quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Pequim responde com armas à 'liberdade de navegação' dos EUA

A China respondeu com o envio de caças e um navio de guerra à operação "liberdade de navegação" dos EUA perto das ilhas em disputa, informa o RT.
Pequim enviou uma fragata com mísseis, dois caças e um helicóptero em direção ao destróier estadunidense que navega perto das ilhas em disputa no mar do Sul da China, considerando a sua atividade como uma "provocação" por parte dos EUA, informa o RT.
"Em meio às provocações repetidas das forças dos EUA, o exército chinês reforçará ainda mais a prontidão de combate no mar e no ar, e melhorará as defesas para garantir resolutamente a soberania nacional e os interesses da segurança", afirmou o Ministério da Defesa da China, citado pelo South China Morning Post.
O destróier norte-americano USS Chafee percorreu na terça (10) cerca de 22 quilômetros nas águas territoriais das Ilhas Paracel, que são um território em disputa entre a China e o Vietnã.
A fragata Huangshan do tipo 054A, dois caças J-11B e um helicóptero Z-8 foram enviados para identificar o navio norte-americano e forçá-lo a abandonar a área. 
"O comportamento do destróier norte-americano violou a lei da China e o direito internacional pertinente", afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying. O incidente "põe em perigo as vidas das tripulações da linha de frente de ambas as partes", sublinhou ela. 

Rússia pode tornar aviação peruana uma das mais avançadas da América Latina

Analista militar peruano explica por que cooperação com a Rússia na área de defesa é mais vantajosa do que com EUA.
A Força Aérea do Peru está avaliando a aquisição de modificação mais recente dos caças MiG-29, MiG-29M2 de geração 4++. A Sputnik Mundo conversou com Martín Manco, analista militar peruano, para esclarecer os prós e contras desta iniciativa.
Em primeiro lugar, a Rússia e as nações latino-americanas não têm qualquer conflito de interesses, salientou Manco. Em segundo, os contatos com a indústria de defesa norte-americana representam um risco existencial para a região. Comprar armamento de fabricação norte-americana pode representar um grande problema de longo prazo.
Seus contatos na área de defesa dependem em grande medida da conjuntura política na região: quando decidem que a gestão de um ou outro Governo não lhes convém, cortam os fornecimentos de munições, peças, materiais e "deixam os aviões em terra".
Com os russos não vamos ter esse problema. Vão nos abastecer e definitivamente esses caças vão estar no ar sempre. Esta é a vantagem de poder adquirir aparelhos de países que não têm conflitos de interesse direto ou indireto."
Segundo o especialista, um dos pontos mais importantes do acordo previsto é a transferência de tecnologia. Ou seja, os engenheiros peruanos têm a capacidade de reparar seus navios no Peru e adaptar alguns de seus sistemas de acordo com suas necessidades.
Por último, Manco acrescenta que, com esta aquisição, o Peru se colocaria a par de outras nações da região, como México, Chile, Venezuela e Brasil, mesmo tendo ficado para trás no quesito superioridade aérea nos últimos anos.
A Força Aérea peruana já conta com uma grande frota de naves MiG-29. Entre 2008 e 2015, a empresa MiG modernizou oito destes caças, atualizando-os para a versão MiG-29SM. Os MiG-29M2 são, não obstante, a mais recente modificação da linha de aeronaves de superioridade aérea.
Em agosto de 2017, Peru enviou a Moscou uma delegação de pilotos, dois tenentes generais e um coronel da Força Aérea. São pilotos experientes da linha de caças MiG-29, que há mais de 20 anos servem no Peru. O inspetor geral da Força Aérea do Peru, o tenente-general Rodolfo García Esquerre, realizou voos de teste em um MiG-29M2 para conhecer as capacidades do novo aparelho.
Ilia Tarasenko, diretor-geral da corporação MiG, afirmou durante o encontro que o mercado latino-americano é, sem dúvida, uma região onde a sua empresa tem que avançar.
O MiG-29M2 é um caça de superioridade aérea de geração 4++. Em comparação com suas versões mais tardias, é um caça com capacidade de carga aumentada, tem uma velocidade de 2.100 km/h, pode levantar cerca de 4.500 kg de carga útil, e é portador de um canhão de 30 milímetros de calibre automatizado com indicações de pontaria para mísseis atualizados. Seu novo radar integrado permite-lhe manter até 10 alvos simultaneamente e atacar quatro ao mesmo tempo.

Forças Armadas da Argentina 2017 // Poder Militar da Argentina 2017

O Brasil está Militarmente preparado em relação aos nossos vizinhos da América do Sul

Hackers norte-coreanos roubam planos dos EUA

Asteroide passará a uma distância mínima da Terra nesta quinta-feira

O asteroide 2012 TC4 passará na madrugada desta quinta-feira pela Terra a uma distância levemente superior ao comprimento do Equador do nosso planeta, informou a NASA na véspera do evento.
"No dia 12, um pequeno asteroide 2012 TC4 passará, de forma segura, ao largo da Terra a uma distância de cerca de 42 mil quilômetros. Isso é um pouco mais de um décimo da distância até a Lua e um pouco mais alto, do que a altura da órbita de alguns dos satélites de comunicação", explica o site na NASA.
O comprimento do Equador da Terra é de um pouco mais de 40 mil quilômetros.
O asteroide, cujo comprimento e largura, segundo os cientistas, é de 15 a 30 metros, se aproximará a uma distância mínima da Terra e sobrevoará Antártica aproximadamente às 02h42 da madrugada da quinta-feira. 
NASA destaca que, segundo as previsões, nenhum asteroide conhecido deverá se chocar com a Terra nos próximos 100 anos. 
O corpo celeste, que recebeu o nome de 2012 TC4 foi descoberto pelos astrônomos no dia 4 de outubro do observatório Pan-STARRS no Havaí.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Sob o radar: forças especiais da Coreia do Norte dominam ataques em parapente

