sábado, 9 de fevereiro de 2013

Aero India 2013: perspectivas de cooperação


Na base das Forças Aéreas indianas de Bangalore abriu-se a exposição Aero India 2013, que tradicionalmente goza de um interesse ativo por parte de fabricantes e fornecedores russos de armas e equipamentos militares. Tendo em conta o crescimento dos orçamentos militares dos países da Ásia-Pacífico, o papel das feiras de armamento asiáticas só irá aumentando.

Execução de contratos antigos à expectativa de contratos novos
Os mercados asiáticos já são tradicionalmente considerados como "domésticos" dos produtores russos. No período pós-soviético, a China, a Índia e o Sudeste Asiático vêm assegurando uma importante porção da demanda externa de armas russas, e o processo de modernização das Forças Armadas dos países da Ásia, obviamente, irá continuar. Entre os parceiros asiáticos da Rússia, a Índia ocupa um lugar de destaque: a cooperação com este país começou ainda na década de 1960 e segue continuando sem parar até a data. No entanto, não valeria a pena esperar que a presente edição da exposição de Bangalore trouxesse novos contratos recordistas, pois a Rússia associa as principais perspectivas neste mercado de armamentos com a aparição, nos próximos anos, de equipamentos de nova geração.

Hoje em dia, a Federação da Rússia e a Índia continuam a cooperação executando os contratos anteriormente assinados, incluindo os mais recentes. Assim, em dezembro de 2012 foi fechado um contrato de fornecimento à Índia de mais 42 kits para a ensamblagem de jatos Su-30MKI. Para o presente momento, o pacote de encomendas do Su-30MKI para a Força Aérea da Índia totaliza 250 aparelhos, dos quais 150 já foram entregues.
A cooperação irá continuando também na área de helicópteros: os Mi-17, máquinas bem experimentadas e seguras, seguem sendo fornecidos para as Forças Armadas indianas, e espera-se que, num futuro próximo, haverá outro contrato para prover desses aparelhos o Ministério do Interior da Índia. Podemos lembrar igualmente a cooperação assaz ativa com a Marinha indiana, que vai de reparação de submarinos construídos na Rússia na década de 1990 a entrega do porta-aviões Vikramaditya que se espera neste ano.
O desenvolvimento conjunto do caça de quinta geração do projeto T-50/FGFA promete ser, nos próximos anos, o processo mais interessante no quadro de cooperação entre a Rússia e Índia. Na década de 2020, a Força Aérea da Índia deverão receber 200 a 250 aeronaves deste tipo. O valor do programa, compreendendo a manutenção de máquinas e o fornecimento de equipamentos e armas, pode exceder 40 bilhões de dólares.
Esperanças depositadas na defesa antiaérea
A defesa antiaérea da Índia segue sendo tradicionalmente uma "coisa em si". Nesta matéria os indianos fazem aposta em seus próprios desenvolvimentos e na parceria com Israel. No entanto, a Rússia irá tentar a sorte na próxima concorrência, oferecendo à Índia uma versão de exportação do S-300V4, um dos melhores sistemas de defesa antimíssil existentes hoje, destinados à interceptar mísseis de curto e médio alcance.
Ainda é cedo dizer quão bem sucedida seria essa licitação para a Rússia: a experiência patenteia que uma concorrência indiana corretamente organizada pode durar, da convocação até a atribuição da encomenda, uns dez anos.
Desenvolvimentos conjuntos
A Índia, bem como outros grandes países emergentes, está interessada, em maior grau, em desenvolvimentos conjuntos do que no fornecimento de armas em si. Hoje em dia, dentre os projetos conjuntos russo-indianos, para além do já referido T-50 que é, incontestavelmente, o êxito absoluto do programa de cooperação, pode-se destacar os mísseis BrahMos, incluindo o hipersônico BrahMos-2, e o avião multifuncional de porte médio Il-214 (MTA).
Esses projetos também têm um período de execução bastante longo e serão dispendiosos em termos de recursos materiais e financeiros. No entanto, a cooperação com a Rússia constitui hoje para a Índia uma das poucas oportunidades de obter acesso a tecnologias militares modernas, e sem sérias limitações que impõe a cooperação com a UE e os EUA. Por outro lado, para a Rússia, é uma oportunidade de ganhar dinheiro através de exportações e desenvolvimentos de altas tecnologias, e sem aqueles danos que muitas vezes acarreta a cooperação similar com a China.
VOZ DA RUSSIA ..SNB

Russo de Defesa Aérea Systems (Almaz Preocupação Antey)

SNB...REPLEY

TOR M2E TOR M2 SA 15D

..SNB

Pantsir-S1 Defesa Aérea Sistema de Mísseis / Gun (ЗРПК "ПАНЦИРЬ-С1")

