terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Argentina rejeita recusa de Cameron em negociar sobre Malvinas

O governo argentino rejeitou nesta segunda-feira as recentes declarações do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, de que não negociará a soberania das ilhas Malvinas apesar das insistentes reivindicações do país sul-americano. "A Argentina reitera seu pedido ao Reino Unido para que responda às exortações da comunidade internacional e cumpra sua obrigação de resolver pacificamente a polêmica da soberania", destacou a Chancelaria argentina em comunicado.




"Da mesma maneira, o governo argentino reitera seu enérgico repúdio às atividades de prospecção e exploração de recursos naturais renováveis e não renováveis na plataforma continental argentina realizada pelo Reino Unido", indicou.



O comunicado assinalou que essas atividades estão "em contradição com a resolução 31/49 da Assembleia Geral das Nações Unidas, que pede a ambas as partes que se abstenham de adotar decisões unilaterais na área em disputa".



Sobre a referência de Cameron à existência de supostas interferências no tráfego de navios nas ilhas Malvinas, a Chancelaria indicou que as medidas adotadas pela Argentina "acontecem conforme as faculdades conferidas por direito interno e internacional".



"O que, em rigor, é contrário ao direito internacional é a manutenção de um anacrônico enclave colonial em pleno Século XXI, que inclui a depredação dos recursos naturais da região e a realização de exercícios militares que colocam em risco a segurança da navegação no Atlântico Sul", acrescentou a nota.



Em mensagem aos habitantes das ilhas, David Cameron disse não ter dúvidas sobre a soberania do Reino Unido em relação às Malvinas e assegurou que não negociará essa questão "a menos que os moradores queiram".



Os países se enfrentaram em 1982 em uma guerra pela soberania do arquipélago situado no sul do oceano Atlântico, que deixou 255 militares britânicos e mais de 650 argentinos mortos. Desde então, a Argentina não deixou de reivindicar perante a ONU e outros organismos internacionais a soberania das ilhas, situadas a 400 milhas marítimas de suas costas, invadidas e ocupadas pelos britânicos em 1833.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Price Induction anuncia a abertura de uma filial no Brasil para o desenvolvimento de turboreatores aeronáuticos

São José dos Campos - 22 de dezembro de 2010 – Com o apoio e a expertise tecnológica da Snecma (Grupo Safran), parceiro chave do GIE Rafale International, a empresa francesa Price Induction S.A, implantada na região Aquitaine em Anglet, abre a sua filial brasileira Price Induction Brasil em São José dos Campos para desenvolver e fabricar turboreatores aeronáuticos.




Considerando o dinamismo do mercado brasileiro e a existencia de uma indústria aeronáutica de qualidade, a Price Induction afirma assim a sua vondade de dar contuidade aos seus desenvolvimentos tecnológicos para co-desenvolver e fabricar produtos inéditos na sua categoria, apoiando-se sobre altas tecnologias desenvolvidas pela Snecma e a Turbomeca (Grupo Safran), fabricantes de motores de nível mundial.



Essa iniciativa, que se inscreve no contexto do programa de transferência de tecnologias proposta pela Rafale International em resposta as necessidades exprimidas pelo governo brasileiro para aquisição de aviões caças (Programa FX-2), vem reforçar a cooperação industrial e tecnológica já existentes entre a indústria brasileira e os parceiros do Consórcio.



Assim sendo, a Price Induction oferece ao Brasil a possibilidade de desenvolver turboreatores aptos a responder a necessidades fundamentais da vigilância aérea e transporte aéreo privado.



Sobre a Price Induction S.A. :



Empresa pioneira, a Price Induction desenvolve turboreatores destinados a motorização de PLJ (Personal Light Jet) e de VANT’s, bem como equipamentos de simulação e bancos de turboreatores para necessidades de formação e de pesquisa. A Price Induction tem hoje 40 funcionários, com mais de 30 engenheiros, principalmente estabelecidos em Anglet e Tarnos. PRICE abriu recentemente duas filiais, uma em Atlanta, Georgia, USA, e a outra em São José dos Campos, SP, Brasill.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Petraeus anuncia operações militares perto do Paquistão

AE - Agência Estado


O general David Petraeus, principal comandante das forças norte-americanas e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão, afirmou que haverá mais operações militares conjuntas nos dois lados da fronteira desse país com o Paquistão, que elogiou por seus "admiráveis" esforços contra a insurgência.




Grupos ligados ao Taleban afegão e outras milícias islâmicas se refugiam ao longo da fronteira com o Paquistão, que tem sido pressionado pelos Estados Unidos a enfrentar os rebeldes na zona tribal, o que afeta de forma negativa as relações entre os dois países.




Petraeus, que assumiu o controle das forças no Afeganistão em julho, disse ontem que já houve operações coordenadas em ambos os lados da fronteira, com soldados paquistaneses de um lado e efetivos da Otan e afegãos do outro.



