quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

AMAZUL - Vídeo institucional 2017

Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro - AMRJ

Vida de Marinheiro no navio 'cão de guarda da Amazônia Azul'

O PODER DAS FORÇAS ARMADAS DA COREIA DO SUL - SERÁ SUFICIENTE!

Twitter é a rede social dos 'esquerdopatas', diz Bolsonaro

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) afirmou que o Twitter é a rede social dos "esquerdopatas" e que suas ideias "precisam ser combatidas por todos os campos".

"O terreno onde há mais esquerdopatas em ação é o twitter. Pessoas com pensamentos diferente deles, têm que se mobilizar e os contrapor com a verdade também nesta rede social. Suas ideias precisam ser combatidas por todos os campos. Certo que o jogo vai virando e logo chegarão lá!", escreveu Bolsonaro no Twitter.

O deputado federal de 62 anos não esconde suas intenções de concorrer à presidência da República em 2018 e é o segundo nome nas pesquisas de intenção de voto, atrás apenas do ex-presidente Lula. 
Ainda não está definido, contudo, o partido pelo qual Bolsonaro participará do pleito. Até o momento, o favorito é o PEN — que aceitou alterar seu nome para Patriotas — mas o PSL e o PR também participam da disputa.

A Embraer é a nossa Petrobras dos ares

O presidente do Clube de Engenharia, Pedro Celestino, em artigo especial, comprara os 48 anos de existência da Embraer às da Petrobras, Eletrobras e Embratel como símbolo da capacidade criadora do povo brasileiro. Para ele, vende o fruto do idealismo de gerações de oficiais da Força Aérea seria um atentado ao interesse nacional.


Fruto do idealismo de gerações de oficiais da nossa Força Aérea, entre eles o Marechal do Ar Casimiro Montenegro, o Ministro Osiris Silva e o Brigadeiro Sergio Ferolla, a EMBRAER, ao longo dos seus 48 anos de existência, firmou-se, tal como a PETROBRÁS, a ELETROBRÁS e a EMBRATEL, como símbolo da capacidade criadora do povo brasileiro. Ancora hoje no vale do Paraíba inúmeras indústrias metal-mecânicas e eletro-eletrônicas nacionais e estrangeiras, emprega diretamente 18.000 pessoas, das quais 7.000 engenheiros, sendo que mais de 5.000 ligados à produção e à inovação.
Para sobreviver em mercado dominado por gigantes da indústria aeronáutica, com bases industrial e tecnológica muito mais avançadas, a EMBRAER buscou nichos de mercado: na aviação civil, aeronaves de pequeno e de médio porte para atender à aviação executiva e regional, de crescente importância não só aqui no Brasil, como em países com grande território e população, como os EUA, Rússia, China e Índia, e na aviação militar com aeronaves Tucano de treinamento básico, Super Tucano de treinamento avançado e ataque leve, e AMX de ataque. Em uma aposta ousada, em parceria com a Força Aérea, desenvolveu um avião de transporte e tanque, o KC-390, destinado a substituir o legendário C-130, Hércules, empregado há mais de 60 anos. Essa exitosa estratégia fez com que detenha hoje mais de 50% do mercado mundial de aviões de médio porte, os de até 130 lugares, o que lhe dá robustez financeira para os investimentos na área de defesa.
BOEING, americana, e AIRBUS, multinacional europeia, são hoje as maiores empresas do setor, concentradas nos aviões de maior porte.
A principal concorrente da EMBRAER é a canadense BOMBARDIER. A EMBRAER colocará no mercado nos próximos meses a Série E2, seus novos modelos de médio porte, enquanto a BOMBARDIER se encontra em dificuldade para lançar a Série C, seus novos modelos similares, pressionada por poucas encomendas e pelas pesadas sobretaxas impostas àquela Série no mercado americano, a partir de questionamento da BOEING.
Os demais concorrentes da EMBRAER, todos com projeção de vendas crescentes nos próximos anos a partir do atendimento aos seus próprios mercados domésticos, são a indústria aeronáutica russa, que disputa o mercado com um modelo de médio porte, o SU-100 e o MC 21, este na faixa do Boeing 737 e do Airbus 320, a indústria chinesa, com o C-919 na mesma faixa, e a japonesa com os Mitsubishi MRJ 70 e MRJ 90 na faixa de médio porte.
Sem alternativa, recentemente a BOMBARDIER vendeu 51% do programa da Série C à AIRBUS, dando a esta a possibilidade de oferecer ao mercado uma série de produtos mais completa que a da BOEING. A Série E2 da EMBRAER passará, então, a concorrer com aviões da AIRBUS, uma marca muito mais forte.
É, pois, compreensível o movimento da BOEING e da EMBRAER, de buscarem algum tipo de associação entre elas.
Nesse quadro, qual a melhor linha de ação para a EMBRAER? As hipóteses aventadas são as seguintes:
1. Venda do controle à BOEING – impensável, pois implicará o desmonte do esforço tecnológico acumulado nas últimas 6 décadas, levando à desativação de inúmeras indústrias e ao desemprego de milhares de profissionais qualificados;
2. Venda da divisão comercial, preservando a EDS, unidade da área de defesa – não se sustenta, pois uma das fontes de financiamento da EDS, as vendas de aeronaves comerciais, deixaria de existir; ademais, o programa do novo caça da Força Aérea, o Gripen, seria prejudicado, pois a SAAB sueca tem acordo de transferência de tecnologia com cláusula de confidencialidade com a EMBRAER, e não com a BOEING;
3. Parceria tecnológica e comercial com a BOEING – é a união da panela de barro com a panela de ferro, o que levará a EMBRAER a ser inexoravelmente absorvida pela BOEING em pouco tempo, a menos que sejam garantidas salvaguardas muito restritivas e não passíveis de desbordamento.
Nenhuma delas atende ao interesse nacional. A EMBRAER, pelo papel que desempenha em nossa economia, é estratégica para o país, e tem plenas condições de enfrentar qualquer concorrente, se puder colocar os seus produtos com as mesmas taxas de financiamento que as suas rivais oferecem, apoiadas que são pelos bancos de fomento dos seus respectivos países. Para tanto, é indispensável a ampliação de linhas de crédito do BNDES às suas vendas e, em particular, para que a renovação da frota comercial de atendimento ao mercado doméstico também possa ser feita com aeronaves da empresa. Não há outra razão plausível para que o nosso mercado, a menos da operadora Azul, seja atendido apenas por aeronaves produzidas pela BOEING e pela AIRBUS, o que acarreta desnecessário dispêndio de divisas com contratos de leasing internacionais. A s operadoras aéreas devem, portanto, ser incentivadas a adquirir aeronaves da EMBRAER, o que é facilmente justificado pela excelência de seus produtos mundialmente reconhecida.
Parceria comercial e tecnológica com a BOEING ou outra grande empresa da indústria aeronáutica pode até ser feita, desde que não implique cessão acionária que repercuta no desenvolvimento da empresa. É oportuno relembrar que a EMBRAER, no passado, teve a francesa DASSAULT como sócia e, enquanto durou aquela participação, a DASSAULT tentou impedir o ingresso da EMBRAER no mercado da aviação executiva, por temê-la como concorrente.
*Pedro Celestino é presidente do Clube de Engenharia.

