domingo, 9 de julho de 2017

Bombas Guiada SMKB - Acauã

GOSTARIA DE SABER SE A BOMBA ACAUÃ ESTA SENDO  PRODUZIDA 
 A Mectron e a Britanite IBQ Defence Systems estão desenvolvendo kits de bombas guiadas por satélite com a designação Acauã (falcão) ou SMKB (Smart Kit Bomb). O CTA-IAE também está apoiando o projeto. Os kits foram mostrados em 2009 e inicialmente foram designadas BFL (BLF-1000, 500 e 250, com cabeça de guerra de 1000 Kg, 500 Kg e 250 Kg respectivamente).
A Britanite é responsável pela cabeça de guerra, kit de cauda e sistema de planejamento de missão. O kit virá em versões para ser instalado nas bombas Mk82 e na Mk83. As empresas não estudam um kit para a bomba Mk84 por ser considerada potente para "ataques cirúrgicos" (apesar de vários alvos importantes precisarem de armas até mais potentes). Também não citam se será usada em bombas penetradoras BPEN. As bombas com os kits são denominadas SMKB-82 e SMKB-83 equipadas, respectivamente, com as bombas Mk82 de 230kg e Mk83 de 450kg. Na FAB são denominadas BFA-230 e BFA-460 respectivamente. AsBombas de Fins Gerais são fabricadas pela Britanite.
O receptor de satélite é compatível com o GPS americano, Glonass russo e o Galileo europeu. A energia da bomba é gerada por uma pequena hélice no nariz da bomba não precisando de energia da aeronave. A precisão é tida como 6 metros. A SMKB/Acauan pode ser disparada a uma altitude de até 10 mil metros com alcance de 16 km a 24km. Um kit de asas está em desenvolvimento pela empresa Friuli para aumentar o alcance para 35-40 km.
Uma vantagem do novo kit é a facilidade de integração, particularmente em aeronaves pouco sofisticadas, pois não precisa conexão de databus para controle ou designação de alvos. As empresas desenvolveram um sistema sem fio portátil com criptografia que pode programar as coordenadas do alvo em terra ou no ar ou modos de operação. Assim o kit pode ser integrado em qualquer aeronave sem apoio do fabricante da aeronave. Armas como a SMKB e JDAM são tão simples que podem ser usadas em aeronaves de caça de Primeira e Segunda Geração com um sistema de navegação primitivo. As coordenadas do alvo podem ser passadas diretamente para a arma antes de decolar.
A primeira entrega era esperada para 2010, e as empresas citam que já foi vendida para outro país da América do Sul e pelo menos quatro oriente médio. A integração em aeronaves iniciou em 2011 nos A-4 Skyhawk, AMX, F-5EM, Sukoi Su-27, F-16 e Kfir. As primeiras entregas para a FAB devem iniciar em 2012.Análise
A entrada em operação das SMKB irá trazer novas capacidades para a FAB, mas também muitos problemas. Um dos problemas será a disponibilidade de código de GPS de precisão em caso de conflito. Caso os EUA não apóie o Brasil em um conflito será bem provável a FAB não tenha acesso aos códigos para uso do GPS no modo de precisão ficando limitado ao modo INS. Outra opção é ter acesso também ao sistema GLONASS russo e futuramente ao Galileu Europeu.

Sem a disponibilidade da atualização do GPS, a capacidade das SMKB está relacionado com a precisão do INS. Se a capacidade for similar ao CEP conseguido pelas JDAM com o INS, ou cerca de 14 metros, o GPS nem fará muita falta. Se for igual ao requerimento original das JDAM, ou um CEP de 30 metros, as SMKB ainda poderão ser úteis contra boa parte dos alvos fixos.

Se a capacidade for pior, ou um CEP de cerca de 50-60 metros, a precisão será similar ao uso de bombas burras disparadas a média altitude com modos CCIP e que já está disponível para a FAB nos AMX e agora nos F-5EM. A vantagem será poder disparar as armas em qualquer tempo com apoio de radar com modo SAR, atacar alvos múltiplos,
 atacar alvos de área com pontos de impacto não linear, poder escolher o ângulo de impacto, fazer disparo fora do eixo e aumentar o alcance do disparo aumentando a capacidade de sobrevivência da aeronave.

 As empresas não informam se estudam a adição de outros kits de guiamento como laser, TV ou infravermelho. Um seeker de guiamento terminal poderá ser necessário para garantir a precisão final. Os sensores possíveis são o laser, imagem infravermelha e TV. O laser é bem provável como os já em uso nas JDAM. O sensores de TV CCD são baratos e os de imagem infravermelha podem operar em qualquer tempo. Os sensores de imagem precisam de algoritmo de aquisição automática de alvo ou de um datalink. O datalink irá encarecer o custo da arma assim como o casulo designador a laser. Os sensores infravermelhos dos mísseis MAA-1B poderá ser uma opção para instalar na SMKB e ser usada contra alvos quentes como navios e blindados.

Como acontece com as JDAM, a aquisição dos alvos é o gargalo do processo de operação das bombas guiadas por GPS. Os meios de aquisição de alvos disponíveis para a FAB são satélites de sensoreamento remoto, aeronaves de reconhecimento como o R-99B com radar SAR e casulos Litening III e Star Safire com telemetros a laser. O radar Grifo-F do F-5EM talvez possua modos SAR para apoiar o disparo em qualquer tempo enquanto o radar Scipio do A-1M não tem esta capacidade. Modos de radar SAR deve ser um requerimento obrigatório para os concorrentes do FX-2. A atualização das coordenadas do alvo em vôo com modos de radar SAR ou casulo de designação de alvos como o Litening III provavelmente será obrigatório.

