sexta-feira, 5 de julho de 2013

Mais um teste bem-sucedido do Míssil de Cruzeiro Naval francês

Em nota divulgada na quinta-feira, 4 de julho, a DGA francesa (direction générale de l’armement – direção geral de armamento) informou a realização com sucesso do primeiro disparo de qualificação do Míssil de Cruzeiro Naval (missile de croisière naval – MDCN). O disparo foi feito em 1º de julho nas instalações de Biscarosse do centro de ensaio de mísseis da DGA, e foi representativo de um disparo feito a partir de uma fragata.
O teste contribuiu para validar o desempenho de navegação autônoma e também a guiagem terminal (por reconhecimento infravermelho). O MDCN, que segundo a nota tem um alcance de “centenas de quilômetros” e é derivado do míssil de cruzeiro aerotransportável Scalp, deverá equipar navios da o tipo FREMM (frégates multi-missions) e submarinos da classe “Barracuda”, para uso contra alvos estratégicos. Seu desenvolvedor e fabricante é a MBDA.
Para saber mais sobre o míssil e disparos anteriores, assim como assuntos relacionados, clique nos links da lista a seguir.
naval.com.br...SNB

Borei Class Submarine.

SNB

Concluídos os ensaios das antenas do VSISNAV

No período de 24 a 27 de junho de 2013, na Câmara Anecóica do INPE/LIT, ocorreram os ensaios das antenas das Redes Elétricas de Telemedidas, Telecomando e Respondedor Radar do Quarto Estágio do VSISNAV. Esses ensaios foram realizados com o objetivo de verificar o desempenho das antenas diante da solução de metalização do Envelope Motor S44.
A necessidade de avaliação de desempenho dessas antenas foi apontada no "Estudo de Interferência e de Compatibilidade Eletromagnética entre as Antenas do Terceiro e
Quarto Estágios do VLS" (Projeto Associado nº 068/AEB), coordenado pela Divisão de Eletrônica (AEL) com apoio da Divisão de Mecânica (AME) do IAE.
As fotos abaixo correspondem às antenas instaladas em mock up do Envelope Motor S44, propulsor do 4º estágio do VSISNAV, no Laboratório de Ensaios e Sala de Monitoração e Controle do LIT/INPE.
IAE....SNB

IAE realiza ensaio funcional da Turbina Aeronáutica Nacional


Dando o início oficial da nova fase de testes de desenvolvimento do Projeto TAPP (Turbina Aeronáutica de Pequena Potencia) foi realizado, no dia 04 de julho de 2013, no Banco de Provas de Turbinas do Instituto de Aeronáutica e Espaço, o ensaio funcional com querosene de aviação


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Durante o ensaio, a turbina atingiu a rotação de 9.000 rpm, permanecendo nesta condição por cerca de quatro minutos até o corte da combustão.
O ensaio contou com a presença do Ten Brig Ar Ailton dos Santos Pohlmann, Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial– DCTA e demais oficiais do DCTA, que foram recebidos pelo Brig Eng Carlos Antônio de Magalhães Kasemodel, Diretor do Instituto de Aeronáutica e Espaço – IAE.
As próximas etapas da campanha de testes compreendem a determinação de parâmetros de operação do motor desde o seu acendimento, estabilização da rotação em idle e posterior aceleração à condição de máximo empuxo.
O projeto TAPP é um desenvolvimento totalmente nacional de turbina a gás conduzido pelo DCTA, IAE, ITA e pela empresa TGM Turbinas Indústria e Comércio Ltda. O projeto, que conta com financiamento da FINEP e da empresa TGM Turbinas, trata-se de um motor turbojato, da classe de 5.000 N de empuxo, para emprego em veículos aéreos não tripulados com peso máximo de decolagem entre 900 Kg e 1.200 Kg.
IAE....SNB

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Brasil e Ucrânia negociam acordo para lançar foguete a partir do Maranhão

O foguete Cyclone 4 (Imagem: Alcantara Cyclone Space)
Os governos do Brasil e da Ucrânia negociam um acordo para reforçar a parceria na empresa binacional Alcântara Cyclone Space para o lançamento do primeiro foguete, o Cyclone-4,  a partir do Centro de Lançamento de Alcântara 2, da Base de Alcântara (Maranhão), planejado para o final de 2014. A parceria existe desde 2003, quando a Ucrânia e o Brasil investiram no projeto. Pelas previsões da Agência Espacial Brasileira, o foguete ucraniano Cyclone-4 será o primeiro a ser lançado na base. Paralelamente, os ucranianos indicam interesse em ampliar a cooperação em aviação e na importação de carne suína brasileira – atualmente, o país é um dos maiores importadores do produto. Esses são alguns temas em discussão durante a primeira visita oficial de um ministro das Relações Exteriores do Brasil a Kiev, na Ucrânia. O chanceler Antonio Patriota passa o dia na capital ucraniana para reuniões com o ministro das Relações Exteriores,  Leonid Kozhara. As viagens  anteriores de chanceleres brasileiros ao país foram para acompanhar presidentes da República. Patriota e Kozhara também avaliam a possibilidade de aprofundar acordos em educação e energia. Eles analisam ainda as questões relativas aos conflitos armados, como a proteção de civis em situações de conflito e o processo de paz no Oriente Médio.
Na primeira etapa das reuniões, predominou a questão da empresa  binacional Alcântara Cyclone Space. O Brasil e a Ucrânia querem fazer parte do restrito mercado de lançamento de satélites, no qual atualmente destacam-se a França, o Japão, os Estados Unidos, a China e Rússia. De 2004 a 2012, foram investidos pouco mais de R$ 582 milhões em infraestrutura e sistemas para o Centro de Lançamento de Alcântara. Nos próximos dois anos, a previsão do Programa Nacional de Atividades Espaciais é que R$ 176 milhões sejam empregados. A Ucrânia é responsável por desenvolver e fabricar os equipamentos do foguete. Ao Brasil cabe a construção da infraestrutura física e de comunicações do Centro de Alcântara. Ainda não há data marcada para o lançamento do foguete, mas a intenção é que isso ocorra em 2014.

