A vida na superfície de Marte não pode existir devido a uma aliança incomum de dois "inimigos" da vida – a luz ultravioleta e elementos tóxicos. Mas o mais importante é que eles precisam de apenas 60 segundos para destruir qualquer micróbio, revela a investigação publicada no jornal Scientific Reports.
Levando em consideração essa descoberta, os cientistas Jennifer Wadsworth e Charles Cockell da Universidade de Edimburgo (Escócia) chegaram à conclusão que "a superfície de Marte se tornou ainda menos favorável para vida do que antes imaginávamos".
Em novembro de 2012, o diretor da missão Curiosity, John Grotzinge, declarou sobre "descoberta memorável", feita em Marte. Mas duas semanas depois, quando a declaração já era muito popular e já tinha provocado diversos rumores fantásticos, os planetológos da NASA revelaram que a descoberta se trata de percloratos — moléculas orgânicas primitivas no solo do Planeta Vermelho.
Assim, todas as esperanças de encontrar os primeiros traços de vida extraterrestre foram destruídas.
No jornal Scientific Reports, os cientistas explicam que quando a luz ultravioleta e percloratos se interagem, matam quaisquer micróbios. Por isso a vida não pode existir nem na superfície do planeta, nem no solo. Então, caso haja, é possível encontrar traços de vida somente em camadas profundas do solo, onde não penetre luz ultravioleta.
Além disso, a descoberta de percloratos significa que águas subterrâneas do planeta são compostas por substâncias tóxicas, excluindo, assim, a possibilidade de nascimento de qualquer organismo vivo nelas.Para provar tudo em prática, os cientistas criaram um solo totalmente semelhante ao de Marte e revelaram que micróbios podem se adaptar aos percloratos e mesmo existir juntos durante um período longo. Mas, quando adicionada luz vermelha, os micróbios desaparecem em 50 a 60 segundos.Os cientistas confirmaram que, em tais condições, a vida não pode existir, e se buscar quaisquer traços da vida passada em Marte, é melhor investigar lugares muito profundos.
No entanto, para aqueles que planejam se mudar para Marte há uma notícia positiva. Essa descoberta significa também que os cientistas podem ficar despreocupados quanto à contaminação da superfície marciana com micróbios terrestres. Mesmo se "animaizinhos" conseguissem sobreviver à viagem da Terra para Marte, a luz vermelha e percloratos os destruiriam de imediato.
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