...SNB

Exportações de armas russas ultrapassaram US$ 15 bi em 2012


A Rússia continua a ser o segundo maior exportador de armas do mundo, somando um total de US$ 15,13 bilhões em exportações em 2012, dois bilhões a mais do que no ano anterior. Se o porta-aviões Vikramaditia, construído para a Marinha indiana, tivesse alcançado êxito nos testes e sua entrega não fosse adiada para o outono de 2013, o valor das exportações de armas russas teria ultrapassado os US$ 17 bilhões no ano passado.
Embora a Rússia siga atrás dos EUA, que apresenta um valor de exportação militar três vezes superior, a tendência atual, tanto em valor como volume físico, está satisfazendo o governo e os dirigentes da indústria armamentista nacional. A perda dos contratos com a Líbia e a suspensão dos acordados anteriormente firmados com Irã e Síria não tiveram impacto negativo sobre as exportações russas. A verdade é que, intimidados com revoluções árabes, os países emergentes estão aumentando as compras de equipamento militar.
China e Índia também ampliaram as verbas destinadas às compras de armas russas, além dos grandes e antigos consumidores como Argélia, Venezuela, Vietnã, Indonésia. No ano passado, a lista de clientes da indústria armamentista russa foi incrementada pelo Azerbaijão, Iraque e até mesmo os EUA, que manifestaram interesse em comprar 70 helicópteros para o exército afegão.
De acordo com um relatório produzido pelo Congresso norte-americano, a Rússia aprendeu a ser mais flexível nos contatos com os clientes nos últimos anos, oferecendo-lhes condições de pagamento favoráveis.
O relatório descreve ainda a disponibilidade da Rússia para fechar acordos de produção de suas armas sob licença com a Índia e a China. A empresa Rosoboronexport, única exportadora autorizada de armas e equipamentos militares da Rússia, assinou um contrato com a China no ano passado para a entrega de 52 helicópteros de carga Mi-171E por US$ 600 milhões.
Paralelamente, os observadores também apontam os riscos decorrentes dessa relação com a China, como engenharia reversa e reprodução não autorizada de sistemas estrangeiros. Em 2011, por exemplo, a China começou a fabricar o caça J-16 com base na aeronave russa Su-30MK2, adquirida em meados dos anos 2000.
Armas cobiçadas
Para saber quais armas russas são mais requisitadas mundo afora, a revista “Forbes” comparou as estatísticas do Centro de Análise do Comércio Mundial de Armas e do Congresso norte-americano no período entre 2008 e 2012:Entre 2008 e 2011, a Rússia exportou 7.750 sistemas de mísseis antiaéreos; os EUA, 944, e a Europa Ocidental, 290. No ano passado, o país vendeu 42 sistemas de mísseis e canhões antiaéreos Pancir-S1 ao Iraque, no valor de US$ 4,2 bilhões. Os iraquianos se dispõem ainda a comprar até 30 helicópteros de ataque Mi-28NE e, possivelmente, caças MiG-29M/M2..Entre 2008 e 2011, a Rússia vendeu 570 tanques e 490 veículos blindados para países estrangeiros; os EUA, 348 tanques e 234 veículos blindados, e a Europa Ocidental, 360 e 470, respectivamente. No ano passado, a Rosoboronexport assinou um contrato com o Ministério da Defesa da Indonésia para o fornecimento de 37 veículos blindados BMP-3F, no valor de US$ 114 milhões, e um contrato de cerca de US$ 600 milhões com a Índia para fornecer sistemas antitanque Invar e Konkurs-MNesse mesmo período, a Rússia exportou 180 aviões de combate, 3,3 vezes mais do que os Estados Unidos. Em 2012, os russos fecharam um contrato no valor de US$ 1,5 bilhão com a Índia para o fornecimento de componentes usados na montagem de 42 aviões de caça Su-30MKI e um contrato de desenvolvimento conjunto de um avião de transporte multimissão. Além disso, a Rússia assinou um contrato de fornecimento de motores para caças Su-27/30 com a China.No período de 2008 a 2011, a Rússia vendeu 270 helicópteros aos países em desenvolvimento. Nessa mesma época, os EUA venderam apenas 52 aeronaves, enquanto a Europa Ocidental, 110. No ano passado, a Rússia assinou um contrato para o fornecimento de 52 helicópteros Mi-171E (cerca de US$ 600 milhões) à China e 10 helicópteros Mi-17V-5 aos EUA, com destino ao exército afegão.Entre 2008 e 2011, a Rússia vendeu 220 sistemas antimísseis; os EUA, 176, e a Europa Ocidental, apenas 60. Em 2012, os russos venderam duas fragatas do projeto 11356 (no valor de cerca de US$ 1 bilhão) para a Índia, que também alugou o submarino nuclear de ataque russo Nerpa, rebatizado de INS Chakra.
 Igor Popov, Forbes.ru..SNB

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Ministro homenageia os 20 anos do satélite SCD-1 e visita Centro de Previsão do Clima Espacial

Para conhecer o Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial (EMBRACE) e homenagear os 20 anos de operação do SCD-1 (Satélite de Coleta de Dados), o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, esteve no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP), nesta sexta-feira (8/2). Embora distintas, ambas as atividades trazem a marca do pioneirismo e dedicação dos engenheiros e cientistas brasileiros.

Impressionado com os resultados do monitoramento do clima espacial, uma aplicação mais recente do INPE, o ministro lembrou que também o desenvolvimento do SCD-1, há mais de duas décadas, foi resultado da dedicação de equipes de todos os setores do instituto.

“Este satélite foi o primeiro sucesso na área de engenharia espacial e prova que quando existem condições as coisas acontecem rápido”, disse Raupp, antes de descerrar a placa alusiva ao aniversário do SCD-1, no Centro de Controle de Satélites do INPE. “É sempre um exemplo de que a mobilização efetiva, aliada à criação de infraestrutura e à formação de equipes competentes, traz resultados para o país”.