As Aeronaves da Marinha do Brasil que vão operar no HMS Ocean (L12)

Boeing EA-18G Growler, o "rosnador" eletrônico da Marinha dos EUA

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

The Walking Dead: Pentágono está se preparando para 'apocalipse zumbi'

Recentemente, o Pentágono desclassificou materiais sobre o programa de pesquisa de OVNIs. Porém, esta não é a única ameaça extraordinária que pretende combater o órgão militar. Segundo documentos recém-publicados, os militares norte-americanos criaram também um plano de luta contra zumbis.

O documento CONPLAN 8888 foi elaborado pelo Comando Estratégico das Forças Armadas dos EUA. O documento em questão contém informações sobre a luta contra "multidões de mortos-vivos" para proteger população, informa a emissora ABC News.
No entanto, se o programa de OVNIs era desenvolvido para prever uma suposta ameaça, CONPLAN 8888 não passa de um manual que serve para que os estudantes analisem os conceitos básicos de planejamento militar.
O especialista militar, John Pike, opina que o Pentágono utilizou a ameaça de zumbi como um exemplo para não mencionar países reais que poderiam representar um perigo para os EUA, como por exemplo a Coreia do Norte e a China.
No entanto, Pike afirmou que o Pentágono possui um verdadeiro plano de luta contra os sistemas robóticos e autônomos.
"Robôs de combate são extremamente valentes. Eles nunca têm piedade e sempre seguem as instruções. Vão apontar e atirar no inimigo. Humanos apenas atiram em direção geral dos alvos com medo de afetar pessoas. Robôs atiram para matar", advertiu o analista militar.
Neste dezembro, o Pentágono revelou que tinha um programa dedicado a pesquisas sobre OVNIs em que foram gastos, segundo informações, mais de 20 milhões de dólares.

O Javelin para a Ucrânia

FGM 148 Javelin Em Ação: Míssil Antitanque Portátil




Conflito ucraniano poderá virar guerra de franco-atiradores?

A Rússia está decepcionada com a decisão dos EUA de entregar fuzis de precisão de grande calibre para Ucrânia, declarou a chancelaria russa. Para o cientista político russo, com tal passo os EUA levam crise na Ucrânia para outro nível de confrontação militar.
Comentando o assunto para o serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político Aleksei Podberezkin opinou que as ações dos EUA são bem previsíveis, pois se enquadram muito bem na sua estratégia de longo prazo: usar Kiev para aumentar a pressão sobre a Rússia.
É uma direção muito importante para Washington que deve gradualmente virar um fator de força militar para influenciar a Rússia. Os EUA continuarão aumentando os elementos de pressão de força de modo progressivo e muito rapidamente. Eles precisam de acrescentar sempre aspectos negativos às relações entre Kiev e Moscou", destaca.
O que está acontecendo hoje, continuou, toda esta situação com armamentos mostra que os EUA se estão tornando um dos lados do conflito militar. O fornecimento destas armas significa que a profundidade do contato entre as milícias de Donbass e os militares ucranianos está aumentando e que o conflito armado pode se transformar em uma guerra de franco-atiradores, opinou o analista.
"Os EUA empreendem este passo conscientemente, porque nesta fase do conflito eles têm que prosseguir acentuando o reforço da intervenção militar", sublinhou.
A mesma coisa, segundo analista, está passando com o fornecimento de sistemas de mísseis Javelin. Com suas ações os EUA tentam levar o conflito a um novo nível, o que reflete sua estratégia quanto à Rússia.
Em 20 de dezembro, o Departamento de Estado norte-americano confirmou a aprovação pela primeira vez de uma licença comercial para que os EUA forneçam armas letais à Ucrânia.

