segunda-feira, 25 de março de 2013

Segurança da Copa 2014 terá 'drones' da FAB e PF; Exército estuda compra

Vant Falcão está sendo produzido pela Avibras para as Forças Armadas.
Tahiane Stochero
A segurança do espaço aéreo brasileiro durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 terá apoio de pelo menos seis veículos aéreos não tripulados – vants, como os drones são chamados em português – da Polícia Federal e da Aeronáutica. Os equipamentos já serão usados para monitoramento durante os jogos da Copa das Confederações, entre 15 e 30 de junho, que servirá de teste para os eventos dos anos seguintes
.O Exército, que desenvolve projetos de vants com empresas e institutos de pesquisas, pediu em 2013 a abertura de um crédito suplementar na Lei Orçamentária Anual para a compra de drones, também pensando em reforçar a segurança durante a Copa.
Em 18 de fevereiro, a FAB recebeu dois aviões não tripulados feitos pela empresa israelense Elbit, que custaram R$ 48,174 milhões e serão montados em Santa Maria (RS), de onde devem operar a partir de março. Duas outras unidades do modelo, que foram enviadas em 2010 para testes, ficarão no país pelo menos até o fim do Mundial.
Uma ordem de serviço para que a tropa e os drones estejam a postos para uso foi expedida pelo Comando de Defesa Aérea Brasileira (Comdabra) e já chegou ao Esquadrão Hórus, no Rio Grande do Sul, que abriga os equipamentos, segundo o coronel Donald Gramkow, comandante da unidade.
A primeira ação de vigilância de eventos internacionais usando drones foi em 2012, quando o Brasil sediou a Rio +20 (Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável). Militares vigiaram dia e noite o local onde mais de 100 chefes de Estado estavam reunidos. Essa ação e os aprendizados da Copa das Confederações servirão de base para a construção de uma doutrina para o empregos de drones na Copa, na Olimpíada e em possíveis outros casos.
"Na Rio +20 e nas Operações Ágata, feitas nas fronteiras pelo Ministério da Defesa, realizamos várias missões conjuntas com outros órgãos de segurança pública, com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Polícia Federal e instituições estaduais e federais que possibilitaram a troca de informações e de inteligência. Enquanto monitóravamos o local com o vant, em tempo real, todos podiam ver as imagens em um centro de controle de acesso restrito. Em algumas vezes, percebemos que havia algo suspeito e avisamos o policiamento em terra para agir", afirma o coronel Gramkow.
A PF tem dois drones israelenses Heron, feitos pela Israel Aerospace Industries Ltd (IAI), que chegaram ao país em 2010 por aproximadamente R$ 80 milhões. Esses vants, que ficam na Base Aérea de São Miguel do Iguaçu (PR), são os únicos para uso civil certificados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e são usados para obtenção de informações de inteligência e apoio ao combate ao narcotráfico e ao contrabando na fronteira com o Paraguai.

Os drones da PF, que estavam parados em 2012 devido a uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) voltaram a operar secretamente em dezembro do ano passado, auxiliando, inclusive, na realização de prisões. O TCU informou que o processo está em andamento e ainda em sigilo, e que não poderia fornecer informações. O projeto inicial englobava 14 aeronaves ao custo de quase R$ 600 milhões. Quase R$ 80 milhões já teriam sido gastos.
Centro de controle
Cada aeronave não tripulada é monitorada de um centro de controle, onde piloto e operador de sensores contam com mais de 10 telas de vídeo para que possam, por exemplo, localizar alvos, ver a posição do avião no radar e desviar de possíveis obstáculos no percurso.
"Os soldados acompanham as imagens enviadas e podem usar ainda outros instrumentos, como sensores de infra-vermelho, raio-x e imageador radar, que pode desenhar e mapear uma região mesmo com tempo encoberto por nuvens ou mau tempo", diz Gramkow.
Com esse recurso, é possível detectar a presença de pessoas armadas nos estádios ou nas áreas restritas aos atletas, por exemplo. Não há definição sobre que jogos serão monitorados pelos drones, mas o emprego dos equipamentos será permanente durante a Copa.

Imagens captadas por drones podem permitir que a artilharia antiáerea do Exército intercepte com maior rapidez aeronaves que, por ventura, tentarem invadir a área dos estádios. O vant israelense da FAB, chamado de hermes, tem peso máximo de decolagem de 450 kgs e voa por até 16 horas seguidas. Seu raio de alcance é de até 200 km, voando a uma altitude que varia entre 3.048 metros e 4.900 metros.
Ao contrário dos Estados Unidos, que formam pilotos especificamente para drones, a FAB optou por manter o seu piloto de vant voando outro tipo de aeronave. "Piloto ruim não é o que não sabe pilotar, mas o que não sabe decidir, o que é inseguro e pode provocar acidentes. Um piloto de vant, sentado em uma sala, precisa ter consciência situacional, saber onde está voando e o que pode ocorrer, para poder reagir rápido", diz o coronel.Exército estuda compra
Até 2014 deve ficar pronto o Falcão, drone de mais de 800 kg, que está sendo produzido pela brasileira Avibras com investimento do Ministério da Defesa e que será vendido pela Harpia (empresa formada por Embraer, Avibras e a israelense Elbit, uma das líderes do ramo).

O modelo está entre os favoritos para ser adquirido pelos militares brasileiros, que já realizam uma pesquisa de mercado para a compra.
Além dos eventos internacionais no país, o Exército quer usar vants no monitoramento dos 17 mil km de fronteiras que o Brasil tem com 10 países. As aeronaves farão parte ainda do Sistema Proteger, que irá monitorar a Usina Hidrelétrica de Itaipu e outros locais estratégicos para o país. 
Em relação à Copa, o Exército diz aguardar mudanças na legislação em relação a operação de vants em áreas povoadas para analisar se drones de pequeno porte podem ser usados para sobrevoar as cidades-sede dos jogos.
"O drone é a evolução do poder de combate, ele sintetiza tudo. Ele tem sensores capazes de localizar qualquer coisa, consegue transmitir a informação em tempo real para qualquer lugar – o que só o drone é capaz – e pode neutralizar e eliminar a ameaça naquele exato momento. É uma arma completa", diz o general da reserva do Exército Alvaro Pinheiro, que é especialista em terrorismo e táticas de guerra e defensor da capacidade brasileira em operar drones com armas.
"É evidente que o Brasil precisa ter capacidade de operar drones, tanto para vigilância para combater. O drone é cirúrgico, é um instrumento de apoio ao combate exatamente para diminuir efeitos indesejáveis, como a morte de inocentes ou destruição de locais errados", defende.
Atualmente, um terço das aeronaves da Força Aérea dos Estados Unidos já são drones. São mais de 7.800 unidades, a maioria estacionada no Oriente Médio. Especialistas dizem ainda que quase metade dos pilotos que os militares americanos estão formando hoje é exclusiva para drones.
"O Falcão ainda não voo, porque os investimentos são altos. Espera-se uma encomenda alta das Forças Armadas ainda em 2013 para que entre na fase de testes", diz Flávio Araripe de Oliveira, coordenador do projeto da FAB em parceria com a Avibras.América Latina
A realocação de drones americanos para a América Latina após o fim das guerras no Iraque e no preocupa os países da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). Em 2012, o general Norton Schwartz afirmou drones de multicapacidades, que estão sendo retirados do Oriente Médio, passarão a operar na América para missões de espionagem e combate ao tráfico, em especial no Caribe, Colômbia e México.
Dias depois, em 28 de novembro, 11 países que integram o bloco deciriram construir um drone conjunto, sob comando do Brasil. No evento, realizado no Peru, o vice-presidente, Michel Temer, disse que o país já estava desenvolvendo um modelo para uniformizar o sistema de voo de aviões não tripulados na América Latina e também proteger a Amazônia.
"Há possibilidades enormes do uso militar de vants na América Latina. Mas seria um avião de maior porte e que pode até dar apoio a caças. A maior preocupação é com acidentes e riscos envolvendo sobrevoar áreas populosas. Por isso, o seu voo seria em alta altitude", explica o capitão José Augusto de Almeida, do Departamento de Ciência e Tecnologia da FAB.
A Associação Brasileira de Produtos de Defesa (Abinde) defende que o governo adquira produtos nacionais. Dentre os made in Brasil em desenvolvimento, o Falcão é cotado até para exportação após ter recebido R$ 40 milhões de arpote do Ministério da Defesa para ser concebido.
"Estamos na fase de configuração para atender às exigências dos militares, fazer ensaios no terreno e preparar a produção de um lote piloto de quatro unidades. Alguns testes já foram feitos em Pirassununga (SP)", diz Renato Tovar, diretor da Avibras.
"Esperamos que ainda em 2013 seja assinado com o Ministério da Defesa um contrato de desenvolvimento, no qual serão feitos ensaios de voo do Falcão", disse ao G1o vice-presidente de operações da Embraer, Eduardo Bonini.

