terça-feira, 3 de dezembro de 2013

SATÉLITE CBERS-3 VAI PARA A TORRE DE LANÇAMENTO

Brasília 03 de Dezembro de 2013 – O Cbers-3, quarto satélite do programa Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, foi instalado ao adaptador do terceiro estágio do foguete lançador Longa Marcha 4B, na base de Taiyuan, na China.
O conjunto, formado pelo estágio, pelo satélite e a coifa, na qual ele está acondicionado, será transportado para a torre de lançamento para acoplamento aos demais estágios do foguete. A previsão para lançamento do Cbers-3 é a próxima segunda-feira (9).
As informações são da equipe do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que, ao lado de técnicos da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast, na sigla em inglês), realizam os últimos preparativos para o lançamento do satélite.
Mais informações sobre o Programa Cbers em: http://www.cbers.inpe.br
Coordenação de Comunicação Social (CCS-AEB) com informações do Inpe
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Monserrat - A Era dos Pequenos, Micros e Nano satélites II

osé Monserrat Filho
Chefe da Assessoria de Cooperação Internacional da AEB,
VP da Associação Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial,
e diretor honorário do Instituto Internacional de Direito Espacial, membro pleno da Academia Internacional de Astronáutica.

Menores, mais rápidos, melhores e mais baratos (M-MR-M-MB). Assim são vistos hoje os pequenos satélites, sejam quais forem seus nomes - microsat, cubesat, cansat, nanosat, picosat etc. Suas vantagens não deixam qualquer dúvida. Eles podem ser desenvolvidos com infraestrutura simples e de baixo custo. Você gasta bem pouco para montar seu próprio pequeno satélite. Esse benefício não tem preço. As forças armadas de inúmeros países já sabem disso faz tempo. Os países em desenvolvimento também. Muitas universidades do mundo inteiro, idem. Pequenas e médias empresas, idem, idem. Jovens estudantes, inclusive de graduação e em especial os de engenharia, talvez tenham sido os primeiros a projetarem e lançarem pequenos satélites, não importando as dificuldades enfrentadas.
Estamos assistindo à invasão do espaço por enxames de pequenos satélites. Já se faz um único lançamento com dezenas deles. Eis alguns exemplos recentes:
Em 19/11/2013, 29 satélites, sendo 28 pequenos, foram lançadospor um foguete Minotauro-1, dos EUA, a partir da base de Wallops. Um deles efetua missão de comunicação para a Força Aérea norte-americana. O lançamento custou 28,8 milhões de dólares - menos de um milhão por satélite, em média.
Dos 28 pequenos satélites, 11 eram de pesquisas incentivadas pela Nasa, entre eles o TJ3Sat, projetado por alunos do ensino médio da Escola Superior Thomas Jefferson para a Ciência e a Tecnologia, de Alexandria, Virgínia, EUA. Trata-se de um módulo sintetizador de voz que lê textos em voz alta e envia a gravação ao satélite para serem baixados pela Internet. A Escola Superior Thomas Jefferson, por sinal, oferece um curso especializado em nano satélites, junto com engenheiros da indústria espacial. Os 11 satélites têm forma cúbica com 10 cm de cada lado e volume de 0,95 litros. Pesam 1,36kg, no máximo, e cumprem missões científicas, tecnológicas ou educativas.
A iniciativa faz parte da 4ª missão "Decolagem Educativa de Nano Satélites", da Nasa. Dela participaram nove universidades norte-americanas (Alabama, Drexel, Florida, Hawai, Kentucky, Louisiana at Lafayette, New Mexico, St. Louis, Thomas Jefferson High School e Vermont) e o Centro de Pesquisa Ames da Nasa.
"Os avanços da comunidade de pequenos satélites estão permitindo acelerar o desenvolvimento das tecnologias de voo, que serão transferidos à indústria espacial", frisou Jason Crusan, diretor da divisão de Sistemas Avançados de exploração da Nasa e supervisor do programa. E anunciou: "Nossas futuras missões se apoiarão no trabalho desta comunidade". Para Leland Melvin, diretor associado de Educação da Nasa, tais satélites oferecem às "melhores e mais brilhantes mentes jovens" a chance "de descobrir a emoção da exploração espacial e, ao mesmo tempo, enfrentar os desafios tecnológicos e de engenharia".
Um dia depois desse lançamento múltiplo, seu recorde foi batido pela Rússia. Em 21/11, um foguete Dnepr lançou 32 satélites, a maioria deles cubesats, de carona com o satélite DubaiSat-2, de observação da Terra de 300kg, produzido pelo Instituto de Ciência e Tecnologia Avançadas dos Emirados Árabes Unidos.
Entre os cubesats, estavam os britânicos Funcube-1, de 1kg e 10 cm de altura, e os KHUSat 1 and 2, além de um cubesat peruano com um sensor de temperatura de 8 cm de altura e 97 gramas - o sensor de bolso (Pocket-PUCP), considerado o menor satélite funcional jamais posto em órbita da Terra.
O Funcube-1, criado pela Amsat-UK (Radio Amater Satellite Corporation do Reino Unido), leva a bordo um transponder que transmite sinais capazes de ser captados por escolares usando um simples receptor USB.