Em 1943, a Oitava Força Aérea atacou menos de 50 alvos em um ano. Na Operação Desert Storm em 1991, foram atacados 150 alvos nas primeiras 24 horas. A USAF planeja formar uma pequena força de 12 aeronaves B-2A e 48 caças F-22A para atacar 426 alvos em um dia com o uso das JDAM ou equivalentes. Com as SMKB a FAB passa a ter uma capacidade próxima da operação Desert Storm, mas com uma frota bem menor e com um prazo maior, talvez uma semana, para atacar o mesmo número de alvos. Com aeronaves mais capazes como os concorrentes do FX-2, como o Rafale, Super Hornet e Gripen NG, capazes de levar até quatro bombas de grande potência como a SMKB, a capacidade será melhorada. 



As SMKB deverá ser uma arma cara para os padrões da FAB. Os A-1M ainda terão uma boa capacidade de ataque de precisão a baixa altitude, com CEP de 15 metros com armas de alto arrasto. Com o NVG e NAVFLIR poderão realizar ataques a noite a baixa altitude a noite e em tempo bom contra alvos relativamente protegidos.

Além das novas capacidades de atacar alvos fixos as SMKB também podem ser usadas em outras missões:

- Supressão de defesas. Com o apoio de um casulo Litening III, um caça pode olhar para a área onde recebe emissões de radar. Detectando o emissor o Litening III pode determinar as coordenadas do alvo que será atacado pelas SMKB.

- Interdição aérea. Se a precisão da SMKB for adequada é possível usá-la para atacar pontes e locais de suprimento. Modos de radar GMTI como o do Griffo-F do F-5EM será útil para detectar alvos móveis.

- Ataque a bases aéreas. As bases aéreas são alvos bem defendidos e que devem ser colocados fora de ação rapidamente. As SMKB são a arma ideal contra este tipo de alvo tendo que ser disparada em grande quantidade contra vários pontos de impacto no alvo. Uma pista de pouso e pistas de taxiamento precisam de vários cortes para serem inutilizados. Outros alvos importantes são abrigos reforçados de aeronaves que precisam ser atacados com armas de precisão. Por ser um alvo bem defendido as SMKB serão úteis ao serem lançadas fora do alcance das defesas locais.

- Apoio aéreo aproximado. As JDAM mostraram ser úteis para as missões de apoio aéreo aproximado, mas para a FAB será necessário o acesso ao código do GPS para ter a precisão necessária.

As SMKB têm um bom potencial de exportação, mas primeiro a FAB precisa ser o primeiro usuário para conseguir a confiança de compradores em potencial. Os candidatos são países que não tem acesso as JDAM ou armas equivalentes de outros países.

Também deve ser considerado o uso de armas equivalente por possíveis adversário em caso de conflito e estarmos preparados para interferir no código de satélite do GPS, GLONASS e futuramente o Galileu. Os interferidores são simples e baratos e as SMKB podem ser usadas para testar as táticas e técnicas de emprego.
A empresa paulista Friulli está desenvolvendo kits de asas para aumentar o alcance das SMKB. 

Brasil tem interesse na indústria naval russa, diz exportador

Durante o Salão Naval Internacional (MVMS, na sigla em russo), que teve início na quarta-feira (28) em São Petersburgo, o vice-diretor-geral da Rosoboronexport, Ígor Sevastiánov, destacou que, além dos tradicionais parceiros russos no setor técnico-militar (como Índia, China e Vietnã), o país mantém consultas com os governos do Brasil, do Peru e do Uruguai para fomentar a cooperação entre suas forças navais.
No Salão Naval Internacional, que acontece em São Petersburgo até domingo (2), o vice-diretor-geral da Rosoboronexport (agência estatal russa para a exportação de tecnologia militar), Ígor Sevastiánov, destacou a repórteres o interesse crescente dos países latino-americanos na indústria de construção naval russa.
Além dos tradicionais parceiros da Rússia no setor, como a Índia, China, Vietnã, diversos países da América Latina estariam realizando consultas com especialistas russos para a compra de equipamento naval do país.
Segundo Sevastiánov, a Rosoboronexport está mantendo “consultas sobre questões relacionadas à Força Naval com alguns países latino-americanos, como Brasil, Peru e Uruguai, entre outros”, disse o vice-diretor russo, citado pela RIA Nôvosti.
A Rosoboronexport apresenta cerca de 200 modelos de armas e equipamento militar no Salão Naval Internacional, que reúne especialistas em indústria naval de diversas partes do mundo. As corvetas Tigre (do projeto 20382), os submarinos diesel elétrico do projeto 636, e os sistemas de mísseis Club-S e Club-N estão entre os equipamentos que mais despertam interesse entre os clientes estrangeiros no evento.

Tanques T-72B3 utilizam mísseis guiados pela primeira vez na Síria (VÍDEO)

As forças do governo Sírio dispararam mísseis a partir de tanques T-72B3 contra alvos do Daesh, grupo terrorista proibido na Rússia. Anteriormente estes veículos eram equipados apenas com munições convencionais.

