sexta-feira, 21 de julho de 2017

Rússia está criando novo míssil de cruzeiro para atingir alvos a 1.000 km de distância

A Corporação russa Sistemas de Mísseis Táticos concluirá o desenvolvimento de uma nova linha de mísseis de cruzeiro com alcance de 100 a 1.000 quilômetros até o ano de 2020, comunicou o diretor-geral da empresa, Boris Obnosov, na quinta-feira (20).
A Corporação russa Sistemas de Mísseis Táticos é a principal construtora russa de sistemas de mísseis de alta precisão para diferentes programas de lançamento e compreende mais de 30 empresas no país.
Estamos trabalhando na criação de um novo míssil de cruzeiro subsônico. Temos uma nova linha de mísseis de 100, 200, 400 e 1.000 quilômetros de alcance, respetivamente. Terminaremos esta linha até 2020", declarou o diretor da corporação para jornalistas à margem do Salão Aeroespacial Internacional MAKS 2017.
De acordo com a recém-divulgada doutrina russa sobre atividades navais até 2030, mísseis de cruzeiro de longo alcance e de alta precisão serão o principal armamento da Marinha russa até 2025.
Um dos mísseis russos mais eficientes e conhecidos, Kalibr, foi utilizado em combate pela Flotilha do Cáspio contra os alvos do Daesh na Síria em novembro de 2015.
Mísseis Kalibr foram lançados dos navios russos da classe Buyan-M e dos submarinos da classe Varshavyanka contra posições dos terroristas na Síria. Com um alcance operacional de até 2.500 km, os Kalibr foram lançados do mar Cáspio e do Mediterrâneo.
A 13ª edição do Salão Aeroespacial Internacional MAKS 2017 foi iniciada na terça-feira (18) e seguirá até sábado (22).

quinta-feira, 20 de julho de 2017

NOVO MELHOR Uran 9 Robot Tank para assustar US Military & Nato

Empresa russa Kalashnikov desenvolve Exterminador do Futuro para combate real

A empresa que produz o onipresente fuzil Ak-47 está agora trabalhando em um novo projeto – uma arma robotizada de combate, comunica o The National Interest.
Segundo a informação mais recente, a Kalashnikov desenvolveu um módulo de combate completamente automatizado, dotado de novas tecnologias que permitem detectar e liquidar os alvos em modo autônomo, independentemente do operador. 
A Kalashnikov está experimentando com a robótica e inteligência artificial, comunica o The National Interest.  Em março, o fabricante de armas apresentou o seu veículo de combate mais recente BAS-01G Soratnik, o mini-tanque dotado da metralhadora PKTM da Kalashmikov e de mísseis antitanque Kornet-EM. 
O colunista do The National Interest Jared Keller acrescenta que o ponto mais importante é que os desenvolvedores russos parecem ultrapassar os norte-americanos na questão da integração da inteligência artificial em campos de batalha. 

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Rússia estreará novo míssil em salão aéreo internacional

Na terça-feira (18), no aeródromo russo Zhukovsky será inaugurado um show aéreo internacional onde será apresentado o novo míssil antiaéreo guiado 9M100.

O novo míssil é capaz de atingir alvos à distância de até 15 km em altitudes de 5 metros até 8 quilômetros. O 9М100 pode ser usado para combater as armas alta precisão, aviões e drones que possam atingir a velocidade de 1000 m/s, o míssil também pode ser usado contra embarcações de deslocamento reduzido, informa o portal Lenta.ru.Anteriormente, a mídia havia informado que os 9M100 podem ser usados apenas nos lançadores verticais ordinários do sistema antiaéreo Redut, com quatro mísseis em um lançador. Na exposição estática é apresentada uma maquete de dimensões e peso reais do míssil e um contentor quádruplo de transporte e lançamento.
O Redut é um sistema de mísseis antiaéreos de baseamento naval que se destina a navios das classes contratorpedeiro, fragata e corveta. Ele está sendo instalado nos navios de nova geração da Marinha da Rússia.
O salão aéreo MAKS 2017 será realizado entre 18 e 23 de julho de 2017, sendo os primeiros três dias dedicados a visitas de especialistas e os últimos para o público em geral.

domingo, 16 de julho de 2017

Força Aérea norte-americana reproduz ataques de F-35 contra sistemas de defesa russos

Os militares dos EUA incentivam as companhias aeroespaciais norte-americanas para que alterem os caças F-35 até que fiquem invulneráveis aos mais avançados sistemas antiaéreos da Rússia e da China, aponta o portal militar Warrior.

