram responsáveis ​​pela maior parte do programa. Ao mesmo tempo, a KAI esperava exportar 1.000 jatos T-50 e capturar uma quarta parte do mercado mundial. Na verdade, na última década, a Coreia vendeu apenas 64 aviões T-50 para apenas quatro países: Indonésia, Iraque, Filipinas e Tailândia.
Uma estrada árdua para o setor aeroespacial da Coreia do Sul
Os sul-coreanos estão descobrindo que entrar no mercado internacional de caças é incrivelmente difícil. As barreiras à entrada são altas. O mercado já está saturado com uma série de produtos concorrentes de grande capacidade, como o F-35 e o Su-30. Além disso, as empresas aeroespaciais americanas, russas e europeias passaram décadas cultivando sua base de clientes, e é difícil conquistá-las.
A força da Coreia do Sul sempre esteve em seu otimismo, sua capacidade de acreditar que, se perseverar e apenas tentar mais, pode superar qualquer barreira ou revés. Esta positividade já funcionou antes, e, em última análise, o setor aeroespacial e de defesa da Coreia do Sul espera crescer com seus problemas. O otimismo sozinho, no entanto, não vai vender aviões de combate, e o tecnonacionalismo pode liderar a Coreia do Sul em direção a um rude despertar.
Por Richard A. Bitzinger
FONTE: Asia Times

Rússia cria novíssimo carro voador altamente seguro (FOTOS)

A empresa russa Hoversurf, criadora da moto voadora Scorpion 3, recentemente testada pela Polícia de Dubai, apresentada seu novo projeto: dirigível móvel aéreo, ou simplesmente um carro voador.
Segundo a empresa, seu novo veículo, batizado de Formula possui as caraterísticas de um helicóptero e avião.
Uma das vantagens desse aparato em comparação com os semelhantes é seu tamanho. O Formula será muito compacto e suas dimensões não superarão as de um automóvel tradicional. Além disso, será adaptado para a crescente infraestrutura dos carros eléctricos e não precisará de estações de recarga especiais.
Formula, o carro voador da empresa russa Hoversurf
Formula, o carro voador da empresa russa Hoversurf
Outro fator também importante está relacionado com a segurança. O novo veículo será altamente seguro sendo que seus sistemas funcionam de modo autônomo e permitam aterrisagem segura em caso de algum mau funcionamento.
Segundo informação prévia, o primeiro protótipo estará pronto para voar já em 2018.
Apresentação do novo carro voador Formula da empresa russa Hoversurf
Apresentação do novo carro voador Formula da empresa russa Hoversurf
Formula, que será um veículo de decolagem e aterrisagem verticais — VTOL (Vertical Take-Off and Landing) — poderá alcançar uma velocidade de até 320 km por hora e terá  450 km de autonomia de voo.
Além de todas essas capacidades, o carro por dentro é mais espaçoso que os automóveis comuns, pois conseguirá acomodar até cinco passageiros.
Conforme a empresa criadora, o preço estimado do novo veiculo é de aproximadamente US$ 97.000 (R$ 318.158).

Futuras erupções vulcânicas podem causar 'anos sem verão'

Grandes erupções vulcânicas que ocorrerão no futuro têm potencial de prejudicar as temperaturas a nível mundial...

De acordo com o novo estudo realizado pelo NCAR (Centro Nacional de Investigação Atmosférica) citado pelo Phys.org, estes cataclismos terão um impacto maior que antes devido às alterações climáticas.
Os autores do estudo investigaram a erupção cataclísmica do Monte Tambora na Indonésia, realizado em abril de 1815, e que evidentemente desencadeou assim o chamado "ano sem verão" em 1816.
Aquele ano é culpado pela perda de colheitas e epidemias de doenças, que causaram mais de 100.000 mortes em todo o mundo.
Os investigadores descobriram que se alguma erupção similar ocorrer em 2085, as temperaturas cairão drasticamente, embora isso não seja suficiente para compensar o aquecimento futuro associado às mudanças climáticas.
Os cientistas indicam que um esfriamento adicional depois dessa suposta erupção futura também diminuirá significativamente o número de precipitações que cai em todo o mundo.
Ao mesmo tempo, os pesquisadores avisam que com temperaturas mais altas, os oceanos serão cada vez menos capazes de moderar os impactos climáticos causados por erupções vulcânicas.
Devido à redução dessa capacidade dos oceanos, os cientistas preveem chegada dos "anos sem verão", causada pelas erupções vulcânicas.

Astrônomos descobrem planeta 'monstro' cuja existência contradiz teorias atuais

Astrônomos descobriram um planeta gigante, cuja existência era considerada pouco possível, informa o portal EurekAlert.

