quinta-feira, 26 de junho de 2014

Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicos

Ivan Plavet


Militares da Força Aérea Brasileira concluíram nessa quinta-feira (19/06) em Cannes, França, o curso avançado do programa de absorção de tecnologia do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas. Esse curso corresponde à primeira etapa de preparação dos militares selecionados para operar o primeiro satélite brasileiro de comunicações militares.
Com lançamento marcado para 2016, o satélite atenderá às necessidades do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) e uma ampla área de comunicações estratégicas no campo civil e militar
De acordo com o chefe do Núcleo do Centro de Operações Espaciais Principal (NuCOPE-P), 
unidade da FAB que vai operar todos os satélites militares brasileiros, tenente-coronel Hélcio Vieira Junior, o projeto vai mais que dobrar a capacidade brasileira de comunicação via satélite. "Vamos operar aqui do Brasil com domínio de comando e controle", afirmou.
Entre as novas capacidades figura o aumento de cobertura das comunicações das Forças Armadas, principalmente em apoio ao SISFRON (Sistema de Monitoramento das Fronteiras Terrestres), ao SISGAAZ (Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul) e ao SISDABRA (Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro).
Ao longo de dez semanas de aulas, os militares participaram de instruções correspondentes aos diversos sistemas que envolvem planejamento, projeto, construção, operação e validação de Sistemas Espaciais, abordando tecnologias e os sistemas de gerenciamento dos mesmos.
Além da operação eficiente e segura, garantindo sigilo das informações que transitam pelo satélite, a preparação dos militares permitirá aquisição de conhecimentos para a especificação da constelação satélites para sensoreamento, previsto para 2018. "Estamos participando da construção e aprimorando conhecimentos sobre satélites em geral pensando na próxima etapa do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais, o PESE", explicou o tenente-coronel Vieira Junior.
Além dos futuros operadores de satélites, participam da capacitação militares do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial e da Marinha do Brasil, além de representantes da Empresa Visiona e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, especificamente a Agência Espacial Brasileira e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
O programa de absorção de tecnologia envolvendo satélites tem como meta promover a capacitação brasileira nesse estratégico campo de atividade, incluindo qualificação e inserção de empresas brasileiras no mercado de manufatura e serviços de satélites geoestacionários.
Para o curso de Engenharia Espacial do ITA, por exemplo, é uma oportunidade de atualização, com abertura de novas linhas de pesquisa com o objetivo de disseminar know-how entre  indústrias brasileiras dedicadas à área espacial. Para o IFI, permitirá cursos de certificação e confiabilidade de produtos, colaborando com a capacitação da instituição nas áreas de garantia de desempenho, segurança e disponibilidade de produtos e sistemas espaciais.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG,SNB

terça-feira, 24 de junho de 2014

ORBITAL ENGENHARIA


SEGURANÇA NACIONAL BLOG,SNB

SATÉLITE CBERS-4 COMPLETA MAIS UMA BATERIA DE TESTES

 O modelo de voo do satélite Cbers-4 completou nesta segunda-feira (23), no Centro Espacial da Academia de Ciência e Tecnologia da China (Cast, na sigla em inglês), os testes de vibração nos seus três eixos. Os testes reproduzem as condições pelas quais o satélite passa durante o lançamento.
Quinto exemplar do programa de satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers), o Cbers-4 prossegue até agosto próximo na fase denominada de testes ambientais térmicos realizados na câmara de termo-vácuo. A etapa final é o teste sistêmico de longa duração, com 100 horas contínuas de operação, com o satélite simulando sua operação em voo. Em seguida se realiza a Revisão Final de Projeto (FDR, na sigla em inglês), prevista para setembro.
O lançamento do Cbers-4 está programado para ocorrer na segunda semana de dezembro próximo no Centro de Lançamento de Taiyuan, na China. Desde o início da montagem do satélite, em janeiro último, todas as etapas têm a participação efetiva de técnicos e engenheiros do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O Brasil é responsável por 50% dos subsistemas do satélite. A indústria nacional desenvolveu a estrutura, o subsistema de energia, as câmaras MUX e WFI, o gravador de bordo, o transmissor de dados, de coletas de dados e equipamentos do subsistema do computador de bordo.
A chegada do satélite à base de lançamento de Taiyuan está prevista para a segunda semana de outubro. Lá será realizada a campanha de lançamento que inclui testes elétricos pós-transporte, montagem final dos painéis solares, enchimento dos tanques de combustíveis, montagem do satélite na coifa onde o satélite é instalado para ser levado ao espaço, instalação da coifa no topo do foguete lançador e testes com o satélite na torre de lançamento.
Coordenação de Comunicação Social (CCS-AEB)
Foto: Cast/Divulgação – O satélite Cbers-4 em etapa de testes na China.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG,SNB

Avibras Tactical Missile de cruzeiro AV MT do tipo Tomahawk Segurança Nacional Blog,Snb

Primeiro míssil de cruzeiro brasileiro tiro Real AV-MT

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Habilitação Submetralhadora - MT 40


SEGURANÇA NACIONAL BLOG,SNB

MAVERICK, A FORÇA SUL-AFRICANA DESEMBARCA NO RIO

O Paramount Maverick é um veículo mais compacto e mais versátil do que o caveirão atual e foi concebido especialmente para o confronto. Embora o padrão de proteção seja semelhante ao do caveirão - capaz de resistir a tiros de fuzil de calibre 7.62 mm -, o Maverick lida melhor com os lançadores de granadas, uma das grandes ameaças que a polícia do Rio enfrenta atualmente em incursões em favelas.

Uma das adaptações pedidas pelos policiais cariocas é a diminuição do tamanho das janelas laterais, que foram consideradas muito amplas no carro de fábrica.

