terça-feira, 6 de agosto de 2013

Estados Unidos, as autoridades russas para discutir Snowden, Síria - Oficial

RIA Novosti) - Top EUA e as autoridades russas se reunirão nesta sexta-feira para discutir o destino da inteligência contratante Edward Snowden e uma série de outras questões, o Departamento de Estado nesta terça-feira.
"Nós levantamos o Sr. Snowden com as autoridades russas, muitas vezes nas últimas semanas e esperar para fazê-lo" novamente durante as conversações entre EUA Secretário de Estado John Kerry, o chanceler russo, Sergei Lavrov, e ministros da Defesa dos dois países, disse a porta-voz Jen Psaki .
A reunião ocorre em meio a tensas relações entre Washington e Moscou após a decisão da Rússia de conceder asilo a Snowden, que enfrenta acusações de espionagem nos Estados Unidos em conexão com informações classificadas sobre os programas de vigilância dos EUA é acusado de vazar.
Os Estados Unidos têm apelado repetidamente à Rússia para expulsar Snowden e ajudar a devolvê-lo sob custódia dos EUA, uma posição Psaki reafirmou terça-feira, apesar de o estatuto de refugiado do fugitivo.
"Nós gostaríamos de ver o Sr. Snowden voltou para os Estados Unidos", disse Psaki. "Eu não sei tecnicamente o que exige, mas sabemos que [os russos] têm a capacidade de fazer isso."
Decisão da Rússia de conceder asilo a Snowden pôs em causa a Cimeira de Moscovo agendado entre o presidente dos EUA, Barack Obama eo presidente russo, Vladimir Putin no início do próximo mês, antes da reunião do G20 de líderes mundiais, que começa 05 de setembro em São Petersburgo.
"Continuamos a avaliar a utilidade de uma cimeira", porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse segunda-feira do planejado encontro Obama-Putin. "Você pode esperar que vamos ter uma decisão de anunciar nos próximos dias sobre isso", disse Carney.
A reunião de alto nível em Washington na sexta-feira será o primeiro dos chamados "dois mais dois" conversações mantidas entre os dois países desde 2007, Psaki disse a repórteres em Washington na terça-feira.
Além das palestras previstas sobre Snowden, os funcionários "vão discutir uma série de questões prementes bilaterais e globais, incluindo a estabilidade estratégica, a cooperação político-militar e questões militares", disse Psaki.
A guerra civil em curso na Síria também "certamente" estar na agenda, Psaki disse, como se a ratificação e implementação do tratado START de redução de armas Novo, o trânsito de pessoal e material de e para o Afeganistão ", e trabalhando juntos para impedir o Irã de desenvolver armas nucleares ", acrescentou.
A Rússia e os Estados Unidos têm sido em desacordo sobre o conflito na Síria , com Moscou rejeita a insistência de Washington de que qualquer solução política impede o presidente sírio Bashar Assad permaneça no poder.
A Rússia também disse que a ajuda militar dos EUA planejada para rebeldes sírios podem levar a uma nova escalada de violência no país e que esse apoio poderia levar a elementos islâmicos extremistas na Síria oposição tomar o poder no país.
"Nós certamente temos a nossa quota de divergências com a Rússia sobre uma série de questões, e eu tenho certeza que eles farão parte da conversa bem", disse Psaki.
SNB

Força Aérea da Rússia para obter a primeira T-50 Jet Fighter este ano

RIA Novosti) - A Força Aérea da Rússia vai receber a entrega de seu primeiro-T 50 caça de quinta geração ", no terceiro trimestre deste ano" para o teste vôos estado final a partir do quarto trimestre, comandante do serviço O tenente-general Viktor Bondarev disse terça-feira.
No final de abril, o presidente Vladimir Putin disse que o T-50 entraria em serviço com as forças armadas do país, em 2016, e não 2015, como tinha sido anunciado anteriormente. Presidente United Aircraft Corporation Mikhail Pogosyan disse que os testes T-50 vôo iria começar em 2014.
O T-50, que irá tornar-se o núcleo da frota de caças futuro da Rússia, é um avião de guerra multirole com tecnologia "stealth", "super-manobrabilidade, capacidade de super-cruzeiro, e aviônicos avançados, incluindo um radar de impressão para leitura óptica ativa, de acordo com ao seu criador Sukhoi.
A Índia também planeja comprar um avião de caça baseado no T-50, conhecido como o FGFA (avião de caça de quinta geração).
United Aircraft Corporation é a empresa holding estatal unindo indústria de construção de aeronaves da Rússia, incluindo Sukhoi, fabricante de aeronaves militares e civis.
SNB

