Em 2012, a argentina Eliana Krawczyk marcou a história, tornando-se a primeira submarinista na América do Sul. Agora, sua família está vivendo em angústia, pois ela é uma dos 44 tripulantes do submarino ARA San Juan que permanece desaparecido desde 15 de novembro. A Sputnik Mundo fez uma seleção dos fatos mais interessantes da biografia da mulher.
A mulher se chama Eliana Krawczyk, mas sua família a chama de "rainha dos mares", segundo o jornal La Nación. Atualmente, seus parentes estão morrendo de preocupações tal como os dos outros tripulantes do ARA San Juan.
Porém, a história de Eliana, de 35 anos, ganhou mais fama por ela ser a primeira mulher submarinista na longa história da Marinha da Argentina. Naquele momento, quando ingressou na Escola de Submarinos e Mergulho, era também a primeira em toda a América do Sul. Logo, outras mulheres seguiram seu exemplo na Venezuela, escreve a Sputnik Mundo.
Eliana decidiu se juntar à Marinha em 2004 quando viu na sua cidade natal de Oberá, província de Misiones, um anúncio na Internet sobre recrutamento da Marinha e desistiu de seus planos de estudar engenharia. No mesmo ano, ela jurou bandeira na cidade de Mar del Plata, onde pela primeira vez viu um submarino, escreve La Nación.
Até então, ela pouco tinha saído de sua província e nem tinha visto o mar, segundo uma reportagem da revista Viva de 2015. Pouco depois, ela se tornou uma das 3 mil mulheres que servem na Armada Argentina. Apenas sete delas são submarinistas, mas Eliana Krawczyk é a única que tem a patente de oficial, tenente de navio.
Até então, ela pouco tinha saído de sua província e nem tinha visto o mar, segundo uma reportagem da revista Viva de 2015. Pouco depois, ela se tornou uma das 3 mil mulheres que servem na Armada Argentina. Apenas sete delas são submarinistas, mas Eliana Krawczyk é a única que tem a patente de oficial, tenente de navio.
Chamou minha atenção [o serviço em submarinos]. Gostei porque era desconhecido e estranho. Desde aí, decidi que iria ser submarinista, não havia nenhuma oficial. Nesse momento tomei isso como um desafio de poder vir a ser a primeira [submarinista]', disse Krawczyk em uma entrevista que está viralizando nas redes por causa dos recentes acontecimentos.No ARA San Juan ela é a chefe de armas, mas, como diz no vídeo, seu desafio é "ser a comandante" de um submarino. Ela apela ás mulheres para seguirem seu caminho sem medo, pois "se pode fazer o mesmo que um homem em um ambiente tradicionalmente masculino".O irmão de Eliana, Roberto Krawczyk, disse ao jornal Primera Edición que estava em contato com ela quando a tripulação estava em Ushuaia onde o submarino parou para reparações. Em seguida, eles perderam o contato, porque quando estão navegando "estão totalmente isolados".
Comentando a escolha de profissão da mulher, o irmão disse que Eliana "optou pelo serviço em submarino e gosta da vida que leva".
"Está aí [no submarino] porque realmente é algo de que ela gosta. Muitos acham que eles ganham muito dinheiro, que é pelo salário, mas não é assim. É uma vida difícil", afirmou.
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