Vantagens do novo blindado

- Carro preparado de fábrica para confrontos;
- Mais compacto que o caveirão atual, se adapta melhor às vias estreitas das favelas;
- Tração nas quatro rodas;
- Fabricante garante fornecimento de peças de reposição no Brasil e manutenção mais barata que a atual;
- Passa por buracos de até 60 cm de largura e sobe degraus de 35 cm;
- Anda na água com até 60 cm de profundidade;
- Para-choque adaptado para remover obstáculos;
- Adaptado para o uso de computadores e equipamentos de GPS no seu interior.
Dimensões: 2,4 m x 5,45 m x 2,83 m (largura x comprimento x altura)
Capacidade: 12 ocupantes (incluindo motorista e navegador)
Peso: 10 t
Capacidade de carga: 5 t
Velocidade máxima: 120 km/h
Autonomia: 700 km por tanque de combustível
Proteção balística: Nível III (capaz de resistir a tiros de fuzis calibre 7.62 mm também a lançadores de granadas, já que conta com blindagem inclusive no piso)
Custo: R$ 1 milhão a unidade
SEGURANÇA NACIONAL BLOG,SNB

sexta-feira, 20 de junho de 2014

LANÇAMENTO DE NANOSSATÉLITE BRASILEIRO OBTEVE SUCESSO

Em órbita o cubesat concluiu 100% do plano de voo e já envia informações sobre sua localização.
O primeiro nanossatélite brasileiro NanosatC-Br1, lançado ontem (19) ás 16h11, já mantém contato com as bases de monitoramento. Desenvolvido com recursos da Agência Espacial Brasileira (AEB) e lançado na base de Yasny – Rússia, o cubesat está operando em modo de segurança e envia a sua localização por código Morse.
As informações enviadas são recebidas pelas Estações Terrenas de Rastreio e Controle de Nanossatélite do Programa NanosatC-BR da Universidade Federal de Santa Maria e a do Ita/Inpe. O objetivo do cubesat é monitorar a intensidade e mapear o campo magnético sobre a América do Sul, explica Jean Batana, coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Diretoria de Satélites e Aplicação da AEB.
“Os nanossatélites são importantes para o desenvolvimento da tecnologia espacial brasileira, além de motivar estudantes. É uma forma de congregar entre eles o trabalho na área espacial” fomenta José Raimundo Coelho, presidente da AEB.
O NanosatC-Br1 foi desenvolvido pelo Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais (CRS/INPE), é também o primeiro cubesat universitário brasileiro a ser lançado. “Estamos felizes com o sucesso do projeto e que a AEB pode apoiar este marco na história” comemora o diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da AEB, Carlos Gurgel.
Juntamente com o NanosatC-Br-1, foram lançados a órbita terrestre outros 36 nanossatélites, todos são liberados parcialmente, o cubesat brasileiro mandou seu primeiro contato ás 21h23 desta quinta. O lançamento foi acompanhado presencialmente pelos coordenadores do projeto, Otávio Durão e Nelson Jorge Schuch.
Coordenação de Comunicação Social (CCS-AEB)
Foto: ESA (Cryosat-2)
SEGURANÇA NACIONAL BLOG,SNB

S-400 Sistemas de Defesa Aérea para proteger Kamchatka na Rússia

RIA Novosti) - de defesa antiaérea em Kamchatka será reforçada com novos sistemas S-400 Triumf, o Ministério da Defesa nesta sexta-feira.
"Eles adquiriram novos equipamentos militares lá - sistema de mísseis de defesa aérea S-400, que num futuro próximo serão entregues à divisão antiaérea no nordeste da Rússia", disse o porta-voz da Frota do Pacífico Roman Martov.
Há vários meses, as unidades de combate da divisão de mísseis de defesa aérea Petropavlovsk-Kamchatsky passou por um treinamento de sucesso no centro de treinamento da Força Aérea em Gatchina, região de Leninegrado.
O S-400 é um novo sistema de geração de médio e de defesa aérea de longo alcance, capaz de destruir todas as armas de ar moderno, incluindo aviões táticos e estratégicos, mísseis balísticos e alvos hipersônicos.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Rússia Testes de Sistemas de Defesa Aérea Pantsir no Ártico

RIA Novosti) - A Rússia está testando sua Pantsir S-1 de curto alcance sistema de defesa aérea no Ártico para garantir a segurança na região rica em recursos, que logo é esperado para se tornar o centro de exploração de petróleo e gás para do país, Alexander Denisov, diretor de Sistemas de alta precisão segurando disse RIA Novosti segunda-feira.
"Estamos orgulhosos de que Pantsir S-1 foi confiado o papel de um sistema de defesa aérea pioneira no Círculo Ártico. Hoje, um esquadrão de vários veículos de guerra já está passando por uma fase de testes militar experimental nas condições extremas do Norte ", disse ele.
O Pantsir S-1, produzido pela KBP da Rússia, é um sistema de arma-míssil que combina uma montagem de um radar de controle de fogo e sensores eletro-ópticos, dois canhões de 30 mm veículo com rodas e até 12 57E6 rádio-comando guiado de curto alcance mísseis. Ele é projetado para assumir uma variedade de alvos voando a baixa altitude, bem moído e as ameaças de água de superfície.
O número de veículos pode crescer no Norte como infra-estrutura se expande lá, mas "a decisão será tomada pelo Ministério da Defesa, dependendo da avaliação complexa da situação", disse Denisov.
Os testes Ártico vem no momento da exploração de recursos ativo da Rússia na região.Recursos potenciais do Ártico são avaliadas em US $ 30 trilhões, e é aí que a Rússia irá mudar suas atividades de exploração de petróleo e gás em breve, especialistas do Ministério de Emergências da Rússia disse, daí a necessidade de proteger o território.
Rússia diz respeito exploração do Ártico como uma das suas principais prioridades e drivers de crescimento econômico. A descoberta de grandes jazidas de hidrocarbonetos no Ártico provocou competição internacional sobre os recursos da região. No ano passado, Moscou apresentou uma estratégia destinada a aumentar a sua presença no Ártico e impulsionar o desenvolvimento da região em 2020.
A nova versão do sistema de defesa Pantsir SM, atualmente em desenvolvimento, será capaz de atirar em alvos balísticos e vai sair em 2017, disse Denisov.
"O sistema também permitirá destruir ameaças aéreas voando na velocidade de vários milhares de metros por segundo. Hoje, como você sabe, é de 1.000 metros por segundo. Sua principal diferença em relação ao sistema de defesa aérea existente é a habilidade de atirar em alvos balísticos ", disse ele.
O sistema Pantsir foi desenvolvido em 1994 e passou por modernização significativa desde então.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG,SNB