A Força Aérea norte-americana faz provas reais para analisar como os caças de quinta geração F-35 realizam as tarefas de combate em zonas de alcance dos sistemas antiaéreos russos e chineses. Para se poderem aproximar o mais possível da realidade, os ensaios são realizados tanto em polígonos, como através de simulações digitais.
O Pentágono precisa de tecnologias capazes de combater as ameaças dos inimigos, não só existentes, mas também as previstas para os anos 2030-2040, afirma o portal.
Os oficiais da Força Aérea dos EUA explicam que em 2001, quando foi lançado o programa Joint Strike Fighter (JSF, na sigla em inglês) para a criação de um novo avião de tipo caça tático, o inimigo, potencialmente europeu, teria apenas sistemas S-300 e S-300PMU-1. Agora, segundo reporta o Warrior, a situação mudou drasticamente.
Washington se sente ameaçado porque os sistemas de mísseis antiaéreos russos e chineses podem mudar rapidamente suas frequências de funcionamento e processar informação de forma digital, o que aumenta significativamente as suas capacidades de combate, destaca o portal. As ameaças de aparelhos semelhantes representam um "problema muito difícil", de acordo com os generais da Força Aérea dos EUA, já que estes sistemas têm um raio de ação que se estende por centenas de quilômetros.
As capacidades dos radares dos S-300 e S-300PMU-1 russos e chineses (detecção por radar, iluminação e seguimento) permitem detectar os caças norte-americanos, mesmo os dotados de tecnologia furtiva, explica o Warrior.
Os construtores do F-35 enfatizaram que, apesar de no futuro próximo não se prever nenhum conflito, a Força Aérea dos EUA deve estar preparada para qualquer situação inesperada.
O fato de estar aumentando a quantidade de artigos na mídia norte-americana que se dedicam a comparar os F-35 com caças russos e chineses, além dos sistemas de defesa antiaérea, revela que Washington, apesar de todas as características técnicas do F-35, não confia completamente neste aparelho aéreo", alertou o especialista militar Konstantin Makienko para edição russa Gazeta.ru.

Para que quer Turquia possuir seus próprios sistemas de defesa antimíssil?

Apesar de planejar adquirir sistemas de defesa antimíssil russos S-400, Ancara assinou um acordo com a empresa europeia Eurosam para construir seus próprios sistemas antimísseis. Mas, que objetivo persegue a Turquia ao dar tais passos?

