quinta-feira, 18 de maio de 2017

IACIT apresenta tecnologia do Radar OTH

A IACIT, empresa brasileira com atuação consolidada no desenvolvimento de produtos e serviços de alta tecnologia, participa do SITDEF (6º International Defense Technology Exhibition & Prevention of Disasters), que acontece de 18 a 21 de maio, em Lima (Peru).

Visando expandir a presença na América Latina, a empresa levará as soluções exclusivas de contramedida eletrônica e apresentará a tecnologia empregada no desenvolvimento do primeiro Radar OTH brasileiro. A IACIT estará presente no estande da Israel Aerospace Industries (IAI) – Pavilhão Inka, estande 188.

Com tecnologia 100% nacional, a IACIT é a única empresa brasileira que oferece uma família completa de sistemas de contramedida eletrônica composta pelas soluções DRONEBlocker, COMBlocker e RCIEDBlocker, nas configurações fixa ou móvel.

A solução DRONEBlocker protege contra a ameaça de drones não autorizados e foi utilizada com enorme sucesso pelo Exército Brasileiro durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. Totalmente integrada com sensores para detecção, identificação e rastreio através de sensores acústicos, sensores de RF, radares e câmeras capazes de detectar e identificar as ameaças, a solução conta com sistema de Comando, Controle e Inteligência (C2I), que permite a centralização da operação, configuração e gerenciamento de todo o sistema remotamente.

O RCIEDBlocker é um sistema de contramedida eletrônica contra explosivos acionados remotamente por dispositivos eletrônicos (RCIED) e sistemas de comunicação, como rádios, celulares, bluetooth, wireless e controles remotos. O sistema pode ser utilizado em plataformas fixas ou móveis, como viaturas (pick-up/blindados), maletas e mochilas, conforme a versão de configuração de canais e de potências do sistema e tem como objetivo a proteção de comboios e/ou de tropas com capacidade de bloquear ou interferir nas comunicações de RCIED.

Já o COMBlocker promove o bloqueio de comunicações celular e rádio com bastante eficiência, tanto na versão indoor, como salas seguras, quanto outdoor. Com o COMBlocker é possível bloquear uma área sem interferir na vizinhança, utilizando-se de antenas específicas para cada cenário, bem como ajuste de potência e frequências.

Além do Horizonte 

A IACIT também apresentará no evento no Peru a tecnologia e os primeiros resultados do Radar Além do Horizonte ou “Over The Horizon” (OTH), em operação no Rio Grande do Sul desde o final de 2016. O sistema único no país, e um dos poucos existentes em todo o mundo, foi desenvolvido em parceria com a Israel Aerospace Industries (IAI) e apoio da Marinha do Brasil, que cedeu a área na costa sul do país.

A tecnologia nacional adota o conceito de “surface wave” (onda de superfície) para a detecção de alvos, tornando-o um sistema exclusivo e diferenciado. O conceito “surface-wave” garante rastreabilidade de uma área maior, já que os sensores fazem uma “varredura” seguindo a curvatura da Terra, sendo mais eficiente que os radares convencionais que têm o alcance limitado pela linha de visada direta.

Operando na faixa de HF, o Radar é capaz de monitoração além do horizonte de centenas de quilômetros no ambiente marítimo. O radar emprega tecnologia “phased array” e um sistema específico de técnicas de eliminação de interferências o qual proporciona uma confiável e persistente cobertura de ampla área marítima em todo o tempo, independente das condições meteorológicas ou condição do mar (sea state).

Certificada pelo Ministério da Defesa como Empresa Estratégica de Defesa (EED), a IACIT vem atuando há mais de 30 anos em projetos ligados ao setor. Com a criação do Departamento de Engenharia de Pesquisa e Desenvolvimento e a implantação de uma unidade fabril há cerca de 10 anos, a empresa ampliou o portfólio de produtos e serviços.

Atualmente, a IACIT é a única empresa brasileira fabricante de auxílios à radionavegação aérea, e fabrica também radares meteorológicos, radares Oceânicos, radares para Vigilância Marítima – OTH, sistemas de telemetria e telecomandos e equipamentos e soluções de contramedida eletrônica aplicadas à segurança pública e defesa.