De acordo com uma fonte militar da Coreia do Sul, parapentes poderiam ser usados para ataques surpresa noturnos contra instalações militares de Seul e Washington.
A agência de notícias sul-coreana Yonhap declarou que as forças especiais da Coreia do Norte lançaram seus primeiros exercícios de penetração em parapentes para atacar postos de comando dos aliados.
Yonhap cita uma fonte da defesa sul-coreana que diz que os exercícios militares, que se realizaram nos meados de setembro, incluíram um ataque simulado ao comando das forças conjuntas dos EUA e Coreia do Sul com ajuda de parapentes.
A fonte expressou grande preocupação com os exercícios, se referindo ao parapente como algo que "pode ser útil em um ataque surpresa, como um drone", levando em conta o fato de o parapente voar a baixa altitude sem fazer ruído.
"Acho que as forças especiais da Coreia do Norte estão adotando métodos incríveis de penetração com recursos limitados", disse a fonte, expressando dúvidas de que os ataques noturnos dos parapentes norte-coreanos sejam detectados a tempo pelo exército sul-coreano.
Yonhap descreveu o parapente como um veículo leve e fácil de dirigir que pode ser transportado às costas dos soldados norte-coreanos para ataques surpresa.
A agência de notícias também citou outra fonte da defesa sul-coreana que disse que os exercícios norte-coreanos incitaram Seul e Washington a realizarem seus primeiros exercícios de defesa antiaérea nos finais de setembro.
A situação na península da Coreia se tem agravando nos últimos meses por causa de lançamentos de mísseis e testes nucleares por parte da Coreia do Norte, os quais violam as resoluções do Conselho da Segurança da ONU.

Mundo em suspense: será que Trump se decidirá a atacar Pyongyang primeiro?

O presidente dos EUA Donald Trump teve um encontro com uma série de conselheiros em segurança nacional para discutir todas as variantes possíveis no caso de agressão por parte da Coreia do Norte, informa o RT.
Donald Trump se encontrou com um grupo da Segurança Nacional para obter informação do secretário da Defesa dos EUA James Mattis e do chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA general Joseph Dunford. Durante o encontro foram discutidas todas as variantes de ações de resposta no caso de agressão por parte da Coreia do Norte sob qualquer forma ou de ações preventivas no caso de ameaça nuclear da Coreia do Norte em relação aos EUA e a seus aliados", diz o comunicado da Casa Branca citado pelo RT.
Anteriormente James Mattis exortara as tropas a estarem prontas para uma solução militar do problema da Coreia do Norte. 
A declaração de James Mattis surge após uma série de publicações do presidente dos EUA, Donald Trump, em seu Twitter, na semana passada, sugerindo que Washington poderia estar considerando uma opção militar em relação à Coreia do Norte. Mais recentemente, o presidente dos EUA disse que "apenas uma coisa funcionará" no que diz respeito a Pyongyang, afirmando que as políticas de aplicadas à Coreia do Norte nos 25 anos não funcionaram.

Coreia do Norte está pronta a testar novo míssil intercontinental a qualquer momento

Estima-se que Pyongyang esteja pronta para lançar mais um míssil balístico ou realizar novo teste nuclear nos próximos dias.

A Coreia do Norte concluiu a elaboração de um novo modelo de míssil balístico intercontinental, informa o jornal japonês The Asahi Shimbun.
Segundo fontes estadunidenses, japonesas e sul-coreanas citadas pela mídia, a inteligência es
pacial detectou no fim de setembro a saída de um trem especial da plataforma militar de Pyongyang. Destaca-se que no mesmo lugar foram construídos mísseis de vários tipos em casos anteriores.
Estima-se que o trem tenha transferido um novo míssil, que tem semelhanças com o modelo do míssil intercontinental Hwasong-14 de duas etapas, mas é significativamente maior. Os especialistas sugerem que se trata de um modelo modernizado de três etapas, aparentemente o Hwasong-13. No entanto, suas características mais precisas ainda não foram determinadas
Washington, Seul e Tóquio acham que Pyongyang pode lançar um novo míssil balístico ou realizar mais um teste nuclear no futuro próximo. Segundo o The Asahi Shimbun, isso pode acontecer durante a XIX sessão do Partido Comunista da China, marcada para 18 de outubro. Além disso, é possível que o teste possa ser efetuado durante os exercícios conjuntos da Coreia do Sul e Estados Unidos, nos quais participa o grupo de ataque e o porta-aviões nuclear USS Ronald Reagan.
Nos últimos meses a Coreia do Norte realizou uma série de testes de mísseis e um teste nuclear. No caso mais recente, em 15 de setembro, a Coreia do Norte lançou um míssil balístico, que voou sobre o Japão antes de cair no Pacífico, cerca de 20 minutos após o lançamento.
As sanções, aprovadas por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU em 11 de setembro em resposta ao teste nuclear da Coreia do Norte, proíbem o país de exportar produtos têxteis e limitam a quantidade de petróleo bruto e produtos petrolíferos refinados que podem ser importados.
No entanto, as autoridades da Coreia do Norte indicaram que, apesar das sanções introduzidas pelos EUA e seus aliados, o país continuará desenvolvendo seu programa nuclear.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

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Na cova dos leões? Ministro do Gabinete de Segurança Institucional tem reunião com FBI

