quinta-feira, 1 de junho de 2017

Jungmann: EUA, Rússia, França e Israel querem lançar satélites no Brasil

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, reafirmou nesta quarta-feira que há pelo menos quatro países interessados em lançar satélites a partir do Centro Nacional de Alcântara, no Maranhão: Rússia, França, Israel e Estados Unidos, com quem o Brasil já vinha negociando um acordo de salvaguardas para uso da base. "São apenas alguns", disse ele.

Por sua localização, quase dentro do plano do equador, Alcântara é apontada como a base mais adequada para lançamentos geoestacionários, os quais, de acordo com o diretor-presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Braga Coelho, geram mais negócios. Dos quatro países interessados, a França já enviou uma delegação para visitar o local. Rússia e Israel receberam convites, mas ainda não foram. 
"Alcântara está absolutamente pronto e é um projeto estratégico para o governo", afirmou o ministro após participar do Fórum de Investimentos Brasil 2017, em São Paulo. Segundo ele, para viabilizar a participação de outros países, além dos EUA, o Ministério da Defesa retirou o projeto de acordo de salvaguardas para a parceria que estava parado na Câmara dos Deputados desde 2001 para reformulação.
"Aquele acordo se destinava aos Estados Unidos, mas não quer dizer que outros países não irão participar, então a minuta foi rediscutida. Tudo foi revisado pelos ministérios envolvidos e levado para discussão com os parceiros externos", disse o ministro, acrescentando que propôs uma reformulação na governança do projeto, a fim de que a política brasileira para o espaço seja coordenada em nível ministerial por um Conselho Nacional do Espaço. 
Apesar da declaração de Jungmann, ainda há uma questão pendente no que diz respeito às capacidades da base. Devido à desapropriação de boa parte do terreno para comunidades quilombolas, o tamanho original do centro de Alcântara, de 60 mil hectares, foi reduzido para 8 mil. Agora, a Defesa brasileira tenta ampliar essa área, considerada insuficiente para tantos interessados. 
"Pedimos mais 12 mil hectares, e isso já está em negociação com o Ministério Público e as comunidades. Se conseguirmos, será possível termos plataformas de lançamento para acomodar cinco a seis países", disse o ministro.

terça-feira, 30 de maio de 2017

Novidade dispendiosa: porta-aviões do futuro norte-americano não entusiasma militares

O primeiro porta-aviões do novo projeto Gerald Ford terminou os primeiros testes, comunicou o Comando da Marinha dos EUA.

Os especialistas verificaram as características de desempenho do navio, o funcionamento de todos os sistemas instalados, a conformidade às caraterísticas anunciadas e a prontidão para a entrada em serviço, comunica o Rossiyskaya Gazeta.
O Gerald Ford foi batizado de "porta-aviões elétrico" porque possui catapultas eletromagnéticas em vez das de vapor e trens de aterrissagem turboelétricos para os aviões.
O navio    novo projeto vai substituir os da classe Nimitz. O desenvolvimento do porta-aviões custou cerca de 13 milhões de dólares.Os marinheiros norte-americanos não mostraram otimismo com a criação do "porta-aviões do futuro". Os testes do porta-aviões foram atrasados em um ano por causa dos problemas sérios revelados durante a verificação dos sistemas do navio.
O Gerald R. Ford não corresponde aos parâmetros projetados em quatro áreas-chave: a decolagem e aterrissagem de aviões, o controle de tráfego aéreo, a autodefesa e o carregamento de munições a bordo", acrescentava o diretor de testes e avaliação do Pentágono Michael Gilmore.
O secretário adjunto da Defesa dos EUA Frank Kendall também criticou o projeto do porta-aviões, acrescentando ser claro que foi irrefletido dotar o porta-aviões com tantas tecnologias não testadas.
"A Rússia possui sistemas do grande alcance que são capazes de efetuar ataques em massa de várias direções em simultâneo. Essas armas em conjunto com os meios espaciais de localização de alvos em alto mar pode transformar os porta-aviões em dispendiosos túmulos para milhares de marinheiros norte-americanos", acrescenta o observador do The National Interest Harry J. Kazianis.
De acordo com Kazianis, o maior problema do porta-aviões não é o mau funcionamento dos sistemas de bordo, mas o fato de a época dos porta-aviões estar chegando ao fim. Os navios grandes vão ser um alvo fácil para os mísseis do inimigo.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Opinião: Pyongyang se aproxima da criação de família de mísseis balísticos

O último lançamento realizado pela Coreia do Norte na segunda (29) mostra que a indústria militar norte-coreana se aproxima da criação de toda uma série de mísseis balísticos, acrescentou à Sputnik o analista militar Igor Korotchenko.

