terça-feira, 8 de agosto de 2017

Cientistas do Brasil integram projeto inovador da NASA (VÍDEO

A NASA e uma equipe de pesquisadores espaciais brasileiros anunciaram uma missão conjunta para estudar fenômenos na atmosfera superior da Terra - uma região de partículas carregadas chamada ionosfera - capaz de perturbar as comunicações e sistemas de navegação no solo e, potencialmente, impactar satélites e exploradores humanos no espaço.
Os resultados da missão podem ajudar em várias áreas, incluindo em prol de melhores previsões climáticas.
De acordo com Jim Spann, cientista-chefe da Direção de Ciência e Tecnologia do Centro Marshall Space Flight da NASA de Huntsville, no estado americano do Alabama, dois fenômenos na ionosfera — bolhas de plasma equatorial e cintilação — impactaram os sistemas de comunicação por rádio, satélite e sistemas de posicionamento global (GPS) por décadas.
Chamada de Força de Pesquisa, Observação e Previsão de Cintilação (SPORT, na sigla em inglês), a missão observará essas estruturas peculiares para entender o que as causa, determinar como prever seu comportamento e avaliar maneiras de mitigar os seus efeitos.
Para isso, a equipe lançará um satélite compacto do tamanho de dois pães, cujo nome é CubeSat. A expectativa é que ele seja lançado em 2019, ficando na órbita terrestre a uma altura de 350 a 400 quilômetros. A fase operacional do satélite será de pelo menos um ano, segundo a NASA.“As comunicações degradadas e os sinais GPS são conhecidos por estarem intimamente ligados a esses fenômenos”, explicou Spann.
Benefícios ao Brasil
Para os cientistas brasileiros envolvidos no trabalho com a NASA, as informações serão importantes em várias frentes.
De acordo com Otavio Durão, gerente de projeto da equipe do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) de São José dos Campos (SP), as respostas ionosféricas a um fenômeno espacial denominado Anomalia do Atlântico Sul ou Anomalia Magnética Sul-Americana — onde a radiação atinge as proximidades da Terra — afeta negativamente os movimentados aeroportos do Brasil.
“Nosso país está interessado em refinar o processamento do sinal GPS, tornando as decolagens e aterrissagens mais seguras e mais precisas”, afirmou. “Porque tantos vôos internacionais chegam e saem do Brasil, isso deve ser motivo de preocupação para todos os países”, emendou Durão.
Além disso, o agronegócio também está interessado nas descobertas do projeto.
“Nosso agronegócio está sempre tentando aumentar a produtividade das culturas. Uma maneira de conseguir isso é usando ferramentas automatizadas. Mas ser capaz de posicionar com precisão esses tratores automatizados e pulverizadores de campo, sem interrupção dos fenômenos solares, é crucial”, disse Luís Loures, gerente do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA).

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Escaldante como Sol: quais são as capacidades do lança-foguetes russo Solntsepiok?