"O Falcão será o nosso vant nacional. Estamos aguardando que as Forças Armadas nos enviem a configuração de sensores que precisam, para que o projeto possa avançar", acrescentou o presidente da unidade de negócios Defesa e Segurança da Embraer, Luiz Carlos Aguiar.
Compra de vant nacional
No programa "Café com Presidenta" exibido em cadeia nacional de rádio em 21 de janeiro, a presidente Dilma Rousseff explicou para a população para que servem os aviões e destacou que vants da FAB e da PF foram usados para localizar laboratórios de refino de cocaína em operações conjuntas com Bolívia, Colômbia e Peru.
"Vant é um avião pequeno que voa sem piloto. Esse avião faz o mapeamento de regiões de difícil acesso, registrando imagens em altíssima resolução e transmitindo essas imagens. Mesmo à noite, ele consegue enxergar a ação dos criminosos sem ser percebido por eles. Com isso, os agentes identificam mercadorias suspeitas que atravessam a fronteira brasileira pelos rios, identificam garimpos ilegais e também pistas clandestinas usadas pelo tráfico", disse Dilma.
"Nós trabalhamos pela segurança das famílias nas cidades brasileiras e por uma convivência de paz e harmonia com os países da América do Sul", completou a presidente na ocasião.
O Ministério da Defesa informou ainda analisar a quantidade e o modelo de aeronave que será comprada, mas que "estuda ajudar a indústria nacional por meio de aquisições" .

O governo brasileiro pode, eventualmente, controlar as exportações. Além disso, em parceria com a Avibras, está sendo criado um sistema de navegação, controle e pilotagem de drones, que poderá ser utilizado em aeroportos ou vants em qualquer lugar do país.
Drone como arma
Além dos drones de vigilância, as Forças Armadas também querem ter a possibilidade de, no futuro, colocar mísseis em seus vants. O Ministério da Defesa e Avibras confirmaram ao G1 ter projetos para produção e emprego de um "drone de combate", mas ainda estudam o tema com cautela.
"O projeto existe, mas vai ficar para o futuro. Por enquanto, o foco prioritário é vigilância e monitoramento. O assunto é ainda bastante delicado. Precisamos primeiro avançar na atuação de vants de reconhecimento", afirmou Renato Tovar, diretor da Avibras.O drone capaz de receber armamento teria configuração especial, com eletrônica e aviônica diferenciadas. "Isso depende também de que tipo de armas o governo gostaria de usar, para que fins, se será para o Pré-Sal, para fronteiras terrestres, etc", completou.
"A Avibras tem uma versão futura para colocar armamento no Falcão, caso algum cliente venha a pedir. Também há um projeto para uso em patrulhas marítimas, com sensores e radares diferenciados capazes de localizar navios e submarinos no mar", diz Flávio Araripe.
As Forças Armadas possuem, segundo o Livro Branco de Defesa Nacional, divulgado em 2012, pelo menos 8 projetos que visam a aquisição de drones, entre 2013 e 2030, tanto para vigilância do mar como controle do espaço aéreo.
Os estudos seguem a Estratégia Nacional de Defesa, decreto publicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2008, que aponta como uma de suas diretrizes básicas "programas de veículos aéreos não tripulados (vants), primeiro de vigilância e depois de combate", se o país quiser ganhar projeção internacional e prevenir ataques a seu território nos próximos 20 anos.

Segundo o texto, os drones com armas, conhecidos como Predadores (Predator, do nome em inglês), serão para o país "meios centrais, não meramente acessórios, do combate aéreo".
"A indústria de defesa espera um investimento maciço das Forças Armadas para alavancar o setor que, devido às atuais normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), não pode usar comercialmente o produto. O Brasil tem muito a crescer no uso militar dos vants", defende Antonio Castro, da Associação Brasileira de Produtos de Defesa (Abinde).
O Ministério da Defesa ressaltou que as aplicações atualmente vislumbradas para estes veículos "são variantes da missão de reconhecimento e sem armas", mas que "isso não significa que essas aeronaves não possam ser utilizadas em combate".
Os Estados Unidos logo perceberam o potencial militar de drones e passaram a usar a nova tecnologia para atacar alvos no Afeganistão, Paquistão, Iêmen, Somália, além de monitorar outros países. A eficácia das missões, entretanto, é contestada por organizações de direitos humanos, que apontam um grande número de inocentes entre as vítimas dos bombardeiros e contestam a legalidade do emprego militar desse recurso. Críticos falam em "assassinatos sem julgamento", "guerra suja" e "violação das leis internacionais".
A Fundação Nova América, baseada em Washington, contabiliza 350 ataques desde 2004, a maioria durante o governo de Barack Obama, com número de mortos entre 1.963 e 3.293, incluindo entre 261 e 305 civis. Segundo o Escritório de Jornalismo Investigativo, em Londres, o número de vítimas fatais em ataques americanos com drones é maior, entre 2.627 e 3.457, sendo entre 475 e 900 civis. No dia 20 de fevereiro, o senador republicano Lindsey Graham, defensor do uso de drones em ataques militares, disse que o número de mortos soma cerca de 4.700 pessoas, incluindo inocentes.Marinha usa drone nacional
Ao contrário da FAB, que optou por comprar drones de Israel, mais compatíveis com as especificações que precisava para vigiar as fronteiras do país, a Marinha usa o Carcará, um vant produzido pela brasileira Santos Lab e adquirido após uma licitação internacional.

Segundo Roberto Sbragio Júnior, diretor da empresa, os vants tem 2 metros de envergadura e pesam de 1,8 kg a 4 kg, movidos a bateria. Por serem militares, os Carcarás não precisam de autorização da Anac para operar e possuem custo de R$ 600 mil a unidade.

Os veículos da Marinha estão no Batalhão de Controle Aerotático e Defesa Antiaérea, no Rio de Janeiro, e são usados desde 2007, quando foram empregados pela primeira vez em uma manobra de adestramento em Itaoca (ES). Em 2009, os fuzileiros receberam duas novas unidades, de um modelo de nova geração, que servem para inteligência.

