quarta-feira, 24 de abril de 2013

Uma passagem de só ida para Marte

Boris Pavlischev
v d ru

A companhia não comercial privada Mars One começou a receber requerimentos dos interessados em se tornarem os primeiros colonos de Marte.

Segundo os planos de Bas Lansdorp, empresário da Holanda e iniciador do projeto, os primeiros quatro colonos chegarão ao Planeta Vermelho dentro de 10 anos em 24 de abril de 2023. Eles ficarão lá para sempre, porque as possibilidades e recursos técnicos não prevêem retorno para a Terra. Aliás, isto barateia em dezenas de vezes todo o plano.
Cada pretendente à passagem marciana só de ida deve enviar uma mensagem em vídeo, na qual explica porque justamente ele ou ela deve ser escolhido para o papel de colono. A recepção dos vídeos de todo o mundo durará dois anos. Para afastar as pessoas que não levam a sério, os organizadores cobrarão a pequena taxa de 25 dólares.
Espera-se não menos de um milhão de vídeos-requerimentos. Através deles definirão os candidatos, que serão divididos em quatro e começarão a preparar. Os futuros marcianos aprenderão a encontrar uma saída de diferentes situações estressantes. Está prevista a reclusão em maquete de base marciana com contenção de comunicação com a terra, como na experiência russa Marte-500.
Até 2022 – momento do envio dos primeiros colonos da Terra – a reserva para a colônia em Marte já será criada. Algumas naves Dragon levarão para lá mantimentos, módulos residenciais, sistemas de manutenção da vida e veículos todo-o-terreno.
Mars One é um projeto ainda mais arriscado do que o pretendido vôo balístico em torno de Marte, com lançamento em 2018. Fala o chefe da secção de psicologia do Instituto de problemas médico-biológicos da Academia de Ciências da Rússia, Yuri Bubeev:
“Em todo caso as pessoas que declaram estar dispostas a permanecer e não voltar, com certeza terão um momento em que mudarão de opinião e já não poderão fazer nada. Com certeza elas mudarão de ideia nos primeiros meses. Se elas têm passagem só de ida, a Terra ouvirá muitos pedidos de ajuda em vão”.
Yuri Bubeev lembra como nas experiências passadas de isolamento prolongado a seus participantes propuseram escolher os pratos para compor o cardápio para os 2 anos seguintes. Dentro de um mês verificou-se que os pratos preferidos cansaram e era necessário algo diferente. No isolamento muda não apenas o paladar, preferências, mas também a avaliação das decisões tomadas. Mais do que isto,- as próprias características da personalidade – prossegue o especialista.
“A consciência de que têm passagem só de ida muda muita coisa. Serão já pessoas diferentes daquelas que partiram da Terra. Com o desenvolvimento negativo dos acontecimentos a impossibilidade de corrigir a situação a bordo da nave da Terra, fará com que o cumprimento da honrosa missão deixe de ser prioridade."
Nem todos os que querem voar sem retorno para Marte são psiquicamente saudáveis – considera o catedrático de psicoterapia da Universidade Estatal de Medicina e Odontologia de Moscou, Vladimir Malyguin. Ao se decidir a tal passo eles não se guiam por argumentos da razão:
"Ou é uma reação depressiva a algo, ou episódio depressivo – isto também não é saúde. Ainda não é doença, mas é patologia. Entre eles há muitos pessoas problemáticas.”
Não há falta de pessoas problemáticas. A companhia Mars One já recebeu 10 mil cartas eletrônicas de interessados de cem países. Parece que serão detidos apenas por força maior – se a companhia não conseguir reunir os 6 bilhões de dólares necessários e os planos fracassarem. A maior parte dos recursos deverá vir de emissões de shows de televisão, que se pretende continuar também em forma de transmissões diretas de Marte.
SNB

Hackers invadem Twitter de agência e manipulam mercados


ALINE SELYUKH - Reuters
Hackers controlaram na terça-feira uma conta da agência de notícias Associated Press no Twitter, por meio da qual transmitiram uma falsa mensagem sobre duas explosões na Casa Branca, que abalaram por alguns momentos os mercados financeiros dos Estados Unidos.
Em mais um incidente grave envolvendo o Twitter, a conta oficial @AP informou que o presidente Barack Obama havia ficado ferido nas explosões na sede do governo.
Paul Colford, porta-voz da AP, rapidamente confirmou que os tuítes eram falsos, mas bastaram 3 minutos após a divulgação do trote para que praticamente todos os mercados dos EUA despencassem, numa situação descrita por um operador como "puro caos".
A mensagem foi divulgada pouco depois das 13h (horário de Washington, 14h em Brasília). Logo depois, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, foi a público anunciar que Obama estava bem.
Os mercados se recuperaram rapidamente depois que a falsa mensagem foi tirada do ar. Alguns operadores disseram que a oscilação refletiu o comportamento de operações informatizadas, que são disparadas automaticamente.
Um grupo que se intitula Exército Eletrônico Sírio e que diz apoiar o presidente desse país, Bashar al Assad, em uma guerra civil iniciada em 2011, usou a sua própria conta do Twitter para assumir a responsabilidade pelo boato.
O grupo, que cria novas contas toda vez que o Twitter cancela uma antiga, recentemente reivindicou também a autoria de um ataque cibernético semelhante contra as contas do Twitter operadas pela Rádio Pública Nacional dos EUA, pela BBC e pelo programa "60 Minutes", da CBS.
As duas contas da AP no Twitter, chamadas @AP e @AP_Mobile, foram suspensas logo depois da mensagem falsa, e a agência posteriormente informou que hackers já fizeram repetidas tentativas de furtar senhas de jornalistas seus.
O FBI informou que estava investigando como hackers conseguiram invadir a conta da AP, segundo uma porta-voz.
O Twitter disse que não comentaria o caso específico da AP. Críticos dizem que o site tem falhas no seu sistema de segurança que facilitam invasões desse tipo. 
ESTADO D S PAULO... SNB

Força Aérea comemora Dia da Aviação de Caça com destaque aos brasileiros veteranos de guerra

 O lema “voar, combater e vencer” ecoou na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, como parte das comemorações alusivas ao Dia da Aviação de Caça – celebrado na manhã desta segunda-feira (22). Em duas solenidades, uma delas com a presença do ministro da Defesa, Celso Amorim, os veteranos brasileiros da 2ª Guerra Mundial foram os grandes homenageados.O foco foi para a atuação dos pilotos do 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAvCa) nos céus da Itália em 1945. “Destacou-se a coragem, eram todos voluntários e jovens, entre 20 e 30 anos. Alguns não retornaram para casa”, discursou com voz embargada o comandante do 1º GAvCa, tenente-coronel-aviador Eduardo Almeida da Silva.