Segundo declarou em entrevista ao canal de televisão russo RT o analista militar russo, Ivan Konovalov, o país otomano pretende "diversificar o máximo possível" suas compras armamentistas para deixar de depender das grandes empresas do setor.
"Além disso, ao contrário dos sistemas russos, os Aster SAMP/T, fabricados pela Eurosam, podem ser integrados no sistema da OTAN", explicou.
Atualmente, as Forças Armadas da Turquia não possuem seus próprios sistemas de defesa antimíssil comparáveis ao sistema estadunidense Patriot ou aos russos S-400 e S-300. Os últimos sistemas antiaéreos norte-americanos, que antes tinham sido colocados na fronteira turco-síria, foram retirados do território turco em 2015. Sem dúvida, esses sistemas eram bastante obsoletos e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, só podia adquiri-los para mostrar sua lealdade à Casa Branca, como fez a Polônia.
Além disso, o presidente turco procura desde há muito aumentar as capacidades militares do país e planeja tornar o sector da defesa independente de terceiros países até 2023. Já há anos que Ancara estuda a possibilidade de começar a construção de um porta-aviões.
No início de junho, o diretor executivo da Rostec, Sergey Chemezov, informou que a Rússia e a Turquia aprovaram todos os aspectos técnicos de execução do contrato para o fornecimento de S-400 a Ancara.
No início de junho, Sergey Chemezov, CEO da corporação Rostec, responsável pelas exportações de produtos industriais com alto conteúdo tecnológico, declarou que a Rússia e a Turquia concordaram em todas as questões técnicas relacionadas com o contrato da compra dos sistemas S-400.
Em teoria é possível, mas na prática é difícil de imaginar", apontou o especialista russo falando sobre uso de tecnologias militares russas por parte da Turquia. Ele também indicou que nesse caso o país precisa de obter licenças para produção.
De acordo com Ivan Konovalov, os planos de Ancara são praticamente "impossíveis" de serem alcançados pelo setor militar turco. Por exemplo, na primavera de 2017, os tanques turcos Altay AHT ficaram sem motores e Ancara solicitou às empresas produtoras desses componentes — a austríaca AVL List GmbH e a japonesa Mitsubishi — a entrega das tecnologias de produção dos motores, mas as empresas rejeitaram esse pedido.
Ao mesmo tempo, o analista militar russo destacou que todos os países, incluindo os EUA, adquirem componentes militares e armamentos necessários no estrangeiro e que "a indústria de defesa turca não será capaz de alcançar um nível tão alto até 2023".

O que há por trás da tentativa do Pentágono em construir novas bases no Iraque e na Síria?

Respondendo à pressão do Pentágono, a Casa Branca pediu ao Congresso que conceda permissão para a construção de bases militares "temporárias" no Iraque e na Síria. Pra quê?

Em um sinal de que pretende aprofundar o compromisso do Pentágono em relação à guerra na região, o secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, convenceu o gabinete do presidente Donald Trump a pedir permissão do Congresso para expandir as operações militares no Iraque e na Síria, mesmo com o Daesh (autodenominado Estado Islâmico) sendo destruído e depois da retomada de Mossul.
As novas "instalações temporárias" aumentarão a probabilidade de uma guerra mais longa, mais dispendiosa e, em última análise, mais mortal em uma região que sofre a mais grave crise dos direitos humanos desde o final da Segunda Guerra Mundial.
A Casa Branca de Trump emitiu uma declaração na terça-feira sugerindo que os requisitos legais atualmente implementados impedem o Pentágono de se expandir ainda mais na Síria e do Iraque. Nos planos, porém, estão uma base de "reparação e renovação", incluindo "instalações temporárias intermediárias, pontos de abastecimento de munição e áreas de montagem com proteção de força adequada".
A declaração do gabinete será analisada pela Câmara dos Deputados dos EUA nesta quarta-feira (19).A expansão do Pentágono permitiria que os recursos militares dos EUA na área atingissem e atacassem os mais conhecidos fortalecimentos da Daesh na região, de acordo com o diretor de pesquisa do Instituto de Segurança Nacional e Contra-Terrorismo da Universidade de Syracuse, Corri Zoli em entrevista ao Al-Monitor.
Parece-me que o que eles estão tentando fazer é conseguir um pouco mais de manobrabilidade para criar alguma infra-estrutura e aprofundar a luta além de Raqqa e Síria", disse Zoli. O pedido para expandir as operações militares dos EUA na área vem diretamente de James Mattis, o atual Secretário de Defesa dos EUA, que "está pensando alguns passos à frente. Ele quer ganhar a paz, estabilizar a região e pressionar militarmente o Irã", completa o especialista.
Batalha legislativa
Mas a chancela do Congresso não será facilmente obtida. No Capitólio, há quem acredite que a tática de Mattis pode sugar os EUA para o centro da complicada Guerra Civil na Síria.
Os EUA estão derrubando aviões de guerra sírios, drones feitos pelo Irã e lançando ataques com mísseis de cruzeiro. Isso abre a torneira para que eles estabeleçam esses tipos de instalações e fortaleçam a presença militar dos EUA na Síria nessa guerra não-autorizada", de acordo com Kate Gould, um lobista que atua junto ao grupo dos Quakers, o Comitê de Legislação Nacional.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

MOTIVACIONAL PMESP 2017/2018

Eu sou um Policial Vídeo Motivacional

Motivacional - A ULTIMA BARREIRA (POLICIA) - Video de motivação 2017

[MOTIVACIONAL] | POLÍCIA FEDERAL - COT e GPI

Motivação Policial | SONHE CAVEIRA

Motivacional Militar | Tenha determinação | 2017

NAVY SEALS X GRUMEC - Qual será que é mais potente e especializada? Confiram agr!