Atenção! O vídeo abaixo contém imagens fortes.
O vídeo, publicado em uma conta não oficial do YouTube dos Falcões do Deserto, mostra disparos bem sucedidos de mísseis guiados contra alvos terroristas a partir de tanques de fabricação soviética (o lançamento começa à 01:34 do vídeo).
De acordo com edi Russkoe Oruzhie, que cita especialistas, as tropas sírias disparam mísseis antitanque guiados por laser 9M119M Refleks para atacar os combatentes do Daesh.

sábado, 8 de julho de 2017

Assassino silencioso: submarinos russos de 5ª geração vão torpedear inimigo sem ruído

Os submarinos russos de quinta geração vão conseguir lançar torpedos sem ruído graças aos sistemas de torpedos mais recentes que estão sendo desenvolvidos nas fábricas russas.

Os sistemas de torpedos utilizados hoje em dia lançam os torpedos com ar comprimido, enquanto a novidade vai permitir efetuar isso com uso de água sob pressão. Isso vai permitir realizar o tiro de modo silencioso em profundidades de até um quilômetro
Os torpedos russos atuais ficam submersos nos tubos de torpedos. Os marinheiros terão só que clicar no botão e a nossa bomba vai formar a pressão necessária para projetar o torpedo por sete metros, a essa distância de segurança ocorre a ativação do motor e o torpedo vai começar seguindo o alvo", comentou ao jornal Izvestia o diretor executivo da fábrica Lopastnye Gidravlichiskie Mashiny (LGM) Roman Pyhtin.
Os aparelhos vão utilizar uma turbobomba de empuxo com capacidade de 5 metros cúbicos de água por segundo. 

Sistema costeiro Bastion ataca alvos com mísseis supersônicos (VÍDEO)

O Ministério da Defesa da Rússia publicou um vídeo que mostra o lançamento de mísseis supersônicos antinavio 3M55 Oniks a partir de um sistema costeiro 3K55P Bastion-P, situado no Extremo Oriente russo.

O lançamento foi realizado por uma divisão de mísseis da Frota do Pacífico que, para chegar a este lugar do litoral, teve que se deslocar 200 km a partir do local de sua implantação permanente, informa o Ministério da Defesa.
O Bastion pode ser desdobrado em terrenos não preparados. O que é muito bem demonstrado por este vídeo, já que o sistema está posicionado em uma praia de pedras de grande tamanho.
Após ser lançado, o míssil Oniks atacou um alvo naval situado a uma distância de mais de 150 quilômetros do Bastion.
Os mísseis Oniks já são utilizados pela Rússia na Síria para destruir alvos e instalações terroristas.

Laad 2017: Parte 1 Laad 2017: Parte 2!



Filme do SISFRON é exibido na LAAD Defence & Security 2017.

Tecnologia de Defesa na LAAD 2017

Míssil Mistral é lançado na Ilha da Marambaia


O Batalhão de Controle Aerotático e Defesa Antiaérea (BtlCtaetatDAAe) realizou, nos dias 29 de maio e 19 de junho, respectivamente, o lançamento diurno e noturno do míssil superfície-ar “MSA Mistral”, na Restinga da Marambaia, no Rio de Janeiro (RJ).
O míssil superfície-ar portátil é guiado por infravermelho, usado para a defesa aérea de curto alcance. O sistema pode receber câmera térmica para efetuar disparos noturnos. O tempo de engajamento, a partir da iniciação da sequência de disparo até o lançamento do míssil, é de menos de cinco segundos, sem designação prévia de alvo, e cerca de três segundos, se existe alerta.
O lançamento diurno, no dia 29 de maio, pontuou o término do Curso Especial de Defesa Antiárea, conduzido nas dependências do Batalhão, sob a orientação pedagógica do Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC). O lançamento teve ainda o objetivo de adestrar os militares da Bateria de Artilharia Antiaérea do BtlCtaetatDAAe para o provimento da defesa antiaérea dos Grupamento de Operações de Fuzileiros Navais, uma das cinco grandes tarefas do Batalhão.
No dia 19 de junho, pela primeira vez na história do Corpo de Fuzileiros Navais, o MSA Mistral foi disparado em condições de visibilidade reduzida, as quais dificultam sobremaneira todos os procedimentos necessários para efetuar a operação. O lançamento teve como objetivo adestrar os militares em um ambiente que mais se assemelha a um possível combate real, onde fatores externos determinam com maior intensidade o sucesso da missão.
FONTE: Marinha do Brasil

Índia testa míssil antiaéreo QRSAM

A Organização de Pesquisa e Desenvolvimento da Defesa (DRDO) da Índia testou o Quick Reaction Surface to Air Missile (QRSAM) com sucesso pelo ITR Chandipur, na Costa de Odisha às 11h30 desta manhã.
Todas as tecnologias e subsistemas incorporados no míssil tiveram um bom desempenho, atendendo a todos os requisitos da missão. Todos os radares, sistemas eletro-ópticos, sistemas de telemetria e outras estações rastrearam o míssil e monitoraram todos os parâmetros. O teste do míssil atingiu todos os objetivos.
O ministro da Defesa, Shri Arun Jaitley, parabenizou a DRDO pelo teste bem-sucedido do QRSAM e disse que é um marco importante no desenvolvimento autóctone de mísseis superfície-ar (SAM).