Exoesqueleto e microdrones: Rússia revela seus planos para equipamento militar Ratnik-3

A terceira geração do equipamento de combate russo Ratnik incluirá um exoesqueleto para aumentar a força e a dureza, bem como utilizará microdrones para vigilância e tarefas especiais.
"O Ratnik será equipado com exoesqueletos, microrrobôs e veículos aéreos não tripulados. As unidades dotadas com o Ratnik-3 gozarão de independência, autonomia e autossuficiência na hora de realizar diferentes missões em quaisquer condições", lê-se em um comunicado publicado pelo Ministério da Defesa russo.
Segundo o comunicado, o equipamento também terá a possibilidade de integrar-se nos sistemas de reconhecimento e combate existentes.
O sistema de combate de infantaria Ratnik (Guerreiro) é na realidade um sistema de diferentes equipamentos modernos. Além do próprio colete à prova de bala, o sistema possui vários tipos de armamento, como fuzis de assalto, lança-granadas, fuzis de precisão, bem como uma grande variedade de equipamentos projetados para aumentar as capacidades de seus usuários.
A mensagem do ministério destaca como vantagens indiscutíveis do projeto "sua dureza perante os disparos e a eficácia de seus equipamentos óptico-eletrônicos".
Pelo menos uma parte dessa declaração já tinha sido confirmada: em setembro passado a empresa publicou os resultados dos testes da segunda geração do equipamento militar Ratnik.
Segundo um dos seus principais construtores, o Ratnik-2 é capaz de proteger de balas de 7,62 mm disparadas de um fuzil de precisão Dragunov a uma distância de 10 metros e as consequências do impacto não impedirão que o soldado continue plenamente operativo.
Além disso, os equipamentos militares do soldado do futuro Ratnik 1 e 2 foram usados em condições reais na Síria, onde já salvaram vidas de militares russos em várias ocasiões.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Assassino submarino P-8 Poseidon dos Estados Unidos: o avião da Coréia do Norte, da Rússia e da China odeia

Napoleão

Napoleão Império - History Channel

A versão coreana do S-350 S-350 "Vityaz" ("Cheolmae-2")

Lançamentos práticos do equipamento do complexo de mísseis antiaéreo S-300 para alvos aéreos

Poderia Coreia do Norte realizar ataque durante Jogos Olímpicos de 2018?

Especialistas analisaram as medidas que poderiam ser tomadas para garantir a paz na península coreana durante os Jogos Olímpicos de 2018, que serão realizadas na Coreia do Sul.
De acordo com Tom Collina e Catherine Killough, autores de artigo publicado pela Foreign Policy sobre os Jogos Olímpicos em Pyeongchang de 2018 e as tensões entre os EUA, a Coreia do Sul e Coreia do Norte, embora não seja uma guerra, existem inúmeras maneiras da nação de Kim Jong-un de afetar a realização do evento esportivo. Uma bomba aérea, intoxicação alimentar ou ameaças de bomba são apenas alguns dos exemplos mencionados pelos especialistas.
No entanto, a situação potencialmente perigosa pode ser também "uma oportunidade para fazer avançar a paz, se Seul, Washington e Pyongyang desempenharem bem suas cartas". De acordo com Collina e Killough, os próximos Jogos Olímpicos de Inverno "seriam desculpa necessária" para que todos os países se reúnam.
A Coreia do Sul convidou seu vizinho do Norte para participar das competições. De acordo com Moon Jae-in, presidente sul-coreano, a participação da Coreia do Norte nos Jogos Olímpicos seria "uma grande oportunidade para enviar uma mensagem de reconciliação e paz para o mundo", lembraram os autores do artigo.
Não obstante, é pouco provável que a Coreia do Norte envie atletas a Pyeongchang se os exercícios militares conjuntos entre os EUA e a Coreia do Sul forem levados a cabo em fevereiro e março, de acordo com o planejado, apontaram os especialistas.
No entanto, a situação potencialmente perigosa pode ser também "uma oportunidade para fazer avançar a paz, se Seul, Washington e Pyongyang desempenharem bem suas cartas". De acordo com Collina e Killough, os próximos Jogos Olímpicos de Inverno "seriam desculpa necessária" para que todos os países se reúnam.
A Coreia do Sul convidou seu vizinho do Norte para participar das competições. De acordo com Moon Jae-in, presidente sul-coreano, a participação da Coreia do Norte nos Jogos Olímpicos seria "uma grande oportunidade para enviar uma mensagem de reconciliação e paz para o mundo", lembraram os autores do artigo.
Não obstante, é pouco provável que a Coreia do Norte envie atletas a Pyeongchang se os exercícios militares conjuntos entre os EUA e a Coreia do Sul forem levados a cabo em fevereiro e março, de acordo com o planejado, apontaram os especialistas.
Para resolver esse problema, Seul e Washington devem reagendar os exercícios, não só para reduzir as chances de que a Coreia do Norte cause transtornos durante os Jogos Olímpicos, mas também para dar a ambos uma abertura diplomática", escreveram Collina e Killough.
Os autores do texto consideraram que a diplomacia seja a chave para reduzir as tensões e para parar o programa nuclear e de mísseis da Coreia do Norte, já que "as sanções não funcionaram" e não há opções militares limitadas que não terminem em "catástrofe".
"Os próximos Jogos Olímpicos oferecem a oportunidade perfeita para que os Estados Unidos e a Coreia do Norte se sentem e conversem. Washington pode oferecer suspensão dos exercícios militares e, em troca, Pyongyang poderia oferecer interrupção de seus testes nucleares e de mísseis. O Norte poderia enviar seus atletas e manter a paz. Então, [Donald] Trump, Moon e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, podem se tornar líderes que fazem o que é certo para proteger a bela história dos jogos e os atletas", expressaram os especialistas.
Um acordo assim seria coerente com a recente resolução da Assembleia Geral da ONU, que pede "trégua olímpica durante os Jogos de Inverno". De acordo com o Comitê Olímpico Internacional, o cessar de hostilidades garantiria o passo seguro para os atletas e suas famílias e para os Jogos Olímpicos.
Os autores do artigo lembram que a Coreia do Sul já deu o primeiro passo para garantir que os Jogos Olímpicos continuem sendo pacíficos ao pedir para que os Estados Unidos adiem os exercícios conjuntos. Por sua vez, Rex Tillerson, secretário de Estado dos EUA, disse não saber de plano algum para alterar exercícios militares.
Collina e Killough salientam que os Jogos Olímpicos seriam uma oportunidade para que os Estados Unidos diminuam a crise diplomática "através do poderoso meio dos esportes", uma vez que a diplomacia esportiva já conseguiu construir muitas pontes entre adversários ao longo da história.
"Com tão poucas opções diplomáticas disponíveis, Estados Unidos devem aproveitar este momento olímpico para estabelecer as bases do diálogo. O mundo inteiro estará assistindo issp", concluem os especialistas.
Os XXIII Jogos Olímpicos de Inverno serão realizados na cidade sul-coreana de Pyeongchang, entre 9 e 25 de fevereiro de 2018. Por sua parte, os Jogos Paraolímpicos de Pyeongchang 2018 serão realizados de 9 a 18 de março de 2018.