O general falou durante uma entrevista a bordo de um avião militar, enquanto viajava pelo Afeganistão fazendo visitas a bases e postos militares. Segundo ele, o Paquistão reconheceu "a necessidade de fazer mais para concretizar seus objetivos (nas áreas tribais do país), e nós vamos coordenar com eles para assistir suas operações".



Petraeus insistiu, no entanto, em reconhecer os esforços paquistaneses na hora de enfrentar os rebeldes. "Devemos ser claros em reconhecer o que o Paquistão tem feito durante os últimos 22 meses, o que é considerável. Realizaram operações admiráveis contra a insurgência" em várias regiões, inclusive no Vale do Swat. As informações são da Associated Press.

Nova Zelândia divulga documentos sobre óvnis

AE - Agência Estado


Observações de luzes misteriosas nos céus e até mesmo a decolagem de um disco voador estão entre os relatos de aparições de objetos voadores não-identificados (óvnis) detalhados em documentos secretos divulgados pelo exército da Nova Zelândia no decorrer desta semana.





As milhares de páginas de documentos cobrem mais de cinco décadas de relatos de observações de óvnis por neozelandeses. A maior parte dos arquivos contém explicações naturais para as aparições, desde meteoritos a reflexos de luzes de embarcações marítimas. Entre os relatos está o de um homem que em 1955 escreveu uma carta às autoridades do país para informar que havia visto discos voadores, e que teria inclusive observado a decolagem de um deles.



Os arquivos abrangem também o mais famoso mistério relacionado ao tema no país, registrado em 1978 na cidade insular de Kaikoura. Na ocasião, a tripulação de um avião de carga reportou que havia luzes estranhas que aparentemente acompanhavam a aeronave e controladores de tráfego aéreo informaram ter captado sinais no radar para os quais não encontravam explicação.



Os documentos mostram que o governo tomou nota cuidadosamente dos relatos, apesar de muitos cidadãos terem recebido apenas um agradecimento polido ao destrincharem suas teorias. As Forças de Defesa da Nova Zelândia divulgaram os documentos na quarta-feira em obediência a uma solicitação feita com base em uma lei local de liberdade de informação. As informações são da Associated Press.

Foguete indiano que transportava satélite explode após lançamento

Um foguete indiano que carregava um satélite de comunicações explodiu no ar pouco após o lançamento, neste sábado (25 Dez), no sul da Índia, segundo imagens da televisão local.




O foguete levava o satélite de fabricação indiana GSAT-5P e explodiu em uma bola de fumaça e fogo depois de decolar do Centro Espacial Satish Dhawan de Sriharikota, a cem quilômetros da cidade de Chennai.



Segundo o jornal indiano "Times of India". esta é a segunda vez que um foguete deste modelo fracassa em missões da Organização de Pesquisas Espaciais Indianas (ISRO, na sigla em inglês). Em abril de 2010 um foguete do modelo não pode ser lançado por problemas técnicos.



Seshadri Sukumar/AFP
Foguete GSLV, que carregava satélite GSAT-5P, é visto momentos depois de explodir em pleno ar




O jornal relata que, cerca de dois minutos depois do lançamento, o foguete desviou de sua rota e explodiu no céu. Os monitores da agência mostraram os restos do foguete caindo em direção à baia de Bengala.



Os cientistas não sabem explicar ainda qual foi o problema no foguete.



O último GSLV, equipado com o primeiro motor criogênico de fabricação nacional, falhou em 15 de abril deste ano. O motor teve de ser substituído por um modelo russo para o lançamento deste sábado.



O foguete deveria ter sido lançado na segunda-feira passada (20), mas o evento foi adiado depois que os engenheiros detectaram um vazamento no motor criogênico.



O foguete, ainda segundo o jornal, deveria lançar o satélite em órbita após 19 minutos. Ele seria usado para melhorar o sinal da televisão.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Israel suspeita que Irã forneça mísseis sofisticados a milícias de Gaza

Associated Press


JERUSALÉM - As Forças de Defesa de Israel enviarão tanques de guerra para a fronteira com a Faixa de Gaza em resposta a ataques originados no território palestinos em que foram usados mísseis sofisticados com capacidade para destruir veículos blindados.



Os militares israelenses confirmaram na terça-feira que os militantes palestinos usaram mísseis Kornet nos ataques. Acredita-se que os foguetes sejam o que há de mais moderno no arsenal dos militantes, formado majoritariamente por mísseis de menor alcance e capacidade destrutiva.



As autoridades de defesa afirmam que os mísseis chegaram aos militantes por meio do Irã, que apoia o Hamas, partido palestino que controla a Faixa de Gaza. O Hezbollah, milícia radical do sul do Líbano, também é apoiado por Teerã e usou mísseis Kornet em uma guerra contra o Estado judeu.