Detalhe curioso: o Funcube-1, ante as dificuldades de obter licença de acesso ao espaço no Reino Unido, só logrou voar graças às facilidades da lei dos Países Baixos. É como se fosse uma nave de bandeira holandesa. O uso de bandeira alheia, comum na marinha mercante, começa a chegar ao espaço. Os juristas espaciais tendem a rejeitar tal solução, pois ela pode confundir a definição do Estado Lançador que deve responder por eventuais danos causados a terceiros.
Os cubesats KHUS-1 e -2 (também chamados de Cinema-2 e -3) resultam da parceria entre três Universidades: da Califórnia, Berkeley, EUA; Kyung Hee, Coreia do Sul; e Imperial College, Reino Unido. Os satélites têm a missão de estudar o ambiente próximo da Terra e sua interação com o Sol. O famoso Imperial College, de Londres, contribuiu com um mini magnetômetro, batizado com o nome de "Mágico", que registra as condições na magnetosfera - as bolhas de linhas do campo magnético que envolvem o planeta e desviam muito da matéria lançada pelo Sol em nossa direção. O Cinema-1 foi lançado em setembro de 2012, o que significa que o projeto já tem mais de um ano.
Na Ásia, há também forte interesse pelos pequenos, micro e nano satélites. Não por acaso, a APSCO (Asia Pacific Space Cooperation Organization - Organização de Cooperação Espacial da Ásia Pacífico) promoveu em setembro passado, na capital da Mongólia, Ulan Bator, um curso sobre o estado d'arte dos pequenos, micros e nano satélites e suas tendências futuras, visando promover o desenvolvimento, a inovação e as aplicações desses satélites nos países membros - Bangladesh, China, Indonésia, Irã, Mongólia, Paquistão, Peru, Tailândia e Turquia.
Na África, cabe destacar o trabalho em curso na área dos pequenos satélites realizado na Nigéria, África do Sul, Marrocos, Egito, Gana, Sudão, entre outros.
Na América Latina, a Agência Espacial Brasileira (AEB) vem de propor na reunião de Bogotá, realizada em 29 e 30 de outubro passado entre agências espaciais da região, a criação da Aliança Latino-Americana de Agências Espaciais (ALAS), para coordenar programas e projetos de interesse comum, inclusive um de cooperação entre universidades da região para a construção de pequenos, micros e nano satélites.
A Organização das Nações Unidas (ONU), através de seu Escritório de Assuntos Espaciais, com sede em Viena, Áustria, tem sido muito ativa no apoio à formação de especialistas em tecnologias de pequenos, micros e nano satélites nos países em desenvolvimento. Desde 1971, há mais de 40 anos, portanto, o Programa de Aplicações Espaciais da ONU organiza workshops, seminários, simpósios e encontros de peritos, com caráter prático, para beneficiar o mundo mais carente.
Em 2009, o Escritório da ONU lançou a Iniciativa de Tecnologia Espacial Básica (Basic Space Technology Initiative - BSTI), para atender à demanda de pessoal especializado no desenvolvimento de pequenos, micro e nano satélites, inclusive com planos de criação da necessária infraestrutura de construção e testes, bem como o incremento da cooperação internacional e do conhecimento do direito que regulamenta tais atividades.
O mais recente simpósio da BSTI teve lugar na Universidade Zayed, na Cidade Acadêmica de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, de 20 a 23 de outubro deste ano, e tratou de um tema que fala por si: "Missões de Pequenos Satélites para as Nações em Desenvolvimento". O evento conheceu 27 trabalhos, de 15 países, inclusive do Brasil - Fernando Stancato abordou o desenvolvimento de pequenos satélites no INPE.
"Os recursos naturais da floresta amazônica no Brasil, sobretudo os minerais e os de propriedades medicinais (ervas, cascas de árvores, seivas e raízes diversas), podem ser explorados com o emprego de micro e nano satélites" - afirmou Muhammad Shadab Khan, engenheiro indiano, no Simpósio sobre "Aplicações Inteligentes e Economicamente Eficazes de Micro e Nano Satélites nos Países em Desenvolvimento", organizado pela ONU e pelo Japão, em Tóquio, em 2012. Já pensamos nisso?
Nano lançadores à vista? O norte-americano Garrett Skrobot, considerado um pioneiro dos cubesats, confidenciou ao jornal "Space News" que, estimulado pelo "boom" dos micro e nano satélites, ele vem trabalhando com o Programa de Inovação em Pequenos Negócios da Nasa na busca de tecnologias para viabilizar nano lançadores. "Se tivermos nosso próprio sistema de lançamento, podemos programar lançamentos em pontos específicos no tempo requerido" - prevê Skrobot.
Vale notar que os países em desenvolvimento já começam a sentir a necessidade de contar com lançador próprio para seus pequenos, micro e nano satélites.

Mas esse é assunto para um próximo artigo desta série. Até lá.
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AEB PROMOVE WORKSHOP SOBRE CONSTRUÇÃO E APLICAÇÃO DE NANOSSATÉLITES

