quinta-feira, 30 de junho de 2016

Destróier dos EUA tentou 'enxotar' navio russo de seu porta-aviões

As manobras perigosas do contratorpedeiro USS Gravely dos EUA perto do navio de patrulha russo Yaroslav Mudry foram ditadas pela tática da Marinha dos EUA para "repelir" qualquer navio da proximidade de um porta-aviões, disse o ex-chefe do Estado-Maior da Marinha russa, almirante Viktor Kravchenko.

Ele lembrou que, em 1992, a Rússia e os EUA assinaram um acordo sobre a prevenção de incidentes no ar, mar e debaixo de água. Entretanto, o acordo não estipula os parâmetros que regulariam o conceito de aproximação perigosa entre naviosO incidente ocorreu em 17 de junho na parte oriental do Mar Mediterrâneo, quando o USS Gravely se aproximou do navio russo a uma distância de 60-70 metros e cruzou a proa do Yaroslav Mudryi a uma distância de 180 metros. O navio de patrulha estava em águas internacionais e não realizou qualquer manobra perigosa, informou o Ministério da Defesa russo.
O Pentágono respondeu que os marinheiros russos emitiram sinais falsos, tentando se aproximar do porta-aviões americano.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Bombardeiro PAK -DA Rússia

Russian Military Power 2016

Satélite brasileiro transmite a 80 Gbps e vai levar internet para todo o país

Internet banda larga para quem não tem acesso, principalmente para as regiões mais afastadas do Brasil. Esta é a promessa do primeiro satélite de comunicação e defesa 100% nacional. O que chama atenção neste satélite é sua alta capacidade de transmissão de dados que pode chegar a incríveis 80 gigabits por segundo. Apesar da altíssima capacidade, este satélite não vai fazer qualquer diferença para quem vive nas grandes cidades e já tem acesso.
A explicação é econômica. Neste satélite, o preço do megabyte ainda é mais caro para lugares onde já existe ou seja possível construir rotas de fibra óptica para oferecer acesso à internet. De qualquer forma, existem diversos pontos no país onde não vale a pena ou é simplesmente impossível levar fibra óptica - principalmente locais onde o número de usuários é pequeno demais. Nestes casos, o satélite é a solução.
O interessante é que, em um segundo momento, satélites com capacidade de transmissão ainda maior - podendo chegar a 300 gigabits por segundo de velocidade - aí, sim, o preço do megabyte vai ser bem inferior ao da fibra; pelo menos é o que se imagina. Com esta previsão, é possível pensar em satélites que melhorem significantemente a qualidade da internet de todo o país, inclusive nas grandes metrópoles. Se animou? Calma, esta previsão é só para daqui mais 5 ou 8 anos.
A previsão de lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas é dezembro deste ano. Ele deve entrar em operação ainda no primeiro trimestre de 2017. Outra notícia boa - esta para a segurança do Brasil - é que, quando estiver em órbita, este satélite terá 30% da sua banda de uso exclusivo militar, o que vai garantir a soberania do país em transmissões de informações estratégicas.

domingo, 8 de maio de 2016

Novo míssil russo RS-28 pode ‘enganar’ qualquer defesa antimíssil

Os melhores sistemas de defesa antimíssil poderão ser incapazes de interceptar o novo míssil balístico intercontinental russo RS-28 (Sarmat), que estará pronto para testes neste verão, informou a agência de notícias russa Zvezda.

O RS-28 é um míssil balístico intercontinental pesado de combustível líquido que está sendo elaborado para o exército russo.
O míssil é projetado para substituir o antigo míssil soviético R-36M Voevoda ("Satan" segundo a classificação da OTAN), como o componente básico do potencial nuclear da Rússia. O míssil RS-28 está em desenvolvimento desde 2009 e deverá substituir os sistemas antigos em 2018.
A agência também acrescentou que o novo míssil RS-28 será capaz de eliminar tudo em uma área do tamanho do Texas ou da França, e que a sua velocidade lhe permitirá “enganar” qualquer sistema de defesa antimíssil existente.
Embora haja pouca informação sobre as características técnicas do novo míssil, alguns fontes dizem que o Sarmat é um míssil com um alcance operacional estimado de 10.000 km e um peso de 100 toneladas, incluindo uma carga de 4 a 10 toneladas.


As ogivas do Sarmat terão uma série de contramedidas destinadas a penetrar qualquer “escudo” antimíssil. Os analisas dizem que o RS-28 também vai ter uma versão hipersônica convencional como o Advanced Hypersonic Weapon estadunidense ou o WU-14chinês, que poderá ser usado como uma arma intercontinental de alta precisão em um conflito não-nuclear.

O Ministério da Defesa russo pretende colocar o Sarmat em serviço no final de 2018 e substituir o Voevoda até 2020.

Submarino russo testa mísseis de cruzeiro Kalil no Mar de Barents

O submarino de ataque diesel-elétrico russo Stary Oskol, do projeto 636,3 Varshavianka, lançou mísseis de cruzeiro do sistema Kalibr-NK no Mar de Barents como parte do programa de testes das armas da embarcação, segundo disse o porta-voz da Frota do Norte da Rússia, capitão Vadim Serga, nesta sexta-feira (6).

De acordo com a declaração oficial, o Stary Oskol superou "uma série de provas na Frota do Norte" e lançou “com êxito” um míssil de cruzeiro Kalibr "contra um alvo na costa".

O texto explica que "o lançamento foi feito em imersão" contra um alvo "localizado no polígono de Chizha" – uma das instalações de treinamento no mar de Barents, no Oceano Glacial Ártico –, que recebeu "um impacto com precisão programada".sul), os sistemas navais de lançamento Kalibr-NK ganharam fama internacional depois que navios e submarinos de guerra russos os usaram para destruir alvos terroristas na Síria a uma distância de 1.500 quilômetros.
O Stary Oskol, por sua vez, foi lançado nos estaleiros de São Petersburgo para integrar a frota russa do Mar Negro, mas agora realiza testes e exercícios de treinamento de tripulação na base de Poliarni (Murmansk, noroeste do país) da Frota do Norte da Rússia.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Centro de Lançamento Barreira do Inferno sedia Operação Astros do Exército Brasileiro.