O gigante planeta gasoso, chamado NGTS-1b, está localizado na constelação de Pomba a 600 anos-luz da Terra, tendo um tamanho quase igual ao de Júpiter. Pesa 20% menos do que Júpiter e sua temperatura superficial atinge 530°C. É de notar que um ano neste planeta corresponde a 2,6 dias terrestres, enquanto sua distância do seu sol equivale a 3% da distância entre o Sol e a Terra.
Segundo cálculos científicos, este planeta é apenas duas vezes menor do que o Sol, ao redor do qual gira. Deste modo, este é o maior planeta conhecido no universo com esses parâmetros.
A descoberta do NGTS-1b foi uma grande surpresa para nós — não pensávamos que encontraríamos um planeta tão grande perto de uma estrela tão pequena. Isso põe em dúvida o que sabemos sobre a formação de planetas", disse o Dr. Daniel Bayliss da Universidade de Warwick (Reino Unido), citado pelo portal científico.
A existência do NGTS-1b descarta teorias que afirmam que estrelas relativamente pequenas formam ao seu redor astros sólidos e não gigantes planetas gasosos por não ter material suficiente para isso.

Mísseis russos Kalibr causam pânico entre terroristas na Síria

Em 31 de outubro, o submarino russo Veliky Novgorod realizou um ataque com mísseis de cruzeiro Kalibr, contra as posições do Daesh em Deir ez-Zor. O especialista militar Boris Rozhin disse ao serviço russo da Rádio Sputnik que esses projéteis realizam ataques efetivos e de alta precisão contra a infraestrutura militar dos jihadistas.
"[Os ataques com os mísseis Kalibr] se tornaram uma prática habitual. Os lançamentos dos navios e submarinos estacionados na parte oriental do mar Mediterrâneo […] servem como apoio às operações do Exército sírio e para eliminar os altos cargos jihadistas e destruir a infraestrutura logística e material dos terroristas", disse o analista.
Rozhin está certo que essa prática continuará sendo realizada mesmo depois da derrota do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia). O especialista explicou que na Síria há muitos terroristas da Frente al-Nusra, o que significa que "há muitos alvos para os navios e submarinos russos".
Além disso, o analista destacou a alta eficácia dos ataques com mísseis russos.
"Quando o reconhecimento está realizado de maneira adequada, esse tipo de míssil pode destruir um objeto bastante grande: seja uma posição defensiva, um armazém com munições ou um lugar onde se realiza uma reunião dos líderes terroristas", disse ele.
Rozhin destacou que os mísseis Kalibr são usados em operações específicas, mas sua eficácia complementa outros meios de ataque usados pelo Exército russo na Síria.
Os ataques com o Kalibr não tem como objetivo a publicidade. Essas operações ajudam na realização de tarefas muito complicadas que buscam desorganizar os jihadistas. Isso é reconhecido não apenas por analistas russos, mas também pelo Ocidente", concluiu o especialista militar.
Em 31 de outubro de 2017, o submarino Veliky Novgorod lançou a partir da parte oriental do mar Mediterrâneo, em posição submersa, um ataque maciço com mísseis de cruzeiro Kalibr contra instalações importantes do Daesh na província de Deir ez-Zor. Como resultado do ataque com três mísseis de cruzeiro, foram destruídos postos de comando terroristas, uma área fortificada com concentração de militares e materiais blindados, bem como um grande arsenal de armas e munições do Daesh. 