As palavras do comandante foram ditas logo nas primeiras horas do dia, durante formatura do P-47 (modelo do avião usado pelos veteranos na época). Na ocasião, ele relembrou, com pesar, o falecimento, no mês passado, de um dos remanescentes de guerra, o brigadeiro José Rebelo Meira de Vasconcelos. E disse: “Um dia antes de sua morte, conversei com o brigadeiro Meira sobre a importância dos veteranos”. Neste momento, foram lidos os nomes dos integrantes do grupo já falecidos, homenageados com salva de tiros.

O coronel completou dizendo que este ano, pela primeira vez, nenhum veterano piloto esteve presente nas comemorações. “Só temos dois vivos, mas que por restrições de saúde não puderam vir”, disse referindo-se aos brigadeiros Rui Barbosa Moreira Lima e José Carlos de Miranda Corrêa.

Após o término da solenidade, os presentes deslocaram-se para outro pátio de formatura, onde assistiram a cerimônia do Dia da Aviação de Caça. Antes de iniciar, fitaram os olhos para cima observando o sobrevoo de aeronaves na Base de Santa Cruz.
Dissuasão e pronta-resposta
O evento seguinte foi presidido por Celso Amorim. A seu lado estava o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito. Além de complementar as festividades do Dia da Aviação de Caça, a cerimônia teve o objetivo de condecorar militares e instituições da Força Aérea Brasileira (FAB).

Em ordem do dia lida durante a solenidade, assinada pelo comandante-geral de Operações Aéreas, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, foi destacado o legado deixado pelos remanescentes da 2ª Guerra. “A inspiração pelo exemplo e os ensinamentos transmitidos pelos nossos veteranos, traçaram ­­o caminho sólido que nos traz até os dias atuais. Gerações de pilotos e de pessoal de manutenção foram forjadas dentro de um mesmo espírito, uma mesma doutrina.”

Também foi mencionada pelo comandante-geral a necessidade de investimento na renovação da frota de aeronaves da FAB, a fim de manter a integridade do espaço aéreo. “Levando-se em conta a estatura do nosso país e a inquestionável e prioritária importância do poder aéreo para dissuadir eventuais agressões é fundamental a existência de meios materiais e bélicos que mantenham nossa capacidade de pronta-resposta. (...) Assim, há a necessidade de investimentos que garantam a confiabilidade e a atualização de nossa frota de aeronaves.”

Participaram das cerimônias o comandante da Base Aérea de Santa Cruz, coronel-aviador Sérgio Barros de Oliveira, e demais personalidades civis e militares. A última solenidade foi encerrada com desfile ao som do hino Senta a Púa.
Fotos: Tereza Sobreira
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)Ministério da Defesa
SNB

terça-feira, 23 de abril de 2013

PARA OS AMIGOS DO GOOGLE +

                    
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EUA vendem US$ 10 bilhões em equipamento militar a Israel

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

Chuck Hagel, secretário de Defesa dos EUA, anunciou no domingo durante visita a Israel a venda de equipamento militar em valor estimado em US$ 10 bilhões (R$ 20 bilhões).
Os armamentos, que incluem helicópteros de transporte e de reabastecimento, têm como intuito "garantir a superioridade aérea" do país, no que foi entendido como uma mensagem clara ao Irã.
O pacote inclui as aeronaves V-22 Osprey, até então não exportadas para fora dos EUA. Capazes de decolar e pousar verticalmente, são um equipamento considerado avançado na área, e devem garantir que Israel esteja na vanguarda aérea na região.
O número de aeronaves não foi divulgado oficialmente.
"Os EUA e Israel estão lidando com os desafios dessa nossa dura vizinhança, em primeiro lugar e principalmente o Irã", afirmou Moshe Yaalon, ministro da Defesa de Israel, durante o evento.
Questionado sobre um possível ataque israelense ao Irã, Hagel afirmou crer que esse cálculo deve ser feito por Israel --"toda nação soberana tem o direito de defender-se".
A administração americana demonstrou no entanto, em outras ocasiões, receio de que uma ofensiva israelense acenda uma guerra regional, tragando outros países ao confronto.
De maioria xiita, o Irã tem como aliados o regime de Bashar Assad, na Síria, e o grupo radical Hizbollah, no Líbano.
Analistas têm apontado que, com a proximidade das eleições presidenciais iranianas, em junho, Israel está desacelerando a retórica contra Teerã, dando tempo aos esforços de negociação --por enquanto, sem resultado.
O Irã insiste em seu direito de enriquecer urânio, afirmando fazê-lo para uso doméstico de energia. A comunidade internacional, no entanto, teme que o objetivo do país persa seja o bélico. Acredita-se que, hoje, Israel seja o único país no Oriente Médio a possuir um arsenal nuclear.
VOLTA
Hagel iniciou anteontem um giro de uma semana pela região, com foco na ameaça iraniana e na guerra civil síria. Durante a viagem, irá tratar da venda de armamentos não apenas a Israel, mas também à Arábia Saudita e aos Emirados Árabes Unidos.
Após Israel, o secretário de Defesa americano irá a Amã. De lá, seguirá para Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes --onde deve finalizar a venda de caças F-16, em acordo que inclui o treinamento de pilotos emirados.
Enquanto Hagel realiza seu giro pelo Oriente Médio, John Kerry anunciou no domingo, em Istambul, que irá dobrar o auxílio repassado à insurgência síria na aquisição de "suprimentos não letais". Com isso, serão US$ 123 milhões (R$ 247 milhões) adicionais.
Não está claro de que equipamentos se trata, mas a administração americana já havia sinalizado ter a intenção de auxiliar com vestes de proteção e visores noturnos. 
FOLHA...........SNB

Nós abatemos o avião ultrassecreto da Força Aérea dos EUA"

Konstantin Katchalin

O comando da OTAN em Bruxelas ficou muito abalado no dia 27 de março de 1999. Pela primeira vez na história das operações militares do F-117А, o avião mais “secreto” da FA dos EUA, ele não só foi detectado pelos radares antiaéreos da Iugoslávia, mas foi inclusive abatido perto de Belgrado.