Feliz Natal!



FELIZ NATAL PARA TODOS  OS AMIGOS 
DO BLOG
SEGURANÇA NACIONAL BLOG.SNB

Ameaça mortal portátil: do que é capaz o novo sistema de mísseis russos

Um cano de 1,5 metros de cor caqui parece ser à primeira vista um dispositivo simples. No entanto, ele contém em si uma ameaça mortal para os pilotos dos aviões e helicópteros que atuam a alturas de menos de 4,5 mil metros.
Quase não se pode escapar a um míssil lançado do sistema portátil russo mais recente 9K333 Verba. Ele não reage a contramedidas térmicas outras ciladas e tem apenas um objetivo: encontrar o alvo e eliminá-lo. A Sputnik revela as capacidades desta nova arma potente.
Sistema de defesa antiaérea de bolso
Os primeiros sistemas de defesa antiaérea transportáveis surgiram nos anos de 1960 e logo viraram o inimigo número um para os pilotos que aprenderam a voar em baixa altitude se escondendo dos mísseis de longo alcance. O "homem com o tubo" vestido de camuflado é quase invisível para os pilotos. Um tiro preciso desta arma pode "fazer aterrissar" aeronaves, até mesmo as bem grandes.
Os construtores soviéticos conseguiram um êxito especial com a criação desta arma, muito moderna para aquela época. Foi ordenado para que em prazos bastante curtos eles criassem um sistema compacto e barato ao máximo para tropas terrestres: o sistema tinha que ser capaz de atingir todos os tipos de objetivos aéreos em altitudes de até 1,5 km e a distâncias de até 3 km. A exigência principal era que o sistema fosse usado por uma só pessoa a partir de uma posição despreparada.
Assim nasceu o primeiro sistema de defesa antiaérea portátil 9K32 Strela-2, que revolucionou a produção de armas antiaéreas. O Strela-2 entrou no serviço das Forças Armadas soviéticas em 1967 e os primeiros que sentiram todo o poder destes mísseis foram os pilotos israelenses durante o conflito árabe-israelense. O primeiro ataque aéreo resultou na derrubada de 30% dos aviões.
Do Strela ao Verba
O Strela-2 foi modificado e depois substituído pelo sistema Igla que, por sua vez, será sucedido pelo Verba.
O sistema Verba é muito preciso e sabe separar os aviões "amigos" dos "inimigos" e atacá-los sem falhar e sem reagir às contramedidas e outras interferências. Com apenas um sistema deste tipo é possível abater diferentes tipos de aparelhos voadores, começando com helicópteros e aviões de assalto e terminando nos mísseis de cruzeiro.
Um míssil lançado com o Verba pode atingir alvos a altitudes de até 4,5 km e a distâncias de até 6,5 km. Na prática, estas caraterísticas cobrem completamente a faixa de atuação da aviação tática: aviões de assalto, bombardeiros táticos e helicópteros.
O sistema de guiamento automatizado leva em consideração a velocidade e direção do objetivo e os distribui entre os artilheiros antiaéreos segundo sua localização determinada pelos satélites GLONASS.
Uma ogiva escrupulosa
Os mísseis do Verba contam com uma ogiva de três feixes autoguiada que "vê" os objetivos nas faixas ultravioleta e infravermelhas próxima e média.
Tal como as outras armas deste tipo, o Verba pode ser usado não apenas como arma "de ombro", mas também como arma auxiliar em navios e helicópteros. O que distingue o novo sistema russo dos outros é o pouco tempo que demora desde o momento de detecção do alvo até ao disparo: apenas alguns segundos.
O Verba já está sendo entregue aos militares russos, que consideram que os novos sistemas garantirão uma cobertura segura dos destacamentos militares para protegê-los da aviação e dos ataques em massa de mísseis de cruzeiro.