O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), localizado em Parnamirim (RN), sediou a segunda fase da Operação ASTROS 2020/2016, no período de 25 a 28 de abril. A operação está prevista no cronograma de desenvolvimento de sistemas e equipamentos em desenvolvimento da empresa brasileira AVIBRAS, dentro do Projeto Estratégico do Exército Brasileiro ASTROS 2020 (PEE ASTROS 2020).
O Centro Tecnológico do Exército Brasileiro (CTEX), responsável por buscar o domínio e o desenvolvimento de tecnologias de interesse da Defesa Nacional, acompanhou os ensaios e testes que permitem avaliar elevação de performance e desempenho do conjunto de equipamentos e sistemas que compõem os produtos de defesa sob execução da empresa contratada AVIBRAS. “O apoio e a capacidade operacional do CLBI são fatores importantes para que a empresa integradora do projeto possa, com segurança, dar prosseguimento às pesquisas e ao desenvolvimento tecnológico que possibilitará à Força Terrestre contribuir com a dissuasão extrarregional para a defesa do Brasil”, declarou o Gerente do Projeto Estratégico pelo Exército Brasileiro, General de Brigada José Júlio Dias Barreto.
Essa fase da operação contou com a participação da Marinha do Brasil,Distrito Naval, que levou os Navios Patrulha Goiana e Graúna, além do Rebocador de Alto Mar Triunfo, lotados na Base Naval de Natal. Eles auxiliaram na vigilância e remoção das embarcações nas proximidades dos possíveis impactos dos artefatos lançados, o que promoveu um desempenho diferenciado na cadência de lançamentos.
De acordo com o Vice-Presidente da AVIBRAS, Flávio Cunha, o CLBI é o cenário ideal para o exercício das equipagens do PEE ASTROS 2020. “O incondicional profissionalismo, amparado pela capacidade técnica dos servidores do CLBI, aliado às condições de segurança, facilidade logística e disponibilidade de meios operacionais são elementos balizadores para o sucesso da parceria bem como das operações”, avaliou.
A primeira fase foi realizada no período de 22 a 26 de fevereiro e há a previsão de mais duas fases ainda este ano. O Diretor do CLBI, Coronel Aviador Paulo Junzo Hirasawa, destacou a importância da parceria com a AVIBRAS. “Inserida no calendário operacional do CLBI, a Operação ASTROS 2020, que se encontra na décima terceira fase e com planejamento de operações até, no mínimo, dezembro de 2018, faz com que a cadência de atividades operacionais se torne mais elevada, proporcionando uma contínua e adequada capacitação de recursos humanos e materiais para campanhas de veículos espaciais, atividade-fim da unidade, pois são envolvidos todos os meios de preparação, lançamento e rastreio, similar a uma operação de lançamento de foguetes suborbitais”, afirmou.
Debriefing da Operação Astros CLBIAVIBRAS – Fundada em 1961 por um grupo de engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Avibras é uma empresa privada de engenharia, genuinamente brasileira, com mais de 50 anos de atuação. Detentora de know-how consagrado, a empresa desenvolve tecnologia trazendo soluções inovadoras para as áreas de Defesa e Civil.
A organização ocupa um lugar de destaque na história do setor aeroespacial, como uma das pioneiras no Brasil em construção de aeronaves, desenvolvimento e fabricação de veículos espaciais para fins civis e militares. Também se destaca no desenvolvimento e na industrialização de diferentes motores foguetes para a Marinha do Brasil e para a Força Aérea Brasileira (FAB); sistemas fixos ou móveis de C4ISTAR (Comando, Controle, Comunicação, Computação, Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvo e Reconhecimento) e Aeronave Remotamente Pilotada (ARP).
FONTE: CLBI, via FAB

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Avibras lança viatura Guará 4WS na LAAD Security

Reconhecida mundialmente pela excelência e pela qualidade de seus produtos e sistemas de defesa, a Avibras Indústria Aeroespacial fará apresentação oficial do protótipo da viatura Guará 4WS 4X4, versão para emprego policial, na LAAD Security (Feira Internacional de Segurança Pública e Corporativa) de 12 a 14 de abril, no Riocentro – Exhibition & Convention Center, no Rio de Janeiro.

A feira reúne empresas nacionais e internacionais que fornecem tecnologias, equipamentos e serviços para Segurança Pública, Forças Policiais, Forças Especiais, Forças Armadas, Law Enforcement, Homeland Security e gestores de segurança de grandes corporações, concessionárias de serviços e infraestrutura crítica do Brasil e América Latina. 


Esta é a primeira vez que a Avibras participa da LAAD Security e considera o momento ideal para empregar toda a sua experiência de mais de 50 anos de atuação no mercado de Defesa e na área de Segurança. O objetivo da empresa é diversificar e preencher nichos de mercado, que hoje estão ocupados por fornecedores externos, com equipamentos no limiar da tecnologia, concebidos, desenvolvidos e testados no Brasil. 

O protótipo da nova viatura Guará 4WS 4X4 ficará em destaque no estande da Avibras, localizado no Hall 4 (área A-30). A viatura, que foi inteiramente projetada pela Avibras, traz incorporada toda a tecnologia aplicada pela empresa em seus projetos de emprego militar de reconhecido sucesso. O resultado é um veículo com excelente nível de proteção balística e com a capacidade de rápido aumento ou redução dessa proteção em função da concepção modular que foi aplicada no projeto. A elevada agilidade e extrema mobilidade com tração 4x4 e direção nas quatro rodas são características diferencias da viatura e fundamentais para operação no cenário urbano e rural. 

Essas qualidades somam-se ao elevado índice de nacionalização dos componentes, que inclui os chassis de projeto Avibras e fabricação nacional, que contribuem para um produto de ótimo custo, além da garantia de fornecimento e suporte pós-venda de uma empresa 100% brasileira. 

Versatilidade - Com capacidade para cinco tripulantes devidamente equipados, a viatura é destinada ao emprego tático em operações especiais de forças de segurança em área urbana: combate ao crime organizado, a assalto a bancos e carros-fortes e ao tráfico de drogas. Versátil, pode ser utilizada em áreas rurais no combate aos conflitos armados. Também está disponível na versão transporte de pessoal com capacidade para 10 tripulantes e na versão apropriada para Defesa Civil e Polícia Florestal. 

Além do Guará, a Avibras também apresentará na LAAD Security os conceitos de emprego de tecnologias de Comando e Controle (C²) para viaturas policiais, bem como tecnologias relativas à digitalização do policial em ações táticas. 

Vigilância - Outro produto da Avibras, que estará em destaque na LAAD é o Falcão – Aeronave Remotamente Pilotada (ARP). Com tecnologia para aplicações civis e militares, o Falcão é a primeira ARP nacional na classe de 800 quilos e atende plenamente os requisitos das Forças Armadas do Brasil. 

A aeronave pode ser utilizada para a vigilância de fronteiras, vigilância marítima, combate ao tráfico de drogas, combate a crimes ambientais, controle de queimadas, gerenciamento de crises e segurança de grandes eventos e em missões de busca e salvamento em áreas afetadas por calamidades.