Lançamento de Sarmat: Como testam o míssil 'Satã 2' russo

Este míssil pesado é o topo do pensamento russo em engenharia e o futuro do escudo nuclear da Rússia.
Sua massa de lançamento é de 110 toneladas, o alcance supera 11.000 quilômetros, a carga militar útil pode ser de 10 a 15 ogivas de orientação individual com potência de até 750 quilotons cada uma. Os especialistas estrangeiros e a mídia já o apelidaram de Satã 2. O vice-ministro da Defesa da Rússia, Yuri Borisov, comunicou que os testes do Sarmat se iniciarão até o fim de 2017. Espera-se que o Sarmat seja adotado ao serviço até 2020. Durante este tempo, o míssil vai passando por vários outros testes que são descritos neste artigo.
Teste de arranque
Antes de realizar testes a partir de um polígono, qualquer míssil balístico passa por uma fase longa de investigação e desenvolvimento. Os trabalhos de I&D do Sarmat se iniciaram ainda em 2011. Nesta fase, várias equipes de especialistas se focam em uma análise compreensiva de tudo: testes de motores, sistema de combustível, separador de estágios, parte de combate, corpo do míssil, sistema de lançamento e assim por diante. Para os mísseis modernos e perspectivos são desenvolvidos separadamente sistemas de superação da defesa antimíssil, meios de guerra eletrônica e outros tipos de tecnologias de ponta.
De acordo com várias fontes da mídia, os testes de queima dos motores a combustível líquido do primeiro estágio do Sarmat, que foram realizados em 2016, foram considerados como bem-sucedidos. Nesta fase, os especialistas certificam o funcionamento de motores em condições reais, "de combate": verifica-se o funcionamento das câmaras de combustão, turbobombas, gasogênios e outros componentes. Isto é, o motor é fixado em uma bancada especial, equipado com uma calha para desvio da chama e dos gases, o motor é abastecido de combustível e oxidante, e depois é feito o arranque. Caso tudo dê certo, os testes são reconhecidos como bem-sucedidos. A fase seguinte é a de lançamento inicial.
Míssil balístico intercontinental russo R-36M2, antecessor do RS-28 Sarmat
CC BY 3.0 / WIKIPEDIA / MICHAEL/ NUCLEAR SILO
Míssil balístico intercontinental russo R-36M2, antecessor do RS-28 Sarmat
"Este tipo de testes é um experimento que visa verificar o arranque do míssil, sua saída segura de silo e o funcionamento inicial do motor", explicou à Sputnik o major-general aposentado Vladimir Dvorkin, ex-chefe de uma unidade do Ministério da Defesa que se dedica a questões de construção e desenvolvimento de mísseis.
"A partir do silo, é lançada uma maqueta com um motor real de primeiro estágio e uma carga substituindo todos os outros componentes do míssil. Em termos de tamanho e de peso, a maqueta é equivalente ao míssil real. Tem pouco combustível, só para alguns segundos de voo", assinala o especialista.
Os mísseis balísticos modernos são lançados via um esquema de morteiro: são empurrados com um acumulador de pressão a pólvora. Esta tecnologia tem sido usada na Rússia desde os tempos soviéticos. Da mesma forma é lançado o "antecessor" do Sarmat, o ICBM de dois estágios pesado R-36M Voevoda, que o Ocidente apelidou de Satã.
Prova de maturidade
A fase seguinte por que cada míssil intercontinental passa antes de ser adotado ao serviço são os testes de voo. Até então, todos os componentes separados do míssil já estão praticamente prontos, o que, por sua vez, leva aos testes do míssil completo. Primeiro, os especialistas se certificam que todos os componentes e mecanismos do míssil são ajustados apropriadamente e não há necessidade de alterar o projeto. Segundo, é necessário conferir que a capacidade de voo real da carga militar e a precisão de ataque correspondem às mencionadas nas especificações técnicas. Em vez da carga de combate, o míssil é equipado com uma carga inerte. Até o início de testes de voo, a fábrica responsável pela produção já deve ter produzido um lote experimental de mísseis balísticos intercontinentais equipados com todos os elementos necessários.
"Nesta fase, é realizado o lançamento de um míssil completamente equipado que segue uma trajetória predeterminada […] Testes de voo podem ser realizados junto com os estatais, durante os quais é preciso tomar a decisão sobre a adoção do míssil ao serviço. Geralmente, é necessário realizar com êxito cerca de 15-20 lançamentos. Também é preciso entender que durante os testes podem ter lugar avarias. Neste caso, são necessários lançamentos adicionais a fim de se assegurar que todos as avarias e falhas foram eliminadas", assinala Dvorkin.
Os mísseis são um tipo de tecnologia muito "caprichoso", nem tudo é possível fazer à primeira vez. Por exemplo, dos primeiros 17 lançamentos do míssil balístico intercontinental R-39, mais de metade falharam. Contudo, o Sarmat tem todas as chances de passar esta fase rapidamente e se tornar "maduro" devido à grande experiência que acumularam os especialistas russos na produção e manutenção de mísseis de silo. Apesar disso, nos próximos dois ou três anos, os criadores do míssil perspectivo terão que se esforçar muito e tentar evitar erros, já que apenas uma pequena falha é capaz de adiar a data do último teste por vários anos.
Em futuro próximo, os mísseis Sarmat, junto com Yars e Topol, devem virar a principal arma da Força Estratégica de Mísseis russa.

M1 Abrams + Trophy = Invencibilidade a toda prova!

Como a Rússia consegue manter tantos gastos militares?