Rússia construirá enorme e silenciosa plataforma para transportar múltiplos mísseis

O bombardeiro estratégico futurista PAK DA terá grande autonomia e em alguns anos poderá substituir outras aeronaves de combate russas.
Rússia "está perto" de começar a construção do primeiro modelo de teste do avançado bombardeiro estratégico PAK DA, indica o chefe do Comitê de Defesa e Segurança do Conselho da Federação Russa, senador Viktor Bondarev.
Atualmente, as autoridades russas estão realizando trabalhos de investigação para construir um complexo aeronáutico onde se planeja desenvolver este avião futurista de longo alcance.
Está previsto que se converterá em aeronave de combate universal, que as Forças Armadas da Rússia esperam incorporar em grande escala até 2025.
Ao contrário dos conceitos dominantes dos aviões da União Soviética e da Rússia atual, o PAK DA será uma enorme e silenciosa plataforma para transportar múltiplos mísseis que possuirá grande autonomia e terá capacidade em operar desde pistas de pequeno tamanho.  Com o tempo, a Força Aérea da Rússia espera substituir os bombardeiros estratégicos Tu-22M3, Tu-95MC e Tu-160.
Entretanto, mais cedo, o vice-ministro da Defesa russo, Yuri Borisov, tinha informado que seu país poderá receber um novo bombardeiro estratégico para 2018. Ao mesmo tempo, em novembro, Moscou apresentou um protótipo do modernizado Tu-160M2 que é duas vezes e meia mais eficaz do que seu predecessor soviético e pretende que se torne a coluna vertebral das suas forças aéreas nucleares.

domingo, 24 de dezembro de 2017

Submarino ARA San Juan: descartou um objeto a 845 metros de profundidade e vai para outro novo "contato"

A Marinha informou domingo que um objeto detectado ontem a 845 metros de profundidade não é o submarino ARA San Juan , desaparecido na quarta-feira 15 de novembro com 44 tripulantes a bordo, mas um "meio tambor".
"O alerta ARA Islas Malvinas, que tem a bordo do ROV (veículo operado remotamente)" Panther Plus ", investigou o contato detectado ontem pelo destruidor ARA Sarandí, que foi corroborado que pertence a um meio tambor que foi uma profundidade de 845 metros ", explicou a Marinha nesta manhã em um comunicado de imprensa.
O partido também informa que "se as condições climáticas o permitirem" hoje, eles investigarão outro contato , que tem 814 metros de profundidade.
"O aviso ARA" Puerto Argentino e o navio oceanográfico Atlantis, dos Estados Unidos, continuam a explorar a área de busca atribuída ", diz o texto. Além disso, indica que o navio russo Yantar está a caminho da área de operações, onde chegaria amanhã à tarde.
De acordo com a Marinha, na área há ondas de 2,5 metros e esperam que amanhã serão 3. Os ventos, entretanto, estarão entre 33 e 40 nós durante as primeiras horas de segunda-feira.

Confirmada a compra do HMS Ocean pela Marinha do Brasil

De que nos tentam advertir alienígenas com este sinal misterioso? (VÍDEO)

As câmeras de vigilância gravaram um misterioso objeto brilhante no céu sobre o supervulcão de Yellowstone (Wyoming, EUA).



Como costuma ocorrer, o vídeo provocou uma polêmica na rede. Alguns internautas estão convencidos de que foi um OVNI e mais ainda, garantem que este objeto voador sobre o vulcão deve ser considerado como um mau sinal que prenuncia uma erupção.
Outros usuários acham que pode ter sido uma lanterna voadora, uma aeronave ou um relâmpago globular.


