quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Vai um fuzil aí? Fabricantes brasileiros exportam armamentos até para a Oceania

Embora com pequena participação no mercado mundial em comparação a outros países, o Brasil mantém presença global na exportação de armamentos. Do US$ 1,6 trilhão gasto em 2016 com equipamentos de defesa, o país abocanhou 1,4% desses negócios. Algumas das indústrias brasileiras exportam para diversas regiões do mundo, até mesmo para a Oceania.
A Sputnik Brasil procurou algumas dessas principais indústrias e mostra agora alguns dos principais produtos de seus portfólios. Assim como em outros países, cifras e volumes são assuntos tabus quando se fala em exportação de armamentos, que incluem não só armas leves como pistolas e revólveres, assim como material mais pesado, como aviões, foguetes, blindados, fuzis e rifles. O Oriente Médio continua sendo o principal mercado para as vendas brasileiras no tocante a equipamento militar, enquanto os Estados Unidos são o principal destino das armas leves.
Fundada em 1939, a Taurus, sediada em São Leopoldo (RS), é uma das empresas com longa tradição em exportação. Com um quadro de 2.600 funcionários, vende para mais de 85 países, e nos últimos anos informa ter investido mais de R$ 100 milhões em infraestrutura, gestão e desenvolvimento de produtos. O mercado americano, em especial o de pistolas e revólveres, é um dos principais para a empresa, que conta até com uma unidade na Flórida para atender à demanda do local.
Outro nome ouvido pela Sputnik Brasil foi a Imbel, empresa vinculada ao Ministério da Defesa e que tem no Exército o principal cliente. Com 2.200 funcionários, tem sede em Brasília e cinco unidades de produção nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.  Seus armamentos mais vendidos são os fuzis 5,56 IA2 para as Forças Armadas e órgãos de segurança pública e as pistolas 380 GCMD2 para clientes privados. 
No momento, a Imbel não está vendendo para o exterior. A empresa informa que as exportações nos últimos três anos se limitaram a peças de reposição do fuzil FAL 7,62 para países da Oceania e da África e pólvora para um país sul-americano que não identificou. Fazem parte ainda do portfólio da Imbel sistemas e equipamentos de comunicações e eletrônica, explosivos e acessórios, carabinas e pistolas, facas de campanha e munições pesadas para morteiros (calibres 60, 81 e 120 mm), artilharia (105 mm e 155 mm) e carros de combate (com poder de fogo de 90 mm).
No setor de aviação, a Embraer é hoje referência internacional também na área militar graças a dois de seus principais produtos: o turboélice A-29 Super Tucano e o cargueiro KC-390, uma aeronave de transporte multimissão, projeto desenvolvido em parceria com Portugal, Argentina e República Tcheca, destinado a concorrer diretamente com o Hercules C-130.
Em resposta aos questionamentos da Sputnik Brasil, a Embraer informou que não comenta possibilidades de negócios, mas informa que o Super Tucano está em operação em 13 países, entre eles Afeganistão e Colômbia, onde é utilizado não só como treinamento para pilotos, como para missões de ataque a alvos terrestres e apoio a tropas, como a Sputnik apurou. O A-29 Super Tucano tem 230 unidades vendidas. Segundo a empresa, em mais de dez anos de operação, o modelo, que oferece mais de 150 configurações de armamentos, já contabiliza mais de 320 mil horas de voo e 40 mil em combate.
Em relação ao KC-390, a Embraer informa que ele pode transportar até 26 toneladas de carga a uma velocidade de 870 km/h com capacidade para operar em ambientes hostis, incluindo pistas não preparadas ou danificadas. O KC-390 encontra-se em fase de certificação, já recebeu 28 encomendas firmes e cartas de intenção para outras 32 unidades, algumas de Portugal, conforme fontes próximas às negociações. 
Também procurada pela Sputnik Brasil, a Avibras foi fundada em 1961 por um grupo de engenheiros do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e teve entre seus primeiros projetos os aviões Alvorada e Falcão. A empresa se consolidou também ao participar de programas espaciais e telecomunicações. Com unidades em Jacareí e Lorena (SP) fabrica hoje foguetes, sistemas de defesa antiaérea, veículos blindados e outros componentes de alta tecnologia. A empresa informou, porém, que não comentaria o andamento de negócios e projetos.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

SISFRON SÓ SAI COM INTERVENÇÃO MILITAR!