A ideia agora é aplicar os drones embarcados em navios ou porta-aviões na costa brasileira para diagnosticar possíveis invasores. Até 2030, a Marinha pretende comprar mais 10 unidades: os primeiros cinco devem chegar até 2022. Os aviões serão usados para busca e salvamento em alto mar, monitoramento de plataformas de petróleo e reconhecimento de embarcações envolvidas em pesca predatória, extração mineral, pirataria, contrabando e crimes ambientais.
G-1 SNB

Governo manda tropa da Força Nacional proteger Belo Monte


Diante dos conflitos que paralisam as obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, o governo decidiu enviar tropas da Força Nacional e Segurança Pública ao local.
Portaria do Ministério da Justiça, publicada na edição desta segunda-feira do "Diário Oficial da União", informa que efetivo da Força Nacional será enviado ao Pará, por 90 dias --prazo que poderá se estendido--, atendendo à demanda do Ministério de Minas e Energia.
Segundo a portaria, o ministro Edison Lobão, de Minas e Energia, solicitou o envio de tropas no dia 21, data em que um grupo de manifestantes, composto na maioria por índios, ocupou um dos canteiros de obras de Belo Monte e paralisou as atividades de cerca de seis mil operários no sítio Pimental, no rio Xingu.
O uso das tropas tem o objetivo de "garantir incolumidade das pessoas, do patrimônio e a manutenção da ordem pública nos locais em que se desenvolvem as obras, demarcações, serviços e demais atividades atinentes ao Ministério das Minas e Energia", afirma o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na portaria.O protesto no canteiro da usina na semana passada foi o segundo envolvendo índios neste ano.
Em janeiro, eles fecharam o acesso ao sítio Pimental durante três dias, reclamando de impactos da obra ao rio Xingu, e terminaram o protesto após uma garantia de indenização.
No ano passado, índios chegaram a realizar um quebra-quebra nos escritórios da obra. No início deste mês, operários tocaram fogo em alojamentos. Um operário foi preso após a polícia encontrar bananas de dinamite em seu armário.
A hidrelétrica de Belo Monte tem conclusão prevista para 2019 e deverá ser a terceira maior do mundo.
FOLHA .....SNB

Rússia vai construir submarino de patrulhamento acústico


A marinha de guerra russa aprovou a construção de um submarino de patrulhamento acústico e análise da situação.

Esse navio se destina a coordenar as ações dos outros navios.
O submarino será equipado com sistemas que lhe permitirão detectar em regime passivo navios de superfície e submersíveis, assim como alvos aéreos a baixa altitude, a uma distância até 600 km. A uma distância de 100 km, o navio será capaz de determinar com precisão o tipo de alvo. Todos os sistemas do submarino irão funcionar em regime passivo, não emitindo sinais ativos e permitindo ao navio ficar invisível para o adversário.
SNB

FAB TV - Especialistas da FAB - Programa Especial

SNB

INSTRUÇÃO – PARA-SAR forma 31 paraquedistas

 O Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS - PARA-SAR) realizou na semana passada, na Base Aérea de Campo Grande (BACG), os últimos saltos de instrução com os militares que se formaram no Curso Básico de Paraquedismo Militar da Aeronáutica na sexta-feira (22/3). A bordo de uma aeronave C-105 Amazonas, do 2º/10º GAV (Esquadrão Pelicano), os alunos e instrutores militares saltaram de uma altura de 400m, a aproximadamente 240km/h, na chamada Zona de Lançamento (ZL), que fica a 17 km de distância, em linha reta, da BACG.
No exercício foi realizado o salto enganchado, no qual o paraquedas não é aberto pelo acionamento do militar. Assim que ele salta da aeronave, o paraquedas abre, pois está conectado ao interior do avião, por meio de um cabo, não sendo necessário o acionamento. Sua própria queda aciona o paraquedas. Nesse salto, o peso do paraquedas principal e o do reserva chega a 20 kg.
Já no salto armado e mochilado, também realizado pelos alunos do curso, os paraquedistas carregaram em torno de 40 kg, pois se soma ao peso do paraquedas mais 15 kg da mochila e 5 kg do fuzil, simulando uma situação real de emprego do PARA-SAR.
O curso do PARA-SAR dura cinco semanas, nas quais os voluntários saltam, em média, cinco vezes, sendo uma delas armados e mochilados. Em cada salto, os alunos são acompanhados pelos Mestres de Salto (MS), militares que integram o EAS e são instrutores do curso. Não há prova teórica para ingressar. Porém, os voluntários são submetidos a um forte teste físico e, durante o curso, várias instruções físicas, técnicas e, algumas, teóricas.
Qualquer militar da Força Aérea Brasileira (FAB) pode fazer o Curso Básico de Paraquedismo Militar da Aeronáutica. Entre os 31 alunos que se formaram, há desde praças até oficiais. Desses, 11 são do PARA-SAR. Os demais são de outras unidades militares, mas devem solicitar transferência para a BACG para atuar no esquadrão.
Fato histórico
Na quarta-feira (20/3), ocorreu um fato inédito na FAB. Pela primeira vez, um Brigadeiro de Infantaria saltou com o PARA-SAR, façanha realizada pelo Brigadeiro Amilcar Andrade Bastos, Chefe da Subchefia de Segurança e Defesa do COMGAR. O Oficial General também foi escolhido como paraninfo da turma. “Tenho muito orgulho de ter sido escolhido como paraninfo dessa turma de paraquedistas da FAB”, afirmou o Brigadeiro Bastos.
Ordem dos Pastores
Entre os instrutores do EAS está o suboficial Eduardo Chagas Pacheco, que integra o esquadrão desde a década de 90. Ele faz parte da Ordem dos Pastores, que é o nível de operacionalidade máximo que um integrante do PARA-SAR pode atingir, tendo realizado inúmeros treinamentos de resgate.
O militar já participou de diversos resgates. Entre eles, dos corpos das vítimas do acidente da empresa aérea GOL, em 2006. “Sem dúvida, foi uma situação muito difícil que enfrentamos naqueles dias, para resgatar os corpos das vítimas, no meio da mata. Porém, somos treinados para encarar situações como essas”, disse.
Fonte: Agência Força Aérea....SNB

Coreia do Sul e EUA assinam novo plano militar


Agência Estado
SEUL - A Coreia do Sul e os Estados Unidos assinaram um novo plano militar que estabelece como os aliados vão se comunicar um com ou outro, assim como reagirão no caso de uma futura agressão da Coreia do Norte.A assinatura ocorre em meio a ameaças da Coreia do Norte de atacar os aliados por causa dos exercícios militares conjuntos e da recente intensificação das sanções aplicadas a Pyongyang pela Organização das Nações Unidas (ONU) em razão do último teste nuclear norte-coreano.
O Chefe do Estado-Maior Conjunto de Seul disse nesta segunda-feira que o projeto foi planejado para conter futuros ataques norte-coreanos, mas não foram divulgados detalhes. Os trabalhos de planejamento tiveram início depois que a Coreia do Norte ter realizado um ataque de artilharia contra uma ilha sul-coreana em 2010, matando quatro pessoas.
Coreia do Sul e Estados Unidos também têm planos separados para o caso de uma guerra total na península coreana. Atualmente, 25.500 militares norte-americanos estão estacionados na Coreia do Sul.
As informações são da Associated Press
SNB