Conheça os mais poderosos mísseis balísticos e de cruzeiro russos

Cada 23 de dezembro, na Rússia se celebra o Dia da Aviação de Longo Alcance da Força Aeroespacial. Por este motivo, o jornalista russo Andrei Kots escreveu um artigo para a Sputnik, fazendo uma resenha sobre os mísseis balísticos e de cruzeiro que equipam estas aeronaves.
Kh-15
O míssil balístico Kh-15, da classe ar-terra, entrou em serviço em 1980. Esta foi a maneira como a URSS respondeu à criação do míssil americano AGM-69 SRAW.
Embora inicialmente o Kh-15 tivesse uma ogiva nuclear com uma potência de quase 300 quilotons, os construtores russos desenvolveram posteriormente vários modelos que carregavam uma ogiva comum.
A peculiaridade principal deste projétil consiste na sua trajetória de voo. O avião lança o Kh-15 quando se encontra a uma distância de 50-280 quilômetros do alvo. Após ser lançado, o míssil não baixa, mas sobe no ar. Ao ascender a uma altitude de 44 mil metros, o projétil muda bruscamente de trajetória e atinge uma velocidade vertiginosa de quase 6 mil quilômetros por hora.
Agora, a Rússia conta com dois modelos de mísseis que foram construídos na base do Kh-15. Estes modelos são o Kh-15P e o Kh-15S. O primeiro, com uma ogiva de fragmentação, é destinado a lutar contra os radares do inimigo e é capaz de corrigir sua trajetória. O segundo míssil, do tipo antinavio possui uma ogiva de explosão alta. Seu alcance varia entre 60 e 150 quilômetros.
Kh-32
O míssil de cruzeiro hipersônico, do tipo antinavio, denominado Kh-32, é de fato a versão mais moderna do Kh-22. Inicialmente, o Kh-22 foi construído para atingir porta-aviões e respectivos grupos navais a uma distância de até 600 quilômetros. Entre as aeronaves que carregam esta arma estão os Tu-16K, Tu-22K, Tu-22M2/3 e Tu-95K.
Sua desvantagem mais importante foi sua baixa resistência às interferências de diferentes radares. Para eliminar este problema, a URSS começou a modernizá-lo, mas todo o trabalho parou na década de 1990 por causa da difícil situação econômica.
Os testes do novo modelo foram reiniciados apenas em 2013. A variante modernizada foi batizada como Kh-32.
O novo míssil é capaz de atingir o alvo a uma distância de até 1.000 quilômetros. Sua ogiva pode ser tanto nuclear quanto de explosão alta. A aeronave modernizada Tu-22M3M será o principal meio de transporte desse míssil.
Kh-555
A produção de mísseis de cruzeiro Kh-555 se iniciou em 1999, com o fim de substituir os projéteis soviéticos antiquados Kh-55 e Kh-55SM que haviam sido criados na década de 80 do século passado.
Os mísseis modernizados K-555 são uma arma mais flexível que seus antecessores. Além do sistema de navegação inercial, este míssil conta com um sistema de correção ótico-eletrônica e um sistema de navegação por satélite. As tecnologias aplicadas na projeção deste míssil permitiram aumentar sua precisão em 5 vezes. Cabe destacar que os aviões Tu-160 e Tu-95MS usaram precisamente estes projéteis para bombardear as posições dos terroristas na Síria. O Kh-555 pode atingir alvos situados a uma distância de até 2.500 quilômetros.
Kh-101
O míssil de cruzeiro Kh-101 é o mais moderno e mais mortal da Aviação Estratégica da Força Aeroespacial da Rússia. Com a passagem do tempo, estes mísseis substituíram os mísseis Kh-555 e se converteram nas principais armas dos Tu-160M/M2 e Tu-95MS/MSM. A maior parte da informação sobre estes mísseis está classificada.
Sabe-se que o Kh-101 tem um sistema de guiamento combinado que inclui o sistema de navegação inercial, a correção ótico-eletrônica e outras novidades.
O projétil é capaz de receber informações complexas sobre a rota e as coordenadas do alvo. Ademais, os operadores do míssil poderão redirigi-lo diretamente no espaço aéreo contra outro alvo.
De acordo com os cálculos de vários especialistas ocidentais, o alcance desta arma chega a 5 mil quilômetros. Os construtores russos dotaram o míssil de tecnologias que o tornam pouco visível, por isso é quase impossível interceptá-lo. Estes projéteis, junto com os Kh-555, foram usados pela Força Aeroespacial da Rússia na Síria.

O IRAN colocou o seu novo e míssil em exibição em uma universidade para explicar sua melancólica e aterradora

O IRAN colocou o seu novo e míssil em exibição em uma universidade para explicar sua melancólica e aterradora melhoria, à medida que os estudantes se autoeleiam com a arma, foi revelado

O Zolfaghar (às vezes soletrado Zulfiqar) literalmente significa "espinha-cleaver", foi exibido na Amikabir University of Technology desde 16 de dezembro.
Os alunos foram fotografados tomando macacões com o míssil e escrevendo "morte para Israel" na arma.
O Corpo da Guarda da Revolução Islâmica do Irã afirmou que o míssil aumentou enormemente seu desempenho e alcance em lançamentos recentes.
Fotos de close-up do míssil mostram que grande parte do seu corpo tem uma textura com nervuras, o que indica que ele é feito usando fibra de fio de filamento para torná-lo mais leve do que os modelos construídos a partir de metal.
Quando o Irã revelou o míssil em 2016, o míssil teria um alcance de 700 km, o que é uma melhoria significativa na faixa de 500 km de seu antecessor, o Fateh-313, exibido dois anos antes, com uma autonomia de apenas 500 km.
O Zolfaghar é dito ser exato dentro de 50 a 70 metros do local de ataque pretendido, de acordo com a mídia iraniana.
O Corpo da Guarda Revolucionária iraniana teria disparado uma série de mísseis Zolfaghar nas posições do ISIS na Síria em junho.
De acordo com o Projeto de Defesa de Mísseis do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, o Zolfaghar possui uma ogiva altamente explosiva, bem como submunições que se separam do míssil antes do impacto.
Vem quando a Arábia Saudita interceptou um míssil disparado por um grupo rebelde do Iêmen apoiado pelo Irã.
Um porta-voz dos rebeldes disse no Twitter que tinham disparado um míssil balístico volcano 2-H para o palácio.
O ataque teve lugar poucas horas antes de a Arábia Saudita ter anunciado seu orçamento anual em uma coletiva de imprensa.
O Centro para a Comunicação Internacional, com sede no governo, disse: "As forças da coalizão confirmam a intercepção de um míssil iraniano-Houthi visando o sul de Riade.
"Não há ferimentos relatados neste momento".
O ataque foi a fase mais recente em um amargo conflito entre os sauditas e os rebeldes.
No mês passado, outro míssil foi interceptado
Foi interceptado sobre o aeroporto King Khaled de Riade.
Riyad acusou o Irã de contrabando o míssil para os Houthis e impôs um bloqueio ao Iêmen exigindo que os procedimentos de inspeção das Nações Unidas fossem apertados.
Na semana passada, os EUA apresentaram pela primeira vez peças do que ele disse serem armas iranianas fornecidas aos Houthis, descrevendo-o como prova conclusiva de que Teerã estava violando as resoluções da ONU.
Irã, o inimigo regional da Arábia Saudita, negou o fornecimento de tal armamento aos Houthis que assumiram a capital do Iêmen, Sanaa e outras partes do país durante sua guerra civil.

