terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Fim da neutralidade da rede é um ataque ao 'acesso democrático', alerta especialista

A decisão do Comitê Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC na sigla em inglês) de acabar com a neutralidade de rede irá favorecer os mais ricos e é um "ataque ao acesso democrático de todas à uma internet com as mesmas condições", acredita o especialista em direito digital Fernando Stacchini.
Com o fim da neutralidade, as operadoras e provedoras de internet nos Estados Unidos poderão cobrar preços diferenciados de quem consome maiores pacotes de dados. Ou seja, quem acessa serviços de vídeo como YouTube e Netflix pode ter que pagar mais. 
O que é a neutralidade de rede? É a obrigação das operadoras de tratar qualquer pacote de dados, independente da origem, do conteúdo, dos destinos destes pacotes de dados que trafegam pela internet da mesma forma. Ou seja, com a mesma velocidade de internet, o mesmo preço, independente do tipo de conteúdo que a pessoa estiver acessando ou transmitindo", diz Stacchini.
O fim da neutralidade era uma reivindicação antiga dos empresários do setor de telecomunicações.
Já no Brasil, a neutralidade da rede é garantida pela Marco Civil da Internet. Apesar de não descartar a possibilidade de uma mudança na legislação, Stacchini acredita que qualquer tentativa de alterar as regras da internet enfrentaria uma "oposição muito forte".
O fim da neutralidade da rede, acredita o especialista em direito digital, é "um ataque ao acesso democrático de todos à uma internet com as mesmas condições" já que "quem tiver melhores condições financeiras será favorecido ao contratar um pacote de dados com maior velocidade e outras facilidades, o que não é justo".

domingo, 17 de dezembro de 2017

AEL Sistemas recebe prêmio da ABIMDE com solução inovadora

Software que possibilita voos em baixa altura e sem visibilidade vence Concurso de Engenharia de Defesa e Segurança

A capacidade operacional da AEL Sistemas foi reconhecida pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), no 2º Concurso de Engenharia de Defesa e Segurança, realizado no último dia 12 de dezembro. O sistema para voo por Seguimento de Terreno (Terrain Following/Terrain Avoidance), desenvolvido pela companhia, foi premiado na categoria Conteúdo Tecnológico do concurso, que busca premiar, anualmente, as melhores soluções de engenharia implantadas nas empresas e instituições associadas.
“O sucesso na entrega do Terrain Following e o recebimento do prêmio ABIMDE representa nossa capacidade de desenvolver sistemas de altíssima complexidade e criticidade. É um orgulho e uma satisfação enorme ter participado de todo o desenvolvimento desse projeto, trabalhando do início ao fim com um time altamente capaz e comprometido com o resultado”, afirma Fernando Dutra, engenheiro de Software e gerente técnico do projeto TF/TA.
O sistema para voo por Seguimento de Terreno teve seu início impulsionado pelo apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e possibilita a aeronaves de diferentes tipos (cargueiros, caças, helicópteros e veículos aéreos não-tripulados) realizar voos em baixa altura de maneira segura mesmo na ausência de visibilidade – o que permite uma variada gama de missões que seriam muito arriscadas, como a penetração em território inimigo, reconhecimento, busca e resgate e vigilância.
A capacidade de desenvolvimento de soluções como o Terrain Following pela AEL coloca a engenharia brasileira no mesmo nível de grandes potências mundiais em tecnologia de defesa. Com alto grau tecnológico e de inovação, o sistema já está sendo utilizado operacionalmente por um cliente no exterior, demonstrando a capacidade da indústria de Defesa e Segurança nacional de transpor as fronteiras e fazer entregas de qualidade ao redor do mundo.
Sobre a AEL Sistemas
A AEL Sistemas é uma empresa brasileira, situada em Porto Alegre, que há 35 anos dedica-se a projeto, desenvolvimento, fabricação, manutenção e suporte logístico de avançados sistemas eletrônicos, com foco nos mercados aeroespacial, de defesa e de segurança pública. Capacitada para o fornecimento, projeto e desenvolvimento de aviônicos, eletro-ópticos, sistemas de comunicação, sistemas espaciais, ARP (aeronaves Remotamente Pilotadas) e simuladores, a empresa participa de projetos estratégicos das Forças Armadas Brasileiras como Gripen, KC-390, Guarani e SISFRON – Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras. Através de tecnologias e conhecimentos avançados, infraestrutura moderna e treinamento sistemático, a AEL produz soluções de última geração, confiáveis e inovadoras, com a qualidade de seus produtos e serviços reconhecidos internacionalmente.
DIVULGAÇÃO: FSB Comunicação

