quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Por que o Mali interessa


O Estado de S.Paulo
Os ataques aéreos da França que começaram na sexta-feira impediram, pelo menos no momento, uma rede de terroristas, criminosos e extremistas de assumir o controle do Mali. Até os franceses intervirem, o quase colapso do Exército do Mali ameaçava transformar este país, que não tem saída para o mar e é desesperadamente pobre, numa fortaleza jihadista no deserto.
Os EUA, que gastaram mais de US$ 500 milhões nos últimos quatro anos para manter os militantes islamistas encurralados na África Ocidental, estão muito ocupados no Afeganistão, Paquistão, Egito e Líbia, entre outros lugares, mas não é do interesse nacional apoiar a França. Os países da África do Norte, em particular a Argélia, precisam também ajudar a salvar o Mali da catástrofe.
Este conflito não é similar a outras guerras africanas cujas consequências para o Ocidente eram apenas marginais. Os islamistas no Mali têm ligação com o grupo militante Boko Haram, da Nigéria, que explodiu os escritórios das Nações Unidas em Abuja, em 2011, e com o Ansar al-Shara, que seria o responsável pelos assassinatos em setembro passado do embaixador Christopher Stevens e mais três americanos em Benghazi, Líbia.
Os ataques da aviação francesa impediram os islamistas - incluindo a Al-Qaeda no Magreb Islâmico - subproduto do Movimento para a Unidade e Jihad na África Ocidental -, e o Ansar Dine, grupo de rebeldes tuaregues do norte - de tomar o aeroporto, o porto ribeirinho e marchar para Bamako, a capital. Mas os militantes estão se reorganizando e rearmando em sua fortaleza no deserto ao norte do país.
Os Estados Unidos não precisam enviar soldados para a região. Mas devem fornecer inteligência, equipamentos, treinamento e financiamento para uma força de intervenção africana ocidental cuja criação foi autorizada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em dezembro (sem financiamento). Os franceses não conseguirão sair rapidamente do Mali. Mesmo que aquela força seja reunida a França terá de orientar e coordenar as tropas de suas ex-colônias, como a Mauritânia, Níger e Chade.
A cooperação internacional tem sido eficaz contra o grupo Al-Shabab, afiliado da Al-Qaeda na Somália, e pode ter sucesso em Mali. Na Somália, as tropas americanas e empresas de segurança terceirizadas treinaram e equiparam os soldados da União Africana, incluindo os de Uganda e Burundi. Com um novo Exército somali, eles expulsaram no ano passado os terroristas de Mogadíscio e de grande parte do sul da Somália.
A chave para resgatar o Mali não está na África Ocidental, mas no Norte da África. Uma proposta feita, que seria a Nigéria liderar uma coalizão de forças da África Ocidental no Mali, tem poucas chances de sucesso. A Nigéria não tem a capacidade para combater uma guerra de guerrilha ou uma guerra urbana. Ela tem soldados cristãos de língua inglesa que podem exacerbar as tensões religiosas e étnicas no país e as tentativas violentas para refrear os terroristas do Boko Aram até agora fracassaram.
A Argélia é o único país no continente com capacidade militar, oficiais experimentados, experiência no campo do contraterrorismo e proximidade geográfica para assumir o lugar da França nesta luta para trazer a paz ao Mali. Os líderes militares argelinos conhecem as táticas dos extremistas e os seus líderes, derrotados numa guerra civil que durou de 1991 a 2002. Eles depois concentraram as operações terroristas no norte do Mali. A Argélia tem a responsabilidade moral de agir, mas se continuar inativa, então o Marrocos ou outro país norte-africano deve assumir a liderança, com o apoio de Níger, da Mauritânia, Mali e Chade que, como a Argélia, vem combatendo a Al-Qaeda no Magreb islâmico nos últimos oito anos.
A Argélia também é fundamental para acabar com a rebelião dos nômades tuaregues que, cultural, étnica e linguisticamente são norte-africanos e opõem resistência aos grupos étnicos subsaarianos que governam o Mali. Sua rebelião começou em 2011, quando combatentes tuaregues que lutaram na Líbia ao lado do coronel Muamar Kadafi retornaram ao seu país. Eles se juntaram aos militantes islamistas que foram da Argélia para o norte do Mali, mas depois os islamistas voltaram-se contra os tuaregues e consolidaram o poder.
A Argélia negociou a paz durante as rebeliões ao norte do Mali e pode fazer isso novamente. A chave para a paz no Mali é, primeiro, derrotar os insurgentes. Depois, Bamako deve negociar a autonomia para os nômades do norte que, juntamente com as forças de manutenção da paz africanas, ficarão responsáveis por sua defesa. O acordo poderia prever algo similar à Somalilândia, região ao norte da Somália, que realiza eleições democráticas, mantém a paz e se tornou praticamente um Estado soberano.
O Exército do Mali jamais controlou eficazmente a região norte do Rio Níger. Seus soldados temem os nômades guerreiros. Um chefe tribal disse-me uma vez: "Se você deseja controlar o Saara, terá de trabalhar conosco. Somos os senhores do deserto há milhares de anos e continuaremos a mandar aqui".
Anos de treinamento pelas forças especiais americanas não impediram que militares do Mali fugissem quando a insurgência islâmica começou em janeiro do ano passado. Na verdade, o Exército exacerbou o caos ao derrubar o governo democraticamente eleito do país.
Reconstituir um governo alquebrado e um Exército desacreditado de Mali levará anos, mas assegurar que o país não se torne rampa de lançamento para o terrorismo é a grande prioridade. A França começou a exercer a liderança; os Estados Unidos não podem titubear em fazer a sua parte. " / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO
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O sistema de mísseis terra-ar M-113 Chaparral serve no Exército português