Urgente procura-se o acervo tecnológico do Osório

O nome ou, melhor dizendo, o acrônimo ENGESA é muito mais do que o batismo de uma empresa. É o relato da obra de um empresário altamente dotado de inteligência, bagagem técnica e cultural, acurada visão de futuro e aptidão para selecionar valores humanos e que levou uma modesta firma de fabricação de componentes para exploração petroleira a se transformar num complexo industrial-militar, o qual disputou mercados com os maiores e mais tradicionais produtores de armamentos de alta tecnologia mundiais. Vencido pela concorrência por justa ambição de crescimento, que ignorou a ponderação no cumprimento de compromissos contratuais e bancários assumidos, esse empreendedor mergulhou na inadimplência, na concordata e na falência. Deixou de existir. Passou a ser uma história, a contar e lembrar.
Nascimento e evolução
Em 1958, a ENGESA (Engenheiros Especializados S/A) foi criada por José Luiz Whitaker Ribeiro. Em 1968, produzia componentes para a exploração de petróleo e os fornecia a Petrobras. Ao ter seus caminhões enfrentando estradas de terra e barro para chegarem ao destino no litoral, desenvolveu, "de motu próprio", uma caixa de transferência com tração total, aplicada com sucesso em seus veículos nacionais. Em 1970, o Exército interessou-se em testar o invento. Aprovado, passou a usá-lo.
Na época, estavam em desenvolvimento no Parque Regional de Motomecanização, da 2ª Região Militar, os blindados S/R Cascavel e Urutu. Convidada, a ENGESA aceitou associar-se à Força Terrestre e participar do empreendimento. Em 1974, a empresa tomou a iniciativa pioneira de oferecer à Líbia o blindado Cascavel, com canhão 90 milímetros. Foi um sucesso! A ENGESA começava a crescer com a exportação. Em poucos anos, vendeu esse blindado a 18 países localizados no Oriente Médio, na África, na América do Sul e no Mediterrâneo.
Nos anos de 1980, iniciou o desenvolvimento em computador (hoje, AutoCad) doEE-T1 Osório, carro de combate (CC) armado de canhão 120 milímetros. Em 1985, a Arábia Saudita convidou Alemanha, Brasil, EUA, França, Grã-Bretanha e Rússia a levarem seus CC para demonstração. O Osório, já testado aqui, foi transportado de avião ao destino. Teve muito bom desempenho.
Em 1986, a ENGESA obteve financiamento de US$ 65 milhões pelo BNDES. No mesmo ano, assinou contratos com o Exército para grandes fornecimentos: 40 mil tiros de morteiro; 100 conjuntos de rádio; 51 blindados Urutu; 500 a 600 viaturas de 2 1/2toneladas; 380 viaturas de 3/4 toneladas e 82 jipes. Apesar do subsídio, os recursos foram aplicados para a aquisição de fábricas, como a IMBEL, de Juiz de Fora, bem como para novos desenvolvimentos, como mísseis e helicópteros, que não chegaram a ser efetivados. O Exército exigiu e obteve uma Confissão de Dívida, porém, nada do contratado jamais foi entregue.
Plano inclinado descendente
Do exposto, deduz-se que 1986 foi o ano de entrada da empresa no plano inclinado descendente, que a levaria, mais adiante, à extinção. Em 1987, a Arábia Saudita convocou para segunda avaliação o Abrams norte-americano, o AMX 40 francês, o Challenger britânico e o Osório brasileiro, este, mais uma vez, transportado de avião. Pelo relato dos dirigentes da ENGESA, tudo indicava que seu produto foi o vencedor do certame. Prova disto é que foi assinado um pré-contrato para a aquisição de 316 carros de combate, por US$ 2,2 milhões.
Em 1989, o Departamento de Estado e o Departamento de Defesa norte-americanos apresentaram ao Congresso minucioso relatório defendendo a conveniência de o Abrams ser vendido à Arábia Saudita, tanto pelo que a fabricação representaria para a indústria nacional, como pelo que significaria a entrada de um novo fabricante (ENGESA) no mercado do Oriente Médio. A ação diplomática produziu seus efeitos e o Abrams foi vendido aos árabes, deixando a ENGESA "a ver navios".
Nos anos de 1990, a ENGESA pediu concordata. O Governo brasileiro autorizou o Tesouro Nacional a conceder à IMBEL NCz$ 30 milhões (de cruzados novos) para adquirir o acervo tecnológico da ENGESA, excluído o do Osório. A empresa vendedora teria três anos de prazo para recompra. Caso isto não ocorresse, o acervo tecnológico do Osório seria cedido à IMBEL por preço simbólico de NCz$ 1,00.