Quatro anos após o mundo saber que a então presidente Dilma Rousseff, ministros de Estado e a Petrobras eram espionadas pelos Estados Unidos, Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, reúne-se com dirigentes da CIA e do FBI em Washington nesta semana.
Em 2013, quando da divulgação da espionagem contra Dilma, a petista chegou até mesmo a cancelar uma visita oficial que faria aos Estados Unidos e condenou a medida em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova York
Para o professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Paulo Velasco, entretanto, a relação entre Brasil e Estados Unidos experimentou um momento de afastamento, mas nunca houve um rompimento e agora deve haver uma retomada da parceria entre os dois países. Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, o professor da UERJ também comentou o combate ao tráfico de drogas, o postulado histórico de que a América Latina seria o quintal dos Estados Unidos, a política externa do presidente Michel Temer (PMDB) e a troca de informações entre os países do Mercosul e da Unasul.
Existe cooperação entre Brasil e Estados Unidos?
A cooperação entre Brasil e Estados Unidos não é algo totalmente novo nas áreas de Defesa e Inteligência. Além de ser uma tradição entre os dois países, isso tem crescido nos últimos tempos e não é algo que deva ser especificamente atribuído ao governo Michel Temer. Na verdade, bem antes eram perceptíveis os sinais de maior concertação entre os dois países. Por exemplo, havia uma preocupação muito grande com a segurança dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro 2016, e o Brasil desenvolveu uma série de contatos com vários países mundo afora, inclusive com os Estados Unidos. Na área de Defesa, eu destaco muito especialmente um acordo firmado entre os dois países em 2015 sobre Defesa e também, no mesmo ano, um acordo sobre uma troca de informações militares sigilosas. Tudo isso acabou gerando um acordo em 2017, que foi pouco repercutido mas que é muitíssimo importante. Esse acordo foi negociado em março desse ano e é chamado de Acordo Marco ou Acordo Mestre de Troca de Informações. Este Acordo permite que, a partir de sua entrada em vigor, os dois países compartilhem de informações sensíveis, inclusive sobre armamentos. Até aqui, neste setor de Defesa e Inteligência, a cooperação militar entre Brasil e Estados Unidos limitava-se à compra e vende armas. Agora, com o acordo, os dois países vão compartilhar experiências e adotar normas mais duras de segurança para evitar vazamentos de dados e informações."
Tráfico de drogas
"O Brasil está inserido numa rota muito importante de tráfico internacional, especialmente de cocaína. O Brasil está ao lado de grandes produtores de cocaína, especialmente Colômbia, Bolívia e Peru, e é visto como país de trânsito [desta droga], por exemplo, para países da África e da Europa. Por isso, os órgãos de controle de tráfico de drogas dos Estados Unidos percebem como é importante manter a cooperação com o Brasil. Somos um país com fronteiras terrestres muito extensas e com um vasto litoral para o Oceano Atlântico, por onde navega a IV Frota dos Estados Unidos. Então, estabelecer mecanismos de cooperação nesta área — monitoramento do tráfico — torna-se muito importante para a segurança do Brasil, dos Estados Unidos e para vários outros países."
A América Latina é o quintal dos Estados Unidos?
"Isso já não faz mais muito sentido. Na verdade, os Estados Unidos ainda mantêm posições e, em alguns casos, presença física em alguns países da América do Sul. Mas não dá para dizer que os Estados Unidos ainda vejam países como Brasil e outros latino-americanos como seu quintal. Isso já há algum tempo não é assim. Tanto é que, em vários casos, como o da repressão ao tráfico de drogas, há visões divergentes entre Brasil e Estados Unidos. Neste caso, os Estados Unidos privilegiam a War on Drugs (Guerra às Drogas), expressão criada nos anos 70, no governo de Richard Nixon, enquanto o Brasil não vê necessidade de militarizar a questão. Então, não dá para dizer que ainda somos o quintal dos Estados Unidos. Episódios como o de uma base militar americana na Colômbia e a possível celeuma criada há alguns anos por uma possível base norte-americana no Paraguai são vistos como episódios isolados."
Sobre a reaproximação Brasil e Estados Unidos ser fruto da "guinada" Michel Temer:
"Durante os governos do PT, houve de fato momentos de muito distanciamento entre os dois países e de certa tensão como, por exemplo, as divergências em torno do programa nuclear iraniano, o escândalo com a espionagem, mas houve momentos de intensa aproximação também dos governos Lula com os governos de George W. Bush e Barack Obama. Então, houve momentos de diálogo e aproximação, inclusive com a celebração de acordos militares, estes celebrados no governo Dilma em 2015, depois dos escândalos da espionagem revelados em 2013. O que o governo Michel Temer está fazendo não é nada muito diferente do que já vimos em anos anteriores, inclusive nos governos do Partido dos Trabalhadores. Eu não consigo enxergar uma reorientação robusta da política externa brasileira. Seja na chancelaria passada, com José Serra, seja na atual, com Aloysio Nunes Ferreira, continuamos a ver o Brasil muito ligado aos demais países Brics, com o Temer fazendo questão de participar, pessoalmente, das últimas cúpulas do Brics. O Brasil mantem seus laços e não abre mão do relacionamento com os Estados Unidos. Portanto, o que estamos vendo no governo atual é nada muito diferente dos governos anteriores. Deu até a impressão de que algo poderia mudar quando José Serra traçou as diretrizes do Ministério das Relações Exteriores. Mas, na prática, praticamente nada mudou. Por sinal, continuamos muito acanhados em termos de política externa."
Troca de informações entre países do Mercosul:
Há algumas iniciativas importantes no âmbito do Mercosul porém mais no âmbito da Unasul. Mas em relação ao Mercosul: quando pensamos na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, já existe desde a década de 90 o Comando Tripartite da Tríplice Fronteira. Esse Comando reúne (obviamente) Brasil, Argentina e Paraguai, tentando lidar de maneira combinada e concertada com os desafios próprios de uma extensa região de fronteira como contrabando, narcotráfico e tudo mais. No âmbito da Unasul, existe desde 2008, o Conselho de Defesa Sulamericano (CDS) que busca articular não somente os quatro países do Mercosul como, principalmente, todos os doze países da América do Sul em temas de Segurança e Defesa. Embora não seja tão ativo como gostaríamos de esperar, o CDS deve ser visto como uma boa novidade. Agora, é evidente que sempre há espaço para melhorar, no que tange à harmonia de esforços e à troca de informações em Segurança, Defesa e Inteligência. Principalmente para o Brasil que tem fronteiras com quase todos os países da América do Sul e, por isso, precisa estar muito bem harmonizado com seus vizinhos."

