sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Satélites russos conseguirão ver subsolo terrestre e através das nuvens

Cientistas russos estão desenvolvendo tecnologias que permitirão aos satélites militares enxergar além das nuvens e ver o subsolo para realização de sondagem subterrânea, revelou à Sputnik o supervisor da equipe do projeto da Fundação de Estudos Avançados da Rússia, Maksim Vakshtein.
A solução tecnológica avançada consiste na transição para uma faixa de ondas de rádio de alta frequência capaz de efetuar observações sob qualquer condição climática. Além das imagens em alta resolução, a novidade será responsável por sondar o subsolo, possibilitando, assim, detectar objetos invisíveis aos satélites com alcance ótico."
Para ele, as tecnologias atuais que utilizam alcance ótico possuem algumas desvantagens – seu uso é limitado em tempo nublado. Devido às nuvens, é impossível observação da Terra a partir de satélites.
"A fundação está realizando pesquisas que visam melhorar a velocidade de operação, a eficiência energética, proteção contra interferências prejudiciais, bem como a resistência aos impulsos magnéticos. Todas essas capacidades o tornarão o mais avançado equipamento de radar do futuro", apontou Vakshtein.
A Fundação de Estudos Avançados foi criada em 2012 para promover pesquisas científicas e o desenvolvimento das tecnologias destinadas à segurança e à defesa do país. As atividades da entidade estão ligadas às três principais vertentes – bioquímica e médica, físico-tecnológica e a de informação.
Atualmente, a fundação está desenvolvendo mais de 50 projetos, para os quais foram criados mais de 40 laboratórios nas principais universidades, institutos de pesquisas científicas e nas indústrias de defesa da Rússia.

Marinha da Rússia receberá submarino avançado Kronstadt em 2020

A empresa russa de construção naval Admiralteyskie Verfi vai lançar à água em 2018 o submarino do projeto 677 Kronstadt, classe Lada.
O diretor-geral da empresa Aleksandr Buzakov disse à Sputnik que o submarino vai entrar ao serviço da Marinha da Rússia em 2020.
Hoje, os submarinos da classe 677 são os submarinos não nucleares mais avançados da Rússia. No futuro, os submarinos desse projeto deverão ser equipados com uma unidade propulsora que não dependerá do ar, graças a isso, o submarino não vai precisar de emergir para carregar baterias.
O primeiro submarino da classe Lada, o Sankt-Peterburg, já está passando testes na Frota do Norte da Rússia. Os submarinos Kronstadt e Velikie Luki representam a continuação do projeto.
O objetivo principal dos submarinos Lada é a busca e destruição de submarinos inimigos. No total, serão fabricados quatro submarinos de propulsão diesel-eléctrica clássica e cinco melhorados, com propulsão independente do ar.
O diretor-geral da Admiralteyskie Verfi também disse que até o fim de 2017 será feito um quebra-gelo de nova geração do projeto 21180 Ilia Muromets, que está sendo construído para a Marinha russa. Aleksandr Buzakov acrescentou à Sputnik que a empresa irá realizar o assentamento da quilha de mais dois submarinos de propulsão diesel-eléctrica do projeto 636.3 para a Frota do Pacífico da Rússia.
Os submarinos que pertencem ao projeto 636.3 Varshavyanka são destinados a combater navios de superfície e submarinos, bem como a realizar missões de reconhecimento.
A arma principal dos novos submarinos são os mísseis de cruzeiro Kalibr, sendo eles igualmente equipados com tubos de torpedos e dispositivos para colocar minas submarinas.

Avanços de aviação: novo caça russo Su-57 funciona praticamente de modo autônomo

O novo caça russo de quinta geração, que recebeu a sigla de Su-57, na verdade representa um complexo multifuncional, declarou em comentário ao serviço russo da rádio Sputnik o especialista na área de aviação Viktor Pryadka.
Segundo anunciou o comandante da Força Aérea da Rússia, coronel-general Viktor Bondarev, esse caça da quinta geração recebeu a designação oficial de Su-57. Anteriormente, o projeto do Su-57 era conhecido como T-50.
O primeiro voo da aeronave foi realizado em 2010. Atualmente, a etapa inicial de testes desse caça já terminou. Sua produção em massa está marcada para 2019 e consistirá de 12 aviões, afirmou o presidente da Corporação Aeronáutica Unida da Rússia, Yuri Slyusar.
Tendo em conta a popularidade desse caça, o especialista na área de aviação, Viktor Pryadka, comentou ao serviço russo da rádio Sputnik as características da nova aeronave, que na verdade representa um complexo multifuncional:
Na realidade, cada avião torna-se um centro de computação que toma a decisão sobre o equipamento com certo tipo de armamento para cada missão militar específica. Ou seja, ao sistema é permitido tomar uma série de decisões e, neste caso, tudo [operações] se realiza mais rápido. Mas se o avião não for tripulado, será possível atingir o alvo com cargas consideráveis — durante a batalha podem ser usadas cargas até 15g. Para comparação: as capacidades físicas de um piloto em geral são limitadas a cargas de 10g. Por esta razão, no futuro serão quase sempre utilizados aviões não tripulados."
Além disso, o especialista acrescentou que "o período em que as decisões são tomadas é muito importante: a saúde física e a disposição do piloto podem influir significativamente no comando da aeronave".
Assim, quando os pilotos dirigem o avião se encontrando em um bunker, eles podem ativar as funções com maior nível de eficácia e completar as missões de modo com mais sucesso, concluiu.