Entusiasmados pela eficiência do sistema de lançamentos múltiplos Solntsepiok na Síria, os desenhadores russos anunciaram seus planos de substituir para o TOS-1A com um sistema pesado de lança-chamas de nova geração, o Tosochka.
A máquina cujo nome é traduzido como "Sol Escaldante" combina as propriedades dos sistemas de lança-foguetes múltiplos, máquinas lança-chamas e tanques incendiários e de ataque.
O lançador Solntsepiok tem poucos análogos no mundo e já provou sua eficiência em combates reais.
O Tosochka, tal como o TOS-1A, já foi incluído no programa estatal de armamento da Rússia para os anos 2018-2025. Este veículo também terá uma carroçaria com rodas, que o torna ideal para ser usado no deserto, podendo interessar a potenciais compradores no Oriente Médio.
O sistema de lança-foguetes deve ser exibido durante o fórum internacional técnico-militar EXÉRCITO 2017, mais precisamente nos fins de agosto.
O TOS-1A é a versão modernizada do TOS-1 Buratino, que entrou em serviço em 1980. O último modelo do sistema de lança-foguetes possui uma instalação de lançamento modernizada e de controle de direção de foguete automático. Além disso, consegue lançar projéteis não guiados (NURS, na sigla em russo) mais potentes.
A ogiva do foguete NURS é termobárica, ou seja, utiliza oxigênio do ar circundante para gerar explosão de alta temperatura. Na prática, a onda de explosão, tipicamente produzida por ela, dura muito mais do que a produzida por um explosivo condensado convencional. A bomba de ar e combustível é um dos tipos mais conhecidos de armas termobáricas.Os sistemas TOS foram utilizados com sucesso em operações no Afeganistão entre 1988 e 1989 e estão sendo usados na Síria, onde foram vistos pela primeira vez no outono – do hemisfério Norte – de 2015. Eles participaram da primeira libertação de Palmira, na primavera – do Hemisfério Norte – de 2016. Devido ao seu poder destrutivo, eles podem ser usados apenas longe de localidades históricas e áreas residenciais.
TOS-1A foi desenvolvido com base no modelo do tanque T-72A. A máquina pesa 44,3 toneladas e possui raio de alcance de seis quilômetros. O sistema conta com uma metralhadora RPKS de calibre 5,45 mm e comporta três pessoas.

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Corveta Barroso parte pela segunda vez para o Líbano

Familiares e amigos dos militares que compõem a tripulação da "Barroso" estiveram neste domingo (06), na Base Naval, em Niterói, para acompanhar o suspender da corveta, que será a próxima nau-capitânia da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas do Líbano (FTM-UNIFIL).
Na solenidade, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, recordou o episódio ocorrido em setembro de 2015, quando a corveta Barroso resgatou 220 refugiados no Mar Mediterrâneo. "Há um simbolismo. Para o mundo todo demonstrou sua humanidade, competência e solidariedade, daqueles que fazem esta tarefa gloriosa de prover a paz. A defesa da vida é um bem supremo e o Brasil se tornou reconhecido mundialmente e respeitado por ser um país provedor de paz", disse o ministro. Será a segunda fez que a corveta brasileira parte para o Líbano para compor a Força-Tarefa Marítima da UNIFIL e se tornar a nau-capitânia
Dirigindo-se também aos familiares, o ministro destacou que os 195 militares da corveta Barroso foram muito bem preparados e contam com todo o apoio da Marinha do Brasil. "Esses homens e mulheres voltarão com orgulho de terem sido provedores de paz. Quando eles voltarem, quero estar aqui para recebê-los nossos heróis com a certeza do dever cumprido", comentou. O ministro Jungmann ainda percorreu as instalações do navio e recebeu explicações sobre funcionamento de radares e outros equipamentos.
O comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, lembrou o orgulho da Força Naval brasileira, que por seis anos ininterruptos, desde sua criação, mantém o comando da única força-tarefa marítima em operação de manutenção de paz sob égide das Nações Unidas. "Demonstra o elevado conceito que os marinheiros e fuzileiros navais perante outras Marinhas e a capacidade logística e operacional da Força em manter seus meios em áreas afastadas." E continuou: ao contribuir para estabilidade regional no mar adjacente ao Líbano, reforçamos o compromisso internacional do Brasil em apoiar países amigos e compor o esforço conjunto para garantir a segurança das linhas de comunicação marítimas e o imprescindível comércio que por ela flui", destacou o almirante.Para o comandante da corveta Barroso, o capitão de fragata, Dino Avila Busso, desde 2011 o Brasil tem se destacado com a presença da Marinha na UNIFIL e ajudado muito a população do Líbano. "O navio passou um período longo de preparo e manutenção de seus equipamentos. Saímos hoje muito bem preparados e motivados em elevar o nome do Brasil nessa missão de paz.
Um dos tripulantes da corveta Barroso, o cabo Victor Hugo aguardava a sua partida ao lado da esposa Anna Paula e do filho Thor, de dois anos. "Estou indo pela segunda vez para o Líbano e vamos cumprir nossa missão", comentou o militar. Também o terceiro sargento fuzileiro naval Santana não escondia a expectativa de participar da missão.A "Barroso"
De projeto e fabricação nacionais, a corveta é um navio de 103,5 m de comprimento e 2,4 mil toneladas (a plena carga), com autonomia para permanecer por 30 dias em missão. Sua velocidade nominal máxima, com turbina a gás, é de 30 nós, e seu raio de ação, com velocidade de 12 nós, é de 4 mil milhas (ou 7,2 mil km).A “Barroso” irá se deslocar para a área de operações, cumprindo escalas logísticas programadas em Natal-RN, Las Palmas (Espanha) e Toulon (França). Sua chegada em Beirute (Líbano) está prevista para o dia 8 de setembro do corrente ano.
A UNIFIL
A UNIFIL conta, atualmente, com a participação de diversos países, incluindo o Brasil, e com aproximadamente 12 mil militares, além de funcionários civis. A presença do navio brasileiro contribui para a garantia da paz e da segurança na região, além do adestramento da Marinha Libanesa.
Por Alexandre Gonzaga
Fotos: Divulgação
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério de Defesa