Irã tentou comprar mísseis e tecnologia nuclear, diz relatório de inteligência da Alemanha

O Irã tentou por 32 vezes adquirir mísseis e tecnologia nuclear em 2016, descumprindo os termos do acordo acordo nuclear firmado entre Teerã e potências do Ocidente. A afirmação é do serviço do Serviço Federal de Inteligência da Alemanha (BND, na sigla em alemão).
As autoridades alemãs não esclareceram se alguma das tentativas logrou sucesso e afirmou que empresas de fachada na China, Turquia e Estados Unidos foram utilizadas para contornar as restrições impostas pelo acordo nuclear do Irã.
Ainda de acordo com o BND, Teerã teria espalhado "armas atômicas, biológicas ou químicas de destruição em massa" e teria convidado acadêmicos da Coreia do Norte, Paquistão e Sudão para participar da iniciativa. As afirmações estão em um documento do BND obtido pela emissora Fox News. 
O Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), como é conhecido o acordo nuclear, permite ao Irã produzir uma quantidade modesta de urânio pouco enriquecido para fins de geração de energia elétrica, mas não para armas nucleares. Teerã também é obrigada a fornecer informações sobre seu programa nuclear aos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Apesar das afirmações do serviço de inteligência da Alemanha, uma fonte anônima do Governo alemão ouvida pela Fox News afirmou que o Irã não violou os termos de seu acordo nuclear. Entretanto, o programa de mísseis balísticos de Teerã é alvo de preocupação para Berlim, disse a fonte.
Desde a eleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Washington tem ameaçado deixar o acordo nuclear e declarar que o Irã não cumpre sua parte combinada. Líderes das outras nações signatárias (China, França, Alemanha, União Europeia, Rússia e Reino Unido) passaram a declarar a importância dos Estados Unidos no acordo nuclear. 
Trump deve falar sobre o assunto na quinta-feira (12) para afirmar se o Irã está cumprindo os termos do acordo ou não — como as autoridades estadunidenses precisam falar a cada 90 dias. Caso Trump considere que Teerã não está cumprindo com sua parte, a decisão de sair do acordo nuclear será encaminhada ao Congresso dos EUA. 
Na segunda, a Agência Internacional de Energia Atômica afirmou o Irã está cumprindo o acordo nuclear.

A transformação do Exército: um braço mais forte e uma mão ainda mais amiga, sempre pelo Brasil

Neste exato momento, milhares de vultos camuflados, equipados e armados embrenham-se nas matas da Amazônia. São mais de vinte e cinco mil militares, treinados e adestrados, vigiando as portas da floresta, vivificando fronteiras e ocupando espaços em cinco brigadas de infantaria de selva. Longe dali, na Vila Militar de Deodoro, no Rio de Janeiro, o canto forte das tropas da Brigada Paraquedista ecoa seus brados entusiasmados.

Estão aptas a atuar estrategicamente, a qualquer momento, em qualquer parte do território nacional. Mais para o sul, no interior de São Paulo, a Brigada Leve Aeromóvel e o Comando de Aviação, com vários tipos de helicóptero, giram suas hélices para atender às demandas operacionais imediatas.

Enquanto isso, no Planalto Central, o Comando de Operações Especiais, com tropas de combate moderno, encontram-se preparadas, nas mesmas condições de prontidão, e disponíveis para a defesa da Pátria ou outras missões de guerra e não guerra, isoladamente ou em conjunto com as demais Forças Armadas.

Em outros cantos do país, prontas para o combate convencional, duas brigadas blindadas emprestam potência de fogo e ação de choque ao poder de combate da Força Terrestre. Ao longo das fronteiras, tantas outras brigadas de cavalaria e de infantaria adestram-se permanentemente para a situação ápice do emprego de qualquer força militar: o campo de batalha.

Além de tudo isso, espalhadas por pontos estratégicos do país, com armas, equipamentos e tecnologias de última geração e um grupo de artilharia de mísseis e foguetes, tropas de guerra eletrônica, de defesa antiaérea e de defesa química, biológica, radiológica e nuclear seguem suas rotinas extenuantes de capacitação apoiadas por uma logística bastante complexa. Todas atuam em proveito de uma só palavra, que define e sintetiza a estratégia militar brasileira: dissuasão.
Valores, prestígio popular e novos desafios comandam a transformação
As Forças Armadas são o instrumento militar do Estado para a defesa nacional. O Exército Brasileiro, detentor de ótimos índices de confiança, atestados em pesquisas da Fundação Getúlio Vargas, que o colocam entre as mais destacadas organizações e trazendo consigo valores necessários ao combate e à adversidade, carrega o orgulho de ser uma das instituições mais prestigiadas do Brasil e uma reserva cívica e moral que fascina a todos os que com ela travam contato mais profundo.

A Carta Magna, em seu artigo 142, estabelece: “as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.

O enunciado da missão específica do Exército, derivada desse contexto, é expresso, sinteticamente, pela finalidade: defender a Pátria, garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem; apoiar a política exterior do país; e cumprir atribuições subsidiárias.