Como se preparar para a 3ª Guerra Mundial e o que fazer em caso de ataque nuclear

Levando em consideração as crescentes tensões no mundo, o governo do Reino Unido está trabalhando em um novo sistema de alerta para avisar os britânicos em caso de uma guerra nuclear, informa o jornal britânico The Sun.
Segundo o jornal, já em 2003 foi desenvolvido o Sistema Nacional de Alerta de Ataque (NAWS, na sigla em inglês), que permitia ao governo advertir a população por telefone, rádio e televisão em caso de um ataque. Agora este sistema está sendo aperfeiçoado.
O que fazer antes de uma explosão nuclear?
Se vocês creem que um ataque nuclear é iminente, especialistas recomendam defender tanto seus familiares como a si próprio da seguinte forma:
— Preparar um kit de emergência que inclua alimentos não perecíveis, água, uma rádio a bateria ou a manivela, lanternas extras e baterias.
— Criar um plano de emergência familiar. É possível que seus familiares não estejam todos no mesmo lugar quando ocorra o desastre, por isso é importante saber como entrar em contato com eles para se reunir.
— Verificar se há refúgios em seus arredores. Se não houver, é necessário escolher algum lugar que possa servir de refúgio.
O que fazer durante uma explosão nuclear?
— Ouvir a informação oficial através da Internet, rádio ou televisão e seguir as instruções, indicadas pelos serviços de emergência.
— Se for emitida uma advertência de ataque, buscar um abrigo o mais rápido possível no subsolo, caso haja, e permanecer lá até que lhes ordenem o contrário.
— Encontrar o edifício mais perto, de preferência feito de tijolo ou concreto, e entrar para evitar contato com qualquer material radioativo de fora. Depois se esconder no lugar mais profundo do edifício.
— Permanecer ao menos 24 horas lá dentro, antes que as autoridades lhes indiquem que podem sair.
O que fazer se uma explosão lhes pegou de surpresa?
 Não olhar para o fogo, que os pode deixar cegos.
— Buscar abrigo atrás de qualquer coisa que possa oferecer proteção.
— Deitar-se no solo e cobrir a cabeça.
— Refugiar-se o mais rápido possível, até mesmo quando se encontram a uma grande distância do lugar onde ocorreu o ataque, pois as precipitações radioativas podem viajar centenas de quilômetros.
— Tomar banho com muita água e sabão o mais rápido possível. Tirar toda a roupa com que estava vestido, colocá-la em um saco plástico e fechá-lo.

Washington e Pyongyang 'estão se preparando para ações militares um contra outro'

Os Estados Unidos planejam construir fortificações em torno de suas bases militares na Coreia do Sul, segundo informações recentes. O especialista militar Konstantin Sivkov comenta a situação e opina que o conflito está entrando em uma nova fase.
comando das tropas terrestres dos EUA pretende erguer barreiras móveis e rapidamente desdobráveis em torno de suas bases militares na Coreia do Sul para "proteger as tropas contra ataques de um inimigo potencial".
A encomenda não especifica quais as bases a serem protegidas, informa apenas que se trata de quatro instalações.
Konstantin Sivkov, PhD em ciências militares, membro da Academia de Ciências de Mísseis e Artilharia, sublinha que tais fortificações não poderão proteger as bases de ataques de mísseis.Trata-se de blocos que se instalam para impedir que no território da base penetrem camiões com trinitrotolueno ou terroristas com bombas. É simplesmente isso. Se falarmos de mísseis, nomeadamente da artilharia da Coreia do Norte, claro que estes muros não ajudarão. É uma proteção contra as forças de sabotagem norte-coreanas em caso de um conflito militar", afirmou o especialista em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.Segundo Konstantin Sivkov, as partes começaram a se preparar para ações militares.Antes, pelo visto, não havia uma ameaça direta de um conflito com a Coreia do Norte, mas agora essa ameaça é real. Eles estão se preparando para ações militares um contra outro, está claro. Embora estas ações militares possam não chegar a começar", sublinhou.
Na última terça-feira (8), Trump endureceu ainda mais o tom contra Pyongyang, dizendo que responderia com "fogo e fúria" às ameaças feitas aos Estados Unidos.
Em resposta, a Coreia do Norte anunciou plano de ataque com mísseis balísticos à ilha de Guam, território americano no Pacífico que abriga importantes bases da Marinha e da Força Aérea dos EUA.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Caçador submerso': Rússia completa testes com novo submarino 'invisível