Como escapar de um submarino naufragado?

Submarino ARA San Juan: o áudio que alertou sobre a possível presença de "um submarino a meio da água"

Uma comunicação alegadamente emitida por um navio que participa na operação de busca do ARA San Juan mencionou nas últimas horas a possível presença de " um submarino no meio da água ".



O áudio, viralizado em redes sociais, avisa de um registro de um sonar ativo, um método pelo qual os objetos sob a água são detectados usando o eco retornado pelos referidos elementos quando as ondas acústicas emitidas por um transmissor invadem.
No entanto, a Marinha rejeitou a suposta indicação na quarta-feira de manhã: "Não temos vestígios do submarino", disse o porta-voz da força, Enrique Balbi .

7 dias se passaram sem notícias e a pesquisa entrou em uma "fase crítica" em face da possível falta de oxigênio .
Outra versão caiu que a Marinha dos Estados Unidos localizou com um de seus aviões uma " mancha de calor ", que corresponderia a um objeto metálico, a cerca de 300 quilômetros da costa de Puerto Madryn e a cerca de 70 metros de profundidade no Atlântico Sul
Mas isso também foi descartado na primeira parte oficial da Marinha argentina.
Cerca de 4.000 soldados de vários países - Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Brasil, Chile, Peru, Colômbia e Uruguai, bem como a Argentina - participam da operação de busca e resgate no mar.
Fonte Clarin 

Submarino ARA San Juan: "Não temos vestígios", diz a Marinha, e a pesquisa é "em fase crítica"

A Marinha argentina descartou hoje as pistas que surgiram ultimamente em torno da operação de resgate do submarino ARA San Juan , que desapareceu há 7 dias com 44 membros da tripulação. A pesquisa entrou "na fase crítica" .
Tanto o sinal de som como os flares e um suposto "ponto de calor", relatados nas últimas horas na área, foram descartados.
Isso foi relatado nesta manhã pelo porta-voz da Marinha argentina, Enrique Balbi: "No momento não temos vestígios do submarino", admitiu.
Balbi explicou que o sinal de som "foi descartado pelos mesmos vasos" que patrulhava e detectou.
O porta-voz explicou que o navio britânico Protector havia visto o leste 3 fendas, uma laranja e 2 brancas. Os navios foram enviados para detectar a origem com seus sonares de casco. E o P8, o navio anti-submarino dos Estados Unidos. Mas não houve relatório de imagem térmica.

Além disso, 3 unidades da Marinha (um destruidor e 2 corvetas) fizeram uma patrulha marítima com seus sonares, também sem sucesso .
Finalmente, o navio brasileiro P3 antisubmarino que opera a partir de Mar del Plata fez um vôo baixo, a 300 metros, para detectar anomalias magnéticas. Depois de vários vôos de horas, também não havia notícias.