Ainda assim, as grandes mudanças que têm ocorrido no mundo e o status que o Brasil passou a ter no concerto das nações vêm impondo novos desafios. Dessa forma, o cumprimento da missão constitucional das Forças Armadas, por parte do Exército, dentro desse novo ambiente, precisa ter novas respostas, conduzindo a uma necessária mudança de mentalidade de defesa, que, de tão acentuada, supera os conceitos e processos habituais, sendo chamada, na verdade, de transformação.
Missão Dada, Missão Cumprida!
O cumprimento de sua missão está caracterizado pela permanente atitude de prontidão para qualquer risco, perigo ou ameaça externa, na preparação e manutenção dessas tropas altamente adestradas para a defesa da soberania e da integridade territorial brasileira.

Em apoio à política exterior, o Exército possui um batalhão de infantaria de força de paz e uma companhia de engenharia no Haiti, totalizando mais de mil homens, além de dezenas de militares em diversas funções nas missões de paz da ONU espalhadas pelo mundo.

No plano interno, tem participado de várias operações de garantia da lei e da ordem. Citam-se especialmente as pacificações dos Complexos do Alemão e da Penha (Operação Arcanjo) e a atualíssima presença na região do Complexo da Maré (Operação São Francisco), também no Rio de Janeiro, envolvendo tropas de todo o país no apoio ao governo para a melhoria das condições de vida daquela população tão vulnerável.

Como parte de um grande esforço de cooperação para o desenvolvimento nacional, o Exército empenha parte de suas tropas na construção de estradas e obras de infraestrutura. Também as utiliza na região do semiárido brasileiro para gerenciar e fiscalizar o Programa de Distribuição Emergencial de água a milhares de famílias afetadas pela constante estiagem.

Ainda com finalidades subsidiárias, o Exército vem emprestando seus meios à sociedade a fim de amenizar o sofrimento provocado por catástrofes, epidemias e endemias, incidentes e acidentes radioativos e nucleares, além de diversas campanhas de apoio diverso à população sob a forma de ações cívico-sociais.
Projetos Estratégicos: os grandes indutores da transformação do Exército
Tudo isso já bastaria para um cenário sem grandes alterações em seus atores. Porém, no século XXI, três fatos impactaram o planejamento estratégico do Exército: o surgimento da Era do Conhecimento, a emergência do Brasil como nação de grande relevância no cenário mundial e a imprevisibilidade marcante dos conflitos da atualidade, caracterizados por diferentes tipos de ameaças ao redor do mundo.

O Exército, então, vislumbrou a necessidade de estabelecer quais seriam as novas capacidades que o conduziriam para a Era do Conhecimento. Tal papel vem sendo desempenhado pelos projetos estratégicos do Exército. Esses projetos têm impactos estratégicos e prioridade orçamentária, e seus produtos serão os verdadeiros indutores do processo de transformação da Força.

Dentre os dezoito projetos estratégicos do Exército, sete caracterizam- se por ser estruturantes e geradores de capacidades: Defesa Cibernética; SISFRON (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras); Proteger (Sistema de Proteção de Estruturas Estratégicas); Guarani (Nova Família de Blindados Sobre Rodas); Astros 2020 (Apoio de Fogo de Longo Alcance); Defesa Antiaérea; e OCOP (Obtenção da Capacidade Operacional Plena da Força Terrestre).

O projeto Defesa Cibernética visa prover o país de capacitação tecnológica, passando pelos recursos humanos, pelo desenvolvimento de doutrina de proteção de ativos e de estruturas do ciberespaço. Tem como metas e benefícios: estabelecer a Política Cibernética de Defesa; coordenar a Rede Nacional de Segurança da Informação e Comunicação (RENASIC); disponibilizar um Simulador de Operações Cibernéticas (SIMOC); e monitorar ameaças cibernéticas.

O SISFRON, além de fortalecer a presença do Estado na faixa de fronteira terrestre, incrementará a capacidade do Exército de monitorar as áreas de interesse, garantirá o fluxo de dados, produzirá informações confiáveis e oportunas para a tomada de decisões e permitirá dispor de “atuadores” com capacidade de responder prontamente às ameaças externas ou delitos transfronteiriços, em operações singulares, conjuntas ou interagências.
O Sistema Proteger destina-se à integração de esforços voltados para a proteção de estruturas estratégicas terrestres do país, ou seja, instalações, serviços, bens e sistemas, cuja interrupção ou destruição, total ou parcial, provocará sério impacto social, ambiental, econômico, político, internacional ou à segurança do Estado e da sociedade.

O Guarani - a nova família de blindados sobre rodas – permitirá a substituição das viaturas ENGESA, com mais de 30 anos de utilização, com a incorporação de modernas tecnologias. O projeto contribui para a pesquisa e a inovação e constitui-se num vetor de transformação da indústria nacional de defesa, gerando empregos diretos e indiretos em inúmeras áreas da cadeia produtiva.O sistema de defesa Astros 2020 atenderá a uma demanda estratégica da Defesa Nacional. Destina-se a prover o país, especialmente a Força Terrestre, com produtos estratégicos de defesa de elevada capacidade dissuasória por meio de foguetes guiados e de mísseis de cruzeiro com alcance de até 300 km. O projeto é totalmente nacional, desenvolvido pela Avibrás e com conteúdo tecnológico de última geração.
O projeto Defesa Antiaérea pressupõe a capacitação da Força Terrestre para cooperar na defesa das estruturas terrestres do país de ameaças provenientes do espaço e tem por finalidade reequipar as tropas de Artilharia Antiaérea do Exército.

No tocante ao Projeto OCOP, seu objetivo é dotar as unidades operacionais de material de emprego militar em seu nível mínimo de prontidão e operacionalidade. Como consequência, a “modernização da frota” tem impactado positivamente a indústria nacional, pois a aquisição de novas viaturas na indústria automobilística, colaborou na manutenção de empregos e na criação de novos postos de trabalho.
O Braço Forte na gestão: contribuinte tranquilo
O Exército sabe perfeitamente que parte significativa da confiança da população brasileira advém do seu respeito aos princípios fundamentais da Administração Pública estabelecidos no caput do artigo 37 da Constituição.