A plataforma do Falcão é feita em fibra de carbono, que garante maior leveza ao veículo e aumenta o espaço disponível para que ele possa carregar mais combustível e sensores. Com mais de 16 horas de autonomia, o Falcão está configurado para carregar um equipamento eletro-óptico (que fotografa e faz filmagem de alta qualidade, tanto durante o dia quanto a noite), um radar de detecção de alvos móveis no solo ou no mar e um link de satélites, com alcance de até 1.500 km. 

O Falcão é a única ARP na classe de 800 quilos capaz de levar essa carga útil, de aproximadamente 150 quilos. A eletrônica de bordo, assim como a parte de sistemas de navegação e controle, a plataforma e a integração dos sistemas de missão da aeronave são 100% nacionais


quinta-feira, 31 de março de 2016

Computador impede teste de artilharia do Exército americano

O Exército dos Estados Unidos pensou que havia chegado a hora do esperado teste de seu Sistema de Artilharia de Foguetes de Alta Mobilidade (HIMARS, na sigla em inglês) na Base Conjunta Lewis-McChord (JBLM), mas o sistema de computadores impediu o exercício.

O teste tinha o objetivo de medir o nível de barulho nas comunidades próximas à JBLM, um centro de treinamento e mobilização localizado ao sul de Tacoma, no estado de Washington. É lá que o Exército pretende realizar o treinamento do HIMARS a partir de agora. 

Um terreno de mais de quatro mil metros quadrados teve todas árvores derrubadas antes do teste previsto para durar três dias, mas o computador não permitiu.
“Durante o ensaio, o computador de controle de disparos do HIMARS indicou que mais espaço livre (de árvores) pode ser necessário para garantir que os foguetes possam ser disparados com segurança e precisão”, disse o oficial de relações públicas da JBLM em comunicado.se testes semelhantes podem ser realizados, mas nenhuma decisão foi tomada até agora. Se houver aprovação, os exercícios não serão iniciados antes de 22 de março.
Pode, contudo, haver um desafio adicional. A tribo indígena Nisqually se opõe aos testes do HIMARS até que um grande estudo ambiental seja realizado. Os nativos também estão preocupados com os níveis de barulho durante os testes.
A tribo decidiu enviar suas crianças e seus idosos para um retiro durante o período marcado para o teste, gastando cerca de US$ 76 mil. O chefe tribal, Farron McCloud, está convencido de que a JBLM vai cobrir os gastos, segundo relata o jornal News Tribune.

SNB 

Brasil pode comprar novo lote de helicópteros da Rússia

Interessado na compra de novos lotes de helicópteros russos, o Brasil recebeu da Rússia a indicação do modelo Mi-26T2, informou em entrevista à Sputnik o chefe da delegação da Rosoborexport (empresa estatal russa responsável pelas compras e vendas internacionais de material bélico) Sergei Ladygin na feira internacional de armamentos FIDAE-2016.

O porta-voz da estatal russa destacou ainda a necessidade de se criar no Brasil um sistema de centros manutenção para helicópteros russos.

"Depois disso, surgirão novas perspectivas para expandir a nossa cooperação nessa área" – explicou o chefe da delegação da Rosoboronexport.
Um dia antes, Ladygin revelou que a Rússia tem planos de construir centros de manutenção de helicópteros no Brasil, na Venezuela, na Colômbia e no Peru.
A edição 2016 da FIDAE – Feira Internacional do Ar e do Espaço, acontece entre os dias 29 de Março e 3 de abril, em Santiago, mo Chile. É um dos mais importantee evento de aviação, defesa e segurança da América Latina. Na última edição, em 2014, a feira contou com a participação de 604 expositores de 43 países, com 125 aeronaves expostas e cerca de 150.000 visitantes durante o evento.


SNB 
 Sputnik

MECTRON programas tecnologia do mercado de armas ar-ar e o posicionamento da Missile House Brasileira

Pedro Paulo Rezende
Enviado Especial 

Santiago do Chile — A MECTRON espera continuar sua campanha de tiros com o míssil antirradiação MAR 1, interrompida por cortes no orçamento. Até o momento, vinte unidades foram disparadas no Brasil e oito no Paquistão, país que tem interesse no programa. Duas aeronaves, um AMX da Força Aérea Brasileira e um Mirage III da Força Aérea do Paquistão, foram modificados para os testes, com a instalação de computadores adicionais para evitar as dificuldades de um processo de integração.

O equipamento foi apresentado à secretária de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Perpétua Almeida, durante uma visita ao estande da empresa no Pavilhão Brasileiro montado pela Associação Brasileira de Indústrias de Material de Defesa (ABINDE) na Feria Internacional del Aire y del Espacio (FIDAE), em Santiago do Chile.

Míssil Antirradiação MAR 1

“Lá no Brasil, tivemos oito disparos bem sucedidos do MAR, sendo que um acertou diretamente a antena”, contou Wagner do Amaral Silva, da Engenharia de Qualidade da Mectron. “Pretendíamos agora iniciar os testes com a antena funcionando de maneira dinâmica, mas as dificuldades orçamentárias nos impediram de dar continuidade ao processo de homologação.”

No processo dinâmico, a arma é lançada contra uma antena que permanece em giro. O sinal eletrônico emitido varia de intensidade e de direção e o míssil passa a exigir mais do sistema de navegação inercial.

Mesmo antes de estar operacional, o MAR 1 já mostrou sua efetividade. A rede de radares mantida pela Índia na fronteira com o Paquistão sofreu um recuo de 40 quilômetros para impedir que seja eliminada em um ataque de surpresa do país rival.

A-DARTER

As questões financeiras também afetaram o A-DARTER, míssil ar-ar guiado por capacete e desenvolvido entre a Mectron e a DENEL, missile house sul-africana. “Há uma incógnita na questão da continuidade do projeto, uma vez que os investimentos não tiveram continuidade”, disse uma fonte da empresa associada.

Defesanet conseguiu uma informação exclusiva que confirma a apresentação de produtos concorrentes ao A-DARTER à Força Aérea Brasileira e ao Exército Brasileiro, como o IRIS-T e IRIS-T SL, fabricado pela Diehl alemã, e o CAAMS da BAE System/MBDA. O produto germânico será integrado pela SAAB no programa F-39 Gripen E/F, contratado pelo Comando da Aeronáutica.

Wagner confirma o corte dos investimentos e confirma que ainda não houve uma definição sobre o programa. “Seria ótimo se soubéssemos o futuro de alguns projetos que temos com a Força Aérea, nos quais já forma investidos mais de US$ 300 milhões de recursos dos contribuintes brasileiros”, destacou.