Míssil russo S-500: Ameaça para a OTAN e os EUA que, mesmo para os lutadores Stealth Warplanes.

American AGM-158 JASSM vs Turkish SOM Cruise Missiles HD

BAL- E: Sistema de mísseis anti anvio de defesa costeira

O Kh-35E também conhecido como Uran-E é um míssil anti-navio subsônico, seaskimmer desenvolvimento KTRV, cuja variante lança de terra destinada a defesa costeira é denominada  Bal / Bal-E.
O BAL-E é um sistema de defesa costeira  móvel cuja função é a de atacar navios e alvos em superfície a cerca de uma centena de quilômetros da costa.
O míssil KH-35 foi desenvolvido para a Marinha Russa no final dos anos 90 e entrou em operação naquela arma, em meados de 2008. O sistema entrou de serviço nas unidades de defesa costeira do Cáspio em 2011 como parte integrante da força e Flotilha do Cáspio.
Uma bateria pode ser composta por apenas 11 veículos, que consistem em 01 veículo de comando-controle, um veículo de comunicações, até 08 veículos lançadores autopropulsados, e os veículos de apoio e remuniciadores.
Cada lançador pode operar entre quatro e oito mísseis e uma bateria opera em média, 08 lançadores com 64 mísseis. Os mísseis são capazes de engajar alvos a distâncias de até 120km, a sob quaisquer condições meteorológicas. Uma bateria precisa de apenas 2 minutos para interromper a marcha preparar e descarregar os míssies sobre os alvos, o que aumenta a capacidade móvel do sistema dando-lhes uma maior capacidade de sobrevivência.O míssil é capaz de engajar alvos a um alcance de 130 km sejam navios ou alvos em superfície, a Rússia desenvolveu variações do KH35-UE cujas performances foram melhoradas, a variante “UE” possui um alcance  duas vezes superior à versão “E”, atingindo alvos a cerca de 260km a velocidade de cruzeiro do míssil é de 850km/h.
A  Rússia já desenvolveu uma versão mais poderosa do míssil, a  KH35-UE cujas performances foram melhoradas em relação “E”, a nova variante “UE” possui um alcance  duas vezes superior à versão “E”, atingindo alvos a cerca de 260km, é muito provável que em breve esta versão esteja disponível também para as unidades de defesa de costa.
Clique as imagens para ver em melhor resolução as imagens retiradas do Turbosquid.

Mísseis usados na Crimeia em 2014 protagonizam novo teste da Rússia (VÍDEO)

Utilizados na crise envolvendo a Crimeia em 2014, os mísseis antinavios supersônicos 3M55 Oniks foram protagonistas de uma nova série de lançamentos realizados pela Rússia, informou o Ministério da Defesa do país, que divulgou um vídeo do exercício militar.

Ainda de acordo com a pasta, o lançamento aconteceu no Pacífico e foi conduzido através do sistema de defesa costeira Bastion-P.
Também foi relatado pelo ministério que o lançamento foi feito por uma unidade de defesa da Frota do Pacífico, e antes de lançar o míssil, a equipe avançou 200 quilômetros para realizar a sua missão em curso e de uma posição para qual não estava equipada para isso. O alvo do míssil se encontrava a cerca de 150 quilômetros da costa.