 A Agência Espacial Brasileira (AEB) realiza entre os dias 2 e 5 de dezembro em sua sede, em Brasília (DF), o 1º Workshop do Programa Sistema Espacial para Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites (Serpens).
O objetivo principal é qualificar engenheiros da instituição, estudantes, docentes e pesquisadores brasileiros vinculados aos cursos de Engenharia Aeroespacial para iniciar o desenvolvimento de satélites de pequeno porte e baixo custo.
Especialistas de instituições de ensino superior internacionais com destaque e renome na área de nanossatélite como a Universidade de Vigo (Espanha), California Polytechnic State University (EUA), Università di Roma Sapienza (Itália) e Morehead State University (EUA) participarão do processo de transferência de tecnologia trabalhando ao lado de profissionais e estudantes brasileiros.
Professores dos cursos de Engenharia Aeroespacial das universidades federais de Santa Catarina (UFSC), de Minas Gerais (UFMG), do ABC paulista (SP), de Brasília (UnB), do Instituto Federal Fluminense (IFF), dos Laboratórios de Sistemas Integráveis Tecnológicos (LSITC), entre outras entidades, receberão treinamentos para concepção e desenvolvimento de nanossatélite.
Além de compartilhar conhecimentos tecnológicos, o programa Serpens também objetiva despertar o interesse dos estudantes para este segmento de aplicação e incentivar as instituições nacionais a criarem seus próprios projetos. A AEB espera apoiar missões semelhantes projetadas por institutos de pesquisas e universidades.
A proposta da primeira missão do programa é testar tecnologias que poderão ser utilizadas no Sistema Brasileiro de Coleta de Dados (SBCD).
O Serpens atende as prioridades do Programa Espacial Brasileiro de domínio de tecnologias críticas com participação da indústria, universidades e institutos de pesquisa para o setor espacial.
Coordenação de Comunicação Social (CCS-AEB)
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Após 3 anos de atraso, Brasil lança satélite na China

HERTON ESCOBAR - O Estado de S.Paulo
Dia 9 de dezembro, 11h26 no horário de Pequim, 1h26 em Brasília. Enquanto a maioria dos brasileiros estiver dormindo, um seleto grupo de engenheiros, cientistas, empresários e autoridades estará atento a uma contagem regressiva no Centro de Lançamento de Taiyuan, na China, sonhando acordado com o futuro do programa espacial brasileiro.
Se tudo correr bem, e a meteorologia colaborar, um foguete de 45 metros, modelo Chang Zheng 4B, deverá subir aos céus no horário indicado, levando a bordo o novo Satélite Sino-brasileiro de Recursos Terrestres, conhecido como CBERS-3. Metade construído no Brasil, metade na China.
As expectativas são as maiores possíveis. Um fracasso na missão poderá significar um golpe quase que fatal para o já fragilizado programa espacial brasileiro, que luta para se manter vivo e relevante em meio a uma série de limitações financeiras, tecnológicas e estruturais.
O programa CBERS (pronuncia-se "sibers") é uma das poucas coisas que já deram certo para o Brasil na área espacial. Apesar do número 3 no sobrenome, este será o quarto satélite da série, depois dos CBERS-1, 2 e 2B - o último dos quais parou de funcionar em maio de 2010, o que significa que o País está há 3,5 anos cego no espaço, dependendo exclusivamente das imagens de satélites estrangeiros para observar seu próprio território.
O plano original acertado com a China era lançar o CBERS-3 até 2010, no máximo, mas uma série de problemas levou a sucessivos adiamentos. O último deles, de ordem tecnológica, envolveu a detecção de falhas nos conversores elétricos usados na metade brasileira do projeto, quando o satélite já estava quase pronto para ser lançado, no final de 2012.
As peças defeituosas foram retiradas e agora, após mais um ano de testes e revisões, o CBERS-3 parece estar finalmente pronto para entrar em órbita. Posicionado a 778 quilômetros de altitude, ele terá quatro câmeras para observar a superfície do planeta: duas construídas pelo Brasil e duas pela China, com diferentes resoluções e características espectrais.
"São câmeras extremamente sofisticadas, que representam um salto tecnológico significativo em relação aos satélites anteriores", disse ao Estado o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Perondi. "É o projeto espacial mais sofisticado que já produzimos."
Uma das câmeras brasileiras, chamada MuxCam, vai observar uma faixa de terra de 120 quilômetros de largura, permitindo escanear toda a superfície do planeta a cada 26 dias, com 20 metros de resolução. A outra, chamada WFI, terá uma resolução menor (de 64 m), mas enxergará uma faixa muito maior (de 866 km), o que permitirá observar qualquer ponto da Terra repetidamente a cada cinco dias.
"É como se tivéssemos um supermercado de imagens", diz o coordenador do Segmento de Aplicações do Programa CBERS no Inpe, José Carlos Epiphanio. "Poderemos optar por uma câmera ou outra, dependendo do tipo de fenômeno que queremos observar, em maior ou menor grau de detalhe."
Apesar de trabalhar com satélites, Epiphanio é engenheiro agrônomo por formação, o que serve como um bom exemplo da variedade de empregos que se pode dar ao CBERS. A aplicação mais famosa é a de monitoramento de florestas, principalmente na Amazônia, mas há muitas outras, incluindo o monitoramento de atividades agrícolas e ocupações urbanas, processos de erosão, uso de recursos hídricos, desastres naturais e até vazamentos de petróleo.
As imagens produzidas pelo CBERS-2B, por exemplo, foram baixadas por mais de 50 mil usuários, de mais de 5 mil instituições, em mais de 50 países. "Não tem uma universidade, um órgão de governo no Brasil que não seja usuário do CBERS", destaca Epiphanio. Todas as imagens geradas pelo programa são distribuídas gratuitamente na internet pelo Inpe desde 2004.
Ainda que as imagens de satélites estrangeiros também estejam disponíveis gratuitamente, Epiphanio diz que o País não pode abrir mão de ter seu próprio equipamento no espaço. "Vale a pena investir em satélites? Sem dúvida nenhuma. O Brasil não pode ficar sem isso."
A fabricação do CBERS-3 custou cerca de US$ 125 milhões para cada país.
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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

TREINAMENTO – Operação Minerva II capacita militares em Engenharia de Campanha

A Força Aérea Brasileira (FAB) realiza até o dia 13 deste mês, por meio da Diretoria de Engenharia (DIRENG), a Operação Minerva II na sede da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA), em Belém. O treinamento reúne 40 integrantes de organizações militares que compõem o Sistema de Engenharia da Aeronáutica de vários estados brasileiros. 
 