A tristeza de ver o Líbano virar uma ilha


O Líbano virou uma ilha. Verdade, se olharmos no mapa, o território libanês está no continente asiático. Mas, na prática, seria como se os libaneses estivessem cercados por mar por todos os lados sem ter para onde fugir. Nunca na história libanesa a situação foi tão dramática.
Se a guerra civil da Síria se expandir para Beirute e o aeroporto fechar, ou se Israel entrar em conflito armado contra o Hezbollah, como apostam muitos analistas, os libaneses não terão para onde fugir, diferentemente do que ocorria em cenários similares no passado.
Nos anos 1970 e 80, durante a guerra civil do Líbano, ou no conflito de 2006 entre Israel e Hezbollah, mesmo quando o aeroporto de Beirute fechava, os libaneses possuíam a chance de se refugiar na Síria, usar o aeroporto de Damasco ou cruzar o território sírio por terra até a Jordânia e a Turquia. Outra opção era pegar um barco e ir para o Chipre, não muito distante, no Mediterrâneo.
Agora não existe mais a opção cipriota, que diante de sua crise não teria como receber refugiados libaneses, e tampouco a síria, em guerra. A israelense continua fechada. Os libaneses não tem para onde fugir se a frágil estabilidade do país entrar em colapso. Literalmente, o Líbano virou uma ilha entre o Mediterrâneo e a Ásia.
Por mais que a administração de Barack Obama tente mostrar o inverso, a oposição síria está extremamente insatisfeita com os Estados Unidos. O desgaste é tanto que levou até à renúncia do presidente da Coalizão de Oposição da Síria, Moaz al-Khatib pela insatisfação com a falta de apoio americano e a influência negativa do Qatar e da Arábia Saudita que querem apenas amparar as facções mais radicais dos opositores.
O New York Times pode trazer a reportagem com a operação da CIA em coordenação com os governos árabes e a Turquia para levar armamentos para os opositores. Mas todos sabem que estes continuam indo para as mãos de rebeldes mais radicais e os próprios líderes das alas mais laicas falam isso abertamente.
A saída de Khatib é uma perda enorme porque ele era um dos poucos capazes de estabelecer canais de negociação com o regime de Damasco. Obama estava certo ao não se envolver na Síria. Mas já que, nas últimas semanas, decidiu entrar na bagunça, ele não pode continuar dando aval para turcos, sauditas e qatarianos apoiarem radicais.
Note que o coronel Riad al Asaad, um dos primeiros comandantes militares da oposição, foi ferido ontem em um carro-bomba e precisou amputar o pé. Alguns líderes opositores acusam uma agência de inteligência estrangeira ligada ao Ocidente.
Vejam o comunicado de Khatib sobre o ataque a Asaad – “A tentativa de assassinar o coronel al-Asaad em Deir al-Zor é parte de uma tentativa de assassinar os líderes livres da Síria”. E estes, segundo ele disse em declarações nas últimas 24 horas, são aqueles que estão contra o regime de Assad e ao mesmo tempo contra a influência negativa de governos árabes, da Turquia e dos EUA.O premiê do Líbano, Najib Mikati, renunciou nesta noite em Beirute. Houve, para a sua renúncia, alguns fatores externos ligados à Síria. Mas outras questões domésticas do Líbano independentemente do conflito no país vizinho foram determinantes para a saída do primeiro-ministro.
Primeiro, vou mais uma vez didaticamente explicar o sistema político libanês. O presidente precisa ser cristão maronita; o premiê, muçulmano sunita; e o presidente do Parlamento, xiita. O gabinete ministerial também é distribuído de acordo com as religiões, incluindo algumas minoritárias, como os cristãos ortodoxos e os armênios.
Metade do Parlamento é destinado aos muçulmanos, com subdivisões para sunitas, xiitas, alauítas e drusos (contam como muçulmanos). A outra metade é para os cristãos, com predomínio dos maronitas, embora com cadeiras para ortodoxos, melquitas, armênios e outras minorias cristãs.
Hoje, no país, existem duas correntes políticas. A governista se chama 8 de Março, composta pelos xiitas do Hezbollah e da Amal, cristãos seguidores de Michel Aoun e alguns sunitas como o próprio Mikati. Embora não seja tão próximo do Hezbollah, ele era o primeiro-ministro. Esta facção é politicamente próxima do regime de Assad e, em menor escala, do Irã.
Os opositores são da 14 de Março, majoritariamente composta por sunitas seguidores do ex-premiê Saad Hariri e cristãos ligados a Samir Gaegea, líder da milícia cristã maronita Forças Libanesas. Praticamente não há xiitas. Eles são próximos dos EUA e da Arábia Saudita.
Existem, além destes dois grupos, alguns neutros, como Walid Jumblat, líder druzo, que navega entre as duas coalizões de acordo com os ventos do Oriente Médio. O presidente, Michel Suleiman, um general cristão, busca manter a neutralidade. A França, como força externa, também tem aliados nos dois lados.
Nos últimos anos, passaram a surgir algumas facções sunitas extremistas, conhecidas como salafistas, com um perfil anti-Hezbollah e anti-Israel (isso mesmo que está escrito).
Desde a saída da retirada das tropas sírias, em 2005, há instabilidade política no Líbano e mesmo atentados terroristas ocasionais. Neste momento, existe um impasse sobre a lei eleitoral e a prorrogação do mandato de um líder das forças de segurança. Algo que ocorreria mesmo sem a guerra civil na Síria.
No caso da lei eleitoral, os cristãos dos dois lados mais os xiitas querem mudanças. Os sunitas, incluindo Mikati e os opositores, assim como druzo Jumblatt, não. Houve um rompimento nas linhas existentes anteriormente.
O problema é que, agora, não dá para fechar os olhos para o conflito no país vizinho que pode se expandir para o Líbano. Há confrontos quase diários em Trípoli, no norte do país, envolvendo alauítas e sunitas que são, respectivamente, a favor e contra Bashar al Assad. Xiitas (não é a mesma coisa que alauítas) também atacaram sunitas e vice-versa. Este temor pesou, sem dúvida, na decisão de Mikati.
 O Estado de S. Paulo..SNB

Democracia ou dragões?


/ TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK, É COLUNISTA, THOMAS L., FRIEDMAN, THE NEW YORK TIMES, / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK, É COLUNISTA, THOMAS L., FRIEDMAN, THE NEW YORK TIMES - O Estado de S.Paulo
Neste décimo aniversário da invasão americana do Iraque, três coisas estão claras. Primeiro, haja o que houver no Iraque, nós pagamos demais por isso em vidas, dinheiro e enfoque. Segundo, pode-se pagar demais por alguma coisa decente e pode-se pagar demais por um lixo absoluto.
Pelo que exatamente nós pagamos demais no Iraque ainda não está claro e será decidido pelos iraquianos. Terceiro, por mais que queiramos esquecer do Iraque, o que se passa nesse país tem uma importância maior do que nunca para o Oriente Médio.
Dada sua história de ditadura brutal, o Iraque poderia parecer o último lugar do Oriente Médio onde deveríamos ter tentado ajudar a criar uma democracia autônoma. Aliás, era o mais importante. Basta olhar a Síria para compreender por quê.
O Iraque era constituído por todas as seitas que povoam os diferentes países árabes e foram mantidas unidas nos últimos 50 anos por ditadores com pulsos de ferro. Se os iraquianos pudessem demonstrar que, uma vez removido seu ditador, as comunidades constituintes do Iraque (xiitas, sunitas, curdos, turcomanos, cristãos) poderiam forjar seu próprio contrato social para viverem juntas em paz - em vez de ser governadas brutalmente de cima para baixo -, então algum tipo de futuro democrático seria possível para todo o mundo árabe.
Essa possibilidade ainda não foi preenchida. Derrubamos o ditador do Iraque. As pessoas fizeram o mesmo na Tunísia, Egito, Iêmen, Líbia e, em breve, Síria, mas as mesmas perguntas persistem sobre: conseguirão produzir governos representativos, decentes, estáveis? Poderão xiitas, sunitas, curdos, cristãos - ou secularistas e islamistas - viverem juntos como cidadãos e dividirem o poder? Se puderem, a política democrática terá um futuro na região. Se não, o futuro será um pesadelo hobbesiano onde ditadores com pulso de ferro são removidos, mas são substituídos por seitas, gangues e tribos rivais, tornando impossível a governança decente necessária para o desenvolvimento humano de milhões de árabes.
Hoje, não há ninguém de fora - otomanos, europeus, americanos, a Liga Árabe ou a ONU - que queira governar no lugar de ditadores e não há ditadores que possam manter seus punhos de ferro. Portanto, ou as comunidades desses Estados árabes encontram um jeito de dividir o poder, ou todo o mundo árabe vai ficar como uma daquelas regiões em mapas medievais rotulada: "Cuidado, Aqui Há Dragões".
É por essa razão que o processo de paz mais importante no Oriente Médio hoje é o necessário entre sunitas, xiitas, cristãos, curdos, bem como islamistas e secularistas. Apesar de nossos dispendiosos erros - e de todos os vizinhos do Iraque e jihadistas sunitas que tentam fazer o Iraque fracassar (veja-se a mortandade de terça-feira) -, acabamos ajudando os iraquianos a escreverem sua própria Constituição democrática para resolver politicamente suas diferenças, se assim eles quiserem. Nenhum dos outros Estados árabes em transição tem uma parteira externa ou um Nelson Mandela interno para fazer isso. Todos estão num início de lutas duras e prolongadas.
Os interessados no que está realmente ocorrendo hoje no Iraque deveriam ler o extenso artigo sobre o décimo aniversário de Roula Khalaf no Financial Times de sábado, 16 de março, que mostra um país progredindo e regredindo ao mesmo tempo. "Saindo da Universidade de Bagdá", ela escreveu, "eu sentei num miniônibus e conversei com estudantes. Alia, um moça de 24 anos que está fazendo mestrado em biologia, diz que os jovens estão tendo acesso à internet, a dezenas de canais via satélite que foram estabelecidos no Iraque, e acrescenta que, apesar da luta política entre a elite, não há nenhum sentimento de divisão entre sunitas e xiitas na universidade. Mas ela também está descontente, sua família está permanentemente preocupada com seu paradeiro. "Liberdade é importante, mas não me dá o suficiente", diz ela. "Liberdade é fazer o que você quer, e não apenas falar." Essa estudante representa a esperança do Iraque. Acredito que o verdadeiro agente da mudança em sociedades pós autoritárias é algo que leva anos para se desenvolver. Chama-se "nova geração", uma que pense e aja de maneira diferente da geração de seus pais.
Os primeiros protestos democráticos de massa contra Vladimir Putin começaram quase 21 anos após o fim do comunismo. Poderá o Iraque conhecer uma estabilidade política e sectária suficiente para que uma geração possa crescer lendo o que quiser, viajando para onde quiser - e, no processo, produzir iraquianos suficientes que pensem em si mesmos como cidadãos dispostos e capazes de viver em paz com outros grupos. A Europa não construiu a democracia da noite para o dia; o Iraque seguramente não poderá fazê-lo.
"A sociedade iraquiana sob Saddam ficou traumatizada, e o impacto de 35 anos de regime autoritário não se dissipará rapidamente", diz Joseph Sassoon, professor nascido em Bagdá, hoje na Universidade de Georgetown e autor de "Saddam Hussein's Ba'th Party: Inside an Authoritarian Regime".
Talvez leve duas gerações para essas vozes jovens da Universidade de Bagdá prevalecerem. Ou mais tempo ainda. Ou poderá não ocorrer jamais.
Qualquer olhar honesto ao Iraque de hoje revela sementes de sociedade civil brotando e o sectarismo venenoso se espalhando. Pelo seu bem, pelo bem da estabilidade do mundo árabe e pelo bem de todos que se sacrificaram para que os iraquianos pudessem ter uma oportunidade de governança decente, espero que o vigésimo aniversário seja ocasião de um julgamento mais positivo.
SNB