"Destes 3 meios, em forma acústica com os sonares, infravermelhos com a imagem térmica e o detector de anomalias magnéticas, não havia nenhum tipo de contato que deveria ser o submarino", disse Balbi.
Balbi explicou que ambos os sons e os flares podem ter que ver com a área onde a pesquisa é feita.
"Ao leste, a 200 milhas de distância, é o ponto de pesca mais importante do Atlântico Sul, a quantidade de pesca é terrível", disse ele. E ele ligou essas pistas descartadas com ruídos biológicos ou com a atividade dos próprios barcos.
"Ainda estamos nesta fase de busca e salvamento. Estamos na parte crítica , o sétimo dia está sendo cumprido hoje em relação ao oxigênio, assumindo que há 7 dias não tem capacidade para ir à superfície e renovar o oxigênio. Mas não descartamos as outras opções, que podem estar na superfície ", disse ele.
O porta-voz da base naval Mar del Plata, Gabriel Galeazzi , indicou nesta manhã que a Marinha não tem certeza se o submarino surgiu para renovar o ar ou não .
Além disso, ele enfatizou que a força não subestimou a situação e deu "informações precisas". E esclareceu que os membros da família da equipe "conhecem perfeitamente" o que acontece "desde o primeiro dia" .
Ambos os porta-vozes concordaram em notar que hoje existem condições climáticas "ótimas" para continuar a busca .
"A partir de amanhã, começa a ficar complicado, mas vamos tentar aproveitar ao máximo", disse Balbi.
A área de pesquisa já estava 100% arrecadada e hoje vem o navio norueguês Skandi Patagonia, que carrega um sino de resgate e veículos controlados remotamente da Marinha dos EUA

Mistérios debaixo do mar: os mais famosos submarinos desaparecidos na história

O submarino argentino ARA San Juan desapareceu há seis dias nas águas do Atlântico. A Sputnik fez a lista de outros submarinos misteriosamente perdidos.
U-Boot alemão (Primeira Guerra Mundial,1916) 
Em setembro de 2017, no mar do Norte, a 30 metros da costa belga, ocorreu uma descoberta incomum: nas águas foi encontrado um submarino alemão da Primeira Guerra Mundial quase intacto. O navio fora atingido por uma mina, que destruiu os tubos dos torpedos, mas o resto se conservou em boas condições.A tripulação de 23 homens esteve dentro do submarino durante os mais de 100 anos que o navio permaneceu debaixo do mar, coberto de algas e moluscos. Durante a Primeira Guerra Mundial, na Bélgica havia uma flotilha de 18 submarinos alemães, 13 dos quais foram destruídos.
S467 Minerve (1968)
O submarino francês Minerve, de 57 metros de comprimento e quase sete de largura, realizava exercícios junto com um avião de patrulha marítima ao longo da costa da Provença em 27 de janeiro de 1968. O Minerve avisou a aeronave às 8 da manhã que amarraria na base naval de Toulon uma hora depois.
O submarino Minerve, desaparecido em 1968
O submarino Minerve, desaparecido em 1968
Embora se encontrasse a 25 milhas náuticas da base, o submarino nunca voltou ao seu destino, tendo sido realizadas operações de busca na profundidade entre 1.000 e 2.000 metros. Os restos do navio ou seus 53 tripulantes nunca foram encontrados.
INS Dakar (1968)
Quase no mesmo dia em que aconteceu o desaparecimento do Minerve, também nas águas do Mediterrâneo, ocorreu mais uma tragédia com um submarino, desta vez de bandeira israelense. O navio tinha pertencido à Marinha britânica, mas fora adquirido pelas Forças Armadas de Israel e rebatizado com o nome de Dakar.
Parte do submarino INS Dakar em exibição em Haifa, Israel
Parte do submarino INS Dakar em exibição em Haifa, Israel
Em 15 de janeiro de 1968 partiu de Gibraltar com rumo a Haifa, aonde se esperava que chegasse em 2 de fevereiro. Dez dias depois, algures entre Creta e Chipre, o navio deixou de comunicar sua posição. As forças internacionais realizaram buscas até 31 de janeiro e as forças de Israel continuaram por mais quatro dias. Durante 30 anos o destino do Dakar permaneceu um mistério até que, em 1999, foram encontrados os restos do navio. Hoje em dia uma parte dos destroços está em exibição em Israel.
USS Scorpion (1968)
Os Estados Unidos perderam um submarino nuclear, também em 1968. Os motivos pelos quais os restos do navio permanecem no fundo do oceano Atlântico, a 700 quilômetros das ilhas dos Açores, não são conhecidos até hoje. Em 16 de maio de 1968, o Scorpion saiu da base naval norte-americana de Rota, na Espanha, em direção aos Açores, para monitorizar as atividades soviéticas na zona e depois rumar à base de Norfolk, na Virgínia. Quatro dias depois, o submersível enviou sinais de rádio para a base de Rota, que foram captados por outro destacamento na Grécia.
O submarino norte-americano Scorpion SSN-589
CC0 / NAVAL HISTORICAL CENTER / USS SCORPION SSN589
O submarino norte-americano Scorpion SSN-589
Uma semana após a sua chegada prevista a Norfolk, não tinham sido recebidas mensagens do Scorpion. Foram iniciadas as operações de busca, que resultou na descoberta de partes do navio no fundo do mar. As teorias sobre o desaparecimento do submarino incluíam teorias de conspiração, como um possível ataque soviético, até falhas técnicas. A Marinha dos Estados Unidos não emitiu um parecer conclusivo sobre as causas do incidente.
Submarino K-129, URSS (1968)
O submarino K-129 realizou uma série de expedições bem-sucedidas no oceano Pacífico em 1967. Em fevereiro de 1968, voltou para as águas profundas. Em meados de março, as autoridades começaram a se preocupar, porque o navio não tinha enviado sinais em duas ocasiões nas quais tinha que reportar. Ao não ter respondido a um pedido de comunicação urgente, o submarino foi declarado perdido, tendo sido enviada uma flotilha em sua busca.
Um submarino da classe 629, da mesma classe que o K-129
Um submarino da classe 629, da mesma classe que o K-129
A inteligência dos EUA considerou o envio como a provável perda do submarino e tomou nota do fato. Quando as possibilidades de recuperar o navio e os seus 83 tripulantes se desvaneceram, as buscas foram abandonadas. 
Os Estados Unidos, confiantes de que poderiam encontrar tecnologia nuclear soviética nos destroços do submarino – o submersível transportava dois torpedos com ogivas nucleares – lançou o plano Azorian, um projeto caro para recuperar o K-129 do fundo do mar. Entretanto, só conseguiram retirar fragmentos e acredita-se que eles não continham nada de relevante.