Os ucranianos também querem ampliar a compra de aviões da Empresa Brasileira de Aeronáutica.  O país já comprou 13 aviões da empresa, mas tem interesse em aumentar o volume. Em 2012, as relações comerciais entre o Brasil e a Ucrânia superaram US$ 1 bilhão, com superávit brasileiro de US$ 235,6 milhões. Desde 2001, os dois países mantêm reuniões regulares da Comissão Intergovernamental de Cooperação Econômico-Comercial, mecanismo que elabora recomendações para o desenvolvimento das relações econômicas.
SNB

SAAB COMEÇA A MONTAR O PRIMEIRO GRIPEN NG EM REGIME DE PRÉ-PRODUÇÃO

Gripen NG, a SAAB anuncia o início da montagem da fuselagem dianteira da aeronave, que será a primeira parte a ser construída, em regime de pré-produção, do modelo de teste chamado 39-8.

A construção do Gipen NG começa com a fabricação e a montagem de todas as partes da fuselagem, a maior e mais demorada da estrutura do avião, para que em seguida sejam instalados os cabos, sistemas de suporte, a carcaça exterior e os outros equipamentos.  Atualmente, mais de mil pessoas trabalham exclusivamente no desenvolvimento e na produção do Gripen NG, na fábrica da SAAB, em Linköping, Suécia.

"Estamos vivenciando um salto tecnológico tanto na SAAB quanto na indústria aeronáutica mundial, à medida que trabalhamos na construção de um dos caças mais modernos, poderosos e com um custo de ciclo vida mais favorável do mundo”, disse Lennart Sindahl, responsável pela área de Aeronáutica, na Saab.

O caça de teste 39-8 será a primeira versão completa, em regime de pré-produção, do Gripen NG e será usado para demonstrar a capacidade dos novos recursos como a nova geração de sensores, novos links de comunicação, aviônicos com uma arquitetura revolucionária, maior empuxo, maior tempo de voo, mais estações de armas, maior capacidade de carga, cabine 100% digital incluindo os visores HUD (Head-Up Display), além de um sistema de guerra eletrônica totalmente novo. 

As tecnologias do Gripen NG já foram comprovadas no programa de demonstração, que utilizou o Gripen E/F em mais de 250 horas de voo, acumuladas desde 2008, nos céus de países como a Suécia, Reino Unido, Índia e Suíça.

O novo caça que começa a ser construído é o resultado de um trabalho baseado nos mesmos princípios que sempre moveram a SAAB: a fabricação de produtos de classe mundial, por meio do desenvolvimento e implantação de projetos inteligentes, soluções técnicas inovadoras e, principalmente, redução de custos de produção e de operação em relação às plataformas concorrentes. 

"Após anos de investimentos em P&D, com o Gripen NG podemos oferecer oportunidades únicas de transferência de tecnologia e conhecimento, convidando indústrias de países clientes para trabalharmos juntos.  Além disso, o início da fabricação da aeronave vai continuar impulsionando o desenvolvimento tecnológico e a criação de empregos, tanto na Suécia como em outros países", completou Lennart.

O início da fabricação do Gripen NG atende às encomendas feitas recentemente. Em agosto do ano passado, a FXM, a agência sueca de exportação de produtos de defesa e segurança, e sua contraparte suíça, a Armasuisse, assinaram um acordo visando a aquisição pela Suíça de 22 caças Gripen NG.  Pelo acordo, as aeronaves deverão ser entregues no período de 2018 a 2021.