7 opções militares, 300 mil mortos e US$ 1,4 tri: EUA detalham guerra com Coreia do Norte

Um relatório enviado a parlamentares do Congresso dos Estados Unidos, na última sexta-feira, apontou detalhes a respeito dos planos, gastos e perdas que ocorreriam em caso de uma guerra contra a Coreia do Norte.
Segundo o documento, noticiado pela agência sul-coreana Yonhap, são listadas ao menos sete opções militares para lidar com Pyongyang, que preocupa os EUA em razão do avanço dos seus programas de mísseis balísticos e nuclear.
O Serviço de Pesquisa do Congresso listou opções que vão desde o reforço da contenção e da dissuasão, passando por uma mudança de governo na Coreia do Norte, e chegando até a uma retirada completa das tropas dos EUA da Coreia do Sul.
As demais opções mencionadas no relatório são militares, "negando (à Coreia do Norte) a aquisição de sistemas capazes de ameaçar os EUA", seja derrubando todos os mísseis de testes de Pyongyang, ou eliminando os mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs, na sigla em inglês) e as instalações associadas – incluindo as nucleares.
Tais iniciativas militares teriam efeitos colaterais, conforme pontuou o documento apresentado aos congressistas estadunidenses. Uma estimativa inicial de mortos aponta para até 300 mil vítimas apenas nos primeiros dias de guerra, e considerando que Pyongyang não use armas nucleares.
Uma escalada de um conflito militar na península poderia afetar mais de 25 milhões de pessoas de cada lado da fronteira, incluindo pelo menos 100 mil cidadãos dos EUA (algumas estimativas chegam a 500 mil)", apontou o relatório. "Mesmo que (a Coreia do Norte) use apenas suas munições convencionais, as estimativas variam entre 30 mil e 300 mil mortos nos primeiros dias de luta".
Com um potencial de de disparar 10 mil rodadas de artilharia por minuto em Seul, a Coreia do Norte poderia ainda lançar mísseis contra o Japão, incluindo contra estações militares mantidas pelos EUA em território japonês, destacou o documento.
Tão preocupante quanto a perda de vidas é o tamanho dos custos de uma guerra na península. Segundo o relatório, os gastos de uma guerra convencional poderiam atingir até 70% do Produto Interno Bruto (PIB) da Coreia do Sul, que foi de US$ 1,4 trilhão no ano passado, segundo o relatório, citando um estudo de 2010 do grupo de pesquisa RAND.

China quer acabar com os hackers e dominar o mundo com a ajuda da física quântica

No final de setembro ocorreu um evento histórico na China. Uma equipe de criptógrafos e físicos chineses da Academia de Ciências realizou uma chamada de vídeo de meia hora com seus homólogos em Viena, usando criptografia quântica, uma tecnologia pioneira que torna impossível piratear ou ouvir comunicações.
A inovação é uma mudança radical no mundo da segurança, conforme publicado pela revista norte-americana Newsweek.
Embora o estudo deste tipo de tecnologia seja realizado em diferentes instituições do mundo ocidental, como, por exemplo, a Universidade da Califórnia, apoiada pelo Google, e a Universidade Técnica de Delft na Holanda, apoiada pela União Europeia, são os chineses que fizeram o maior progresso em termos de sua implementação.
Um mundo sem "hackers"
A ferramenta abre horizontes de segurança cibernética até então desconhecidos para a China. Com este tipo de codificação, o sonho de uma comunicação perfeitamente segura se torna realidade, o que poderia libertar o mundo de problemas como fraude on-line ou roubo de identidade, bem como ataques de hackers e espionagem eletrônica.
Por outro lado, a ferramenta também pode permitir que terroristas e criminosos se comuniquem sem serem detectados e que os governos possam ocultar segredos sem que ninguém os descubra.
No mundo da criptografia indecifrável, toda comunicação eletrônica humana poderia se tornar completamente privada, o que teria conseqüências inconcebíveis ao nível da segurança cibernética. Tudo isso daria à China um poder ilimitado sobre as informações, se este país se tornar o único fornecedor de criptografia quântica. E, precisamente, é o que o governo chinês procura alcançar, aparentemente.
"Cifras mais próximas a inquebráveis"
A chamada entre Pequim e Viena foi feita através de uma conexão convencional através do Skype. No entanto, o aspecto revolucionário foi o código de criptografia da chamada, extremamente seguro porque foi gerado em um dispositivo quântico montado em um satélite chinês.
A criptografia quântica é a coisa mais próxima das cifras inquebráveis que possivelmente possamos obter", disse à Newsweek Artur Ekert, professor da Universidade de Oxford e inventor do modelo em que os chineses basearam seu sistema. "Ao contrário dos sistemas matemáticos, a criptografia quântica é baseada nas leis da física, que não podem ser quebradas", emendou.
Como funciona a criptografia quântica?
O método de criptografia de Ekert é baseado em um efeito extraordinário conhecido como emaranhamento quântico, que ainda não é totalmente explicado pela ciência. Mesmo Albert Einstein, ao descobri-lo, descreveu-o como uma "ação assustadora à distância".
Sob este efeito, duas partículas leves, conhecidas como fótons, copiam exatamente o comportamento um do outro, mesmo que sejam separadas por grandes distâncias. Durante a chamada histórica entre Pequim e Viena, cientistas — com a ajuda do emaranhamento quântico — conseguiram criar um código secreto composto por uma série de informações que aparecem simultaneamente em diferentes cantos da Terra.
O sinal quântico, em todo o mundo
A China gastou bilhões de dólares — o custo real do projeto é desconhecido — para criar uma infraestrutura que lhe permite transmitir códigos quânticos em todo o país. A nação possui estações de base, satélites e milhares de quilômetros de cabo de fibra óptica para transmitir sinais quânticos.
De acordo com uma fonte de segurança anônima citada pela publicação, pelo menos 600 ministros chineses e oficiais militares estão usando códigos quânticos para realizar suas comunicações confidenciais.
De acordo com os comentários na revista Ciência e Tecnologia do principal pesquisador do projeto quântico chinês, o físico Pan Jianwei, em cinco anos a nação lançará um novo satélite que orbitará a Terra a uma altitude de 20 mil quilômetros e cobrirá uma área muito mais vasta do planeta.
Além disso, a estação espacial tripulada chinesa, cuja implementação está prevista para 2022, terá uma carga útil que permitirá experiências com comunicações quânticas. O objetivo final é a criação de um sistema de satélites geoestacionários que pode abranger toda a superfície do mundo.