China mostra ao mundo sua 'arma mágica', a mais rápida da sua classe (VÍDEO

A empresa que fabricou o tanque afirma que os EUA tentaram desenvolver algo semelhante, mas acabaram por falhar, informa o RT.

A televisão estatal chinesa mostrou imagens da "arma mágica" que a China tem no seu arsenal. Trata-se do veículo de assalto anfíbio VN18. 
A empresa fabricante de armas Norinco Group afirma que o seu veículo blindado é o "mais rápido" na sua classe no mundo. Segundo as características divulgadas pelo canal CCTV, o NV18 pesa cerca de 27 toneladas e, graças a um motor de 1.600 cavalos, pode alcançar uma velocidade de até 65 km/h no terreno e 30 km/h na água.
A tripulação do tanque aquático é de 3 homens, mas o blindado pode transportar mais 11 militares a bordo. Este veículo de assalto anfíbio é dotado de um canhão de 30 mm, uma metralhadora de 7,62 mm, mísseis antitanque e granadas de fumaça. 
De acordo com os representantes da Norinco Group, só a China e os EUA possuem veículos de assalto anfíbios, mas o exército dos EUA não está equipado com eles. 
Além do mais, os veículos de assalto anfíbios norte-americanos "não são tão rápidos" como o VN18. 