Senado quer explicações sobre os caças

Roberto Godoy - O Estado de S.Paulo
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado vai realizar uma audiência pública no dia 13 deste mês a fim de debater a crise dos novos caças de tecnologia avançada da Força Aérea.
A Aeronáutica decidiu desativar em dezembro os 12 Mirage 2000 do 1.º Grupo de Defesa Aérea, sem que o governo tenha decidido o processo F-X2, a escolha das aeronaves supersônicas de alta tecnologia, sucessoras da frota que entrou na fase de fadiga de célula e não poderá mais sair do chão.
Antes da audiência com o brigadeiro Juniti Saito, comandante da Aeronáutica, haverá outra sessão, pela manhã, para discutir os satélites geoestacionários de defesa e comunicações estratégicas, com o presidente da Telebrás, Caio Bonilha.
O presidente da comissão, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), ouviu exposições em separado das três empresas candidatas ao fornecimento das aeronaves - a americana Boeing Defence, a francesa Dassault Aviation e a sueca Saab. O contrato envolve 36 caças, suprimentos e transferência de tecnologia. A avaliação é de que o valor fique entre US$ 4,5 bilhões e US$ 6,5 bilhões financiados e com grande prazo de carência.
Novela. O governo está prorrogando a compra dos jatos de combate desde 1996, ano em que, pela primeira vez, o então presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu um estudo detalhando a necessidade de renovação do equipamento, iniciando o procedimento F-X que viraria o atual F-X2 com uma só novidade, a exigência de transferência ampla de tecnologia. O governo, todavia, não fez a opção.
SNB

OPERACIONAL – Pela primeira vez, Blackhawk é pilotado somente por mulheres

O Blackhawk é o maior e mais pesado helicóptero militar em operação no Brasil. São 19 metros de comprimento e até 9.185 kg sustentados por duas turbinas de 1.940 shp de potência. Como um verdadeiro "faz-tudo", a aeronave é presença constante em exercícios militares e missões reais, como busca e resgate, transporte de tropas e ajuda humanitária. No dia 1° de agosto, pela primeira vez, toda essa capacidade esteve nas mãos duas mulheres, as Tenentes Aviadoras Déborah Gonçalves e Caroline Pedretti, ambas do Esquadrão Harpia (7º/8º GAV), de Manaus (AM).

"Pra gente é uma missão normal. Não interessa se é homem ou mulher, e sim se é capaz de cumprir o que está previsto", diz a Tenente Pedretti. Formada em 2010 pela Academia da Força Aérea, no ano seguinte ela tirou o primeiro lugar no curso de formação de pilotos de helicóptero e escolheu servir em Manaus com o único objetivo de voar o Blackhawk. "Ele consegue transportar muito peso. É incrível", conta. 
Com 1,63m de altura, ela garante que as mulheres são tão capazes quanto os homens de dominar essa máquina de guerra. "Nós treinamos com o módulo de assistência ao piloto desligado, o que aumenta o peso nos comandos. Mas a gente faz normalmente", explica. Outro desafio vencido pela Tenente Pedretti foi passar no Curso de Adaptação Básica ao Ambiente de Selva (CABAS), exigido para os aviadores que voam na região amazônica. "Apredemos bastante coisa sobre a selva. Se a gente precisar pernoitar em alguma localidade remota, por exemplo, vai ser muito útil".
Já para para a Tenente Déborah, comandante da missão, fazer parte do Esquadrão Harpia também é uma experiência relevante por conta das missões da Força Aérea Brasileira na região amazônica. “É uma região muito carente, onde as pessoas precisam muito de ajuda", afirma.
Fonte: VII COMAR e Agência Força Aérea
SNB

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Na mira de cibercriminosos, Apple enfrenta 200 mil ataques diários e invasão a site