Na manhã de segunda-feira a Coreia do Norte realizou mais um lançamento de mísseis da parte oriental do país, da zona da cidade de Wonsan. 
O míssil voou durante 6 minutos, tendo percorrido 450 quilômetros. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul qualificou o projétil lançado como um míssil de médio ou curto alcance do tipo Scud.  
O lançamento mostra que o complexo industrial-militar norte-coreano está ativamente acabando o programa de desenvolvimento de ua família de mísseis balísticos de vários tipos, realizando as indicações de Kim Jong-un sobre a criação de um escudo de mísseis. É claro que todos estes mísseis podem carregar ogivas nucleares", acrescentou à Sputnik o analista russo Igor Korotchenko. 
Ele adiantou que Pyongyang mostra assim a reação à pressão político-militar por parte dos EUA. 
Especialistas norte-coreanos analisam os lançamentos bem e mal sucedidos para perceber os problemas e encontrar soluções técnicas. De qualquer forma podemos constatar uma implementação rápida do programa de mísseis da Coreia do Norte", frisou Korotchenko.  
O míssil lançado pela Coreia do Norte neste domingo caiu na zona econômica exclusiva do Japão, segundo informou o secretário-geral do governo japonês, Yoshihide Suga, aos jornalistas. O político revelou que o Japão protestou junto de Pyongyang nos termos mais duros possíveis

Militares israelenses efetuam lançamento de míssil

Militares israelenses anunciaram o lançamento bem-sucedido de um míssil. O objetivo foi testar o motor.

O míssil foi lançado de uma base no centro do país, tendo sido visto por milhares de israelenses que iam naquele momento para o trabalho.
"Israel efetuou o lançamento para testar o motor do míssil…Os testes foram realizados de acordo com o plano", informou o Ministério da Defesa, não fornecendo detalhes.

O portal de notícias "Y-net" indica que o motor testado pode ser usado nos mísseis da classe "terra-ar" como o Hetz (ou Arrow, em inglês) ou "terra-terra" tipo Jerico, que, de acordo com os dados da mídia estrangeira, pode carregar ogivas não-convencionais.

domingo, 28 de maio de 2017

Ao que isto levará? Já se elabora 'código de conduta' para guerras no espaço

Um grupo de cientistas, advogados e políticos de vários países estão trabalhando para elaborar o primeiro código de conduta para as batalhas espaciais, o qual pretende regulamentar as ações militares no espaço ultraterrestre.

A iniciativa, que prevê resolver os problemas existentes, foi apresentada pelos cientistas da Universidade de Exeter (Reino Unido), da Universidade McGill (Montreal, Canadá) e da Universidade de Adelaide (Austrália) e é conhecida como Lei Milamos, ou seja, na sigla em inglês, para designar o "Guia sobre as normas do direito nacional aplicável à utilização do espaço ultraterrestre com fins militares".O projeto foi iniciado em maio de 2016 e se prevê que termine em 2019. Os participantes de Milamos esperam que este documento ajude a dissipar a neblina densa sobre os assuntos legais da conquista militar do espaço.
Os autores do futuro código acreditam que o documento ajudará a esclarecer muitas das questões importantes que preocupam astronautas, cosmonautas e agências espaciais.
Entre as perguntas existentes até o momento, o jornalista da revista russa Ekspert, Sergei Manukov, destaca as seguintes: "Em que casos se pode atacar satélites civis que se podem utilizar também com fins militares?", "Quando se pode usar armas de laser?", "Se considera como crime editar imagens por satélite de objetos civis como se fossem infraestruturas militares e depois atacá-los?"Além disso, outro problema importante, embora não pertença à esfera militar, é a responsabilidade pelo lixo que se encontre na órbita terrestre como resultado dos possíveis conflitos abertos no espaço.Hoje em dia, há vários acordos internacionais que regulam a esfera do espaço, tal como o Tratado sobre o Espaço Exterior de 1967 e o Acordo sobre salvamento e devolução de astronautas e restituição de objetos lançados ao espaço exterior de 1968. Entretanto, estes documentos foram adotados na época da Guerra Fria e têm a ver principalmente com a exploração pacífica do espaço exterior.
Hoje em dia, os especialistas que se debruçam sobre a lei de Milamos e seus colegas coincidem na necessidade de criar um documento que regule exclusivamente a esfera militar do espaço, já que durante o meio século de exploração do espaço, ele se tem militarizado cada vez mais.
Segundo Manukov, Milamos se pode considerar como "uma tentativa de clarificar a aplicação do direito internacional à natureza variável dos conflitos armados".