Foram levados a cabo pelo Exército, ontem quinta-feira 8 de novembro de 2012, treinos de rotina com bateria de mísseis antiaéreos Chaparral na região de Leiria.
O treino consiste no lançamento de alvos, que emitindo uma fonte de calor, serão depois seguidos pelo míssil com sistema de busca por infra-vermelhos.
O sistema de mísseis terra-ar M-113 Chaparral serve no Exército português desde 1990, tendo como missão a defesa das suas unidades mecanizadas contra ameaças aéreas especializadas, quer sejam helicópteros, quer aviões de ataque ar-superfície.
O míssil MIM-72 é baseado no AIM-9 Sidewinder  em uso pelos F-16 da Força Aérea.

O disparo do míssil da bateria M-113
O MIM-72 Chaparral voa na direção do alvo
3...2...1....
Impacto!
O rebentamento deu-se por proximidade à fonte de calor do alvo
E a queda do alvo inutilizado
idem
O mergulho do alvo abatido nas águas do Atlântico

OrbiSat monitora usina via radar


Virgínia Silveira

A tecnologia de radar aerotransportado está sendo usada, pela primeira vez, no Brasil para fazer o monitoramento ambiental de uma hidrelétrica. A OrbiSat, empresa controlada pela Embraer Defesa e Segurança, foi contratada pela Santo Antônio Energia para vistoriar uma área de 2,8 mil quilômetros quadrados em torno da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, que está sendo construída no rio Madeira, a 7 quilômetros de Porto Velho (RO).
O contrato com a Santo Antônio prevê a produção de 144 mapas a um custo de R$ 1,2 milhão, disse o presidente da OrbiSat, Maurício Aveiro. A empresa disputou o contrato em uma concorrência internacional, da qual participaram fornecedores de tecnologias baseadas em satélites, aerofotogrametria, foto digital e laser.
A OrbiSat já realizou três voos. Cada qual gerou uma média de 12 mapas da região coberta pelo radar Saber M-60, desenvolvido com 100% de tecnologia nacional.
Instalado em um avião, o radar faz o mapeamento da área e capta informações sobre relevo, profundidade de rios e características da cobertura vegetal. Com esse monitoramento é possível comparar imagens e verificar se houve invasões, desmatamento ou construções clandestinas, além de gerar fotos e dados que poderão instrumentar eventuais ações na Justiça contra a empresa responsável pelo crime ambiental, disse Aveiro.
O radar opera sem limitação meteorológica, o que possibilita a captura de imagens mesmo se houver nuvens entre o avião e a região observada. Sob essas condições, segundo Aveiro, a base cartográfica gerada é mais fidedigna que outras criadas por meio de satélite e laser, por exemplo. Até a vegetação sobre a água, formada por algas e plantas aquáticas que podem se deslocar e entupir as turbinas da hidrelétrica, aparece nas imagens.
A tecnologia por radar foi utilizada recentemente pelo Exército para fazer o mapeamento de uma área de 1,2 milhão de metros quadrados na Amazônia, disse Aveiro.
A construção da usina, cuja operação plena está prevista para o fim de 2015, exigirá um investimento superior a R$ 16 bilhões. Atualmente, 9 das 44 turbinas previstas já estão em funcionamento, com capacidade para atender a uma demanda de 3 milhões de residências nos Estados de Rondônia e Acre, de acordo com o coordenador do programa de gestão sócio-patrimonial da Santo Antônio Energia, Ricardo Marques. Após a ativação de todas as turbinas será possível suprir o consumo de energia de 40 milhões de pessoas no país.
"No primeiro sobrevoo feito em setembro do ano passado, a OrbiSat conseguiu um resultado bem melhor que o esperado em termos da qualidade das imagens geradas e da quantidade de informações coletadas", afirmou Marques.
Segundo o executivo, o radar elimina dúvidas, pois permite identificar o abate individual de árvores ainda numa fase inicial. "Antes, só conseguíamos detectar o problema quando o caminhão já estava carregado com as madeiras", afirmou.
A Usina Santo Antônio fazia apenas a fiscalização do terreno por meio de levantamento de campo, antes de usar o radar. Entretanto, Marques disse que a nova tecnologia "foi a alternativa mais precisa e a que trouxe a melhor resposta e resolução para o controle da área do reservatório".
O monitoramento da área em torno do reservatório - um perímetro de 2,2 mil quilômetros e um espelho d"água de 54 mil quilômetros - é considerado importante devido à existência de uma forte pressão urbana e rural na região, que abriga um assentamento de 800 famílias em condições precárias, segundo o executivo.
No histórico de operação das barragens, disse Marques, a questão ambiental e patrimonial está repleta de problemas relacionados à ocupação irregular, invasões e uso indevido de áreas. "A partir de 2006, o governo passou a exigir uma gestão mais rigorosa dos projetos", afirmou ele.
VALOR ECONOMICO..SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Brasil: conflito na Guiné-Bissau é um dos maiores desafios do Atlântico-sul