Entre estes projetos encontram-se o MAR 1, o A-DARTER e o MAA-1B. O último projeto teve início na década de 1980 e, hoje, completamente desenvolvido, apresenta um desempenho superior ao do AIM-9M Sidewinder.

“O MAA-1B foi projetado para países do Terceiro Mundo e tem boas possibilidades no mercado”, ressaltou. “Um caça mais antigo, como o F-5E/F Tiger e o F-16A/B, não possuem capacidade de transferência de dados suficiente para alimentar um míssil mais sofisticado, como o A-DARTER ou o IRIS-T. É neste nicho que nosso produto concorre. Como é mais moderno, pode tratar os alvos de maneira mais ágil e com um processamento mais rápido e sofisticado. As opções disponíveis, como o Python IV e o AIM-9M, não são mais fabricadas e só estão disponíveis em estoques, o que significa que não são mais confiáveis.”

Outro produto que atraiu interesse de militares de outros países foi o míssil antitanque MSS-1, adotado pelo Exército Brasileiro. A Mectron também apresentou o míssil antinavio MANSUP, o pacote de modernização do Exocet MM40 e o novo torpedo pesado da Marinha do Brasil, o TPNer, que irá equipar os submarinos Scorpène em processo de construção na França e em Itaguaí.
SNB  FIDAE 2016 defesa net 

terça-feira, 29 de março de 2016

O sistema, também chamado de JAMMER, poderá ser usado para bloquear drones, celulares, rádios

Interferir ou mesmo bloquear diferentes sinais de radiofrequência (RF) pode ser uma importante estratégia de defesa e segurança. Pensando nisso, a IACIT, empresa brasileira com atuação consolidada no desenvolvimento de produtos e serviços de alta tecnologia nas áreas de segurança, defesa, navegação aérea, redes integradas e meteorologia, desenvolveu uma sofisticada família de sistemas de contramedida eletrônica batizada de SCE0100.

O sistema será um dos destaques da empresa na FIDAE 2016 (Feira Internacional do Ar e Espaço), que acontece entre 29 de março e 03 de abril em Santiago no Chile. Presente no Pavilhão Brasil (F), coordenado pela ABIMDE e com apoio da APEX-Brasil.
 
O SCE0100, também chamado de JAMMER, possui configurações específicas para o bloqueio ou interferência de sinais de drones, celulares, rádios, dispositivo explosivo controlado por rádio (RCIED) e outros sistemas que utilizam sinais de RF para comunicação. Além desse diferencial, o sistema é embarcado em um gabinete robusto e portátil, podendo ser operado em qualquer local para o bloqueio de diferentes sinais de RF.
 
Segundo Luiz Teixeira, presidente da IACIT, a configuração do sistema é vinculada com a potência e faixa de frequência da operação, de acordo com a missão a ser realizada. Ele explica que, independentemente dos modelos de bloqueio (para drones, celulares ou RCIED), o JAMMER da IACIT é composto por canais independentes, capazes de operar simultaneamente, sem a necessidade de “saltar” entre bandas. Cada canal tem a capacidade de varrer rapidamente ao longo de uma banda, a fim de garantir a potência máxima em cada uma das frequências usadas.
 
Com aplicação dual, o JAMMER SCE0100 da IACIT pode ser usado em diversas situações, como proteção de estabelecimentos governamentais e militares, refinarias de petróleo e gás, prisões e centros de detenção, grandes eventos, comboios e controle fronteiriço, entre outras.

Devido à expansão do uso de drones em diversas situações, o equipamento da IACIT surge para suprir um mercado vulnerável pela ação de bandidos, espiões e até mesmo terroristas.“O sistema SCE0100 tem emprego dual, podendo ser utilizado tanto para a área militar quanto civil. Imaginamos que os potenciais clientes estejam nas forças armadas, segurança pública, polícias civil, militar e federal e no setor privado, com as firmas de segurança privada, empresas e bancos”, destaca Teixeira.
 
O desenvolvimento do novo equipamento envolveu uma equipe de cerca de 30 profissionais durante os últimos 12 meses. O JAMMER 100% nacional deve atender não só ao mercado interno, mas também deve ser um grande aliado de potências internacionais no combate a crimes. O sistema moderno e sofisticado permite oferecer soluções independentes ou integradas, com o uso de câmeras, sensores acústicos e radares para combater o ataque de drones, por exemplo.
 
Com a nova família de jammers, a IACIT busca intensificar sua participação junto à segurança pública e militar, oferecendo soluções tecnológicas integradas. Os novos equipamentos SCE0100 somam-se às soluções integradas já existentes no portfólio da companhia, entre eles sistemas eletro-ópticos e de segurança eletrônica patrimonial, soluções de SW associados a Redes Neurais Artificiais (RNA) e LPR, processamento de imagens e de Comando Controle Inteligência (C2I) e as soluções de Telemetria e Telecomando RCS-0400.
 
Com quase três décadas de atuação no mercado, a IACIT, certificada pelo Ministério da Defesa como Empresa Estratégica de Defesa (EED), é uma importante instituição de desenvolvimento para a conquista de autonomia tecnológica para o Brasil. “Nos preocupamos dia a dia em pesquisar e desenvolver produtos e serviços que agreguem valor ao País. Nosso objetivo é sermos uma empresa parceira na busca e consolidação de um país mais soberano”, conclui o executivo.
SNB

FT Sistemas apresenta este ano o FT-200FH, o VANT tático mais versátil já produzido

A FT Sistemas, empresa brasileira pioneira no mercado de VANT (Veículos Aéreos Não Tripulados) e líder nesse segmento, vai apresentar este ano o helicóptero não tripulado FT-200FH - considerado o VANT tático mais versátil e capaz do mercado mundial.

O projeto tem grande comunalidade com o VANT VT15, desenvolvido pela FT em parceria com o Exército Brasileiro, e pode ser considerado como sua variante de asas rotativas.
O helicóptero de última geração agrega as mais avançadas tecnologias em micromecânica, sistemas propulsivos de alta eficiência e robótica -- esta última oriunda da tecnologia que a FT Sistemas vem desenvolvendo nos últimos 10 anos em parceria com as Forças Armadas Brasileiras.

O VANT pesa 90 quilos e tem dois metros de comprimento com potencial para ser utilizado tanto pelo setor de Defesa quanto pela iniciativa privada.
Com previsão do primeiro voo ser realizado ainda no primeiro semestre de 2016, o FT-200FH dividirá um mercado global de cerca de U$ 11 Bilhões nos próximos 10 anos. O projeto têm como características a economia de energia por utilizar a configuração Flettner em conjunto com um motor de alta eficiência, o que aumenta a carga útil do aparelho.