Confira ranking de 5 países do Oriente Médio com maior arsenal de mísseis

Os israelenses têm o maior arsenal de mísseis e os lançadores de mísseis sauditas estão dirigidas contra Israel e o Irã: estes são apenas alguns dos fatos preocupantes que são revelados em um relatório novo sobre a presença deste tipo de armas no Oriente Médio.

Mais de 90% dos mais de 5 mil mísseis disparados em combate no mundo foram lançados no Oriente Médio. É assim que começa o novo relatório de Dennis M. Gormley sobre mísseis nesta região do planeta, publicado pelo Instituto do Oriente Médio (Middle East Institute), com sede em Washington.
Israel
Em sua análise, Gormley afirma que Israel tem o maior arsenal de mísseis, sendo que, 
para fins de dissuasão, o país dispõe principalmente de mísseis balísticos Jericho III (entre 4.800 e 6.500 km de alcance) dotados de ogivas nucleares.
Considera-se que os Jericho III são capazes de portar ogivas com uma carga útil de mil quilos. Estes mísseis usam um combustível sólido e estão instalados em silos capazes de resistir a ataques. Os Jericho III, assim como os mísseis Jericho II da geração anterior, podem estar instalados na base aérea de Palmachim, situada na parte central do país. Por sua parte, os mísseis de cruzeiro de ataque terrestre da série Popeye servem para efetuar ataques de precisão contra aeródromos e bunkers.
Além disso, o país conta com 3 sistemas antimíssil que reforçam suas capacidades de defesa. O primeiro é o interceptor de defesa de mísseis Arrow-3 que pode interceptar mísseis balísticos, inclusive a níveis mais altos que a atmosfera terrestre.
Ele é seguido pela Cúpula de Ferro israelense, um sistema móvel de defesa aérea que é capaz de interceptar foguetes de curto alcance e projéteis de artilharia de curta distância (de 4 a 70 km). O país possui também a Estilingue de David, um projeto conjunto dos EUA e Israel desenhado para interceptar aviões inimigos, drones, mísseis balísticos táticos, foguetes de médio e longo alcance (entre 30 e 300 km) e mísseis de cruzeiro.
Irã
A República Islâmica do Irã possui três variantes do míssil Shahab e 300 lançadores para eles. O Shahab-3 pode ser transportado por estrada e têm um alcance de mil quilômetros. Isto faz com que estes mísseis possam alcançar todo o território de Israel, o Afeganistão e o oeste da Arábia Saudita.
Outro míssil, o Gahr-1, amplia a capacidade de alcance de Teerã até 1.600 quilômetros. O Sajjil, um míssil de propulsor sólido com alcance entre 2 mil e 2.500 quilômetros, entrou no serviço em 2014 e, de acordo com Gormley, poderia eventualmente substituir o inventário de mísseis Shahab. Além disso, o autor recorda que o diretor da Organização Aeroespacial do Irã anunciou em 2012 que seu país tinha ou estava desenvolvendo 14 mísseis de cruzeiro diferentes.
Recentemente, o Irã apresentou seu míssil de cruzeiro de ataque terrestre Sumar, com alcance estimado entre 2.000 e 2.500 quilômetros. Precisamente esta semana, a agência de notícias persa Fars informou que o Irã tinha construído sua terceira fábrica subterrânea de mísseis balísticos, na qual se desenvolveria um novo míssil terra-terra batizado como Dezful. Quanto a sistemas de defesa antiaérea, a República Islâmica dispõe dos sistemas S-300 de fabricação russa.
Síria
A Síria chegou a ter um dos maiores arsenais de mísseis balísticos do Oriente Médio, mas o caos da guerra não permite realizar estimativas mais exatas sobre o potencial real, lamentou o analista.
De acordo com o relatório, o país árabe conta predominantemente com mísseis Scud-B, com alcance de 300 quilômetros, e Scud-C (550 km). Comunica-se também que a Síria pode possuir mísseis Scud-D com 700 km de alcance. Estes mísseis, junto com o míssil balístico Fateh-3 iraniano, de 200 km de alcance, podem garantir ao país um poder de fogo considerável, afirma o autor.
Além disso, é notável o arsenal de mísseis antinavio do país. Se estes mísseis de cruzeiro fossem equipados com ogivas químicas, poderiam produzir efeitos devastadores, sublinhou. Os sistemas russos S-300 e S-400, por sua vez, proporcionam proteção de uma parte do país.
Arábia Saudita
Riad tem um arsenal de mísseis balísticos pequeno, sendo todos eles adquiridos à China e modificados para portar somente ogivas convencionais. O país comprou seu primeiro míssil em 1987: o DF-3, altamente impreciso e alcance de 2.500 quilômetros. O especialista especificou que a orientação dos lançadores sugere que estes mísseis estejam dirigidas contra Israel e Irã, mas sua falta de precisão pressagia consequências graves, ainda mais se o país decidir atacar áreas urbanas.
No ano de 2007, os sauditas adquiriram o míssil chinês DF-21 (autonomia de voo de 1.700 km), de combustível sólido e com precisão melhorada. Além disso, Riad comprou mísseis de cruzeiro ocidentais Storm Shadow com alcance de até 300 km.
Turquia
Gormley assegura que a Turquia baseia sua segurança nas garantias de adquirir aos EUA e à OTAN, entre outros sistemas, um arsenal ilimitado de mísseis balísticos de curto alcance e o sistema tático americano ATACMS, com alcance de aproximadamente 250 km
.De acordo com o analista, Ancara também parece estar interessada em adquirir seu primeiro míssil balístico terra-terra de longo alcance, produzido pelo fabricante turco Roketstan. Os sistemas de defesa de mísseis balísticos também figuram hoje em dia entre as necessidades turcas, inclusive os que poderiam se integrar com outros sistemas da OTAN, destacou o especialista.
Em relação a isso, nos finais de abril o chanceler turco Mevlut Cavusoglu afirmou em uma entrevista à edição Haberturk que seu país tinha chegado a um acordo com Moscou para a compra de sistemas antiaéreos S-400 Triumf, visando substituir os antigos MIM-104.