Os oficiais israelenses, porém, disseram que não há provas de que os mísseis teriam vindo do Irã. Também não está claro como as armas chegaram às mãos dos militantes de Gaza. O Hamas, que controla uma rede de túneis por onde é feito contrabando de vários itens, não negou nem confirmou possuir os foguetes.



A fronteira de Israel com Gaza tem vivido um período de relativa calmaria desde a Operação Chumbo Fundido, empreendida por Israel contra militantes palestinos no final de 2008 e no início de 2009. Desde então, há registros esporádicos de disparos dos militantes comumente respondidos por mísseis israelenses.

ONU adverte sobre risco de volta da guerra civil à Costa do Marfim

ABIDJÃ - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, advertiu sobre um "risco real" do retorno da guerra civil à Costa do Marfim em meio às disputas sobre o resultado das eleições presidenciais no país.




Ban disse que o presidente Laurent Gbagbo está tentando expulsar ilegalmente a força de paz da ONU após a organização ter reconhecido o opositor Alassane Ouattara como vitorioso no pleito do dia 28 de novembro.



Um aliado de Gbagbo afirmou que os membros das forças da ONU serão tratados como rebeldes se não deixarem o país. Em seu primeiro pronunciamento na TV desde a eleição, Gbagbo reafirmou sua legitimidade. Ele também ofereceu deixar um painel com representantes internacionais examinar os resultados da eleição.



O Exército anunciou ainda a suspensão do toque de recolher noturno, para que as famílias "possam aproveitar os feriados de fim de ano".



Gbagbo disse que Ouattara pode deixar o Golf Hotel, na capital do país, Abidjã, onde montou seu quartel-general, protegido pela ONU. O correspondente da BBC em Abidjan, John James, diz que as ruas de acesso ao Golf Hotel foram bloqueadas e o local não vem recebendo suprimentos por vários dias.



Bloqueio



Em um discurso na Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira, Ban se disse preocupado com a missão de paz da organização na Costa do Marfim, a Unoci, formada por 10 mil homens. Ele advertiu que forças leais a Gbagbo estão obstruindo as operações da Unoci e bloquearam os 800 soldados da ONU destacados para proteger Ouattara.



"Estou preocupado que essa interrupção dos suprimentos para a missão (da ONU) e ao Golf Hotel colocará nossas forças de paz em uma situação crítica nos próximos dias", disse. "Por isso eu faço um forte apelo aos Estados membros que estão em uma posição para fazê-lo para que apoiem a missão", afirmou. "Ao enfrentar esse desafio direto e inaceitável à legitimidade das Nações Unidas, a comunidade internacional não pode ficar parada", acrescentou.



Ban disse que qualquer tentativa de "forçar a submissão da missão das Nações Unidas fazendo-a passar fome" não será tolerada e advertiu que os responsáveis por tais atos terão de responder por eles sob a lei internacional.



Ele também revelou que a Unoci havia confirmado que "mercenários, incluindo antigos combatentes da Libéria, foram recrutados para perseguir certos grupos da população" e que um embargo sobre a compra de armas foi quebrado.



Violência



Os protestos e a instabilidade desde o segundo turno da eleição presidencial ameaçam levar a Costa do Marfim de volta à guerra civil, entre 2002 e 2007, que provocou o colapso econômico no país, o maior produtor mundial de cacau.



Poucos dias após a votação, a Comissão Eleitoral Independente (CEI) declarou Ouattara vencedor com 54,1% dos votos válidos, contra 45,9% de Gbagbo. Ambos os candidatos participaram de cerimônias de posse quase simultâneas e reivindicam a Presidência.



Mas após o atual presidente e seus simpatizantes terem afirmado que houve fraude nas áreas do norte do país controladas por rebeldes ligados à oposição, o Conselho Constitucional alterou o resultado e anunciou que Gbagbo foi o vencedor, com 51% dos votos. Pelo menos 50 pessoas foram mortas nos episódios de violência desde então.



O atual presidente, que tem o apoio das Forças Armadas, está no cargo desde 2000. Seu atual mandato expirou em 2005, mas a eleição presidencial vinha sendo adiada desde então sob o argumento de que não havia segurança para sua realização.


Lei


Em seu pronunciamento na TV estatal, Gbagbo reafirmou sua vitória nas eleições e atribuiu os confrontos recentes "à recusa dos adversários de se submeter à lei". "Eu ganhei a eleição com 51,45% dos votos", disse. "Eu sou presidente da República da Costa do Marfim. Agradeço aos marfinenses por renovarem sua confiança em mim", afirmou.