Corvetas classe Tamandaré: Jungmann inaugura, dia 19, nova etapa do programa

Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, presidirá, no próximo dia 19, o lançamento da segunda etapa do Projeto “Corveta Classe Tamandaré”.
O evento (aberto à imprensa) terá lugar na Escola de Guerra Naval, no Rio de Janeiro, e contará com a presença do Comandante da Marinha, almirante de esquadra Eduardo Leal Ferreira, do diretor-geral do Material, almirante de esquadra Luiz Henrique Caroli, e do diretor de Gestão de Programas da Marinha, vice-almirante Petrônio Augusto Siqueira de Aguiar.
O detalhamento do evento encontra-se abaixo.
Na primeira fase do programa das corvetas foi feita uma chamada para as empresas que dispusessem de capacidade e experiência comprovadas, nos últimos dez anos, em construção de navios militares de alta complexidade tecnológica, com deslocamento superior a 2.500 toneladas.
Segundo o Poder Naval pôde apurar, a Marinha do Brasil (MB) já tem mais de uma dúzia de propostas de estaleiros na Europa e na Ásia, aptas, em tese, a colaborar no programa da Corveta Classe Tamandaré.
Em 2018 os chefes navais selecionarão as três propostas que melhor se adaptem aos requisitos elaborados pelo Centro de Projetos de Navios da MB para a nova classe.
Ainda no ano que vem os estaleiros que tiveram suas propostas incluídas nessa short list serão convidados a oferecer uma proposta final (melhorada no preço) – também conhecida por BAFO (Best and Final Offer). Finda essa etapa a Marinha espera anunciar a empresa vencedora.
O certame prevê que os navios serão construídos em estaleiro brasileiro com assistência da companhia fabricante estrangeira.
Eis o texto do comunicado divulgado na tarde desta sexta-feira (15.12) pelo Centro de Comunicação Social da Marinha sobre o evento da próxima terça-feira, dia 19:
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA
Brasília, em 15 de dezembro de 2017.
AVISO DE PAUTA
Marinha do Brasil inicia a segunda etapa do
Projeto “Corveta Classe Tamandaré”
No dia 19 de dezembro, a Marinha do Brasil realizará, no contexto do Programa Estratégico “Construção do Núcleo do Poder Naval”, o lançamento do Projeto “Corveta Classe Tamandaré” ao mercado de defesa nacional e internacional. O evento será realizado na Escola de Guerra Naval (EGN).
O projeto visa à aquisição, por construção, de quatro navios de superfície de alta complexidade tecnológica.
O evento será dividido em três fases:
1) 14h30 – Abertura (Auditório Tamandaré):
Mesa Principal:
• Ministro da Defesa – Ministro Raul Jungmann
• Comandante da Marinha – Almirante de Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira
• Diretor-Geral do Material da Marinha – Almirante de Esquadra Luiz Henrique Caroli
• Diretor de Gestão de Programas da Marinha – Vice-Almirante Petronio Augusto Siqueira de Aguiar
• Diretor-Presidente da Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON) – Vice-Almirante (RM1) Francisco Antônio de Magalhães Laranjeira
2) 15h30 – Intervalo e Saída do Ministro da Defesa acompanhado das demais Autoridades – Antes da saída da EGN, o Ministro da Defesa atenderá a imprensa.
3) 16h – Entrevista Coletiva (Mezanino do Auditório “Tamandaré”):
Participantes:
• Diretor de Gestão de Programas da Marinha
• Diretor-Presidente da Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON)
• Representantes da FGV e do BNDES

Especialistas advertem OTAN sobre o reforço do poder militar da Rússia

A Rússia está reforçando o seu potencial militar, o que preocupa a OTAN, afirma o jornal Frankfurter Allgemeine. Em breve Moscou pode efetuar "intervenções militares por todo o mundo", acreditam os especialistas da Fundação Carnegie.

Especialistas recomendam à aliança que considere "as novas possibilidades russas" e treine a guerra combinada, porque em 28 anos a OTAN já se esqueceu de como combater. 

A Rússia está reforçando o seu potencial militar para diminuir atraso tecnológico em relação à da Aliança Atlântica, afirma o jornal alemão Frankfurter Allgemeine
"Ao mesmo tempo, o resultado obtido por Moscou já preocupa a OTAN, que tem sido superior no que se refere aos armamentos", afirma o autor do artigo, Marco Seliger
Hoje em dia a Federação Russa pode conter qualquer ofensiva do inimigo e vencer qualquer país vizinho, exceto a China, em uma guerra não nuclear", afirma Dmitry Gorenburg, especialista em assuntos russos da Universidade de Harvard.
Até o fim de 2017 o líder russo Vladimir Putin pretende aprovar o novo programa de armamento para os próximos 10 anos, afirma o observador no seu artigo. O volume de investimentos deve alcançar 270 bilhões de euros. 
O objetivo principal deste programa é manter a Rússia atualizada em relação ao avanço técnico na China e nos países da OTAN, que são os seus principais adversários", afirma Gorenburg. 
Os analistas da Fundação Carnegie afirmam que, até 2027, o exército russo deve estar em condições de participar paralelamente em duas guerras de grande escala. Na sua investigação, a Fundação Carnegie chegou à conclusão de que a Rússia em breve vai conseguir realizar "intervenções militares por todo o mundo".
É por isso, de acordo com o autor do artigo, que os especialistas aconselham a OTAN a ter em conta "as novas capacidades russas" e a "treinar de novo a guerra combinada", que envolve a participação de forças cibernéticas, terrestres, marítimas e aéreas. Porque a OTAN, em 28 anos, já se esqueceu de como "combater". 