Assaltante toma motorista de caminhão como refém no Rio de Janeiro

Um motorista de caminhão de carga foi pego como refém por um assaltante na noite deste domingo na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O incidente, ainda em andamento, ocorre na Avenida Brasil, que precisou ser interditada, nos dois sentidos, pela polícia.
Negociadores do Batalhão de Operações Especiais (Bope) tentam chegar a um acordo com o criminoso para a libertação do refém, rendido em um mercado da região, no bairro da Penha.De acordo com o G1, a polícia foi chamada por testemunhas. Houve troca de tiros e perseguição. O veículo foi parado após os pneus serem atingidos por disparos da PM.

Chegou ao fim a situação com refém que interditou a Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, na noite deste domingo. Segundo a polícia, o motorista de um caminhão de carga que havia sido sequestrado por um assaltante foi libertado, enquanto o criminoso foi detido.
Negociação acaba de chegar ao fim. O criminoso se rendeu e a vítima está ilesa, porém bastante abalada emocionalmente. Vítima está ilesa. Já o criminoso estava ferido e foi levado ao Hospital Albert Schweitzer", informou a Polícia Militar. 
Os nomes da vítima e do assaltante não foram divulgados.

sábado, 5 de agosto de 2017

Beleza da Marinha russa nas primeiras horas após o Dia da Marinha

O novo Drone militar russa "Orion-E"