Forças Armadas brasileiras simulam guerra cibernética com mais 5 países

Militares especialistas em guerra eletrônica participaram, na semana passada, do I Exercício Ibero-Americano de Defesa Cibernética, no Centro de Instrução de Guerra Eletrônica, em Brasília, com a participação de especialistas da Argentina, Colômbia, Espanha, México, Portugal e observadores peruanos.
O objetivo foi desenvolver competências na área cibernética e estreitar a cooperação entre as forças armadas dos países envolvidos. A iniciativa, do Comando de Defesa Cibernética, visa a aperfeiçoar tecnologias e sistemas integrados que permitam a identificação e neutralização de possíveis ataques cibernéticos que ofereçam ameaça à soberania nacional.
Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, o coronel-aviador Paulo Sérgio Porto, chefe da Divisão de Operações Conjuntas do Estado-Maior do Comando de Defesa Cibernética, diz que a realização de exercício como o deste final de outubro aprimoram a estratégia como atividade de combate cada vez mais importante no cenário mundial por promoverem o aprimoramento e a troca de experiências entre nações amigas.
Porto lembra que o Comando de Defesa Cibernética foi criado em janeiro de 2015, tendo seus objetivos estabelecidos em março de 2016, tendo como principal objetivo a proteção e defesa dos ativos de informação da administração central do Ministério da Defesa. Com relação à cooperação com outros países, em especial da América Latina, Porto observa:
A segurança é um objetivo contínuo das organizações de forma que continuamente buscamos estabelecer critérios de risco inerentes aos ativos da informação, e realizar seu gerenciamento, os reduzindo às infraestruturas críticas da informação de interesse da defesa nacional, bem como contribuir para a segurança dos ativos de informação da Administração Pública Federal no que se refere à segurança cibernética situados fora do âmbito do Ministério da Defesa."
O chefe do Comando de Defesa Cibernética diz que todo esse trabalho reúne não só a elite da comunidade tecnológica de informação das Forças Armadas como também há cooperações com entidades civis.
Uma de nossas atribuições é de ficar em condições de integrar com futuras estruturas a serem criadas no âmbito do Ministério da Defesa e das Forças Armadas, assim como proporcionar condições para que o sistema de ciência e tecnologia do ministério  realizem pesquisa e desenvolvimento, visando à prospecção tecnológica e científica em conjunto com instituições acadêmicas e de pesquisas nacionais. Desta forma realizamos e fomentamos a cooperação com instituições privadas e especialistas civis no país", diz o coronel-aviador.
Os recursos alocados no Comando de Defesa Cibernética são distribuídos na articulação de ouras instituições na internet, treinamento e capacitação de pessoal, além da criação de ferramentas, inteligência cibernética, modelos de criptografia, entre outros. No Brasil, os programas militares  são de natureza defensiva.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Exército recebe viaturas do Programa ASTROS 2020

Formosa (GO) – No dia 30 de outubro, o 6º Grupo de Mísseis de Foguetes (6º GMF) foi palco de uma cerimônia para a entrega de 12 viaturas modernizadas, no padrão MK3M, ao Exército Brasileiro. Elas fazem parte do terceiro lote de veículos entregues e atendem a mais uma etapa do Programa Estratégico do Exército ASTROS 2020.