O objetivo é capacitar os militares nas técnicas da doutrina de Engenharia de Campanha e, também, na padronização de procedimentos utilizados em situação de treinamento ou emprego real, em localidades isoladas ou desprovidas de recurso. Além disso, pretende preparar os militares para atuar em uma Unidade Celular de Engenharia (UCE) ou Unidade Móvel de Engenharia (UME).
 
Durante o exercício operacional, os alunos têm aulas teóricas e práticas de matérias como operação de máquinas, descontaminação de ambientes, contra-incêndio, resgate, reparo rápido de pistas e balizamento de emergência.
A Operação Minerva faz parte de um programa de restabelecimento da Engenharia de Campanha da FAB e conta com a participação de equipes da própria DIRENG, do Serviço Regional de Engenharia de quase todos os Comandos Aéreos Regionais, do Centro de Transporte Logístico da Aeronáutica (CTLA), da Base Aérea de Belém e da COMARA, que, além de ceder o espaço onde o exercício ocorre, forneceu parte dos equipamentos que estão sendo utilizados nas aulas práticas.
Bases de desdobramento

Em operações e exercício, como a Ágata ou a CRUZEX, a Força Aérea Brasileira monta bases de desdobramentos em localidades isoladas. Além de apoiar as atividades aéreas, essas bases podem servir como apoio para um Hospital de Campanha, por exemplo. Todo o material necessário é transportado a bordo de carretas ou de aviões de carga.
Assista abaixo ao vídeo sobre uma base de desdobramento montada durante a Operação Ágata 6:
Fonte: COMARA,,,SEGURANÇA NACIONAL BLOG,,SNB

sábado, 30 de novembro de 2013

BATALHAS NA INTERNET”, A VERDADEIRA GUERRA TEM LUGAR NA REDE GLOBAL

Andrei Smirnov, Igor Siletsky
A cimeira Parceria Oriental não justificou as expectativas dos seus organizadores. Kiev não assinou o Acordo de Associação com a EU. Não obstante, o Ocidente continua a exercer uma pressão sem precedentes na Ucrânia. E, nesta guerra, as declarações dos políticos são apenas a parte visível do iceberg, pois a verdadeira guerra tem lugar na rede global.
Como é que as tecnologias modernas são empregues na manipulação das disposições da sociedade, quais são os métodos psicológicos com que estão equipados os serviços secretos virtuais? As respostas são dadas por peritos do Laboratório de Projetos Promissores da Rússia numa entrevista exclusiva à Voz da Rússia.
O barulho em torno do Acordo de Associação com a União Europeia na Ucrânia é simplesmente o exemplo de “batalhas na Rede” mais próximo em termos temporais. As tecnologias da luta virtual pelas disposições da sociedade são experimentadas talvez há tanto tempo quanto existe a Internet.
Da sua eficácia, nos últimos tempos, podemos julgar pelos acontecimentos da “primavera árabe”. Com alguns cliques de um "mouse" faz-se o que, na era antes do aparecimento da Net, exigiria meses de trabalho árduo e conspiração. Um apelo corretamente lançado nas redes sociais pode aumentar como uma bola de neve e trazer para a rua milhares de manifestantes, o que aconteceu há dois anos atrás na Tunísia, Egito e em outros países.
A Internet é um instrumento que permite levar a informação até ao consumidor final. E a sua principal vantagem é a velocidade, assinala Igor Nezhdanov, dirigente do departamento de guerras de informação no Laboratório de Projetos Promissores:
“A informação difunde-se momentaneamente: uma enorme quantidade de pessoas pode lê-la logo após a sua publicação. A segunda propriedade é a ausência de fronteiras. Não é importante onde você se encontra e publica, porque ela pode ser lida por qualquer habitante do planeta. Terceira, a simplicidade da consciência das chamadas personalidades virtuais. Ou seja, você pode atuar na Internet escondendo-se por detrás de uma ilimitada quantidade de máscaras. Você pode criar a ilusão que com o seu adversário conversam milhares de pessoas, enquanto, na realidade, você está sozinho”.
Todas essas particularidades da Internet ajudam a levar de forma eficaz, rápida e massiva, a informação até todo um auditório. E para que seja assimilada da forma que deseja a pessoa que encomenda, são utilizados métodos já verificados no tempo, continua Igor Nezhdanov:
“Os métodos são os mesmos que antes se utilizavam nos meios de informação, na propaganda, na publicidade. Por exemplo, a socialização da informação. Isso significa que as pessoas se inclinam mais para acreditar nas palavras de outras. E as redes sociais são aquilo que realmente é necessário. Ao entrar nelas, o utilizador supõe que as pessoas comunicam entre si, manifestam a sua opinião. E, por isso, você confia mais nessa opinião do que na opinião de fontes oficiais. Funciona também o efeito do rebanho.
Quanto mais utilizadores falam da mesma coisa (na realidade, podem ser personagens virtuais dirigidas por uma só pessoa), mais rápido você acredita nisso. Existe ainda o chamado efeito do primeiro amor: as pessoas acreditam na opinião que ouvem pela primeira vez. Em conjunto, esses efeitos permitem abranger praticamente todas as pessoas que lhe interessam, pois o principal é que elas estejam na Internet”.
Resumindo, quem utiliza com maior eficácia estas particularidades da rede global, em conjugação com as particularidades da psicologia humana, vence na guerra da informação. É para ele mais fácil manipular todo o seu auditório, empurrando-o para algumas ações ou para não atuarem.
Em geral, estas tecnologias são bem conhecidas e estão bem estudadas, há muito que são empregues no Ocidente. É verdade que, no fundamental, são do conhecimento de especialistas. Mas, infelizmente, a maioria dos usuários da Internet nem desconfia que um vídeo, à primeira vista inocente, forma neles uma determinada disposição, afirma Igor Nezhdanov, um homónimo do nosso perito anterior, especialista em diagnóstico psíquico:
“O lançamento de vírus é um dos métodos mais simples. Podem ser vídeos curiosos, anedotas, pequenos textos, que, por si sós, são interessantes, originais e emocionais. Mas, ao mesmo tempo, podem conter uma informação que se pretende levar a um ou outro “emitente”. Na maior parte das vezes, claro que é o interesse comercial de empresas que utilizam isso.
Em alguns casos, trata-se de jogos políticos, uma tentativa de criar uma predefinição política na sociedade. Há tecnologias baseadas em algumas figuras influentes na Internet. Pode ser um blogger com milhares de seguidores que influi realmente na disposição as pessoas. Há formas quando acontece o lançamento massivo com a participação de contas “mortas”. Por exemplo, para cobrir de comentários uma qualquer figura”.
É difícil encontrar no mundo uma pessoa que se sinta bem ao tomar consciência do seguinte: a sua forma de pensar é um conjunto de chavões impostos por alguém. Para não nos vermos perante essa desagradável revelação, devemos seguir recomendações simples.
Não se deixar levar pelo “efeito do primeiro amor”, procurar confirmações de qualquer informação que mereçam confiança. A análise sensata da situação nunca, até hoje, fez mal a alguém. E não vale a pena responder ao primeiro apelo e correr para barricadas virtuais, porque há sempre como reserva mais um minuto para pensar.
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CHINA USA CAÇAS E AUMENTA TENSÃO EM ÁREA EM DISPUTA