Cabeça da série do projeto 677 Lada, o submarino diesel-elétrico Sankt Petersburg completou todos os testes básicos a que foi submetido pelo Ministério de Defesa da Rússia. Assim, a embarcação está pronta para ser construída em série.
O objetivo principal dos submarinos Lada é a busca e destruição de submarinos inimigos, e a grande discrição do Sankt Petersburg é uma das suas vantagens para essas tarefas, tornando-o próximo de ‘invisível’ perante ameaças hostis.
Durante os testes no mar Báltico e nas propriedades da Frota do Norte, o Sankt Pereburg apresentou suas qualidades poderosas como “caçador”, informou o site do canal Zvezda.
Em duelos com os submarinos e navios de superfície, o Sankt Peterburg foi o primeiro a detectar o inimigo virtual, permitindo-lhe ocupar uma posição favorável para atacar e abrir fogo contra o inimigo de surpresa.No início de 2018, o lançamento do segundo submarino do projeto Lada, o Kronshtadt, no estaleiro em São Petersburgo, que será seguido pelo submersível de nome Velikie Luki. No total, se fabricarão quatro submarinos de propulsão diesel-eléctrica clássica e cinco melhorados, com propulsão independente de ar.
O Sankt Peterburg possui passagens para torpedos de 533 de milímetros, compatíveis com mísseis de cruzeiro do sistema Kalibr-PL. O submarino ensaiou disparos com mísseis no ano passado.
Além disso, o submarino é capaz de disparar simultaneamente a partir dos seis passagens. O sistema de recarga rápida permite o lançamento de seu arsenal de 18 projéteis contra o inimigo, sejam mísseis ou torpedos, em pouco tempo.
A variante de exportação, Amur 1650, foi proposta para a licitação do projeto 75i, que envolve a construção de seis submarinos para a Marinha indiana.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Coreia do Norte miniaturizou ogivas nucleares, diz relatório dos EUA

De acordo com documento secreto datado de 28 de julho obtido pelo jornal ‘The Washington Post’, regime de Kim Jong-un conseguiu cruzar o ‘limiar-chave’ para se tornar uma nação nuclear plena; país teria até 60 armas nucleares