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Rússia para testar novo sistema de comunicações móveis durante o exercício Vostok-2014

RIA Novosti) - Os militares russos é testar seu sistema de comunicações móveis novos, o que é superior às alternativas existentes no exterior, durante o Vostok-2014 exercício estratégico no Oriente Distrito Militar da Rússia, o Ministério da Defesa anunciou quinta-feira.
"No decorrer do exercício estratégico Vostok-2014, que será realizado em setembro deste ano no Distrito Militar do Leste, especialistas em comunicação irá testar o mais novo sistema de controle de comunicações através de um veículo blindado leve Tiger. O novo sistema é capaz de fornecer todos os tipos de comunicação, incluindo rádio, satélite, cabo e relé. É realmente um centro de comunicações mini, superior às alternativas utilizadas em exércitos estrangeiros ", afirmou o ministério.
Em 2014, o Distrito Militar do Leste receberá 140 itens de equipamentos de comunicação de última geração, incluindo rádios de médio alcance, comando e veículos funcionários e troposférico e estações de comunicações via satélite. Este ano, o distrito já recebeu rádios digitais de médio alcance e dez unidades de comunicação abrangentes.
Até o final do ano, as Forças Armadas russas é se engajar em mais de 300 exercícios táticos, com Vostok-2014 é o maior. O Ministério da Defesa afirmou o exercício seria enfatizar a estratégia coordenada e cooperação tático de unidades envolvidas em missões militares. Todos os ramos das Forças Armadas da Rússia vai participar e não haverá cenário detalhado desenvolvido com antecedência.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG,SNB

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Rússia recebe ordens estrangeiras de sistemas antiaéreos S-400

RIA Novosti) - Os pedidos do exterior para sistemas de armas antiaéreas S-400 Triumf estão sendo processados, Igor Sevastyanov, o chefe da delegação russa à Eurosatory 2014 exposição militar internacional, disse aos jornalistas quarta-feira.
"Não há tantos estados para comprar este sistema pronto. Temos um número de pedidos, ea agência federal está considerando-os com muito cuidado ", disse Sevastyanov, sem especificar mais detalhes.
Alguns anos atrás, do Ministério da Defesa da Rússia anunciou a S-400 Triumf só seria produzido para as necessidades internas do país. O corpo indicou que aliados de união aduaneira até mesmo da Rússia e Bielorrússia Cazaquistão só receberia os sistemas de armas avançadas após sistemas antiaéreos de mísseis anti-balísticos russos e estão totalmente equipados com o S-400.
No início de abril, o presidente russo, Vladimir Putin sublinhou a necessidade de aumentar a produção de sistemas de mísseis anti-balísticos avançados para exportação para aliados e parceiros da Rússia. Sistemas S-300, S-400 e Pantsir-S1 estão entre aqueles elogiado pelo líder russo.
O S-400 Triumf é um sistema de defesa aérea de médio e de longo alcance, capaz de destruir todos os meios modernos e avançados de ataques aéreos e espaciais. Cada sistema pode aprimorar em até 36 alvos ao mesmo tempo, guiando um máximo de 72 mísseis.
A Rússia é o segundo maior exportador de armas do mundo após os EUA. Em 2013, a Rússia exportou armas no valor de cerca de 15,7 bilhões dólares, e outros $ 2 bilhões entre janeiro e março de 2014. Ao todo, a partir de março de 2014, carteira de encomendas de exportação de armas da Rússia ultrapassou 47.000 milhões dólares.Apesar das sanções impostas por alguns países ocidentais, a liderança da Rússia afirma complexo militar-industrial do país não será afetado, e só vai crescer.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG,SNB

Corvette russo Testes com sucesso mísseis no Mar Báltico

RIA Novosti) - Um anti-aeronaves corveta míssil russo se envolveu e destruiu com sucesso um alvo mar imitando um navio de guerra inimigo no mar Báltico, o capitão Vladimir Matveyev da Frota do Báltico da Rússia nesta quarta-feira.
"A corveta lançou um foguete que atingiu com sucesso o alvo designado mar localizado a uma certa distância dele. O tiroteio envolveu o "inimigo" usando bloqueadores de radar que tornou a tarefa mais difícil ", disse o capitão Matveyev.
Nova corveta da Rússia, o Soobrazitelny (Quickwitted), executou o teste como parte de jogos de guerra conjunta envolvendo a Força Aérea da Rússia e as Forças Aerotransportadas sob o comando do Distrito Militar Ocidental da Rússia.
Os exercícios coincidem com exercícios europeus da aliança militar Otan Saber greve de 2014 e BALTOPS 2014.
De acordo com o capitão Matveyev, a corveta Soobrazitelny disparou o míssil Redut baseada no mar no alvo. A pista de transporte na área foi bloqueado para o tempo dos exercícios para evitar vítimas civis.
"O campo de tiro foi bloqueado com dez navios e aos navios de logística", disse o assessor de imprensa da Frota do Báltico.
A corveta Soobrazitelny da classe Steregushchy (Vigilante) foi entregue à Frota do Báltico, em outubro de 2011. É a mais nova classe de corvetas da Marinha russa.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG,SNB