Vale recordar que os sistemas Bastion, cada um dos quais consistindo de 12 lançadores e 24 mísseis, são capazes de defender 600 quilômetros da costa contra um possível desembarque inimigo.Em 2014, durante a crise na Ucrânia, os mesmos mísseis foram implantados na península da Crimeia. O sistema de controle Bastion incorpora um programa em que os primeiros alvos para destruir nos comboios inimigos são os navios de escolta, e só para então atacar o carro-chefe.
Cada um dos mísseis opera estritamente contra o seu alvo programado. Especialistas dizem que nenhum navio do mundo terá tempo para se defender de um ataque desse tipo.
Na última quarta-feira, a tripulação do submarino de ataque de propulsão nuclear Smolensk, a Frota do Norte, disparou um míssil cruzador pesado Granit no Mar de Barents.

Perigo: Exército brasileiro está virando 'polícia de fato', critica revista britânica

O Brasil está seguindo por um caminho perigoso quando o assunto envolve os seus investimentos nas Forças Armadas e no uso delas para o trabalho policial em grandes cidades do país, criticou a revista britânica The Economist na semana passada.

reportagem considerou que as linhas que separam a defesa nacional e as forças de segurança é “perigosa”
“Soldados são policiais caros: um dia de uso de alguns milhares deles pode custar R$ 1 milhão de acordo com os seus ganhos normais. Mais importante: depender em excesso do Exército não é saudável para a democracia. Tropas são treinadas para emergências, e não para manter a ordem do dia a dia”, avalia a publicação.A revista ainda menciona que o governo vem buscando formas de lançar mãos dos seus 334 mil soldados, preferindo utilizá-los para fazer a segurança urbana – atribuição esta das forças policiais – ao invés de, por exemplo, priorizar as fronteiras continentais.
Para a The Economist, o governo brasileiro precisa colocar de volta ao foco quais são as reais atribuições das Forças Armadas brasileiras, aumentando investimentos em treinamento e equipamentos para o caso de uma eventualidade, como a ‘Amazônia Azul’, como é conhecida a área petrolífera do país.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

você desenvolve a tecnologia, ou vai viver dependente de outros países.









Esta bomba seria a que ele se refere
Para a exposição de novas criações e ideias, no entanto, é preciso ser cauteloso. Notícias criam pressão e não conseguir entregar a tecnologia prometida dentro do prazo faz a credibilidade afundar. De quebra, o spoiler ainda ajuda o inimigo. “Se a gente dá bandeira antes da hora, corre o risco de ser copiado por alguém mais ágil e termina sendo passado para trás”, alerta. Já aconteceu, inclusive. Os Estados Unidos lançaram uma bomba com base numa tecnologia divulgada pela Mectron numa feira, e que a empresa não deu conta de desenvolver. Por isso, Wagner Amaral prefere assumir um “perfil baixo”, como ele mesmo define, e ser o mais discreto possível em relação aos projetos que desenvolve.

Nota na verdade tem auguei querendo tira o direito do brasil subdesenvolver

tecnologia de ponta na parte de míssil e bombas me parece que os EUA
TEMOS QUE FICAR DE OLHOS NO TIO SÃ     

Conheça o engenheiro que desde a década de 1980 produz tecnologia de ponta para a indústria de guerra brasileira