WASHINGTON – A Coreia do Norte conseguiu miniaturizar com sucesso uma ogiva nuclear capaz de ser transportada por um de seus mísseis, cruzando um limiar-chave no caminho para se tornar uma nação nuclear plena, concluíram funcionários de inteligência dos EUA. A avaliação está em um documento confidencial obtido pelo jornal The Washington Post.Esta nova análise, concluída no mês passado pela Agência de Inteligência de Defesa (DIA, na sigla em inglês) foi revelada junto com outra avaliação da inteligência que aumentou bruscamente a estimativa oficial do número total de bombas no arsenal atômico do país comunista: agora, os EUA dizem que até 60 armas nucleares estão sob controle de Kim Jong-un – número que especialistas independentes acreditam ser bem menor.
Essas conclusão devem aprofundar ainda mais a preocupação de Washington em relação à evolução militar da Coreia do Norte, que parece avançar em um ritmo muito mais rápido do que a maioria dos especialistas previa. Funcionários do governo americano concluíram que Pyongyang também está superando as expectativas em seus esforços para construir um míssil balístico intercontinental capaz de atingir cidades no continente americano.
Apesar de fazer mais de uma década desde que a Coreia do Norte realizou seu primeiro teste nuclear, muitos analistas acreditavam que levaria vários anos até que os cientistas do país pudessem projetar uma ogiva compacta que pudesse ser carregada por um míssil a alvos distantes. Mas estas novas informações de inteligência, datadas de 28 de julho, indicam que este marco crítico já foi alcançado.
“A Comunidade de Inteligência concluiu que a Coreia do Norte produziu armas nucleares para transporte por míssil balístico, incluindo armas transportadas por mísseis intercontinentais (ICBM)”, diz o texto do governo americano ao qual o jornal teve acesso. As conclusões gerais da avaliação foram confirmadas ao diário por duas fontes que tiveram acesso ao documento. Ainda não se sabe se o regime já testou essa arma com design reduzido – algo que desde o ano passado o país alega ter feito.
Uma outra avaliação feita nesta semana pelo Ministério da Defesa do Japão também conclui que as evidências sugerem que a Coreia do Norte conseguiu realmente concluir a miniaturização de ogivas nucleares. A DIA e o escritório do Diretor Nacional de Inteligência do EUA não quiseram comentar as afirmações do Post.Aposta
Os analistas concluíram que Kim Jong-un aposta cada vez mais na confiabilidade de seu arsenal nuclear, o que poderia explicar as recentes atitudes desafiadoras do ditador, incluindo testes de mísseis que provocaram críticas até mesmo do seu aliado mais próximo, a China.
No sábado, tanto Pequim quanto Moscou se juntaram aos outros membros do Conselho de Segurança da ONU e aprovaram novas sanções econômicas ao isolado país asiático, incluindo uma barreira para as exportações do país, responsáveis por quase um terço da receita anual de US$ 3 bilhões de Pyongyang.
O avanço do programa nuclear de Kim também aumenta a pressão sobre o presidente americano, Donald Trump, que garantiu que não permitirá que a Corria do Norte possa ameaçar os americano com armas nucleares. Em entrevista exibida no sábado pelo Hugh Hewitt Show, da emissora MSNBC, o conselheiro nacional de segurança H.R. McMaster afirmou que a possibilidade de a Coreia do Norte possuir mísseis nucleares intercontinentais seria “intolerável da perspectiva do presidente (Trump)”.
“Temos que fornecer opções… E isso incluir a opção militar”, disse McMaster. O especialista afirmou, no entanto, que o governo americano faria de tudo para “pressionar Kim Jong-un e os que estão ao seu redor, para que eles concluam que é do interesse deles se desnuclearizar”.
As opções de ação que estariam em avaliação em Washington iriam desde uma nova tentativa de negociação multilateral até o reenvio das armas nucleares americanas para a Península da Coreia, disseram membros do governo com acesso às discussões internas do governo Trump.
Desafio
Determinar com precisão a composição do arsenal nuclear da Coreia do Norte tem sido um desafio difícil para os funcionários de inteligência das potências mundiais, principalmente em razão do sigilo e do isolamento extremos do regime.
Os cientistas do país conduziram cinco testes nucleares desde 2006, sendo o último deles a detonação de 20 a 30 quilotoneladas em 9 de setembro, cuja explosão teria o dobro da força em comparação com a bomba lançada pelos americanos em Hiroshima, no Japão, em 1945.
No entanto, produzir uma ogiva compacta que possa ser carregada por um míssil é uma façanha tecnicamente exigente que muitos analistas acreditavam estar além das capacidades da Coreia do Norte.
No ano passado, a imprensa estatal do regime exibiu na capital, Pyongyang, um dispositivo esférico que um porta-voz do governo descreveu como uma ogiva miniaturizada, mas na ocasião não foi possível determinar se tratava-se de um dispositivo real. O teste conduzido em setembro foi descrito pelas autoridades do país como uma detonação desta ogiva miniaturizada que poderia ser utilizada com um míssil, mas a afirmação foi questionada pela comunidade internacional.
“O que inicialmente se parecia com uma Crise dos Mísseis de Cuba em câmera lenta agora já tem mais a cara do Projeto Manhattan”, disse Robert Litwak, especialista na não proliferação nuclear do Woodrow Wilson International Center for Scholars e autor do livro “Preventing North Korea’s Nuclear Breakout” (Prevenindo a ruptura nuclear da Coreia do Norte, em tradução livre), lançado neste ano pelo centro de estudos. “Há um senso de urgência por trás do programa que é algo novo para a era de Kim Jong-un.”
Enquanto alguns especialistas minimizam o progresso da Coreia do Norte, outros alertaram para o perigo de superestimar a ameaça. Siegfried Hecker, diretor emérito do Laboratório Nacional Los Alamos e o último funcionário dos EUA a inspecionar pessoalmente as instalações nucleares de Pyongyang, calculou o tamanho do arsenal norte-coreano não passe de 20 a 25 bombas. Hecker também advertiu sobre os riscos potenciais de transformar Kim em uma ameaça maior do que ele realmente é.
“O exagero (neste caso) é particularmente perigoso”, disse Hecker, que visitou a Coreia do Norte sete vezes entre 2004 e 2010 e se encontrou com os principais envolvidos no programa de armas do país. “Alguns gostam de retratar Kim como um louco – um demente – e isso faz o público acreditar que ele imparável. Ele não é louco, mas também não é suicida. Ele não é sequer imprevisível.” / WASHINGTON POST
FONTEEstadão