Em 2013, a SAAB assinou um contrato com a FMV, a agência sueca encarregada da administração de material de defesa, envolvendo o desenvolvimento e a modificação de 60 caças Gripen NG da Suécia, no período de 2013-2026, assim como um possível novo pedido de produção para a Suíça.
SNB

Em relação ao artigo de opinião "F-X Made in Brazil" da Revista Força Aérea N° 82, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica emitiu uma Nota de Esclarecimento ao Diretor da publicação. Leia abaixo:

Prezado Carlos Lorch,
Inicialmente parabenizo a Revista Força Aérea pelos seus quase 18 anos de atividades, com 82 edições publicadas, muitas das quais com aeronaves da Força Aérea Brasileira em suas capas.
A mais recente, de N° 82, tem como matéria de capa a adoção dos novos SC-105, e revela como os esforços de reequipamento e modernização da FAB têm resultado em ganhos imensos para o País.
Contudo, causa estranheza que esta mesma revista também traga em suas páginas o questionável artigo de opinião "F-X Made in Brazil". Certamente, há ali uma visão pessoal do seu autor e algumas considerações precisam ser devidamente esclarecidas.
A desativação das aeronaves Mirage 2000 no final de 2013 ocorrerá por razões técnicas que o autor do artigo desconhece, conforme contrato assinado pelo Comando da Aeronáutica em 29 de setembro de 2011, há quase dois anos. Portanto, este Comando nega veementemente a especulação de que a desativação dessas aeronaves é uma "manobra de pressão" do Comando da Aeronáutica sobre o Governo Federal.
O fechamento da Base Aérea de Anápolis é outra especulação levantada pelo autor sem qualquer ligação com a realidade. A Base Aérea de Anápolis foi construída para defender a Capital do País e é fundamental para a principal missão institucional do Comando da Aeronáutica: a defesa da soberania do espaço aéreo brasileiro. A Base também é sede 2°/6° GAV, outra unidade ímpar na Força Aérea Brasileira, que a partir dali cumpre missões estratégicas em todo o Brasil.
Não são jogos de influência, pressões políticas ou especulações que definem os rumos do Comando da Aeronáutica. Pelo contrário. Há um planejamento claro, de longo prazo, com objetivos bem específicos para o seu futuro. O Plano Estratégico Militar da Aeronáutica (PEMAER) está consolidado a partir dos eixos estruturantes da Estratégia Nacional de Defesa (END) e do Programa de Articulação e Equipamentos de Defesa (PAED).
Sobre as novas aeronaves de caça, não há qualquer indecisão do Comando da Aeronáutica. Necessitamos de uma nova aeronave, de alto desempenho, com tecnologias do século XXI e que represente um salto operacional para a Força Aérea Brasileira.
E trabalhamos para isso. A Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC) desenvolveu um exemplar processo de análise e seleção das opções disponíveis no mercado. A Gerência do Projeto F-X2 (GPF-X2), instituída em maio de 2008, realizou uma análise detalhada que envolveu aspectos comerciais, técnicos, operacionais, logísticos, de compensação comercial, industrial e tecnológica (Offset), e de transferência de tecnologia. Em 2010, o relatório final foi encaminhado ao Governo Federal para a necessária fase de análise política a estratégica.
Enquanto a decisão final do Governo Federal não é anunciada, o Comando da Aeronáutica tem um planejamento definido para a defesa aérea do País, que não ficará desguarnecida e que não envolve novas aquisições de caças F-5.
Em se tratando de F-5, a ampliação da frota destes caças supersônicos também já está em curso, outro aspecto que o artigo de opinião ignora. As onze unidades adicionais de caças F-5E/F, adquiridos do Reino da Jordânia, em breve serão incorporadas aos Esquadrões da Força Aérea Brasileira. O contrato de modernização destas aeronaves, por exemplo, já foi assinado com a Embraer. Estes aviões terão as mesmas capacidades dos F-5EM/FM hoje em uso.
Enquanto isso, inúmeros outros projetos de reequipamento e modernização estão em curso. Nos últimos 10 anos, a Força Aérea Brasileira renovou praticamente toda a sua frota, como podemos acompanhar nas próprias páginas da Revista Força Aérea.
Além de novas capacidades, estas histórias de sucesso têm como destaque a profícua participação da Base Industrial de Defesa do Brasil. Sempre que possível, os projetos têm participação ou são executados em sua totalidade com empresas brasileiras. A geração de empregos, o desenvolvimento tecnológico nacional e a propriedade intelectual das inovações são diretrizes nos planos do Comando da Aeronáutica. Obviamente, assim como em qualquer outro país, mesmo os de maior tradição na indústria de defesa, não é possível que as iniciativas sejam sempre 100% nacionais. Nestes casos, destacam-se os bem sucedidos programas de transferência de tecnologia, que ajudam a trazer para dentro das nossas fronteiras conhecimentos que certamente agregarão muito à Defesa e à economia do Brasil.
Isso tudo demonstra que, ao contrário do sugerido no artigo de opinião publicado na Revista Força Aérea, não há falta de “ousadia administrativa” do Comando da Aeronáutica. Pelo contrário. Os 72 anos desta instituição demonstram que são as posturas audazes que tanto têm trazido ganhos para a Força Aérea Brasileira e para o País.
É a ousadia, por exemplo, de encarar o desafio de substituir os C-130 Hércules como uma oportunidade para um projeto ainda em curso, mas que já faz do KC-390 um sucesso internacional. É a ousadia de desenvolver, em parceria com outro país, um míssil tão avançado quanto o A-Darter. É a ousadia que faz os alvos dos nossos estandes de tiro explodirem com as armas inteligentes lançadas de nossas aeronaves.
Os projetos de modernização e reequipamento do Comando da Aeronáutica são audazes, e por isso mesmo despertam tanta especulação e interesses econômicos. No entanto, é fundamental combinar essa audácia com a capacidade de gestão e o planejamento tão necessários. O caminho é claro e os passos estão sendo dados.
Por fim, entendo que uma visão desprovida de julgamentos tendenciosos e mais atenta aos fatos certamente teria maior valia para os estimados leitores da Revista Força Aérea.
Atenciosamente,
Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica
SNB