ANDERSON LEONARDO
Daniela Arrais, 30, abriu seu e-mail no último dia 20 e encontrou uma mensagem automática supostamente enviada pela Apple pedindo para ela confirmar os dados de sua conta dentro de 24 horas, pois seu acesso aos serviços da empresa estava "temporariamente congelado".
Preocupada com o prazo, a empresária clicou no link indicado e foi levada a um site quase idêntico ao da Apple, que apresentava campos nos quais ela devia inserir informações pessoais, como endereço, número de telefone e cartão de crédito.
Arrais só desconfiou que aquilo poderia ser uma armadilha quando percebeu que o site requisitava também a senha de sua conta. Perguntou para um amigo sobre a credibilidade da mensagem e a enviou para a lixeira.
Por pouco ela não entregou informações confidenciais a cibercriminosos e se tornou uma vítima de phishing (tentativa de enganar usuários para obter seus dados, seja por e-mails ou sites falsos).
"A mensagem era parecida com as outras que recebo da Apple. Não era nada tosca", a empresária se recorda. "Se eles tivessem acesso ao meu endereço e às informações do meu cartão de crédito, eu entraria em pânico."
De acordo com uma pesquisa da empresa de segurança digital Kaspersky Lab, a média diária de ameaças de phishing voltadas a usuários da Apple disparou para 200 mil em 2012, sendo que no ano anterior apenas mil casos eram detectados a cada dia.
O estudo mostra ainda que esse número pode crescer em quase 500% quando a empresa anuncia alguma grande novidade. Em 6 de dezembro de 2012 --dois dias após a companhia expandir sua loja virtual iTunes Store para 50 países--, por exemplo, a Kaspersky Lab detectou 939,5 mil ocorrências desse tipo de fraude eletrônica.
Os criminosos também se aproveitam de brechas de segurança envolvendo a fabricante de iPhones e iPads para intensificar os ataques e tentar fisgar algum peixe assustado e desatento.
Foi o que aconteceu entre 18 e 26 de junho, período durante o qual o site de desenvolvedores da Apple foi tirado do ar pela empresa devido a uma invasão, que pode ter revelado dados de algumas pessoas cadastradas.
Após o incidente, usuários do Twitter começaram a reportar uma onda de mensagens e sites falsificados em busca de "alteração de senha" e "confirmação de informações pessoais".DIA DA CAÇA
Especialistas em segurança digital atribuem o aumento de ameaças virtuais que têm como alvo usuários da Apple à crescente popularidade dos aparelhos da companhia, em especial os dispositivos móveis.
"Esses produtos são objetos de desejo de muita gente", afirma Fabio Assolini, 33, analista de malware da Kaspersky Lab no Brasil. "Hoje é muito mais comum ver pessoas com iPhones do que antigamente, e isso chama a atenção dos criminosos."
No mês passado, a Apple confirmou essa tendência ao divulgar os resultados de seu terceiro trimestre fiscal, que vai de abril a junho.
Embora a venda de iPads tenha caído de 17 milhões para 14,6 milhões de unidades, a companhia bateu um recorde de smartphones vendidos durante o período, com 31,2 milhões de iPhones comercializados --um aumento de 20% em relação ao mesmo trimestre em 2012.
Segundo Assolini, o fato de os donos de iOS comprarem mais aplicativos que os de Android é outro atrativo para os criminosos.
"Desenvolvedores que trabalham tanto com o sistema operacional da Apple quanto com o do Google sabem que a primeira plataforma é mais lucrativa", diz.
Logo, no pensamento dos criminosos, existem mais chances de encontrar informações bancárias --com contas mais rechonchudas-- atreladas a uma Apple ID.
COM MALÍCIA
Ataques de phishing não são a única ameaça a donos de iPhones e iPads: softwares maliciosos também podem dar uma baita dor de cabeça.
Quando o assunto é segurança, "o comportamento do consumidor conta muito", afirma Nelson Barbosa, 33, especialista em segurança digital da Norton, da Symantec.
Ele se refere aos usuários que recorrem ao "jailbreak", um método que atropela restrições de dispositivos da Apple e libera a instalação de apps não autorizados por ela.
Para isso, o procedimento desabilita recursos de segurança do iOS, tornando-o mais vulnerável e abrindo portas para a raiz do sistema.
"O software de origem desconhecida que você baixa fora da loja oficial da Apple pode roubar seus dados bancários, gerar phishing para seus contatos e causar outros danos", afirma Barbosa.
As ameaças, no entanto, não se restringem a quem faz "jailbreak". Mesmo com a triagem realizada pela Apple para manter aplicativos maliciosos longe de seus usuários, é possível encontrar malwares na App Store.
No ano passado, por exemplo, a Apple aprovou a distribuição de um aplicativo russo chamado "Find and Call".
O programa acessava os contatos gravados no iPhone e, sem pedir permissão, disparava spam para todos os números de telefone e endereços de e-mail da lista. As mensagens eram enviadas no nome do dono do aparelho --o que dava a impressão de serem de origem confiável.
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia também descobriram, em junho, que era possível instalar softwares maliciosos em iPhones e iPads por meio do uso de carregadores falsos.
A Apple tomou conhecimento dessa vulnerabilidade e afirmou que ela será corrigida para todos os usuários na próxima atualização de seu sistema operacional.
Ao impedir que empresas desenvolvam antivírus para o iOS, "a Apple se compromete a proteger os usuários", diz Assolini. "No geral, ela tem feito isso bem, mas, como podemos perceber, há falhas."
Procurada pela Folha, a Apple não se pronunciou.
Folha..SNB