PRIMEIRO CUBSAT BRASILEIRO SERÁ LANÇADO NESTA QUINTA-FEIRA (19

 O primeiro cubsat nacional, o NanosatC-Br1, será lançado nesta quinta-feira (19) às 16h15 (horário de Brasília) da base de Yasny, na Rússia. O satélite de pequeno porte foi desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), do Rio Grande do Sul, e apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Uma equipe de engenheiros brasileiros acompanha o lançamento na Rússia e outra rastreia o início da operação do NanosatC-BR1 na estação terrena de Santa Maria, onde também está localizado o Centro Regional Sul (CRS) do Inpe.
A capacitação de recursos humanos para a área espacial é um dos principais objetivos do projeto, cuja missão científica é o estudo de distúrbios na magnetosfera, principalmente na região da Anomalia Magnética do Atlântico Sul, e do setor brasileiro do Eletrojato Equatorial Ionosférico.
Além disso, o NanosatC-BR1 permitirá testar, em voo, circuitos integrados resistentes à radiação projetados no Brasil, para utilização em futuras missões de satélites nacionais de maior porte.
Capacitação - Sob a supervisão de especialistas do Inpe, alunos de Física, Engenharia e Computação da UFSM atuaram em todas as fases do projeto, desde a sua especificação e desenvolvimento até a montagem, integração e testes.
O cubesat tem três cargas úteis: um magnômetro para utilização dos seus dados pela comunidade científica; um circuito integrado projetado pela Santa Maria Design House da UFSM; e o hardware FPGA, que deve suportar as radiações no espaço em função de um software desenvolvido pelo Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
O projeto conta ainda com a participação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que tem em São José dos Campos (SP) uma estação terrena que também receberá dados do NanosatC-BR1.
Fontem: Ascom do Inpe 
SEGURANÇA NACIONAL BLOG

CHILE LIDER EN DESMINADO HUMANITARIO


SEGURANÇA NACIONAL BLOG,SNB

Franco-brasileiro para desenvolver uma nova versão do sistema de artilharia César

 Roberto Caiafa, Paris - O brasileiro Avibrás e grupo francês Nexteranunciou na feira Paris defesa Eurosatory 2014 , a assinatura de um acordo de cooperação para o desenvolvimento de uma versão do sistema de artilharia CAESAR de 155 milímetros. O novo produto é baseado nos mesmos requisitos de mobilidade, logística e de comando e capacidade de controle do sistema Astros , produzido pela empresa brasileira.
Foto: Roberto Caiafa 

O acordo é para Nexter uma oportunidade de consolidar a sua presença no mercado sul-americano. Para Avibras , por sua vez, dá um produto no segmento de artilharia muito capaz e avançado poderão apresentar no Brasil.
A cerimónia de assinatura contou com a presença do Embaixador do Brasil na França , o secretário de Produtos de Defesa e altos funcionários da Empresa Brasileira de presente do Exército em Eurosatory 2014, considerados os sistemas de terra justa de maior defesa do mundo.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG,SNB

sábado, 14 de junho de 2014

CBERS-4 - ODEBRECHT DEFESA E TECNOLOGIA E MECTRON ENTREGAM EQUIPAMENTO

Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT) e sua controlada MECTRON concluíram o terceiro modelo de voo do equipamento DDR - Gravador Digital de Dados para o Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres CBERS 4, encomendado pela AEB - Agência Espacial Brasileira e pelo INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. O desenvolvimento do DDR é uma grande conquista para a indústria espacial brasileira, sendo o primeiro equipamento deste tipo a ser completamente desenvolvido e fabricado no Brasil.
 
O DDR concebido e entregue ao Cliente é responsável pelo armazenamento das imagens terrestres captadas pelas câmeras do satélite.
 
O equipamento já foi embarcado para a China, onde será integrado ao novo satélite previsto para ser lançado na segunda semana de dezembro deste ano. O DDR é composto por duas unidades: o SRR, um gravador de estado sólido, com cinco canais para dados de imagem e com capacidade de armazenamento de imagens digitais de 40 Gbytes, e o DSS, uma unidade de chaveamento de sinais.
 
Após serem captadas pelas câmeras, as imagens permanecem temporariamente armazenadas no DDR até que o satélite entre em “visada” com a estação de controle em solo, quando então são disponibilizadas aos transmissores do satélite que as enviam à estação de controle. Posteriormente, tais imagens serão utilizadas em importantes atividades como o controle do desmatamento e queimadas na Amazônia Legal, monitoramento de recursos hídricos, áreas agrícolas, crescimento urbano, ocupação do solo e inúmeras outras aplicações.
 
Importância do CBERS e sua utilização Dual

No Brasil, praticamente todas as instituições ligadas ao meio ambiente e recursos naturais são usuárias das imagens do CBERS. Esta família de satélites é considerada fundamental para grandes projetos nacionais estratégicos, como o PRODES, de avaliação do desflorestamento na Amazônia, o DETER, de avaliação do desflorestamento em tempo real, e o CANASAT, monitoramento das áreas canavieiras, entre outros.

Sobre a Mectron


Sediada em São José dos Campos, no estado de São Paulo, no maior polo da indústria aeroespacial do hemisfério sul, a Mectron atua nos mercados de defesa e aeroespacial, desenvolvendo e fabricando produtos de alta tecnologia e altíssimo valor agregado, tanto para aplicações militares como civis.
 
Sobre a Odebrecht Defesa e Tecnologia

Criada em 2011, a Odebrecht Defesa e Tecnologia – ODT é uma empresa provedora de soluções inovadoras, que contribui para a autonomia tecnológica brasileira e das Forças Armadas nos desafios de garantir a soberania nacional e o desenvolvimento da indústria nacional de defesa. A ODT tem participação em três empresas: Itaguaí Construções Navais (ICN), para a construção de submarinos convencionais e nuclear do Programa Nacional de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub);  Consórcio Baia de Sepetiba (CBS), responsável pelo planejamento, coordenação, gestão e administração das interfaces do Prosub; e Mectron, voltada para o desenvolvimento e fabricação de produtos de alta tecnologia e sistemas complexos para usos militar e civil, como mísseis, radares, sistemas aviônicos, sistemas de comunicação, controle e comando, todos de última geração.
 