Movido por esse espírito público coletivo, o Exército vem apresentando à sociedade brasileira sucessivas etapas de racionalização de sua gestão, chegando a ter diversas organizações militares agraciadas com prêmios de níveis regional e nacional nessa área.

O mais importante de tudo isso é a percepção exata de cada membro da Força de que os recursos que custeiam todos os processos da Instituição provêm dos esforços daqueles que geram a riqueza do país nas atividades de produção e serviços e, claro, dos que pagam os impostos ao governo.
A Segurança dos Jogos Olímpicos
Há décadas, a doutrina de segurança integrada vem sendo aplicada pelo Exército, sempre que chamado a atuar nas operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

O ápice do aproveitamento dessa experiência de sucesso ocorreu na Copa do Mundo, com a grande participação do Exército nos Centros de Coordenação de Defesa de Área (CCDA), integrado a todas as instituições responsáveis pelas atividades ligadas à segurança de qualquer evento.

Para os Jogos Olímpicos, certamente o formato será muito semelhante na cidade do Rio de Janeiro e demais sedes, o que permitirá, uma vez mais, que os atletas e o público participem do grande evento esportivo com a certeza de que estão protegidos.
Nova gestão para os mesmo valores
Ante os novos desafios do século XXI, o Exército, blindado pelos marcos legais que regulam seu papel na sociedade, apoiado nos compromissos e valores que norteiam as especificidades da vida militar, vem cumprindo sua missão de viés dissuasório por meio de um formidável conjunto de ferramentas militares aptas a serem apresentadas como opção de resposta militar ante uma agressão ao povo, ao território ou à soberania nacional.

Entretanto, a Estratégia Nacional de Defesa preconizou uma mudança drástica para que a Força acompanhasse rapidamente a evolução dos últimos acontecimentos mundiais.

Assim, o Exército vem mantendo a admiração da sociedade à base de respeito aos princípios constitucionais da Administração Pública e aos recursos alocados pelo contribuinte, buscando realizar uma gestão racional destes e níveis altos de excelência gerencial.

Por essa natureza castrense, por sua permeabilidade e por sua capilaridade social, o Exército Brasileiro é uma grande reserva de valores cívicos e morais, tão caros a uma sociedade em formação.

Sua eficácia está diretamente relacionada com a preservação desses valores para o cumprimento de sua missão constitucional. Dessa forma, segue e seguirá sendo um baluarte da confiança nas instituições do povo brasileiro, pois, quando um soldado olha nos olhos de um brasileiro, ele vê a si próprio, mas, quando um brasileiro olha nos olhos de um soldado, ele vê a retidão, a segurança e a esperança.

GENERAL FALA SOBRE SITUAÇÃO DO PAIS E MUSEU DE ARTE

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Novo equipamento russo não tem medo de explosão nuclear

O equipamento militar russo Ratnik incorporará um relógio capaz de "sobreviver" após explosão nuclear, revela a corporação Rostec.
O relógio, que fará parte do equipamento militar Ratnik, preserva suas características apesar da radiação e pulso eletromagnético, inclusivamente depois de uma explosão nuclear", declarou o desenhador principal da empresa Tsniitochmash, Oleg Faustov.
O engenheiro assegurou que "o relógio continuará funcionando sem falhas mesmo que um militar seja afetado por um pulso eletromagnético nuclear".
O relógio, com peso máximo de 100 gramas, tem vida útil de pelo menos 10 anos. A nova peça de combate possui um mecanismo de corda automática e mantem sua precisão sob temperaturas extremas, de 40 grados Celsius abaixo de zero até 50 acima de zero. Uma das suas modificações também serve para natação.
O fornecimento em massa às forças armadas do Ratnik de segunda geração se iniciou em 2017. O Ratnik inclui armas letais modernas e meios eficazes de defesa, reconhecimento e comunicação. Ele está destinado a missões a qualquer hora do dia e em diferentes condições climáticas.
Agora está sendo desenvolvido o equipamento militar de terceira geração Ratnik-3, que vai incluir um capacete com sistema de comando integrado, um exoesqueleto de combate, calçado antiminas e outro equipamento.
Segundo os planos previstos, todas as unidades das tropas terrestres russas contarão com o equipamento militar Ratnik de última geração até 2020.

Hackers da Coreia do Norte 'roubam planos de guerra' de Washington e Seul

Foi informado que hackers norte-coreanos roubaram grande quantidade de dados militares da Coreia do Sul e EUA, incluindo um plano de assassinato de Kim Jong-un, informa a BBC.
Rhee Cheol-hee, um legislador sul-coreano, acrescentou que a informação sobre o alegado roubo foi fornecida pelo Ministério da Defesa sul-coreano.
Os documentos comprometidos incluem os planos militares de contingência elaborados pelos EUA e Coreia do Sul. Eles incluem também relatórios elaborados para comandantes dos países aliados, comunica a BBC.
O ministério sul-coreano recusou, porém, comentar sobre a alegação. Os planos das forças especiais sul-coreanas foram alegadamente acessados, bem como a informação sobre instalações militares e usinas elétricas.
De acordo com Rhee Cheol-hee, cerca de 235 gigabytes de documentos militares foram roubados do Centro de Dados Integrado de Defesa e que 80% deles ainda têm que ser identificados.
A fuga de dados aconteceu em setembro do ano passado. Em maio, a Coreia do Sul comunicou que um número grande de dados foi roubado e que a Coreia do Norte pode ter realizado o ataque cibernético.
Muitos acham que a Coreia do Norte possui hackers especialmente treinados que operam fora do país, por exemplo, no território da China. A Coreia do Norte, por seu lado, acusou a Coreia do Sul de "fabricação" das acusações.