O helicóptero, em sua configuração básica, tem a capacidade de alcance de 100 quilômetros, podendo ser usado com autonomia de voo de mais de 18 horas. “Este é um sistema inteligente que garante alta autonomia, alcance, e carga útil invejável e mudará as regras do mercado, mantendo a FT na liderança desse segmento”, afirma o diretor-presidente da FT-Sistemas Nei Brasil.
O desenvolvimento da aeronave conta com parceiros importantes da Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos. As primeiras unidades da aeronave serão customizadas para atender uma demanda inicial para Inspeção de Linhas de Transmissão.O FT-200FH foi projetado primeiramente para atender os mercados de Agronegócio, Utilities e Defesa.

No Agronegócio, o VANT tem aplicação para liberação de agentes biológicos e aplicação de defensivos químicos nas lavouras. No mercado de Utilities, pode ser utilizado na inspeção de Linhas de Transmissão, Inspeção de Dutos, monitoramento e pesquisa ambiental. Já na Defesa tem aplicação em Projetos Estratégicos, como o de lançadores múltiplos de foguetes, SISFRON, Proteger, SisGAAz e VANT Embarcado.
“O FT-200FH é o VANT Tático de asas rotativas mais avançado do mundo e tem impressionado muito nossos parceiros e representantes devido à capacidade de cumprir missões antes realizadas por categorias superiores. Nas competições que estamos participando, não temos encontrado concorrentes à altura. Estamos muito satisfeitos com os resultados e com grandes perspectivas de negócios”, comemora Nei Brasil.
Sobre a FT Sistemas - Com dez anos de fundação, a FT Sistemas S.A. é uma empresa líder no mercado de VANT no Brasil. Certificada pelo Ministério da Defesa como EED (Empresa Estratégica de Defesa), tem atuação consolidada em projetos estratégicos das Forças Armadas Brasileiras, tendo como principais clientes o Exército Brasileiro, a Força Aérea, além de clientes no Exterior. Possui capacidade e experiência na integração de diversos fornecedores de tecnologia e para o desenvolvimento de projetos, sempre com uma estratégia de médio e longo prazo.

Atualmente, o portfólio da FT Sistemas é composto por produtos e serviços na área de VANTs, incluindo serviços de Operação, de Suporte Logístico Integrado e de Pós-Processamento, além de serviços de Pesquisa e Desenvolvimento. Entre os produtos, estão os seus VANTs Táticos Leves e Soluções de Imageamento e Inteligência aplicadas a diferentes setores industriais e produtivos.
SNB

segunda-feira, 28 de março de 2016

Grampo revela 'fragilidade total' de proteção a dados no Planalto, diz especialista

As gravações de conversas telefônicas da presidente Dilma Rousseff com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostram que a segurança da informação da principal instituição do Brasil varia entre "frágil" e "inexistente".
Para Silvio Meira, professor do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco, é "inconcebível" que a líder de um dos maiores países do mundo "fale com um telefone que não sabe de quem é nem a quê esse aparelho está submetido".
  • "A fragilidade é total. Você tem uma situação em que o presidente da República corre o risco de ser gravado por alguém vigiado pela Polícia Federal numa das maiores investigações criminais da história do Brasil e onde claramente existia um potencial gigantesco dessa conversa ser gravada", disse Meira à BBC Brasil.
As conversas de Dilma captadas pela PF integram uma série de interceptações telefônicas de Lula, incluídas no inquérito da Operação Lava Jato.
A Justiça Federal do Paraná divulgou os áudios e as transcrições na semana passada. No diálogo mais polêmico, Dilma diz a Lula que enviará seu "termo de posse" como novo ministro da Casa Civil, para uso "em caso de necessidade". Investigadores interpretaram o diálogo como tentativa da presidente de evitar eventual prisão do antecessor.
Para Meira, o Brasil deveria se espelhar nos EUA, onde todas as conversas de interesse do Estado mantidas pelo presidente são seguras (criptografadas). Os diálogos não são gravados, segundo o especialista, mas a Casa Branca produz transcrições informais.
"O presidente americano fala em comunicações seguras, como o primeiro-ministro da Inglaterra, França e Alemanha, mas não tem o direito de falar o que quiser sozinho. Ele não pode, por exemplo, ligar para outro e combinar um ataque nuclear, há todo um protocolo de comunicações de Estado, um grau de sofisticação alto", afirma.

Sistemas de proteção

Criptografia é uma maneira de aprimorar a segurança de uma mensagem ou arquivo. A tecnologia embaralha o conteúdo para que ele só possa ser lido por quem tenha a chamada chave de criptografia, necessária para desembaralhá-lo.
A Abin (Agência Brasileira de Segurança) oferece uma série de equipamentos que podem garantir a segurança da comunicação da presidente e de funcionários de alto escalão. Há, por exemplo, telefone fixo e aplicativo para smartphones com criptografia de voz e dados, que empregam algoritmo matemático de propriedade e uso exclusivo do Estado brasileiro.
  • Questionada sobre os motivos pelos quais a presidente não usa a tecnologia oferecida pela Abin, como o telefone seguro, a Secretaria de Imprensa do Planalto informou apenas que "não comenta assuntos que possam interferir na privacidade ou na segurança da Presidência da República".
Procurada pela reportagem, a Abin, que é sucessora no período democrático do SNI (Serviço Nacional de Informações), órgão de espionagem da ditadura militar (1964-1985), também não comentou.
Segundo Meira, para a conversa entre Lula e Dilma ser considerada segura, ambos teriam que ter usado telefones criptografados ou aplicativos de criptografia no smartphone. Segundo a Justiça Federal do Paraná, o telefone grampeado era usado com frequência pelo ex-presidente e pertence a um assessor do Instituto Lula.

Ironia de Snowden

O grampo envolvendo Dilma e Lula foi alvo de um comentário irônico de Edward Snowden, ex-assessor da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês).
Em 2013, Snowden divulgou documentos ultrassecretos que mostram que a NSA teria espionado comunicações de Dilma e de outros líderes mundiais. Na época, os vazamentos causaram revolta no govenro brasileiro e esfriaram as relações entre Brasil e EUA – Dilma chegou a cancelar uma visita de Estado a Washington em razão do episódio.
  • "Going dark (ficando no escuro, na tradução em português) é um conto de fadas. Três anos depois das manchetes de grampos de @dilmabr ela ainda está fzendo chamadas não criptografadas", escreveu Snowden no Twitter. A expressão "going dark" remete ao uso de criptografia.
Meira afirma que o Brasil não avançou – e provavelmente até retrocedeu - em segurança da informação desde as revelações de Snowden. "De lá para cá, por exemplo, o sistema de e-mail de agentes de Estado que deveria ter mudado para sistema fechado, criptografado, continua igual. Continuamos mandando e-mail para agentes públicos em ministérios, em nível bastante alto, usando serviços como Gmail."
O especialista diz que não se trata de um problema de tecnologia, mas de implementação de processos, pois os recursos para tornar as comunicações seguras estão disponíveis. Ele cita, por exemplo, que há aplicativos simples para criptografar troca de informações (voz e dados) por smartphones.
"Não é um problema tecnológico, esse está resolvido há muito tempo. É de processos, métodos, compliance (política interna), responsabilização. É outro problema."

