terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Brasil quer mais investimentos russos


Em sua visita ao Brasil, o premiê Dmitri Medvedev vai encontrar um ambiente de negócios ávido por recolher os dólares russos que começam a circular pelo mundo na forma de investimentos.

A 9ª economia mundial tem uma presença bastante tímida na 7ª (maior ainda na mão inversa), mas por ter entrado tardiamente no capitalismo, após a era Soviética, e por dispor de vastos recursos naturais e projetos de desenvolvimento em grande escala, é natural que o país suba rapidamente no ranking e suas empresas se movimentem mundo afora.
De acordo com Banco Central, que divulga sistematicamente apenas os primeiros 41 países de origem dos Investimentos Diretos (IED), em 2012 a Rússia não figura nessa lista. Ou seja, dos cerca de US$ 65,3 bilhões que ingressaram no país o ano passado, o capital russo deve ter sido diluído em pequenas quantias cuja divulgação é desprezada pela autoridade monetária brasileira.
Sabe-se que ao menos foram investidos US$ 280 milhões pela TNK-BP – recentemente comprada pela gigante estatal do petróleo Rosfnet – sócia da brasileira HRT no projeto de exploração na Bacia do Solimões (Amazonas). E, por enquanto, é com essa empresa que a presença do parceiro crescerá no País, além das esperanças depositadas com a entrada da Gazprom no mercado brasileiro (leia box abaixo).
Em recente visita, o diretor-executivo da companhia, Alex Dodds, comentou que o montante inicialmente previsto é de US$ 1 bilhão, o que corresponde a 45% de participação nos 21 blocos exploratórios da HRT naquela região amazônica. Técnicos vindos de Moscou têm colaborado nos trabalhos de abertura de novos poços, dada a experiência dos russos na exploração on-shore, enquanto o Brasil domina a exploração off-shore.
Fora esse investimento, os demais se contam nos dedos de uma mão. A Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Rússia contabiliza apenas mais três realizados nos últimos anos: da Mechel, no setor metalúrgico; da Severstal, na exploração de minério de ferro; e do Grupo Sodrugestvo em sociedade com uma cooperativa agrícola brasileira.
Havia a perspectiva de abertura da Metaprocess abrir uma fábrica de fertilizantes nitrogenados no Mato Grosso do Sul, ao custo de US$ 1 bilhão. O anúncio chegou a ser feito oficialmente pelo governo do estado, mas há mais de três anos o projeto está parado. A Voz da Rússia tentou obter mais informações, mas a assessoria do governo não retornou.
A Mechel, liderada por Igor Zuzin, principal acionista, está no Pará desde 2011 com participação de 75% nas ações da Cosipar, metalúrgica que estava à beira da falência. Consultada, a empresa não informou o montante de recursos alocados pela parceira russa, mas segundo especialistas pode ter chegado a US$ 250 milhões.
No caso do projeto de minério de ferro da Severstal, em uma mina no Amapá, sua presença é minoritária na sociedade com a brasileira SPG Mineração. Foram desembolsados US$ 49 milhões em 2010 dando direito a 25% das ações.
Por último, o Grupo Sodrugestvo sacou US$ 90 milhões para deter 51% da joint venture com a Cooperativa dos Agricultores da Região de Orlândia (CAROL), no estado de São Paulo. A CAROL Sodru, como foi rebatizada, tem como meta processar até 3 milhões de toneladas de soja até 2015.
Mas tendo em vista o estreitamento das relações dos dois parceiros no G-20 (grupo das 20 nações mais ricas) e no BRICS (grupo dos países emergentes composto também por Índia, China e África do Sul) e o maior conhecimento da economia brasileira, deverá haver uma boa diversificação do portfólio de IED russo no Brasil.
O presidente da Câmara Brasil-Rússia, Antonio Carlos Rosset, acredita na diversificação de empresas de outros setores, e inclusive menor concentração de interesses por parte de grandes grupos, como acontece hoje.
A mesma esperança demonstrada por Serguei Vassiliev, vice-presidente do maior banco de investimentos da Rússia, o Vneshekonombank, em entrevista ao correspondente da Voz da Rússia em Brasília, Alexander Krasnov, às vésperas da visita da presidente Dilma Rousseff a Moscou. Visita agora retribuída pelo primeiro-ministro Medvedev.
Enquanto a instituição russa espera o comércio e o intercâmbio de investimentos ganharem musculatura para montar uma sucursal no Brasil, o Banco do Brasil recém anunciou a abertura de um escritório em Moscou ainda no segundo semestre deste ano, assim que sair o aval da autoridade monetária russa.
Mas não deve ser problema, inclusive porque as negociações estão avançadas e até se prevê a abertura de uma agência "se a coisa andar bem", informou Paulo Rogério Caffarelli, vice-presidente de negócios internacionais do BB.
Além de estar de olho no aumento da corrente de comércio entre os dois países – foi de US$ 5,9 bilhões em 2012, sendo US$ 3,1 bilhões em exportações brasileiras – o executivo da instituição estatal diz querer atender a "clientelização de empresas russas que porventura se instalem no Brasil".
"É uma via de mão dupla", completa.
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Gazprom à espera de oportunidades
A gigante Gazprom está há um ano com um escritório de representação no Rio de Janeiro e, desde então, prospecta várias possibilidades de entrar definitivamente na economia brasileira.
"Dentro de nossa expertise, estamos analisando todas as possibilidades técnicas e comerciais, bem como conversando com as autoridades e a iniciativa privada", informou com o diretor Shakarbek Osmonov.
Com exclusividade à Voz da Rússia, o executivo da estatal no Brasil vê grande potencial na exploração de gás, tanto em terra quanto na futura exploração das reservas do pré-sal.
"O Brasil importa (da Bolívia) mais da metade do gás consumido, mas há uma demanda reprimida diante do tamanho da população e dos grandes consumidores o que trava o desenvolvimento de alguns setores", afirma Osmonov, citando a siderurgia, a petroquímica e os setores de alumínio e fertilizantes.
A tecnologia da Gazprom também pode ser estendida à prestação de serviços. O diretor da empresa argumenta que o centro de pesquisas na Rússia pode trazer ao País soluções de emprego do gás em áreas pouco ou quase nada desenvolvidas, como no transporte público.
Numa terceira corrente projetada, a Gazprom também quer convencer o empresariado brasileiro a importar gás liquefeito através de navios. "Se a Argentina compra nosso gás, por que não o Brasil também?"
VOZ DA RUSSIA..SNB