Gbagbo pediu que a comunidade internacional estabeleça um "comitê de avaliação" que teria a "missão de analisar os fatos e o processo eleitoral objetivamente para resolver a crise pacificamente". Ele também fez uma homenagem aos policiais mortos nos conflitos, dizendo que eles morreram defendendo a Constituição. Mas ele insistiu que o caminho é a negociação. "Não quero mais o derramamento de sangue. Não quero mais guerra", disse.



Ouattara respondeu às declarações de Gbagbo dizendo que eles negociaram por cinco anos (para encerrar a guerra civil) e que ninguém estava em dúvida sobre quem realmente venceu a eleição.



A ONU, que participou da organização da eleição, apoiou a decisão da Comissão Eleitoral Independente e afirmou que Ouattara venceu a eleição. Os EUA também declararam apoio a Ouattara e estabeleceram nesta terça-feira sanções sobre Gbagbo e cerca de 30 pessoas ligadas a ele, seguindo a posição adotada pela União Europeia na segunda-feira.

Supercomputador de clima do Inpe será um dos mais poderosos do mundo

- O Estado de S.Paulo


Com investimento de R$ 50 milhões, a partir de janeiro o Brasil estará no topo das pesquisas em ciências climáticas. O supercomputador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), batizado de Tupã, será capaz de realizar 258 trilhões de cálculos por segundo e estará entre os mais poderosos do mundo para previsão de tempo e estudos em mudanças climáticas. Será também o único do Hemisfério Sul.





Instalado em Cachoeira Paulista, a 206 quilômetros de São Paulo, Tupã atenderá a grupos de pesquisa, instituições e universidades da Rede Brasileira de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas (Rede Clima) do Ministério da Ciência e Tecnologia. O equipamento foi adquirido com recursos da pasta e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O investimento permitirá ao Inpe ampliar mais de 50 vezes a capacidade de processamento.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O programa de modernização de soldado alemão

O fuzil G-36 será equipado com um lança granadas M-203
O programa de modernização de soldado alemão System Soldat - Infanterist der Zukunft - IdZ (Sistema de Infantaria do Futuro) foi lançado em 1997, baseado na iniciativa da OTAN de modernização de sistemas de soldado desmontado.




O programa IdZ tem o objetivo de melhorar a efetividade da missão do soldado desmontado e prepará-lo para o campo de batalha digital com o uso de novas tecnologias, com uma abordagem sistêmica, e com um conceito modular com requerimentos de missão específicos e com potencial de crescimento considerando as necessidades do usuário e incorporação rápida de avanços tecnológicos.



O IdZ irá melhorar a capacidade do infante individual nas áreas de efetividade, sobrevivência, controle de operações e mobilidade, adaptando-o as tarefas do Bundeswehr. O programa também prioriza áreas como logística, treinamento, troca de informações e doutrina. O impacto nas melhorias ou novas capacidades do infante nestes áreas deve ser mantida em um limiar mínimo.



Uma abordagem evolucionária de baixo risco foi adotada na fase de definição e seleção dos componentes para permitir a introdução rápida da primeira geração o IdZ já em 2005, usando vários componentes já existentes como o fuzil G36.



O IdZ usa um conceito modular, incorporando tudo desde o uniforme de combate aos itens individuais de proteção, armamento e comunicação, combinando equipamentos já disponíveis com outros desenvolvidos e integrados a estes elementos em um sistema coerente.




O conceito modular oferecerá amplo potencial de integração de novas capacidades e tecnologias de alto risco no futuro. A modularidade inclui outros serviços como a Força Aérea e capacidade de trocar módulo para reagir rápido as mudanças. O infante irá receber equipamentos que podem ser adaptados as diferentes condições operacionais com proteção adequada a ameaça.



As melhorias essenciais serão um rádio de comunicação para o grupo de combate, melhoria na capacidade e combate noturno e integração com o sistema de comando e controle do exército com um mapa digital, GPS, bússola digital e conjunto na cabeça.



Objetivos Chaves do Programa



Desde o início foi dada grande prioridade a capacidade de sobrevivência do infante desmontado com o objetivo geral de melhorar o sucesso da missão. Considerando que o nível de proteção balística que pode ser atingida pelo infante desmontado é limitada pelo peso e volume, assim como a mobilidade e sustentação, a ênfase na vulnerabilidade implica em diminuir a possibilidade de ser atingido.



Idealmente, o infante do futuro alemão deverá ter, sempre e em qualquer lugar:



- Informações completas do inimigo e ameaças



- Sensores e armas com alcance e precisão superior



- Capacidade de reação rápida e surpresa



Para garantir estes resultados, é necessário diminuir a probabilidade do soldado ser detectado, rastreado, engajado e atingido. Também é necessário diminuir a probabilidade de ser morto ou incapacitado quanto atingido.



Desse modo, o sistema IdZ tem os seguintes parâmetros:



- Redução/evitar detecção com camuflagem visual, infravermelha e possivelmente radar, diminuir emissões acústicas e eletromagnéticas.