Para o diretor do INPE, Leonel Perondi, a celebração dos 20 anos de operação do SCD-1 é um reconhecimento ao trabalho tanto dos grupos de engenharia, que projetaram os equipamentos, como às equipes que mantiveram a operação do satélite durante todos esses anos.

“É um tributo à engenharia nacional e à competência do INPE. Hoje, também, significa uma homenagem a este ex-diretor do instituto, porque durante sua gestão a MECB (Missão Espacial Completa Brasileira) teve grande impulso”, disse Perondi, fazendo referência ao período em que Raupp foi diretor do INPE, de 1985 a 1989.

O SCD-1, primeiro satélite brasileiro, foi totalmente projetado, desenvolvido e integrado pelo INPE. Quando lançado em 9 de fevereiro de 1993, a expectativa era de apenas um ano de vida útil. Contudo, o SCD-1 se mantém operacional e retransmitindo informações para a previsão do tempo e monitoramento das bacias hidrográficas, entre outras aplicações. O SCD, pilar do Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais, atende a mais de 80 usuários, entre empresas e instituições governamentais. Os dados estão disponíveis no endereço http://sinda.crn2.inpe.br.

Clima Espacial

Ao conhecer as modernas instalações do Centro de Informação e Previsão do Clima Espacial do INPE, Raupp elogiou a capacidade de monitorar a atividade do Sol e gerar alertas úteis para operação de satélites, sistemas de navegação de aeronaves, linhas de transmissão de energia e até plataformas de petróleo. No INPE, diariamente são avaliados os fenômenos solares que afetam o meio entre o Sol e a Terra, e o espaço em torno da Terra.

Para o ministro, é cada vez mais importante que o conhecimento científico se traduza em aplicações úteis para a sociedade. “Este programa tem capacidade de gerar resultados para os mais diversos setores. Considero isso da maior importância, porque a marca do MCTI é a transversalidade”, disse Raupp.

O EMBRACE oferece em tempo real, na internet, informações sobre fenômenos solares que podem causar interferências em sistemas como o GPS, além da possibilidade de induzir correntes elétricas em transformadores de linhas de transmissão de energia e afetar a proteção de dutos para transporte de óleo e gás.

Fenômenos como tempestades geomagnéticas, por exemplo, que consistem em tumultos na alta atmosfera provocados por erupções do Sol, são capazes de interromper momentaneamente o trabalho de satélites. Outras áreas também podem sofrer perdas por causa desse fenômeno, como o setor de telecomunicações, a estabilidade de usinas nucleares, sistemas de defesa nacional, entre outros.

Para analisar o comportamento do Sol e seus efeitos na Terra, são monitorados parâmetros físicos como características desta estrela, do espaço interplanetário, da magnetosfera, ionosfera e da mesosfera. As informações do EMBRACE estão disponíveis no endereço www.inpe.br/climaespacial.

O monitoramento do clima espacial é resultado de décadas de pesquisas no INPE, que, criado no início da década de 1960, teve suas primeiras atividades voltadas para as ciências espaciais e atmosféricas. O pioneirismo nos estudos dos processos básicos da interação Sol-Terra, realizados através de observações e abordagem teórica e simulação computacional, resultou nos últimos anos na criação do EMBRACE. “O Programa de Clima Espacial do INPE é um caso de fronteira da aplicação da ciência”, definiu o diretor Leonel Perondi.

O diretor do INPE, Leonel Perondi, o gerente do Programa EMBRACE, Clezio De Nardin, o pesquisador Haroldo Fraga de Campos Velho, o ministro Marco Antonio Raupp e o pesquisador Hisao Takahashi, no Centro de Informação e Previsão do Clima Espacial do INPE

O diretor do INPE, Leonel Perondi, o gerente do Programa EMBRACE, Clezio De Nardin, o pesquisador Haroldo Fraga de Campos Velho, o ministro Marco Antonio Raupp e o pesquisador Hisao Takahashi, no Centro de Informação e Previsão do Clima Espacial do INPE.

O ministro Marco Antonio Raupp e o chefe do Centro de Rastreio e Controle (CRC), Pawel Rozenfeld, ao lado do diretor do INPE, Leonel Perondi, no descerramento da placa comemorativa dos 20 anos do SCD-1, realizada no prédio do Centro de Controle de Satélites/CRC.

O ministro e membros de equipes de pesquisadores, técnicos e engenheiros do projeto de desenvolvimento e operação do SCD-1
inpe.br..SNB

O preparo e o emprego do Exército




Brasília – O Comando de Operações Terrestres (COTER) é o órgão do Exército Brasileiro responsável pelo preparo e emprego da Força Terrestre. Criado em 1991, o COTER, sediado no Quartel-General do Exército, em Brasília, possui em sua organização três subchefias. 

A 1ª Subchefia é responsável pelo preparo da tropa do Exército, regulando o ano de instrução e orientando o adestramento. Atualmente, a 1ª Subchefia tem apostado na simulação como meio de preparo individual e coletivo. Neste sentido, tem pesquisado, testado e adquirido simuladores para o adestramento de Brigadas, Batalhões, pilotos de helicópteros, motorista de viaturas e de carros de combate.