O que os pilotos chineses pensam sobre os seus J-20



Por Henri Kenhmann
Pela segunda vez desde o seu primeiro voo há seis anos e meio, o J-20, a última geração de aviões de combate chineses, ficou oficialmente em frente ao grande público no domingo, 30 de julho, desfilando no Centro de Treinamento de Zhurihe por ocasião do 90º aniversário da fundação do Exército de Libertação Popular da China (PLA).Três aeronaves, pintadas em dois tons digitalizados, voaram pelos céus da Mongólia interior em frente ao presidente chinês XI Jinping e os 12 mil soldados que participaram do desfile militar.
Além das imagens feitas por outras aeronaves, as câmeras instaladas dentro do cockpit do J-20 também enviaram imagens tanto interessantes quanto inéditas.
De acordo com o comentarista do desfile transmitido ao vivo a milhões de telespectadores chineses, o J-20 é “uma aeronave de combate supersônica furtiva de 4ª geração*, capaz de enganar radares (inimigos) e realizar manobras em muito baixas altitudes e destruir inimigos antes mesmo que eles o vejam.”Uma definição oficial que destaca duas das características de aeronaves desse tipo — muito baixa observabilidade e alta manobrabilidade — e também a principal tática do J-20, ou seja, usar sua furtividade para lançar um ataque além do alcance de detecção de aeronaves inimigas.
Mas se esses comentários pareceram algo banais, embora oficiais, os elementos dados por dois pilotos do J-20 que foram entrevistados nos permitirão entender mais este avião previamente mantido em segredo.
“Sua manobrabilidade é muito melhorada em comparação com a aeronave da geração anterior, pode-se dizer que é ágil como um coelho”, disse ZHANG Hao (张昊), piloto de J-20 em fase avançada de treinamento, “seu desempenho no regime subsônico não é ruim, e uma vez no regime supersônico, ele entra em seu reino”.
“Graças aos muitos sensores de bordo da aeronave e à fusão avançada de dados, o nível de automação do J-20 é muito alto”, acrescenta ZHANG, “o campo de batalha tornou-se cada vez mais transparente para nós”.O jovem piloto ZHANG, Tang Hai Ning (汤海宁), diz que os pilotos de J-20 de hoje são capazes de voar em três tipos diferentes de aviões de combate de nova geração.
Hoje, o esquadrão de J-20 também está equipado com outros modelos de caças, como o novo bombardeiro J-16 e o ​​avião de combate J-10C. Esta mistura promove o “brainstorming” dos pilotos, o que torna possível ajustar as táticas de combate aéreo entre si.
Quando TANG fala sobre o J-20 voando nas condições climáticas um pouco peculiares na Mongólia interior, lê-se através de suas palavras que a aeronave é sensível e muito receptiva, forçando os pilotos a manobrar até mais do que o normal.
Além desses testemunhos diretos de pilotos de caça, a reportagem televisiva do desfile também revelou vários detalhes interessantes.O primeiro diz respeito ao capacete utilizado pelos pilotos J-20, que é diferente daqueles atualmente em serviço em outros aviões chineses.
Na verdade, o capacete de proteção leve TK-31 desenvolvido pela subsidiária ALI do fabricante de aviões chinês AVIC, já foi exposto na última exposição de aviação de Zhuhai.
Sabendo que este capacete também é usado por pilotos estudantes que voam em novas aeronaves de treinamento avançado chinesas, como JL-9 e JL-10, é provável que o TK-31 seja apenas o capacete de treinamento do J-20 e não do tipo HMDS, uma tecnologia já amplamente utilizada nos aviões de combate J-10x e J-11x, por exemplo.
Além dos capacetes dos pilotos, também notou-se que os J-20 voando em Zhurihe, o maior centro de treinamento integrado na Ásia com seus 1.066 quilômetros quadrados de área e localizado a 200 km da fronteira da Mongólia, estavam sempre equipados com lentes Lüneberg, projetadas para aumentar significativamente a seção reta radar do avião.Esta é uma medida de segurança, para evitar que a assinatura do radar J-20 seja medida por um terceiro nesta localização muito remota na China, ou uma medida por necessidade, já que o controle de tráfego aéreo não pode detectar a aeronave a uma distância maior?
O último detalhe diz respeito ao campo de visão do piloto do J-20. Como uma aeronave de configuração delta com canards, como o J-10, a primeira comparação não rigorosa mostra que o piloto de J-20 tem um melhor campo de visão para a parte traseira lateral do que o J-10. Isto é devido aos canards que são instalados no mesmo plano que a asa, em forma diédrica ligeiramente positiva para preservar a vantagem aerodinâmica de tal configuração.
Embora o combate WVR (Within Visual Range — Dentro de Alcance Visual) não pareça ser a estratégia preferível do J-20, a visibilidade ainda contribui para a consciência situacional do piloto, e, portanto, a capacidade de sobrevivência como um todo.
(*) A 4ª geração na classificação chinesa equivale à 5ª geração dos EUA e Rússia.
FONTEEast Pendulum /