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Assassino econômico' explica como ajudou a saquear América Latina

O economista e autor do livro "Novas Confissões de um Assassino Econômico", John Perkins, disse em entrevista à Sputnik Internacional como ajudou os EUA a pôr os países latino-americanos em dependência através de empréstimos do Banco Mundial.
Esse livro é uma continuação da autobiografia de Perkins "Confissões de um Assassino Econômico", publicada em 2004, onde ele relata a história da sua carreira de "economista principal e consultor econômico" em uma grande empresa de consultoria.
Meu trabalho consistia em identificar países com grandes jazidas de petróleo, objetivo de nossas empresas norte-americanas. Depois, através do Banco Mundial e de seus parceiros lhes concedia enormes empréstimos. Mas o dinheiro nunca chegava a esses países, era transferido a empresas norte-americanas, incluindo construtoras como a Halliburton ou fornecedores como a General Electric", disse ele.
Segundo Perkins, posteriormente, "as empresas norte-americanas iniciavam projetos de infraestrutura nesses países, que traziam benefícios apenas ao negócio dos EUA e a famílias ricas locais, enquanto os países ficavam com enormes dívidas que faziam sofrer a população pobre e a classe média".
O escritor lembrou o caso do Panamá, onde deveria ser construída uma rede elétrica no território de todo o país. Os EUA concederam ao país um grande crédito para esse projeto.
"Mas o nosso objetivo real no Panamá era desacreditar o líder Omar Torrijos, ou seja, suborná-lo e fazer com que ele nos devesse uma grande quantidade de dinheiro para chantageá-lo e controlá-lo", confessou Perkins à Sputnik.
Entretanto, Torrijos tentou com que o seu país recuperasse o canal de Panamá, sublinhou Perkins. "O político de um pequeno país conseguiu opor-se ao grande poder dos EUA", acrescentou ele.
"Mas não se tratava apenas do controle do canal por parte dos EUA, Torrijos também se opôs ativamente ao imperialismo norte-americano. Se converteu em uma figura líder a nível mundial, tanto política como ideológica", afirmou Perkins.
Em 1977, Torrijos firmou um tratado com os EUA que previa que, a partir de 1999, o Governo do Panamá teria o controle total sobre o canal. Em 1981, o líder panamenho morreu em um acidente aéreo. Nesse tempo Perkins trabalhava ativamente com a América do Sul. No seu livro "Novas Confissões de um Assassino Econômico" ele escreveu que Torrijos foi assassinado pela CIA.
Entretanto, o caso panamenho "foi uma exceção, porque se tratava de política". Havia "muitas outras maneiras de aproveitar-se dos empréstimos".
Os melhores exemplos são o Equador, a Indonésia e a Colômbia, onde buscávamos o petróleo […] Conseguimos que os Governos desses países aceitassem nossos enormes empréstimos e dessem em penhor suas reservas de petróleo", disse Perkins.
Foi assim que as empresas norte-americanas "receberam acesso a seu petróleo a preços muito baixos e boas condições de mercado sem ter que cumprir todas as normativas de regulamentação ambiental", disse ele.
Quando esses países já não podiam pagar os empréstimos, os EUA frequentemente diziam que Washington perdoaria a dívida se os países devedores votassem a seu favor na ONU e se lhe permitissem construir uma base norte-americana no seu território. 
erkins destacou que é "uma maneira muito antiga de estabelecer o controle sobre outro país, que tem sido usada por muitas potências mundiais, incluindo pela União Soviética".
Atualmente, a Rússia também é alvo dessa estratégia econômica dos EUA. "E vice-versa, os EUA são alvo dos russos”, disse Perkins.
Entretanto, o autor apela à humanidade para "entender que todo o mundo tem de lidar com a crise global que afeta todos".
"Creio que muitos políticos e líderes mundiais estão começando a entender que o velho sistema já não funciona. Precisamos de mudá-lo. Parece que só Donald Trump [presidente dos EUA] não o entende", concluiu o economista.