Quer um café?”, convida Wagner Campos do Amaral quando entro em sua sala. Com a caneca branca a tiracolo, me guia até a copa. Um bigode preto estampado na borda da caneca se sobrepõe ao seu, amarelado, a cada gole. Adereço divertido que o veste como um disfarce, ocultando a mente focada em projéteis de alta destruição. O engenheiro de 57 anos é fabricante de mísseis, armas mortíferas que nem precisam de comando: sua programação é tão refinada que eles perseguem sozinhos o alvo a exterminar.
Quando Wagner entrou para essa indústria, na década de 1980, o Brasil ainda não tinha conseguido fabricar nenhum armamento inteligente. Hoje, estamos entre as potências do mundo que dominam essa tecnologia – e a quantidade de mísseis do nosso arsenal é segredo de Estado. Divulgar um número como esse pode colocar em risco a segurança do País inteiro, nos deixando declaradamente vulneráveis frente a nações com maior poder de fogo. Nos limitamos a saber que a Odebrecht, que agora ataca no mercado de guerra, produz até cinco mísseis por mês. O know-how veio com a compra da Mectron, em 2011, empresa especializada em tecnologia aeroespacial. Foi fundada por Wagner e mais quatro sócios-engenheiros: Rogério Salvador, Azhaury Cunha, Carlos Alberto Carvalho, que assumiram cargos de direção na nova empresa, além de Ricardo Zanetta.
Falar de números é perigoso, mas se exibir com os avanços é negócio. Posiciona o Brasil como gerador de inovação e nos torna competitivos num mercado em que conhecimento, de fato, é poder. Apesar de não sermos um país de guerra, o mundo está de olho nos nossos armamentos. Exportamos para o Paquistão desde 2008. E não para por aí. “Temos outros países interessados, em negociação”, adianta André Paraná, diretor de comunicação da Odebrecht Defesa e Tecnologia.
Para a exposição de novas criações e ideias, no entanto, é preciso ser cauteloso. Notícias criam pressão e não conseguir entregar a tecnologia prometida dentro do prazo faz a credibilidade afundar. De quebra, o spoiler ainda ajuda o inimigo. “Se a gente dá bandeira antes da hora, corre o risco de ser copiado por alguém mais ágil e termina sendo passado para trás”, alerta. Já aconteceu, inclusive. Os Estados Unidos lançaram uma bomba com base numa tecnologia divulgada pela Mectron numa feira, e que a empresa não deu conta de desenvolver. Por isso, Wagner Amaral prefere assumir um “perfil baixo”, como ele mesmo define, e ser o mais discreto possível em relação aos projetos que desenvolve.

Matemática da destruição

Entre 2013 e 2014, 5 mil mísseis cortaram os céus paquistaneses determinados a destruir seus alvos, marcados em solo afegão. Uma chuva mortal que matou talibãs, além de homens, mulheres e crianças que calharam de estar no caminho. A tensão entre os dois países se intensificou quando foi declarada a Guerra do Afeganistão, em 2001, após o ataque às Torres Gêmeas. O Paquistão passou a ser um aliado dos Estados Unidos na luta que exigia a cabeça de Osama Bin Laden. No final de 2008, a Mectron passou a fornecer mísseis para as tropas paquistanesas. Foram vendidos cem mísseis antirradiação de uma vez, por mais de US$ 100 milhões. No ano seguinte, já se negociava a venda de mais uma fornada, dessa vez de mísseis MAA-1B, para combate entre aeronaves. Não faltam cláusulas que exigem sigilo.
O míssil antirradiação encomendado foi o MAR-1. A arma tem a função de destruir os radares inimigos, permitindo que as aeronaves de guerra entrem no território sem serem percebidas. São 90 quilos de explosivo, que liberam centenas de esferas de aço ao identificar seu alvo. A empresa também produz mísseis de quinta geração, como o A-Darter, desenvolvido em parceria com a África do Sul. Ele é capaz de realizar manobras extremas em sua corrida contra caças supersônicos, três vezes mais velozes que o som. Também sabem diferenciar aeronaves inimigas de iscas, que são como bolas de fogo lançadas para despistar os mísseis.
Mas um dos projetos que mais garante visibilidade ao Brasil, hoje, é o submarino nuclear, movido a um reator de urânio. A tecnologia permite que a embarcação não precise subir até a superfície para oxigenar o motor, momento em que fica vulnerável. O submarino está previsto para 2025 e, quando ficar pronto, vai incluir o Brasil na elite de potências navais que produziram submarinos desse tipo, junto com Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França, China e Índia.