Certificação é a mais complexa já desenvolvida pela empresa

A Helibras realizou em suas instalações em Itajubá (MG) o segundo voo da campanha de certificação do H225M na versão Operacional Naval. O evento contou com a presença da Autoridade certificadora, o Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), bem como os profissionais da Helibras.
Dentro do escopo analisado pela autoridade certificadora, foi avaliada a integração do sistema de mísseis AM-39 Exocet, feita pela Helibras, a qualidade do voo e o desempenho da aeronave com o armamento instalado. Outros aspectos do Sistema Tático de Missão Naval (NTDMS) serão avaliados em breve para continuidade da certificação completa da aeronave.Durante o evento, foram feitas simulações de disparos do míssil AM-39, utilizando o Sistema Tático de Missão Naval. “Concluímos mais uma etapa importante no processo de certificação dessa versão. Novos voos serão realizados no mês de agosto, desta vez para avaliar outros sistemas presentes na versão Operacional da Marinha”, explica o presidente da Helibras, Richard Marelli.
A aeronave BRA-005 será a primeira em versão operacional a ser entregue para a Marinha em 2018. O helicóptero faz parte do contrato de aquisição de 50 helicópteros H225M (antes denominada EC725) do Programa H-XBR, adquiridas pelo Ministério da Defesa para uso das Forças Armadas brasileiras, que estão sendo produzidas pela Helibras do Brasil, a partir de transferência de tecnologia e de conhecimento que vem ocorrendo desde 2010.
DIVULGAÇÃO/FOTOS: Helibras

China e Rússia devem provar o que vem após o F-35 Stealth Fighter

Os Jatos de Combate da 6ª Geração dos EUA já estão tomando forma

Coreia do Norte reage às ameaças de Trump e cogita 'seriamente' atacar área dos EUA

A Coreia do Norte informou nesta quarta-feira (horário local) que está “examinando cuidadosamente” um plano para atacar com mísseis o território de Guam, área dos Estados Unidos no Pacífico, informou a agência estatal norte-coreana KCNA.
De acordo com um porta-voz do Exército Popular Coreano, o ataque será “implementado de forma multi-corrente e consecutiva em qualquer momento”, tão logo o líder norte-coreano Kim Jong-un tome uma decisão.
Em outra declaração citando um porta-voz militar diferente, a Coreia do Norte também disse que poderia realizar uma operação preventiva se os Estados Unidos mostrarem sinais de provocação.
Guam é um território organizado não incorporado norte-americano na Micronésia, localizado na extremidade sul das Ilhas Marianas, no oeste do Oceano Pacífico. As instalações militares na ilha estão entre as bases americanas de maior importância estratégica no Pacífico Ocidental.
O posicionamento da Coreia do Norte acontece horas após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter ameaçado responder com “fogo e fúria” às ameaças norte-coreanas. Na manhã de terça-feira, o regime comunista dizia cogitar medidas “físicas” contra as sanções recentemente aplicadas ao país.
Congressistas criticam Trump
Desafeto de Donald Trump, o senador republicano John McCain afirmou nesta terça-feira que “grandes líderes” não fazem ameças, a não ser que estejam prontos para agir – e ele disse crer este não é o caso do presidente dos EUA.A crítica fez referências as palavras de Trump, sobre um possível uso de “fogo e fúria” contra Pyongyang, caso o regime voltasse a provocar os EUA.
McCain disse tomar como exceção os comentários de Trump “porque você deve ter certeza de que pode fazer o que diz que vai fazer”.
Outro congressista a criticar Trump pelas ameaças aos norte-coreanos foi Elio Engel, membro do Comitê de Relações Exteriores da Câmara. Segundo ele, as afirmações do presidente foram “imprudentes” e colocam a segurança do país em risco.
“Hoje, o comportamento imprudente do presidente Trump e a sua explosão impulsiva minaram a segurança do povo americano e a de nossos amigos e aliados”, avaliou.
A Força Aérea dos Estados Unidos enviou dois bombardeiros B-1 da Dakota do Sul para a ilha de Guam, localizada no Pacífico e publicamente ameaçada pela Coreia do Norte.Os caças enviados à região de Guam estarão acompanhados por aviões japoneses F-15 e os KF-16 da Coreia do Sul.O esquadrão foi enviado para reforçar Guam, um território não incorporado norte-americano na Micronésia, localizado na extremidade sul das Ilhas Marianas, no oeste do Oceano Pacífico. As instalações militares na ilha estão entre as bases americanas de maior importância estratégica no Pacífico Ocidental.
A Coreia do Norte informou nesta quarta-feira que está “examinando cuidadosamente” um plano para atacar o território de Guam com mísseis balísticos estratégicos Hwasong-12 para conter as principais bases militares dos EUA. 
O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou responder com “fogo e fúria” às ameaças norte-coreanas. Na manhã de terça-feira, o regime norte-coreano dizia cogitar medidas “físicas” contra as sanções recentemente aplicadas ao país.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Planilha mostra que PCC reservou R$ 150 mil para matar PM e agentes em São Paulo