No emprego da Força Terrestre, a 2ª Subchefia do COTER tem coordenado as ações das tropas em diversos tipos de operações. Em 2012, o Exército teve, em média, setenta missões de emprego de tropa por dia.

As seguintes operações merecem destaque: ÁGATA (operações conjuntas e interagências), ARCANJO (operações de garantia da lei e da ordem, como Força de Pacificação), Operações para a Garantia da Votação e Apuração (GVA), Operações de apoio à Defesa Civil e às ações humanitárias e a Operação PIPA (distribuição de água no semiárido brasileiro). 

Nas Operações Internacionais, sob coordenação e orientação da 3ª Subchefia, militares brasileiros atuam em 11 países, executando missões de observadores militares, assistência à remoção de minas e manutenção da paz, com destaque para a Missão das Nações Unidas de Estabilização no Haiti (MINUSTAH).

EXERCITO BRASILEIRO..SNB

Ministério da Defesa abre documentos confidenciais sobre óvnis

Francisco Edson Alves Marco Aurelio ReisA , abertura de arquivos secretos das Forças Armadas, com relatos de militares que supostamente avistaram Objetos Voadores Não Identificados, será discutida hoje no Ministério da Defesa, em Brasília. A assessoria de imprensa do ministério confirmou que representantes da Marinha, Exército e Aeronáutica debaterão procedimentos administrativos para cumprir a Lei de Acesso à Informação.
Devido ao grande número de pedidos para a divulgação de documentos sobre óvnis, o assunto será colocado em pauta.“Isso é resultado da Carta de Foz do Iguaçu, assinada por cerca de 500 pessoas durante o 4º Fórum Mundial de Ufologia, em dezembro, solicitando a abertura de documentos confidenciais. Essa luta começouem 2004, mas até agora só a Força Aérea vem cooperando com divulgação de registros relativos a discos voadores”, afirmou o ufólogo
A convocação para a reunião interna de hoje foi feita no dia 22 de janeiro, através de carta encaminhada pelo secretário de Coordenação e Organização Institucional do Ministério da Defesa, Ari Matos Cardoso. Na correspondência, ele menciona a “singularidade da matéria” e a criação de uma comissão de investigação mista — com ufólogos, cientistas e militares, “para exame das eventuais manifestações do fenômeno UFO (óvnis em inglês)”.
De acordo com Petit, a maior parte dos relatos colocados à disposição pela Aeronáutica é referente à rotina operacional do controle de tráfego aéreo. O DIA teve acesso a alguns desses relatórios. Dois deles são descritos por militares no Rio de Janeiro.
No dia 7 de novembro de 2000, conforme o documento 365/1472 do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Condabra), um militar garante ter avistado, de sua aeronave, às 23h, um objeto de luz branca em Santa Cruz, na Zona Oeste. Em outro relato, segundo documento 65 C, do mesmo órgão, dois militares dizem ter visto “várias luzes vermelhas caindo como gotas de um ponto branco” e em deslocamento, por volta de 0h50 do dia 2 de maio de 2001, em Jacarepaguá.
Mudança de cor e de Posição
Uma das transcrições intrigantes é a gravação feita pelo tenente do Centro de Tecnologia da Aeronáutica, Ari Flávio de Souza, de uma conversa entre pilotos de um voo da Varig com agentes da torre de controle de Curitiba, na noite de agosto de 2003. Um dos pilotos da aeronave, que seguia para São Paulo, relata, atônito, que estava avistando um objeto não identificado. “Não dá para saber o que é...Tá voando paralelo à gente...Agora, mais alto... Tá piscando...Agora tá parado... Na subida tava vermelho, agora está branco...”. “Tentamos todos os meios, mas não conseguimos identificar nenhuma aeronave”, respondeu funcionário da torre.
O DIA.. DEFESA NET ..SNB

Argentina reacende luta pelas Ilhas Malvinas


No início de janeiro deste ano, a presidente argentina Cristina Fernanda de Kirchner dirigiu-se ao primeiro ministro da Grã-Bretanha exigindo a devolução das ilhas, alegando a resolução da ONU de meio século atrás, que exortava a "pôr fim ao colonialismo em todas as suas formas e manifestações".