Marinha do Brasil fará inspeção técnicano HMS Ocean

noticiou que a Marinha do Brasil realizará uma inspeção técnica no porta-helicópteros de assalto anfíbio HMS Ocean, que será desativado pela Royal Navy no próximo ano e foi ofertado ao Brasil.
Segundo Roberto Lopes, o objetivo da inspeção técninca é concluir pela conveniência, ou não, de se comprar o navio, cujo preço foi avaliado em torno de 80 milhões de Euros.
Respondendo ao jornalista, a Marinha do Brasil enviou a seguinte nota:
Senhor jornalista,
Em atenção a sua solicitação, participo a Vossa Senhoria que, após a realização da visita inicial ao HMS “Ocean”, no mês de junho, está sendo planejada uma inspeção técnica, a ser realizada no mês de agosto, por uma equipe multidisciplinar, composta por 12 militares.
A realização dessa inspeção está condicionada a um parecer favorável da Alta Administração Naval, com base nos estudos preliminares ora conduzidos, considerando as informações coletadas desde o início de todo o processo. Na provável inspeção, é intenção que sejam realizados alguns testes operacionais nos sistemas e equipamentos de bordo, além de aprofundar os conhecimentos até então obtidos para concluir sobre a viabilidade de se prover uma adequada sustentação orçamentária e logística do navio, no Brasil.
O Ministro da Defesa está ciente de que o Reino Unido ofereceu o HMS “Ocean” para transferência ao Brasil. Os demais dados atinentes a uma possível futura aquisição serão levados ao Ministro após conhecidos e analisados os resultados das inspeções.
Atenciosamente,
FLÁVIO AUGUSTO VIANA ROCHA
Contra-Almirante
Diretor”

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Cientistas encerram o caso: é impossível haver vida na superfície marciana

A vida na superfície de Marte não pode existir devido a uma aliança incomum de dois "inimigos" da vida – a luz ultravioleta e elementos tóxicos. Mas o mais importante é que eles precisam de apenas 60 segundos para destruir qualquer micróbio, revela a investigação publicada no jornal Scientific Reports.

Levando em consideração essa descoberta, os cientistas Jennifer Wadsworth e Charles Cockell da Universidade de Edimburgo (Escócia) chegaram à conclusão que "a superfície de Marte se tornou ainda menos favorável para vida do que antes imaginávamos".
Em novembro de 2012, o diretor da missão Curiosity, John Grotzinge, declarou sobre "descoberta memorável", feita em Marte. Mas duas semanas depois, quando a declaração já era muito popular e já tinha provocado diversos rumores fantásticos, os planetológos da NASA revelaram que a descoberta se trata de percloratos — moléculas orgânicas primitivas no solo do Planeta Vermelho.
Assim, todas as esperanças de encontrar os primeiros traços de vida extraterrestre foram destruídas.
No jornal Scientific Reports, os cientistas explicam que quando a luz ultravioleta e percloratos se interagem, matam quaisquer micróbios. Por isso a vida não pode existir nem na superfície do planeta, nem no solo. Então, caso haja, é possível encontrar traços de vida somente em camadas profundas do solo, onde não penetre luz ultravioleta.
Além disso, a descoberta de percloratos significa que águas subterrâneas do planeta são compostas por substâncias tóxicas, excluindo, assim, a possibilidade de nascimento de qualquer organismo vivo nelas.Para provar tudo em prática, os cientistas criaram um solo totalmente semelhante ao de Marte e revelaram que micróbios podem se adaptar aos percloratos e mesmo existir juntos durante um período longo. Mas, quando adicionada luz vermelha, os micróbios desaparecem em 50 a 60 segundos.Os cientistas confirmaram que, em tais condições, a vida não pode existir, e se buscar quaisquer traços da vida passada em Marte, é melhor investigar lugares muito profundos.
No entanto, para aqueles que planejam se mudar para Marte há uma notícia positiva. Essa descoberta significa também que os cientistas podem ficar despreocupados quanto à contaminação da superfície marciana com micróbios terrestres. Mesmo se "animaizinhos" conseguissem sobreviver à viagem da Terra para Marte, a luz vermelha e percloratos os destruiriam de imediato.

China desenvolve propulsor que mudará para sempre tecnologia de submarinos

A Marinha do Exército de Libertação Popular chinês anunciou a criação de um propulsor elétrico sem análogos no mundo, segundo informou Dave Majumdar no seu artigo para o The National Interest.