Gosto pelo desafio

O interesse pela tecnologia e pelas armas já veio de criança. O pequeno Wagner, criado em Pouso Alegre, interior de Minas, queria era detonar. “Gastava todo dinheiro que ganhava com pólvora”. Comprava rojões, juntava latas de óleo, derretia chumbo e confeccionava asas em moldes esculpidos em tijolos. No final, tinha foguetes. “Eles nunca voavam muito longe. Eram pesados. Por sorte, nunca explodimos nada”, lembra.
Aos 14 anos, saiu de casa para seguir a carreira militar na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas. A faculdade também foi militar: no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, onde vive desde então. Cursou engenharia aeronáutica e se especializou em aerodinâmica. Aos 22, já era professor do instituto, e foi dando uma aula sobre mecanismos de controle de voo que se interessou por mísseis. Tentou explicar como funcionava um rolleron, uma peça de metal que, ao rodar como um catavento, dá estabilidade ao armamento. “Ninguém entendeu nada na aula, nem eu”, diz. Pronto, estava imposto o desafio – estímulo que o move em tudo na vida.
Ninguém te ensina a fazer um míssil. Ou você desenvolve a tecnologia, ou vai viver dependente de outros países.
Quando era pequeno, seu livro preferido era O Homem que Calculava, de Malba Tahan. Parava de ler para tentar decifrar sozinho as charadas e só depois continuava. Mas só pode competir assim, consigo mesmo, porque não sabe perder. “Parei de jogar baralho. Buraco, truco, dava muita confusão. Minha mulher me proibiu de jogar com as crianças, para não me deixar roubar delas”, admite. Com a esposa Gisela disputa até a data do aniversário de casamento. “Ela queria se casar no dia 5 de janeiro de 1985. Então, eu sugeri: ‘por que a gente não se casa antes no civil, dia 28 de dezembro? É até melhor, na cerimônia a gente se livra da papelada’”, conta. Se casaram duas vezes. O motivo da antecipação? Ele não queria perder o desconto do imposto de renda.

Engenharia de guerra

No caminho para o almoço, a fila para a feijoada estava do lado de fora do restaurante. Desistimos. Para ele, melhor assim. “Feijoada tem muita proteína. Fico com crise de gota e ela ataca bem no meu joanete”, conta Wagner, apontando para o dedo do pé. Também sofre de insônia. E de daltonismo, assim como sua mãe, seu pai, e uns cinco colegas de trabalho. Comprou um par de óculos antidaltonismo pela internet, de um site americano. Uma penca de homens correu para testar a novidade. Todos se frustraram. Nos semáforos, Wagner não diferencia vermelho e amarelo. Nada que o impeça de desfilar, em dias de passeio, com seu Maverick “laranja, abóbora, sei lá como vocês chamam aquela cor”. Para ser aceito no ITA, falsificou um atestado. Tirando que queimou uns equipamentos por não conseguir encaixar componentes coloridos nas entradas correspondentes, conseguiu se virar bem.
Não demorou muito para que o desafio do míssil se concretizasse em trabalho. Em 1983, Wagner passou a fazer parte de um projeto especial da DF Vasconcelos, empresa especializada em sistemas óticos complexos, como miras e sistemas de pontaria para aviões. Ele tinha 25 anos e a incumbência de fazer o primeiro míssil brasileiro, o MAA-1, batizado de Piranha. Mas o período era de crise na economia, marcada pela inflação exorbitante, e o projeto acabou passando pelas mãos de várias empresas. Quase todas que se envolveram com o projeto faliram.
Wagner e seus sócios trabalharam em praticamente todas elas. Com o setor bélico destruído pela crise, migraram para o Iraque em 1990, onde passaram um ano estudando mísseis de vários tipos e nacionalidades. Voltaram com a engenharia avançada e, mesmo num cenário econômico difícil, fundaram a Mectron. Wagner até pensou em montar uma fábrica de brinquedos, mas percebeu que, cedo ou tarde, o Brasil precisaria retomar os investimentos em defesa. Graças à iniciativa, o Piranha se tornou realidade, em 1996.
A ambição de conseguir desenvolver tecnologia desse nível também. “Ninguém te ensina a fazer um míssil. Ou você aprende sozinho, ou vai viver dependente de outros países”, aponta Wagner. E ele ainda quer mais. Sonha em produzir um míssil hipersônico, com velocidade cinco vezes maior que a do som. Fascinado pela engenharia, chega a se esquecer do poder destrutivo do que fabrica. Pergunto se algum míssil dele já havia sido disparado em um conflito brasileiro. “Só em testes e treinamentos. Em conflito não, infelizmente”, solta, talvez pensando que não sabe se o míssil funcionaria num momento decisivo. “Ou felizmente, né?”, corrige, lembrando que sabe o estrago que faria.