Segurança nacional

Na primeira viagem após a divulgação dos grampos de Lula, na semana passada, a presidente Dilma criticou a interceptação de suas conversas e afirmou que se trata de um crime contra a Lei de Segurança Nacional.
Para Meira, engenheiro eletrônico pelo ITA, mestre em informática pela UFPE e doutor em computação pela Universidade de Kent (Inglaterra), o problema é outro.
"O problema que deveria estar sendo discutido por causa dessas gravações é como as comunicações da Presidência da República são tão rudimentares e estão sujeitas a tão poucos crivos a ponto de a presidente estar falando com telefones de quem a priori não se sabe nem de quem são?", questiona.
Informada sobre as declarações do professor, a Presidência da República não comentou.
 BBC Brasil
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PROSUB - Programa de Desenvolvimentos de Submarinos

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segunda-feira, 14 de março de 2016

Conexão FAB - Revista Eletrônica - Março 2016


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AEB FOMENTA CRIAÇÃO DE PAINEL BRASILEIRO QUE INTEGRA SGDC

 A empresa CENIC após o suporte financeiro e técnico da Agência Espacial Brasileira (AEB) assinou com a Thales Alenia Space a integração de seu painel de suporte da bateria para o satélite SGDC-Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas.
O objetivo foi envolver empresas brasileiras no desenvolvimento do conteúdo do satélite. A entrega do SGDC é de responsabilidade a Thales Alenia Space por meio de contrato com a Visiona, empresa brasileira integradora de sistemas espaciais.
A entrega no prazo, incluindo a integração com o satélite, representou um grande desafio, tanto para a CENIC como para a Thales Alenia Space. O fato representa o primeiro passo para uma bem-sucedida integração de peças brasileiras em um satélite construído pela Thales Alenia Space. Com outros contratos de Transferência de Tecnologia já assinados pela Thales Alenia Space, participações brasileiras com tecnologias de ponta podem ser esperadas no futuro para satélites de observação ou de comunicações.
“Estamos muito orgulhosos por fazermos parte do programa SGDC e de termos sido capazes de entregar no prazo um painel para ser lançado em breve”, disse Francisco Diaz, Diretor da CENIC.
“Este painel demonstra o compromisso da Thales Alenia Space de apoiar o desenvolvimento da indústria brasileira com tecnologias atuais, em parceria com o governo brasileiro”, disse Joel Chenet, Vice-Presidente Sênior e representante da Thales Alenia Space no Brasil.
“Com esse projeto a Thales fixa definitivamente o Brasil e a América Latina no mapa das suas estratégias globais, impulsionando o desenvolvimento aeroespacial na região. Isso representa também um passo muito importante no seu objetivo de duplicar a presença da companhia na América Latina até 2019”, afirmou Ruben Lazo, vice-presidente da Thales na América Latina.
Coordenação de Comunicação Social (CCS) com informações da CDN, assessoria da Thales Alenia Space no Brasil.
Foto: Thales Alenia Space
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sexta-feira, 11 de março de 2016

Coreia do Norte usa 6.800 hackers em guerra cibernética contra Coreia do Sul

O Ministério da Defesa sul-coreano declarou nesta sexta-feira (11) que um total de 6.800 hackers profissionais da Coreia do Norte atacam instituições públicas da Coreia do Sul.

"A Coreia do Norte tem 6.800 pessoas envolvidas na guerra cibernética, e sua capacidade de aplicar meios assimétricos a ataques cibernéticos estão crescendo", informou agência de notícias Yonhap, citando dados do ministério sul-coreano.
Estes dados foram apresentados durante a reunião de representantes de instituições de defesa da Coreia do Sul nesta sexta-feira.
De acordo com a mídia local, a Coreia do Norte possui seis organizações responsáveis por realizar os hacks, com 1700 funcionários em cada uma.
Além disso, o país tem outras 13 subsidiárias, com os mesmos objetivos, onde trabalham 5.100 pessoas.
A reunião em Seul coincidiu com a afirmação de um parlamentar sul-coreano, que disse que a Coreia do Norte tentou hackear telefones móveis de 300 representantes de instituições públicas da Coreia do Sul.
Pyongyang reagiu à declaração do deputado com mensagens por correio eletrônico com insultos e críticas à administração da Coreia do Sul.
A tensão na região voltou a aumentar depois que o país a Coreia do Norte realizou seu quarto teste nuclear em 6 de janeiro e um mês depois lançou um foguete com um satélite.

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Aeronave de ataque da Embraer é cogitada para substituir o "caçador de tanques" A-10

Um dos mais importantes aviões da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), o modelo de ataque ao solo Farchild Republic A-10, está chegando ao limite de sua vida-útil e em breve será aposentado. E um dos candidatos para substituí-lo é o Embraer A-29 Super Tucano.

Segundo o site Flight Global, o Super Tucano é uma das alternativas estudadas pela USAF no projeto de aquisição de um nova aeronave de “apoio aéreo aproximado” (CAS – Close Air Support) – avião de ataque ao solo que auxilia ações terrestres, como combates contra guerrilhas e tanques..
Outro candidato ao posto do A-10 é o Beechcraft AT-6 “Wolverine”, fabricado nos EUA e com características semelhantes às do avião da Embraer. Ambos têm motores turbo-hélice e podem ser equipados com um variado leque de sensores e armamentos “inteligentes”.
De acordo com o artigo, o comando militar dos EUA busca uma solução com custos operacionais menores, por isso a sugestão de substituir o A-10, com motores a jato, por modelos turbo-hélice, de manutenção mais baixa e menor consumo de combustível.
Outra opção, desta vez com motor a jato, pode ser um avião de ataque derivado do programa T-X da USAF, que prevê o desenvolvimento de uma aeronave de treinamento avançado. No entanto, essa solução pode demorar e custar caro. O T-X deve ser concluído somente em 2024.
A USAF também estuda adaptar alguns dos caças do arsenal atual, como os modelos F-15 Eagle e F-16 Falcon, além do novo F-35, para a função do A-10. Porém, essa alternativa também pode apresentar altos custos operacionais, sobretudo com combustível.
A substituição do A-10, que já participou de conflitos no Iraque, Afeganistão e Balcãs, deve acontecer entre 2018 e 2022. A aeronave, também chamada de “Thunderbolt II” e “Warthog” (na versão mais avançada, de 2007), entrou em operação com a USAF em 1977.
Entre 1972 e 1984, foram produzidos 716 unidades do A-10 e quase 300 exemplares continuam em operação com as forças armadas dos EUA.
O Super Tucano citado pelo site americano é a versão montada pela Sierra Nevada Corporation (SNC), fabricante norte-americana parceira da Embraer na área de defesa. Os primeiros A-29 montados nos EUA entraram em operação recentemente com a força aérea do Afeganistão e oLíbano será o próximo cliente.
Peças da aeronave produzidas em instalações da Embraer são enviados para Jacksonville, na base da Sierra Nevada, e os componentes importados, como motores e equipamentos eletrônicos, são enviados diretamente para a linha de montagem final nos EUA.
Como anunciou a publicação, a USAF deve tomar a decisão de aposentadoria e substituição dos veteranos A-10 no prazo de cinco anos.
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A Avibras não sabe o que é crise