Conheça a 'rainha dos mares', a mulher desaparecida no submarino argentino (FOTOS, VÍDEO

Em 2012, a argentina Eliana Krawczyk marcou a história, tornando-se a primeira submarinista na América do Sul. Agora, sua família está vivendo em angústia, pois ela é uma dos 44 tripulantes do submarino ARA San Juan que permanece desaparecido desde 15 de novembro. A Sputnik Mundo fez uma seleção dos fatos mais interessantes da biografia da mulher.
A mulher se chama Eliana Krawczyk, mas sua família a chama de "rainha dos mares", segundo o jornal La Nación. Atualmente, seus parentes estão morrendo de preocupações tal como os dos outros tripulantes do ARA San Juan.
Porém, a história de Eliana, de 35 anos, ganhou mais fama por ela ser a primeira mulher submarinista na longa história da Marinha da Argentina. Naquele momento, quando ingressou na Escola de Submarinos e Mergulho, era também a primeira em toda a América do Sul. Logo, outras mulheres seguiram seu exemplo na Venezuela, escreve a Sputnik Mundo
Eliana decidiu se juntar à Marinha em 2004 quando viu na sua cidade natal de Oberá, província de Misiones, um anúncio na Internet sobre recrutamento da Marinha e desistiu de seus planos de estudar engenharia. No mesmo ano, ela jurou bandeira na cidade de Mar del Plata, onde pela primeira vez viu um submarino, escreve La Nación.
Até então, ela pouco tinha saído de sua província e nem tinha visto o mar, segundo uma reportagem da revista Viva de 2015. Pouco depois, ela se tornou uma das 3 mil mulheres que servem na Armada Argentina. Apenas sete delas são submarinistas, mas Eliana Krawczyk é a única que tem a patente de oficial, tenente de navio.
Até então, ela pouco tinha saído de sua província e nem tinha visto o mar, segundo uma reportagem da revista Viva de 2015. Pouco depois, ela se tornou uma das 3 mil mulheres que servem na Armada Argentina. Apenas sete delas são submarinistas, mas Eliana Krawczyk é a única que tem a patente de oficial, tenente de navio.
Chamou minha atenção [o serviço em submarinos]. Gostei porque era desconhecido e estranho. Desde aí, decidi que iria ser submarinista, não havia nenhuma oficial. Nesse momento tomei isso como um desafio de poder vir a ser a primeira [submarinista]', disse Krawczyk em uma entrevista que está viralizando nas redes por causa dos recentes acontecimentos.No ARA San Juan ela é a chefe de armas, mas, como diz no vídeo, seu desafio é "ser a comandante" de um submarino. Ela apela ás mulheres para seguirem seu caminho sem medo, pois "se pode fazer o mesmo que um homem em um ambiente tradicionalmente masculino".O irmão de Eliana, Roberto Krawczyk, disse ao jornal Primera Edición que estava em contato com ela quando a tripulação estava em Ushuaia onde o submarino parou para reparações. Em seguida, eles perderam o contato, porque quando estão navegando "estão totalmente isolados".
Comentando a escolha de profissão da mulher, o irmão disse que Eliana "optou pelo serviço em submarino e gosta da vida que leva".
"Está aí [no submarino] porque realmente é algo de que ela gosta. Muitos acham que eles ganham muito dinheiro, que é pelo salário, mas não é assim. É uma vida difícil", afirmou.