O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, admitiu hoje (terça-feira), durante o encontro ministerial de países do atlântico-sul, que a situação na Guiné-Bissau figura entre os maiores desafios da região.

"A crise vivida hoje por esse país do atlântico sul é exemplo de uma situação com implicações sérias sobre o espaço do Atlântico Sul e à qual não podemos ficar indiferentes", afirmou o ministro brasileiro durante um discurso na reunião ministerial da Zopacas (Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul), em Montevideu, no Uruguai.
Patriota citou o conflito como "muito próximo do Brasil", devido função dos laços culturais e históricos que unem os dois países, e ressaltou que o Governo brasileiro tem procurado fazer o possível para a "superação" da situação gerada com o golpe de Estado de Abril do ano passado.
O ministro brasileiro admitiu, no entanto, que os esforços realizados pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, em conjunto com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a União Africana e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), não têm obtido resultados satisfatórios.
"Temos de reconhecer que, até ao momento, a coordenação entre os actores internacionais não tem conseguido construir caminho satisfatório e consensual para o encaminhamento da questão, e que isso prejudica a própria Guiné-Bissau", reforçou.
O ministro apelou para que todos os países envolvidos na questão "tomem por parâmetro" as decisões do Conselho de Segurança e defendeu a actuação dos membros da CPLP na busca de uma "convergência" para a normalização da situação e volta da estabilidade.
"Espero que, num futuro não tão distante, a Guiné-Bissau possa somar-se aos trabalhos da nossa Zona de Paz e Cooperação", concluiu Patriota, que também citou como desafios o maior desenvolvimento económico e social da região.
A Zona de Paz e Cooperação no Atlântico Sul (Zopacas) foi criada por iniciativa brasileira em 1986, e integra, ao todo, 24 países, incluindo a maior parte dos africanos lusófonos, entre eles Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.
A reunião a nível ministerial, que decorre entre hoje e quarta-feira, pretende traçar um plano de acção conjunto visando o fortalecimento das relações e do intercâmbio comercial entre os membros, bem como acções voltadas para o desenvolvimento, segurança e manutenção da paz na área.
O Atlântico Sul representa a principal rota marítima do comércio do Brasil, por onde passam 95 por cento das exportações e importações brasileiras.
VOZ DA RUSSIA SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Mali: as forças terrestres francesas em combate directo "nas próximas horas"


Forças terrestres francesas envolvidas em Mali "já estão até o norte " do país, anunciou quarta-feira, janeiro 16 da manhã, o ministro da Defesa , Jean-Yves Le Drian em RTL. O Chefe de Gabinete do braço ed, o almirante Edouard Guillaud,afirmou à rádio Europe 1 que as tropas seriam em combate direto "nas próximas horas".