As viaturas-lançadoras foram apresentadas durante a solenidade, presidida pelo Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, General de Exército Juarez Aparecido de Paula Cunha. Após o processo de modernização, todas foram dotadas de tecnologia digital similar à da versão MK6. O presidente da Empresa Estratégica de Defesa Avibras, João Brasil Carvalho Leite, realizou a entrega simbólica das chaves ao Comandante do 6º GMF, Tenente-Coronel Elson Lyra Leal.
A remodelagem das viaturas da versão MK3 para MK3M do Sistema ASTROS compreende os trabalhos de engenharia e a execução das atualizações mecânicas, eletromecânicas, eletrônicas e de software de comando e controle, com o objetivo de melhorar o desempenho e a capacidade. O recebimento desses produtos de defesa contribui para a evolução e a consolidação da Artilharia de Mísseis e Foguetes, representando um salto tecnológico de capacidade, de eficiência e de efetividade para o apoio de fogo da Força Terrestre.
Para o Comandante Logístico do Exército Brasileiro, General de Exército Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, este é um momento bastante significativo para a modernização da segurança nacional, por meio do ASTROS 2020, ainda com o benefício da considerável economia financeira alcançada no processo de remodelagem das viaturas. “E assim o Forte Santa Bárbara torna-se uma realidade, uma grande potência de fogo no Centro-Oeste”, concluiu.
O presidente da Avibras complementou que o ASTROS 2020 é resultado de uma parceria consistente entre a Força Terrestre e a indústria bélica nacional, o que coloca o Brasil entre as principais nações no domínio de novas tecnologias.
Participaram, ainda, da solenidade o Secretário de Economia e Finanças do Exército, General de Exército Antônio Hamilton Martins Mourão; o Chefe do Estado-Maior do Exército, General de Exército Fernando Azevedo e Silva; autoridades do Ministério da Defesa e comandantes de organizações militares da Guarnição de Brasília.
Projeto Estratégico ASTROS 2020
O Programa Estratégico do Exército ASTROS 2020 busca a dissuasão extrarregional para a defesa do Brasil. Alinhado com a Estratégia Nacional de Defesa, o Sistema é um dos sete programas indutores da transformação do Exército Brasileiro.
Iniciou-se em 2012, com a assinatura de dois contratos com a Avibras Indústria Aeroespacial S/A, companhia 100% nacional e que fabrica produtos de defesa, com a finalidade de desenvolver um míssil tático de cruzeiro, com alcance entre 30 e 300 km; e um foguete guiado de elevada precisão, com alcance de 40 km.
Ainda como projetos integrantes do Programa ASTROS estão: a aquisição de novos veículos de combate; a modernização das viaturas do 6º GMF; o Sistema Integrado de Simulação ASTROS (SIS-ASTROS), que trabalha ambientes operacionais virtuais de combate; e o Forte Santa Bárbara, criado com a finalidade de reunir, em um único local, as organizações militares operacionais de mísseis e foguetes, um estabelecimento de ensino, um centro de logística, uma unidade de busca de alvos, unidades administrativas e um campo de instrução adequado para treinamento. O término do programa está previsto para 2023.
FONTE: Exército Brasileiro

Sistema ASTROS aumenta dissuasão estratégica de defesa

Por Gen Bda José Júlio Dias Barreto​
O Programa Estratégico do Exército ASTROS 2020 busca a dissuasão extrarregional para a defesa do Brasil. Alinhado com a Estratégia Nacional de Defesa, o Sistema é um dos sete programas indutores da transformação do Exército Brasileiro.
Iniciou-se em 2012, com a assinatura de dois contratos com a Avibras Indústria Aeroespacial S/A, companhia 100% nacional e que fabrica produtos de defesa, com a finalidade de desenvolver um míssil tático de cruzeiro, com alcance entre 30 e 300 km; e um foguete guiado de elevada precisão, com alcance de 40 km. O término do programa está previsto para 2023.
O Sistema ASTROS é composto por viaturas mecanizadas com tecnologia avançada e complexa. Esses veículos possuem subsistemas que incluem radares, computadores, navegação por GPS, sistemas inerciais e de comunicação por rádio digital, estações meteorológicas e sistemas mecânicos, hidráulicos, pneumáticos e de motores a diesel.
O programa possui em sua Estrutura Analítica, além dos produtos citados, a aquisição de novas viaturas no padrão MK6, a modernização de viaturas MK3 para MK3M (com o mesmo nível tecnológico das novas), o desenvolvimento de um sistema de simulação integrado e a construção de instalações no Forte Santa Bárbara, em Formosa (GO).