O propulsor conta com um motor elétrico, em vez de um eixo de transmissão mecânico, o que o tornará muito mais silencioso do que qualquer sistema de propulsão de submarinos de última geração.Segundo explicou a especialista Minnie Chan, em seu artigo para o jornal chinês South China Morning Post, o novo propulsor possui um motor elétrico em forma de anel, que envolve o rotor para criar o impulso.
De acordo com os especialistas militares, os submarinos chineses equipados com este tipo de propulsor serão mais silenciosos, além disso, a nova tecnologia permitirá reduzir a cavitação (efeito hidrodinâmico que ocorre quando se criam cavidades de vapor dentro da água), o que também contribuirá para reduzir o nível de visibilidade do submarino.Este é um de nossos primeiros projetos de vanguarda que está sendo aplicado em submarinos chineses da próxima geração", segundo declarou em maio o contra-almirante da Marinha chinesa, Ma Weiming, citado pela South China Morning Post.
O militar também indicou que esta tecnologia tem vantagem sobre a dos EUA, "que também desenvolveram uma tecnologia semelhante".
Quanto à nova geração de submarinos chineses, provavelmente se trata das novas modificações dos submersíveis nucleares de ataque do tipo 095, assim como os submarinos de mísseis balísticos do tipo 096.A Marinha dos EUA usa a tecnologia de propulsão a jato de água em seus submarinos de ataque da classe Los Angeles, Seawolf e Virgínia. Além disso, está previsto instalar um motor de "hidrojet" nos submarinos nucleares e de mísseis da classe Columbia, que utilizarão a propulsão elétrica em combinação com um motor de ímã permanente.No entanto, o desenvolvimento de um sistema de propulsão de submarinos que não tenha eixo é o "Santo Graal", de acordo com os peritos militares norte-americanos. Assim, Bryan McGrath, da empresa FerryBridge Group, qualificou a tecnologia como uma parte da "máquina de propaganda da China". Além disso, afirmou que, se fosse verdade, "seria algo significativo" para a indústria submarina, mas disse que os submarinos chineses nunca poderão ultrapassar os americanos no que diz respeito às suas capacidades furtivas.
Em qualquer caso, o desenvolvimento pela China de um submarino equipado com um motor tão avançado é um evento significativo para a Marinha do país asiático. Não obstante, a frota submarina china ainda tem um longo caminho a percorrer, concluiu colunista do portal The National Interest.

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Programa Espacial Brasileiro [3/3] - Veículos Lançadores de Satélites





NOTA,,, MAIS AQUI NO BRASIL NOS TEMOS POLÍTICOS  CORRUPTOS
SEM PÁTRIA COVARDES PATÉTICOS LADRÃO DO DINHEIRO PUBLICO
NÃO TEM CORAGEM COMO FEZ A CHINA E A ÍNDIA E MAIS E ESCRAVO
EUA ATE QUANDO PODEMOS AQUENTAR UMA GRANDE POTENCIA SENDO
GOVERNADA POR HOMEM VENDIDOS PARA OS EUA QUEM VIU O QUE ACONTECEU
NOS EUA COM O EMBRAER KC 390  JA SABEM  QUE E PARA ATRASAR O PROJETO
DO CARGUEIRO MILITAR QUEM PODE CONFIAR NOS ESTADOS UNIDOS DA AMERICA
PAIS ESCRAVO   DELES O BRASIL UM PAIS QUE ESTA PATINANDO NA LAMA
QUE VERGONHA DO MEU BRASIL
TEMOS QUE TER NO PODER UM HOMEM PATRIOTA QUE NÃO  TEM MEDO DOS EUA
TEM QUE SER MILITAR DE LINHA DURA QUE MOSTRE NOS PODER QUE ESTA ESCONDIDO
BOA TARDE  

Programa Espacial Brasileiro [2/3] - Projetos Científicos

Programa Espacial Brasileiro [1/3] - Veículos de Sondagem


BOA TARDE JA QUE O BRASIL NÃO CONSEGUE LANÇAR 
SATÉLITES COM. ESTA FAMÍLIA  DE FOQUE-TE . ELES PODERIA SE TRANSFORMA EM MÍSSIL . ESTRATÉGICOS
DE ATAQUE JA TEMOS TECNOLOGIA DE GUIAR O. MÍSSIL SISTEMA INICIAL  TODO ESTES SISTEMA  ESTA COM OS MILITAR NO MUNDO DE HOJE TODA À  GRANDE POTENCIA DEVE TER SEU ARSENAL DE MÍSSIL ICBM         

VA OTHON - De pai do programa nuclear à prisão

Fábio Schaffner

Em 40 anos servindo à Marinha, o vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva tarimbou-se em operações sigilosas. Mentor do programa nuclear brasileiro durante quatro governos sucessivos, gerenciou contas secretas bilionárias, manteve contatos reservados com cientistas estrangeiros, importou equipamentos vetados ao Brasil por potências atômicas e foi monitorado por agente da CIA que, durante dois anos, morou em um apartamento colado ao seu.

Tamanha eficácia legou ao país a construção de ultracentrífugas para o enriquecimento de urânio e o desenvolvimento de uma tecnologia nacional para a propulsão nuclear de submarinos. Aclamado pelas Forças Armadas e pela comunidade científica, recebeu oito medalhas militares e dezenas de honrarias. Chamado de lenda viva na caserna e na academia, encerrou a carreira em 2015, quando três homens armados entraram em sua casa.

O relógio recém marcara 6h em 28 de julho, e o sol ainda despontava no horizonte quando uma viatura da Polícia Federal (PF) estacionou em frente ao número 75 da Rua Ipanema, uma alameda da Barra da Tijuca, no Rio, distante poucas quadras da praia. Subiram ao apartamento 1.501 e foram recebidos pela empregada doméstica Kelly Guimarães, a quem perguntaram pelo dono da casa.

— Está dormindo — disse.

Orientada a acordá-lo, voltou à sala com semblante petrificado. Quando os policiais se dirigiram ao cômodo, a porta estava trancada. Lá de dentro, Othon avisou que era vice-almirante e exigia ser tratado com respeito. Alertado de que havia mandado de busca e apreensão a ser cumprido, exigiu a presença de um almirante, posto superior ao seu na hierarquia militar.

— Vou meter bala — ameaçou Othon.