África pode contar com experiência brasileira, diz ministro Cândido Van-Dúnem


Luanda - O ministro da Defesa Nacional, Cândido Van-Dúnem, afirmou hoje que Angola e África, no geral, podem contar com a experiência brasileira nos domínios da defesa, desenvolvimento democrático e combate à pobreza, conhecimentos que tem tentado transmitir aos outros povos.
De acordo com o titular da pasta da Defesa Nacional, que falava na abertura das conversações das delegações dos ministérios da Defesa de ambos Estados, o Brasil é umEstado moderno com perspectivas políticas, económicas e culturais "enormes", caminhando a passos longos para o seu desenvolvimento.
"Por isso, enaltecemos o inestimável contributo dado pelo governo e povo do Brasil, a favor da consolidação da democracia em África onde ainda muitos países se debatem com problemas de estabilidade político-militar, factor que tem obstaculizado o seu desenvolvimento socioeconómico", sublinhou.
O governante augurou que as relações Angola/Brasil se desenvolvam de modo cada vez mais profundo e fraternal e contribua, de facto, para a melhoria do nível de vida dos respectivos povos.
Por isso, disse esperar que a visita que o seu homólogo do Brasil, Celson Amorin, efectua desde hoje a Angola, abra novas perspectivas nas relações e possibilite o relançamento da cooperação bilateral no domínio da Defesa e das Forças Armadas, com uma maior dinâmica.
Nas conversações, as delegações, chefiadas pelos ministros da Defesa angolano, Cândido Van-Dúnem, e do Brasil, Celso Amorim, avaliam o estado da cooperação bilateral, com destaque para a criação da indústria militar angolana e a formação de quadros militares.
No cumprimento da agenda da sua visita, Celso Amorim, que se faz acompanhar de oficiais generais dos ramos do Exército, Marinha e Força Aérea e de empresários da indústria militar brasileira, visita hoje a Base Naval de Luanda, pertencente a Marinha de Guerra Angolana.
Os dois países mantêm relações de amizade e cooperação em vários domínios desde 1975, altura em que o governo brasileiro reconheceu Angola como Estado soberano.
ANGOLAPRESS..SNB

Reafirmado interesse no reforço da cooperação estratégica


Luanda – O interesse em reforçar a parceria estratégica entre Angola e o Brasil foi reafirmado ao Presidente da República, José Eduardo dos Santos, numa mensagem da sua homóloga brasileira, Dilma Rousseff, entregue hoje (terça-feira), em Luanda.  
 