Buenos Aires declarou que dentro de 20 anos as ilhas voltarão sob sua jurisdição. Londres respondeu dizendo que ou as ilhas permanecerão britânicas ou conquistarão a independência: tudo depende do desejo dos habitantes das ilhas, mas não dos argentinos.
Muitos especialistas supõem esta questão levantada por Kirchner é motivada não por altas considerações ideológicas, mas pelo instinto de auto-preservação política. Explica o redator-chefe da revista Rússia na Política Global, Fiodor Lukianov:
"A Argentina é um país de deceção. Nos anos 30, ela ultrapassava em desenvolvimento econômico a maior parte dos países europeus. Mas, desde que a Argentina se entusiasmou com líderes carismáticos, a partir do general Peron, ela se transformou gradualmente de líder regional em estado com consciência muito ferida. Antes de mais nada, perdeu totalmente a tradicional competição com o Brasil pela liderança na América do Sul. O Brasil agora é o líder reconhecido do continente, "astro em ascensão" da ordem mundial. E ele conduz uma política independente, mas não de confronto. A Argentina tenta entrar no proscênio através de política muito mais de esquerda do que o Brasil".
A oposição argentina considera que a política interna de Cristina Kirchner leva o país ao isolamento mundial. A Argentina virou as costas aos EUA e à União Europeia e escolheu aliados estratégicos como a Venezuela e o Irã. O especialista do Instituto da América Latina da Academia de Ciências da Rússia, Piotr Yakovlev, comenta a situação:
"A Argentina dá ênfase ao aumento do papel do Estado na economia e vida social. Trata-se de apoio material ativo às camadas pobres da população, aumento dos salários, antes de mais nada dos pobres. E para tudo isto o governo necessita de recursos financeiros muito significativos, que a atual economia argentina não pode assegurar. Por isso o governo tem de buscar fontes complementares de financiamento, como seja a nacionalização de companhias estrangeiras.
Também não são simples as relações da Argentina com o FMI. Em lugar dos países ocidentais, os Estados em desenvolvimento tornam-se os principais parceiros da Argentina. Em essência, as autoridades argentinas agora tentam criar uma nova realidade socioeconómica inclusive na política externa. E aqui há um certo perigo de a Argentina ficar à deriva, isolada no mundo moderno".
Desse modo, Kirchner reacendeu o litígio territorial, empurrada pela lógica de sua orientação política. Por outro lado a atual conduta da Argentina pode ser explicada pela deceção com o Ocidente. Explica o politólogo, professor do Instituto Estatal Moscovita de Relações Exteriores, Boris Martynov.
"É que durante toda a última década do século passado, a Argentina foi uma vitrina da via de desenvolvimento neoliberal. Ela seguia muito escrupulosamente todas as receitas do FMI. Depois, quando, em consequência de seguir uma política econômica absolutamente inaplicável à realidade concreta, a Argentina foi atingida pela pior crise de sua história em 2001, o Ocidente não moveu um dedo para ajudá-la. Agora os EUA, o Ocidente em geral não estão em melhor situação. Assim, para que seguir um modelo que derrapa? Toda a América Latina está agora num período interessante de teste de modelo próprio de desenvolvimento. Para alguns ele dá mais certo, por exemplo, para o Brasil, Colômbia, e Peru. Para outros dá menos.
No entanto, a Argentina está fortemente inserida nas estruturas latino-americanas – econômicas, políticas. Seus vizinhos em caso de quaisquer explosões, irão ajudá-la, diferentemente dos países ocidentais no início da primeira década do século XXI".
Entretanto, por enquanto, os vizinhos da Argentina limitam-se a observar o desenvolvimento da situação.POR Serguei Duz
VOZ DA RUSSIA SNB

Soyuz colocou em órbita 6 satélites Globalstar

© Roskosmos

Um foguete-portador russo Soyuz colocou em órbita mais 6 satélites de comunicação, desta vez pertencentes à empresa Globalstar. O comando dos aparelhos foi transferido ao cliente.

O lançamento do Soyuz com os satélites a bordo foi realizado na noite de quarta-feira a partir do cosmódromo de Baikonur. Originalmente, o lançamento estava planejado para a noite de terça-feira, mas foi adiado devido a ventos fortes.
Os satélites do sistema Globalstar se destinam a fornecer serviços de comunicação móvel via satélite. Cada um deles é projetado para 15 anos de trabalho.
VOZ DA RUSSIA...SNB

Entrevista com ministro da Defesa do Brasil


Apresentamos a entrevista concedida à Voz da Rússia pelo ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim. Ele falou, entre outros assuntos, sobre as relações russo-brasileiras na área técnico-militar. Esta foi a primeira vez que um ministro da Defesa do Brasil falou em exclusivo à mídia russa.