Este foi um rude golpe no prestígio do complexo militar-industrial norte-americano e da corporação Lockheed. O Pentágono afirmou que teria havido um erro técnico e que o “avião invisível” se teria simplesmente despenhado algures nas florestas da Sérvia. Os militares dos EUA não reconheceram, senão a 25 de novembro, que o F-117A tinha sido destruído por um míssil soviético.
A verdade não foi apenas ocultada aos americanos comuns, mas também aos muitos clientes que já tinham assinado contratos com aLockheed. O “avião invisível” era na altura muito popular em todo o mundo.
O orgulho da aeronáutica estadunidense, no valor de cerca de 50 milhões de dólares, foi destruído por um sistema de mísseis terra-ar com a chancela Made in USSR. O primeiro a carregar no botão de lançamento foi Dragan Matic. Na altura, ele me contou detalhadamente as particularidades dessa operação:
“No dia 24 de março de 1999, nós abandonámos a nossa unidade posicionando-nos numa área periférica de Belgrado. Passamos três dias relativamente calmos. Nós trabalhamos em equipe, com os procedimentos habituais que executávamos às ordens do nosso comandante. O principal era não sermos detectados pelos radares dos AWACS que habitualmente acompanhavam os aviões da OTAN. Especialmente os F-117A.
“Nós estávamos estacionados junto à aldeia de Simanovci. No dia 27 de março, quase ao anoitecer, toda a nossa brigada estava de serviço. O colega do serviço de seguimento informou que havia fortes interferências e que o sinal estava mais próximo das nossas posições. Praticamente 5 minutos depois, a pesquisa de rádio transmitiu que um alvo se dirigia para a nossa bateria. O comandante analisava a tela e recebia as indicações da pesquisa de rádio. O alvo se dirigia contra nós. Nós detectamo-lo. Eu olhei para a tela e vi claramente a marca do alvo. Começamos a fazer o seguimento do alvo, ele estava perfeitamente visível.
“Eu relatei ao comandante que o alvo estava fixado pelos nossos instrumentos e que estávamos prontos para abatê-lo. Dezassete segundos depois da ordem de “Fogo!”, o alvo foi atingido pelo nosso míssil. O primeiro míssil arrancou a asa ao avião furtivo e o segundo abateu o próprio avião. O piloto se catapultou e o avião caiu.
“É uma fantasia dos engenheiros e pilotos estadunidenses que o F-117A é invisível. Todas as tecnologias furtivas garantem a sua “invisibilidade” apenas no diapasão de rádio de alta frequência. Ele é bastante visível nos radares que trabalham com baixas frequências. Foi por isso que nós detectámo-lo ainda a 50 quilômetros e esperámos até ele passar perto da nossa bateria para abatê-lo.
“É verdade que ele tem um sinal mais fraco que os aviões normais, mas mesmo assim ele aparece nas telas dos radares. Pode ser que o piloto se tenha enganado, ou que se tenha perdido, mas ele voava apenas a 5 quilômetros de altitude e se tornou num alvo nosso.
“Nós abatemos um aparelho terrível e fantástico, o avião ultrassecreto da Força Aérea dos Estados Unidos. O piloto catapultou-se e se escondeu na floresta. Cinco horas depois, chegou em vários helicópteros um grupo de resgate de operações especiais norte-americano que o levou. No dia seguinte, ele já estava na base aérea de Aviano, perto de Veneza.
“Quando conseguimos abater o avião, abandonamos imediatamente o local juntamente com o equipamento. Quanto mais depressa mudarmos de posição, mais hipóteses de sobreviver tem a bateria. Nós fizemos isso 24 vezes durante estes três meses de agressão e foi o que salvou a nossa bateria. Não tivemos vítimas entra a nossa equipe. No entanto, a nossa brigada antiaérea teve 9 mortos.”
VD RU.......SNB

