quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Caçador submerso': Rússia completa testes com novo submarino 'invisível

Cabeça da série do projeto 677 Lada, o submarino diesel-elétrico Sankt Petersburg completou todos os testes básicos a que foi submetido pelo Ministério de Defesa da Rússia. Assim, a embarcação está pronta para ser construída em série.
O objetivo principal dos submarinos Lada é a busca e destruição de submarinos inimigos, e a grande discrição do Sankt Petersburg é uma das suas vantagens para essas tarefas, tornando-o próximo de ‘invisível’ perante ameaças hostis.
Durante os testes no mar Báltico e nas propriedades da Frota do Norte, o Sankt Pereburg apresentou suas qualidades poderosas como “caçador”, informou o site do canal Zvezda.
Em duelos com os submarinos e navios de superfície, o Sankt Peterburg foi o primeiro a detectar o inimigo virtual, permitindo-lhe ocupar uma posição favorável para atacar e abrir fogo contra o inimigo de surpresa.No início de 2018, o lançamento do segundo submarino do projeto Lada, o Kronshtadt, no estaleiro em São Petersburgo, que será seguido pelo submersível de nome Velikie Luki. No total, se fabricarão quatro submarinos de propulsão diesel-eléctrica clássica e cinco melhorados, com propulsão independente de ar.
O Sankt Peterburg possui passagens para torpedos de 533 de milímetros, compatíveis com mísseis de cruzeiro do sistema Kalibr-PL. O submarino ensaiou disparos com mísseis no ano passado.
Além disso, o submarino é capaz de disparar simultaneamente a partir dos seis passagens. O sistema de recarga rápida permite o lançamento de seu arsenal de 18 projéteis contra o inimigo, sejam mísseis ou torpedos, em pouco tempo.
A variante de exportação, Amur 1650, foi proposta para a licitação do projeto 75i, que envolve a construção de seis submarinos para a Marinha indiana.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Coreia do Norte miniaturizou ogivas nucleares, diz relatório dos EUA

De acordo com documento secreto datado de 28 de julho obtido pelo jornal ‘The Washington Post’, regime de Kim Jong-un conseguiu cruzar o ‘limiar-chave’ para se tornar uma nação nuclear plena; país teria até 60 armas nucleares

WASHINGTON – A Coreia do Norte conseguiu miniaturizar com sucesso uma ogiva nuclear capaz de ser transportada por um de seus mísseis, cruzando um limiar-chave no caminho para se tornar uma nação nuclear plena, concluíram funcionários de inteligência dos EUA. A avaliação está em um documento confidencial obtido pelo jornal The Washington Post.Esta nova análise, concluída no mês passado pela Agência de Inteligência de Defesa (DIA, na sigla em inglês) foi revelada junto com outra avaliação da inteligência que aumentou bruscamente a estimativa oficial do número total de bombas no arsenal atômico do país comunista: agora, os EUA dizem que até 60 armas nucleares estão sob controle de Kim Jong-un – número que especialistas independentes acreditam ser bem menor.
Essas conclusão devem aprofundar ainda mais a preocupação de Washington em relação à evolução militar da Coreia do Norte, que parece avançar em um ritmo muito mais rápido do que a maioria dos especialistas previa. Funcionários do governo americano concluíram que Pyongyang também está superando as expectativas em seus esforços para construir um míssil balístico intercontinental capaz de atingir cidades no continente americano.
Apesar de fazer mais de uma década desde que a Coreia do Norte realizou seu primeiro teste nuclear, muitos analistas acreditavam que levaria vários anos até que os cientistas do país pudessem projetar uma ogiva compacta que pudesse ser carregada por um míssil a alvos distantes. Mas estas novas informações de inteligência, datadas de 28 de julho, indicam que este marco crítico já foi alcançado.
“A Comunidade de Inteligência concluiu que a Coreia do Norte produziu armas nucleares para transporte por míssil balístico, incluindo armas transportadas por mísseis intercontinentais (ICBM)”, diz o texto do governo americano ao qual o jornal teve acesso. As conclusões gerais da avaliação foram confirmadas ao diário por duas fontes que tiveram acesso ao documento. Ainda não se sabe se o regime já testou essa arma com design reduzido – algo que desde o ano passado o país alega ter feito.