Celso Amorim nasceu em Santos, no estado de São Paulo, há 70 anos. Foi ministro das Relações Exteriores no governo do presidente Itamar Franco e nos dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como diplomata, chefiou a Missão Permanente do Brasil nas Nações Unidas, em Nova York, entre 1995 e 1999, quando se tornou amigo de Sergei Lavrov, que hoje é o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia. Depois, assumiu a chefia da Missão Brasileira na Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, Suíça. Em 2001, serviu como embaixador no Reino Unido. Celso Amorim é ministro da Defesa do Brasil desde 8 de agosto de 2011.
– Muito obrigado, ministro, por essa oportunidade. A gente agradece imensamente. Fizemos até um levantamento ainda há pouco e descobrimos que essa vai ser a primeira entrevista de um ministro brasileiro para o público russo. Isso nos enche de muita esperança e muito orgulho.
O senhor esteve com a presidenta Dilma em dezembro na Rússia e foram realizados vários acordos entre os dois países. Mas, como destacou a própria presidenta, a área técnico-militar recebeu um destaque especial. Como está indo essa cooperação agora?
 Bom, o acordo de cooperação militar assinado abrange os mais diversos níveis. Por exemplo, havia uma dificuldade de treinamento dos pilotos dos helicópteros russos que nós havíamos comprado. A empresa dava um treinamento básico, mas nós precisávamos de algo mais. E, com esse acordo, nós teremos esse tipo de treinamento militar de maneira mais normal, mais fluida. Além de muitas outras coisas.
A assinatura desse acordo, em si mesma, já é algo muito importante, porque ela abre muitas outras avenidas de cooperação, de formação para trabalhar em áreas avançadas que interessam à Rússia e ao Brasil. Seja na cibernética, na área espacial ou de equipamento militar mesmo.
Houve essa aquisição dos helicópteros de combate, muito bons, e, no início, houve um pouco de dúvida sobre a manutenção. Mas já verifiquei que essas questões estão sendo encaminhadas e, naturalmente, no espírito do próprio acordo de compra, esperamos que haja uma boa transferência de habilidades e competências nessa área.
 Nós sabemos que o chefe do Estado-Maior, o general José Carlos De Nardi, esteve recentemente também na Rússia negociando alguns acordos mais concretos.
 É. A ida do general De Nardi foi resultado direto das conversas entre os presidentes. O comunicado conjunto da visita, que singulariza a área de defesa antiaérea, já previa a ida do chefe de Estado-Maior brasileiro para tratar dessa possibilidade de cooperação.
Isso envolve, naturalmente, alguma aquisição, de acordo com as nossas necessidades imediatas, mas também há a expectativa de que empresas russas possam fabricar algum desses equipamentos aqui no Brasil. Agora, as questões técnicas ainda estão sendo discutidas.
A visita foi muito proveitosa. Seguramente, terá uma continuidade agora com a vinda do primeiro-ministro (Dmitri Medvedev), e a nossa expectativa é a de que isso possa caminhar. Claro que tem muita coisa a se discutir ainda, como aspectos financeiros, orçamentários, qual a transferência de tecnologia, treinamento e todas essas coisas.
 Mas uma eventual produção no Brasil desses equipamentos modernos é de interesse brasileiro.
 Sim. Não só dos equipamentos atuais, mas quem sabe até de um equipamento que ainda está em desenvolvimento pela própria Rússia.
 Isso antecipa um pouco outra pergunta. A Rússia tem exemplos de desenvolvimento conjunto de aviões com outros países. Isso poderia ser um caminho para o Brasil também?
 Bom, nesse caso, nós não estamos falando de aviões. Estamos falando desse equipamento de defesa antiaérea. Independentemente da aquisição e da produção no Brasil de equipamentos já existentes, há a possibilidade também do desenvolvimento conjunto de equipamentos mais modernos. Isso está sendo discutido, mas essas coisas levam algum tempo. Essa sugestão surgiu já na reunião do nosso chefe de Estado-Maior Conjunto com o seu correspondente russo e com as empresas. Vou chamar a atenção para o fato de que ele foi lá com várias empresas brasileiras. O que é muito interessante porque isso já vai preparando terreno para uma eventual produção no Brasil, um desenvolvimento tecnológico conjunto.
 A Rússia nos informa que existe uma lei que protege a propriedade intelectual justamente na área de defesa entre a Rússia e o Brasil. Esse acordo, na verdade, já foi ratificado pelo parlamento russo e, segundo eles, só falta agora o Brasil ratificar também.
 Há um pequeno problema interno, mas isso vai ser superado. Nós tivemos muito recentemente uma lei de acesso à informação, que não tem nada a ver com a parte tecnológica. Então, é preciso estudar todos esses acordos  não só com a Rússia  que envolvem cláusulas de confidencialidade para que possam ficar dentro da lei brasileira. Mas eu não vejo nenhuma dificuldade nisso. É um problema puramente burocrático de atualização.
– Entendi.
Quando nós começamos a recolher as perguntas da redação russa, percebemos que lá as pessoas ainda tem pouco conhecimento dos desafios do Brasil na área da defesa. No imaginário russo, o Brasil é um gigante, muito forte, que não tem nenhuma preocupação com a defesa. Eu queria que o senhor falasse um pouco como o Brasil se vê hoje nessa questão.
 Que é um gigante muito forte, isso é verdade. E que no futebol a gente nunca se preocupou muito com a defesa  por fazer sempre muitos gols, desde a época do Garrincha , isso também é verdade. Mas, deixando a brincadeira de lado, obviamente o Brasil não pode ser uma das maiores economias do mundo, ser um dos maiores repositórios de água doce, biodiversidade, de capacidade de produção de alimento, ter a Amazônia do tamanho que é e não se preocupar com a defesa. Não é possível isso.
Embora tenhamos dez vizinhos, nós não temos problemas com nenhum deles. Todos os problemas de fronteira que nós tínhamos foram resolvidos diplomaticamente há mais de cem anos. A relação nossa com todos esses países é uma relação de amizade e cooperação. Mas isso não quer dizer também que nós não temos que defender nossas fronteiras de outras situações: grupos irregulares, traficantes de drogas, etc.
Pelas razões que eu enunciei antes, tendo toda essa riqueza natural, esse parque industrial e essa capacidade de produção que a gente tem, quem garante que, no futuro, um conflito até entre terceiros não poderá ter uma repercussão aqui? Esperamos que não, mas a melhor maneira de evitar isso é ter a nossa defesa. Por isso que eu digo: do ponto de vista regional, na América do Sul, cooperação; do ponto de vista global, dissuasão. Sem perder de vista que também tem que ter cooperação, nada é preto e branco.
 Essa é a maior preocupação então? É para dissuasão no caso desses eventos de maior envergadura.
 É para o caso de algum país querer se aventurar onde não deve.
 Essa preocupação é muito semelhante ao caso da Rússia...
 Eu acho que o Brasil e a Rússia têm muitas coisas em comum. Os dois são do BRICS, são países ricos em energia, com população semelhante, extensão territorial. Claro que há duas grandes diferenças: a Rússia tem bomba atômica e nós não temos e a Rússia é membro do Conselho de Segurança da ONU e nós não somos. Eu espero que em breve só haja a primeira diferença, porque bomba atômica nós não queremos ter.
 E quanto ao projeto do submarino?
 É um submarino de "propulsão nuclear". É sempre bom deixar claro. O que é nuclear no submarino não são as armas que ele leva. O que é nuclear é a propulsão. Ele usará energia nuclear como poderia estar usando diesel ou biocombustível.
É um projeto que está caminhando, está avançando. Os primeiros desenhos, as primeiras capacidades já foram mais ou menos adquiridas, na França. O pacote envolve um submarino nuclear mais quatro submarinos convencionais e nós estamos recebendo a primeira parte dos convencionais. Mas quanto ao desenho e ao projeto do submarino nuclear, nós já estamos bastante avançados. Agora, o que diz respeito à geração de energia é totalmente nosso. A França não tem nada a ver com isso, com a parte do propulsor. É 100% nacional.
 Sobre a licitação do avião, não sei se posso perguntar se tem alguma novidade, alguma previsão...
 Perguntar não ofende, mas não tenho nenhuma novidade para dizer no momento. No futuro, outros projetos sempre estarão em aberto.
 Se a Rússia tiver alguma chance de entrar, com seus equipamentos, é só num outro projeto... se aparecer?
 Já entrou com os helicópteros.
 Sei. Aliás, tem um projeto de outro helicóptero, pela Odebrecht, se não me engano.
 Bom, aí eu não sei se era militar ou civil. Isso não foi conversado em detalhe. O que eu posso lhe dizer sobre o que foi conversado em profundidade na visita da presidenta e gerou muito rapidamente uma missão... Em três semanas mais ou menos, nós mandamos o nosso Estado-Maior Conjunto para os rigores do frio russo...
 Me contaram que ele pegou vinte graus negativos.
Com relação a essa visita e à visita agora do primeiro-ministro Dmitri Medvedev, existe alguma expectativa de assinatura, de fechamento desses acordos?
 Eu acho que a questão da defesa antiaérea começou agora. Acho que haverá um relato, é possível que se mencione algum aspecto, algum detalhe que não tenha ficado claro. Não sei se há intenção de se fazer algum outro memorando. O acordo nós acabamos de assinar. Então, da nossa parte, não há necessariamente o desejo. Mas também não excluo a possibilidade de que, se houver uma proposta, ela será examinada..  .POR Alexander Krasnov
VOZ DA RUSSIA..SNB