NASA lança com sucesso três satélites Smartphone

WASHINGTON -. Três smartphones destinados a se tornar satélites de baixo custo, montados domingo ao espaço a bordo do vôo inaugural da Orbital Ciência Corp 's Antares foguete de Wallops Island Voos Facility da NASA na Virgínia O trio de "PhoneSats" está operando em órbita, e Pode revelar-se os satélites de menor custo já percorridos no espaço. O objectivo da missão PhoneSat da NASA, é determinar se um aparelho consumidor da classe podem ser usadas como o principal aviónica aéreas de um capaz, ainda muito barato, por satélite. transmissões de todas as três PhoneSats ter sido recebida pelo múltiplas estações terrestres na Terra, o que indica que eles estão a funcionar normalmente. A equipe PhoneSat do Centro de Pesquisa Ames, em Moffett Field, na Califórnia, vai continuar a monitorar os satélites nos próximos dias. Os satélites deverão permanecer em órbita por até duas semanas. "É sempre bom ver uma missão tecnologia espacial fazê-lo em órbita - o alto fronteira é o campo de teste final para novas e inovadoras tecnologias espaciais do futuro" disse Michael Gazarik, administrador associado da NASA para a t
ecnologia espacial em Washington. "Os smartphones oferecem uma riqueza de recursos potenciais para voar pequenos de baixo custo, satélites, poderosas para a atmosfera ou a ciência da Terra, comunicações, ou outras aplicações espaço-nascidos. Eles também podem abrir espaço para toda uma nova geração de usuários comerciais, acadêmicos e cidadãos-espaço ". Satélites constituídas principalmente dos smartphones vai enviar informações sobre sua saúde através do rádio de volta para a Terra, em um esforço para demonstrar que pode funcionar como satélites no espaço. A sonda também vai tentar tirar fotos da Terra usando suas câmeras. Operadores de rádio amador em todo o mundo podem participar da missão, monitorando transmissões e recuperação de dados de imagem a partir dos três satélites. Grande imagens serão transmitidos em pequenos pedaços e vai ser reconstruído por meio de uma rede de estações de base distribuídas. Mais informação pode ser encontrada em:PhoneSats off-the-shelf da NASA já tem muitos dos sistemas necessários para um satélite, incluindo processadores rápidos, sistemas operacionais versáteis, múltiplos sensores em miniatura, câmeras de alta resolução, receptores GPS e diversas rádios. engenheiros da NASA manteve o custo total dos componentes para os três satélites protótipo no projecto PhoneSat entre 3,500 $ e $ 7000 por meio de hardware principalmente comercial e mantendo os objectivos de concepção e de missão para um mínimo. . O hardware para esta missão é o Google, HTC Nexus One, smartphone rodando o sistema operacional Android NASA acrescentou itens de um satélite necessita que os smartphones não têm - um maior, banco de baterias de lítio-ion externa e uma mais potente de rádio para mensagens que envia a partir do espaço. A capacidade do smartphone para enviar e receber chamadas e mensagens de texto foi desativado. Cada smartphone está alojado em uma estrutura cubesat padrão, medindo cerca de 4 centímetros quadrados. O smartphone funciona como computador de bordo do satélite. Seus sensores são utilizados para a determinação de atitude e sua câmera para observação da Terra. Para saber mais sobre informações sobre o Programa de Pequenas nave espacial da NASA Tecnologia ea missão PhoneSat, visite:..
A missão PhoneSat é um projeto de demonstração de tecnologia desenvolvida através de Pequeno Programa de Tecnologia da nave espacial da agência, parte da Direcção Missão Tecnologia Espacial da NASA. A Direcção é inovar, desenvolver, testar e voar hardware para uso no futuro da ciência e missões de exploração. Investimentos em tecnologia da NASA fornecer soluções de ponta para o futuro da nossa nação. Para mais informações sobre Mission Directorate Tecnologia Espacial da NASA, visite:
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Lançamento bem sucedido para Antares


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ISS Atualização: Bruce Manners fala sobre o teste de lançamento Antares


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segunda-feira, 22 de abril de 2013

LAAD BASTIDORES 1 - SISTEMA DE DEFESA AÉREA PARANA

Alexandre Beraldi
Causou surpresa o anúncio veiculado por fontes russas de que pretendia desenvolver um avançado sistema de defesa aérea em conjunto com o Brasil. A equipe do DefesaNet saiu então em campo para apurar detalhes do que seria este misterioso sistema até então desconhecido.

Estabelecido contato com os representantes da estatal russa Rosoboronexport  que se fizeram presentes à LAAD 2013, obteve-se mais detalhes sobre o Sistema de Defesa Aérea PARANA. A proposição é, na verdade, um projeto de adaptação e nacionalização do conhecido Pechora-2M (S-125 2M).

Segundo a Rosoboronexport o sistema AAé Pechora possui uma arquitetura que facilita a incorporação de sistemas alienígenas, assim o PARANA, nos moldes propostos, empregaria possivelmente um radar de vigilância nacional OrbiSat SABER M-200 integrando o sistema na função de busca de alvos, em substituição ao radar de busca P-15 original. Ele seria operado em conjunto com uma versão nacionalizada do radar de direção de tiro SNR-125M-2M(K), ambos controlados por um Centro de Operações Antiaéreas Móvel nacional, rodando um software nacionalizado e integrado ao sistema de Defesa Aérea Brasileiro.

Segundo informações da OrbiSat  a empresa poderá desenvolver um novo radar para os futuros programas de defesa antiaérea das Forças Armadas. Sendo que, este novo radar deverá ser baseado no radar secundário existente no M200.


O PARANA seria montado em chassis de veículos nacionais para facilitar a logística e manter altos índices de mobilidade e operacionalidade a despeito das adversidades das condições de uso em qualquer terreno. Assim o posto de comando, radares, rampas de lançamento, sistemas de municiamento e meios auxiliares seriam todos montados sobre uma mesma plataforma automotiva militarizada nacional, como, por exemplo, a que for usada no sistema ASTROS 2020 da AVIBRAS.

O sistema ainda utilizaria o método de lançamento por rampas canteiráveis, e não o lançamento vertical comum nos modernos mísseis AAé de médio alcance. Porém, seria utilizada uma versão mais moderna do míssil 5V27DE atualmente em produção, que teria, segundo a Rosoboronexport, maior velocidade, maior alcance e grande capacidade contra alvos de seção radar reduzida, sendo eficaz contra aeronaves e armamentos guiados stealth.

Foi reportado por um funcionário da comitiva que o Pechora-2M, apesar de não tão cercado de admiração como os mais novos S-300 e S-400, tem sido efetivamente empregado em combate recente com altos índices de eficácia, insinuando que teria sido usado com sucesso pela Síria para abater um RF-4E turco.

A origem do Pechora-2M está no sistema de mísseis SA-3 GOA (código OTAN), cuja operação na Guerra do Yon Kippur (1973) causou enormes perdas à Força Aérea Israelense (IAF). Um sistema de Defesa Aérea fornecido pela então União Soviética ao Egito, formado pelos sistemas de mísseis: SA-2 GUIDELINE, SA-3 GOA e SA-6 GAINFUL, tornou-se quase intransponível à IAF .