Até agora, os soldados franceses foram mobilizados, principalmente na capital, Bamako. Trinta franceses veículos blindados foram vistos na tarde de terça-feira, quando estavam saindo do aeroporto de Bamako, onde foram baseadas, viajando norte.

De acordo com várias testemunhas, centenas de soldados do Mali e francêsestavam viajando tarde de terça-feira a Diabali, uma cidade no oeste do Mali, tomada ontem por islâmicos armados e bombardeada durante a noite pela Força Aérea Francesa .
O almirante Edouard Guillaud observou que as forças francesas estavam enfrentando "um conflito de guerrilha" , no qual eles estão acostumados. Ele afirma que a Força Aérea Francesa destruiu os últimos seis dias, "alvos fixos ou seja, campos de treinamento, depósitos de logística, centros de comando, por exemplo, como Douentza ou Gao ".

Segundo o Sr. Le Drian, a cidade de Gao tem sido alvo, a fim de enfraquecer os jihadistas concentradas no oeste do país, a área mais "difícil" de acordo com o ministro, onde o exército vai enfrentar "mais do que uma mil - 1200, 1300 - de terroristas, talvez com reforços amanhã (...) ".
Mas há meses que ocupam o norte e esperar uma intervenção militar estrangeira, os caças da coalizão se reuniram em torno de Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI ) tiveram tempo para se preparar para uma guerra de movimento e esquivar, para enterrar depósitos de combustível na área vasto deserto onde eles se espalharam, atualmente, constituem estocar fora das grandes cidades.

O almirante Guillaud quarta-feira também confirmou que os jihadistas "tinha recuperado blindado com forças do Mali, que destruiu parte ontem à noite" .
França enviou 800 soldados desde o início da intervenção militar, sexta-feira, 11 de janeiro e este dispositivo deve ser progressivamente aumentada para 502.000 homens.
Em Paris , o presidente da UMP , Jean-François Cope, expressou na quarta-feira de manhã, um "forte preocupação" por causa da "solidão da França" no Mali, reafirmando o seu apoio à intervenção do governo. 
.lemonde.fr SEGURANÇA NACIONAL BLOG


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Agência Espacial da Rússia anunciou planos para próximos oito anos


Em oito anos, a quota-parte da Rússia no mercado de lançamentos espaciais deve crescer de 10 para 16 por cento.

Para garanti-lo, o ramo deve duplicar o volume de produção, diz-se no recentemente publicado Programa de Estado de Desenvolvimento de Atividade Espacial para 2013-2020. O documento foi elaborado após uma série de duros reveses, inclusive a perda da sonda Phobos-Grunt e de vários satélites.
A garantia do acesso da Rússia ao espaço e o desenvolvimento da indústria e de equipamentos espaciais são principais prioridades do programa. Está previsto, em particular, desenvolver um sistema espacial pesado Angara 5A, cujos lançamentos serão efetuados a partir da base especial Vostotchni. As existentes bases Plessetsk e Baikonur serão modernizadas.
Está previsto também aumentar o número de módulos russos na Estação Espacial Internacional (EEI) de cinco para sete em 2018. Coloca-se uma tarefa de melhorar em quatro vezes a precisão de determinação de coordenadas do sistema GLONASS, para 0,6 metros. Tais resultados podem ser alcançados à conta de lançamentos de satélites de última geração, introduzindo no ramo uma base eletrônica sofisticada.
Na área das pesquisas científicas, está previsto lançar três satélites-observatórios e desdobrar um programa de estudo da Lua com a ajuda de sondas de pouso Luna Glob e Luna Rekurs, assim como desenvolvendo uma missão de transporte de amostras de solo lunar para a Terra.
O programa prevê, ainda, desenvolver tecnologias de voos interplanetários, de atividade humana na superfície da Lua e de criação de um sistema de transportes para 2020, capaz de assegurar os voos tripulados para a Lua. Tal não significa que em 2020 os russos irão visitar a Lua. Está previsto desenvolver nomeadamente os respectivos meios técnicos, enquanto o próprio voo terá lugar após 2020.
Destaque-se que um voo para a Lua e um pouso em sua superfície são tarefas técnicas diferentes. A possibilidade de tais voos foi prevista inicialmente nos foguetes lendários Soyuz, aponta Yuri Karach, membro-correspondente da Academia de Cosmonáutica da Rússia:
“Não se pode, por exemplo, lançar um Soyuz TMA, preparado para um voo para a EEI, em direção à Lua. A nave deve ser sujeita a uma modificação, mas não é necessário um foguete de outro tipo. Em tempos, uns cinco anos atrás, a corporação espacial Energuia propunha até voos turísticos para a Lua a um preço de 100 milhões de dólares”.
Na opinião de Yuri Karach, preparando uma nave para voos para a Lua, é necessário desenvolver obrigatoriamente sistemas para o pouso em sua superfície. Caso contrário, seria simplesmente uma repetição do programa americano de 50 anos. A tripulação da Apollo 8 circundou a Lua ainda em 1968.
Por enquanto é desconhecido que missão poderá transportar mostras de solo lunar para a Terra. A Rússia tem tais planos, mas sua realização é prevista após 2020. As sondas Luna Glob e Luna Rekurs não são desenvolvidas para voltar à Terra, destaca o perito.
Entretanto, o programa é um documento-quadro e não é necessário descrever detalhadamente nele todas as missões e projetos científicos, disse à Voz da Rússia, Alexander Jelezniakov, chefe da Agência Espacial da Rússia. É necessário eliminar um desequilíbrio que surgiu entre as necessidades da Rússia em sistemas espaciais contemporâneas e o nível atual de seu desenvolvimento. O programa visa alcançar este objetivo
VOZ DA RUSSIA ..SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Korvette BRAUNSCHWEIG