Caça iraniano F-4 efetua manobra espetacular perto de F-18 norte-americano (VÍDEO)

As imagens foram capturadas da cabina traseira do F-4 no momento em que o avião fez uma viragem para não perder de vista o Super Hornet dos EUA, informa o RT.
O vídeo, publicado no início do mês nas redes sociais, registou o momento em que um caça norte-americano F-18 Hornet se aproximou de um F-4 Phantom II pertencente à Força Aérea do Irã durante um voo algures no Oriente Médio.
Segundo informou o portal aéreo The Aviationist, as imagens foram capturadas da cabina traseira do McDonnell Douglas F-4 em momento que o Super Hornet tentava virar à esquerda. No entanto, o caça iraniano realizou uma viragem espetacular para não o perder de vista, em uma manobra que lembra uma cena famosa do filme Top Gun –Ases Indomáveis, informa o RT.
O dia e o local do incidente não são indicados. Mas alguns especialistas militares dizem que a cabina da qual foi filmado o vídeo é muito grande para um Phantom, afirmando que se trata do avião F-14 Tomcat, que também está em serviço da Força Aérea do Irã.   
Por outro lado, a publicação ressalta que tais "encontros aéreos" ocorrem frequentemente no espaço fronteiriço do Irã, Iraque e Síria mas geralmente sem incidentes graves.

Opinião: restrição ao comércio de armas no Brasil só beneficia bandidos

Sob a alegação de que o Estatuto do Desarmamento não protege ninguém, ou melhor, só garante mais e melhores armamentos para os criminosos, o senador Wilder Morais (PP-GO) apresentou projeto de lei revogando o documento que está em vigor desde 23 de dezembro de 2003.
Regulamentado pelo Decreto 5123, de 1º de julho de 2004, o Estatuto do Desarmamento, Lei nº 10826, "dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição."
A lei proíbe o porte de armas por civis, à exceção de casos de comprovada necessidade. Na ocorrência de tais casos, será fixada pela autoridade uma duração previamente determinada e a pessoa tem de provar, periodicamente, que a situação de risco persiste, permitindo-lhe então portar arma de fogo.
O estatuto determina a exigência de registro e porte junto à Polícia Federal (Sinarm), para armas de uso permitido, ou ao Comando do Exército (Sigma), para armas de uso restrito, mediante pagamento de taxas. O porte porém pode ser cassado a qualquer tempo, principalmente se o portador for abordado com arma em condições de embriaguez ou sob efeito de drogas ou medicamentos que provoquem alteração do desempenho intelectual ou motor.
Para o senador Wilder Morais (PP-GO), autor do projeto que revoga o Estatuto do Desarmamento, o dispositivo tornou-se inteiramente inadequado para a população, uma vez que só protegeria criminosos, expondo "a população de bem", e, por isso, tem de ser revogado. Mas, antes que isso aconteça e depois da devida tramitação nas duas casas legislativas (Senado e Câmara dos Deputados), o senador pretende promover uma consulta popular, junto com as eleições de outubro de 2018, sobre o tema.
"Nós estamos fazendo a revogação do Estatuto do Desarmamento, que será acompanhada por um plebiscito, junto com as eleições de 2018. Faremos a consulta popular junto com o pleito para economizar custos. Vamos perguntar à população: a primeira: 'Deve ser assegurado o porte de armas de fogo para cidadãos que comprovem bons antecedentes e residência em área rural?'. A segunda: 'O Estatuto do Desarmamento deve ser revogado e substituído por uma nova lei que assegure o porte de armas de fogo a quaisquer cidadãos que preencham requisitos objetivamente definidos em lei?'. E a terceira, quase idêntica à anterior, substitui apenas 'o porte de armas' por 'a posse de armas'. Nossa avaliação é de que o Estatuto do Desarmamento, em dez anos de vigência, não diminuiu em nada a violência. As armas estão em poder dos bandidos, cada vez melhor equipados", explicou ele em entrevista à Sputnik Brasil.
Atualmente, o projeto está na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, aguardando parecer do relator, senador Sérgio Petecão (PSD-AC), que, de acordo com Morais, deverá promover algumas audiências públicas, por se tratar de um caso polêmico.
"Por isso, queremos que a população participe. Nós queremos ouvir todas as opiniões, inclusive de quem é contra o nosso projeto. Se a pessoa não quer ter arma, que não tenha. Mas há quem queira se defender, defender sua família e seu patrimônio. E se for uma pessoa de bem, capacitada por testes psicológicos a ter arma de fogo e se comprometer a utilizar estas armas somente para autodefesa e de sua família, por que o Estado não pode permitir que ela se arme? Hoje, nós vivemos a insegurança na cidade e no campo, e a nossa população de bem precisa se proteger e estar protegida."
Especialista na área penal, o advogado e professor universitário Jonas Tadeu Nunes concorda com o senador Wilder Morais, embora reconheça que o momento atual, de intenso acirramento de ânimos provocado pela violência rural e urbana, não seja o mais adequado para propor à sociedade esse tipo de debate:
"Pode não ser o momento adequado para se propor este tipo de debate que, no entanto, é procedente, no sentido de revogar o Estatuto do Desarmamento. Nós temos no mundo países como Alemanha, Suécia, Áustria, que têm como base 30 armas para cada grupo de 100 habitantes. Com estes números, os números de homicídios nestes países são baixíssimos. Também temos outro exemplo, Honduras, o país mais violento do mundo, onde o porte de armas e a compra de armas pelos cidadãos comuns são proibidos, e os índices de violência e homicídios são incalculáveis. Então, a revogação do Estatuto do Desarmamento, possibilitando maior e melhor acesso ao porte de arma de fogo, não vai fazer aumentar a violência. Eu, particularmente, sou a favor do porte de arma para qualquer profissional, qualquer cidadão, desde que preencha os requisitos imprescindíveis para esta obtenção, como preparação adequada, habilitação em teste psicológico e utilização da arma somente para legítima defesa. No meu entender, a licença para porte de arma só deve ser concedida a quem for aprovado em testes de capacidade, física e psicológica, integridade moral e após prévia investigação social."
Tadeu concorda com o senador sobre o fato de que quanto mais se restringe o direito do cidadão, devidamente habilitado dentro das normas legais, a obter armas, mais os criminosos se fortalecem e mais se consolida o mercado clandestino de armamentos e munições:   
"Quanto mais proibição, quanto mais restrição à venda de armas de fogo para pessoas de bem, mais os bandidos se beneficiam. São eles, os criminosos, e o mercado clandestino de armas os que mais se beneficiam com estas restrições, de modo que é muito importante revogar o Estatuto do Desarmamento e substituí-lo por um documento bem mais adequado, que permita ao cidadão honesto se proteger, além de proteger sua família e seu patrimônio."