Rússia celebra o aniversário da Força Estratégica de Mísseis (VÍDEO

A Rússia celebrou neste domingo (17) o 58º aniversário da Força Estratégica de Mísseis. O Ministério da Defesa russo divulgou um vídeo para comemorar a data.
Em comunicado divulgado pelo Ministério de Defesa da Rússia, foi relatado que a Força Russa de Mísseis Estratégicos atualmente possuí cerca de 400 lançadores de mísseis balísticos intercontinentais.
Por ocasião da celebração da Força Estratégica de Mísseis, a página oficial do Ministério da Defesa da Rússia publicou um vídeo com as equipes de treinamento da Força Estratégica de Mísseis.
Em 2017, as unidades da Força estratégica de Mísseis realizaram mais de 150 exercícios táticos e especiais, 50% a mais do que em 2016.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

S-300 ou Buk-M3: qual sistema de defesa antiaérea escolherá a Sérvia?

A Sérvia planeja comprar um sistema de defesa antiaérea russo. Mas de qual sistema se trata? O analista militar Miroslav Lazanski deu sua opinião.
O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, declarou, ao anunciar sua visita à Rússia, que pretende comprar seis helicópteros russos bem como sistema de defesa antiaérea. 
O analista militar do jornal Politika Miroslav Lazanski, em uma entrevista à Sputnik Sérvia, declarou que a variante mais evidente, o sistema S-300, não é aceitável para a Sérvia, porque seus países vizinhos e membros da OTAN, Grécia e Bulgária, já têm esses sistemas. Belgrado precisa comprar um sistema mais moderno.
A melhor opção é o sistema antiaéreo de curto alcance Pantsir S1 ou sistema de mísseis Buk-M3, porque eles são compatíveis com o sistema de defesa antiaérea russo ZRK KUB, que nós já possuímos. Neste caso, receberíamos um sistema antiaéreo sólido de médio alcance – isso é suficiente para nós", disse o especialista.
Segundo Lazanski, a Sérvia não deve comprar os sistemas de defesa antiaérea mais caros tentando mostrar que o país é um líder nos Bálcãs.
"Não temos dinheiro, ao mesmo tempo não é suficiente apenas comprar o sistema. Se compram qualquer versão do S-400, precisam de pelo menos uma divisão, ou seja, três baterias – 18 carros com quatro lançadores em cada um. Além disso, mísseis e radares. Tudo isso vai custar uma fortuna", explicou ele.
Quanto aos helicópteros, a Sérvia escolheu os de produção russa porque o país já tem três helicópteros russos Mi-17 e alguns Mi-8, que precisam de restauração.
"Temos toda a logística necessária, a planta Moma Stanojlovic tem todas as ferramentas para a restauração. Os pilotos passarão de Mi-8 para Mi-17 facilmente. Do ponto de vista econômico, é a melhor variante. O Mi-17 é o melhor helicóptero de transporte no mundo e é mais barato que seus análogos ocidentais", concluiu Lazanski.
Em alguns casos, as entregas de armamentos russos à Sérvia são realizadas em condições concessionais. Por exemplo, em 2016 a Rússia e a Sérvia concordaram com o fornecimento de seis caças MiG-29 e 30 tanques T-72S e BRDM-2 no âmbito da assistência técnica-militar.

EUA concluem produção do primeiro lote de novas bombas aéreas de alta precisão

A empresa norte-americana Raytheon concluiu a produção do primeiro lote de bombas aéreas guiadas de alta precisão SDB II (Small Diameter Bomb II, em inglês), informa o portal da agência UPI.

Depois do anúncio, a Força Aérea dos EUA solicitou dois lotes das SDB II. O exército norte-americano planeja equipar seus caças F-35, F/A-18 e F-15 com os explosivos em questão.
Estas bombas de pequeno diâmetro são capazes de destruir objetos móveis independentemente das condições climáticas e da escuridão enfrentada. São equipadas com radar de ondas milimétricas que detectam e vigiam objetos em qualquer clima, uma câmara infravermelha para melhor detecção e um laser semiativo que permite rastrear lasers no ar ou no terreno.
As SDB II foram desenhadas para alcançar objetivos situados a mais de 70 quilômetros e podem fazer atualizações no voo antes do impacto. São melhores do que bombas de uso geral Mark-84, pois quadruplicam a capacidade de transporte a bordo de aviões, ou seja, podem ser levadas quatro SDB II, já em relação à bomba Mark-84 – somente uma, informa o portal da agência UPI
.As munições SDB II para Força Aérea e para Marinha dos EUA foram produzidas nas fábricas da empresa no Arizona, já a geração anterior foi produzida pela Boeing.