Abrigados nos demais cômodos do amplo apartamento, os agentes sacaram as pistolas. Chefe da operação, o delegado Wallace Soares deu dois chutes na porta e disse que iria arrombá-la. Ouviu-se então o barulho da fechadura. Othon recebeu ordem para sair devagar com as mãos na cabeça. Mal se abriu um pequeno vão, o militar atracou-se aos agentes.

A pancadaria só acabou com o vice-almirante algemado, sentado ao chão.

Como chefe da Eletronuclear, criou esquema de corrupção em Angra 3

"Mesmo imobilizado, o senhor Othon Luiz Pinheiro da Silva continuou inquieto, gritando que não podíamos agir daquela forma, que ele é um vice-almirante da Marinha, que deveria haver no mínimo um vice-almirante no local. Expliquei novamente que se tratava de um mandado expedido pela Justiça do Paraná e que Polícia Federal estava no local para cumpri-lo", escreveu o delegado em relatório para a coordenação da Lava-Jato.

No quarto, os agentes apreenderam seis armas: uma pistola .40 e um revólver calibre 38, em nome do militar, além de um revólver Colt 357, um pistola Glock 9 mm, um Taurus 38 e uma pistola Bayard calibre 6.35, todas sem registro. O mandado decretava ainda a prisão temporária de Othon, por suspeita de recebimento propina na usina nuclear Angra 3.

Aos 76 anos, militar presidia a Eletronuclear desde 2005. Havia sido um retorno triunfal. À frente de posto estratégico e de orçamento bilionário, Othon jamais desfrutara de tanto poder. Frequentava o Planalto com assiduidade, confabulava com ministros e presidentes de empreiteiras. Indicou dois comandantes da Marinha e tornou-se amigo de Dilma Rousseff, de quem quase foi chefe da Casa Civil após a demissão de Gleisi Hoffmann, em 2014.

Na Eletronuclear, sua missão foi retomar as obras de Angra 3, colosso energético projetado para gerar 12 milhões de megawatts-hora por ano, capacidade suficiente para abastecer Brasília e Belo Horizonte. Para tanto, evitou uma nova licitação e reativou um antigo contrato assinado em 1983 com a Andrade Gutierrez. De 2005 a 2015, Othon assinou 13 aditivos com a construtora, no valor de R$ 3 bilhões.

Ao mirar o setor energético, a Lava-Jato encontrou na estatal um "gigantesco esquema criminoso", envolvendo um cartel formado por 16 construtoras, entre as quais gigantes como OAS, Odebrecht, Camargo Corrêa e Mendes Júnior. Presos, executivos disseram que Othon teria começado a pedir propina antes mesmo do começo das obras na usina. Com uma das filhas, foi acusado de montar esquema de lavagem de dinheiro para receber R$ 4,5 milhões em suborno, com empresas laranjas no Brasil e offshores no Exterior.

Condenado por seis crimes, nega as acusações e recorre no TRF2

Em agosto de 2016, um ano após ter a casa varejada pela PF, Othon recebeu a maior pena individual entre os todos 144 condenados na Lava-Jato: 43 anos, cinco meses e 50 dias. Ao final das 159 páginas em que descreve os crimes cometidos por Othon, o juiz federal Marcelo Bretas considerou-o culpado por corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, evasão de divisas e embaraço à investigação. Para o magistrado, o militar, "portador como poucos de segredos de Estado num tema que sempre foi muito caro às maiores potências mundiais, abriu mão de sua honrada história de estudos e trabalhos à nação brasileira para obter vantagens indevidas, agindo com desprezo pela instituição que o acolheu com honras de chefe máximo."

Othon recorreu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Nega as acusações e disse que o dinheiro recebido de empreiteiras financiaria projeto de turbinas para gerar energia a partir de pequenas quedas d'água.

Mestrado em Engenharia Nuclear pelo MIT

Em 1974, o ministro da Marinha, Geraldo Henning, estava fascinado pela tecnologia nuclear. Recém chegado de um viagem da Bahia ao Rio em um submarino atômico americano, relatou a experiência ao almirante Eddy Espellet. O interlocutor revelou que havia designado um capitão-de-corveta para acompanhar, no Reino Unido, a construção de submarinos Tonelero. Sugeriu então enviar o jovem Othon Luiz Pinheiro da Silva, em quem enxergava "liderança, iniciativa e entusiasmo", para estudar o tema nos Estados Unidos.

Ao retornar, quatro anos depois, Othon lustrava o currículo com mestrado em Engenharia Nuclear pelo prestigiado Massachusetts Institute of Technology (MIT). Mas a Marinha não sabia o que fazer com ele. Na semana seguinte ao desembarque, foi levado à sala do diretor-geral de Material da Marinha, almirante Maximiano da Fonseca.

— Você, que cursou esse negócio, quais as nossas chances de ter uma produção nuclear aqui no Brasil? — perguntou o oficial.

Líder de pesquisas militares, Othon geria contas secretas do governo

Othon pediu três meses para produzir um relatório. Findo o prazo, entregou um calhamaço no qual sugeria a criação de um programa para dominar o ciclo do combustível nuclear — tema de sua dissertação de mestrado no MIT — e a propulsão atômica de submarinos. A apresentação selou seu destino. Pelas duas décadas seguintes, presidiu diversos órgãos militares e civis, sempre dirigindo todas as pesquisas nucleares do governo.