Possui uma estrutura de engenharia certificada para o desenvolvimento de soluções tecnológicas complexas tanto para hardware como para software estabelecida em São José dos Campos, tendo lançado recentemente produtos meteorológicos de software baseados em redes neurais artificiais (RNA) para aplicação a gestão do tráfego aéreo, proporcionando grandes benefícios para rotas e pouso de aeronaves.
 COMBlocker

Taurus diz ser alvo de campanha difamatória motivada por interesses estrangeiros

A Taurus, fabricante de revólveres e pistolas, habitual fornecedora de armamentos para as forças de segurança, reagiu com indignação à notícia de que a Polícia Militar de São Paulo vai abrir concorrência internacional para compra de novos armamentos.

Empresa fundada em 1939 e sediada em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, a Forjas Taurus S.A. (razão social da empresa) não quis se pronunciar em entrevista sobre a notícia divulgada pelo jornal Folha de São Paulo de que a Polícia Militar paulista abrirá concorrência (licitação) internacional para compra de 5 mil pistolas, 40 delas para a Tropa de Choque que inclui a unidade de elite da corporação, ROTA (Rotas Ostensivas Tobias de Aguiar).
Envolvida em inúmeros relatos de supostos defeitos em suas armas ao longo dos últimos anos, a Taurus, que emprega 3 mil pessoas no Brasil e exporta para mais de 85 países, enviou uma nota oficial à Sputnik Brasil sobre o seu posicionamento e se disse alvo de uma campanha difamatória motivada por interesses comerciais de concorrentes estrangeiros, posto que é uma das maiores fabricantes do segmento no Brasil e passou recentemente por profunda reestruturação.
"Essa campanha tem divulgado de forma constante notícias falsas sobre a empresa e é conduzida por interessados no enfraquecimento financeiro da Taurus. Os interessados em fragilizar a empresa exploram um sistema judicial já sobrecarregado, em benefício próprio. Recursos públicos têm sido desperdiçados em perícias e ações judiciais repetitivas para tentar, sem sucesso, corroborar a falsa notícia de que as armas da Taurus têm problemas."
Ainda de acordo com a empresa, o Exército Brasileiro e o Ministério Público avaliaram armas da Taurus e comprovaram a ausência de falhas ou defeitos de projeto, e, em visita à unidade de São Leopoldo, o Exército também atestou a qualidade dos processos de fabricação, montagem e testes da companhia, que "realiza de maneira permanente e proativa a revisão gratuita de suas armas para as autoridades competentes".
Segundo a Folha, nove empresas demonstraram interesse em participar da licitação internacional da Polícia Militar de São Paulo, força considerada a maior compradora de armas do país. A PM paulista tem orçamento de 14,8 bilhões de reais por ano e, nos últimos cinco anos, investiu 29 milhões de reais em compra de armas.
A Sputnik Brasil não obteve resposta da Polícia Militar do Estado de São Paulo sobre pedido de entrevista para esclarecer as razões de substituir a Taurus por uma fornecedora de armamentos do exterior.

Aviões hipersônicos dos EUA não poderão evitar radares russos

Sendo rápidas, se movendo à velocidade de cerca de 6 quilômetros por segundo, as aeronaves hipersônicas dos EUA ainda não são tão rápidas que possam evitar os "olhos de águia" do sistema de alerta de ataque com mísseis russo.

Todas as novas estações de radar da classe Voronezh são capazes de marcar e vigilar as aeronaves americanas que foram desenhadas para enganar os sistemas de alerta russos. Até recentemente, as trajetórias destes "corredores rápidos" eram impossíveis de registrar e muito menos de seguir.
Agora, o Pentágono está desenvolvendo vários veículos hipersônicos como parte do DARPA Falcon Project. A arma hipersônica avançada (AHW em inglês), que acelerou até cerca de 6 quilômetros por segundo durante os testes de voo em 2015 e 2016, está na fase final de desenvolvimento.
Um planador hipersônico americano é transportado por um foguete até ao espaço. Depois ele se separa do foguete lançador, acelera, estabiliza e desliza a cerca de 100 milhas por cima do mar. Ele manobra até ao alvo e depois mergulha, invisível aos radares terrestres concebidos para detectar mísseis balísticos intercontinentais”, disse ao jornal Izvestia o editor-chefe do portal Militaryrussia Online Dmitry Kornev.
Os radares de alerta antecipado Voronezh, funcionando na banda de centímetros e de decímetros, são capazes de detectar alvos até 4.000 quilômetros de distância e a altitudes superiores a 8.000 quilômetros.
Ele também mencionou que as estações de radar Voronezh têm potencial de modernização para garantir a segurança de 100% do espaço aéreo nacional.
Um radar Voronezh pode ser construído em 18 meses, é servido por uma equipe de 15 pessoas e custa cerca de 26,4 milhões de dólares.
As estações de radar Voronezh estão atualmente desdobradas ao longo de todo o comprimento da fronteira russa. O radar que está em Irkutsk está monitorando o espaço aéreo que se estende da China até à Costa Oeste dos Estados Unidos.
Aquele que está na região de Kaliningrado abrange uma área desde a Grã-Bretanha até à Costa Leste dos EUA e outro na região de Krasnodar é capaz de registrar lançamentos de mísseis no Oriente Médio, Europa do Sul, Península Árabe e África do Norte.
Os radares Voronezh que estão agora sendo construídos nas regiões de Krasnoyarsk e Orenburg e perto de Murmansk protegerão eficazmente a Rússia contra possíveis ataques com mísseis a partir de sudeste e do Ártico.