Rússia fixar 3 Yasen Classe Sub nucleares em 26 de julho

 RIA Novosti) - A Rússia em 26 de julho vai começar a construir o terceiro de pelo menos oito submarinos de propulsão nuclear para tornar-se o núcleo de sua frota de ataque debaixo d'água, o projetista do navio nesta quinta-feira.
O Novosibirsk, a terceira sub-classe Yasen, designados como Graney classe pela NATO, serão estabelecidas no estaleiro Sevmash perto do Mar Branco, disse Vladimir Dorofeyev, chefe do bureau Malakhit baseada em St. Petersburg design.
O Projeto 885 navio é projetado para lançar mísseis de ogiva de rolamento convencionais ou nucleares até 3.000 milhas (5.000 km), bem como efetivamente envolver outros submarinos, navios de guerra de superfície e alvos terrestres.
Os sub-classe Yasen primeiro, o Severodvinsk , está passando por uma segunda rodada de testes de mar no Mar Branco e deverá entrar em serviço com a Marinha até o final deste ano.
Armamento do submarino inclui 24 mísseis de cruzeiro e oito lançadores de torpedo, bem como minas e mísseis anti-navio.
"Tudo está indo de acordo com a programação, coordenada com a Marinha", disse Dorofeyev.
O segundo navio, o Kazan, foi estabelecido em 2009 e está em construção no estaleiro Sevmash de Severodvinsk.
SNB


Foguete russo caiu e explodiu no local do lançamento

RIA Novosti) - Um foguete russo Proton-M carregando três satélites Glonass saiu de curso segundos após seu lançamento a partir do Cazaquistão Baikonur espaço do centro nesta terça-feira, caindo em uma grande bola de fogo.
"Houve um acidente durante o lançamento Proton-M. O foguete caiu e explodiu no território do local de lançamento ", um porta-voz da Agência Espacial Federal da Rússia Roscosmos disse.
Não houve vítimas registradas, mas autoridades disseram que uma nuvem de fumaça venenosa foi gerada pela queima de combustível do foguete e poderia se espalhar pela área local. Uma evacuação de emergência do pessoal no local estava em andamento, de acordo com relatos da mídia russa.
As razões para o acidente não foram imediatamente claro, mas Ministério de Emergências do Cazaquistão, disse uma falha instantânea perto do motor do primeiro estágio do foguete foi a culpa.  
O primeiro-ministro Dmitry Medvedev ordenou que uma comissão governamental a ser formada para investigar as causas do acidente e apresentar uma lista de funcionários responsáveis ​​pelo acidente, disse que seu secretário de imprensa, Natalya Timakova.
Medvedev também instruiu o vice-premiê Dmitry Rogozin a elaborar uma lista de medidas para reforçar a supervisão do sector espacial e prevenir tais acidentes no futuro, Timakova disse.
Todos os lançamentos Proton-M foram suspensos até que a Comissão conclui seu trabalho, após o qual um novo cronograma de lançamento será elaborado, Khrunichev representante Alexander Bobrenyov disse.
O próximo lançamento de um foguete Proton-M, marcada para 20 de julho, foi ter colocado em órbita o Astra 2-T por satélite, disse ele.
Rogozin advertiu que cabeças iriam rolar depois que a comissão concluiu seus trabalhos e as medidas de maior alcance serão tomadas em um nível organizacional.
A forma atual da indústria espacial e de foguetes é inaceitável "para mais movimento para a frente", disse ele.
As perdas financeiras causadas pelo acidente Proton-M com três satélites Glonass será nada menos que 6 bilhões de rublos ($ 200 milhões), uma fonte da indústria espacial a par da situação disse à RIA Novosti.
"As perdas do anterior [lançamento falhado com um Briz-M impulsionador] totalizaram 5,4 bilhões. Agora acredito [a figura] será maior. Os custos de ambos os satélites ea Proton-M aumentaram desde então ", disse a fonte.
É o segundo lançamento mal sucedido de um foguete portador Proton-M com o carro-chefe da Rússia sistema de posicionamento Glonass a bordo nos últimos três anos, e é mais um revés para o programa espacial Moscow.