- Reduzir/evitar ser rastreado/atingido (e por pouco tempo ou nunca durante a fase de vigilância, engajamento e comunicações, com meios remotos)



- Proteção balística



- Proteção QBR



- Proteção dos olhos contra energia laser



Além da ênfase na sobrevivência, o sistema IdZ pretende melhorar a consciência da situação e capacidade de reação com melhora das informações sobre os inimigos e ameaças dando a todos os soldado no grupo de combate o mesmo nível de informações.



Como a reação rápida depende da mobilidade e agilidade do soldado, a redução do peso é de grande importância. O IdZ também irá dar informações de posicionamento, e no futuro, situação da saúde para medidas de resgate e primeiros socorros rápidos.




O "System Infanterist" considera o grupo de combate (GNppe na Alemanha) como a menor fração da tropa (10 soldados). Isto é devido ao fato de todas as capacidades necessárias não poderem ser realizadas por um único infante, contudo, no GC é possível configurar diferentes equipamentos individuais como armas, óticos, e C4I

França reitera que fará transferência de tecnologia na venda do Rafale

A transferência de tecnologia incluída no pacote oferecido pela França para vender os caças Rafale ao Brasil inclui até a abertura dos códigos-fonte dos programas usados pelo avião, reiterou o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas francesas, Edouard Guillaud, em encontro com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, no fim da semana passada. Em entrevista exclusiva ao Valor, após o encontro, Guillaud disse estar "muito, muito confiante" de que será o Rafale o jato escolhido para reequipar as Forças Armadas brasileiras, no governo de Dilma Rousseff.




"Quem fixa a agenda e o calendário (para a compra) é a presidente, não a França", ressalvou o almirante. "A presidente terá de analisar os documentos, e como nossa proposta é excepcional, devido ao desempenho, à transferência de tecnologia, estou muito confiante sobre a decisão final da presidente Dilma Rousseff", comentou.



Guillaud lembrou que a França vem cumprindo os compromissos assumidos para transferência de tecnologia em submarinos, que incluiu intercâmbio de oficiais entre os dois países, admitiu que o preço do Rafale é maior que o dos concorrentes, mas argumentou que não se pode fazer essa comparação, porque a qualidade do avião e as condições da oferta francesa são melhores. É o que o leva a pensar que o Rafale não será abatido por cortes orçamentários. "Todos buscam o maior valor possível pelo dinheiro gasto", disse, em inglês.



Ele confirmou o interesse das Forças Armadas no avião cargueiro projetado pela Embraer, o KC-390 - o presidente francês, Nicolas Sarkozy, chegou a anunciar, no ano passado, que poderia comprar dez dessas aeronaves, mas havia rumores de que os franceses teriam mudado de ideia. "A partir de 2016, vou precisar de novas unidades e o KC-390 atende às minhas necessidades, porque é complementar ao europeu A 4006", assegurou. A americana Lockheedconcorre com a brasileira pelo fornecimento do cargueiro de menor porte aos franceses. O avião não pode ser avaliado, porque a Embraer ainda não o produz, lembrou.



Em visita ao Brasil para reafirmar a "parceria estratégica" do país com a França, o almirante Guillaud, que até o ano passado, era o conselheiro militar do presidente Sarkozy, garantiu que o apoio francês a um assento permanente para o Brasil, no conselho de segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), não sofreu nenhum abalo com a decisão do governo brasileiro de votar contra a proposta de sanções ao Irã, por suspeitas de uso militar do programa nuclear iraniano. A votação, no Conselho de Segurança, onde o Brasil ocupa temporariamente uma cadeira, só teve dois votos contrários, o brasileiro e turco.



"O Brasil é a oitava potência mundial, um gigante na América do Sul; é anormal que não tenha assento permanente no Conselho de Segurança", disse o almirante, minimizando as divergências em relação ao Irã, com o argumento de que os dois países condenam o uso bélico da energia nuclear pelos iranianos. "No Irã, estamos de acordo; sobre o método de obtê-lo é que há divergência, mas isso não é razão para que o Brasil não ocupe o assento a que tem direito."



Os franceses, segundo o chefe das Forças Armadas da França, apoiam também a decisão brasileira de expandir, para as Forças da ONU no Líbano (Unifil), a participação do país em operações de paz. Há duas semanas, o Senado brasileiro aprovou, com apoio da oposição, o envio de um almirante e quatro oficiais para comandar a frota naval encarregada de patrulhar a chamada linha azul, onde se tenta evitar conflito entre integrantes do Hizbollah e Israel. Essa primeira missão pode se expandir para incluir até mais de uma centena de fuzileiros navais, e Guillaud ofereceu a Jobim treinamento e apoio francês aos brasileiros.



