Em oito anos, a quota-parte da Rússia no mercado de lançamentos espaciais deve crescer de 10 para 16 por cento.
Para garanti-lo, o ramo deve duplicar o volume de produção, diz-se no recentemente publicado Programa de Estado de Desenvolvimento de Atividade Espacial para 2013-2020. O documento foi elaborado após uma série de duros reveses, inclusive a perda da sonda Phobos-Grunt e de vários satélites.
A garantia do acesso da Rússia ao espaço e o desenvolvimento da indústria e de equipamentos espaciais são principais prioridades do programa. Está previsto, em particular, desenvolver um sistema espacial pesado Angara 5A, cujos lançamentos serão efetuados a partir da base especial Vostotchni. As existentes bases Plessetsk e Baikonur serão modernizadas.
Está previsto também aumentar o número de módulos russos na Estação Espacial Internacional (EEI) de cinco para sete em 2018. Coloca-se uma tarefa de melhorar em quatro vezes a precisão de determinação de coordenadas do sistema GLONASS, para 0,6 metros. Tais resultados podem ser alcançados à conta de lançamentos de satélites de última geração, introduzindo no ramo uma base eletrônica sofisticada.
Na área das pesquisas científicas, está previsto lançar três satélites-observatórios e desdobrar um programa de estudo da Lua com a ajuda de sondas de pouso Luna Glob e Luna Rekurs, assim como desenvolvendo uma missão de transporte de amostras de solo lunar para a Terra.
O programa prevê, ainda, desenvolver tecnologias de voos interplanetários, de atividade humana na superfície da Lua e de criação de um sistema de transportes para 2020, capaz de assegurar os voos tripulados para a Lua. Tal não significa que em 2020 os russos irão visitar a Lua. Está previsto desenvolver nomeadamente os respectivos meios técnicos, enquanto o próprio voo terá lugar após 2020.
Destaque-se que um voo para a Lua e um pouso em sua superfície são tarefas técnicas diferentes. A possibilidade de tais voos foi prevista inicialmente nos foguetes lendários Soyuz, aponta Yuri Karach, membro-correspondente da Academia de Cosmonáutica da Rússia:
“Não se pode, por exemplo, lançar um Soyuz TMA, preparado para um voo para a EEI, em direção à Lua. A nave deve ser sujeita a uma modificação, mas não é necessário um foguete de outro tipo. Em tempos, uns cinco anos atrás, a corporação espacial Energuia propunha até voos turísticos para a Lua a um preço de 100 milhões de dólares”.
Na opinião de Yuri Karach, preparando uma nave para voos para a Lua, é necessário desenvolver obrigatoriamente sistemas para o pouso em sua superfície. Caso contrário, seria simplesmente uma repetição do programa americano de 50 anos. A tripulação da Apollo 8 circundou a Lua ainda em 1968.
Por enquanto é desconhecido que missão poderá transportar mostras de solo lunar para a Terra. A Rússia tem tais planos, mas sua realização é prevista após 2020. As sondas Luna Glob e Luna Rekurs não são desenvolvidas para voltar à Terra, destaca o perito.
Entretanto, o programa é um documento-quadro e não é necessário descrever detalhadamente nele todas as missões e projetos científicos, disse à Voz da Rússia, Alexander Jelezniakov, chefe da Agência Espacial da Rússia. É necessário eliminar um desequilíbrio que surgiu entre as necessidades da Rússia em sistemas espaciais contemporâneas e o nível atual de seu desenvolvimento. O programa visa alcançar este objetivo
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