PREDATOR C "Avenger" UAV

Com guerra cibernética, segurança ganha atenção

Os sofisticados ataques feitos a sites de bancos americanos nos últimos meses - e a suspeita de autoridades dos Estados Unidos de que eles tenham partido do Irã - reavivou o debate sobre a guerra cibernética e trouxe de volta uma pergunta inquietante: qual é, afinal, o grau de vulnerabilidade dos sistemas que controlam a infraestrutura crítica de um país, como os de abastecimento de energia e água, finanças, transportes, telecomunicações e operações militares?

Entre os especialistas, é consenso que o Brasil não está no centro de questões geopolíticas capazes de motivar ataques de ativistas hackers ou governos hostis, mas o tema entrou definitivamente no radar de instituições que vão do Banco Central ao Exército, além de empresas como Eletrobras e AES Eletropaulo.

"[Geopolítica] é o tipo de coisa que pode mudar e é bom estarmos prevenidos para não termos dificuldades no futuro", disse Marcelo Yared, chefe do departamento de tecnologia da informação (TI) do Banco Central.

Uma das medidas que vêm sendo adotadas por órgãos e companhias que administram sistemas críticos é isolar os softwares de controle de serviços públicos da infraestrutura de internet. Assim, o acesso aos programas fica preservado, mesmo que alguém consiga invadir a rede.

Foi isso o que fez o BC, no qual se encontram sistemas de controle essenciais, como de transferência de recursos financeiros e o de administração de reservas internacionais do país. O isolamento não garante segurança absoluta, mas fecha a principal porta usada para ataques virtuais, disse Yared.

A política de acesso às informações é outro ponto relevante. Os especialistas não cansam de repetir que o elo mais fraco na cadeia de segurança digital é humano. Tecnologias de controle sofisticadas podem ser comprometidas se os usuários forem displicentes, sem falar, claro, nos casos deliberados de roubo de informações ou espionagem. Definir quem pode acessar o quê e visualizar esse movimento ajuda a evitar riscos.

O BC fez uma revisão de seus procedimentos e adotou medidas para controlar o acesso de dispositivos móveis de armazenamento, como os pen drives, além de passar a monitorar todos os aparelhos que tentam se conectar à sua rede interna.

A dependência crescente dos sistemas informatizados estimulou a criação de grupos especializados nas Forças Armadas e no governo. Em agosto de 2010 entrou em funcionamento o Centro de Defesa Cibernética (CDCiber), criado pelo Exército para proteger sistemas fundamentais relacionados a operações militares, caso da artilharia anti aérea. "Nossos sistemas de comando e de defesa são altamente dependentes de redes de computadores", disse o general José Carlos dos Santos, comandante do CDCiber.