Uma outra avaliação feita nesta semana pelo Ministério da Defesa do Japão também conclui que as evidências sugerem que a Coreia do Norte conseguiu realmente concluir a miniaturização de ogivas nucleares. A DIA e o escritório do Diretor Nacional de Inteligência do EUA não quiseram comentar as afirmações do Post.Aposta
Os analistas concluíram que Kim Jong-un aposta cada vez mais na confiabilidade de seu arsenal nuclear, o que poderia explicar as recentes atitudes desafiadoras do ditador, incluindo testes de mísseis que provocaram críticas até mesmo do seu aliado mais próximo, a China.
No sábado, tanto Pequim quanto Moscou se juntaram aos outros membros do Conselho de Segurança da ONU e aprovaram novas sanções econômicas ao isolado país asiático, incluindo uma barreira para as exportações do país, responsáveis por quase um terço da receita anual de US$ 3 bilhões de Pyongyang.
O avanço do programa nuclear de Kim também aumenta a pressão sobre o presidente americano, Donald Trump, que garantiu que não permitirá que a Corria do Norte possa ameaçar os americano com armas nucleares. Em entrevista exibida no sábado pelo Hugh Hewitt Show, da emissora MSNBC, o conselheiro nacional de segurança H.R. McMaster afirmou que a possibilidade de a Coreia do Norte possuir mísseis nucleares intercontinentais seria “intolerável da perspectiva do presidente (Trump)”.
“Temos que fornecer opções… E isso incluir a opção militar”, disse McMaster. O especialista afirmou, no entanto, que o governo americano faria de tudo para “pressionar Kim Jong-un e os que estão ao seu redor, para que eles concluam que é do interesse deles se desnuclearizar”.
As opções de ação que estariam em avaliação em Washington iriam desde uma nova tentativa de negociação multilateral até o reenvio das armas nucleares americanas para a Península da Coreia, disseram membros do governo com acesso às discussões internas do governo Trump.
Desafio
Determinar com precisão a composição do arsenal nuclear da Coreia do Norte tem sido um desafio difícil para os funcionários de inteligência das potências mundiais, principalmente em razão do sigilo e do isolamento extremos do regime.
Os cientistas do país conduziram cinco testes nucleares desde 2006, sendo o último deles a detonação de 20 a 30 quilotoneladas em 9 de setembro, cuja explosão teria o dobro da força em comparação com a bomba lançada pelos americanos em Hiroshima, no Japão, em 1945.
No entanto, produzir uma ogiva compacta que possa ser carregada por um míssil é uma façanha tecnicamente exigente que muitos analistas acreditavam estar além das capacidades da Coreia do Norte.
No ano passado, a imprensa estatal do regime exibiu na capital, Pyongyang, um dispositivo esférico que um porta-voz do governo descreveu como uma ogiva miniaturizada, mas na ocasião não foi possível determinar se tratava-se de um dispositivo real. O teste conduzido em setembro foi descrito pelas autoridades do país como uma detonação desta ogiva miniaturizada que poderia ser utilizada com um míssil, mas a afirmação foi questionada pela comunidade internacional.
“O que inicialmente se parecia com uma Crise dos Mísseis de Cuba em câmera lenta agora já tem mais a cara do Projeto Manhattan”, disse Robert Litwak, especialista na não proliferação nuclear do Woodrow Wilson International Center for Scholars e autor do livro “Preventing North Korea’s Nuclear Breakout” (Prevenindo a ruptura nuclear da Coreia do Norte, em tradução livre), lançado neste ano pelo centro de estudos. “Há um senso de urgência por trás do programa que é algo novo para a era de Kim Jong-un.”
Enquanto alguns especialistas minimizam o progresso da Coreia do Norte, outros alertaram para o perigo de superestimar a ameaça. Siegfried Hecker, diretor emérito do Laboratório Nacional Los Alamos e o último funcionário dos EUA a inspecionar pessoalmente as instalações nucleares de Pyongyang, calculou o tamanho do arsenal norte-coreano não passe de 20 a 25 bombas. Hecker também advertiu sobre os riscos potenciais de transformar Kim em uma ameaça maior do que ele realmente é.
“O exagero (neste caso) é particularmente perigoso”, disse Hecker, que visitou a Coreia do Norte sete vezes entre 2004 e 2010 e se encontrou com os principais envolvidos no programa de armas do país. “Alguns gostam de retratar Kim como um louco – um demente – e isso faz o público acreditar que ele imparável. Ele não é louco, mas também não é suicida. Ele não é sequer imprevisível.” / WASHINGTON POST
FONTEEstadão