Programa de Submarinos avança, apesar da crise

O site frances Mer et Marine publicou no mês passado uma matéria sobre a evolução do Programa de Submarinos (Prosub) da Marinha do Brasil, com transferência de tecnologia francesa do Naval Group (ex-DCNS). O autor fez elogios ao Complexo Naval de Itaguaí, chamando-o de “obra titânica e única no mundo”.
A matéria divulgou imagens mais recentes das obras na nova Base e Estaleiro em construção em Itaguaí, no Rio de Janeiro.O primeiro submarino convencional do Prosub (Programa de Desenvolvimento de Submarinos) da Marinha do Brasil será lançado em 2018. De acordo com a MB, os quatro submarinos convencionais já estão sendo construídos em paralelo.Os submarinos convencionais são do modelo S-BR baseados no projeto francês “Scorpene”, desenvolvido pelo Naval Group, parceiro da Marinha do Brasil no programa.
Os submarinos de propulsão convencional S-BR serão maiores que os modelos Scorpene adquiridos pelas Marinhas do Chile, Malásia e Índia. A versão brasileira deslocará 2.200 toneladas em imersão e terá um comprimento de 75m, com boca de 6,2m. Será armada com seis tubos lança-torpedos de 21 polegadas para até 18 torpedos F21 e/ou mísseis SM-39 SubExocet e minas submarinas. Também será equipada com dois periscópios, um deles tradicional e outro do tipo optrônico, capaz de enviar imagens diretamente para os MFCC.A classe Scorpene foi desenvolvida conjuntamente pela DCNS francesa (que no início do projeto ainda era denominada DCN) e pela Navantia espanhola, sendo agora responsabilidade única do atual Naval Group.
É um submarino de ataque diesel-elétrico que pode ser equipado adicionalmente com o sistema de propulsão independente da atmosfera (AIP – Air Independent Propulsion) francês MESMA (Module d’Energie Sous-Marine Autonome), que emprega etanol e oxigênio para mover uma turbina a vapor.
O Brasil optou por não instalar o MESMA e, na seção adicional que este ocuparia, aumentou o espaço para combustível, alimentos e beliches adicionais, posicionados agora longitudinalmente (no projeto original francês, ficam na transversal).O Scorpene tem um casco hidrodinâmico construído com aço HLES 80, derivado do que é usado nos atuais submarinos nucleares franceses, porém mais compacto. Algumas tecnologias usadas nas classes “Amethyste” e “Le Triomphant” (nucleares), como o sistema SUBTICS, também são empregadas no Scorpene.
O primeiro comprador foi o Chile, que no final dos anos 1990 encomendou duas unidades para substituir seus dois submarinos classe “Oberon”. Depois foi a vez da Malásia, que adquiriu duas unidades, incorporadas em 2009. A Índia foi o terceiro comprador, assinando em 2005 um contrato para seis unidades, que estão sendo construídas localmente com transferência de tecnologia.
O SBR-1 Riachuelo (S40) será o primeiro submarino da nova classe, e será seguido pelos submarino SBR-2 Humaitá (S41), SBR-3 Tonelero (S42) e SBR-4 Angostura (S43).
  • SBR-1 – Previsão de Lançamento: Julho de 2018
  • SBR-2 – Previsão de Lançamento: Setembro 2020
  • SBR-3 – Previsão de Lançamento: Dezembro de 2021
  • SBR-4 – Previsão de Lançamento: Dezembro 2022
Após esses quatro primeiros exemplares, a Marinha pretende manter uma cadência de construção de novas unidades, podendo chegar a um total de 15 submarinos S-BR  ao longo dos próximos 30 anos.Projeto SN-BR
Além dos submarinos convencionais, a França também está apoiando o projeto do primeiro submarino nuclear brasileiro, que deverá ter muitos sistemas comuns aos do S-BR. O diâmetro de 6,2m do casco do S-BR é insuficiente para receber o reator nuclear brasileiro, por isso um casco de diâmetro maior foi adotado no SN-BR, mas no aspecto geral o submarino nuclear será semelhante ao Scorpene (ver imagem acima).
O submarino nuclear brasileiro SN-BR deverá ser equipado com um reator nuclear PWR desenvolvido pelo Centro Experimental de Aramar (CEA) em Iperó-SP, região de Sorocaba.O protótipo do reator está sendo instalado no Laboratório de geração de Energia Nucleo-Elétrica (Labgene) e será a primeira planta com um reator nuclear de alta potência totalmente construída no Brasil. Conceitualmente, é um protótipo com capacidade de geração de 48MW térmicos ou 11 megawatts elétricos (MWe).
Depois dos testes de funcionamento e eventuais correções, uma segunda planta será construída para equipar o SN-BR.

Exército Brasileiro adia projeto do Guarani 8×8

O projeto do Exército Brasileiro para desenvolver localmente uma versão 8×8 do blindado Guarani foi adiado devido a restrições orçamentárias, disse ao Jane’s um funcionário próximo ao projeto. O projeto 8×8 pode prosseguir em um momento posterior, mas não está claro quando, acrescentou a fonte.As negociações para pesquisa e desenvolvimento do chassi foram realizadas entre a direção de fabricação do Exército e Iveco, mas nenhum contrato foi assinado.
O chamado projeto VBR-MR (Viatura Blindada de Reconhecimento-Média de Rodas) faz parte do Programa Estratégico do Exército Guarani (Pg EE Guarani), que também inclui 4×4 e 6x6s, estações de armas remotas e tripuladas, sistemas de comando e controle , simuladores e muito mais.