"Vamos trabalhar com o Brasil no Líbano", confirmou o almirante, que vê a possibilidade de que a "parceria estratégica" se estenda a missões conjuntas em países africanos, com a troca de informações dos dois governos sobre as Áfricas lusófona e francófona. A parceria, que inclui acordos nas áreas de ciência, tecnologia, agricultura, economia e industrial, vem avançando como prometido no campo militar, com o treinamento de 30 engenheiros da Marinha para a construção do submarino nuclear brasileiro e com o intercâmbio de informações sobre os projetos dos Exércitos brasileiro e francês para o "Soldado do Futuro".



Satisfeito com o que considera uma aproximação crescente entre os militares dos dois países, Guillaud, que se encontrou separadamente com comandantes das três Forças no Brasil, não chegou a conversar com Jobim sobre uma possível atuação conjunta na América do Sul. "Não conversamos sobre ação conjunta, a América do Sul felizmente é um continente calmo, embora haja personagens interessantes no continente", gracejou o militar.



Fonte:Valor Econômico - Sergio Leo
De Brasília

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Marinha do Brasil incorpora Navio-Patrulha 'Macau' à Armada


Marinha do Brasil incorpora Navio-Patrulha 'Macau' à Armada



Navio-Patrulha “Macau” (P75)

A Marinha do Brasil incorporou à Armada, no dia 30 de novembro, o segundo navio da Classe “Macaé”, o Navio-Patrulha “Macau” (P75). Em obras desde 2007, o navio foi construído na Indústria Naval do Ceará (INACE), em Fortaleza, local onde também foi realizada a cerimônia de incorporação. O evento contou com a presença do Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto.



O P75 atuará na área do Comando do 3° Distrito Naval e realizará, prioritariamente, apoio à fiscalização das Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB) em atividades de Patrulha e Inspeção Naval, contribuindo para a segurança do tráfego marítimo nacional, salvaguarda da vida humana no mar e defesa dos interesses estratégicos do Brasil.

O Navio-Patrulha “Macau” será comandado pelo Capitão-de-Corveta Maurício do Nascimento Pinto e terá tripulação de 30 militares. Em entrevista, o Comandante do navio falou da capacidade do P75: “O navio vai operar com software desenvolvido pela própria Marinha. O passadiço é de última geração, assim como o sistema de armamento”, disse. Registrou, ainda, que comandar um navio é a realização de um sonho para qualquer Oficial de Marinha: “Ver o nascimento, desde a primeira chapa até este momento, é uma experiência sem igual”.




De acordo com o Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Moura Neto, a construção de um navio é sempre motivo de satisfação para a Marinha. O Almirante também falou de mais quatro navios que estão em processo de construção, mas para ele a Marinha pode ir além: “Se tivermos uma folga orçamentária no ano de 2011, partiremos para a construção de mais navios, que completarão o total de 12, previstos na primeira fase. Em uma segunda fase, esses 12 serão 27, e em uma terceira fase, os 27 serão 46”, afirmou.



Fonte/Fotos: Marinha do Brasil

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A Rússia lançou na quarta-feira,15, rumo à Estação Espacial Internacional (ISS) a nave Soyuz TMA-20 com três tripulantes a bordo, um russo, um americano e um italiano.




O lançamento, transmitido ao vivo pelo canal de notícias Rossía 24, aconteceu às 22h09 de Moscou (17h09 no horário de Brasília) com a ajuda de um foguete portador Soyuz FG a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão.
Apenas nove minutos depois, a nave com o cosmonauta russo e comandante da nave, Dmitri Kondratiev, a americana Catherine Coleman e o italiano Paolo Nespoli se separou do foguete para começar seu voo autônomo de dois dias rumo à plataforma orbital.




O acoplamento da Soyuz à ISS está previsto para as 23h12 no horário local (18h12 de Brasília) de sexta-feira, 17.



Este será o primeiro voo espacial de Kondratiev, de 41 anos, enquanto Catherine, quem completa 50 anos nesta quarta-feira, já realizou duas viagens a bordo da nave Columbia em 1995 e 1999.



Já Nespoli, de 53 anos, voou com a nave Discovery em 2007.



Nesta missão à plataforma orbital, onde permanecerá por 152 dias, a tripulação deverá realizar três caminhadas segundo o programa de voos russo.


Além disso, receberá e descarregará quatro cargueiros russos Progress e supervisionará o acoplamento do segundo veículo espacial europeu e da Soyuz TMA-21, assim como o retorno à Terra da Soyuz TMA-20.




A atual tripulação da plataforma orbital é integrada pelo americano Scott Kelly, em qualidade de comandante, e pelos engenheiros russos Aleksandr Kaleri e Oleg Skrípochka.



Em 26 de novembro, a nave Soyuz TMA-19, com o russo Fyodor Yurchikhin e os americanos Douglas Wheelock e Shannon Walker a bordo, aterrissou nas estepes do Cazaquistão.