Flávio Costa
Do UOL, em São Paulo

Uma planilha encontrada no computador de um membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) mostra que a facção criminosa reservou R$ 150 mil para uma operação que visava matar policiais e agentes penitenciários de São Paulo.
Do total deste valor, pouco mais de R$ 133 mil já tinham sido gastos no monitoramento da rotina de um policial militar e dois carcereiros do sistema penitenciário paulista. 
"É possível perceber os altos gastos com telefones, celulares, viagens, hospedagem, aquisição de veículos e de equipamentos de informática, tudo para pôr em prática e executar a tal 'sintonia da inteligência'", afirma em denúncia oferecida à Justiça o promotor Lincoln Gakiya.
A intenção dos criminosos era simular latrocínios -- roubos seguidos de morte -- durante o assassinato das vítimas. Com a prisão dos suspeitos pela polícia, o plano foi interrompido antes de ser posto em prática. 
Tabela do PCC com gastos de monitoramento de agentes de SP
Durante o planejamento, os suspeitos usaram "técnicas de inteligência" para escolher e levantar informações sobre os alvos. 
Reportagem veiculada pelo "Jornal da Band", em abril deste ano, mostrou que um dos suspeitos chegou a fazer um curso de detetive particular. Ele instalou câmeras em frente às casas de prováveis vítimas. Também havia fotos desse mesmo suspeito posando com armas em mãos.
No computador apreendido, a polícia encontrou fotos, mapas e informações sobre os alvos do PCC. Os criminosos sabiam inclusive que um deles estava em processo de divórcio da companheira. 
Belarmino, Henry e Melissa: agentes federais mortos pelo PCC

Líderes do plano já estavam presos

Antes de colocarem em prática os planos de assassinato, quatro suspeitos foram presos em dezembro passado durante uma operação coordenada pelo núcleo de Ribeirão Preto do Gaeco do MP paulista (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo).
Em paralelo, o núcleo do Gaeco instalado na cidade de Presidente Prudente (distante 558 km de São Paulo) foi responsável pela denúncia contra os três líderes da operação. Eles já estavam detidos no presídio estadual de Presidente Venceslau -- distante 610 km de São Paulo.
O trio emitia ordens, por meio de cartas com trechos escritos em código, ao grupo que foi preso em Ribeirão Preto (315 km distante da capital paulista). Os trechos que estão em verde na carta abaixo são a escrita original (cifrada); em vermelho, a decodificação feita pela polícia paulista.
 Carta codificada da "sintonia restrita" do PCC
"Segundo consta, em meados de 2016, os denunciados presos na Penitenciária II de Presidente Venceslau, agindo de comum acordo e identidade de propósitos, expediram ordens para que integrantes, em liberdade, da organização criminosa 'PCC – Primeiro Comando da Capital', da qual também fazem parte, fizessem levantamentos de endereços de agentes penitenciários, policiais civis, militares e outros agentes públicos do Estado de São Paulo, para o fim de executá-los", lê-se na denúncia de autoria do promotor Lincoln Gakiya.
De acordo com o promotor, os líderes eram responsáveis por liberar o dinheiro usado na operação e por dar o sinal verde para a morte dos alvos.