As empresas que brasileiras que participariam neste empreendimento é a ODEBRECHT Defesa e Tecnologia, através da MECTRON, mísseis e sistemas de controle, e a EMBRAER Defesa e Tecnologia, através da OrbiSat com o radar SABER 200 e a integração ao PARANÁ

O Governo Brasileiro está focado primeiramente na aquisição do Sistema de Defesa Aérea Pantsir S1, cujas negociações estão em andamento entre os dois governos.

A oferta russa está focada em dois Projetos Estratégicos do Exército Brasileiro: o PROTEGER, voltado para a Defesa de Infraestrutura Crítica e o Projeto Estratégico do Exército Defesa Antiaérea (PEE DAAe), 

Alguns dados técnicos preliminares do atual Sistema S-125 Pechora-2M baseado em fontes da Rosoboronexport:

Descrição – projetado para proteger instalações administrativas, industriais e instalações militares contra toa as ameaças de alvos aéreos: mísseis Cruise, helicópteros, Drones, incluindo objetos de pequeno volume e / ou características Stealth (discretas).

O sistema foi montado em um chassi para mobilidade e sobrevivência no campo de batalha. Tem resistência avançada à Interferência Eletrônica (jamming)

Faixa de engajamento -         200m  a   20 km
Alcance Máximo –                  a 0,5 km  até 22 km
                                               5-20 km   até 32 km
Velocidade Max do alvo          700m/s
Single shot Kill Probability       0,99%
Número de Alvos Trackeado   1-2 Alvos
Número de alvos seguidos       até 16
Cabine de Comando Distância do Lançador   200m  

DNT..SNB

Forças de segurança do país revelam treinamentos para grandes eventos


Depois de meses de espera, chegou a hora de entrar em ação.O comando de operações táticas da Polícia Federal está à procura de um terrorista. Informações de inteligência levaram os agentes até o local. A operação era apenas treinamento. Exercício necessário para o país, que se prepara para sediar quatro grandes eventos internacionais. 
O atentado na maratona de Boston, nesta semana, acendeu a luz amarela. Faltam apenas 55 dias para a Copa das Confederações. Seis capitais vão receber a competição, entre 15 e 30 de junho de 2013.  Quase 50 mil homens das forças armadas e da segurança pública atuarão nessas cidades.
Poucos dias depois, vem o segundo teste: a visita do Papa Francisco ao Brasil. Ele vai participar da Jornada Mundial da Juventude, em julho, no Rio de Janeiro. O Rio também será sede das Olimpíadas de 2016. E ainda tem a Copa do Mundo, em 2014.
Mas será que existe o risco de um ataque terrorista no Brasil?
“Eu sinceramente não vejo uma ameaça, mas há uma ameaça latente no mundo que pode baixar em qualquer lugar. Então, nós temos que estar preparados para enfrentá-la”, diz Celso Amorim, ministro da defesa.
As tarefas de segurança serão divididas. O perigo pode estar em qualquer lugar, como em um pacote abandonado na rua.
Os homens da Polícia Federal têm a missão de prevenir eventuais ataques.
Na ação, o especialista é chamado. Ele se dirige ao local sinalizado pelos colegas.  No local, monta o aparelho de raios-X que vai mostrar se o pacote contém de fato uma bomba. As imagens são enviadas para um computador. Com a certeza de que o material é perigoso, entra em ação um pequeno robô, comandado à distância. O robô se aproxima.  E, com um jato super potente de água, desativa o explosivo. Quinze desses robôs foram comprados e devem chegar ao país em maio.
A Polícia Federal está montando unidades antiterror em todas as cidades que vão sediar a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. E encomendou 28 roupas especiais. Elas pesam 40 quilos, e a uma distância de três metros, é capaz de resistir a uma bomba 500 vezes mais potente do que a carga usada para explodir uma porta.
“Ela não me transforma em um super-homem.  Mas, em contrapartida, ela me dá uma proteção balística muito grande”, disse um agente.
Em Goiânia, uma unidade especial do exército se prepara para enfrentar outra situação extrema.  O risco de uma contaminação radioativa.
Os militares jogam um sinalizador em um dos cômodos. Ele ajuda uma equipe de especialistas a detectar o perigo.
O grupo faz parte dos 1.200 homens das forças armadas treinados para ações contra terroristas, na terra e no ar.  Doze helicópteros de combate poderão interceptar aviões que voarem em áreas proibidas durante os eventos.
Em uma sala, em Brasília, a missão é evitar a ameaça de vírus e hackers. Um ataque poderia deixar milhares de usuários sem serviços básicos e até mesmo provocar um apagão.
“Na área cibernética, o tempo de reação é muito pequeno. Todas as agências preocupadas com a segurança pública estão tomando medidas preventivas”, conta o general José Carlos dos Santos.
A estratégia do governo é dividir papéis e responsabilidades.
No Maracanã, o Batalhão de Operações Especiais, o Bope, vai auxiliar os agentes contratados pela Fifa. Eles cuidarão da segurança dentro dos estádios. Da porta pra fora, a tarefa é do Estado. 
“Aqui vai estar a disposição toda a segurança privada,”, diz o gerente de segurança da Fifa.
Mas a menos de dois meses para a primeira partida da Copa das Confederações, ainda não houve um treinamento conjunto no Maracanã.
Até agora, só os uniformes estão prontos. As câmeras de segurança de alta resolução já foram instaladas, mas não foram testadas.
Faltam seis dias para a inauguração do Maracanã. E o ritmo das obras ainda é intenso.  Chega a ter impressão de que não vai dar tempo. Será que o atraso nas obras e na entrega de equipamentos não pode comprometer a segurança na Copa das Confederações?
“Tudo que o comitê tem acompanhado, todos os centros de comando e controle vão estar prontos”.
Quase R$ 2 bilhões foram investidos para equipar as Forças Armadas e a segurança pública.
Mas nem tudo ficará pronto a tempo para o primeiro grande teste.  Apenas três de seis caminhões, equipados com um sofisticado sistema de comunicação, estarão a postos para a Copa das Confederações.
Em Brasília, um Centro Nacional de Controle deveria monitorar tudo o que acontece nos locais de competição. Mas a entrega dos equipamentos atrasou.
Outros doze centros regionais estão previstos para a Copa do Mundo. Para a Copa das Confederações, apenas os comandos do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte serão entregues.
Fantástico: “Mas a previsão não era para ter centros de comando e controle nos seis estados. E também em Brasília e no Rio de Janeiro”.
“São equipamentos de última geração e que alguns deles são importados, e, portanto, tem uma dificuldade maior. Então, nós sabíamos que alguma coisa poderia atrasar. Mas, em nada compromete a nossa atuação”, disse Valdinho Caetano, sec. para grandes eventos Ministério da Justiça.
Para um especialista, falta comando. “Quando você não tem essa estrutura montada, significa que você não pode oferecer uma real capacidade de resposta a uma ameaça, a um atentado que possa ocorrer”, explica o professor da Universidade Federal Fluminense Marcial Suarez.
“Eu acredito que nós não estamos vulneráveis. Agora temos que nos prevenir. Não podemos ficar confiantes no fato de que no Brasil nunca aconteceu nada e que, portanto, nunca vai acontecer”, acredita Celso Amorim.
G1......SNB