Esses sistemas já foram blindados, afirmou o general, mas o CDCiber também tem feito outros trabalhos, o que inclui alertar os responsáveis em outras instituições sobre os riscos que surgem com frequência na internet. Desde o surgimento do vírus Stuxnet, em 2010, outras ameaças semelhantes foram descobertas, como os vírus Duqu, Flame, Wiper e Gaus. Em comum, eles carregam o alto potencial de interromper e danificar serviços críticos, além de roubar informações confidenciais. É uma ameaça diferente dos vírus comuns, com os quais os criminosos virtuais tentam obter ganhos financeiros.

O general Santos já fez apresentações sobre o assunto na Casa da Moeda, na Petrobras e no Ministério de Minas e Energia. "É uma interação no sentido de conscientizar sobre a existência de ameaças", afirmou.

A avaliação no governo é que o nível de atenção aumentou nas áreas mais sujeitas a algum tipo de risco. "As próprias entidades estão conscientes e vem acompanhando a questão de perto", afirmou Rafael Mandarino, diretor do departamento de segurança da informação e comunicações do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI). Não há dados específicos sobre a incidência de ameaças desse tipo registradas no país.

O desafio para quem controla sistemas de automação relacionados a serviços essenciais é que eles não podem ser desligados de uma hora para outra ao sinal de algum problema, como acontece com sistemas de TI menos sensíveis. Fazer isso pode atingir milhares de usuários e ter repercussões indesejadas.

Responsável por quinze empresas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Eletrobras criou em 2009 um comitê de segurança da informação que reúne representantes de todas as companhias do grupo. A proposta é estabelecer diretrizes e políticas de proteção comuns a todas essas organizações. A rede de automação é um dos principais pontos de atenção. "Os equipamentos [nessa área] são muito específicos; não podemos substituir essas máquinas da mesma forma que trocamos os computadores de mesa. É outro planejamento", disse Fernando Spencer, especialista em segurança da Eletrobras.

A estratégia da Eletrobras envolve o contato mínimo dos sistemas de automação com os ambientes de TI, além do investimento em camadas adicionais de proteção nos equipamentos e softwares de automação. Para Spencer, essas camadas compensam a eventual defasagem dos sistemas de automação. "Se a porta de casa não é segura, mas eu tenho guarda, cerca elétrica, câmeras de vigilância etc, dificilmente serei assaltado", disse o especialista.

Para a AES Eletropaulo - responsável pelo fornecimento de energia elétrica em 24 cidades do Estado de São Paulo, incluindo a capital - a experiência global de sua empresa-mãe, a AES, tem sido fundamental para estabelecer as políticas de segurança digital no Brasil. A AES avalia o nível de automação das estruturas e a exposição geopolítica de todos os países onde tem operação. No Brasil, nenhum dos aspectos foi considerado preocupante até agora, disse Gustavo Pimenta, vice-presidente de desempenho e serviços da AES Eletropaulo. Apesar disso, a companhia tem dedicado atenção ao assunto: "É um tipo de ataque que está no nosso radar", afirmou o executivo.
VALOR,,SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Armée Française au Mali . Opération SERVAL . 12 janvier 2013

Les Rafales s'envolent vers le Mali. Opération SERVAL . 13 janvier 2013

Islamitas tomam mais uma cidade no Mali


AE - Agência Estado
BAMAKO - O ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, disse nesta segunda-feira, 14, que insurgentes islamitas tomaram a pequena cidade de Diabali, na parte norte do país. Já o diário francês Le Monde afirmou que a França aumentará seu contingente de tropas no país da África Ocidental, de 500 para 2.500 soldados. Segundo o jornal, os soldados franceses ficarão estacionados na capital do Mali, Bamako, e na cidade nortista de Mopti.Os militares franceses começaram a intervenção no Mali na semana passada, após um pedido feito pelo presidente malinês Dioncounda Traore, para frear uma ofensiva militar dos islamitas que controlam a parte norte do país africano e avançam em direção ao centro.
Le Drian disse que os insurgentes "tomaram Diabali, uma pequena cidade, após um duro combate e uma resistência tenaz dos soldados do Mali, que no entanto estavam pouco equipados no momento". Segundo ele, após a aviação francesa bombardear posições dos insurgentes no final de semana, os islamitas avançaram para a região oeste do fronte, perto da fronteira com a Mauritânia. Le Drian disse que os combates não serão fáceis. Os islamitas estão "armados até os dentes, muito determinados e bem organizados."
Já os rebeldes tuaregues que combatem no norte do Mali, na parte controlada pelos islamitas, afirmaram nesta segunda-feira que estão "prontos" a lutar contra os fundamentalistas religiosos. A declaração partiu de um chefe combatente tuaregue e foi dada à agência France Presse (AFP).
Os tuaregues, inicialmente, começaram a luta para obter a independência da parte norte do país, o Azawad. Algumas tribos se aliaram aos islamitas, mas outras lutam contra os fundamentalistas. "Estamos prontos a ajudar os franceses, já estamos envolvidos na luta contra o terrorismo", disse Moussa Ag Assarid, oficial do Movimento de Libertação Nacional do Azawad.
Também nesta segunda-feira, a Embaixada da França no Mali enviou um e-mail ordenando a imediata retirada de todos os cidadãos franceses que vivem na cidade de Segou. A ordem de retirada foi confirmada pela dona de um hotel em Segou. Segundo ela, os franceses começaram a ir embora hoje, após a queda da cidade de Diabali. Com o avanço, os islamitas agora estão a 80 quilômetros de Segou e a apenas 400 quilômetros da capital do Mali, Bamako.
As informações são da Associated Press e da Dow Jones
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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Islamitas do Mali contra-atacam e ameaçam a França com represálias