Brasil ainda mantém fôlego na exportação de equipamentos militares

“O Brasil tem longa tradição na exportação de equipamentos militares. A tradição não se perdeu, o que se perdeu foi um pouco da capacidade empresarial.” A afirmação é de Roberto Godoy, jornalista especializado em assuntos militares que analisou com exclusividade para a Sputnik Brasil as possibilidades de exportação dessa indústria nos dias de hoje.
A Comissão de Relações Exteriores do Senado promoveu um ciclo de debates sobre o papel do Brasil na nova ordem internacional e, dentro do tema, debateu com especialistas as oportunidades de negócio com a venda de material militar para diversos países. Esse é um mercado que não para de crescer. No ano passado, os países gastaram R$ 1,7 trilhão em defesa, com o Brasil respondendo por 1,4% desse total.
Godoy lembra que quando se fala em exportação de equipamento militar isso não significa apenas armamento, mas tecnologias e até hospitais de campanha, item que o Brasil exportava regularmente até há alguns anos. Eram unidades modulares, que serviam não só em operações militares como também humanitárias em atendimento a populações atingidas por desastres naturais.
Para o especialista, ainda hoje o mercado mais promissor para o Brasil é o Oriente Médio, no segmento de armas militares e pesadas. No segmento de armas leves, o melhor mercado continua sendo o dos Estados Unidos, o maior comprador de armas leves do Brasil, apesar do grande número de fabricantes locais e da qualidade dos produtos, isso sem falar na importação de vários países. “É muito fácil você se transformar em colecionador (lá). Basta ter dinheiro. O sujeito tem um fuzil feito na China e a arma pessoal dele, escondida debaixo do sofá, veio da Itália”, ironiza.
A tradição brasileira começa pelo menos há 50 anos, quando o Brasil era um poderoso e influente player do mercado internacional, principalmente em blindados leves fabricados pela extinta Engesa, que produzia o Cascavel (blindado de reconhecimento armado), o Urutu (transporte de tropas, armado e anfíbio), o Jararaca (considerado o carro esporte dos blindados e de grande agilidade). Ela abriu mercado em 32 países", lembra o especialista.
O Brasil tem grandes nomes nessa indústria atuando já há algum tempo, como a Embraer, Taurus, Imbel, Avibras, entre outras. Rangel lembra que na esteira dessa onda surgiu a Avibras, que se colocou no mercado com um catálogo de bombas de múltiplo emprego e foguetes, como os ar-terra, um pouco menores que os convencionais, disparados a partir das asas de aviões. No começo dos anos 80, lançou o Astros 2 e que até hoje é considerado um dos melhores do mundo. Hoje o modelo está na sexta geração. O grande atrativo é que ao contrário dos concorrentes, que usam um único tipo de foguete, o Astros é capaz de disparar pelo menos três tipos com alcance variando de 10 a 100 quilômetros com calibres diferentes.
(O Astro) vende muito, no Oriente Médio e agora na Ásia até com algum vigor. Entre os líderes (no Brasil), você tem a Embraer Defesa & Segurança, com suas famílias, envolvendo o SuperTucano, que já soma 130 mil horas de voo e cerca de 40 mil horas de combate. Foi empregado largamente na Colômbia na luta contra as FARC, está sendo utilizado pela aviação do Afeganistão contra os talibãs. Hoje é considerado o melhor na sua classe para esse tipo de missão. Ele serve para treinar pilotos, mas hoje ele é visto como um avião de ataque leve a alvos no solo, de apoio à tropa e reconhecimento eletrônico por até sete, nove horas", afirma Godoy.
O especialista ressalta que um dos grandes trunfos do Super Tucano é seu custo operacional muito inferior aos similares. O concorrente mais próximo é um jato americano que custa entre US$ 14 mil e US$ 34 mil por hora de voo, enquanto a do Super Tucano, em voo de reconhecimento, pouco passa de US$ 500 e em missão de combate, US$ 1.500.
"O que o Brasil precisa é ter uma política industrial de defesa muito bem definida e uma política de exportação e de armas em geral, leves, como as produzidas pela Taurus, que podem ser vendidas para colecionadores, caçadores, atiradores de precisão e que são vendidas principalmente para as polícias. O sucesso delas é tão grande que a Taurus mantém uma fábrica na Flórida (EUA) para atender aos pedidos americanos", diz Godoy, observando que a empresa está enfrentando no Brasil um problema sério: diversos lotes vendidos para policiais estaduais, como a de São Paulo, por exemplo, vêm apresentando defeitos graves, como disparos acidentais.
Na visão de Godoy, o governo tem que evitar os erros que vitimaram muitas empresas do setor nos anos 90, quando também o processo de redemocratização do país implicou mudanças também nessa área. Além de uma política sólida, na visão do especialista, é necessária a criação de uma legislação que garanta critérios éticos bastante rígidos.