Uma pequena empresa brasileira acaba de lançar o primeiro motor turbo do país, projetado e fabricado no país laad 2013


Uma pequena empresa brasileira acaba de lançar o primeiro motor turbo do país, projetado e fabricado no país para começar a preencher uma lacuna crítica na base industrial aeroespacial do país.
Polaris espera iniciar voos de teste dos 1.000 lb-impulso (4.45kN) classe TJ1000 a bordo da Avibras AVMT-300 Matador míssil de cruzeiro nos próximos três ou quatro meses, diz o diretor da empresa Malrum Medici.
"É um avanço tecnológico no Brasil", diz ele.
Fabricantes brasileiros oferecem uma ampla gama de aeronaves comerciais e militares, bem como aviônicos, ar-lançados armas e sensores aerotransportados. Mas o país sempre faltava um fornecedor natural de motores a jato.
Polaris foi formado em São José dos Campos em 1999 por ex- Embraer engenheiros para resolver essa deficiência.
O TJ1000 é destinado a um mercado em crescimento no Brasil para turbojatos para mísseis de cruzeiro de energia, drones alvo e veículos aéreos não tripulados.A 70 kg (£ 154) turbo apresenta um compressor axial de quatro estágios, que compreende uma única peça de alumínio. Está listado com um combustor anual e uma turbina de uma só fase.
Polaris já está olhando para além do AVMT-300 para aplicações futuras. Ao adaptar o TJ1000 com uma arquitetura turboshaft, Medici diz o Avibras Falcao UAV pode se tornar uma oportunidade de curto prazo. O projeto Falcao foi recentemente absorvida pela joint venture Harpia, que também inclui Elbit Systems subsidiária AEL Sistemas e Embraer.
No longo prazo, Polaris pretende oferecer uma versão certificada do motor turboshaft para substituir o Pratt & Whitney Canada PT6-powered T-26 Tucano de treinamento básico Embraer. Polaris está considerando um projeto de fluxo de ar reverso, que é semelhante à arquitetura PT6, diz Medici.
Tal projeto seria necessário o apoio do governo, a fim de Polaris para arcar com os custos de certificação, acrescenta.
SNB

Astrônomos acham sistema com dois planetas na zona habitável

SALVADOR NOGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quem pensa que o Sistema Solar é interessante por ter um planeta habitável vai pirar com o que há ao redor da estrela Kepler-62. Lá, nada menos que dois mundos --possivelmente rochosos-- ocupam órbitas na região mais favorável ao surgimento da vida.
É a conclusão eletrizante a que chega um estudo produzido pela equipe do satélite Kepler, caçador de planetas da Nasa, e recém-publicado na revista científica americana "Science".
Os pesquisadores liderados por William Borucki identificaram um total de cinco planetas girando ao redor da estrela, uma anã laranja com 63% do diâmetro do Sol.
Todos eles são relativamente nanicos --quatro entram na categoria das superterras (com diâmetro até duas vezes o terrestre) e um é do tamanho de Marte, ou seja, menor que a Terra.
Os três mais internos são quentes demais para abrigar vida. Já os dois mais externos, Kepler-62e e Kepler-62f, têm suas órbitas na chamada zona habitável do sistema --região em que, numa atmosfera similar à da Terra, um planeta pode abrigar água líquida em sua superfície.APARÊNCIAS ENGANAM
A questão é: esses planetas são parecidos com a Terra? Constatar isso é um dos maiores desafios da astronomia, uma vez que as superterras não têm equivalente no Sistema Solar.
Por aqui, há, nas órbitas mais distantes, planetas gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Urano, Netuno), e nas mais próximas do Sol os pequeninos mundos rochosos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte), dos quais o nosso planeta é o maior deles.
As superterras, em termos de tamanho, estão no meio do caminho entre essas duas categorias. Mas ninguém sabe com certeza se elas são rochosos grandalhões ou gasosos murchos.
E isso tende a fazer toda a diferença do mundo para a busca por vida.
Uma forma de resolver a questão é determinar, ao mesmo tempo, o diâmetro do planeta e sua massa. Assim, dividindo a massa pelo volume, obtemos a densidade. Com ela, dá para saber se o planeta é rochoso ou gasoso.
A técnica usada pelo satélite Kepler para detectar planetas (medir pequenas reduções de brilho nas estrelas conforme os mundos ao seu redor passam à frente dela, como minieclipses) é boa para medir o diâmetro.
Contudo, para estimar a massa com segurança, a melhor técnica é a usada pelos observatórios em terra, que mede o "bamboleio" gravitacional da estrela conforme os planetas giram ao seu redor.
Infelizmente, no caso do Kepler-62, os planetas são pequenos demais e a estrela é muito ativa para permitir o uso dessa estratégia para confirmar a massa desses mundos com o nível de precisão dos instrumentos atuais.
CASOS SIMILARES
Embora a composição desses mundos ainda seja desconhecida, os pesquisadores citam outros planetas com diâmetro similar que tiveram sua densidade medida (três casos no total) para argumentar que Kepler-62e e Kepler-62f provavelmente sejam rochosos como a Terra.
Uma modelagem em computador feita por um outro grupo liderado por Lisa Kaltenegger, do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica, nos EUA, sugere que os dois planetas devem ter oceanos globais cobrindo totalmente sua superfície --planetas-água, por assim dizer. Mas isso pressupõe que os cientistas acertaram as quantidades dos ingredientes usados para formar os planetas, o que não é de modo algum certo.
Pelo menos, esses dois mundos não têm um problema que outros planetas detectados na zona habitável de suas estrelas possuem: o "travamento gravitacional".
Reuters
Concepção artística compara o tamanho dos exoplanetas, Kepler-22b, Kepler-69c, Kepler-62e, Kepler 62f, respectivamente, com a Terra. A descoberta dos dois últimos foi anunciada nesta quinta.
Concepção artística compara o tamanho dos exoplanetas, Kepler-22b, Kepler-69c, Kepler-62e, Kepler 62f, respectivamente, com a Terra. A descoberta dos dois últimos foi anunciada nesta quinta.
Esse fenômeno acontece quando a mesma face do planeta fica o tempo todo voltada para a estrela. Mais comumente observado no sistema Terra-Lua, em que o satélite exibe sempre a mesma face para o planeta, casos como esse se apresentam naqueles mundos que orbitam muito próximos do astro principal. Mas não é o caso aqui.
"Exceto pelo planeta mais interno --Kepler-62b--, todos os planetas têm períodos orbitais tão grandes que é extremamente improvável que eles estejam travados", disse à Folha Borucki, antes de apresentar os resultados em uma entrevista coletiva organizada pela Nasa nesta quinta.
Em suma, esses dois mundos sobem direto para o topo da lista de potenciais planetas com vida, embora rigorosamente nada se possa dizer a esse respeito, exceto que, em teoria, eles podem abrigar água líquida na superfície.
Por isso, apesar do entusiasmo, os cientistas são muito cautelosos no parágrafo final de seu artigo científico: "Não sabemos se Kepler-62e e -62f têm uma composição rochosa, uma atmosfera ou água. Até que consigamos detectar espectros adequados de suas atmosferas não poderemos determinar se eles são de fato habitáveis."
Ainda assim, é impossível não se empolgar com a possibilidade
SNB

