segunda-feira, 8 de maio de 2017

IAI ISRAEL AEROSPACE

Projeto Ofek 11 O lançador SHAVIT


O lançador SHAVIT, desenvolvido e fabricado pela IAI, é usado para lançar os satélites OFEQ de Israel. IA lidera a indústria espacial israelense no mercado internacional de lançamento de satélites comerciais através de alianças estratégicas, melhoria constante da diversidade de seus lançadores e competitividade.
Para maiores informações,

domingo, 7 de maio de 2017

EUA não vão defender Seul?

No dia 25 de abril, começou a retirada do 8º exército das forças armadas dos EUA da zona desmilitarizada. Até o final deste ano, o comando e algumas unidades, que estão tanto ao norte de Seul como no centro da cidade na base militar de Yongsan, devem se deslocar para a base de Camp Humphreys na cidade de Pyeongtaek.

A própria retirada das tropas americanas não é uma novidade, as negociações sobre isso têm decorrido desde 2003. No entanto, o início de uma movimentação de tal envergadura num período em que a Coreia do Norte e os EUA estão à beira de um conflito armado faz pensar.
Primeiro, devemos notar que a retirada dos EUA é taticamente viável. As duas brigadas americanas ao norte de Seul são claramente insuficientes para conter um possível avanço norte-coreano, além disso, elas poderiam ser simplesmente destruídas com um ataque inesperado da artilharia de longo alcance. É notável que as unidades retiradas estão situadas precisamente na rodovia e ferrovia que ligam Seul a Wonsan, onde recentemente foram realizados os exercícios de tiro do exército da Coreia do Norte. A distância entre as forças avançadas da 2ª divisão de infantaria dos EUA e a zona desmilitarizada era de cerca de 20 quilômetros. Agora elas estarão a mais de 100 quilômetros dessa zona.
Quanto às brigadas que estão aquarteladas em Seul, em caso de um possível início da guerra elas ficariam bloqueadas na cidade. Enquanto que a partir de Pyeongtaek as forças americanas podem rechaçar as tentativas norte-coreanas de envolver Seul por leste ou de efetuar um desembarque no litoral na área de Inchon, ou seja, não permitir aos norte-coreanos cercar a cidade e garantir os abastecimentos às tropas que defendem a capital. Deste ponto de vista a nova localização das unidades americanas é mais razoável e dá oportunidades para ações eficientes.
Mas temos de reconhecer que a retirada do estado-maior do 8º exército de Yongsan significa que o comando americano admite aparentemente que, em caso de assalto a Seul pelo exército norte-coreano, será extremamente complicado manter a parte setentrional da cidade, por isso ele está disposto a sacrificá-la para preservar a possibilidade de realizar um contra-ataque subsequente.
No caso de início de uma invasão norte-coreana, os EUA provavelmente vão aguardar, porque eles precisam de tempo para concentrar e organizar os restos do exército sul-coreano, aproximar a aviação e a marinha, bem como obter reforços do Japão e EUA. Eles têm que envolver os norte-coreanos em combates urbanos e não permitir que eles desenvolvam seu avanço para sul. Para estes fins, do ponto de vista da estratégia militar, a entrega parcial de Seul é completamente justificada.
Entretanto, para os cidadãos comuns isso será uma catástrofe. Para eles a guerra vai começar provavelmente por uma onda de rumores muito alarmantes e mensagens na Internet. As ruas serão rapidamente entupidas por carros e pessoas tentando abandonar a cidade. Depois, aos bairros suburbanos setentrionais fluirão em desordem os soldados sul-coreanos das unidades derrotadas e parcialmente aniquiladas. Ao mesmo tempo, os sul-coreanos ouvirão o troar da artilharia norte-coreana. Durante a noite, ou na manhã seguinte, nos subúrbios nortenhos de Seul surgirão as divisões de assalto norte-coreanas e começará um combate urbano, espontâneo e bem violento.
As vítimas deste tipo de batalha por Seul serão provavelmente incontáveis, mas a guerra tem sua própria lógica cruel, e os EUA parecem tencionar segui-la rigorosamente.
Matéria preparada pela Sputnik Coreia 

Exclusivo: Os Estados Unidos ainda espionam o Brasil, diz especialista americano

Quase quatro anos após o incidente diplomático envolvendo espionagem do governo dos Estados Unidos contra o Brasil, é muito provável que os norte-americanos continuem a espionar a política e a economia brasileira, de acordo com o jornalista norte-americano James Bamford.

Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, o especialista que escreve há 35 anos sobre órgãos de inteligência do seu país, incluindo a Agência de Segurança Nacional (NSA), avaliou que é “provável” que a Casa Branca ainda esteja interessada em dados do mundo político e econômico bra“Eu acho que provavelmente [a espionagem] ainda continua. Eu me lembro quando aquilo aconteceu [em 2013], que havia esse plano da NSA de espalhar ‘malwares’ por todo o Brasil”, disse Bamford, em referência aos documentos divulgados pelo ex-funcionário da NSA, Edward Snowden, que davam detalhes sobre os métodos de espionagem dos norte-americanos.sileiro.
Os documentos divulgados por Edward Snowden mostraram que o plano era espalhar ‘malwares’ por todo o mundo, desde país nos quais você esperaria como Rússia, China e Coreia do Norte, mas também em países amigos dos Estados Unidos como o Brasil”, relembrou o jornalista, que está no Brasil para o evento CryptoRave, em São Paulo.
Em 2013, documentos divulgados por Snowden mostravam que Washington tinha acesso às comunicações – redes de telefonia, Internet, servidores de e-mail e redes sociais – da então presidente Dilma Rousseff (PT) e seus principais assessores. O episódio fez com que a petista cancelasse uma viagem para se encontrar com o então presidente dos EUA, Barack Obama.No começo foi difícil, quando foi descoberto isso a presidente Dilma Rousseff se recusou a vir à Casa Branca para uma jantar oficial, o que é uma decisão de momento. As relações melhoraram quando os Estados Unidos disseram que iriam diminuir o nível de espionagem que estavam fazendo. De uma forma ou outra as relações melhoraram de lá para cá”, analisou Bamford.
Embora a NSA e a Casa Branca tenham se comprometido a diminuir os níveis de interceptações, o especialista crê que um país como o Brasil sempre estará no radar da atuação da agência.
“Os Estados Unidos estão sempre interessados no que outros países estão fazendo. E no Brasil especialmente, que é um país muito importante na América do Sul. O que acontece no Brasil afeta muito o que acontece nos demais países da região. Os Estados Unidos estão interessados nos aspectos políticos e econômicos do Brasil, acredito que seja por isso que eles fizeram o que fizeram”.
Guerra cibernética
O cenário de espionagem cibernética não se resume a Estados Unidos e Brasil. Questionado se o planeta hoje vê em andamento uma guerra cibernética na rede mundial de computadores, Bamford disse acreditar que esse conflito existe e afeta a todos que estão conectados, de uma maneira ou de outra, com a Internet. E Washington está no centro disso.
Neste momento os Estados Unidos são o principal envolvido em guerras virtuais, já que é o único país que realmente atacou outro país para destruir a sua infraestrutura física, como aconteceu quando houve o ataque contra o Irã e suas instalações [entre 2010 e 2011, os EUA criaram um vírus chamado Stuxnet, que infectou os sistemas de operação de uma usina de enriquecimento de urânio iraniana localizada em Natanz, inutilizando cerca de 1.000 das 5.000 centrifugas em operação]”.
Ainda segundo o jornalista, o principal objetivo de conflitos virtuais é destruir estruturas físicas reais. “Mas há outros tipos de ataques acontecendo. Os Estados Unidos acusam os russos de ataques, de invasões de e-mails e a divulgação dos mesmos, então se isso for verdade é um outro tipo de guerra virtual em andamento. Outros se focam no roubo de dados e assim por diante”.
Falando nos russos, Bamford minimizou o comentário feito nesta semana pelo diretor do FBI James Comey, que afirmou que a Rússia “é a maior ameaça para qualquer país no mundo”, em referência ao suposto envolvimento do Kremlin com a corrida presidencial dos Estados Unidos no ano passado.
“Acho que qualquer país que possua uma capacidade cibernética muito sofisticada representa um perigo. Veja os Estados Unidos como foram perigosos quando atacaram o Irã. E o Irã contra-atacou os Estados Unidos por conta disso. A Rússia possui uma capacidade cibernética vibrante e eles podem ser considerados perigosos, assim como outros países também podem”, afirmou.
Dentro dos Estados Unidos, a questão da espionagem e interceptação de dados ainda gera controvérsias. Dados oficiais divulgados nesta semana apontam que a NSA teve acesso a 151 milhões de registros telefônicos apenas em solo norte-americano em 2016, embora tivesse autorização judicial para interceptar apenas 42 suspeitos de terrorismo.
“Eu acho que isso surpreendeu muita gente porque depois que a NSA diminuiu o tamanho da espionagem nos Estados Unidos, há ainda uma quantidade muito grande de dados interceptados pela agência”, comentou Bamford, que disse ainda que tal ação de inteligência tem, inevitavelmente, impacto sobre outros países.
“O que se deve ter em mente é que se há esse tamanho de comunicação interceptada nos Estados Unidos, onde existem leis rígidas, você pode imaginar o tamanho das interceptações em países como o Brasil, que não possuem leis tão rígidas. A maneira com que as comunicações funcionam [no mundo], boa parte dos equipamentos como cabos para todas as partes do mundo, passam pelos Estados Unidos, então existe uma grande oportunidade aí para a NSA atuar”.
Um outro aspecto da guerra cibernética em andamento é a difusão de notícias falsas, as populares ‘fake news’. Na opinião de Bamford, o fenômeno é muito difícil de ser vencido, sobretudo por não ser crime em países como os Estados Unidos a produção de notícias falsas. Mas há como combatê-lo, de acordo com o jornalista.
É muito difícil de derrotar por conta das leis, como as que envolvem liberdade de expressão nos Estados Unidos. Não é contra a lei criar notícias falsas, por mais bobo que isso possa parecer. Então eu acho que é possível diminuir, mas não eliminar. Acho que as pessoas precisam ser mais inteligentes com o que elas leem ou entendem, mas não acho que as notícias falsas vão desaparecer em um futuro próximo”, concluiu.