domingo, 24 de março de 2013

Ativos da Petrobrás à venda superam US$ 12 bi


SABRINA VALLE / RIO, WELLINGTON BAHNEMANN , SÃO PAULO - O Estado de S.Paulo
A Petrobrás tem mais de US$ 12 bilhões em ativos à venda no Brasil e no exterior, mas só divulgou planos de desinvestir US$ 9,9 bilhões por considerar o número mais factível, segundo fonte da empresa. Dificuldade nas negociações no exterior e avaliação de que ativos seriam vendidos por preço abaixo do potencial fizeram a estatal revisar a lista de patrimônio a ser desfeita.
O número de ativos à venda no Brasil aumentou e inclui agora termoelétricas, usinas eólicas, pequenas centrais hidrelétricas e campos de petróleo. O plano de negócios 2013-2017 só reconhece vendas de US$ 9,9 bilhões, a serem realizadas "principalmente" em 2013.
A estatal já informou a outras petroleiras que colocará campos de petróleo à venda no Brasil e recebeu de algumas delas indicações de interesse em avaliar o portfólio. A presidente da Petrobrás, Graça Foster, reconheceu nesta semana que alguns ativos deixaram a lista de desinvestimento, como a refinaria de Pasadena, no Texas. Outros estão na iminência de sair, informou, durante entrevista para detalhamento do Plano de Negócios 2013-2017 da companhia.
A executiva, porém, preferiu não revelar a mudança de estratégia. "Não devo nem sequer falar se aumentou mais no Brasil ou no exterior", disse Graça, reconhecendo apenas que faltou experiência com venda no exterior. "Temos experiência na compra de ativos e não tínhamos experiência na venda."
Segundo fontes, a empresa teve dificuldades para se desfazer do portfólio de 175 blocos no Golfo do México. A estatal esperava levantar até US$ 6 bilhões com a venda de participação a um parceiro único. A urgência da Petrobrás por caixa foi um dos itens que atrapalharam a negociação.
Ativos no Golfo continuam à venda e têm a Shell entre os candidatos. No dia 7, o presidente da Shell no Brasil, André Araújo, confirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, interesse na área, sem comentar as negociações. "O Golfo do México é uma área estratégica da Shell e olhamos sempre oportunidades."
Setor elétrico. Fontes indicam que a Petrobrás reduzirá gradativamente sua presença no setor elétrico. O desinvestimento da estatal na área deve começar pela venda dos ativos de fontes alternativas de energia, que estão completamente fora do seu foco de negócio. Posteriormente, a companhia iniciaria o processo de alienação dos seus ativos na área de geração termoelétrica.
Segundo fonte do mercado, o processo de venda mais adiantado no momento entre as usinas seria o da participação acionária na Brasil PCH, geradora que opera 13 pequenas centrais hidrelétricas com capacidade total de 291,52 megawatts (MW). A Petrobrás detém 49% dessa empresa, cujo lucro em 2012 foi de R$ 59,2 milhões, o que demonstra a baixa representatividade do negócio para a estatal.
Além das pequenas centrais, a companhia também pretende se desfazer dos seus projetos na área de energia eólica. Atualmente, a Petrobrás detém participação acionária em quatro usinas eólicas do Parque Eólico Mangue Seco (RN), com capacidade instalada total de 104 MW.
Segundo os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o parque gerador da Petrobrás soma 8,4 mil MW de capacidade instalada, considerando a participação direta e indireta em pequenas hidrelétricas, termoelétricas a gás natural, usinas a biomassa, térmicas a óleo combustível, parques eólicos e térmicas bicombustível.
SNB

Rússia prorroga acordo espacial com Estados Unidos

O Primeiro-Ministro Dmitri Medvedev assinou um decreto para estender o acordo de cooperação entre a Rússia e os Estados Unidos para a utilização e a exploração do espaço sideral até 2020, segundo informou o Governo russo no sábado, 23.A prorrogação da validade do acordo corresponde aos interesses da Rússia e vai ajudar a promover a implementação eficaz de seus programas espaciais, bem como os projetos comuns russo-americanos no espaço, incluindo a exploração da Lua e de Marte" – informou o comunicado no site oficial do Governo.
Outro alvo do acordo é a Estação Espacial Internacional, para onde os astronautas americanos viajam a bordo de naves e foguetes russos.
Originalmente assinado em 17 de junho de 1992, o acordo de cooperação espacial russo-americano entre a NASA e a Agência Espacial Russa (Roscosmos) foi prorrogado em 1997, 2002 e 2007.
A cooperação espacial russo-americana é vista como um dos aspectos mais bem-sucedidos nas relações bilaterais.
DÍARÍO DA RÚSSIA...SNB