O que os pilotos chineses pensam sobre os seus J-20



Por Henri Kenhmann
Pela segunda vez desde o seu primeiro voo há seis anos e meio, o J-20, a última geração de aviões de combate chineses, ficou oficialmente em frente ao grande público no domingo, 30 de julho, desfilando no Centro de Treinamento de Zhurihe por ocasião do 90º aniversário da fundação do Exército de Libertação Popular da China (PLA).Três aeronaves, pintadas em dois tons digitalizados, voaram pelos céus da Mongólia interior em frente ao presidente chinês XI Jinping e os 12 mil soldados que participaram do desfile militar.
Além das imagens feitas por outras aeronaves, as câmeras instaladas dentro do cockpit do J-20 também enviaram imagens tanto interessantes quanto inéditas.
De acordo com o comentarista do desfile transmitido ao vivo a milhões de telespectadores chineses, o J-20 é “uma aeronave de combate supersônica furtiva de 4ª geração*, capaz de enganar radares (inimigos) e realizar manobras em muito baixas altitudes e destruir inimigos antes mesmo que eles o vejam.”Uma definição oficial que destaca duas das características de aeronaves desse tipo — muito baixa observabilidade e alta manobrabilidade — e também a principal tática do J-20, ou seja, usar sua furtividade para lançar um ataque além do alcance de detecção de aeronaves inimigas.
Mas se esses comentários pareceram algo banais, embora oficiais, os elementos dados por dois pilotos do J-20 que foram entrevistados nos permitirão entender mais este avião previamente mantido em segredo.
“Sua manobrabilidade é muito melhorada em comparação com a aeronave da geração anterior, pode-se dizer que é ágil como um coelho”, disse ZHANG Hao (张昊), piloto de J-20 em fase avançada de treinamento, “seu desempenho no regime subsônico não é ruim, e uma vez no regime supersônico, ele entra em seu reino”.
“Graças aos muitos sensores de bordo da aeronave e à fusão avançada de dados, o nível de automação do J-20 é muito alto”, acrescenta ZHANG, “o campo de batalha tornou-se cada vez mais transparente para nós”.O jovem piloto ZHANG, Tang Hai Ning (汤海宁), diz que os pilotos de J-20 de hoje são capazes de voar em três tipos diferentes de aviões de combate de nova geração.
Hoje, o esquadrão de J-20 também está equipado com outros modelos de caças, como o novo bombardeiro J-16 e o ​​avião de combate J-10C. Esta mistura promove o “brainstorming” dos pilotos, o que torna possível ajustar as táticas de combate aéreo entre si.
Quando TANG fala sobre o J-20 voando nas condições climáticas um pouco peculiares na Mongólia interior, lê-se através de suas palavras que a aeronave é sensível e muito receptiva, forçando os pilotos a manobrar até mais do que o normal.
Além desses testemunhos diretos de pilotos de caça, a reportagem televisiva do desfile também revelou vários detalhes interessantes.O primeiro diz respeito ao capacete utilizado pelos pilotos J-20, que é diferente daqueles atualmente em serviço em outros aviões chineses.
Na verdade, o capacete de proteção leve TK-31 desenvolvido pela subsidiária ALI do fabricante de aviões chinês AVIC, já foi exposto na última exposição de aviação de Zhuhai.
Sabendo que este capacete também é usado por pilotos estudantes que voam em novas aeronaves de treinamento avançado chinesas, como JL-9 e JL-10, é provável que o TK-31 seja apenas o capacete de treinamento do J-20 e não do tipo HMDS, uma tecnologia já amplamente utilizada nos aviões de combate J-10x e J-11x, por exemplo.
Além dos capacetes dos pilotos, também notou-se que os J-20 voando em Zhurihe, o maior centro de treinamento integrado na Ásia com seus 1.066 quilômetros quadrados de área e localizado a 200 km da fronteira da Mongólia, estavam sempre equipados com lentes Lüneberg, projetadas para aumentar significativamente a seção reta radar do avião.Esta é uma medida de segurança, para evitar que a assinatura do radar J-20 seja medida por um terceiro nesta localização muito remota na China, ou uma medida por necessidade, já que o controle de tráfego aéreo não pode detectar a aeronave a uma distância maior?
O último detalhe diz respeito ao campo de visão do piloto do J-20. Como uma aeronave de configuração delta com canards, como o J-10, a primeira comparação não rigorosa mostra que o piloto de J-20 tem um melhor campo de visão para a parte traseira lateral do que o J-10. Isto é devido aos canards que são instalados no mesmo plano que a asa, em forma diédrica ligeiramente positiva para preservar a vantagem aerodinâmica de tal configuração.
Embora o combate WVR (Within Visual Range — Dentro de Alcance Visual) não pareça ser a estratégia preferível do J-20, a visibilidade ainda contribui para a consciência situacional do piloto, e, portanto, a capacidade de sobrevivência como um todo.
(*) A 4ª geração na classificação chinesa equivale à 5ª geração dos EUA e Rússia.
FONTEEast Pendulum /

Certificação é a mais complexa já desenvolvida pela empresa

A Helibras realizou em suas instalações em Itajubá (MG) o segundo voo da campanha de certificação do H225M na versão Operacional Naval. O evento contou com a presença da Autoridade certificadora, o Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), bem como os profissionais da Helibras.
Dentro do escopo analisado pela autoridade certificadora, foi avaliada a integração do sistema de mísseis AM-39 Exocet, feita pela Helibras, a qualidade do voo e o desempenho da aeronave com o armamento instalado. Outros aspectos do Sistema Tático de Missão Naval (NTDMS) serão avaliados em breve para continuidade da certificação completa da aeronave.Durante o evento, foram feitas simulações de disparos do míssil AM-39, utilizando o Sistema Tático de Missão Naval. “Concluímos mais uma etapa importante no processo de certificação dessa versão. Novos voos serão realizados no mês de agosto, desta vez para avaliar outros sistemas presentes na versão Operacional da Marinha”, explica o presidente da Helibras, Richard Marelli.
A aeronave BRA-005 será a primeira em versão operacional a ser entregue para a Marinha em 2018. O helicóptero faz parte do contrato de aquisição de 50 helicópteros H225M (antes denominada EC725) do Programa H-XBR, adquiridas pelo Ministério da Defesa para uso das Forças Armadas brasileiras, que estão sendo produzidas pela Helibras do Brasil, a partir de transferência de tecnologia e de conhecimento que vem ocorrendo desde 2010.
DIVULGAÇÃO/FOTOS: Helibras

China e Rússia devem provar o que vem após o F-35 Stealth Fighter

Os Jatos de Combate da 6ª Geração dos EUA já estão tomando forma

Coreia do Norte reage às ameaças de Trump e cogita 'seriamente' atacar área dos EUA