A explosão-off, que teve lugar a partir de Baikonur às 8:38 da manhã, horário local, foi transmitido ao vivo pelo canal Rossiya-24 TV. Filme mostra o rolamento foguete durante o vôo de um arco instável, começando a se desintegrar, pois pega fogo e, em seguida, bater no chão em uma grande bola de fogo e fumaça preta. Todo o vôo durou 17 segundos, de acordo a Roscosmos.Havia 600 toneladas de heptil altamente tóxico, amilo e querosene de combustíveis de foguetes a bordo, de acordo com Talgat Musabaev, o chefe da agência espacial do Cazaquistão.
Chuva estava ajudando a conter a fumaça tóxica emitida a partir da queima de combustível, mas "pode" continuar a deriva, disse o chefe do Cazaquistão Ministério de Emergências Vladimir Bozhko. A cidade mais próxima ao é de cerca de 60 quilômetros (36 milhas) de distância e é alugado e administrado pela Rússia.
Trabalho no centro espacial de Baikonur provavelmente será suspenso para os próximos dois ou três meses por causa da contaminação, uma fonte da indústria espacial russa disse à RIA Novosti. Um lançamento programado de uma nave espacial Progress M-20M a partir de Baikonur em 27 de julho é susceptível de ser adiada, acrescentou a fonte.
Uma comissão chefiada pelo vice-chefe Roscosmos Alexander Lopatin será criada para investigar as causas do acidente, disse um porta-voz da Roscosmos.
O custo financeiro do acidente não está clara, mas o foguete foi segurado por 6 bilhões de rublos (182 milhões dólares) com o Centro Seguro russo, de acordo com uma fonte da indústria de seguros.O acidente é o mais recente em uma série de problemas que têm atormentado programa Glonass da Rússia, que foi iniciado durante a era soviética e revigorada com enormes injeções de dinheiro na década de 2000. A resposta do Kremlin para o sistema de GPS os EUA ', Glonass também tem sido o centro de vários escândalos recentes de corrupção.
O foguete Proton-M sofreu uma série de problemas técnicos e falhas de lançamento.Três satélites Glonass foram perdidos em dezembro de 2010 , quando um Proton-M saiu de curso e caiu no Oceano Pacífico . Esse incidente foi atribuído a engenheiros sobrecarregar o foguete com combustível, disse International Launch Services, a empresa dos EUA de que os mercados Proton lança comercial.http://en.ria.ru/russia/20130702/182002715/Russian-Proton-M-Rocket-Falls-Shortly-After-Launch.html
Outra missão Proton-M não foi bem sucedida em dezembro de 2010 depois de uma falha no motor Briz-estágio superior do foguete, seu criador Khrunichev disse. A falha do sistema de controle causou a perda de um Proton-M em agosto de 2011, enquanto complicações com um motor Briz levou à perda de uma missão Proton um ano depois.
O fracasso parcial de um Briz reforço em um foguete Proton em dezembro de 2012 fez com que a carga para ser colocado em uma órbita errada, que mais tarde foi corrigida, Roscosmos disse.
SNB

MAIS UMA PARTICIPAÇÃO DO CLBI NO CENÁRIO INTERNACIONAL: RASTREAMENTO DO GIGANTE RUSSO

Brasília, 27 de junho de 2013 - Às 6 horas da manhã da última terça-feira (25), o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) estava guarnecido e apontava suas antenas em direção ao gigante russo estacionado em Sinnamary, na Guiana Francesa, após um dia inteiro de testes entre as seis estações da cadeia operacional equatorial, preparadas para o rastreamento do veículo Soyouz, lançado a partir do Centro Espacial Guianês (CSG). Às 16h25, o veículo foi lançado e rastreado pela Barreira do Inferno.
Além de Galliot (Guiana Francesa), Ascension (Atlântico Sul), Libreville (Gabão) e Malindi (Quênia), mais uma estação compôs a cadeia de rastreamento: Perth (Hawaí). Esse conjunto de estações trabalhando em sincronia permitiu ao nosso cliente compreender a viagem do veículo em torno da terra, com dupla visibilidade para alguns meios e a ejeção dos satélites passageiros.
Para executar este primeiro rastreamento do Soyouz equatorial, a estação de Natal foi a que mais sofreu modificações e também recebeu franceses e russos para complementar os trabalhos. Novos equipamentos foram instalados no sítio do CLBI e todos os procedimentos operacionais existentes tiveram que ser reeditados para incluir o modo de recepção das Telemedidas Soyouz – Fregat.
O lançador Soyouz, composto de três estágios, já foi lançado quase duas mil vezes pela Agência Espacial Russa, desde a  sua  versão original. Para os lançamentos equatoriais, o terceiro estágio foi modificado para receber o motor Fregat, com quatro câmaras de combustão a querosene reagindo com oxigênio líquido, o que aumentou significativamente o desempenho geral do veículo. Com este novo arranjo, o lançador ficou com um comprimento de 46,2 m, um diâmetro de 10,3m e massa ao solo de 308 toneladas.
Os quatro satélites passageiros destinados às órbitas de 8 mil Km de altura são os primeiros a integrar a constelação O3B, cujas características permitirão:
- uma maior cobertura de internet em regiões da América Latina, Oriente Médio, Ásia, Austrália e África (quase 180 países);
- aumentar a velocidades de download para até 1.2Gbps, ou seja, conexões com qualidade similar ao serviço do Google Fiber; e
- uma redução dos custos de banda larga em até 95% nos locais onde hoje seu uso é extremamente caro.
Fonte: Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI)
SNB