— O papel do vice-almirante Othon é central no programa brasileiro de enriquecimento de urânio com ultracentrífugas. Criou novos materiais, geometrias, a divisão de cada componente. É uma tecnologia conhecida, faz parte do inconsciente coletivo científico. Mas há diferença entre saber que é possível fazer e efetivamente fazer. Ele fez — diz o pesquisador da USP Alexandre Ramos, pós-doutor pela Stony Brook University, de Nova York e autor de estudos de fissão-fusão nuclear.

Cortejado por cientistas, Othon viveu trajetória de thriller de espionagem. De 1983 a 1986, administrou uma das quatro contas secretas mantidas pelo governo para custear o programa nuclear. Para proteger o dinheiro da inflação, tinha aval do próprio presidente João Figueiredo para investir no overnight — aplicação renovada diariamente — e garantir correção monetária. A existência das contas foi revelada pela jornalista Tânia Malheiros, autora do livro Histórias Secretas do Brasil Nuclear. Segundo Tânia, a conta denominada Delta IV era usada por Othon para "pagamentos suplementares, espécie de caixa 2 do pessoal da máxima confiança da Marinha".

Nos anos 1990, Othon se valeu da Guerra do Golfo para obter equipamento fundamental a suas pretensões. O Iraque havia encomendado à Alemanha uma máquina de última geração para produzir ultracentrífugas de fibra de carbono. Com a invasão do Kuweit pelos iraquianos, a entrega foi cancelada, e Othon convenceu um técnico alemão a vender a tecnologia. Em 1996, dois dias após o lançamento do livro de Tânia, Karl-Einz Schaab foi detido pela Polícia Federal porque havia mandado de prisão contra ele expedido pelo Supremo Tribunal Federal a pedido do governo alemão.

Expedientes heterodoxos levaram à aposentadoria a contragosto

Apesar dos avanços científicos, os métodos do vice-almirante incomodavam a Marinha. Sem autorização dos superiores, em 1993 ele contratou duas empresas chefiadas por oficiais da ativa e da reserva que colocaram mais de 400 pessoas trabalhando em projetos especiais da corporação.

Logo após a contratação, desconfiou que estava sendo monitorado por um casal que vivia rondando sua casa, em São Paulo. Não teve dúvidas. Dirigiu-se ao carro onde a dupla estava e colocou uma pistola na cabeça do motorista. Eram o cabo Marcelo Ferreira Miranda e a segundo-sargento Kátia de Assis Guimarães, que investigavam Othon por ordem do Centro de Inteligência da Marinha.

Na mesma época, o oficial esteve na mira do serviço secreto americano. Morava no apartamento 191 de um prédio no bairro dos Jardins. Logo abaixo, no número 181, vivia Ray H. Allard, oficialmente um agente de informações do consulado dos Estados Unidos na cidade. Relatório confidencial da Marinha diz que Allard desocupou o imóvel em 26 de julho de 1994. "Seu retorno pode ter objetivo de eliminar provas do constrangimento que causou" a Othon, diz o documento.

Havia intrigas demais na caserna, e o vice-almirante acabou retirado de cena. Ganhou do presidente Itamar Franco a Grã Cruz da Ordem do Mérito Científico Nacional e foi mandado para casa pelo ministro da Marinha, Ivan Serpa. Na reserva a contragosto, escondeu centenas de documentos, entre os quais contratos, detalhamento de despesas e planilha na qual contabiliza ter gasto US$ 668 milhões no período em que liderou o programa nuclear.

Revoltado com o expurgo revestido de homenagem, prestou concurso para retornar à Comissão Nacional de Energia Nuclear. Tirou primeiro lugar, mas jamais foi nomeado. Othon só voltaria a ter destaque no programa nuclear brasileiro com o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a Eletronuclear em 2005. Hoje cumpre pena em uma base da Marinha em Duque de Caxias.

 
 

Othon apresenta currículo respeitável
Formação acadêmica
— 1960 — Oficial de Marinha do Corpo da Armada
— 1966 — Engenharia Naval. Cursou simultaneamente as especialidades de Arquitetura Naval e Máquinas
— 1978 — Mestrado em Engenharia Mecânica pelo MIT
Atuação profissional
— Atingiu o posto de vice-almirante no corpo de engenheiros e técnicos navais, o mais alto posto da carreira naval para oficiais engenheiros.

— Fundador e responsável pelo programa de desenvolvimento do ciclo do combustível nuclear e da propulsão nuclear para submarinos de 1979 a 1994.

— Autor do projeto de concepção de ultracentrífugas para enriquecimento de urânio.

— De 1982 a 1984 foi diretor de pesquisas de reatores do Ipen.

— Autor do projeto de concepção da instalação de propulsão nuclear para submarinos brasileiros e do reator de teste, protótipo de terra dessa instalação.

— Coordenador de projeto e desenvolvimento dos laboratórios de grande porte, necessários à validação experimental de equipamentos e componentes do sistema de propulsão nuclear para submarinos, assim como projeto e desenvolvimento desses equipamentos e componentes e sua fabricação na indústria brasileira.

— Diretor-presidente da Eletrobras Eletronuclear.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

FMA IA 63 Pampa, um possível competidor argentino para o nosso Super Tucano?

JDAM - Como transformar uma bomba burra num projétil de incrível precisão

Guerra Cibernética, o Brasil está preparado?