Os sócios da Avibras, mais importante indústria de equipamentos militares de alta tecnologia do País, só sabem da recessão brasileira pelos jornais. A receita bruta da empresa, com sede em São José dos Campos e fábricas em Jacareí e Lorena, interior de São Paulo, cresceu 8,6 vezes entre 2012 e 2016, de 154,6 milhões para 1,33 bilhão de reais. Os números estão em valores constantes de 2015 e incluem as vendas contratadas para 2016. O aumento de 1,72 vezes no plantel de empregados, significativamente inferior ao crescimento do faturamento, indica uma elevação da produtividade.
Integrante de um mercado com crescimento proporcional às necessidades de defesa diante do aumento das tensões mundiais, a empresa registrou uma elevação significativa das exportações, naquele período, de um valor marginal para 1,25 bilhão de reais. O fator fundamental para o bom desempenho econômico é o desenvolvimento de tecnologia nacional avançada nas áreas de aeronáutica, espaço, eletrônica e veículos de defesa. “Investimos cerca de 25% do nosso faturamento em pesquisa e desenvolvimento, 15% na forma de contratos com as Forças Armadas e 10% com capital próprio”, detalha Sami Hassuani, presidente da Avibras. 
A empresa vende 20% da produção no Brasil e tem uma atuação internacional intensa. Os países emergentes são o maior mercado. A Avibras identifica dificuldades e necessidades das diferentes nações e procura oferecer produtos inovadores, sem similar nos concorrentes. A análise geopolítica e de mercado, fundamental para identificar tendências, é feita com base na participação em feiras internacionais, em projeções e estudos de publicações especializadas, no contato intenso com embaixadas do Brasil e representações diplomáticas estrangeiras e na presença constante nos mercados.
A soberania consiste em autossuficiência alimentar, energética e de defesa, dizem os especialistas. “Se um país quer ter soberania, necessita de autonomia tecnológica em defesa. O conceito de defesa deve ser um pensamento do Estado, de longo prazo, por causa do tempo e investimento exigidos para formar pessoal e desenvolver tecnologia. Só assim se alcança a soberania, que é a capacidade de, em uma mesa de negociação, dizer não”, define Hassuani. “Para isso, é indispensável ter tecnologias testadas e respeitadas.” O míssil AVTM-300, da Avibras, o cargueiro KC-390 e o avião Tucano, da Embraer, são exemplos de desenvolvimento de tecnologia própria no Brasil, segundo o empresário. 
O principal produto da Avibras é o sistema Astros, de artilharia de foguetes e mísseis, detentor de 25% do mercado mundial no segmento, participação idêntica àquela dos Estados Unidos. A Rússia vem logo atrás, com 20%, a China responde por 10% e os 20% restantes são repartidos entre Turquia, Israel e outros. Cada bateria da família Astros II é composta de seis caminhões lançadores de foguetes, mais seis veículos remuniciadores e outro com sistema de radar e meteorologia para controle de tiro. “O carro mais barato custa em torno de 1 milhão de dólares e o mais caro, cerca de 7 milhões, em razão do altíssimo valor agregado. Não somos careiros, mas muito competitivos”, diz Hassuani.
O Astros II foi empregado nos principais embates em guerras convencionais contemporâneas. A Avibras começou a desenvolvê-lo no início da década de 1980 para fornecimento ao Exército iraquiano, que conhecia a empresa por usar seus foguetes ar-solo e bombas para aviação. Antes, estudou vários sistemas de foguetes de artilharia disponíveis no mercado. O produto foi concluído em 1983 e adquirido pelos exércitos do Brasil, Iraque, Arábia Saudita, Indonésia, Malásia e Catar. O Iraque e a Arábia Saudita o utilizaram com frequência na primeira Guerra do Golfo, em 1991. O sistema Astros foi usado também pela coalizão integrada por Estados Unidos e Arábia Saudita, entre outros, no combate ao Estado Islâmico, o Isis, no ano passado, no Iêmen. 
“Os clientes precisam sentir-se seguros quanto ao desenvolvimento tecnológico dos produtos. Eles acompanham a produção. Delegações militares de países estrangeiros vêm nos visitar e ficam de boca aberta ao perceber que o País tem autonomia tecnológica total na área”, afirma o presidente da Avibras. “Fazemos diferentes auditorias encadeadas na linha de produção para garantir a qualidade”, diz Márcio Moreira, gerente da Divisão Veicular. Na produção do sistema de defesa Astros, a condição para ser independente tecnologicamente é dominar as áreas aeroespacial, de engenharia mecânico-veicular, engenharia química, eletrônica, softwares e telecomunicações. 
A empresa segue uma regra simples para decidir se deve verticalizar a produção de um componente. Se não houver ao menos três fabricantes, ela o produz internamente. “O fabricante de avião compra uma turbina de determinado fornecedor internacional e, no caso de um embargo provocado por fatores geopolíticos, pode escolher um concorrente daquele parceiro. Temos de fazer as turbinas dos nossos mísseis porque, se importássemos, correríamos o risco apontado de corte do fornecimento externo. Para afastar essa possibilidade de comprometimento das entregas de componentes críticos, temos de verticalizar ao máximo. Tornamo-nos especialistas em balancear o que fazemos em casa e o que compramos de fora”, explica Hassuani.
A verticalização ou produção própria de itens de alta tecnologia inclui, além das turbinas, o propelente com perclorato de amônia (PCA), combustível sólido que não precisa de oxigênio para queimar. A eletrônica de guiamento dos mísseis e aquela de controle de radares também são produzidas pela própria empresa, assim como as peças leves e duras de material composto carbono-carbono, incluída a tubeira, uma espécie de escapamento dos mísseis e dos foguetes. “São tecnologias antes só disponíveis nos países avançados, com acesso vetado aos países emergentes.” 