Projetos integrantes do Programa ASTROS

Mísseis Táticos de Cruzeiro AV-TM 300 (alcance de 300 km)
São artefatos aéreos que transportam, autonomamente, uma carga útil a longas distâncias, sendo capazes de atingir alvos com precisão da ordem de dezenas de metros. Tal requisito exige tecnologias avançadas, especialmente, nas áreas de sistemas de navegação, controle, guiamento, aeronáutica e combustão.
Nesse contexto, o Exército contratou a AVIBRAS para pesquisar e desenvolver o Sistema de Míssil Tático de Cruzeiro, a ser disparado a partir da plataforma do Sistema ASTROS, em uso pela Força Terrestre. O produto permitirá ao Brasil ser a sétima nação a ter o domínio dessa tecnologia.
Além do mais, permitirá que empresas nacionais pesquisem e desenvolvam produtos de alta tecnologia, com benefício para toda a sociedade, em razão do emprego dual. O projeto envolve mais de cem empresas brasileiras, absorvendo mão de obra especializada oriunda dos polos de ciência e tecnologia.
Foguete Guiado AV-SS 40 GO Foguete Guiado AV-SS 40 G é uma evolução tecnológica natural do sistema de artilharia de foguetes para saturação de área. Beneficia-se das tecnologias atuais dos sensores inerciais (Sistemas Microeletromecânicos – MEMS), dos sistemas de navegação de constelação de satélites (GNSS), da miniaturização dos componentes eletrônicos e do aumento da capacidade de processamento de dados. O foguete equipara-se a uma munição inteligente, cujo objetivo é reduzir o tamanho da área batida, minimizar o dano colateral e os efeitos indesejados sobre as áreas próximas ao alvo.
O AV-SS 40 G colocará o Brasil entre as dez nações do globo a terem o domínio dessa nova munição e permitirá que empresas nacionais pesquisem e desenvolvam produtos de alta tecnologia. Assim como os mísseis táticos, o Foguete Guiado também envolve mais de cem empresas e aproveita mão de obra especializada na área de ciência e tecnologia no Brasil.
Aquisição de novas viaturas do Sistema ASTROS
O Sistema ASTROS é um produto de defesa consagrado desde a década de 1980 e é comercializado para vários países, como Arábia Saudita, Catar, Indonésia, Iraque e Malásia. No momento, encontra-se na sexta versão de atualização tecnológica, denominada MK-6, com capacidade de disparar, de um único lançador, toda a família de foguetes e, em breve, o míssil tático de cruzeiro.
As novas viaturas mobiliarão o futuro 16º Grupo de Mísseis e Foguetes, organização militar integrante do Forte Santa Bárbara.
Modernização das viaturas do Sistema ASTROS do 6º Grupo de Mísseis e Foguetes
O Exército utiliza as versões MK2 e MK3 do Sistema ASTROS, ambas da década de 1980, com tecnologia analógica e alguns itens com tempo de vida útil esgotado. A modernização das viaturas do Sistema ASTROS compreende os trabalhos de engenharia e a execução das atualizações mecânicas, eletromecânicas, eletrônicas e de software de comando e controle, com o objetivo de melhorar o desempenho e a capacidade, por meio da introdução da mesma tecnologia digital da versão MK6.
O projeto de modernização é de propriedade intelectual do Exército Brasileiro, permitindo à administração pública atingir o princípio da economicidade, ao custo de 1/3 do valor de aquisição de novas viaturas. Permitirá à Força possuir dois Grupos de Mísseis e Foguetes, capazes de cumprir a missão de dissuasão extrarregional.
Sistema Integrado de Simulação ASTROS (SIS-ASTROS)
A simulação de ambientes operacionais de combate é ferramenta de elevada importância, tanto no cenário de adestramento das tropas, quanto no de comandantes de frações. Assim, esse projeto visa contribuir com o desenvolvimento de um sistema de simulação, que proporcione o adestramento de militares que operam o Sistema ASTROS, especificando interfaces de integração com outros sistemas de simulação do Exército.
O desenvolvimento desse novo sistema de simulação atenderá às demandas do treinamento assistido por computador, o qual está relacionado com as diversas capacidades técnicas no domínio de tecnologias da computação: a) Visão computacional; b) Sistemas embarcados; c) Especificação, validação e teste de software; d) Sistemas de tempo real; e) Computação gráfica; f) Sistemas de simulação; g) Sistemas multiusuários; h) Interoperabilidade; i) Inteligência artificial, entre outras. Além disso, com a simulação, destaca-se a economia de meios, a um custo extremamente reduzido, se fosse comparada ao treinamento real.
Diante desse cenário, o Exército firmou um Termo de Cooperação com a Universidade Federal de Santa Maria, o que permitiu a inserção de professores e alunos no projeto, alinhando-o com a Estratégia Nacional de Defesa, no tocante ao desenvolvimento das capacidades de adestramento e de pessoal, à integração com a comunidade acadêmica e ao desenvolvimento conjunto de tecnologia relevante na área de defesa.
Forte Santa BárbaraFoi criado com a finalidade de reunir, em um único local, as organizações militares operacionais de mísseis e foguetes, um estabelecimento de ensino, um centro de logística, uma unidade de busca de alvos, unidades administrativas e um campo de instrução adequado para treinamento. Agrupou, também, o ensino, a logística e a operacionalidade do sistema de mísseis e foguetes do Exército.
O Forte Santa Bárbara será composto de um comando de artilharia, duas unidades de mísseis e foguetes, um centro de instrução, um centro de logística, uma base de administração e uma unidade de busca de alvos. A criação do Forte incrementa a construção civil, gera mais de dois mil empregos diretos e indiretos, e receita para a região de Formosa. Além das unidades militares, o projeto contempla a construção de residências funcionais para os militares e suas famílias, atendendo à dimensão humana da Instituição.
FONTE: Exército Brasileiro