Hwasong-14, o primeiro ICBM da Coreia do Norte

EUA realizam exercícios de mísseis em resposta ao lançamento da Coreia do Norte

Washington e Seul realizaram exercicios militares conjuntos de disparos de mísseis nas águas territoriais da Coreia do Sul no Mar do Japão, em resposta ao último lançamento de mísseis da Coreia do Norte. A informação foi divulgada pelos Soldados das Forças dos Estados Unidos na Coreia (USFK) em um comunicado na quarta-feira.

"Os militares do oitavo Exército dos EUA e da República da Coreia conduziram um exercícios combinados de resposta às ações desestabilizadoras e ilegais de 4 de julho. Estes exercícios utilizaram o Sistema de Míssil Tático do Exército (ATACMS) e o míssil balístico Hyunmoo 2 da República da Coreia, disparando mísseis no território marítimo da Coreia do Sul", diz o comunicado.  
A Coreia do Norte anunciou nesta terça-feira o lançamento bem sucedido do seu primeiro míssil balístico intercontinental. ​O míssil Hwasong-14 voou 933 km e atingiu a altitude de 2802 km.
No início do dia, a missão dos Estados Unidos nas Nações Unidas disse que a reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU sobre as ações da Coreia do Norte ocorrerá na quarta-feira por iniciativa dos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão.

terça-feira, 4 de julho de 2017

Venda de armas ao Brasil: uma história com mais furos do que queijo suíço

Reportagem do jornal "O Estado de S.Paulo" põe por terra a famosa neutralidade da Suíça. O jornal teve acesso a documentos do governo suíço, mostrando que o país autorizou diversas empresas do país a vender armamentos ao Brasil durante o regime militar nos anos 70, apesar das denúncias de tortura, assassinatos e repressão contra movimentos sociais.

Companhias suíças como a Crypto,  Oerlikon-Buhrle e Mowag embarcaram para cá uma série de itens como baterias antiaéreas, sistema de criptografia, granadas e peças para blindados. Essas compras aumentaram depois que o então presidente americano Jimmy Carter rompeu o acordo militar que havia entre Estados Unidos e Brasil, suspendendo assim a venda de armamento e a assessoria militar dos americanos.
Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, Nelson Düring, jornalista e editor do DefesaNet, uma das maiores referências no Brasil sobre indústria bélica, lembra que a Suíça tinha um sistema de canhões de defesa antiaérea de 35 milímetros que o Exército comprou, adquirindo cerca de 30 sistemas para formar três ou quatro grupos de defesa antiaérea que serviam para proteção das refinaria da Petrobras.
Eles mencionam a Crypto como fornecedora de armamento, mas ela é fornecedora de equipamentos de criptografia para a Marinha e talvez até a Marinha tenha comprando para o Itamaraty. A Suíça sempre foi uma fornecedora de equipamento de alta tecnologia, e essas empresas desenvolveram equipamentos militares de ponta e venderam." 
O especialista lembra que muitos países que vendem armamentos têm internamente alguns conflitos de ética, como Suíça e Suécia que podem vender seus equipamentos para um país cliente, que cumpre com todos os requisitos de confiabilidade, e que, em determinado intervalo de tempo, tenham alterado essa realidade em função de troca de governo. Por isso, During diz que há sempre um risco, na área de defesa, nesse tipo de transação, como acontece com frequência em países da África e do Oriente Médio, por exemplo. "De repente você não sabe nem onde o esquipamento está. Isso aconteceu muito com os sistemas de mísseis que geram um problema enorme para quem vendeu."
During lembra que a Suíça já foi um país importante em termos de tecnologia militar. Hoje ela tem repassado algumas empresas para controle alemão. Na própria Suíça, ela produziu carros de combate. As armas portáteis, o equipamento para o exército são produzidos na Suíça.
"A Glock, por exemplo, é uma empresa suíça. Eles procuram estar ativos no mercado de armamentos. Aquelas montanhas ajudam a preservar o terreno, mas eles têm uma força aérea um exército bastante efetivos, sabem que ser neutros não significa não terem forças armadas. Em alguns momentos patrulhas aéreas são feitas nas fronteira da França e da Itália", observa o especialista.
O editor do DefesaNet lembra que no mercado de armamentos é comum que o comprador assine um termo de "usuário final", pelo qual se compromete a ser o proprietário e se responsabilizar pela guarda do equipamento e não repassá-lo a terceiros. Esse repasse é uma penalidade bastante grave, independentemente ser país aliado ou não. During garante que todos os equipamentos citados pela reportagem do "Estadão"eram de fabricação suíça, não tendo havido repasse ao Brasil de armas fabricadas por outros países.
"São canhões antiaéreos da Oerlikon-Buhrle, que hoje estão desativados por que o Exército não sabe o que vai fazer: se vai modernizá-los ou desativá-los. Eles eram usados aqui em três grupos de artilharia antiaérea. Era uma questão mais estratégica (não ligada à ameaça terrorista), porque o Brasil não tinha um sistema de mísseis e a nossa força aérea tinha muita limitação. Mais ou menos nesse período, de 1975 a 1978, foram feitas várias compras na Inglaterra, na Suíça e nos Estados Unidos. Nesse período também houve um incentivo à indústria de defesa no Brasil, que teve um bom sucesso nos anos 80 com a Engesa, Embraer e a Avibrás, empresas que foram uma resposta a esse embargo americano", diz During, negando que tenha havido, à época, transferência de tecnologia nessas transações.