CENIC entrega modelo de qualificação do SARA

A Cenic Engenharia entregou, no mês de dezembro, o Modelo de Qualificação Mecânica do Sara Suborbital. A entrega ocorreu na sede da empresa no bairro Chácaras Reunidas em cumprimento do contrato com o IAE.




Após uma apresentação da empresa, as comissões receberam os volumes de documentação correspondentes à etapa cumprida e puderam vistoriar o Modelo de Qualificação.



A principal estrela da apresentação foi o Modelo do Subsistema de Recuperação. Composto de um conjunto de paraquedas divididos em aba piloto, paraquedas de arrasto e dois paraquedas principais, o Modelo ainda conteve o container para abrigar os paraquedas durante o voo e um Bloco de Separação que comanda a abertura. Este subsistema envolve uma inovação tecnológica do projeto, pois não é acionado por sistemas pirotécnicos.



Os ensaios de qualificação do Subsistema de Recuperação ocorrerão no Prédio de Integração de Lançadores (PIL) do IAE após o término dos ensaios de separação do VLS-1. O Modelo de Qualificação entregue nesta etapa será utilizado durante estes ensaios, sendo que a sequencia de abertura dos paraquedas será repetida várias vezes para se chegar à qualificação do subsistema. Todo o processo será filmado com câmeras de alta velocidade.

Israelenses vendem VANT para FAB

Aviação: Aeroeletrônica, controlada pela Elbit, ganha licitação para entrega de duas unidades




A AEL-Aeroeletrônica, de Porto Alegre, venceu o processo de seleção da Força Aérea Brasileira (FAB), para a aquisição de dois veículos aéreos não tripulados, também conhecidos pela sigla VANT. A Aeroeletrônica é controlada pelo grupo israelense Elbit. O valor do contrato, segundo o diretor do Subdepartamento de Desenvolvimento e Programas da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Augusto Amaral Oliveira, ainda não foi definido, pois a FAB está finalizando a negociação.



Além da Aeroeletrônica, também participaram do processo a BAE Systems, da Inglaterra; Sagem, do grupo francês Safran; e a IAI, de Israel, que entrou no processo junto com a brasileira Flight Solutions. Segundo a FAB, a IAI ficou em segundo lugar.



A Flight Solutions desenvolveu uma família de VANTs para o Exército brasileiro denominada VT-15. O mercado no Brasil, segundo o diretor da Flight, Nei Salis Brasil Neto, ainda está nascendo, mas o setor no mundo deve movimentar negócios da ordem de US$ 8 bilhões até 2016. A América do Sul responde por apenas 2% desse montante, mas Neto acredita que essa realidade tende a mudar com o fortalecimento da indústria de defesa local.



A aquisição dos novos veículos, de acordo com o brigadeiro Amaral, tem como objetivo a consolidação de uma doutrina de utilização de VANTs na FAB, mais adequada às necessidades do sistema de defesa nacional e que também sirva de base para a compra futura de novos veículos.



O Brasil ainda não possui um produto desenvolvido e fabricado no país. O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, desenvolveu a parte eletrônica de um VANT nacional, envolvendo o seu sistema de navegação e controle. O projeto, que também envolve o Centro Tecnológico do Exército (CTEX), o Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM) e a Avibrás, entrou agora numa segunda fase, relacionada ao desenvolvimento do sistema de decolagem e pouso automático.



Para a primeira fase do projeto nacional, a Finep destinou R$ 9 milhões. "Estamos agora aguardando a liberação de uma verba de R$ 4,5 milhões para dar continuidade ao desenvolvimento", disse o coordenador do projeto no DCTA, Flávio Araripe.



A Avibrás também partiu para o desenvolvimento de um VANT próprio, batizado de Falcão. O veículo foi financiado com recursos da Finep, que destinou R$ 19 milhões para o projeto. O primeiro protótipo, segundo o gerente do projeto na Avibrás, Renato Bastos Tovar, ficará pronto em abril e o primeiro voo está previsto para junho. "A fase de certificação e industrialização exigirá mais R$ 30 milhões em investimentos e temos a expectativa de que a FAB nos considere em um próximo processo de aquisição", disse.



O modelo escolhido pela FAB, um Hermes 450, é fabricado pela Elbit. Duas unidades do Hermes 450 já estão sendo testadas, há um ano, pelas Forças Armadas brasileiras na Base Aérea de Santa Maria (RS), onde fica sediado o Esquadrão de VANT da Aeronáutica. Os VANTs foram cedidos pela Elbit sem custo e estão sendo avaliados em missões de reconhecimento tático e vigilância de fronteira.



Segundo o diretor-executivo da Aeroeletrônica, Vitor Jaime Neves, a empresa está criando um centro de excelência no Brasil e enviou técnicos brasileiros para participar de um programa de desenvolvimento de tecnologias associadas a VANTs nas instalações em Israel.