Israel equipa Marinha com novos radares

A Marinha de Israel está recebendo um novo sistema de radares avançados como parte de uma modernização pela qual vem passando toda sua frota de combate na superfície.

De acordo com a companhia Indústrias Aeroespaciais de Israel (IAI), esse sistema pode produzir um grande número de sinais para alvos aéreos e marítimos simultaneamente, fornecendo uma imagem de alta qualidade, mesmo nos ambientes mais extremos. 
"O radar pode realizar várias tarefas ao mesmo tempo, tais como: detecção e classificação de alvos navais, rastreamento de um grande número de alvos e integração em sistemas de mísseis guiados para defesa e ataque. Graças ao seu tamanho, pode ser instalado em pequenas e médias embarcações, como corvetas, navios de mísseis e navios de patrulha de tamanho médio. Além disso, o radar fornece uma solução para atualizar embarcações navais existentes ou instalação em novas plataformas" informou a IAI.
Esse sistema está sendo instalado nos navios de mísseis Saar 4.5 e Saar 5 da Marinha de Israel, e, de acordo com o fabricante, é considerado um dos mais avançados do setor.

Saiba a razão pela qual os EUA deveriam temer os mísseis Kalibr russos

Apesar da sua indiscutível superioridade numérica, as forças navais americanas não foram capazes de instalar armas de longo alcance em navios de pequeno porte, como fez a Rússia com os sistemas Kalibr.

O colunista da edição National Interest, Sebastien Roblin, apelou em seu artigo recente à cúpula militar americana para refletir sobre o tema. De acordo com o analista, embora a Rússia tenha desenvolvido vários modelos de mísseis de cruzeiro para sua Marinha de guerra, são precisamente os Kalibr que constituirão a maior ameaça para os EUA nos próximos anos.
Desde o início da década de 90, os EUA lançaram centenas de mísseis Tomahawk a partir de seus navios e submarinos contra alvos no Oriente Médio, nos Bálcãs, na África do Norte e no Afeganistão. Sua capacidade de acertar nos alvos a uma distância de até 1.600 km fez com que estes mísseis se tornassem os mais populares nos próprios EUA e no Reino Unido. Mas não os únicos no mundo, adverte o colunista.
Em 2015 e 2016, a Rússia atacou as posições das forças extremistas na Síria tanto a partir do mar Mediterrâneo como a partir do Cáspio, sobrevoando o espaço aéreo do Irã e do Iraque.
Desta maneira, a Rússia demonstrou sua capacidade de atacar a longas distâncias", recorda Roblin.
A família de mísseis Kalibr conta com dezenas de versões. Assim, como exemplo, a versão antinavio tem um menor alcance efetivo, mas é capaz de alcançar velocidades supersônicas (Mach 3) e baixar até 4,6 metros na sua trajetória, o que a faz quase impossível de neutralizar por sistemas de defesa dos navios. A versão terrestre não consegue estas velocidades, mas tem um alcance de até 2.400 km.
O colunista aponta que a Rússia apostou na estratégia da força "distribuída". "A ideia é que em uma era de mísseis de longo alcance cada vez mais letais, pode ser mais eficiente distribuir a potência de fogo por múltiplas plataformas menores e prescindíveis, em lugar de por todos os ovos em uma cesta grande, cara e vulnerável", acrescentou.
Roblin adiantou que os Estados Unidos também estão tentando criar um sistema de distribuição de armas e um dos seus elementos principais seriam os prometedores navios de combate litoral (LCS). Entretanto, o projeto enfrenta desafios importantes, um dos quais consiste no fato de para estes navios não se fazerem mísseis comparáveis em suas capacidades com os sistemas Kalibr.