Gasoduto iraniano: Paquistão desafia os EUA


Embora a ONU jamais tenha imposto sanções contra o setor de energia do Irã, o governo dos EUA opôs-se à decisão do Paquistão, de iniciar afinal a construção de um óleo-gasoduto que o unirá ao Irã. Para os EUA, o negócio implicaria "violação das sanções impostas pela ONU contra o programa nuclear do Irã".[Ler (em inglês): "Saving the Peace Pipeline"]. Ao que parece, os EUA mais uma vez confundem suas próprias leis e as leis da comunidade internacional.
Por Kaveh L Afrasiabi, no Asia Times Online
Na segunda-feira (11) passada, o Presidente Mahmoud Ahmadinejad do Irã e o Presidente do Paquistão, Asif Zardari, deram início oficial à construção da porção paquistanesa do óleo-gasoduto, que percorrerá 1.600 quilômetros. Batizado de "óleo-gasoduto da paz", o projeto começou a ser traçado em 1994, como projeto trilateral Irã-Paquistão-Índia (IPI). (Em 2009, apesar de suas graves carências de energia, mas pressionada pelos EUA, a Índia abandonou o projeto).Como seria de esperar-se, a grande imprensa-empresa ocidental já adotou ativa posição contra o gasoduto Irã-Paquistão. Foi chamado de "delírio", "sonho fantasioso", com repetidos comentário sobre a impossibilidade de o Paquistão conseguir arcar com gastos da ordem de US$1,5 bilhão, para completar uma linha de transmissão de gás pela qual passarão, por dia, 750 milhões de pés cúbicos de gás natural, diretamente bombeados para o coração da economia paquistanesa sequiosa de energia.
Nada justifica o pessimismo "jornalístico". Com o Paquistão atormentado por racionamentos de energia, numa economia que precisa crescer, esse gasoduto é "assunto de interesse nacional do Paquistão", como disse a Ministra de Relações Exteriores", Hina Rabbani.
Os dois países também assinaram acordo para construir uma refinaria em Gwadar, província do Baloquistão, no sudoeste do Paquistão, com capacidade para refinar 400 mil barris de petróleo. Especialistas estrangeiros, como Dan Millison do Banco de Desenvolvimento Asiático [orig. Asian Development Bank (ADB)], é otimista. Millison defendeu uma avaliação feita pelo ADB, sobre o "óleo-gasoduto da paz" baseada exclusivamente em aspectos econômicos e considerando a crescente demanda por energia no subcontinente.
A grande questão é: quando o óleo-gasoduto Irã-Paquistão estiver completado, como a Índia conseguirá resistir à tentação de renovar o pedido para conectar-se a ele, questão que permanece adormecida? Em 2005, o Primeiro-Ministro da Índia, Manmohan Singh disse que "estamos desesperadamente carentes de energia e de novas fontes de energia".
Do ponto de vista dos EUA, o anúncio feito por Ahmadinejad-Zardari na fronteira entre Irã e Paquistão, significa várias coisas, de várias faces: em primeiro lugar, o negócio é o primeiro grande desafio importante, em palco internacional, contra as sanções unilaterias que os EUA impuseram ao setor de energia do Irã. A significação do desafio vai bem além das relações bilaterais entre os dois vizinhos na Ásia e bem pode servir como exemplo a ser seguido por outras nações.
[Depois do evento, a porta-voz do Departamento de Estado Victoria Nuland disse: "Estamos gravemente preocupados, se esse projeto realmente avançar, que tenhamos de disparar a Lei das Sanções contra o Irã" - segundo matéria da Agência France-Presse. - "Temos jogado limpo com os paquistaneses sobre essas preocupações. Já vimos esse gasoduto ser anunciado 10, 15 vezes antes, no passado. Temos de ver, portanto, o que realmente acontece"].
Em segundo lugar, o óleo-gasoduto é uma oportuna brecha, para Teerã, que padece sob pressões econômicas do ocidente. Enfraquece a política de alavancagem dos EUA nas negociações nucleares, que estão em ponto crucial.
A terceira razão pela qual o óleo-gasoduto é má notícia para os EUA é que ele põe Washington em rota de confrontação com o Paquistão, seu importante parceiro na "guerra ao terror", destinado a desempenhar papel chave no Afeganistão depois da retirada dos EUA, planejada para 2014. O dilema dos EUA é como esperar que o Paquistão desempenhe papel de maior estabilizador, se, simultaneamente, os EUA o ameaçam com sanções (colaterais), nos termos da Lei das Sanções norte-americana?
Em quarto lugar, os EUA preocupam-se, em silêncio, sobre alguma futura virada na Índia, que estimule uma atitude de desafio pelo Paquistão. Qualquer movimento dos paquistaneses para contornar as pressões norte-americanas, pode levar Nova Delhi a voltar a pensar em se conectar ao óleo-gasoduto iraniano.
Se isso acontecer, os EUA comerão o pão que o diabo amassou para evitar grandes torvelinhos em sua política para a Índia, ou enfrentar novas e graves dores de cabeça em sua política externa em todo o mundo. Teste limite para a hegemonia dos EUA no pós-Guerra Fria, o sucesso ou o fracasso da política de sanções dos EUA contra o Irã afeta todo o quadro da política global dos e da liderança global dos EUA.
Para impedir que a questão entre em espiral incontrolável, é indispensável que os EUA produzam política mais realista para o Irã - política que considere a viabilidade de um acordo para "suspender a suspensão", pelo qual o Irã poria fim ao enriquecimento de urânio a 20%, em troca do fim das principais sanções.
O acordo para a construção do óleo-gasoduto Irã-Paquistão evidencia que os EUA estão cada da mais isolados na batalha pelo Irã. As sanções dos EUA contra o Irã não passam de violência sem qualquer plano de jogo. Quanto mais depressa os políticos dos EUA entenderem isso, melhor.
Fonte Redecastorphoto. Traduzido pelo Coletivo de Tradutores da Vila Vudu
SNB

Os estranhos" da Antártida

Elena Kovachich 

Um antigo lago foi encontrado na zona de atividade sísmica. Na conseqüência de um terremoto formou-se uma brecha no fundo lago. Das entranhas da Terra chegaram à superfície seres antes desconhecidos. Eles cresceram rapidamente e transformaram-se em enormes monstros. Agora a humanidade está à beira da catástrofe. Poucos conseguirão salvar-se dos “estranhos”.

É um enredo típico de blockbuster ou realidade assustadora? Cientistas peterburguenses encontraram vida extraterrestre. Genéticos do Instituto de física nuclear afirmam que micro-organismos do lago Vostok, debaixo do gelo na Antártida, não correspondem a nenhuma das classes conhecidas. Seu DNA coincide em menos de 86% com espécies conhecidas de bactérias. E isto significa que temos “estranhos”. Como é impossível identificar o achado, vale a pena falar não de descoberta de bactéria, mas apenas de descoberta de DNA desconhecido- explicou à Voz da Rússia o chefe da expedição Ártica e Antártica Valery Lukin:
“Por enquanto nós descobrimos apenas o DNA dessa bactéria. Pesquisas preliminares não deram ainda qualquer informação sobre a fisiologia desse organismo, sobre as condições de sua habitação. Não temos ainda essas informações. Nós descobrimos que certo modelo simplesmente existe. É parte integrante do meio ambiente. Mas, nós não sabemos mais nada sobre este organismo.”
Para obter informação mais completa os cientistas necessitam continuar as pesquisas. Trata-se, sobretudo, do uso de métodos de microbiologia clássica, de modos de cultivo de amostras em caldo de cultura para estudo ulterior dos “desconhecidos”. Mas já se pode agora afirmar que eles não nos oferecem nenhum  risco – salienta o especialista.
“Este microorganismo vive em condições ímpares, que não se encontra mais em nenhum lugar, com exceção do lago Vostok. Elas não existem na Terra. E quando ele for trazido para a superfície ele simplesmente morrerá. Porque ele não está adaptado para viver nas condições existentes na superfície. Por isso ele não pode representar qualquer ameaça à humanidade.”
Então este enredo de filme de terror não ameaça a humanidade na vida real. É verdade que não se exclui a possibilidade de existirem outros seres desconhecidos debaixo da couraça de gelo do lago. O Vostok é um ecossistema fechado ímpar, totalmente isolado da atmosfera da Terra. É o único análogo de oceanos debaixo do gelo, encontrados em outros planetas – nos satélites de Júpiter e Saturno. A descoberta de novas espécies de bactérias nos ajudaria a saber mais sobre as formas de vida na Terra, sobre a evolução e mudança do clima.
Há cerca de 30 anos prossegue a escavação do gelo que cobre o lago antártico. Entretanto apenas no ano passado os exploradores polares consequiram chegar à sua superfície. Na academia de ciências este acontecimento foi comparado à descida em Marte. Durante milhões de anos o lago esteve totalmente isolado da superfície terrestre. Ninguém sabe quem vive lá e de onde surgiu esta vida. Mesmo se são apenas bactérias, seu estudo pode se tornar um avanço na ciência. Mais do que isto, com a ajuda dos métodos usados para classificação destes organismos – dizem os cientistas – pode-se criar métodos de busca de formas de vida extraterrestres.
VOZ DA RUSSIA ...SNB

sábado, 23 de março de 2013

O Ministério do Interior abre licitação para adquirir rifles de assalto Paraguai à Polícia Nacional