A China afirmou ter enviado nesta sexta-feira aviões de caça para monitorar aeronaves dos Estados Unidos e do Japão que entraram em sua nova zona de defesa aérea no mar da China Oriental.
O Japão e os Estados Unidos se opõem à decisão da China de alterar unilateralmente, no sábado, seu espaço aéreo e acusam o país de querer escalar as tensões regionais, além de ampliar o risco de confrontos e acidentes.

Blefe?
A China afirmou na semana passada que todas as aeronaves que cruzassem essa área deveriam enviar planos de voo e se identificar. Caso contrário, teriam de lidar com "medidas emergenciais de defesa".
De acordo com o jornalista da BBC News, Charles Scanlon, os Estados Unidos e seus aliados estão, aparentemente, tentando expor o blefe da China em relação ao seu novo perímetro aéreo de defesa.
"Japão, Coreia do Sul e EUA enviaram para a região o que eles chamam de patrulhas, desafiando as ordens chinesas para que as aeronaves se identificassem e mantivessem contato por rádio", afirma Scanlon.
"A China diz agora que enviou seus caças pela primeira vez para identificar e monitorar intrusos – a primeira indicação de que o país pode estar preparado para arriscar um encontro no ar (com forças estrangeiras)."
A disputa está ameaçando a se transformar, de acordo com Scanlon, em uma guerra de nervos entre os Estados Unidos e seus aliados, para testar as verdadeiras intenções da China e ver até onde o país está disposto a ir para fazer valer essa nova zona aérea.
"A intenção de Pequim com essa medida talvez fosse pressionar o Japão, em relação às ilhas disputadas. Mas acabou arriscando um confronto muito mais amplo com Washington, que permanece sendo a principal potência naval do oeste do Pacífico."
A China já havia anunciado, na quinta-feira, que iria enviar caças à região para fazer a vigilância e a defesa do local.
Então, nesta sexta-feira, o porta-voz da Força Aérea chinesa, Shen Jinke, anunciou o envio dos aviões de guerra para monitorar dois aviões dos EUA e 10 aeronaves japonesas. Ele afirmou que os jatos acompanharam os voos e identificaram os aviões.

Escalada

Para Alexander Neill, do Instituto Internacional para Estudos Estratégicos (IISS), a demarcação de uma zona de defesa área representa uma tomada de posição por parte da China que pode trazer riscos para a região.
Ainda segundo Neill, a medida demonstra a determinação do presidente Xi Jinping em defender a integridade territorial do país.
Este é o maior sinal de escalada militar envolvendo a China desde que ele chegou ao poder, há um ano.
Líderes chineses devem se abster de críticas à sua decisão, argumentando que o espaço de defesa aérea japonês se estende sobre o território reivindicado pela China.
A imposição da zona de identificação de defesa aérea da China ecoa um episódio ocorrido em 1996, quando o então presidente chinês Jiang Zemin ordernou uma zona de exclusão aérea e marítima durante uma série de testes com mísseis no norte e no sul de Taiwan.
A declaração de sábado confirma que as ilhas Senkaku (Diaoyu para os chineses) passam para o centro de preocupações da China, sendo incluídas na mesma categoria do Mar do Sul da China e de Taiwan.
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Brasil corta impostos para 26 fabricantes de equipamento militar