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

殲31鶻鷹出击 AMF/J-21 /J-31 Gyrfalcon hit out in all directions

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Top Ten U.S Military machines

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Uma explicação blogueira dos Drones de Obama


Faz quase três anos que falo dos Drones aqui no blog. Durante a campanha eleitoral americana, fiquei abordando continuamente o assunto, ignorado no Brasil. Meu objetivo nunca foi criticar Barack Obama. Apenas quis mostrar que o presidente dos EUA, idolatrado entre a maior parte dos brasileiros, não é o pacifista descrito por muitos. Não que isso seja ruim. Mas, em muitos pontos, o atual ocupante da Casa Branca age como seu antecessor, George W. Bush, conforme bem colocou o Wall Street Journal.
Neste post, tentarei ser didático na questão dos Drones e também recomendo a leitura de ótima análise escrita pela minha concorrente e amiga Luciana Coelho na edição impressa da Folha de S. Paulo. Quem quiser saber mais, em inglês, indico as matérias e editorias do New York Times, a Pro-Publica, a Slate e mesmo o Wall Street Journal. Há bons artigos acadêmicos também. Mas vamos aos pontos.
Os Drones são aviões não tripulados controlados remotamente. Nos últimos anos, se tornaram a principal arma dos Estados Unidos no combate ao terrorismo. Outros países, inclusive o Brasil, os usam para espionagem. Nesta semana, esta questão passou a ganhar enorme destaque em Washington com o vazamento de um documento do Departamento de Justiça explicando a legalidade destas operações e o depoimento ao Senado de John Brennan, arquiteto destas operações e indicado por Barack Obama para dirigir a CIA.
Os críticos dos Drones citam quatro principais pontos. Primeiro, existe uma falta de transparência do governo Obama. Mais grave, o presidente questionava seu antecessor, George W. Bush, pelo mesmo motivo. Apenas depois de enorme controversa, a administração concordou em conceder para as comissões de Inteligência do Senado e da Câmara. Mas o público conseguiu ter acesso apenas a parte destes documentos através do vazamento da NBC.
Em segundo lugar, nestas operações, um número indeterminado de civis são mortos. Calcula-se que mais de 200 crianças morreram nos bombardeios que atingem principalmente o Yemen, o Paquistão e a Somália.
O terceiro ponto citado é a ausência do direito a julgamento dos supostos militantes, especialmente americanos, que teriam esta defesa garantida pela Constituição. Vale lembrar que muitos prisioneiros de Guantánamo conseguiram provar que não integravam a Al Qaeda. Os alvos no Yemen, por exemplo, não tiveram este direito. São considerados culpados sem direito a defesa.
Por último, as ações dos EUA abrem um precedente para outros países, incluindo o Irã, e atores não-governamentais utilizarem estes aparelhos. O Hezbollah recentemente conseguiu penetrar um espaço aéreo israelense com um Drone. Não duvidem que traficantes de droga no México já os utilizem para cruzar a fronteira.
Os defensores destas operações afirmam que a Al Qaeda teria sido enfraquecida. Sem dúvida, no Paquistão isso ocorreu. No Yemen, é mais controversa e a Al Qaeda na Península Arábica está mais forte. Para completar, a rede terrorista viu sua importância aumentar no Norte da África. Além disso, não está claro ainda como fica a imagem americana no exterior onde estes aparelhos são usados. Diferentemente do que ocorre no Brasil, a questão dos Drones é acompanhada em muitos países.
Certamente, de todos acima, uma maior transparência nos ajudaria a determinar a eficácia e as verdadeiras consequências dos ataques com Drones. Sem elas, dependemos de relatos que não sabemos se são totalmente corretos.DE NY A WASHINGTON 
Estado de S. Paulo SNB.... O jornalista Gustavo Chacra, correspondente do jornal “O Estado de S. Paulo” em Nova York e nas Nações Unidas desde 2009 e comentarista do programa Globo News Em Pauta, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Iêmen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti, Furacão Sandy, Eleições Americanas e crescimento da Al-Qaeda no Iêmen.  No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo, empatado com o blogueiro Ariel Palacios