Os islamitas retomaram a ofensiva no Mali ao atacar e dominar nesta segunda-feira uma cidade 400 km ao norte de Bamako e ameaçaram atingir o coração da França, que bombardeia há quatro dias suas colunas e posições, provocando duras perdas.
O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir na tarde desta segunda-feira, a pedido da França, que deseja informar a seus aliados sobre a situação no país africano e sobre sua intervenção militar.
"Os islamitas atacaram hoje (segunda-feira) a localidade de Diabali (centro). Vieram da fronteira mauritana, onde foram bombardeados pelo exército francês", declarou à AFP uma fonte dos serviços de segurança do Mali.
O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, reconheceu nesta segunda-feira que embora os islamitas estejam em retirada na frente leste, continua havendo um ponto difícil no oeste, onde encontra-se Diabali.
A França confirmou as primeiras informações de testemunhas de que Diabali havia caído em mãos dos jihadistas.
A aviação francesa bombardeou pela primeira vez no domingo posições islamitas no norte do país, em pleno território jihadista, atacando campos de treinamento e depósitos logísticos.
"A França atacou o islã. Em nome de Alá, vamos atingir o coração da França. Em toda parte. Em Bamako, na África, na Europa", declarou à AFP Abu Dardar, um dos líderes do Mujao (Movimento para a Unidade e a Jihad na África Ocidental) no norte do Mali.
Outro chefe do Mujao disse a uma rádio francesa que, com a sua intervenção militar, a França havia aberto as portas do inferno e caído em uma armadilha "muito mais perigosa que Iraque, Afeganistão ou Somália".
A França se proclamou "em guerra contra o terrorismo" no Mali, segundo a expressão do ministro Le Drian, e deteve o avanço em direção ao sul do país dos grupos armados islamitas que há nove meses controlam o norte do Mali, a Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI), o Ansar Dine (Defensores do Islã) e o Mujao.
Jihadistas 'no paraíso'
Um porta-voz do Ansar Dine se recusou a fornecer um balanço dos bombardeios franceses, limitando-se a afirmar que "todos os mujahedines mortos foram ao paraíso".Mais de 60 jihadistas morreram no domingo na cidade de Gao e em sua periferia devido aos intensos bombardeios das forças francesas nesta cidade do norte do Mali, declararam nesta segunda-feira habitantes e autoridades dos serviços de segurança.
Gao, Kidal e a histórica Timbuctu são as três principais cidades do norte do Mali - uma região majoritariamente desértica - que estão em mãos dos islamitas há nove meses.
Em Timbuctu, os islamitas realizaram nos últimos meses apedrejamentos e amputações.
Bloquear o avanço "dos terroristas, nós já fizemos. O que começamos agora é a ocupar as bases de retaguarda terroristas", explicou no domingo o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, que considera que a intervenção francesa na linha de frente será "questão de semanas".
Mas as famílias de sete reféns franceses em mãos de grupos islamitas no Sahel temem que a intervenção francesa coloque em perigo a vida dos cativos.
Por sua vez, os primeiros voos de aviões de transporte militar britânicos para apoiar a operação das Forças Armadas francesas no Mali começarão nesta segunda-feira a partir de uma base do noroeste da França, informou a Força Aérea francesa.
A Grã-Bretanha anunciou no sábado que forneceria ajuda logística à intervenção francesa, mas que não mobilizaria tropas em situação de combate.
A Alemanha anunciou nesta segunda-feira que iria estudar um possível apoio logístico, médico ou humanitário à intervenção francesa no Mali, que recebe um amplo apoio internacional, embora a China seja mais reticente.
Também se aceleram os preparativos para a mobilização de uma força de países do oeste africano, com o aval da ONU, para desalojar os grupos vinculados à Al-Qaeda.
Os primeiros elementos das tropas dos países da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) já estão prontos e serão dirigidos por um general nigeriano, Shehu Abdulkadir.
A Nigéria enviará 600 homens. Níger, Burkina Faso, Togo e Senegal também anunciaram um envio de 500 homens cada um, enquanto Benin fornecerá 300
(AFP)SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Chefe do Exército da Índia aumenta ameaça de retaliação sobre Paquistão