Sobre a Organização Odebrecht

Fundada em 1944, a Odebrecht é uma empresa brasileira com presença global. Líder nos segmentos de engenharia e construção e de química e petroquímica na América Latina, também atua no setor de bioenergia, engenharia ambiental, defesa, imobiliário, óleo e gás, naval, transporte e logística. Presente em 21 países, a Organização integra mais de 180 mil profissionais de 70 diferentes nacionalidades e exporta produtos e serviços para mais de 70 países. Em 2013, a Odebrecht registrou uma receita bruta de R$ 96,9 bilhões.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG.SNB

segunda-feira, 9 de junho de 2014

FAB TV - FAB EM AÇÃO - Conheça as ações da FAB durante a Copa


SEGURANÇA NACIONAL BLOG.SNB

COPA 2014 - Ativação Sala master


SEGURANÇA NACIONAL BLOG.SNB

Sala master vai monitorar movimentos aéreos durante o Mundial

A sala master de comando e controle, ativada nesta quinta-feira (05/06) no Rio de Janeiro, vai coordenar as demandas de tráfego aéreo da Copa do Mundo de 2014 para evitar impacto na rotina da aviação civil brasileira. A estrutura está organizada  dentro do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), unidade do Comando da Aeronáutica responsável pelo gerenciamento de todos os voos dentro da área de controle do espaço aéreo brasileiro.
Ao conhecer a estrutura da sala master, o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, destacou o trabalho conjunto das instituições, a preparação dos envolvidos e o planejamento da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero) para o atendimento da demanda do tráfego aéreo no período da Copa.
O papel dos 17 órgãos governamentais e entidades do setor aéreo, que vão trabalhar em esquema de plantão 24 horas até o dia 20 de julho, é concentrar informações aeronáuticas, coordenar ações e tomar decisões de maneira rápida e ágil. A atenção dos 28 profissionais estará voltada para os aeroportos das cidades-sede dos jogos, aeroportos das cidades onde há centros de treinamento, movimentação de delegações e chefes de estado. Eles também vão monitorar meteorologia, coordenação de slots e gerenciamento de pátio para o estacionamento da aviação geral, que abrange os jatos executivos.
São esperados 108 mil voos para os dias dos jogos em 90 aeroportos brasileiros. O número de vagas para estacionamento de aeronaves, cerca de três mil em todo o país, foram mapeados antecipadamente e coordenados de acordo com as reservas de slots.
De acordo com o Chefe do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), Coronel-Aviador Ary Rodrigues Bertolino, a experiência bem sucedida da ativação da sala master em eventos anteriores, como a Rio+20, a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude, incentivou a ampliação do número de órgãos envolvidos, que passou de oito em 2012, na primeira ativação, para 28 profissionais em 2014. O modelo também deve ser usado durante as Olimpíadas de 2016.
“A estrutura foi ativada para que as movimentações aéreas relativas ao evento Copa do Mundo, como a chegada das autoridades e das delegações, não interfiram no dia a dia da movimentação dos aeroportos brasileiros, e para garantir a segurança de voo de usuários nacionais e visitantes”, afirmou o chefe do CGNA.
Nos telões da sala são exibidas informações meteorológicas, situação dos pousos e decolagens, fluxo de tráfegos aéreos e situação dos pátios de estacionamento. Os profissionais têm à disposição o software SIGMA (Sistema Integrado de Gerenciamento de Movimentos Aéreos), além de programas específicos que atendem a cada instituição envolvida.
Na sala, serão realizadas videoconferências diárias com todos os países da América do Sul para informar quais são aeronaves da aviação geral (executiva) estão autorizadas a decolar desses locais com destino ao Brasil. A medida prevê garantir que apenas tráfegos que estejam com slots previamente reservados possam entrar no espaço aéreo. Nos dias dos jogos, também serão realizadas videoconferências com as autoridades das cidades-sede para coordenar os tráfegos na região.
Os telões exibem informações em tempo real em detalhes sobre a situação das pistas, pátio e terminais dos aeroportos das cidades-sede, bem como visualizações dos radares com as respectivas informações de voo e o posicionamento de aeronaves no espaço aéreo dessas regiões.
Participantes - Pela primeira vez, participam da sala master empresas de serviços auxiliares de transporte aéreo (apoio em solo), a IATA (International Air Transport Association) – representando 49 empresas aéreas internacionais, empresas de aviação executiva e administradores dos aeroportos de Guarulhos (SP), Brasília (DF), Campinas (SP) e São Gonçalo do Amarante (RN). Também integram o grupo, órgãos do Comando da Aeronáutica, Secretaria de Aviação Civil (SAC), Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Comitê Organizador Local (COL), Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO), Polícia Federal, Receita Federal, Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (VIGIAGRO), Petrobras, Ministério de Relações Exteriores e Instituto Brasileiro do Meio  Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA).
SEGURANÇA NACIONAL BLOG.SNB

domingo, 13 de abril de 2014

Exercício Interagências no Comando de Operações Especiais


SEGURANÇA NACIONAL BLOG,SNB

AVIBRAS APRESENTA SUA VIATURA MULTITAREFA BLINDADA TUPI

Júlio Ottoboni
Correspondente DefesaNet - São José dos Campos

A Viatura Blindada Multitarefa Leve de Rodas da Avibras, o Tupi, que disputa com outros veículos uma concorrência voltada a abastecer o Exército brasileiro. Feito em tempo recorde, de apenas 4 meses, o protótipo será entregue para testes no próximo dia 15, no Centro de Avaliações do Exército (CAEx), sediado no Rio de Janeiro. Ele é um forte candidato a fazer parte da frota do Projeto Estratégico do Exército.

O blindado 4x4 pesa 8 toneladas, mas é extremamente ágil e versátil para diversos tipos de terrenos. Inclusive seu projeto superou as expectativas previamente estabelecidas na concorrência. Entre abril e junho o veículo será submetido a diversos testes, inclusive de blindagem e resistência, junto aos peritos da armada. Os fuzileiros navais, que integram as Forças de Paz da ONU também demonstraram interesse no produto.

Em novembro provavelmente a decisão do ganhador da concorrência para o fornecimento de 30 a 32 veículos deste porte será divulgada. Informações não oficiais dão conta que o produto da Avibras leva grande vantagem sobre os demais, pois atendeu todos os requisitos e ainda superou algumas exigências, pois consegue carregar até 2,3 toneladas. O previsto em edital era até 1,3 toneladas.