O facto ocorreu durante uma audiência, do estadista angolano, ao ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, no país desde segunda-feira, para visita oficial de 48 horas. 
 
A propósito, o governante brasileiro disse ter trazido “uma carta da Presidente Dilma ao Presidente José Eduardo dos Santos, com a reafirmação dos princípios da parceria estratégica assinada em 2010”, aquando da visita do estadista angolano ao Brasil, e reforçada durante a estadia da homóloga brasileira em Angola, em 2011.
 
Adiantou que, na carta, o Presidente José Eduardo dos Santos foi convidado a visitar novamente o Brasil. 
 
Declarou, por outro lado, ser interesse também desenvolver parceria estratégica no domínio militar, particularmente nos vectores da saúde e do treinamento de efectivos, devendo este último ser reforçada para permitir a integração das Forças Armadas Angolanas em operações de paz.
 
Disse que elemento novo introduzido na cooperação bilateral, com esta sua visita, relaciona-se a área da indústria de defesa, incluindo a transferência de tecnologia.
 
Salientou existir disposição para trabalhar juntos, sabendo que Angola (democrática, estabilizada e com eleições que confirmam a legitimidade do poder político) tem um papel crescente em África, com destaque para solução das crises nas repúblicas 
Democrática do Congo (RDC) e na Guiné-Bissau.
 
Questionado a Celso Amorim, que já foi ministro das Relações Exteriores, se preferia continuar na Defesa ou na diplomacia respondeu que “quando era diplomata podia ser guerreiro, agora que é ministro da Defesa tem de ser diplomático”. 
 
Nesta visita, à convite do homólogo angolano da Defesa Nacional, Cândido Van-Dúnem, Celso Amorim faz-se acompanhar de oficiais-generais do Exército, Marinha e Força Aérea, além de 14 empresários da indústria militar brasileira, interessados em investir em Angola. 
portalangop.co.ao..SNB

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O refino é parte da longa crise da Petrobrás


O Estado de S.Paulo
Empresas petrolíferas valem mais pelas reservas de óleo e gás - provadas e prováveis - que serão exploradas e assegurarão as receitas futuras do que pela capacidade de refino, que pode fortalecer suas receitas presentes, mas é pouco lucrativa. O que se constata no Brasil é que os investimentos em abastecimento, que inclui o refino, foram mal-sucedidos. Não acompanharam as projeções de demanda e ajudam a explicar o vultoso déficit decorrente da importação de derivados de petróleo, previsto para toda a década.
Entre 2006 e 2011, os investimentos da Petrobrás em abastecimento aumentaram cerca de 750%, de US$ 1,9 bilhão por ano para US$ 16,1 bilhões, enquanto os investimentos em exploração e produção cresceram menos de 200%, de US$ 7 bilhões para US$ 20,4 bilhões, segundo dados da estatal. Em 2011, a área de abastecimento da Petrobrás teve prejuízo operacional de US$ 14,5 bilhões. Entre 2011 e 2012, mais que dobrou o prejuízo líquido consolidado da área: de US$ 5,718 bilhões passou para US$ 11,718 bilhões, conforme os dados distribuídos pela empresa.
A capacidade de refino da Petrobrás é, hoje, da ordem de 2 milhões de barris/dia de petróleo, inferior ao consumo. "Estamos sempre correndo atrás do mercado", disse ao jornal Valor o diretor de Abastecimento da Petrobrás, José Carlos Cosenza. O déficit é estimado em 250 mil a 300 mil barris/dia e só tende a crescer. O aumento da eficiência das refinarias, da ordem de 5%, entre 2011 e 2012, só diminuiu a gravidade do problema.
Para eliminar o déficit entre produção e consumo, o Brasil depende da conclusão de refinarias em fase de construção. A Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, com capacidade de processar 230 mil barris/dia, só entrará em operação entre novembro de 2014 e maio de 2015; e o Comperj, com 165 mil barris/dia, em abril de 2015. Mas elas estão atrasadas, bem como os projetos de construção das Refinarias Premium I (600 mil barris/dia, no Maranhão), Premium II (300 mil barris/dia, no Ceará) e a segunda etapa do Comperj (300 mil barris/dia). O equilíbrio entre oferta e procura, estimadas em 3,6 milhões de barris/dia, foi transferido para 2022.
Com lucros em declínio, a Petrobrás está incumbida pelo governo de fazer mais do que pode. Seria mais fácil se a opção fosse atrair capitais para a exploração e a produção, com as regras antigas e mais flexíveis, que foram abolidas nas áreas do pré-sal.
O setor de petróleo depende de planejamento rigoroso para trabalhar com segurança. A situação do refino indica que isso não ocorreu.
SNB