A Coreia do Norte informou nesta quarta-feira (horário local) que está “examinando cuidadosamente” um plano para atacar com mísseis o território de Guam, área dos Estados Unidos no Pacífico, informou a agência estatal norte-coreana KCNA.
De acordo com um porta-voz do Exército Popular Coreano, o ataque será “implementado de forma multi-corrente e consecutiva em qualquer momento”, tão logo o líder norte-coreano Kim Jong-un tome uma decisão.
Em outra declaração citando um porta-voz militar diferente, a Coreia do Norte também disse que poderia realizar uma operação preventiva se os Estados Unidos mostrarem sinais de provocação.
Guam é um território organizado não incorporado norte-americano na Micronésia, localizado na extremidade sul das Ilhas Marianas, no oeste do Oceano Pacífico. As instalações militares na ilha estão entre as bases americanas de maior importância estratégica no Pacífico Ocidental.
O posicionamento da Coreia do Norte acontece horas após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter ameaçado responder com “fogo e fúria” às ameaças norte-coreanas. Na manhã de terça-feira, o regime comunista dizia cogitar medidas “físicas” contra as sanções recentemente aplicadas ao país.
Congressistas criticam Trump
Desafeto de Donald Trump, o senador republicano John McCain afirmou nesta terça-feira que “grandes líderes” não fazem ameças, a não ser que estejam prontos para agir – e ele disse crer este não é o caso do presidente dos EUA.A crítica fez referências as palavras de Trump, sobre um possível uso de “fogo e fúria” contra Pyongyang, caso o regime voltasse a provocar os EUA.
McCain disse tomar como exceção os comentários de Trump “porque você deve ter certeza de que pode fazer o que diz que vai fazer”.
Outro congressista a criticar Trump pelas ameaças aos norte-coreanos foi Elio Engel, membro do Comitê de Relações Exteriores da Câmara. Segundo ele, as afirmações do presidente foram “imprudentes” e colocam a segurança do país em risco.
“Hoje, o comportamento imprudente do presidente Trump e a sua explosão impulsiva minaram a segurança do povo americano e a de nossos amigos e aliados”, avaliou.
A Força Aérea dos Estados Unidos enviou dois bombardeiros B-1 da Dakota do Sul para a ilha de Guam, localizada no Pacífico e publicamente ameaçada pela Coreia do Norte.Os caças enviados à região de Guam estarão acompanhados por aviões japoneses F-15 e os KF-16 da Coreia do Sul.O esquadrão foi enviado para reforçar Guam, um território não incorporado norte-americano na Micronésia, localizado na extremidade sul das Ilhas Marianas, no oeste do Oceano Pacífico. As instalações militares na ilha estão entre as bases americanas de maior importância estratégica no Pacífico Ocidental.
A Coreia do Norte informou nesta quarta-feira que está “examinando cuidadosamente” um plano para atacar o território de Guam com mísseis balísticos estratégicos Hwasong-12 para conter as principais bases militares dos EUA. 
O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou responder com “fogo e fúria” às ameaças norte-coreanas. Na manhã de terça-feira, o regime norte-coreano dizia cogitar medidas “físicas” contra as sanções recentemente aplicadas ao país.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Planilha mostra que PCC reservou R$ 150 mil para matar PM e agentes em São Paulo

Flávio Costa
Do UOL, em São Paulo

Uma planilha encontrada no computador de um membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) mostra que a facção criminosa reservou R$ 150 mil para uma operação que visava matar policiais e agentes penitenciários de São Paulo.
Do total deste valor, pouco mais de R$ 133 mil já tinham sido gastos no monitoramento da rotina de um policial militar e dois carcereiros do sistema penitenciário paulista. 
"É possível perceber os altos gastos com telefones, celulares, viagens, hospedagem, aquisição de veículos e de equipamentos de informática, tudo para pôr em prática e executar a tal 'sintonia da inteligência'", afirma em denúncia oferecida à Justiça o promotor Lincoln Gakiya.
A intenção dos criminosos era simular latrocínios -- roubos seguidos de morte -- durante o assassinato das vítimas. Com a prisão dos suspeitos pela polícia, o plano foi interrompido antes de ser posto em prática. 
Tabela do PCC com gastos de monitoramento de agentes de SP
Durante o planejamento, os suspeitos usaram "técnicas de inteligência" para escolher e levantar informações sobre os alvos. 
Reportagem veiculada pelo "Jornal da Band", em abril deste ano, mostrou que um dos suspeitos chegou a fazer um curso de detetive particular. Ele instalou câmeras em frente às casas de prováveis vítimas. Também havia fotos desse mesmo suspeito posando com armas em mãos.
No computador apreendido, a polícia encontrou fotos, mapas e informações sobre os alvos do PCC. Os criminosos sabiam inclusive que um deles estava em processo de divórcio da companheira. 
Belarmino, Henry e Melissa: agentes federais mortos pelo PCC

Líderes do plano já estavam presos

Antes de colocarem em prática os planos de assassinato, quatro suspeitos foram presos em dezembro passado durante uma operação coordenada pelo núcleo de Ribeirão Preto do Gaeco do MP paulista (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo).
Em paralelo, o núcleo do Gaeco instalado na cidade de Presidente Prudente (distante 558 km de São Paulo) foi responsável pela denúncia contra os três líderes da operação. Eles já estavam detidos no presídio estadual de Presidente Venceslau -- distante 610 km de São Paulo.
O trio emitia ordens, por meio de cartas com trechos escritos em código, ao grupo que foi preso em Ribeirão Preto (315 km distante da capital paulista). Os trechos que estão em verde na carta abaixo são a escrita original (cifrada); em vermelho, a decodificação feita pela polícia paulista.
 Carta codificada da "sintonia restrita" do PCC
"Segundo consta, em meados de 2016, os denunciados presos na Penitenciária II de Presidente Venceslau, agindo de comum acordo e identidade de propósitos, expediram ordens para que integrantes, em liberdade, da organização criminosa 'PCC – Primeiro Comando da Capital', da qual também fazem parte, fizessem levantamentos de endereços de agentes penitenciários, policiais civis, militares e outros agentes públicos do Estado de São Paulo, para o fim de executá-los", lê-se na denúncia de autoria do promotor Lincoln Gakiya.
De acordo com o promotor, os líderes eram responsáveis por liberar o dinheiro usado na operação e por dar o sinal verde para a morte dos alvos.