O nome Tupi é uma homenagem a nação indígena que povoou inclusive a região em que a fábrica está instalada em Jacareí. A Avibras está construindo sua fábrica de número 4, num terreno contíguo a fábrica 2, onde serão produzidos os caminhões do sistema Astros 2020 e possivelmente essa nova viatura blindada leve.

O investimento nesta instalação nova gira em torno de R$ 100 milhões e está em plena construção. “A blindagem tem proteção balística para até 7,62 perfurante, também tem um sistema de suporte anti- minas, autonomia de 800 quilômetros com o uso de diesel, querosene aeronáutico e biodiesel e uma velocidade máxima de 100 quilômetros por hora, isso tudo com um sistema de vedação para ataques bacteriológicos e de áreas de radiação nuclear, pois temos um ótimo sistema de ar condicionado”, garantiu o gerente de desenvolvimento de negócios, Marcos Agmar de Lima Souza.

O carro ainda tem pneus com compensação de enchimento e sistemas lançador de granadas de fumaça entre muitas outras possibilidades, como levar uma metralhadora .50 em seu teto, tanto para operação manual como operada por controle remoto. Seu assoalho, além de reforçado com chapas de aço com revestimento cerâmico contraminas Stanag nivel 3A, pode ainda receber uma capa de proteção extra que protege inclusive o cardã e o chassi de explosões. Isso eleva o grau de segurança até o nivel 2B.

O tamanho do Tupi também conta muito neste processo de escolha. São 5,5 metros de comprimento, 2,2 metros de largura e 2,1 metros de altura. O que garante o seu uso urbano, inclusive em ações em favelas situadas em morros e locais de difícil acesso para uma viatura militar. Além de poder transitar facilmente pelas ruas, a blindado pode se transformar em ambulância, numa pick up, em versão com chassi alongado.

O modelo apresentado pela Avibras é para 5 passageiros. Ele foi concebido em parceria com a Renault Trucks Defense, tendo como base o Sherpa Light. A intenção da Avibras é avançar com o nível de nacionalização chegando a 60% em 2016. Toda a carroceria do veiculo é protegido por um produto da própria companhia contra corrosão e está customizado as diversidades e diferenças climáticas do Brasil. Sua tancagem é de 164 litros e situa-se numa área protegida. Seu motor é de 4 cilindros e 218 HP.

Os aviões cargueiros Hercules C-130 e o KC-390 podem carregar duas unidades do veículo. O Tupi carrega 4 baterias, duas para uso do veículo e outras duas para os sistemas embarcados. Os equipamentos eletrônicos previstos vão desde computadores, sistemas de navegação inercial, sistemas comunicacionais, visualizador diurno-noturno etc. “Temos expectativas para uma versão civil e é muito provável que haja outra para transporte de valores.

Pela imensa variedade de aplicações, nós vemos que há um mercado potencial imenso para esse tipo de veículo ”, afirmou Souza. O Exército não liberou informações sobre quem está na disputa e quais são os fabricantes envolvidos. Sabe-se que uma outra companhia brasileira está no certame. A Avibras, caso seja confirmada como vencedora, conseguiria entregar o produto num prazo entre 6 e 8 meses. O montante de investimento e o valor da compra também são mantidos em sigilo.
FONTE DEFESA NET SEGURANÇA NACIONAL BLOG,SNB

sábado, 12 de abril de 2014

ARMADA ESPANHOLA AVANÇA EM ÁREA DO INTERESSE DO BRASIL NA ÁFRICA

Roberto Lopes
Jornalista especializado em assuntos militares.
Em 2000 graduou-se em Gestão e Planejamento de Defesa
no Colégio de Estudos de Defesa Hemisférica
da Universidade de Defesa Nacional dos Estados Unidos, em Washington.
Autor de vários livros, em 2001 lançou, em Washington, a monografia
“Oportunidades para Civis na Condução dos Assuntos
da Defesa Nacional: o Caso do Brasil”.

A visita de uma fragata classe Descubierta, de 1.600 toneladas, ao importante porto angolano de Lobito, na província de Benguela, nesta primeira quinzena de abril, marca mais uma etapa do processo de estreitamento de relações que a Armada da Espanha empreende junto às nações africanas em geral – e às do litoral do Atlântico em particular.

A missão do barco “P-76 Infanta Elena” – de 101 tripulantes, dotado de mísseis anti-navio –, obedece a um planejamento amplo de Madri batizado de “Plano de Diplomacia para a Defesa”, de usar as Forças Armadas para consolidar laços internacionais – e a uma iniciativa específica para o chamado continente negro, denominada “Base de Parceria com a África”. A P-76 transporta 15 fuzileiros navais do destacamento das Ilhas Canárias, que farão demonstrações de sua técnica para militares de diferentes países africanos.

Justificativas para a ofensiva político-militar espanhola na África não faltam. As rotas marítimas da costa ocidental servem ao transporte de, ao menos, 10% de todo o petróleo, e de 25% do gás que a Espanha importa do lado oeste do continente – a maior parte desses produtos comprados à Nigéria. E os piratas marítimos estão agressivos. Em 2012 eles invadiram o navio-tanque “Mattheos I”, defronte ao litoral do Togo, e levaram de uma só vez 7.500 toneladas de gasoil (óleo combustível).

Mas na África o governo ibérico também persegue três objetivos que nada têm a ver com a segurança do seu comércio:
1 - habilitar-se como provedor de treinamento às forças navais locais;
2 - vender a essas marinhas os navios que está retirando da ativa; e,
3 - oferecer a elas barcos novos, projetados e fabricados pelo estaleiro Navantia, bem como aeronaves de treinamento e de patrulhamento costeiro.

 
O empenho dos espanhóis colide frontalmente com os interesses do governo brasileiro que, por meio da Marinha, também se candidata a servir como centro de treinamento para os militares africanos e fornecedor de embarcações militares.