Por: EFE
O Ministério da Defesa incluiu hoje 26 fabricantes de equipamento militar para uma lista de empresas "estratégicas" que recebem de impostos para vender equipamento militar para o Brasil e outros países descontos.
Empresas certificadas recebem impostos e benefícios fiscais que lhes permitem reduzir os seus preços entre 13% e 18%, aumentando assim a sua competitividade em relação aos concorrentes estrangeiros, de acordo com um comunicado do ministério.
Os incentivos estão condicionados a empresas permanecem capital brasileira, por isso seria retirado se uma empresa estrangeira comprou.
Entre as empresas já estabelecidas é a fabricante de aviões Embraer, que está desenvolvendo cargueiro militar KC360 e também possui caças Super Tucano.
Também foram incluídos a partir de fabricantes de balística em pó, para empresas químicas e desenvolvedores de sistemas tecnológicos.
As empresas incluídas no plano são: AEQ, Akaer, ARMTEC, Atech, Avibras, Axur, BCA, bradar, Condor, Dígitro, Embraer, EMGEPRON, Flight Technologies.
Também estão incluídos Touro Forges Grupo Inbra, IACIT, IAS, Imbel, Mectron, nitrochemicals, Nuclep, Orbital Engenharia, Opto, Rustcon, Spectra Tecnologia e Ponto Vertical fazer.
O governo brasileiro estima que o aumento das vendas derivados deste plano vai criar 60.000 empregos diretos e 240.000 empregos indiretos.
Estas 26 empresas serão adicionados no futuro 81 outras empresas que se inscreveram no programa e estão aguardando aprovação do Ministério para obter o reconhecimento de "estratégica".
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Aviação do Exército busca sistema de aquisição e transmissão de imagens Optrônicos da Sagem Optovac apresentados em Caçapava

Durante reunião de alto comando que marcou o encerramento da Operação Paraibuna II, grande exercício realizado no interior do estado de São Paulo pela 2ª Divisão de Exército, oficiais da Aviação do Exército apresentaram suas demandas por novas capacidades destinadas a incrementar a versatilidade de emprego dos helicópteros baseados em Taubaté. Foi demonstrado o sistema de comunicação e transmissão de imagens ar-solo Falcon C2 View (Harris), que amplia e muito a capacidade de comando e controle (C2) da Aviação do Exército, operando em conjunto com optrônicos componentes do sistema FELIN (Fantassin à Equipements et Liaisons INtégrés). O binocular multifuncional de longo alcance JIM LR, a interface de operação remota portátil ROS, miras termais e antenas repetidoras conectadas a rádios digitais Falcon (Harris) foram apresentados na ocasião por executivos da Sagem Optovac, subsidiária brasileira controlada pelo Grupo Safran. Esses recursos foram utilizados em caráter de teste durante o referido exercício por frações de tropas em terra e por aeronaves da AvEx.Capaz de produzir imagens termais noturnas de alta resolução a grandes distâncias, o JIM LR é estabilizado, anulando assim a vibração do helicóptero, e possui telêmetro laser para determinação da distância do alvo. Operado a mão por um tripulante, o optrônico traz significativo incremento nas operações de reconhecimento aéreo realizadas pela AvEx de dia ou a noite. Segundo informações colhidas por T&D no local, o Jim LR, o sistema ROS, as miras termais e demais componentes podem ser fabricados no Brasil na linha de montagem da Optovac instalada no Parque Tecnológico da UNIVAP em São José dos Campos. Esse mesmo set de equipamentos é cotado para possível adoção e emprego no SISFRON e PROTEGER, projetos estratégicos do Exército Brasileiro, e na Brigada de Operações Especiais A aquisição desses recursos se daria dentro do contexto da implantação da Companhia de Comunicações de Aviação do Exército, unidade atualmente em fase de planejamento e estudos para ser instalada em Taubaté, sede do Comando de Aviação do Exército (CAvEx), do Centro de Instrução da Aviação do Exército (CIAvEx) e dos 1º e 2º Batalhões de Aviação (BAvEx).
Por Roberto Valadares Caiafa
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Como eles fazem isso ? - Radar


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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Contrato para construção do satélite brasileiro é assinado entre Telebras e Visiona

Sabrina Craide

A Telebras e a Visiona Tecnologia Espacial assinaram hoje (28) o contrato para executar o projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). O acordo, no valor de R$ 1,3 bilhão, prevê a entrega do sistema no final de 2016. A Visiona é uma joint-venture da Embraer e da Telebras.
A Visiona, que teve sua criação aprovada pelo Cade em 31 de outubro de 2012, tem 51% de seu capital contrado pela Embraer e 49% pela Telebras.  A empresa tem o objetivo inicial de atuar na integração do sistema do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) do governo brasileiro, que visa a atender às necessidades de comunicação por satelite do governo federal, incluindo o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL).
Segundo o governo, a aquisição de um satélite próprio para as comunicações civis e militares brasileiras é uma decisão estratégica para garantir a soberania nacional. Atualmente, os satélites que prestam serviço no Brasil são controlados por estações que estão fora do país ou tem o controle de empresas de capital estrangeiro. “Em qualquer dos casos há riscos de acontecer interrupções dos serviços em uma situação de conflito internacional ou decorrente de outros interesses políticos ou econômicos”, explica nota divulgada pelo Ministério das Comunicações.
A construção do satélite brasileiro também é considerada estratégica para assegurar o fornecimento de internet banda larga aos municípios distantes e isolados, onde não chega a rede terrestre de fibra ótica. Atualmente, existem mais de 2 mil municípios brasileiros com condições de difícil acesso para a chegada de uma rede de fibra ótica terrestre
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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