Sintonia restrita

O grupo preso em Ribeirão Preto foi um dos precursores da chamada "sintonia restrita". "Sintonias" são como são chamadas os diversos comandos do PCC.
O nome "restrito" vem do fato de que, quando o membro do PCC recebe esta tarefa, fica escalado exclusivamente para ela. São pessoas que, quando participam destas missões, tentam não falar pelo celular, para evitar rastreamento.
O assassinato de um servidor público, quando decidido pela cúpula do PCC, é considerado como "uma missão para aqueles que foram escolhidos a executar". 
"A sintonia restrita ou de inteligência é um escalão entre a cúpula e os executores. Em geral, os executores falam com a sintonia restrita [para receber ordens]. É quem aparece como mandante nas investigações, pela dificuldade de se chegar aos líderes", explica um procurador da República, que investiga a morte de agentes penitenciários federais a mando da facção criminosa.

PCC usa "inteligência" para matar agentes penitenciários federais

"Este grupo é formado por criminosos mais qualificados e que contam com a confiança com a cúpula do PCC. Eles usam técnicas de inteligência para cumprir as missões ordenadas pela facção", explica Gakiya.
O promotor paulista confirmou que uma das prioridades das autoridades de Segurança Pública é a de identificar e prender os integrantes da restrita.
A sintonia restrita é um grupo criado recentemente pelo PCC, subordinado diretamente à cúpula da facção. Seus integrantes se desvinculam da chamada "sintonia geral" e ficam subordinados à "sintonia geral fora do ar", o que indica que deixaram de exercer as atividades normais do PCC, a exemplo do tráfico de drogas. Eles não precisam pagar a "cebola", a mensalidade obrigatória para membros da facção. "Eles não falam com qualquer um da organização. Por isso é tão difícil localizá-los", afirmou ao UOLuma fonte ligada às investigações no âmbito federal.

Coreia do Norte carrega lanchas com mísseis após EUA sugerirem reenviar navios à península

Dias após os Estados Unidos sugerirem reenviar dois porta-aviões para a Península Coreana, a Coreia do Norte pode estar se movimentando em sua defesa, carregando lanchas patrulheiras com mísseis antinavios, segundo informou a Fox News nesta segunda-feira.
Fontes consultadas pelo canal estadunidense apontam que a medida de Pyongyang seria uma maneira de dissuadir o envio de embarcações para os mares próximos ao país asiático. De acordo com as mesmas fontes, imagens de satélite teriam mostrado as movimentações dos armamentos.
Contudo, pode se tratar ainda de um possível novo teste balístico a ser realizado. O mais recente teste norte-coreano com mísseis antinavios foi realizado em 15 de junho deste ano. Mas o uso de lanchas para o lançamento de mísseis é algo que a Coreia do Norte não o faz em testes desde 2014.
“A Coreia do Norte não manifesta nenhuma evidência de que planeja paralisar os seus testes balísticos”, uma tendência que “não oferece esperanças em direção à diminuição das tensões” na Península Coreana, comentou uma fonte anônima à Fox News.
O possível retorno dos porta-aviões nuclear USS Carl Vinson e USS Ronald Reagan foi ventilado por autoridades sul-coreanas na semana passada. Ambas as embarcações já estiveram na Ásia neste ano, realizando exercícios militares conjuntos com Coreia do Sul e Japão.
No último domingo, o presidente norte-americano Donald Trump conversou, por telefone, com o presidente sul-coreano Moon Jae-in. Ambos chegaram a uma conclusão de que a Coreia do Norte é “uma grave e crescente ameaça” e precisa ser contida. Para isso, o caminho de sanções econômicas e pressão diplomática seguem sendo os mais usados.

Irã faz teste balístico com alvo coberto pela bandeira dos EUA (VÍDEO)

O Irã realizou neste domingo um teste balístico com um míssil de produção caseira, sob a supervisão de oficiais militares, na aldeia de Kiasar, na província iraniana de Mazandaran.
O detalhe curioso é que o alvo do míssil foi coberto com uma bandeira dos Estados Unidos. Segundo as autoridades locais, o teste foi considerado bem sucedido.
De acordo com um dos engenheiros responsáveis pelo projétil, o desenvolvimento do míssil levou três anos.Temos mísseis com capacidades superiores e, com a vontade de Deus, iremos apresentá-los nos próximos anos”, afirmou.
O general da Força Aérea iraniana, Amir Ali Hajizadeh, destacou ainda a Guarda Revolucionária do país, que permite ao Irã ter “o maior poder da região”, o que permite à nação “poder resistir ante os inimigos gananciosos, especialmente os EUA”.
Desde que Donald Trump assumiu a Presidência estadunidense, as relações com os iranianos pioraram significamente, e recentemente a Casa Branca aplicou novas sanções contra Teerã. Segundo especula-se, o próximo passo do republicado é rever o acordo nuclear, firmado pelo seu antecessor Barack Obama, junto ao governo iraniano.