Embaixador russo fala sobre a visita de Dmitri Medvedev ao Brasil


O embaixador da Rússia no Brasil, Serguei Akopov, falou com exclusividade para a Voz da Rússia sobre a esperada visita do primeiro-ministro Dmitri Medvedev a Brasília, para participar da 6.ª Reunião da Comissão de Alto Nível de Cooperação Brasil-Rússia.

 Senhor embaixador, poderia falar, em breves palavras, sobre a visita do primeiro-ministro Dmitri Medvedev e da delegação russa que vem ao Brasil para discutir a cooperação bilateral?
 Sim. Estamos preparando um grande acontecimento bilateral, que será a 6.ª Reunião da Comissão de Alto Nível de Cooperação Brasil-Rússia, encabeçada pelo vice-presidente Michel Temer e pelo chefe de governo da Federação Russa, Dmitri Medvedev, a ser realizada em Brasília em 20 de fevereiro. Realmente, estamos esperando uma grande delegação, composta por vários ministros e vice-ministros de diferentes áreas, para participar dos diferentes grupos de trabalho que compõem a comissão bilateral de cooperação na área econômica e científico-tecnológica. Entre eles, o comitê agrário. Também se realizará uma reunião da área técnico-militar, à qual deve comparecer uma considerável delegação da agência Roskosmos, encabeçada por seu presidente, Sr. Vladimir Popovkin. Ele vai participar da inauguração de uma estação de rastreamento que faz parte do sistema russo Glonass, primeira estação fora da Rússia, na área da Universidade de Brasília. E ainda serão assinados dois contratos para a instalação de mais duas estações que fazem parte desse sistema Glonass.
– Já sabemos onde ficarão essas novas estações?
– No mesmo lugar, na Universidade de Brasília. Enfim, também serão discutidas todas as questões relacionadas com a ampla gama de tópicos que nós tratamos nas nossas relações bilaterais.Sistema russo Glonass

O Glonass russo, cuja criação começou ainda na União Soviética, foram desenvolvidos por ordem dos militares. No entanto, os especialistas enfatizam que as estações terrestres funcionam exclusivamente para fins civis. O vice-editor-chefe da revista “Notícias da Cosmonáutica” Igor Lissov, deu mais detalhes à Voz da Rússia:
"A precisão dos atuais sistemas de navegação por satélite não é suficiente para muitas aplicações econômicas nacionais. Em particular, para garantir a segurança de voos da aviação civil e o pouso automático, muito menos para navegar em determinados lugares – em estreitos, etc. Estas estações são instaladas a fim de melhorar a precisão dos sistemas de navegação até um nível muito mais elevado do que alguns metros".

A Rússia, no entanto, durante muito tempo instalou estações apenas em seu território. Isso reduzia a vantagem competitiva de Glonass. No entanto, nos últimos anos, Moscou se preocupou em criar uma rede mundial de estações terrestres, semelhante à norte-americana. A primeira estação deve ser construída no Brasil, diz o diretor-geral adjunto da corporação Sistemas Espaciais Russos, Grigory Stupak:
"Atualmente, estão sendo conduzidas negociações com um grande número de países. Acabam de ser concluídas as negociações e acordos com a China, e temos planos semelhantes para os EUA e Canadá. Não há perigo nenhum. Estas estações trabalham apenas com sinais recebidos e não transmitem nada. Essencialmente, são vulgares consumidores de serviços de navegação que têm um aparelho de receção – seja Glonass, ou GPS".Alexander Krasnov
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