Foguete Antares é lançado com sucesso ao espaço


O primeiro foguete Antares, da companhia privada Orbital Sciences Corporation, foi lançado neste domingo ao espaço, desde a Ilha Wallops, na Virgínia, de maneira bem-sucedida, informou a agência espacial americana (Nasa). O lançamento, que foi efetuado às 18h (de Brasília) da instalação da Nasa nessa ilha, cerca de 200 quilômetros a sudeste de Washington, representa um grande passo na emergente indústria dos voos espaciais comerciais.
O foguete, de 133 metros de altura, foi desenvolvido em parte com motores desenhados originalmente para o programa russo. O lançamento ocorreu quatro dias depois do previsto por causa de uma falha técnica na ocorrida na última quarta-feira e do mau tempo na região entre sexta-feira e sábado.
A prova executada hoje é parte do programa para o desenvolvimento de missões não tripuladas à Estação Espacial Internacional (ISS). O êxito da missão supõe que poderá haver duas empresas privadas americanas atuando nas viagens de provisões à ISS, que orbita a cerca de 385 quilômetros da Terra.
A Nasa assinou contratos com a Orbital Sciences Corporation, construtora do foguete Antares, e com a Spacex, que já completou missões à ISS. A Orbital assinou um contratou de US$ 1,9 bilhão com a Nasa para efetuar oito missões de abastecimento, não tripuladas, com os foguetes Antares e uma cápsula chamada Cygnus. Já a Spacex obteve um contrato de US$ 1,6 bilhão para realizar 12 missões com seu foguete Falcon 9 e sua cápsula Dragon.
Após o vazio deixado em 2011, quando a agência espacial americana anuncio o fim da era das naves espaciais, a Nasa passou a contar com dois projetos de empresa privada para seguir atuando na construção, no abastecimento e na troca de tripulações da ISS.
EFE..TERRA ...SNB

Sirius: o maior projeto da ciência brasileira (parte 1 de 2)