Sintonia restrita

O grupo preso em Ribeirão Preto foi um dos precursores da chamada "sintonia restrita". "Sintonias" são como são chamadas os diversos comandos do PCC.
O nome "restrito" vem do fato de que, quando o membro do PCC recebe esta tarefa, fica escalado exclusivamente para ela. São pessoas que, quando participam destas missões, tentam não falar pelo celular, para evitar rastreamento.
O assassinato de um servidor público, quando decidido pela cúpula do PCC, é considerado como "uma missão para aqueles que foram escolhidos a executar". 
"A sintonia restrita ou de inteligência é um escalão entre a cúpula e os executores. Em geral, os executores falam com a sintonia restrita [para receber ordens]. É quem aparece como mandante nas investigações, pela dificuldade de se chegar aos líderes", explica um procurador da República, que investiga a morte de agentes penitenciários federais a mando da facção criminosa.

PCC usa "inteligência" para matar agentes penitenciários federais

"Este grupo é formado por criminosos mais qualificados e que contam com a confiança com a cúpula do PCC. Eles usam técnicas de inteligência para cumprir as missões ordenadas pela facção", explica Gakiya.
O promotor paulista confirmou que uma das prioridades das autoridades de Segurança Pública é a de identificar e prender os integrantes da restrita.
A sintonia restrita é um grupo criado recentemente pelo PCC, subordinado diretamente à cúpula da facção. Seus integrantes se desvinculam da chamada "sintonia geral" e ficam subordinados à "sintonia geral fora do ar", o que indica que deixaram de exercer as atividades normais do PCC, a exemplo do tráfico de drogas. Eles não precisam pagar a "cebola", a mensalidade obrigatória para membros da facção. "Eles não falam com qualquer um da organização. Por isso é tão difícil localizá-los", afirmou ao UOLuma fonte ligada às investigações no âmbito federal.

Coreia do Norte carrega lanchas com mísseis após EUA sugerirem reenviar navios à península

Dias após os Estados Unidos sugerirem reenviar dois porta-aviões para a Península Coreana, a Coreia do Norte pode estar se movimentando em sua defesa, carregando lanchas patrulheiras com mísseis antinavios, segundo informou a Fox News nesta segunda-feira.
Fontes consultadas pelo canal estadunidense apontam que a medida de Pyongyang seria uma maneira de dissuadir o envio de embarcações para os mares próximos ao país asiático. De acordo com as mesmas fontes, imagens de satélite teriam mostrado as movimentações dos armamentos.
Contudo, pode se tratar ainda de um possível novo teste balístico a ser realizado. O mais recente teste norte-coreano com mísseis antinavios foi realizado em 15 de junho deste ano. Mas o uso de lanchas para o lançamento de mísseis é algo que a Coreia do Norte não o faz em testes desde 2014.
“A Coreia do Norte não manifesta nenhuma evidência de que planeja paralisar os seus testes balísticos”, uma tendência que “não oferece esperanças em direção à diminuição das tensões” na Península Coreana, comentou uma fonte anônima à Fox News.
O possível retorno dos porta-aviões nuclear USS Carl Vinson e USS Ronald Reagan foi ventilado por autoridades sul-coreanas na semana passada. Ambas as embarcações já estiveram na Ásia neste ano, realizando exercícios militares conjuntos com Coreia do Sul e Japão.
No último domingo, o presidente norte-americano Donald Trump conversou, por telefone, com o presidente sul-coreano Moon Jae-in. Ambos chegaram a uma conclusão de que a Coreia do Norte é “uma grave e crescente ameaça” e precisa ser contida. Para isso, o caminho de sanções econômicas e pressão diplomática seguem sendo os mais usados.

Irã faz teste balístico com alvo coberto pela bandeira dos EUA (VÍDEO)

O Irã realizou neste domingo um teste balístico com um míssil de produção caseira, sob a supervisão de oficiais militares, na aldeia de Kiasar, na província iraniana de Mazandaran.
O detalhe curioso é que o alvo do míssil foi coberto com uma bandeira dos Estados Unidos. Segundo as autoridades locais, o teste foi considerado bem sucedido.
De acordo com um dos engenheiros responsáveis pelo projétil, o desenvolvimento do míssil levou três anos.Temos mísseis com capacidades superiores e, com a vontade de Deus, iremos apresentá-los nos próximos anos”, afirmou.
O general da Força Aérea iraniana, Amir Ali Hajizadeh, destacou ainda a Guarda Revolucionária do país, que permite ao Irã ter “o maior poder da região”, o que permite à nação “poder resistir ante os inimigos gananciosos, especialmente os EUA”.
Desde que Donald Trump assumiu a Presidência estadunidense, as relações com os iranianos pioraram significamente, e recentemente a Casa Branca aplicou novas sanções contra Teerã. Segundo especula-se, o próximo passo do republicado é rever o acordo nuclear, firmado pelo seu antecessor Barack Obama, junto ao governo iraniano.