No métier específico da exportação de unidades navais, o Brasil leva flagrante desvantagem diante dos espanhóis, já que sua indústria naval é menor e menos sofisticada que a do concorrente europeu. Os brasileiros oferecem um leque menor de produtos (navios) e têm mais dificuldade em alavancar o suporte financeiro requerido pelas encomendas dos clientes. Recentemente o governo nigeriano justificou o fato de ter comprado dois navios-patrulha oceânicos à indústria da China, argumentando que os chineses foram os que propuseram os menores preços e os menores prazos de entrega dos barcos.

Em compensação, o Ministério da Defesa do Brasil atende as autoridades das Forças Armadas da África com muito mais atenção e disponibilidade para receber estudantes africanos em suas escolas militares.

Desde o fim da década de 2000 navios de patrulha espanhóis fazem visitas regulares a portos da África ocidental. E isso a Marinha do Brasil também vem fazendo, aliás, desde a década de 1990. O problema é que, na metade final dos anos de 1990, diante da grave indisponibilidade de meios da esquadra, os almirantes brasileiros precisaram cancelar, temporariamente, as visitas que as corvetas classe Imperial Marinheiro faziam ao saliente noroeste da África, porque essas unidades precisavam ficar à disposição dos distritos navais para atender a eventualidade de um salvamento em alto mar.

Em 2011 e 2012 a Espanha doou duas lanchas de vigilância costeira às Armadas de Moçambique e do Senegal. O Brasil fez o mesmo com a Namíbia, em 2004. Construída na Holanda, na década de 1950, a corveta “Purus” serviu na força naval namibiana durante oito anos.

Em 2013 um site noticioso europeu chegou a anunciar que a Marinha de Angola ficaria com toda uma frota que os espanhóis haviam transferido para a reserva:o porta-aviões “Príncipe de Asturias”, e os navios de patrulha “P-61 Chilreu”, de 2.100 toneladas,e “P-27 Ízaro”, de 320 toneladas, além da antiga fragata “F-32 Diana”, da mesma classe da “Infanta Elena”, que foi adaptada para a guerra de minas. No mesmo lote estaria o navio de desembarque de carros de combate “L-42 Pizarro” – um veterano de quase 5.000 toneladas (na Marinha americana “USS Harlan County”), virtualmente inútil a uma força naval que não dispõe de tanques de guerra. Parte do pagamento dessas embarcações seria feito com petróleo.

A transação nunca se concretizou, mas os entendimentos entre as duas Marinhas também não pararam. Ao contrário.

Para defender o seu litoral de 1.600 quilômetros, a força naval de Angola dispõe de uma flotilha de lanchas porta-mísseis antiquadas, fabricadas na antiga União Soviética, além de barcos torpedeiros e de vigilância costeira, cujo estado de conservação é considerado duvidoso. Os almirantes angolanos estimam que, a longo prazo, precisariam de ao menos sete embarcações  capacitadas ao patrulhamento oceânico.

A pesar dos esforços da Marinha do Brasil, os almirantes angolanos têm dado mostras de que preferem estreitar seu relacionamento com a Armada espanhola, e fontes militares brasileiras admitem que eles façam uma oferta para ficar com a própria Corveta“Infanta Elena”, lançada em 1980, 1500t deslocamento, no momento em que ela for retirada da esquadra espanhola, o que deve acontecer ainda este ano.
Nota DefesaNet - Em dezembro 2013 circulou como rastilho de pólvora que Angola compraria o navio capitânea da Armada Espanhola, o porta-aviões R-11 Príncipe de Asturias, prestes a ser descomisionado após 25 anos de serviço. Incluia no pacote mais 2 Navios Patrulha, uma Fragata e um navio de apoio. As compras não se confirmaram.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG,SNB

NEURON - PRIMEIRO VOO EM FORMAÇÃO DE UM DRONE

A companhia Dassault Aviation liberou no sábado, 12 ABR 14, detalhes e material referente ao voo em formação do  nEUROn,  unmanned combat air vehicle (UCAV), com um caça Rafale e um avião executivo Falcon 7X .

O voo ocorreu, em 20 MAR 14, e foi a primeira vez no mundo que um drone de combate voou em formação com outras aeronaves. Todo o voo durou 1 hora e 50 minutos, e percorreram uma área do Mediterrâneo que englobou várias centenas de quilômetros.

Eric Trappier, Chairman e CEO da Dassault Aviation afirmou, “Esta conquista reflete claramente nossa capacidade em tecnologias no “state-of-the-art”s. Nosso domínio tanto em aeronaves militares  como aeronaves civis enriquecem uma à outra, permitindo  que projetemos aeronaves excepcionais e capazes para  forças armadas e operadores de aeronaves executivas.

Organizar um voo em formação como este é um enorme desafio, pois cada manobra tem de ser pensada e planejada tendo em mente que são diferentes aeronaves, com características diferentes e têm de voar em um espaço confinado.

Um desafio extra foi controlar uma aeronave sem piloto voando próximo a a quarto outras aeronaves, todas pilotadas (Rafale, Falcon 7X e duas aeronaves “paquera” para as fotografias e vídeo). Engenheiros tinham de ter todos os detalhes planejados previamente e avaliar o risco de  interferência, incluindo turbulência aerodinâmica entre as aeronaves, sem mencionar a interferência eletromagnética (EMI), dos sistemas de comunicação com a base de controle do  nEUROn no solo.

About nEUROn

nEUROn é um programa europeu de um demonstrador de tecnologia para “unmanned combat air vehicle (UCAV), que tem a  Dassault Aviation como contratista principal  com a supervisão da DGA francesa. Ele antecipa o amanhã dos programas de defesa, inclui vários países da Europa (França, Itália, Suécia, Espanha, Grécia e Suíça).