Malvinas são campo de treinamento ideal para o armamento mundial'

A Argentina protestou contra os treinamentos militares programados entre 30 de outubro e 3 de novembro, onde estão participando 1.500 efetivos do governo britânico no arquipélago.
Sputnik Mundo falou com o veterano e integrante do Centro de ex-Combatentes das Ilhas Malvinas (CECIM), Ernesto Alonso, sobre manobras militares do Reino Unido no arquipélago do Atlântico Sul.
É o mesmo tipo de exercícios que vem realizando a Grã-Bretanha na área. Faz parte da militarização do Atlântico Sul utilizada pelo império para apropriação dos recursos naturais e minerais e acesso ao continente antártico. Malvinas são um enclave estratégico ideal para tudo isso. O que está acontecendo é algo que afeta toda a região", disse Alonso.
Em setembro de 2016, Argentina e Grã-Bretanha assinaram acordo Foradori-Duncan. Através de sua assinatura, o governo argentino fez concessões comerciais para Londres, retomou os voos para o continente do arquipélago e resolveu explorar em conjunto tanto a pesca como hidrocarbonetos na zona marítima do conflito. Este acordo recebeu duras críticas da oposição e dos ex-combatentes das Malvinas.
O governo argentino protestou formalmente divido aos exercícios militares britânicos nas ilhas Malvinas. A reclamação foi apresentada em 26 de outubro pelo vice-chanceler Daniel Raimondi em uma nota entregue à embaixada do Reino Unido.
Lá se reafirma que a Grã-Bretanha "desconhece resoluções das Nações Unidas e de outras organizações internacionais, que apelam para ambos os países a retomar as negociações a fim de encontrar uma solução pacífica e definitiva para a disputa de soberania". Por outro lado, avisa que deixará o secretário-geral das Nações Unidas e a secretário-geral da Organização Marítima Internacional a par da situação.
"Além da reivindicação pontual, a posição do governo argentino gerou um retrocesso enorme. O oficialismo afirma que as nossas Forças Armadas realizem exercícios militares conjuntos com as forças de ocupação. Isso foi incluído no acordo [Foradori-Duncan] que representa um afastamento da doutrina histórica com que a Argentina vinha trabalhando neste tema. Evidencia-se, deste modo, uma posição para beneficiar os interesses britânicos", disse o veterano.
Alonso explicou que as ilhas Malvinas, com uma área de cerca de 12.000 quilômetros quadrados, são um "campo de treinamento ideal" para as últimas tecnologias do armamento mundial.
"Como se trata de um lugar com população pequena [cerca de 3.000 habitantes] os treinamentos das Forças Armadas britânicas não interferem na vida de seus habitantes, permitindo, assim, o teste de armamento convencional e de dispositivos sofisticados de espionagem, bem como o desenvolvimento científico e tecnológico com aplicação militar projetado até a Antártida, como os sistemas HAARP em Ganso Verde, utilizados para estudar a mudança climática, ou induzi-lo", concluiu.
O entrevistado fez referência ao sistema High Frequency Active Auroral Research Program (HAARP, na sigla em inglês). Trata-se de um programa financiado pela Força Aérea e a Marinha dos Estados Unidos, cujo objetivo é estudar as propriedades da ionosfera e potencializar os avanços tecnológicos que permitam melhorar a sua capacidade de favorecer a comunicação por rádio e os sistemas de vigilância. Este projeto vem despertando críticas quanto à camuflagem de um estudo científico para propósitos militaristas.
A Argentina reivindica a soberania das ilhas Malvinas desde 1833, ano em que o Reino Unido passou a ocupar o arquipélago. Desde então os dois países mantêm uma disputa sobre a soberania da região, o que fez com que, em abril de 1982, a ditadura argentina (1976-1983) tentasse recuperá-las por meio de uma guerra que terminou em 14 de junho do ano em questão com derrota argentina. Reino Unido e Argentina retomaram suas relações diplomáticas em fevereiro de 1990, durante a gestão do ex-presidente Carlos Menem (1989-1999).