SANJEEV MIGLANI - Reuters
O chefe do Exército da Índia ampliou a ameaça de retaliação contra o Paquistão pelo assassinato de dois soldados na Caxemira, dizendo que pediu a seus comandantes no terreno para serem agressivos em face de provocação.
Os comentários duros do general Bikram Singh, nesta segunda-feira, acontecem em meio à crescente indignação popular pela suposta decapitação de um dos soldados mortos e parecem ter o intuito de aumentar ainda mais a tensão com o Paquistão, embora analistas afirmem que um colapso nas relações é altamente improvável.
O Paquistão acusa a Índia pela mais recente crise nas relações.
Os dois países já travaram três guerras, duas pela Caxemira, desde a independência em 1947 e agora possuem armas nucleares.
Descrevendo a decapitação do soldado como "horrível", Singh disse em entrevista coletiva: "Nós nos reservamos ao direito de retaliar em um momento e lugar de nossa escolha".
Os combates da semana passada foram o pior incidente de violência na Caxemira, região do Himalaia que ambas as nações reivindicam, desde que os dois lados concordaram com um cessar-fogo há nove anos.
Ambos os Exércitos perderam dois soldados cada nos confrontos em trechos da linha de cessar-fogo de 740 quilômetros este mês. A cabeça de um dos soldados foi cortada, segundo o governo indiano, inflamando os ânimos no país e levando a família do soldado a iniciar uma greve de fome exigindo que seu corpo seja trazido de volta.
"O ataque em 8 de janeiro foi premeditado, uma atividade pré-planejada. Tal operação exige planejamento, reconhecimento detalhado", disse Singh.
As observações vieram horas antes de comandantes locais se encontrarem em um ponto de passagem na linha de cessar-fogo, pela primeira vez desde o início dos combates, para tentar reduzir as tensões. Não houve informações imediatas sobre o que aconteceu na reunião.
Singh disse que o Exército indiano honraria o cessar-fogo na Caxemira, desde que o Paquistão fizesse o mesmo, mas iria responder imediatamente a qualquer violação da trégua.
"Espero que todos os meus comandantes na linha de controle sejam agressivos e ofensivos em face de provocação e fogo", declarou.
O Paquistão chamou as alegações indianas de propaganda e culpou o país por violações na linha de cessar-fogo.
O cessar-fogo na Caxemira entrou em vigor em novembro de 2003, sobrevivendo até mesmo à crise nas relações após os ataques a Mumbai em novembro de 2008 por um grupo militante baseado no Paquistão. 
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Tempestades magnéticas atingirão a Terra em 2013


A Terra passará por cerca de uma dezena de fortes tempestades magnéticas em 2013, segundo previsões do Ministério de Situações de Emergência da Rússia.

Este ano serão registradas de 30 a 40 tempestades geomagnéticas. Dentre elas, de 5 a 10 serão bastante intensas. No ano passado, o planeta passou por 30 destes eventos, sendo cinco consideradas fortes.
O fenômeno é um distúrbio que ocorre quando o campo magnético e a atmosfera da Terra são atingidos pelos fluxos de radiação provenientes das erupções solares. Ocasionalmente, quando rajadas de vento solar alcançam o planeta, as ondas radioativas se chocam com a magnetosfera, alterando a direção e a intensidade do campo magnético terrestre.
Em casos extremos, as tempestades geomagnéticas podem causar queda de energia elétrica, interferência no funcionamento dos satélites de comunicação e nos instrumentos de navegação e ainda podem provocar efeitos imprevisíveis sobre o clima global.
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