No contrato que negocia com a FAB, a Aeroeletrônica também terá de cumprir obrigações de offset (compensação) relacionadas à transferência de tecnologia. "Está prevista a transferência de tecnologias de partes das aeronaves para a indústria nacional, além de suporte e apoio técnico por parte da Aeroeletrônica/Elbit", explica o diretor de programas e desenvolvimento da Aeronáutica.



A brasileira Inbra Aerospace, de acordo com Vitor Neves, já pode ser citada como um exemplo concreto de offset relacionado ao Hermes 450. A empresa, segundo ele, já está fabricando partes da asa do veículo em material composto.



O executivo da Aeroeletrônica também não descarta a possibilidade de futuras parcerias com a Embraer na área de VANTs. As duas empresas já trabalham juntas nos programas de modernização dos caças AMX e F-5 da FAB.



"A área de VANTs é um dos focos que estamos olhando dentro da nova estrutura de segurança e defesa criada pela Embraer, mas ainda não sabemos se faremos um produto em parceria com outra empresa ou se partiremos para um desenvolvimento próprio", comenta o diretor-presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado.



Segundo Curado, a Embraer vem fazendo prospecções nessa área há algum tempo, mas qualquer decisão de parceria estratégica para atendimento das necessidades nacionais será feita em conjunto com o governo brasileiro.



Fonte: Valor Econômico - Virgínia Silveira

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Voyager chega perto da fronteira do Sistema Solar

A Voyager está se aproximando da fronteira da bolha formada por partículas carregadas emitidas pelo Sol. A sonda espacial Voyager 1, lançada há 33 anos e está perto da fronteira do Sistema Solar.





A 17,4 bilhões de quilômetros de casa, a sonda é o objeto feito pelo homem mais distante da Terra e começou a identificar uma mudança nítida no fluxo de partículas à sua volta

Estas partículas, emanadas pelo Sol, não estão mais se dirigindo para fora e sim se movimentando lateralmente. Isso significa que a Voyager deve estar muito perto de dar o salto para o espaço interestelar - o espaço entre as estrelas.




Edward Stone, cientista do projeto Voyager, elogiou a sonda e as incríveis descobertas que ela continua enviando à Terra. "Quando a Voyager foi lançada, a era espacial tinha apenas 20 anos de idade, então não era possível prever que uma sonda espacial pudesse durar tanto tempo", disse ele à BBC.



"Não tínhamos ideia do quanto teríamos que viajar para sair do Sistema Solar. Sabemos agora que em aproximadamente cinco anos devemos estar fora do Sistema Solar pela primeira vez."



'Partículas carregadas'



A Voyager 1 foi lançada no dia 5 de setembro de 1977, enquanto sua sonda gêmea, a Voyager 2, foi enviada ao espaço pouco antes, em 20 de agosto de 1977. O objetivo inicial da Nasa era inspecionar os planetas Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, uma tarefa concluída em 1989.


As sondas gêmeas foram então enviadas na direção do centro da Via Láctea. Abastecidos por suas fontes radioativas de energia, os instrumentos das sondas continuam funcionando bem e enviando informações à Terra, apesar de que a vasta distância envolvida significa que uma mensagem de rádio precisa viajar cerca de 16 horas.




As últimas descobertas vêm do detector de partículas de baixa energia da Voyager 1, que tem monitorado a velocidade dos ventos solares.



Esta corrente de partículas carregadas forma uma bolha em torno do nosso Sistema Solar conhecido como heliosfera. Os ventos viajam a uma velocidade "supersônica" até cruzar uma onda de choque no encontro com as partículas interestelares.



Nesse ponto, o vento reduz sua velocidade dramaticamente, gerando calor. A Voyager determinou que a velocidade do vento em sua localização chegou agora a zero.



Corrida



"Chegamos ao ponto em que o vento solar, que até agora tinha um movimento para fora, não está mais se movendo para fora; está apenas de movendo lateralmente para depois acabar descendo pelo rabo da heliosfera, que é um objeto com forma de cometa", disse Stone, que é baseado no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena.



O fenômeno é a consequência do vento indo de encontro à matéria vinda de outras estrelas. A fronteira entre os dois é o fim "oficial" do Sistema Solar, a heliopausa. Uma vez que a Voyager passar por isso, estará no espaço interestelar.



Os primeiros sinais de que a Voyager havia encontrado algo novo apareceram em junho. Vários meses de coleta de novos dados foram necessários para confirmar a observação.



"Quando percebi que estávamos recebendo zeros definitivos, fiquei maravilhado", disse Rob Decker, um pesquisador da Universidade Johns Hopkins que trabalha com o detector de partículas de baixa energia da Voyager.



"Ali estava a Voyager, uma sonda espacial que tem sido um burro de carga há 33 anos, nos mostrando algo completamente novo mais uma vez."