Cientistas do Brasil integram projeto inovador da NASA (VÍDEO

A NASA e uma equipe de pesquisadores espaciais brasileiros anunciaram uma missão conjunta para estudar fenômenos na atmosfera superior da Terra - uma região de partículas carregadas chamada ionosfera - capaz de perturbar as comunicações e sistemas de navegação no solo e, potencialmente, impactar satélites e exploradores humanos no espaço.
Os resultados da missão podem ajudar em várias áreas, incluindo em prol de melhores previsões climáticas.
De acordo com Jim Spann, cientista-chefe da Direção de Ciência e Tecnologia do Centro Marshall Space Flight da NASA de Huntsville, no estado americano do Alabama, dois fenômenos na ionosfera — bolhas de plasma equatorial e cintilação — impactaram os sistemas de comunicação por rádio, satélite e sistemas de posicionamento global (GPS) por décadas.
Chamada de Força de Pesquisa, Observação e Previsão de Cintilação (SPORT, na sigla em inglês), a missão observará essas estruturas peculiares para entender o que as causa, determinar como prever seu comportamento e avaliar maneiras de mitigar os seus efeitos.
Para isso, a equipe lançará um satélite compacto do tamanho de dois pães, cujo nome é CubeSat. A expectativa é que ele seja lançado em 2019, ficando na órbita terrestre a uma altura de 350 a 400 quilômetros. A fase operacional do satélite será de pelo menos um ano, segundo a NASA.“As comunicações degradadas e os sinais GPS são conhecidos por estarem intimamente ligados a esses fenômenos”, explicou Spann.
Benefícios ao Brasil
Para os cientistas brasileiros envolvidos no trabalho com a NASA, as informações serão importantes em várias frentes.
De acordo com Otavio Durão, gerente de projeto da equipe do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) de São José dos Campos (SP), as respostas ionosféricas a um fenômeno espacial denominado Anomalia do Atlântico Sul ou Anomalia Magnética Sul-Americana — onde a radiação atinge as proximidades da Terra — afeta negativamente os movimentados aeroportos do Brasil.
“Nosso país está interessado em refinar o processamento do sinal GPS, tornando as decolagens e aterrissagens mais seguras e mais precisas”, afirmou. “Porque tantos vôos internacionais chegam e saem do Brasil, isso deve ser motivo de preocupação para todos os países”, emendou Durão.
Além disso, o agronegócio também está interessado nas descobertas do projeto.
“Nosso agronegócio está sempre tentando aumentar a produtividade das culturas. Uma maneira de conseguir isso é usando ferramentas automatizadas. Mas ser capaz de posicionar com precisão esses tratores automatizados e pulverizadores de campo, sem interrupção dos fenômenos solares, é crucial”, disse Luís Loures, gerente do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA).

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Escaldante como Sol: quais são as capacidades do lança-foguetes russo Solntsepiok?

Entusiasmados pela eficiência do sistema de lançamentos múltiplos Solntsepiok na Síria, os desenhadores russos anunciaram seus planos de substituir para o TOS-1A com um sistema pesado de lança-chamas de nova geração, o Tosochka.
A máquina cujo nome é traduzido como "Sol Escaldante" combina as propriedades dos sistemas de lança-foguetes múltiplos, máquinas lança-chamas e tanques incendiários e de ataque.
O lançador Solntsepiok tem poucos análogos no mundo e já provou sua eficiência em combates reais.
O Tosochka, tal como o TOS-1A, já foi incluído no programa estatal de armamento da Rússia para os anos 2018-2025. Este veículo também terá uma carroçaria com rodas, que o torna ideal para ser usado no deserto, podendo interessar a potenciais compradores no Oriente Médio.
O sistema de lança-foguetes deve ser exibido durante o fórum internacional técnico-militar EXÉRCITO 2017, mais precisamente nos fins de agosto.
O TOS-1A é a versão modernizada do TOS-1 Buratino, que entrou em serviço em 1980. O último modelo do sistema de lança-foguetes possui uma instalação de lançamento modernizada e de controle de direção de foguete automático. Além disso, consegue lançar projéteis não guiados (NURS, na sigla em russo) mais potentes.
A ogiva do foguete NURS é termobárica, ou seja, utiliza oxigênio do ar circundante para gerar explosão de alta temperatura. Na prática, a onda de explosão, tipicamente produzida por ela, dura muito mais do que a produzida por um explosivo condensado convencional. A bomba de ar e combustível é um dos tipos mais conhecidos de armas termobáricas.Os sistemas TOS foram utilizados com sucesso em operações no Afeganistão entre 1988 e 1989 e estão sendo usados na Síria, onde foram vistos pela primeira vez no outono – do hemisfério Norte – de 2015. Eles participaram da primeira libertação de Palmira, na primavera – do Hemisfério Norte – de 2016. Devido ao seu poder destrutivo, eles podem ser usados apenas longe de localidades históricas e áreas residenciais.
TOS-1A foi desenvolvido com base no modelo do tanque T-72A. A máquina pesa 44,3 toneladas e possui raio de alcance de seis quilômetros. O sistema conta com uma metralhadora RPKS de calibre 5,45 mm e comporta três pessoas.

Grupo Armado se ergue contra Maduro na Venezuela (Legendado)

Até que ponto as forças armadas são importantes para o nosso país?

Minuteman, a arma do apocalipse

A Primeira Guerra da Chechênia

Novos obuseiros M109 para o exército brasileiro - Sucata ou uma boa compra?