Piaggio Aero desenvolve novo conceito de UAS

Por Ivan Plavetz

A empresa italiana Piaggio Aero está desenvolvendo um novo conceito de Sistema Aéreo Não Tripulado (UAS) baseado no turboélice corporativo P.180 Avanti II.Trata-se do P.1HH HammerHead, classificado internacionalmente na categoria MALE (Medium Altitude Long Endurance - voos de longa duração a médias altitudes). Sua aplicação abrangerá missões de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR) tanto na área militar quanto na de segurança.
Com dois motores turboélice Pratt & Whitney PT6A-66B montados na configuração pusher que acionam hélices de cinco pás de passo variável, o P.1HH terá asas de 14,4 metros de envergadura, fuselagem de 15,5 metros de comprimento e altura total de 4 metros. A aeronave será capaz de alcançar uma velocidade máxima de Mach 0,7.
Um programa de demonstração e validação de conceitos concebidos para o P.1HH foi iniciado no inicio do corrente ano pela Força Aérea da Itália. Em meados de junho último foram realizadas as primeiras provas do sistema de gerenciamento e controle do veículo (VCMS), que consistiram na verificação das capacidades de gerenciamento e controle de voo do P.1HH a partir de uma estação terrestre (GCS). A arquitetura do VCMS está sendo baseada em sistemas embarcados computadorizados triplicados que proporcionarão um controle de voo seguro e livre de falhas, inclusive por efeito de interferências que possam afetar o funcionamento das interfaces de comando das unidades servo-remotas de bordo. O VCMS recebe comandos da GCS via datalink .
O sistema de gerenciamento de missão do P.1HH HammerHead está sendo desenvolvido com base na inovadora tecnologia ES skyISTAR, da Selex, permitindo elevada efetividade e flexibilidade em diferentes cenários operacionais. Seguindo o conceito CONOPS (CONcept of OPeration), essa nova tecnologia define um novo padrão de suíte de missão mediante sua modularidade e capacidade de integração e combinação de múltiplos sensores e subsistemas.
As operações de decolagem e aterrissagem automáticas do P.1HH serão gerenciadas por sistemas de bordo dedicados, redundantes, apoiados por sensores externos, solução que garantirá um elevado nível de segurança durante esses procedimentos. Por outro lado, o P.1HH está sendo concebido para atender às normas STANAG USAR 4671 viabilizando, assim, a realização de voos em áreas restritas.
SNB

Reino Unido o maior porta-aviões HMS Rainha Elizabeth mais perto


SNB

quinta-feira, 27 de junho de 2013

PM do Rio divulga vídeos de confronto no Complexo da Maré

Clarissa Thomé - O Estado de S. Paulo
RIO - A Polícia Militar divulgou nesta quarta-feira, 26, vídeos do confronto com traficantes ocorrido na segunda-feira na Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, zona norte do Rio, em que dez pessoas morreram - entre elas, um sargento da PM e três moradores sem antecedentes criminais. Nas imagens, feitas a partir do helicóptero da PM, aparecem homens armados com pistolas e fuzis em um dos acessos da favela. Um dos trechos mostra ainda o momento em que o Caveirão, veículo blindado do Batalhão de Operações Especiais (Bope), entra na comunidade e há confronto com os traficantes.A ação da PM foi criticada por moradores e integrantes de organizações não-governamentais que atuam na região. O sociólogo Jailson Silva, fundador do Observatório de Favelas usou as redes sociais para convocar a população para um ato na terça-feira, "em memória às vítimas desse novo massacre".
"Não veio pedido de desculpas do secretário de Segurança, do governador ou da presidente por esse ato de vingança das forças policiais contra a população. Vamos mostrar que a população das favelas tem o mesmo sentimento de indignação da residente em outras partes da cidade e não suporta mais esse tratamento desigual. De forma pacífica e sem violência, vamos exigir o pedido de desculpas do Secretário de Segurança e do Governador por essa violência, pois são eles os maiores responsáveis por permitirem esse tipo de ação; vamos exigir o fim das incursões desse tipo nas favelas, acabando com o uso de Caveirões e fuzis", escreveu.O secretário de Segurança do Estado do Rio, José Mariano Beltrame, cobrou apuração das denúncias de excessos cometidos pelo Bope, e também do autor do assassinato do sargento. "Essas coisas têm que ser apuradas. A especulação não faz bem a ninguém. Mas, assim como tem que apurar se houve excesso, tem que apurar quem matou o sargento. O excesso não é a lógica da polícia", disse, em entrevista à Rádio CBN.
SNB

A3SM – Defesa aérea para submarinos

...
A MBDA e a DCNS produziram o vídeo acima mostrando o sistema de defesa aérea para submarinos chamado A3SM Submarine Self Defence. O vídeo mostra dois sistemas. Um é baseado no míssil Mistral lançado de um container em um mastro. O container parece ter três mísseis. O outro é baseado no MICA lançado de um torpedo similar ao lançador do SM-39 Exocet. A versão superfície-ar tem alcance de 20 km.
O A3SM é considerado ideal para operações próximas ao litoral onde as possibilidades de escapar de helicópteros e aeronaves anti-submarinas é considerado mais difícil após o submarino ter sido detectado.
   SNB