Episódio de espionagem não afetou relação entre usuário e Google, diz diretor brasileiro

Presença frequente nas apresentações de produtos do Google --foi o encarregado de apresentar ao mundo o tablet Nexus 7, por exemplo-- o mineiro Hugo Barra, 36, é um dos responsáveis por tornar o Android o sistema móvel mais popular do mundo.
Quando assumiu a diretoria de produtos, em 2010, o sistema tinha 50 milhões de usuários. Desde então, Barra chegou a vice-presidente, e o Android se aproxima de 1 bilhão de usuários.
De formação técnica, Barra, que veio ao Brasil para o evento Infotrends, não esconde a aversão a responder a questões sobre política e dinheiro na tecnologia.
"Oba, vai começar a entrevista", disse quando, depois de uma sequência de perguntas sobre o episódio da espionagem americana, ouviu uma sobre jogos.Folha - Os usuários depositam uma confiança grande no Google ao guardar dados nos servidores de vocês. Ela foi quebrada com o episódio da espionagem da NSA?
Hugo Barra - Acho que não. Nós temos plena consciência da relação de confiança que temos com todos os usuários de nossos serviços, e isso é a coisa mais valiosa que possuímos.
E é por isso, também, que deixamos bem claro durante todos esses episódios, desde o começo, que não existe a menor possibilidade de que dados dos usuários que estão armazenados pelo Google sejam disponibilizados direta ou indiretamente a qualquer autoridade. O Google só disponibiliza informações em casos extremos, quando existe ordem judicial.
O episódio afetou a imagem do Google? Vocês perderam usuários?
Absolutamente não. Não existe nenhum indício de que os episódios tenham afetado a forma como as pessoas usam nossos serviços, ou a frequência, o número de usuários, qualquer outra métrica que você escolha.
Depois que o jornal "O Globo" mostrou que brasileiros foram espionados, o governo disse que quer os servidores das empresas aqui. É viável?
Cada empresa tem suas políticas, mas o Google escolhe onde coloca dados do mundo todo pensando em eficiência. Ou seja, nós criamos um datacenter de forma que usuários tenham acesso mais fácil e rápido aos serviços. Nós não temos servidores no Brasil porque ainda não é eficiente --proximidade geográfica não quer dizer proximidade do ponto de vista de rede.
Você já disse que precisa lutar cada vez menos para que o Brasil receba atenção do Google. Onde o país está nas prioridades da empresa?
Em uma posição muito alta porque, primeiro, a população brasileira conectada é muito grande. Segundo, porque o brasileiro tem uma cabeça muito aberta para experimentar coisa nova. O tipo de feedback que conseguimos aqui no Brasil não é tão comum no resto do mundo. O Brasil realmente usa, fala a você o que acha, e isso para nós é fantástico.
Você é um brasileiro ocupando um cargo alto de uma grande empresa de tecnologia. Isso tem um valor especial?
É especial, mas não surpreendente. Há muitos brasileiros de sucesso no Vale do Silício, em Nova York, em todas as indústrias. Só no Google há pelo menos três vice-presidentes brasileiros. Brasileiros se preparam muito. Universidades brasileiras, principalmente quanto aos cursos de engenharia, são tão boas quanto as do resto do mundo.
Por que então não vemos 'Googles' sendo criados aqui?
Eu acho que não há nenhuma razão específica.
O Vale do Silício é um ímã gigantesco de talento porque ali se concentram todos os aspectos que facilitam a criação de novas empresas --quando você cria uma companhia, não trabalha sozinho. É uma questão de ecossistema.
O que o Brasil precisa fazer para ter algo como o Vale?
Acho que já está acontecendo, várias empresas no Brasil estão se destacando. A [desenvolvedora de jogos] Fun Games For Free, por exemplo, é formada por dois garotos da USP, engenheiros, que são supernovos e inteligentes. Montaram uma equipe de tamanho razoável contratando amigos e entraram em um mercado global. Esse ecossistema está começando a ser criado.
Quais são os requisitos para esse ecossistema ser criado?
Primeiro: toda a parte de processos burocráticos e logística necessária para registrar uma empresa. Isso aqui no Brasil sempre foi um problema e continua sendo.
Segundo: você tem que ter massas de escolas e outros veículos de formação de talento técnico. Não só de computação, mas de design, de arte, que são componentes importantes de uma start-up.
Também tem a parte de investimento. Hoje, aqui em São Paulo, boa parte dos VCs [investidores de capital de risco] do Vale do Silício já têm representação, então isso também já se resolveu. As próprias universidades também têm núcleos que incentivam o empreendedorismo. Eu acho que o ecossistema já está sendo formado.
O que acha das discussões do Marco Civil da Internet?
Acompanho por alto. Nós [do Google] apoiamos a liberdade de expressão não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Apoiamos fielmente a versão original do Marco Civil.
E a versão alterada [que tramita no Congresso]?
A alterada eu desconheço. Mas a filosofia do texto original do Marco Civil está completamente alinhada ao Google.
Você participa do desenvolvimento do Android desde cedo. Onde o vê daqui a alguns anos?
O Android foi desenvolvido como uma plataforma para quaisquer dispositivos móveis. Nós gostaríamos que continuasse caminhando na direção em que está, sendo o núcleo de celulares, tablets, relógios, televisores, aparelhos domésticos, sistemas de automação de residências e outros gadgets que serão inventados. Mas nós não temos nenhuma restrição.Muita gente tem falado sobre sistemas pró-ativos, que adivinham a vontade do usuário. Eles são o futuro?
Eu acho que sim. Recentemente, houve uma série muito importante de quebras de paradigma, do ponto de vista computacional, com o desenvolvimento de técnicas maravilhosas de aprendizado artificial.
O [assistente pessoal móvel] Google Now é o primeiro grande exemplo do que achamos que poderá ser possível com essas novas técnicas.
A quantidade de informações que cada usuário individual pode achar útil cresce exponencialmente. Se nós não desenvolvermos ferramentas que permitam que as pessoas encontrem o que for interessante, não vai ser possível lidar com essa massa gigantesca de informações.
E o Google Glass [óculos inteligentes do Google]?
Eu uso direto, é fantástico. A oportunidade de colocar na frente de uma pessoa uma tela que está sempre disponível, quase que sem nenhum esforço por parte do usuário, é uma coisa completamente nova.
E esse dispositivo, dentro desta haste, tem praticamente o poder computacional do [celular do Google] Nexus 4.
Acho que o mundo ainda não entendeu o potencial de inovação que o Google Glass como plataforma tem a proporcionar.
RAIO-X
HUGO BARRA
IDADE 36 anos
NASCIMENTO Belo Horizonte
CARGO Vice-presidente de produtos do Android no Google
FORMAÇÃO Graduação e mestrado em ciências da computação e engenharia elétrica pelo MIT
TRAJETÓRIA Fundou em Boston uma empresa de reconhecimento de voz para celulares chamada Lobby 7. Foi diretor da Nuance Communications, gerente de produtos móveis do Google e hoje é vice-presidente de produtos do sistema operacional Android..BRUNO FÁVERO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA....SNB