A Guerra Antiaérea

Seminário discute os desafios da defesa cibernética no Brasil

Corveta Barroso parte pela segunda vez para o Líbano

Familiares e amigos dos militares que compõem a tripulação da "Barroso" estiveram neste domingo (06), na Base Naval, em Niterói, para acompanhar o suspender da corveta, que será a próxima nau-capitânia da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas do Líbano (FTM-UNIFIL).
Na solenidade, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, recordou o episódio ocorrido em setembro de 2015, quando a corveta Barroso resgatou 220 refugiados no Mar Mediterrâneo. "Há um simbolismo. Para o mundo todo demonstrou sua humanidade, competência e solidariedade, daqueles que fazem esta tarefa gloriosa de prover a paz. A defesa da vida é um bem supremo e o Brasil se tornou reconhecido mundialmente e respeitado por ser um país provedor de paz", disse o ministro. Será a segunda fez que a corveta brasileira parte para o Líbano para compor a Força-Tarefa Marítima da UNIFIL e se tornar a nau-capitânia
Dirigindo-se também aos familiares, o ministro destacou que os 195 militares da corveta Barroso foram muito bem preparados e contam com todo o apoio da Marinha do Brasil. "Esses homens e mulheres voltarão com orgulho de terem sido provedores de paz. Quando eles voltarem, quero estar aqui para recebê-los nossos heróis com a certeza do dever cumprido", comentou. O ministro Jungmann ainda percorreu as instalações do navio e recebeu explicações sobre funcionamento de radares e outros equipamentos.
O comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, lembrou o orgulho da Força Naval brasileira, que por seis anos ininterruptos, desde sua criação, mantém o comando da única força-tarefa marítima em operação de manutenção de paz sob égide das Nações Unidas. "Demonstra o elevado conceito que os marinheiros e fuzileiros navais perante outras Marinhas e a capacidade logística e operacional da Força em manter seus meios em áreas afastadas." E continuou: ao contribuir para estabilidade regional no mar adjacente ao Líbano, reforçamos o compromisso internacional do Brasil em apoiar países amigos e compor o esforço conjunto para garantir a segurança das linhas de comunicação marítimas e o imprescindível comércio que por ela flui", destacou o almirante.Para o comandante da corveta Barroso, o capitão de fragata, Dino Avila Busso, desde 2011 o Brasil tem se destacado com a presença da Marinha na UNIFIL e ajudado muito a população do Líbano. "O navio passou um período longo de preparo e manutenção de seus equipamentos. Saímos hoje muito bem preparados e motivados em elevar o nome do Brasil nessa missão de paz.
Um dos tripulantes da corveta Barroso, o cabo Victor Hugo aguardava a sua partida ao lado da esposa Anna Paula e do filho Thor, de dois anos. "Estou indo pela segunda vez para o Líbano e vamos cumprir nossa missão", comentou o militar. Também o terceiro sargento fuzileiro naval Santana não escondia a expectativa de participar da missão.A "Barroso"
De projeto e fabricação nacionais, a corveta é um navio de 103,5 m de comprimento e 2,4 mil toneladas (a plena carga), com autonomia para permanecer por 30 dias em missão. Sua velocidade nominal máxima, com turbina a gás, é de 30 nós, e seu raio de ação, com velocidade de 12 nós, é de 4 mil milhas (ou 7,2 mil km).A “Barroso” irá se deslocar para a área de operações, cumprindo escalas logísticas programadas em Natal-RN, Las Palmas (Espanha) e Toulon (França). Sua chegada em Beirute (Líbano) está prevista para o dia 8 de setembro do corrente ano.
A UNIFIL
A UNIFIL conta, atualmente, com a participação de diversos países, incluindo o Brasil, e com aproximadamente 12 mil militares, além de funcionários civis. A presença do navio brasileiro contribui para a garantia da paz e da segurança na região, além do adestramento da Marinha Libanesa.
Por Alexandre Gonzaga
Fotos: Divulgação
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério de Defesa

Assaltante toma motorista de caminhão como refém no Rio de Janeiro

Um motorista de caminhão de carga foi pego como refém por um assaltante na noite deste domingo na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O incidente, ainda em andamento, ocorre na Avenida Brasil, que precisou ser interditada, nos dois sentidos, pela polícia.
Negociadores do Batalhão de Operações Especiais (Bope) tentam chegar a um acordo com o criminoso para a libertação do refém, rendido em um mercado da região, no bairro da Penha.De acordo com o G1, a polícia foi chamada por testemunhas. Houve troca de tiros e perseguição. O veículo foi parado após os pneus serem atingidos por disparos da PM.

Chegou ao fim a situação com refém que interditou a Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, na noite deste domingo. Segundo a polícia, o motorista de um caminhão de carga que havia sido sequestrado por um assaltante foi libertado, enquanto o criminoso foi detido.
Negociação acaba de chegar ao fim. O criminoso se rendeu e a vítima está ilesa, porém bastante abalada emocionalmente. Vítima está ilesa. Já o criminoso estava ferido e foi levado ao Hospital Albert Schweitzer", informou a Polícia Militar. 
Os nomes da vítima e do assaltante não foram divulgados.

sábado, 5 de agosto de 2017

Beleza da Marinha russa nas primeiras horas após o Dia da Marinha

O novo Drone militar russa "Orion-E"