Conheça a próxima crise nuclear mundial – e que não envolve EUA e Coreia do Norte

Uma mescla explosiva e armas nucleares, terrorismo e planos de guerra na Ásia Meridional pode colocar o mundo em perigo. E não estamos falando das tensões na Península Coreana envolvendo a Coreia do Norte e os Estados Unidos.

Segundo reportagem do site norte-americano The Huffington Post, as tensões envolvendo a Índia e o Paquistão continuam altas e possuem componentes para uma escalada nos próximos meses.
A publicação menciona que os paquistaneses – donos de mais de 100 ogivas nucleares e mísseis capazes de transportá-las – pretendem aumentar o seu arsenal de armas de curto alcance, com o foco em um eventual conflito com os indianos, maiores e mais poderosos.
O número de ogivas da Índia também é de aproximadamente 100, o que eleva os riscos de uma guerra nuclear na região. Mas, de acordo com especialistas, mais preocupante que o número de armas é a crescente instabilidade e um possível “acidente”.
Não pode ser descartada a possibilidade de que um erro de cálculo ou um ataque terrorista possa motivar a deflagração de um conflito nuclear entre os dois países, de acordo com o site.“Todo o subcontinente da Ásia Meridional está convertido em um barril de pólvora nuclear. É possível imaginar facilmente um processo inadvertido de escalada da tensão que poderia conduzir a uma guerra nuclear total provocada pelo terrorismo”, avaliou à publicação o analista de armas nuclear do Centro Belfer de Ciência e Assuntos Internacionais da Universidade de Harvard, Matthew Bunn.
Desde 1947, já foram quatro guerras entre indianos e paquistaneses, além de inúmeros incidentes fronteiriços.