No jogo entre as nações, impede-se o acesso a uma tecnologia até o momento em que o país interessado em comprá-la passa a produzi-la por conta própria. Antes dos anos de 1990, a Avibras tinha muita dificuldade para comprar o PCA. Hoje, produz perclorato de amônia e propelentes sólidos de alta energia para aplicação em foguetes, mísseis e engenhos espaciais. É a única com essa tecnologia na América Latina e, nos Estados Unidos, só dois dos oito fabricantes de mísseis e foguetes a possuem. “Hoje, concorrentes da Avibras vendem o PCA para nós, pois agora detemos essa tecnologia. Quando você a possui, eles passam a se interessar em vender-lhe, até para a sua produção não aumentar muito e diminuir a fatia dele no mercado”, diz Carlos Augusto Pereira Lima, assessor técnico da presidência da Avibras. 
Em 2008, a indústria foi assediada por concorrentes interessados em comprar a tecnologia de combustível sólido para propulsão de foguetes. A morte, naquele ano, do fundador João Verdi Carvalho Leite, encontrou a empresa com poucos pedidos em carteira e muitos contratos por fechar. João Brasil Carvalho Leite, filho do fundador, herdou 95% do controle acionário da empresa. “Não pensamos em salvar a empresa e deixar o Brasil sem aquela tecnologia avançada. Sempre vinculamos os interesses da companhia àqueles do País. Mesmo em situações de enormes dificuldades, como em 2008, jamais abriríamos mão de permanecer aqui”, diz Hassuani. “A tecnologia tem um valor inestimável. Não só isso. Ter tecnologia é uma coisa, ter tecnologia independente é outra, totalmente diferente.” A empresa ficou em recuperação judicial entre 2008 e 2010, mas resistiu, superou a conjuntura difícil e voltou a registrar bons resultados. 
Os primeiros produtos da indústria fundada em 1961 por Carvalho Leite e outros quatro engenheiros do Instituto Tecnológico da Aeronáutica, o ITA, foram os aviões Alvorada, usado em treinamento, e Falcão, elaborados com materiais compostos, derivados da corrida espacial, considerados um avanço tecnológico mundial. Para dar conta das encomendas, a Avibras contratou 30 funcionários. O outro fabricante nacional de aviões naquele período era a Neiva.
Ainda na década de 1960, a Avibras entrou para o Programa Espacial Brasileiro, coordenado pelo Instituto de Atividades Espaciais, atual Instituto de Aeronáutica e Espaço. Foi quando desenvolveu o combustível do primeiro engenho espacial brasileiro, o Sonda I. Construiu, para o Ministério da Aeronáutica, os foguetes Sonda I, Sonda IIB e Sonda IIC, e fez o tratamento térmico do envelope metálico ou tubo externo do Sonda II, além de plataformas de lançamento. Com o avanço em novas áreas de produtos de alta tecnologia, o efetivo foi ampliado para 100 empregados. 
Entre as décadas de 1960 e 1970, começou a produzir foguetes superfície-superfície e mísseis para o Exército brasileiro, além de sistemas de foguetes ar-terra e armamentos para helicópteros da Força Aérea e da Aviação Naval da Marinha. Nos anos 1970, venceu a concorrência do governo brasileiro para a fabricação de 45 estações de comunicação com satélites, compostas de torres e antenas parabólicas, e aumentou o quadro para 300 empregados. No fim daquela década, começou a produzir bombas de aviação, produto que exigia várias tecnologias dominadas pela empresa. 
A crise econômica e industrial no início dos anos 1980 provocou a falência de diversas empresas do setor de defesa, Engesa, DF Vasconcelos e Órbita incluídas. As dificuldades foram seguidas por um período de crescimento das exportações, desenvolvimento de novos sistemas de defesa e ampliação da companhia, com novas instalações e atuação com empresas coligadas para desenvolver produtos, sistemas e serviços nas áreas civil e militar. A criação de um sistema de foguetes de artilharia para saturação de área, o Astros, e o início das exportações, possibilitaram à empresa dar um salto qualitativo e quantitativo e atingir um total de 3 mil funcionários. 
O ciclo seguinte seria de desaceleração, depois dos anos 1990, efeito da queda das encomendas e elevação dos estoques mundiais com o fim da Guerra Fria. Por causa das novas dificuldades provocadas também pelos sucessivos planos econômicos do período, a empresa pediu concordata em 1990, suspensa em 1994 com o aumento das exportações. A aposta na indústria da defesa a partir do segundo mandato de Lula impulsionou as encomendas. A manutenção da força de trabalho de alto nível, mesmo nos períodos difíceis, permitia uma retomada rápida de volumes de produção significativos. 
“Nunca descuidamos de manter o pessoal e a tecnologia decisivos. Assim, quando há uma retomada do mercado, a empresa decola”, diz Hassuani. “Somos uma empresa de engenharia que, por ser da área de defesa, tem uma razoável capacidade industrial. Precisamos ser uma empresa de engenharia para pensar o novo.” Dos quase 2 mil empregados, 350 são engenheiros ou técnicos. O salário médio na empresa é de 6,5 mil reais e, na engenharia, está acima de 10 mil reais. 
Os lançamentos em fase final do período de certificação, previstos para daqui a um ano, incluem o míssil ar-ar A-Darter, um dos mais modernos do mundo, de quinta geração. Fabricado em parceria com as empresas brasileiras Mectron e a Octoeletronica e a sul-africana Denel, pode ser usado pelos aviões de caça Gripen. Entre as próximas novidades está um míssil antinavio produzido em conjunto com a Mectron e a Omnysis, empresa de capital francês instalada no Brasil. O míssil tático de cruzeiro AV-TM300, com alcance de 300 quilômetros, lançado também do Astros, está em desenvolvimento para o Exército brasileiro. Em fase de certificação, encontra-se ainda uma aeronave de pilotagem remota denominada Falcão.
O potencial do setor de defesa brasileiro está represado por uma significativa limitação de recursos. Hoje o orçamento corresponde a 1,4% do PIB, ante 1,71%, em média, na América Latina e 2,31% nos países do bloco BRICS. O Brasil deveria destinar 2% do PIB ao setor, defende o ministro Aldo Rebelo, da Ciência, Tecnologia e Inovação. Se assim fosse, novas Avibras poderiam florescer.
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