PREPARAÇÃO DE EQUIPES DE ALTA PERFORMANCE SOB ESTRESSE

Coronel (r) do EB Fernando de Galvão e Albuquerque Montenegro

O Cérebro humano é o dispositivo mais complicado que se tem notícia. Aprendeu-se mais sobre ele nos últimos 5 anos do que em toda existência da civilização.
Ele gerencia todos nossas atividades vitais. Ao longo da evolução da raça humana esse órgão duplicou de tamanho. Apesar de pesar menos de 1,5 Kg, consome 1/5 da energia do corpo. Alo longo dos milhões de anos, o cérebro evoluiu recebendo outros anexos e conexões sobre sua estrutura inicial.
A parte mais primitiva é o tronco encefálico, também presente nos répteis e outros animais. Nos mantém vivos e controla funções vitais como batimento cardíaco, digestão, pressão sanguínea e outras coisas que fazemos automaticamente sem pensar.
Centenas de milhares de anos depois foi acrescido o sistema límbico, onde ficam as amigdalas, pequenas como duas amêndoas. Elas transmitem nossas reações emocionais ao cérebro. Uma das emoções mais simples, primitivas e fortes é o medo.
Tive oportunidade de participar e conduzir por um bom tempo a formação dos Comandos, Forças Especiais e Guerreiros de Selva do Exército, onde os alunos são preparados para modificar a forma como o cérebro reage ao medo. Desde o início os alunos são submetidos a uma situação de pressão psicológica intensa visando a provocar o caos em suas mentes. O objetivo é submetê-los a uma situação de simulação de estresse de combate.
Foi observado que a maioria dos erros em combate está associada ao medo e ao pânico. Assim sendo, deduz-se que a capacidade de controlar esses impulsos seja extremamente importante. Como os militares que frequentam esses cursos estão sendo formados para as missões mais difíceis, perigosas e de altíssimo risco, os cursos são extremamente rigorosos. Em consequência, é muito grande o número de candidatos eliminados ou desistentes ao longo do processo de seleção e de formação.
Normalmente os alunos concludentes demonstram maior capacidade em ajustar a forma de pensar às exigências das atividades e respectivas pressões. Nem sempre são os alunos com melhor preparo físico que chegam ao final. Recordistas de natação, pentatlo, atletismo e medalhistas em outros esportes muitas vezes desistem durante algumas atividades extenuantes enquanto pessoas com performance física mais mediana mantêm a determinação de prosseguir no treinamento que envolve situações extremas de frio, dor, fome, sede, sono e o acabam concluindo.
As amígdalas tendem a levar instintivamente a um estado de pânico face às situações de medo. Elas enviam sinais ao tronco encefálico usando suas conexões. Sempre que o medo estiver presente, a ansiedade se manifestará em sua plenitude, seja em sinais físicos, seja em sinais psíquicos. A partir daí, várias reações podem ser manifestadas no organismo: taquicardia, respiração acelerada, sudorese, calafrios, tremedeira, boca seca, tontura, formigamento nos pés e mãos dentre outros sintomas.
O treinamento de contra terror das Forças Especiais é realizado sob pressão. Os alunos são treinados para identificar os alvos com precisão e realizar o disparo quando necessário, controlando os impulsos de estresse enviados pela amígdala.
O treinamento é gradativo. Na fase final, pode ocorrer o incremento de outras variantes como gás lacrimogêneo no recinto, treino com máscara e pouca visibilidade. Alguns treinadores ou integrantes da equipe ficam misturados aos alvos, e a execução é aleatória, exigindo maior atenção e os erros não podem ser tolerados. Às vezes, a reação correta é rápida e letal, outras vezes é apenas identificação do refém e controle do impulso de atirar.
A preparação de combate corpo-a-corpo é outro evento em que os alunos aprendem a controlar suas reações e testar sua rusticidade, resistência e agressividade sob estresse extremo. Na fase final dessa atividade, os alunos são levados a uma situação de exaustão e precisam identificar instantaneamente a qual ameaça estão sendo submetidos para aplicar vigorosamente a técnica adequada na defesa. Faz parte da avaliação o controle de agressividade, do cansaço e correção de movimentos.
Outra atividade em que o aluno é submetido intensamente a treinamentos exaustivos é o paraquedismo, pois necessita contrariar o instinto de preservação e se atirar no vazio. A sistemática busca automatizar procedimentos e reações possíveis para as diferentes emergências a que o paraquedista possa ser exposto. Nesses casos, o tempo que o militar tem para salvar sua vida é mínimo. Qualquer hesitação devido ao medo na tomada de decisão pode ser fatal.
Essa lapidação da reação dos combatentes só é possível porque o córtex frontal, outra parte do cérebro humano, também processa o medo. O córtex caracteriza uma maior evolução humana e surgiu após as amígdalas. Ele é a camada externa do cérebro, fina e enrugada, que pode chegar a ser quatro vezes maior que o dos outros primatas.
Foi descoberto que as informações dos nossos sentidos chegam às amígdalas com o dobro da velocidade que demoram para chegar aos lobos frontais. A diferença de velocidade dos sinais significa que sabemos reagir instintivamente a uma ameaça, caso contrário, ficaríamos paralisados de medo esperando os lobos frontais decidirem a reação correta.
Por trás do medo e do pânico está o desconhecido, não saber o que fazer. O cérebro paralisa, como um jacaré paralisa ao ver um facho de lanterna. A amígdala pode enviar sinais de medo muito velozes, mas nem sempre são corretos. Tão logo você percebe que a situação não corresponde a uma ameaça a volta à calma ocorre naturalmente.
O objetivo desse tipo de treinamento consiste em controlar os sinais emitidos pela amígdala através do lobo frontal, ou seja, de forma racional. Aprende-se a minimizar o retardo nas reações à situação de estresse, gerando movimentos/comportamentos instantâneos.
O Século XXI já vem sendo caracterizado pelo grande crescimento do emprego de Forças de Operações Especiais, assim sendo, os três principais centros de formação desses recursos humanos no Brasil (Centro de Instrução de Operações Especiais, Centro de Instrução Paraquedista e Centro de Instrução de Guerra na Selva) estão em constante busca da excelência na instrução e aperfeiçoamento dos processos de ensino.
Nos módulos de mergulho de treinamento das Forças Especiais aprende-se a controlar o medo da falta da respiração. O ser humano, ao longo de sua evolução, foi programado para temer situações sob a lâmina d´água. Por isso, é necessário muito autocontrole para conter o impulso de emergir e respirar.
Os alunos são preparados gradativamente para realizar tarefas subaquáticas complexas. Inicialmente realizam-nas fora d´água sem tempo, depois com tempo e então passam a enfrentar situações críticas totalmente imersos. Eles são submetidos a atividades planejadas que são conduzidas por um instrutor interrompendo seu fluxo de ar de diversas formas, escondendo as válvulas reguladoras, promovendo cambalhotas, arrancando a máscara e dando nós no seu equipamento em ataques contínuos que podem levar mais de quinze minutos enquanto são avaliados e observados em suas reações.
O aluno ansioso aumenta rapidamente o seu consumo de oxigênio, reduzindo sua capacidade de raciocínio e o tempo disponível para solucionar os problemas. Dependendo do desempenho do aluno, ele pode chegar a passar metade do tempo sem ar. Por mais que tenham aprendido e treinado a fazer isso fora d´água, praticar sob essas condições é extremamente difícil e reprova os alunos que não aprendem a lidar com o estresse sob essas condições.
Quando o aluno começa a ficar sem ar, suas amígdalas acionam o “botão” de pânico, que o impele a emergir. O córtex cerebral precisa controlar esse impulso para que o combatente continue autocontrolado. Nesse processo, o estudante tem que segurar a respiração muito além do normal enquanto a equipe de instrução avalia seus comportamentos.
Os impulsos nervosos emitidos pelo cérebro se deslocam a mais de 400Km/h e sob estresse as amígdalas liberam adrenalina e cortisol na corrente sanguínea, preparando o organismo para agir emergencialmente. Esses hormônios aceleram a respiração e o batimento cardíaco, elevam a pressão sanguínea, deixam os sentidos mais alerta, a memória mais aguçada e o corpo menos sensível à dor, mas mesmo assim, esse teste de competências subaquáticas é muito difícil. O maior inimigo do aluno nesse exercício é o pânico, que o leva a perder o controle debaixo d´água.
Em todas as situações citadas acima, o controle do medo é fundamental para o êxito no treinamento.
Verificando entre os concludentes desse tipo de treinamento, observou-se que quase todos eles balizam seu comportamento usando quatro ferramentas mentais que os ajudam a controlar o estresse mesmo nas situações mais extremas:
1. Estabelecimento de objetivos intermediários
2. Mentalização
3. Desenvolvimento da autoestima
4. Controle de respiração
O estabelecimento de objetivos auxilia os lobos frontais, que são os supervisores do cérebro. Com isso, é facilitado o raciocínio e o planejamento. Concentrar-se em metas específicas permite que o córtex mantenha as amígdalas sob controle. Os alunos costumam estabelecer prazos simples como: “vou chegar até a próxima refeição”, ou “até a próxima liberação”, e assim por diante. O importante é ele focar nesses objetivos intermediários e se manter firme nas convicções.
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terça-feira, 26 de novembro de 2013