Programa de Submarinos avança, apesar da crise

O site frances Mer et Marine publicou no mês passado uma matéria sobre a evolução do Programa de Submarinos (Prosub) da Marinha do Brasil, com transferência de tecnologia francesa do Naval Group (ex-DCNS). O autor fez elogios ao Complexo Naval de Itaguaí, chamando-o de “obra titânica e única no mundo”.
A matéria divulgou imagens mais recentes das obras na nova Base e Estaleiro em construção em Itaguaí, no Rio de Janeiro.O primeiro submarino convencional do Prosub (Programa de Desenvolvimento de Submarinos) da Marinha do Brasil será lançado em 2018. De acordo com a MB, os quatro submarinos convencionais já estão sendo construídos em paralelo.Os submarinos convencionais são do modelo S-BR baseados no projeto francês “Scorpene”, desenvolvido pelo Naval Group, parceiro da Marinha do Brasil no programa.
Os submarinos de propulsão convencional S-BR serão maiores que os modelos Scorpene adquiridos pelas Marinhas do Chile, Malásia e Índia. A versão brasileira deslocará 2.200 toneladas em imersão e terá um comprimento de 75m, com boca de 6,2m. Será armada com seis tubos lança-torpedos de 21 polegadas para até 18 torpedos F21 e/ou mísseis SM-39 SubExocet e minas submarinas. Também será equipada com dois periscópios, um deles tradicional e outro do tipo optrônico, capaz de enviar imagens diretamente para os MFCC.A classe Scorpene foi desenvolvida conjuntamente pela DCNS francesa (que no início do projeto ainda era denominada DCN) e pela Navantia espanhola, sendo agora responsabilidade única do atual Naval Group.
É um submarino de ataque diesel-elétrico que pode ser equipado adicionalmente com o sistema de propulsão independente da atmosfera (AIP – Air Independent Propulsion) francês MESMA (Module d’Energie Sous-Marine Autonome), que emprega etanol e oxigênio para mover uma turbina a vapor.
O Brasil optou por não instalar o MESMA e, na seção adicional que este ocuparia, aumentou o espaço para combustível, alimentos e beliches adicionais, posicionados agora longitudinalmente (no projeto original francês, ficam na transversal).O Scorpene tem um casco hidrodinâmico construído com aço HLES 80, derivado do que é usado nos atuais submarinos nucleares franceses, porém mais compacto. Algumas tecnologias usadas nas classes “Amethyste” e “Le Triomphant” (nucleares), como o sistema SUBTICS, também são empregadas no Scorpene.
O primeiro comprador foi o Chile, que no final dos anos 1990 encomendou duas unidades para substituir seus dois submarinos classe “Oberon”. Depois foi a vez da Malásia, que adquiriu duas unidades, incorporadas em 2009. A Índia foi o terceiro comprador, assinando em 2005 um contrato para seis unidades, que estão sendo construídas localmente com transferência de tecnologia.
O SBR-1 Riachuelo (S40) será o primeiro submarino da nova classe, e será seguido pelos submarino SBR-2 Humaitá (S41), SBR-3 Tonelero (S42) e SBR-4 Angostura (S43).
  • SBR-1 – Previsão de Lançamento: Julho de 2018
  • SBR-2 – Previsão de Lançamento: Setembro 2020
  • SBR-3 – Previsão de Lançamento: Dezembro de 2021
  • SBR-4 – Previsão de Lançamento: Dezembro 2022
Após esses quatro primeiros exemplares, a Marinha pretende manter uma cadência de construção de novas unidades, podendo chegar a um total de 15 submarinos S-BR  ao longo dos próximos 30 anos.Projeto SN-BR
Além dos submarinos convencionais, a França também está apoiando o projeto do primeiro submarino nuclear brasileiro, que deverá ter muitos sistemas comuns aos do S-BR. O diâmetro de 6,2m do casco do S-BR é insuficiente para receber o reator nuclear brasileiro, por isso um casco de diâmetro maior foi adotado no SN-BR, mas no aspecto geral o submarino nuclear será semelhante ao Scorpene (ver imagem acima).
O submarino nuclear brasileiro SN-BR deverá ser equipado com um reator nuclear PWR desenvolvido pelo Centro Experimental de Aramar (CEA) em Iperó-SP, região de Sorocaba.O protótipo do reator está sendo instalado no Laboratório de geração de Energia Nucleo-Elétrica (Labgene) e será a primeira planta com um reator nuclear de alta potência totalmente construída no Brasil. Conceitualmente, é um protótipo com capacidade de geração de 48MW térmicos ou 11 megawatts elétricos (MWe).
Depois dos testes de funcionamento e eventuais correções, uma segunda planta será construída para equipar o SN-BR.

Exército Brasileiro adia projeto do Guarani 8×8

O projeto do Exército Brasileiro para desenvolver localmente uma versão 8×8 do blindado Guarani foi adiado devido a restrições orçamentárias, disse ao Jane’s um funcionário próximo ao projeto. O projeto 8×8 pode prosseguir em um momento posterior, mas não está claro quando, acrescentou a fonte.As negociações para pesquisa e desenvolvimento do chassi foram realizadas entre a direção de fabricação do Exército e Iveco, mas nenhum contrato foi assinado.
O chamado projeto VBR-MR (Viatura Blindada de Reconhecimento-Média de Rodas) faz parte do Programa Estratégico do Exército Guarani (Pg EE Guarani), que também inclui 4×4 e 6x6s, estações de armas remotas e tripuladas, sistemas de comando e controle , simuladores e muito mais.

General critica falta de dinheiro para o Exército brasileiro: 'Há limites'

O comandante do Exército brasileiro, general Eduardo Villas Bôas, criticou nesta quinta-feira o arrocho orçamentário pelo qual a força militar terrestre está vivenciando no país. E ele usou as suas redes sociais para expor o problema.
“Conduzo seguidas reuniões sobre a gestão dos cortes orçamentários impostos ao @exercitooficial. Fazemos nosso dever de casa, mas há limites”, escreveu Villas Boas.Não é a primeira vez que o general vem a público para reclamar da falta de dinheiro. Em junho, Villas Boas falou a parlamentares em Brasília e explicou que, embora o Exército possua dotações anuais de R$ 2 bilhões, os repasses previstos para 2017 são de R$ 767 milhões.
Segundo o general, a diferença acaba não inviabilizando as operações dos militares, mas dificulta o desenvolvimento de novos projetos – o que, de acordo com ele, impacta no próprio desenvolvimento do país. “Não é possível definir um valor na peça orçamentária, a gente se estruturar e depois já vem uma interrupção”, comentou.
 que parte da revolta do general se deve ao fato de que o Exército possui hoje recursos para manter as suas atividades apenas até setembro.