O Programa nEUROn é um projeto para validar o desenvolvimento de tecnologias complexas incluindo todos os Sistemas de Missão: controle em voo a grande altitude e discreto (stealth), lançamento real de armamentos ar-terra desde a baia interna, integração de um ambiente  C4I, processos inovadores de colaboração industrial, etc. O demonstrador realizou o seu primeiro voo em 01 DEZ 2012, iniciando o processo de dois anos de testes. Desde então o  drone nEUROn tem realizado dezenas de voos de teste

Nota DefesaNet - Os VANTS, DRONES Aeronaves Remotamente Pilotadas, ou qualquer outro nome, estão avançando de forma significativa e a passos acelerados no campo de aeronaves militares, e afastando-se do conceito de meros equipamentos radiocontrolados.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG.SNB

segunda-feira, 7 de abril de 2014

BR-SE - BRASIL ASSINA ACORDOS DE COOPERAÇÃO E DÁ PROSSEGUIMENTO À COMPRA DOS CAÇAS SUECOS

O Brasil deu hoje um importante passo para a concretização do processo de compra dos 36 caças Gripen NG para sua Força Aérea. O país assinou dois acordos considerados indispensáveis para o prosseguimento das negociações com a Suécia, nação que produz os aviões.

Necessários para garantir o amparo jurídico inicial da aquisição, os acordos também estabelecem parâmetros para as tratativas em curso sobre os contratos que serão firmados entre as partes, empresarial e governamental, envolvidas no negócio.

O primeiro, denominado acordo-quadro de cooperação em defesa, também permitirá que, além da parceria relativa aos caças, os dois países possam iniciar conversas acerca de outros projetos de interesse comum na área militar. O segundo trata da proteção de informações sigilosas entre as duas nações e cobre não somente o processo de aquisição dos caças, mas todas as iniciativas que vierem a ser desenvolvidas entre os países signatários.

Os dois acordos foram assinados na manhã de hoje pelos ministros da Defesa, Celso Amorim, e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), José Elito Siqueira, em cerimônia no castelo de Karlberg, sede da Academia Militar Sueca, na capital do país.

A assinatura dos documentos foi precedida por uma reunião bilateral entre Amorim e sua contraparte sueca, a ministra  Karim Enström. “Estamos dando um grande e importante passo em nossas relações”, disse o ministro brasileiro durante o encontro. “Temos agora a tarefa de transformar a proposta em contrato”, acrescentou.

Durante cerca de uma hora, Celso Amorim e Enström conversaram sobre o aprofundamento da parceria estratégica entre Brasil e Suécia no campo da defesa, e sobre a extensão dos projetos de interesse comum na área, incluindo a possibilidade de desenvolvimento industrial conjunto de armamentos, equipamentos aeronáuticos e soluções para fortalecimento da defesa cibernética.

Amorim reiterou à ministra sueca as condicionantes fixadas pelo Brasil para aquisição dos caças, sendo a principal delas a necessidade de irrestrita transferência tecnológica, com acesso a códigos-fonte da aeronave. Esse acesso permitirá, entre outros aspectos, que o país possa integrar, de forma independente, novos sistemas, equipamentos e funcionalidades ao avião.

Outro aspecto mencionado no encontro foi o direito de comercialização, pelo Brasil, dos Gripen NG que serão produzidos no país. Amorim ressaltou o entendimento de que esses direitos deverão abranger os países da América Latina, além das nações em desenvolvimento com as quais o Brasil possui estreita relação bilateral.

No atual estágio das negociações, prevalece a compreensão de que está mantido o compromisso inicial da oferta sueca de que a indústria brasileira deverá assumir, ao longo dos próximos anos, cerca de 80% do projeto e da produção das aeronaves destinadas ao mercado mundial.

Durante a reunião, o comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), brigadeiro Juniti Saito, que também integrou a comitiva brasileira, observou à ministra Karim Enström que o parque industrial brasileiro está capacitado para absorver a tecnologia a ser repassada pela Suécia no projeto. “Posso garantir que estamos preparados e que vamos honrar todos os compromissos sobre confidencialidade de informações”, afirmou Saito.

Em comunicado conjunto divulgado após o encontro (Leia aqui a íntegra do documento na versão original em inglês), os ministros informaram a decisão de estabelecer parceria estratégica no setor de aeronáutica militar. Dentre outros temas, essa parceria deverá definir os termos da cooperação entre as forças aéreas dos dois países, incluindo o detalhamento do empréstimo que a Suécia fará ao Brasil de dez Gripens modelo C/D. Esses aviões deverão ser utilizados pela FAB, a partir de 2016, até a chegada dos primeiros caças NG, em 2018. (Veja aqui release sobre o assunto).

Enströn e Amorim também anunciaram que irão aprofundar o diálogo político em assuntos de defesa, assim como em outros temas de interesse mútuo. Para facilitar as tratativas relativas ao setor, será criada uma adidância militar brasileira em Estolcomo (a Suécia já possui adido militar em Brasília). Os ministros também discutiram a possibilidade de realização, no início de agosto desse ano, no Brasil, da primeira reunião do grupo de trabalho conjunto em cooperação militar.

Os acordos assinados hoje serão encaminhados para aprovação do Congresso Nacional brasileiro. As duas nações já possuem outros convênios específicos na área de defesa, firmados em 1997 e em 2000. Amorim afirmou que o governo se empenhará na aprovação dos pactos firmados hoje, mas observou, com a concordância da ministra sueca, que os acordos anteriores já oferecem uma base sólida para prosseguimento da parceria estratégica no setor aeronáutico.

Durante os dois dias em que esteve em Estolcomo, além da reunião com Karim Enström, Amorim foi recebido pela rainha Sílvia da Suécia e pelo ministro das relações exteriores do país, Carl Bildt. Ele convidou a ministra da Defesa a visitar novamente o Brasil no segundo semestre deste ano para dar continuidade aos trâmites sobre os caças, e outros assuntos relativos à cooperação em defesa.

Na parte da tarde, Celso Amorim proferiu uma palestra sobre a política brasileira de defesa a estudantes e convidados, no auditório do Colégio de Defesa Nacional e Instituto Sueco de Relações Internacionais.  

A decisão sobre a escolha dos caças Gripen NG, fabricados pelo empresa sueca Saab para equipar a FAB, foi tomada em dezembro do ano passado pela presidenta Dilma Rousseff. O processo de aquisição das aeronaves tem acompanhamento de um grupo interministerial criado no âmbito do Ministério da Defesa. Denominado F-X2, o programa prevê o desenvolvimento e incorporação à Aeronáutica de 36 aviões.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG SNB