O submarino argentino ARA San Juan desapareceu há seis dias nas águas do Atlântico. A Sputnik fez a lista de outros submarinos misteriosamente perdidos.
U-Boot alemão (Primeira Guerra Mundial,1916)
Em setembro de 2017, no mar do Norte, a 30 metros da costa belga, ocorreu uma descoberta incomum: nas águas foi encontrado um submarino alemão da Primeira Guerra Mundial quase intacto. O navio fora atingido por uma mina, que destruiu os tubos dos torpedos, mas o resto se conservou em boas condições.A tripulação de 23 homens esteve dentro do submarino durante os mais de 100 anos que o navio permaneceu debaixo do mar, coberto de algas e moluscos. Durante a Primeira Guerra Mundial, na Bélgica havia uma flotilha de 18 submarinos alemães, 13 dos quais foram destruídos.
S467 Minerve (1968)
O submarino francês Minerve, de 57 metros de comprimento e quase sete de largura, realizava exercícios junto com um avião de patrulha marítima ao longo da costa da Provença em 27 de janeiro de 1968. O Minerve avisou a aeronave às 8 da manhã que amarraria na base naval de Toulon uma hora depois.
Embora se encontrasse a 25 milhas náuticas da base, o submarino nunca voltou ao seu destino, tendo sido realizadas operações de busca na profundidade entre 1.000 e 2.000 metros. Os restos do navio ou seus 53 tripulantes nunca foram encontrados.
INS Dakar (1968)
Quase no mesmo dia em que aconteceu o desaparecimento do Minerve, também nas águas do Mediterrâneo, ocorreu mais uma tragédia com um submarino, desta vez de bandeira israelense. O navio tinha pertencido à Marinha britânica, mas fora adquirido pelas Forças Armadas de Israel e rebatizado com o nome de Dakar.
Parte do submarino INS Dakar em exibição em Haifa, Israel
Em 15 de janeiro de 1968 partiu de Gibraltar com rumo a Haifa, aonde se esperava que chegasse em 2 de fevereiro. Dez dias depois, algures entre Creta e Chipre, o navio deixou de comunicar sua posição. As forças internacionais realizaram buscas até 31 de janeiro e as forças de Israel continuaram por mais quatro dias. Durante 30 anos o destino do Dakar permaneceu um mistério até que, em 1999, foram encontrados os restos do navio. Hoje em dia uma parte dos destroços está em exibição em Israel.
USS Scorpion (1968)
Os Estados Unidos perderam um submarino nuclear, também em 1968. Os motivos pelos quais os restos do navio permanecem no fundo do oceano Atlântico, a 700 quilômetros das ilhas dos Açores, não são conhecidos até hoje. Em 16 de maio de 1968, o Scorpion saiu da base naval norte-americana de Rota, na Espanha, em direção aos Açores, para monitorizar as atividades soviéticas na zona e depois rumar à base de Norfolk, na Virgínia. Quatro dias depois, o submersível enviou sinais de rádio para a base de Rota, que foram captados por outro destacamento na Grécia.
Uma semana após a sua chegada prevista a Norfolk, não tinham sido recebidas mensagens do Scorpion. Foram iniciadas as operações de busca, que resultou na descoberta de partes do navio no fundo do mar. As teorias sobre o desaparecimento do submarino incluíam teorias de conspiração, como um possível ataque soviético, até falhas técnicas. A Marinha dos Estados Unidos não emitiu um parecer conclusivo sobre as causas do incidente.
Submarino K-129, URSS (1968)
O submarino K-129 realizou uma série de expedições bem-sucedidas no oceano Pacífico em 1967. Em fevereiro de 1968, voltou para as águas profundas. Em meados de março, as autoridades começaram a se preocupar, porque o navio não tinha enviado sinais em duas ocasiões nas quais tinha que reportar. Ao não ter respondido a um pedido de comunicação urgente, o submarino foi declarado perdido, tendo sido enviada uma flotilha em sua busca.
CC0 / U.S. NAVY / SOVIET GOLF II-CLASS SUBMARINE AND USS PHARRIS (FF-1094) UNDERWAY OFF COPENHAGEN IN FEBRUARY 1978
Um submarino da classe 629, da mesma classe que o K-129
A inteligência dos EUA considerou o envio como a provável perda do submarino e tomou nota do fato. Quando as possibilidades de recuperar o navio e os seus 83 tripulantes se desvaneceram, as buscas foram abandonadas.
Os Estados Unidos, confiantes de que poderiam encontrar tecnologia nuclear soviética nos destroços do submarino – o submersível transportava dois torpedos com ogivas nucleares – lançou o plano Azorian, um projeto caro para recuperar o K-129 do fundo do mar. Entretanto, só conseguiram retirar fragmentos e acredita-se que eles não continham nada de relevante.