missão dos EUA com robôs para pesquisar o fundo do mar

Com uma forte expectativa e quase meio dia depois do esperado, às 13h50, a missão sem precedentes da Marinha dos Estados Unidos navegou que procurará o submarino ARA San Juan nas profundezas usando robôs submersíveis 



Após as duas pistas descartadas ontem - as sete chamadas por satélite e os ruídos detectados em Península Valdés - a partida do navio norueguês Skandi Patagonia abriu uma nova esperança , o que contribui para a melhoria das condições climáticas que permitirão um melhor aproveitamento.
Embora ontem tenha sido especulado sobre a possibilidade de a missão ter saído durante o amanhecer, ao meio dia, eles acabaram de carregar as provisões dos alimentos . A Patagônia Skandi foi acompanhada por dois guias para deixar o porto.
A missão vai para a área onde o ARA San Juan deixou de enviar sua localização (no Golfo de San Jorge, a cerca de 400 quilômetros no exterior). Commodore set sail era o toque clássico da sirene.
O barco - ocupado principalmente pela Marinha dos EUA - visa resgatar o submarino argentino que desapareceu há seis dias.
É a primeira vez na história que os Estados Unidos tomaram uma ação desse tipo : embora a operação tenha sido praticada em várias ocasiões, nunca se materializou em um resgate real.

Antes de sair, os últimos movimentos da equipe estavam focados na carga de provisões: vegetais, frutas e bebidas para uma operação de extensão desconhecida .
Para chegar à área de artesanato, o Skandi Patagonia levará cerca de um dia e meio . A ilusão dos parentes da tripulação da ARA San Juan também viaja a bordo.
O navio transporta quatro veículos submersíveis não tripulados (um Bluefin 12D e três Iver 580), todos operados pelo 1º Esquadrão de Veículos Submersíveis não tripulados da Marinha dos Estados Unidos.
O equipamento (que pode atingir até 260 metros -850 pés) faz uma varredura do fundo do mar para procurar o submarino, ou pelo menos traços ou sinais de alerta que podem ter deixado no seu caminho.
Eles são especialmente úteis na pesquisa. Eles usam o sistema Side Scan Sonar que cria imagens de grandes áreas do chão .No caso de encontrar o ARA San Juan, a missão tem uma cápsula para resgatar seus 44 membros da equipe .
Ao definir um local, ele é jogado na água com o objetivo de acoplar o submarino e permitir que as pessoas saem. capacidade é limitada: eles entram seis por viagem , então eles devem sair em lotes. Este equipamento pode atingir uma profundidade de até 850 pés (260 metros).
FONTE  Clarim  

Incomparável submarino soviético da época da Guerra Fria surge no Reino Unido (VÍDEO

Em dias de glória, esta embarcação contava com 22 ogivas nucleares.
Um grupo de entusiastas britânicos está remodelando um submarino de ataque soviético para exibi-lo no Reino Unido com fins educativos.

Trata-se do U-475 Black Widow (Foxtrot, de acordo com a designação da OTAN), que até 1994 fez parte da Frota do Báltico da Marinha soviética. Este submarino estava armado com 22 ogivas nucleares e levava 53 minas.

O Black Widow é um dos quatro submarinos soviéticos que foram vendidos em 1994. Este foi comprado por um investidor britânico e inicialmente foi utilizado no Reino Unido como museu, mas desde o início de 2000 se encontrava amarrado à margem do rio Medway, no sul do país, em estado abandonado.
"É único. No Reino Unido não há nada como ele, nada da Guerra Fria que possa ser comparado a ele", declarou ao canal RT o chefe de restauração do submarino, John Sutton, que no futuro mais próximo pretende exibi-lo de novo ao público como parte da história da Guerra Fria, mas até o momento não encontrou local para exibição.

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