Bolívia denuncia na ONU prisão de três soldados no Chile


Reuters
A Bolívia afirmou nesta segunda-feira que se queixou na Organização das Nações Unidas (ONU) da detenção no Chile de três soldados bolivianos que atravessaram a fronteira e agora estão em uma prisão chilena à espera de julgamento comum por porte de armas.
A captura dos soldados, que segundo o governo da Bolívia faziam parte de uma patrulha para combater o contrabando, aumentou a tensão entre Santiago e La Paz, que nos últimos meses voltaram a se enfrentar retoricamente por uma antiga demanda boliviana de recuperação de uma saída soberana ao oceano Pacífico.
O embaixador da Bolívia na ONU, Sacha Llorenti, disse em carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que a ação do governo chileno violaria vários esforços bilaterais e multilaterais para combater o crime organizado e resolver incidentes internacionais.
"Um Estado (Chile) não deve atribuir competência para os seus tribunais internos para determinar a responsabilidade internacional de um outro Estado por supostas violações do direito internacional", disse Llorenti na carta, cuja cópia foi distribuída pelo Ministério do Exterior boliviano.
Os três soldados, que foram declarados "grandes heróis defensores do mar" pelo presidente Evo Morales, serão submetidos em 25 de fevereiro a um julgamento preliminar por entrada ilegal e posse de armas num tribunal no norte do Chile.
Bolívia e Chile não têm relações diplomáticas desde 1978 por causa da disputa sobre o acesso ao mar que remonta a uma guerra do século 19.
Quase dois anos atrás, Morales anunciou que a Bolívia iria levar a reivindicação marítima a um tribunal internacional em Haia, mas ainda não se sabe quando.
(Reportagem de Carlos A. Quiroga) 
SNB

REAPARELHAMENTO - FAB recebe mais dois VANTs


A Força Aérea Brasileira recebeu no dia 30 de janeiro mais dois Veículos Aéreos Não-Tripulados (VANT). Os dois RQ-450, fabricados em Israel, estão em fase de montagem na Base Aérea de Santa Maria (RS) e os primeiros voos estão programados para março. As novas aeronaves já devem ser utilizadas nas próximas Operações Ágata, nas regiões de fronteira, e também durante a Copa das Confederações. O investimento foi de R$ 48 milhões.

Agora, são quatro unidades que fazem parte do Esquadrão Hórus. Dois RQ-450 já estavam em operação desde 2011. Apesar de serem do mesmo modelo, as aeronaves recebidas agora têm algumas melhorias, como câmeras diurnas e de infravermelho de melhor resolução e sistemas de comunicações aperfeiçoados. Também foi recebido um radar que permite fazer imagens mesmo através das nuvens.

Emprego Real
As primeiras experiências da FAB com aeronaves não-tripuladas ocorreram em 2010. No ano seguinte, com a criação do Esquadrão Hórus, houve a estreia operacional durante as Operações Ágata. Um RQ-450 também participou das ações de segurança durante a Rio + 20. Nestas missões, estas aeronaves fazem imagens tanto de dia quanto de noite e transmitem ao vivo para os Centros de Controle.