Ministério do Interior do Paraguai, abriu um concurso para a aquisição de 735 fuzis 5,56 milímetros para a Polícia Nacional .
A Ordem solicitou cotações para que a quantidade de armas de fogo, calibre 5,56 milímetros x 45 NATO, com o modo de disparo seguro, carregador semi-automático e automático de 35 balas (mínimo), 3 kg de peso máximo, 735 milímetros de comprimento máximo e 655 milímetros com bunda extraídos com retraído cabeça e focinho velocidade de 700 m / s (aproximadamente).
Pede também que as ferramentas não devem ser utilizados para desmontar / montar a arma tem de ter sido testado em condições adversas e extremas (neve, água, areia, etc), de manutenção e de operação deve ser fácil e confortável, capaz de ser usado por hábil e sinistro, tendo selector de fogo de ambos os lados da arma, deve ter slides parar para permitir a mudança do carregador sem ter que recarregar a arma quando ela fica sem munição, taxa de incêndio, pelo menos 700 tiros por minuto , cabeça do cilindro telescópico pelo menos cinco posições, o corpo e os mecanismos do rifle deve ser de aço de alta qualidade, deve ter cinco Picatinny trilhos fixa (costas, baixo, frontal, superior esquerdo e direito) e freio de boca rifle deve ser .
As armas devem ser entregues em sua totalidade dentro de 120 dias após o concurso previsto.
A data para apresentação de propostas é até 28 de novembro deste ano .
SNB

O uruguaio Força Aérea manifesta interesse em F-5 Tiger III do Chile


 Montevidéu tem acontecido durante a visita de uma delegação da Força Aérea do Chile em Montevidéu, enquadrado nas comemorações pelos 100 anos da aviação militar no Uruguai, que contatos foram feitos com a transferência de até 12 F-5 Tiger III para aForça Aérea Uruguaia . A FACh chegou com um grupo de F-5 Tiger III (que incluiu um treinador de dois lugares), acompanhada por um avião-tanque Boeing KC-135 que reabastecido duas vezes no ar para um voo para Punta Arenas juntou Montevidéu (1300 milhas) quase vôo de três horas. Além disso, fora do registro, verificou-se que o custo de 12 unidades seria em torno de 80 milhões.
O uruguaio Força Aérea está em pleno processo de seleção de uma aeronave interceptadora para complementar os radares 3D Lanza , já que atualmente só tem aviões A37b Dragonfl e IA58 Pucará (suplementada por PC-7U), tanto de ataque ao solo e não têm os recursos necessários para uma interceptação rápida e guiado por um radar a bordo. Entre osaviões testados incluem o Yak-130 russo e L-15 Chinês (ambos capazes multirole avançada formadores), mas o interesse não muito tempo atrás expressa (novamente) para aeronaves F-5, um avião que tem sido historicamente o FAU favorito.
O F-5 Tiger III da FACH é uma aeronave que tem sido continuamente melhorado os padrões de geração com radar multimodo Elta EL/M-2032, sistemas melhorados RWR, HOTAS, HUD EL-OP 2 e capacete DASH III míssil Python III, IV e, mais recentemente, o Derby de mísseis BVR que implicou alterações recentes aviônicos da aeronave.
SNB

Bola de fogo' cruza o céu dos EUA; Nasa fala em meteoro


Uma "bola de fogo" cruzou o céu da costa leste dos Estados Unidos na noite desta sexta-feira (22). Segundo veículos de mídia americanos, trata-se de um meteoro. 
Uma reportagem da rede "CBS DC" afirma que o meteoro foi visto nos Estados do Delaware e de Nova Jersey, por volta das 19h53 (hora local).A câmera de segurança de um estacionamento em Seaford, no Delaware, registrou imagens do momento exato em que a "bola de fogo" cruza o céu da cidade.
De acordo com o especialista Bill Cook, chefe do escritório de Meio Ambiente da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), o fenômeno "parece ser um evento único de meteoro". 
Baseado nas imagens do vídeo, o especialista diz ainda que a bola de fogo parece "se movimentar para o sudeste" do país.
O meteorologista Dan Satterfield , ouvido pela rede de TV "WBOC", também falou em meteoro e disse, citando testemunhas, que ele se partiu em três pedaços e se dissipou rapidamente no espaço. 
Baseado nesses relatos, o especialista adiantou que "ao que parece, ele não chegou a atingir o chão". Outras testemunhas relataram à "CBS DC" terem ouvido um estampido.
Em fevereiro, um meteoro que passou sobre a região russa de Tcheliabinsk, nos montes Urais, deixou mais de mil pessoas feridas.
A partir de então, o tema não tem mais saído dos noticiários, e os astrônomos vêm pedindo métodos mais eficazes de detecção dos astros que podem se chocar com a Terra.
UOLNOTICIAS........SNB