Robô falante japonês vai ao espaço em missão histórica

Kirobo, um pequeno robô com botas vermelhas e o corpo preto e branco, foi lançado do Japão para
a Estação Espacial Internacional para testar como as máquinas podem ajudar os astronautas com seu trabalho.
O robô de língua japonesa, equipado com tecnologia de voz e de reconhecimento facial, foi embalado juntamente com toneladas de suprimentos e equipamentos para a tripulação da base de pesquisa orbital.
Lançado do Centro Espacial Tanegashima, no sudoeste do Japão, no domingo, a aeronava vai chegar ao posto na sexta-feira, segundo o site da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão. Em uma recente demonstração, Kirobo disse que "ter esperança de criar um futuro onde os seres humanos e robôs vivam bem juntos".
Como ele será responsável pelas primeiras conversas entre robôs e humanos no espaço, o principal interlocutor de Kirobo será o astronauta japonês Koichi Wakata, que deve decolar para a estação espacial com outros seis membros da tripulação em novembro. Wakata deverá assumir o comando do complexo em março. 
Kirobo - desenvolvido em conjunto pela Universidade de Tóquio, a Toyota Motor Corp e a Dentsu Inc - vai ficar no espaço até o final de 2014.
Com 34 centímetros de altura e pesando cerca de 1 quilo, Kirobo é projetado para navegar em gravidade zero e seu nome é uma combinação da palavra japonesa "kibo", que significa "esperança", e "robô".
Reuters...SNB