Abaixo, versões ampliadas da minha reportagem publicada hoje no Estadão, sobre o novo acelerador de partículas/fonte de luz síncrotron que está para ser construído em Campinas. É a minha matéria de “despedida” do caderno Vida, que a partir de amanhã deixará de ser publicado no Estadão como uma seção independente. Os temas da editoria (ciência, meio ambiente, educação e saúde) continuarão a ser cobertos pelo jornal, mas passarão a ser publicados dentro do caderno Metrópole.
Abraços a todos, e Vida longa ao bom jornalismo!
Novo acelerador de partículas brasileiro começa a virar realidade em Campinas
William Mariotto/Estadão 
O maior projeto da história da ciência brasileira está prestes a sair do papel. Nas próximas semanas deve ter início o trabalho de limpeza do terreno para construção do novo acelerador de partículas do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas. Com um anel de mais de 500 metros de circunferência, instalado num prédio de 250 metros de diâmetro – do tamanho de um estádio de futebol – a nova máquina será cinco vezes maior e muito mais avançada do que a atual, que será desmontada.
O custo total do projeto, batizado como Sirius (nome da estrela mais brilhante no céu), é estimado em R$ 650 milhões, com o primeiro feixe de luz previsto para 2016. Outro grande projeto federal, do Reator Multipropósito Brasileiro, a ser construído em Iperó (também no interior paulista), tem um orçamento maior, de R$ 850 milhões, mas sua missão principal será a produção de radioisótopos para uso médico e industrial, e não a produção de ciência. “Se você pensar numa infraestrutura dedicada exclusivamente à pesquisa, o Sirius certamente é o maior”, diz o físico Antonio José Roque da Silva, diretor do LNLS.
A expectativa na comunidade científica é igualmente grande. A luz síncrotron (uma radiação eletromagnética de amplo espectro, que abrange desde o infravermelho até os raios X) é usada em várias áreas de pesquisa, como física, química, biologia, geologia, nanotecnologia, engenharia de materiais e até paleontologia. O acelerador funciona como um gigantesco microscópio, que os cientistas utilizam para enxergar a estrutura atômica e molecular de diferentes materiais, iluminando-os com os diferentes tipos de radiação presentes na luz síncrotron. Pode ser uma rocha, uma proteína, uma amostra de solo, um dente de dinossauro, um cabo de aço usado em plataformas de petróleo, um fio de cabelo tratado com diferentes tipos de xampu, ou qualquer outra coisa que se queira conhecer nos mínimos detalhes.
“É o sonho de entender materiais, tanto do ponto de vista estrutural quanto funcional”, afirma Roque. Com a luz síncrotron, é possível saber, por exemplo, que tipos de átomos e moléculas fazem parte de um material, qual é a distância entre eles, como eles interagem entre si, quais são suas propriedades magnéticas e várias outras coisas. São “olhos microscópicos”, nas palavras do diretor científico do LNLS, o brasileiro Harry Westfahl.
A luz é gerada pela aceleração de elétrons, que viajam dentro de um anel de 518 metros de comprimento (165 metros de diâmetro) a uma velocidade muito próxima (99,999999%) da velocidade da luz, que é de aproximadamente 300 mil km/s. A diferença do Grande Colisor de Hádrons (LHC) na Europa e de outros colisores de partículas é que os elétrons, neste caso, não se chocam uns contra os outros em nenhum momento; viajam todos na mesma direção.
O acelerador brasileiro atual, chamado UVX, entrou em operação em 1997 e atende cerca de 1,4 mil pesquisadores por ano, com quase 3 mil trabalhos científicos publicados nos últimos 16 anos. A máquina tem 18 “linhas de luz”, que são as estações de trabalho nas quais os pesquisadores realizam seus experimentos com a luz que sai do anel. Elas funcionam simultaneamente, mas cada uma é otimizada para um tipo de pesquisa. “A luz que sai do anel contém todas as frequências de onda. É só nas linhas de luz que uma frequência específica é escolhida, por meio de filtros chamados monocromadores, de acordo com a necessidade do experimento que vai ser realizado”, explica Roque.
O Sirius começará a operar com 13 linhas de luz – suficientes, já, para atender toda a demanda atual do UVX –, mas poderá chegar a 40. A nova máquina não será apenas maior, mas também substancialmente melhor do que a atual em vários aspectos, produzindo uma luz muito mais brilhante, que permitirá ampliar consideravelmente o seu leque de aplicações.
Pioneirismo. Será a única máquina do tipo na América Latina e apenas a segunda no Hemisfério Sul, além de uma na Austrália. Mais do que isso, suas especificações técnicas deverão colocá-la na linha de frente das melhores fontes de luz síncrotron do mundo. “O Sirius será a máquina de maior brilho na sua classe de energia”, garante Roque.
A energia operacional do Sirius será de 3 bilhões de elétrons-volts (GeV), comparada ao bem mais modesto 1,37 bilhão de elétrons-volts do UVX. Isso, associado a uma série de outras especificações técnicas da máquina (como a configuração de magnetos ao redor do anel), permitirá produzir feixes de fótons (luz) muito mais brilhantes do que os atuais. Uma vantagem crucial é que será possível produzir um tipo de raio X mais energético, conhecido como “duro”, capaz de penetrar materiais mais espessos – algo que a máquina atual tem dificuldade de fazer. O limite de energia dos fótons nas linhas de luz do Sirius será de 250 mil elétrons-volts (KeV), comparado a 30 mil elétrons-volts no UVX, que é um limite inferior de energia dos raios X duros.
“O brilho do Sirius será maior do que o do UVX em todas as faixas de luz, mas nos raios X a diferença será gritante; bilhões de vezes maior”, afirma Roque.
Outro grande diferencial da máquina será a sua baixa emitância, uma característica relacionada ao tamanho da fonte e ao diâmetro do facho de luz gerado por ela, que será de 0,28 nanômetro-radiano (nm.rad), comparado a 100 nanômetros-radianos do UVX. É a menor emitância de qualquer fonte de luz síncrotron em operação ou sendo projetada no mundo, segundo Roque.
Para entender a diferença, de uma forma geral, pode-se pensar numa comparação entre o facho de luz produzido por uma lanterna e o feixe produzido por um apontador laser: a energia (quantidade de fótons) pode até ser a mesma, mas o brilho do laser é muito maior.
“Tem tudo para ser uma das duas melhores máquinas do planeta”, concorda o físico francês Yves Petroff, um dos maiores especialistas do mundo no assunto, ex-diretor do maior laboratório de luz síncrotron europeu (o ESRF, em Grenoble, na França) e ex-diretor científico do LNLS. “É o projeto mais moderno que se pode fazer com a tecnologia hoje.”
A expectativa, portanto, é que o Sirius atraia ainda mais pesquisadores estrangeiros para o Brasil; e não apenas da América Latina, mas também dos EUA e da Europa. “Os cientistas vão aonde houver os melhores equipamentos”, afirma Petroff. Ele cita o exemplo da moderna fonte de luz síncrotron de Taiwan, que atrai muitos pesquisadores dos Estados Unidos e da Europa.
Cerca de 20% dos usuários do UVX já são estrangeiros. “Bons equipamentos atraem bons pesquisadores”, diz Petroff, que contou ter vindo para o LNLS com a intenção de ficar seis meses, em 2009, mas acabou ficando três anos. “Vim porque tinha vários brasileiros no meu laboratório na França e porque gostei do que fizeram aqui no passado”, contou ele ao Estado em março, pouco antes de voltar para a França.
SNB