Coreia do Norte divulga vídeo de novíssimos mísseis terra-ar

A televisão nacional da Coreia do Norte mostrou vídeos dos lançamentos de teste de novos mísseis terra-ar da defesa antiaérea do país.

Na manhã de domingo (28), a Agência Central de Notícias da Coreia informou dos lançamentos de teste de novos mísseis terra-ar elaborados para interceptar veículos aéreos não tripulados ou mísseis do inimigo. O líder do país Kim Jong-un assistiu aos testes e ficou satisfeito com o resultado, dando ordem para se iniciar a produção em série do novo armamento.
O vídeo mostra o lançamento de um míssil filmado de vários ângulos. Os especialistas qualificam o lançamento como um arranque a frio, durante o qual o míssil é lançado com pressão de gás e a inflamação do combustível ocorre no ar, não danificando o lançador de mísseis, o que possibilita realizar lançamentos com pequenos intervalos e prolonga o período de serviço dele.
"Como se fosse um relâmpago, [o míssil] rasgou em pedaços o veículo não tripulado e o míssil do inimigo", comenta a voz Kim Jong-un elogiou o comando militar, destacando que “em comparação com o ano passado, as capacidades de detecção, perseguição e eliminação de alvos foram melhoradas, aumentou a percentagem de golpes acertando no alvo". Ele pediu para se "produzir o novo sistema na quantidade máxima" para que "ele cubra todo o país como uma floresta” para "eliminar as ilusões dos inimigos sobre sua supremacia aérea".
Kim Jong-un elogiou o comando militar, destacando que “em comparação com o ano passado, as capacidades de detecção, perseguição e eliminação de alvos foram melhoradas, aumentou a percentagem de golpes acertando no alvo". Ele pediu para se "produzir o novo sistema na quantidade máxima" para que "ele cubra todo o país como uma floresta” para "eliminar as ilusões dos inimigos sobre sua supremacia aérea".