Exército Brasileiro debate tática de blindados da Operação Tempestade no Deserto

Até a próxima sexta-feira, 13, o Exército Brasileiro e especialistas de mais oito países discutem as táticas de pontaria e estratégia de blindados da história militar moderna, como as utilizadas em 1991 durante a Operação Tempestade no Deserto, no Iraque.
A 19.ª Conferência Internacional de Instrutores Avançados de Tiros acontece no Centro de Instruções de Blindados, localizado em Santa Maria (RS), com a participação de especialistas do Brasil, Alemanha, Dinamarca, Chile, Espanha, Finlândia, Noruega, Polônia e Suécia. O objetivo do encontro é apresentar e trocar atualizações e novas experiências relacionadas ao emprego de plataformas blindadas.
O Master Gunners, ou Instrutor Avançado de Tiro, remonta a 1975, quando o Exército americano criou um programa homônimo, com a meta de elevar os índices de adestramento de seus blindados. A concepção foi posta em prática em 1991, durante a Operação Tempestade no Deserto. A partir do sucesso do programa, diversos países passaram a formar seus próprios especialistas.No Brasil, o Centro de Instrução de Blindados cumpre essa formação com cursos de 12 semanas para o pessoal militar. O Centro fornece dois tipos de curso: os de operação das viaturas para militares de cavalaria, infantaria, artilharia e engenharia e os de manutenção para os sargentos encarregados de material bélico. Os cursos são ministrados basicamente logo após a formação dos militares na Escola de Sargento das Armas e Academia Militar das Agulhas Negras.
Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, o coronel Adamo Colombo, comandante do Centro de Instrução de Blindados, fala sobre a importância do evento e do trabalho da unidade, que comemora, nesta quarta-feira, o aniversário de criação em 11 de outubro de 1996, à época no Rio de Janeiro, onde permaneceu até 2004.
O coronel Colombo observa que o grande desenvolvimento tecnológico das forças armadas em todo o mundo nas últimas décadas não deixou de fora a importância do emprego dos blindados. Pelo contrário.
Quando os Estados Unidos e outros países adotaram esses carros, deram um grande agregado tecnológico ao seu material. Isso fez com que funções específicas dos carros fossem criadas, como a função do Master Gunners, que no Brasil temos chamado de Instrutor Avançado de Tiro. Quando os exércitos chegam à primeira Guerra do Golfo, eles se utilizaram vastamente desse material e com uma alta especialização de recursos humanos. Eles ajudaram a descrever como lidar com o inimigo, qual a tática a utilizar e como bater o inimigo com o armamento que tinham no momento: os canhões de 120 milímetros dos carros de combate Abraham (americanos) e Challenger (ingleses)", diz o coronel.
O oficial lembra que a criação do Centro de Instrução de Blindados coincide com a chegada do Leopard 1A1 (da Bélgica) e do carro de combate M60 (EUA). Ambos, segundo ele, já necessitavam de maior especialização para o seu uso.
"Os homem que até então utilizavam o M41 ou os Cascáveis precisavam de maior capacitação para lidar com o agregado tecnológico que então se apresentava. Isso começou no Rio de Janeiro e as conferências começaram em 1999. O armamento do carro de combate é o grande foco da conferência, seus sistemas, como as guarnições são treinadas, como se empregam meios de simulação e como se instruem as guarnições. Com isso, passamos a ir constantemente às conferências internacionais ter uma nova noção dessa função que se iniciou no Brasil em 2011 com o primeiro curso de Instrutor Avançado de Tiro", relembra o coronel Colombo.
O comandante do Centro de Instrução de Blindados confirmou ainda que o Brasil está recebendo os M109 A5 Plus BR, viatura fabricada nos EUA voltada para artilharia para fogo indireto. O modelo blindado já é usado pelo Exército Brasileiro na versão M109 A3. As novas unidades, porém, trazem agregados tecnológicos que vão mudar sensivelmente a qualidade do tiro da artilharia.Com relação à conferência, o coronel Colombo classifica a troca de experiências como bastante positiva.
"Eles (conferencistas) ficam bastante impressionados com o que encontram no Brasil. Alguns não tinham noção de que tínhamos uma estrutura tão grande como a do Centro, e alguns não tinham nem ideia de que tínhamos participado da Segunda Guerra Mundial. Uma das atividades que vamos fazer durante a conferência vai ser utilizar nossos treinadores sintéticos — que usam ambiente virtual para formação de nossas guarnições — para fazer um duelo entre guarnições de diferentes países. Isso mais como um evento de congregação", finaliza o coronel.