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Análise COMDEFESA sobre o Orçamento Nacional e o investimento em Defesa


ANÁLISE COMDEFESA 
 O INVESTIMENTO NA DEFESA NACIONAL
Análise COMDEFESa sobre o orçamento
 
Por ser um mercado altamente restrito devido às suas especificidades, a maioria dos países desenvolve políticas de fomento industrial e tecnológico voltadas exclusivamente à indústria de defesa, uma vez que o interesse em estruturar e manter a indústria forte envolve desde questões técnicas, econômicas até geopolíticas. A questão orçamentária caminha de forma a viabilizar tais ações. Por essa razão, é importante analisar como o Brasil se insere nesse contexto e quais são as principais ações definidas para a condução desse setor no País.


Quando analisada no contexto de paz, a Indústria Nacional de Defesa tende a ser deficitária. Mas, como o Estado precisa manter-se permanentemente atento às situações que modificam essa normalidade, a indústria de defesa deve funcionar com capacidade plena a atender tal chamado, se necessário. Ao mesmo tempo, a indústria contribui fortemente com o processo de desenvolvimento do País. O seu principal desafio na atualidade é tornar-se economicamente competitiva, sem desvincular-se das demandas do Estado, seu único cliente.

A baixa intensidade tecnológica nas exportações brasileiras traz preocupações quanto ao desempenho futuro da economia nacional. Especialistas avaliam a situação como causa de um possível período de   desindustrialização nacional.

Em 2012, a indústria de baixa tecnologia foi responsável por 38,7% das exportações brasileiras. No mesmo período, a indústria de alta tecnologia representou apenas 6,7%. A história já demonstrou que o setor de defesa é uma alternativa valiosa para reverter essa tendência, pois além de ser estratégico, possui a capacidade de gerar tecnologias de ponta cujos processos e conhecimentos induzem ao desenvolvimento de outros segmentos de produção. Alguns entraves, entretanto, ainda impedem a indústria brasileira de defesa a se consolidar plenamente.

O Brasil é o 5º maior país do mundo em dimensão territorial. Possui riquezas naturais valiosas, como a camada do pré-sal, água doce em abundância, biodiversidade privilegiada, além de outros elementos que colocam o País no olho do mundo. Mas, sabe-se que o Brasil não está preparado adequadamente para se proteger de ameaças e agressões externas. Portanto, é preciso reavaliar a classificação pacífica que lhe é atribuída.

Por si só, tal interpretação remete à uma Nação desprotegida, quando qualquer país deve ter uma indústria de defesa preparada de forma a atender as necessidades mais estratégicas de soberania nacional.

Quanto aos entraves que impedem o estabelecimento da indústria de defesa nacional, a figura do orçamento público tem posição de destaque. O setor produtivo precisa estar preparado, ser autossustentável e trabalhar em conformidade com a capacidade econômica do País e seus objetivos políticos. Mas isto só é possível se, paralelamente, caminhar com paridade orçamentária e de investimentos.

Na remoção dos entraves, duas questões são emblemáticas do setor de defesa nacional:
I. DIFICULDADE EM OBTER INVESTIMENTOS:

A dificuldade de obter apoio e respaldo necessários ao desenvolvimento de pesquisas e projetos, sendo uma das maiores dificuldades a garantia ao financiamento, visto que não há contrapartida em garantia de compras, o que coloca em risco a conclusão dos projetos e traz prejuízos irreversíveis à indústria;

II. DESCOMPASSO ORÇAMENTÁRIO:


De forma geral, impede o planejamento estratégico adequado tanto do próprio Governo, quanto das indústrias, causando a dependência internacional e a impossibilidade de autonomia tecnológica do País.

As duas questões se fundem no momento em que não há o devido orçamento definido, tampouco são definidos de antemão os períodos e constância das compras por parte do Governo.

Consequentemente, a indústria não pode ser acionada como deveria, uma vez que não está preparada para suprir a necessidade imediata. Passa, então, a ser extremamente improvável a conquista do padrão de excelência que dela se espera, visto que não há mobilização de forma adequada nesse sentido, situação que se tornou um círculo vicioso no Brasil.

A falta de orçamento adequado para o setor de defesa, além de prejudicar o desenvolvimento e conclusão dos projetos, atrasa-o na corrida pela geração de conhecimento.

Recentemente, foi anunciada a Execução Orçamentária da União para 2013 e, novamente, o setor sofreu contingenciamento expressivo.

No momento em que o Brasil precisa de proteção e preparo – em razão do início da exploração do pré-sal, dentre outros fatores relevantes – o orçamento destinado ao setor de defesa permanece sofrendo cortes em custeio e investimentos, justamente na fatia onde são alocados os projetos de tecnologias críticas.

Com os cortes anuais, a tentativa de maior investimento no setor é constantemente descontinuada, aumentando a situação de sucateamento das Forças Armadas e tornando cada vez mais distante o objetivo de capacitar a defesa nacional para que ela tenha mínima representatividade militar internacional.