Deduz-se do parágrafo anterior que os méritos tecnológicos da ENGESA eram amplamente reconhecidos, seja pelo Exército, seja pelo mais alto escalão da administração pública. E que a inconsistência de sua política econômico-financeira vinha sendo severamente avaliada e mesmo sancionada, como o foi com a aquisição do acervo tecnológico.
Um Grupo de Trabalho criado na Presidência da República, ligado ao Gabinete Militar, reuniu representantes do Tesouro, do BNDES e do Banco do Brasil, para acompanhar a evolução do saneamento. Foi, inclusive, proposta a concessão de aumento de capital da IMBEL, pelo BNDES e BB, para que a ela fossem transferidas todas as garantias da ENGESA depositadas nos dois bancos. A IMBEL não aceitou a proposta, pois nada receberia em caso de falência. Em contraposição, propôs a entrega do acervo tecnológico, o que ocorreu, já que o prazo para recompra se esgotara. Os 30 milhões recebidos para a aquisição temporária do acervo tecnológico foram aplicados na recompra da Fábrica de Juiz de Fora, que voltou a ser propriedade da IMBEL.
Agonia
Em 1991, firmou-se um Protocolo de Intenções e Procedimentos. Nele, foi estabelecido que as ações dos controladores passassem ao domínio da IMBEL, a preço simbólico. A Fábrica foi credenciada para negociar com os credores redução de 90% das dívidas. O BNDES e o BB receberiam 53% do resultado da alienação de ativos não operacionais e os 47% restantes passariam para a IMBEL pagar parcialmente os credores. Seria criada nova empresa afim, com os recursos devidos aos trabalhadores, que virariam acionistas, com os valores desses recursos.
Em 1992, os ativos não operacionais não obtiveram preço. Em consequência, todo o plano falhou. Em 1994, o Gabinete Militar da Presidência apresentou proposta de desapropriação da ENGESA por interesse público. Na época, o Governo julgou temerária tal iniciativa e a arquivou.
Ainda naquele ano, o Presidente da IMBEL viajou à Grã-Bretanha para apresentar, ao Conselho de Administração da British Aerospace, uma proposta de associação com sua subsidiária Royal Ordnance para a copropriedade e a gerência conjunta da ENGESA, mediante investimento de US$ 125 milhões. Os britânicos disseram concordar com o valor da participação, porém, os recursos não poderiam ser aplicados para saldar dívidas tributárias, trabalhistas e bancárias. Mais uma tentativa frustrada de salvar a empresa.
Em 1995 decretou-se a falência da ENGESA. O juiz passou a tratar das alienações. Questionou a propriedade da IMBEL sobre o acervo tecnológico, que só foi assegurada com ganho de causa obtido na justiça. Todo o material do acervo foi transferido para a Fábrica de Piquete, à exceção dos planos do Osório, que não foram encontrados nem na fábrica, em São José dos Campos, nem no complexo administrativo de Barueri. Em 2005 a fábrica de São José dos Campos foi vendida à EMBRAER.
Considerações finais
A epopeia da ENGESA - da criação ao declínio, e deste à falência - é exemplo frustrante da aptidão criativa e tecnológica do empresariado brasileiro, bem como da carência de recursos financeiros governamentais para assegurar a regularidade de encomendas de que depende a sobrevivência das empresas. As motopeças, os blindados Charrua e Bernardini, e o carro de combate Tamoio reforçam a exemplificação.
Enquanto foi possível financiar demandas não entregues, a ENGESA foi largamente apoiada. Porém, seu ímpeto de produzir e exportar gerou compromissos financeiros que foram muito além do que o Governo brasileiro poderia apoiar. Veio-lhe a inadimplência e não houve como contorná-la, nem como moderar sua ambição. À frustração da venda do Osório somou-se o fracasso de novas iniciativas, como a de helicópteros e a de mísseis.
O Governo e o Exército Brasileiro, via IMBEL, procuraram caminhos para salvar a ENGESA, contudo, a cova que a enterraria já era muito funda, cavada por seu próprio Conselho de Administração. O Brasil perdeu uma empresa que lhe poderia dar autossuficiência em muitos itens de emprego militar, destruída pelas mãos de quem a criara e a quis maior do que lhe disponibilizavam os meios.
Não se tem notícia da utilização do acervo tecnológico guardado na Fábrica de Piquete, que poderia ser muito útil nos desenvolvimentos programados pelo Exército. Também não se sabe do acervo do Osório, sem dúvida muito valioso, que é propriedade da Força. Caberia uma ação, mesmo policial, para descobrir seu destino. Localizado, teria grande valor na orientação da fabricação de blindados brasileiros.