Além das operações reais, o Esquadrão Hórus também realiza missões de "desenvolvimento de doutrina", quando são elaboradas táticas para uso militar de VANT em situações conflito. Na FAB, essas aeronaves são comandadas do solo por aviadores com experiência em aviões e helicópteros de combate, além de conhecimentos em missões militares e regras de controle do espaço aéreo.
Fonte: Agência Força Aérea,,,SNB

Chávez volta de surpresa de Cuba para a Venezuela

O presidente Hugo Chávez retornou de surpresa para a Venezuela na manhã desta segunda-feira (18) após mais de dois meses de tratamento pós-cirurgico em Cuba. O retorno de Chávez foi anunciado em uma série de mensagens na conta do presidente no Twitter, pelo qual informou que "vamos continuar nosso tratamento aqui".Chegamos mais uma vez à nossa terra natal Venezuela. Obrigado, meu Deus!", disse na primeira das três mensagens. Essas foram as primeiras palavras escritas no Twitter do líder venezuelano desde o dia 1º de novembro. "Estou agarrado a Cristo e confiando em meus médicos e enfermeiras", escreveu. "Avante para a vitória sempre!! Vamos viver e vamos triunfar!!"
O vice presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , confirmou em cadeia nacional posteriormente que Chávez chegou às 2h30 do horário local (5h em Brasília) e foi levado ao hospital militar Carlos Arvelo em Caracas, onde continuará seu tratamento.Chávez também agradeceu a Fidel e Raúl Castro, que supervisionaram seu tratamento em Havana, e ao povo cubano "por tanto amor".
O retorno do presidente venezuelano a Caracas acontece três dias depois de o governo terdivulgado as primeiras fotos de Chávez em mais de dois meses , mostrando imagens do líder sorrindo ao lado das filhas. O governo não divulgou qualquer foto da chegada de Chávez a Caracas.
"Estamos muito felizes", disse Maduro. Ele afirmou também que Chávez chegou junto à sua filha mais velha, Rosa. O vice-presidente não deu nenhum detalhe sobre o estado de saúde de Chávez, dizendo apenas que ele está na Venezuela para "continuar sua batalha"O governo também não deu nenhuma explicação sobre o por que do retorno surpresa nesta segunda-feira. Autoridades governamentais disseram nas últimas semanas que não estava claro quando sua equipe médica permitiria que ele retornasse a Venezuela, embora eles esperassem que isso acontecesse em breve.
Após o anúncio de seu retorno, a televisão estatal tocou a música da campanha presidencial do ano passado, com o refrão "Chávez, o coração do país!"
O retorno de Chávez provocou comemorações de seus simpatizantes ao redor do país de 29 milhões de habitantes, onde suas políticas de bem-estar social fizeram dele um herói para os pobres.
"É uma notícia fabulosa, a melhor coisa possível", disse o primo de Chávez Guillermo Frias, falando da área rural onde o presidente nasceu, no Estado de Barinas. "A Venezuela estava esperando por ele, todo mundo quer vê-lo. Bem-vindo de volta! Graças a Deus ele voltou!"
Fogos de artifício foram ouvidos em alguns bairros de Caracas após a divulgação da notícia da volta do presidente, e muitos "chavistas" celebraram nas ruas. Ministros comemoraram bastante, um deles cantando "Ele voltou, ele voltou" ao vivo na TV estatal.
O presidente de 58 anos não falou publicamente desde que partiu para Cuba em 10 de dezembro . Ele foi submetido à sua quarta cirurgia em 11 de dezembro e o governo informou que ele está respirando através de um tubo traqueal, o que dificulta a fala. Chávez também passa por"tratamentos complementares" que não foram especificados.
Ele vem se tratando em Cuba desde junho de 2011, quando descobriu o câncer . Ele afirmou ter retirado tumores e passou por sessões de quimioterapia e radioterapia. O tipo de câncer e a localização exata dos tumores não foram divulgados.Ameaça: Governo venezuelano denuncia plano para matar vice e chefe da Assembleia
Chávez foi reeleito para um novo mandato de seis anos em outubro, e sua posse marcada para 10 de janeiro foi prorrogada por tempo indeterminado pela Suprema Corte devido ao seu estado de saúde delicado após a cirurgia.
Antes de deixar Cuba, Chávez reconheceu os riscos e disse que se sua doença o impedisse de governar como presdiente, o vice-presidente Nicolás Maduro seria seu candidato em novas eleições.
Maduro viajou diversas vezes a Havana nas últimas semanas e mostrou documentos assinados por Chávez, para comprovar que o presidente continuava no comando. Na semana passada, Maduro disse que Chávez havia sido submetido a tratamentos "extremamente duros e complexos" .
Com AP e Reuters..SNB