Além disso, o orçamento de defesa possui um grave e histórico problema que já é de conhecimento geral e trata-se de uma questão de difícil resolução. Atualmente, mais de 70% do orçamento 1 é destinado ao pagamento de pessoal.

ORÇAMENTO DO MINISTÉRIO DA DEFESA
Distribuição por Grupo de Despesa 
(R$ milhões)
GRUPOPLOA 2013%
Pessoal46.331,4070,3
Custeio9.113,3013,8
Investimento8.072,1012,3
Dívida2.345,203,5
Subtotal65.862,00100
PAC0,00
Reserva506,70
TOTAL66.368,70
    
 
                                                Fonte SEORI / MD
 

Em 2010, as despesas com pessoal representaram 73% do orçamento total. Desse montante, cerca de 27% correspondiam ao pessoal da ativa. O restante (45%) foram despesas com aposentadorias e pensões 2.

Analisando a evolução do orçamento de defesa no período 2001–2011, apenas nos grupos de despesas “Pessoal” e “Custeio e Investimento” é possível observar que os dispêndios com pessoal tiveram um crescimento significativo médio anual acima de R$ 2,5 bilhões, enquanto custeio e investimento representaram a média de crescimento anual de R$ 966 milhões.
MINISTÉRIO DA DEFESA
Execução Orçamentária de 2001 a 2011 
(R$ milhões)
AnoGrupo de Despesa
PessoalCusteioInvestimento
200118.725.1113.054.3951.958.238
200221.333.9912.705.8111.694.117
200321.111.5372.851.624884.364
200422.612.4183.597.3071.568.560
200524.856.8324.612.9191.579.830
200628.531.1504.328.0101.773.718
200730.773.3785.414.7782.679.718
200835.433.3605.722.4743.414.057
200939.559.3596.415.7644.805.766
201043.861.3157.454.5178.249.478
201146.522.0158.142.6966.530.781
      
 
 
É certo que, anualmente, o orçamento destinado ao setor de defesa tem aumentado. Mas, com relação à arrecadação do País e ao PIB – que representa uma média de 1 a 2% menor que países como Rússia, Índia e China – tem diminuído, sobretudo se analisado o montante destinado ao investimento no setor.

INVESTIMENTO EM DEFESA 
POR PORCENTAGEM DO PIB
País%
2009201020112012
Rússia4,64,34,14,4
Índia2,92,72,62,5
China2,22,122
Brasil1,61,61,51,5
        
 
Comparando a evolução do orçamento no mesmo período (2001 – 2011), com relação ao crescimento do PIB nacional, nota-se que ao longo dos últimos 10 anos o setor não obteve aumento significativo no orçamento, que representou em 2001 2,0% do PIB, caindo para 1,9% em 2002 e mantendo-se na média de 1,5% nos últimos anos.


Por esse motivo, o setor de defesa no Brasil pleiteia hoje a reavaliação desse cenário, de forma a garantir os dispêndios necessários aos projetos tecnológicos, eliminando assim a primeira grande barreira que contribui para o deficitário orçamento de defesa nacional.

A aprovação da Estratégia Nacional de Defesa (END, 2008) 3 acompanhada de seus eixos estruturantes: reorganização das Forças Armadas, reestruturação da indústria brasileira de material de defesa, e política de composição dos efetivos das Forças Armadas, fez com que a leitura do cenário para o setor a médio e longo prazo fosse otimista por parte da indústria. Esse mesmo documento enfatiza que cabe ao Estado algumas responsabilidades para que seja possível realizar as
tarefas acima, tais como:
I. Dar prioridade ao desenvolvimento de capacitações tecnológicas independentes;
II. Apoiar a conquista de clientela estrangeira;
III. Buscar parcerias com outros países com o objetivo de desenvolver a capacitação tecnológica nacional;
IV. Desenvolver os setores espacial, cibernético e nuclear;
V. Estabelecer regime legal, regulatório e tributário especial.

Algumas dessas medidas saíram do papel, como a aprovação da Lei nº 12.598 4 que estabelece um marco regulatório para a defesa, ao criar uma política de compras que permite ao Governo escolher, trabalhar e desenvolver seus projetos junto à indústria nacional. O documento define também os produtos e as empresas estratégicas(5). A aprovação da Lei é um avanço no tocante a defesa no Brasil.
 
A indústria aguarda ainda a regulamentação do Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa (RETID) que traz a repercussão econômica da Lei 12.598, pois estabelece incentivos ficais para a cadeia produtiva.
 
Com as recentes conquistas alcançadas pelo setor, o momento é favorável para que se repense o sistema e sejam aprimorados os processos avaliados como inadequados, como é o caso da porcentagem do PIB destinada à defesa.

Essas mudanças já estão sendo trabalhadas pelo Ministério da Defesa e precisam do apoio da base industrial, pois o atual orçamento, além de não atender aos projetos contemplados na Estratégia Nacional de Defesa, não faz jus à posição que o Brasil ocupa atualmente no cenário mundial.

DEPARTAMENTO DA INDÚSTRIA DE DEFESA
COMDEFESA
Informações:
SNB