HAITI – Manutenção do Batalhão Brasileiro depende de esforço logístico com aviões e navios


Uma aeronave C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou na sexta-feira (22/11), em Porto Príncipe, com 11 toneladas de suprimentos para o 18º Contigente Brasileiro no Haiti, o maior efetivo de militares que atua na segurança do país mais pobre das Américas. A cada duas semanas, um avião da FAB chega à capital haitiana carregada de equipamentos, medicamentos, armamentos e materiais de consumo para suprir as necessidades de seis bases, incluindo uma de engenharia e uma de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil.
Viaturas blindadas e caminhões são enviados do Brasil de navio. Ao receber o Hércules da FAB, no Aeroporto Internacional Toussaint Louverture, o Chefe da Célula Logística de Apoio ao Contigente no Haiti, Coronel João Carlos Sobral das Chagas, explicou como faz para abastecer o Batalhão em um país carente em infraestrutura, saneamento básico, tecnologia, água potável e até alimentos.  
  Depois de seis meses, militares do 18º contigente brasileiro voltam ao Brasil e um novo efetivo de 1.450 homens e mulheres assumem a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH). A substituição gradual, iniciada no dia 19/11, será concluída no dia 05/12.
A FAB participa do contigente com um pelotão de infantaria. Os 29 militares que pertencem aos Batalhões de Infantaria Especial da Aeronáutica sediados no Rio de Janeiro desembarcam em Porto Príncipe nesta terça-feira, 26/11. Quatro oficiais também farão parte do Estado-Maior do 19º Batalhão Brasileiro de Força de Paz (BRABAT 19, na sigla em inglês).
Veja entrevista com o Coronel João Carlos Sobral das Chagas
Fonte: Agência Força Aérea ,,SEGURANÇA NACIONAL BLOG,,SNB