ESPAÇO - R$ 9 bi para formar mão de obra


Estimativas apontam para a necessidade de contratação de mais de 3 mil profissionais nos próximos dois anos
Para evitar um apagão de mão de obra no desenvolvimento de suas atividades espaciais, o governo pretende acelerar a formação de profissionais altamente qualificados no setor, com investimentos de R$ 9,1 bilhões no período 2012-2021.
Caso todas as promessas de investimentos realmente saiam do papel, estimativas extraoficiais apontam a necessidade de contratação de mais 3 mil profissionais nos próximos dois anos. O número engloba não só cientistas e engenheiros aeroespaciais, mas também especialistas envolvidos em outras áreas da cadeia produtiva, como físicos, químicos e técnicos de laboratório.
Segundo o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho, pelo menos quatro ações sendo preparadas para atacar o déficit de engenheiros aeroespaciais: a abertura de cursos de graduação especializados em universidades federais, o envio ao exterior de 300 estudantes de mestrado e doutorado, a importação de profissionais estrangeiros e novos concursos públicos.
Hoje existem apenas seis faculdades no país com graduação em engenharia aeroespacial. "Isso não é suficiente. A demanda por especialistas vai ser muito grande", diz Coelho. Ele afirma que está negociando a criação de novos cursos com três universidades federais: a UFF (Federal Fluminense), a UFCE (Ceará) e a UFRN (Rio Grande do Norte). "Quando a agência foi instalada, há 19 anos, não havia nenhum apelo para esses cursos. Hoje é bem diferente."
Nos níveis de mestrado e doutorado, o plano é enviar cerca de 300 estudantes ao exterior, dentro do programa Ciência Sem Fronteiras. Até agora, a concessão de bolsas na área se resume a dez alunos de mestrado da Universidade de Brasília, que foram completar sua formação em engenharia aeroespacial na Ucrânia.
Estamos estudando a iniciativa de contratá-los. Parte pela própria AEB, parte pela Alcântara Cyclone Space (empresa binacional constituída entre o Brasil e a Ucrânia) e parte pela indústria nacional", diz Coelho. A fim de ampliar o número de brasileiros estudando em centros de referência mundial, uma proposta de mandar mais 300 mestrandos e doutorandos, a partir de 2014, foi levada ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no mês passado. Os países-alvo são principalmente Rússia, Ucrânia, Estados Unidos, Japão, França e Itália.
Até a importação de especialistas, aproveitando a disponibilidade de mão de obra por causa da crise internacional, entrou no radar do governo. "Queremos atrair gente de fora. Sabemos até de americanos que perderam emprego na Nasa. A Espanha também tem um programa especial muito ativo e possui mão de obra disponível", observa Coelho. Segundo ele, os estrangeiros poderão ser alocados em universidades ou em órgãos oficiais envolvidos com o programa espacial, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).
A estratégia de atacar o risco de déficit de profissionais se complementa com a abertura de concursos. Na AEB, que funciona com pessoal cedido de outras instituições, a meta é fazer o primeiro concurso em quase duas décadas de história. Um projeto de lei foi aprovado na Câmara dos Deputados, criando um quadro próprio da agência, e ainda tramita no Senado. O primeiro concurso, tão logo seja autorizado, abrirá vagas para 120 a 150 pessoas. "Daremos prioridade às áreas mais técnicas", afirma Coelho, garantindo que pelo menos 80% dos cargos serão para as atividades-fins.
Para ele, não é mais possível trabalhar apenas com cargos comissionados, que têm salários relativamente baixos e são muito instáveis. "É um desastre. No princípio, a AEB se restringia a conversar com os órgãos executores do programa espacial. Hoje, assumimos diretamente uma parte do programa. Não concebemos mais uma agência sem um quadro de pessoal próprio."
Para a Associação Aeroespacial Brasileira, uma entidade civil que congrega representantes do setor, o governo precisa agir urgentemente para resolver esses problemas. "Já temos um déficit de quadros", diz o presidente da entidade, Paulo Moraes Júnior.
De acordo com ele, um tema que aflige o setor é a aposentadoria de "dezenas" de profissionais no Inpe e no DCTA, agravando a escassez de mão de obra. "É um processo que tem ocorrido a conta-gotas. Se não houver uma reposição gradual, o problema vai se tornar crítico até 2015″, ressalta Moraes, ele mesmo um engenheiro do DCTA que vai se aposentar no fim do ano que vem.
A associação vê demanda por mais 3 mil profissionais, nos próximos dois anos, mas destaca que não basta apenas formar gente. A preocupação é assegurar também que o programa espacial não será descontinuado e que não vão faltar oportunidades. "Isso geraria uma desmotivação muito grande", pondera.
O Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), lançado em janeiro, define prioridades para o período 2012-2021 e busca justamente dar mais previsibilidade aos principais projetos do setor. Ele prevê investimentos anuais perto de R$ 900 milhões, não só com base no orçamento da própria AEB, mas incluindo parcerias internacionais ou com empresas. É o caso do veículo lançador de satélites Cyclone-4, desenvolvido com a Ucrânia, e o satélite geoestacionário de defesa e comunicações estratégicas, que tem recursos da estatal Telebras.
A projeção de investimentos é uma gota no oceano de US$ 276 bilhões que a indústria espacial de todo o mundo movimentou em 2010 (último dado disponível). Países como Brasil, Argentina, México, Coreia do Sul, África do Sul, Cazaquistão e Ucrânia têm investido uma média de US$ 100 milhões a US$ 200 milhões por ano. Novos atores, como Austrália, Taiwan, Indonésia, Tailândia, Malásia, Bolívia, Chile e Venezuela têm investido entre US$ 20 milhões e US$ 50 milhões
SNB

sexta-feira, 22 de março de 2013

Em novo vídeo provocativo, Coreia do Norte invade Seul

A Coreia do Norte divulgou um novo vídeo em que coloca em prática suas ameaças de reiniciar a guerra contra a vizinha e inimiga Coreia do Sul. A peça de propaganda, intitulada Uma Guerra Curta de Três Dias, foi publicada no Youtube pela Uriminzokkiri, agência que divulga notícias favoráveis ao governo. Na montagem, os norte-coreanos invadem Seul e tomam milhares de americanos como reféns no sul da península.No clipe concebido por Pyongyang, milhares de soldados saltam de paraquedas em Seul, ao mesmo tempo em que tanques e carros blindados cruzam a fronteira em direção à capital da Coreia do Sul. O narrador diz, então, que 150.000 americanos são capturados como reféns. Nos vídeos anteriores, a ofensiva foi contra a Casa Branca e o Capitólio de Washington, destruídos por mísseis, além de Nova York, que aparece em chamas.Ataques cibernéticos – O clima de tensão entre as duas Coreias, que travam uma guerra verbal há semanas, é agravado pela investigação sobre a autoria de ataques cibernéticos. Nesta sexta-feira, o governo de Seul reconheceu que errou ao ligar os ataques de hackers que sofreu a um endereço de IP na China. Na última quarta-feira, redes de televisão e bancos ficaram “parcial ou completamente paralisados”, de acordo com a Agência de Segurança da Internet da Coreia do Sul (KISA).

A ligação com o gigante chinês levantou suspeitas de que a Coreia do Norte estivesse envolvida. De acordo com a BBC, especialistas acreditam que Pyongyang utiliza frequentemente os endereços de computadores chineses para esconder seus ciberataques, pelos quais já foi acusado em 2009 e 2011.
Oficiais disseram que as investigações mostraram que o malware utilizado veio de um computador de um dos bancos afetados. Os hackers "maquiaram" a rota de seus ataques para endereços em outros países para esconder suas identidades. Apesar do engano, ainda se acredita que o ataque foi orquestrado no exterior.
SNB

Fundador da Amazon resgata motores da Apollo 11 no mar

O fundador da Amazon, Jeff Bezos, anunciou nesta quarta-feira que conseguiu recuperar do fundo do mar os motores da Apollo 11, a missão que levou o astronauta Neil Armstrong e sua equipe à Lua, em 1969. As peças estavam submersas a 4.267 metros de profundidade no Oceano Atlântico há mais de 40 anos. Elas foram encontradas com o uso de sofisticados equipamentos de tecnologia de sonar.Descobrimos um maravilhoso mundo submarino: um incrível jardim de esculturas de motores de voo F-1 que serve de prova do programa Apollo", disse Bezos, ao pisar em terra, após três semanas em alto mar em missão bancada por ele próprio. "As peças em si são magníficas. Fotografamos muitos objetos belos e recuperamos vários deles, que evocam o trabalho de milhares de engenheiros para conseguir o que, naquele momento, parecia algo impossível", disse. O sucesso da Apollo 11 fez de Neil Armstrong o primeiro homem a pisar a Lua, façanha acompanhada ao vivo por estimadas 530 milhões de pessoas.
Bezos, que também é fundador da empresa de viagens espaciais Blue Origin, afirma que sua equipe terá componentes em quantidade suficiente para montar uma exposição. Segundo ele, a equipe tem pela frente o trabalho de restauração. Os números originais de série dos motores já foram apagados, o que dificulta a identificação. "Queremos que as peças nos contem toda a história, incluindo a reentrada na atmosfera a 8.000 quilômetros por hora e o impacto na superfície do oceano." Ainda não se sabe quando ou onde serão expostos os objetos. A intenção de Bezos é colocá-los no Museu Nacional do Ar e do Espaço Smithsonian de Washington.
"Esse é um achado histórico. Parabenizo a equipe por sua determinação na recuperação destes importantes artefatos de nossos primeiros esforços para enviar seres humanos além da órbita da Terra", afirmou o diretor da agência espacial americana, Charles Bolden. "Esperamos ansiosamente a restauração destes motores por parte da equipe de Bezos e aplaudimos o desejo de fazer com que estes artefatos históricos sejam expostos ao público."
FONTE NASA...SNB