terça-feira, 1 de agosto de 2017
MISSILEX 2017: afundamento da ex-fragata ‘Bosísio’
A Operação MISSILEX 2017, realizada no período de 24 a 28 de julho, ao sul da Ilha de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, foi marcada pelo ineditismo de alguns procedimentos de combate. Foram cinco dias consecutivos de exercícios no mar, de caráter estritamente militar, concernentes às tarefas do Poder Naval, empregando mísseis, torpedos, bombas, canhões e metralhadoras. A missão teve como propósito incrementar o aprestamento das unidades da Esquadra e afundar o casco da Ex-Fragata Bosísio.
Durante a operação, no dia 25, foi realizado o lançamento do Míssil Ar-Superfície Penguim pela aeronave SH-16. Pela primeira vez, a aeronave foi armada com esse míssil a bordo de um navio da Esquadra, o Navio Doca Multipropósito Bahia. Na sequência, a Fragata Rademaker lançou o Míssil Superfície-Superfície Exocet MM40. De forma inédita, uma Fragata da Classe Greenhalgh realizou o disparo de forma integrada ao seu sistema de armas.
Mesmo antes do lançamento de bombas pelas aeronaves de Interceptação e Ataque (AF-1), os primeiros sinais de afundamento do casco da Ex-Fragata Bosísio já eram observados. As oito bombas de 230Kg aumentaram a tendência de afundamento. Com o navio bastante adernado, as Fragatas Liberal e Independência atiraram com seus canhões de 4.5 polegadas e os impactos agravaram criticamente a situação, levando o casco ao fundo.
Ainda no mesmo dia, na parte da tarde, a Fragata Liberal lançou pela primeira vez, o Míssil Aspide sobre drone e atirou, juntamente com a Fragata Independência, com canhão de 4.5 polegadas sobre este alvo.
Os tiros de canhões ainda continuaram na manhã do dia 27, quando os navios testaram o pronto emprego dos seus armamentos sobre o alvo Killer Tomato, de superfície, e o alvo aéreo derivante. O término da missão, no dia 28, foi coroado com o lançamento do torpedo MK46 pela aeronave SH-16.
FONTE: Marinha do Brasil
segunda-feira, 31 de julho de 2017
Noruega revela primeiro navio de carga não tripulado (VÍDEO
O mundo está louco por drones e robôs, mas a Noruega está na vanguarda, construindo navios de carga não tripulados que também terão emissões zero graças a motores elétricos.
Yara Birkeland é o nome do novo navio cargueiro porta-contêineres robótico que está sendo construído na Noruega por duas empresas. Segundo as previsões, o navio cargueiro eléctrico para transporte marítimo de curta distância será posto em funcionamento em 2018. No início, uma tripulação ainda estará presente no navio, mas em 2020 o navio passará para funcionamento autônomo (caso obtenha as autorizações necessárias).
Este navio moderno, que custa 25 milhões de dólares, é um projeto conjunto da empresa de fertilizantes Yara com a empresa Kongsberg Gruppen, especializada em alta tecnologia. Embora o navio seja três vezes mais caro que um navio de carga tradicional do mesmo tamanho, os custos operacionais serão reduzidos em 90 por cento, porque o navio elétrico não precisa de tripulação nem de combustível.
Acreditamos que isso [o navio elétrico] é o futuro. Achamos que isso pode ser muito importante", disse a representante da Yara, Kristin Nordal, ao jornal norueguês Aftenposten. De acordo com Nordal, a empresa planeja reduzir as emissões e tornar a produção o mais amiga do ambiente possível.
Espera-se que o chamado "Tesla dos mares", seja tripulado a partir de um centro de controle a bordo durante as primeiras viagens e depois seja controlado de forma autônoma via GPS. As possíveis colisões serão evitadas usando uma combinação de sensores.
O Yara Birkeland circulará ao longo da costa norueguesa entre a fábrica da Yara e um porto maior, onde os contentores com fertilizantes serão carregados em navios de carga maiores para exportação.
Segundo o diretor executivo da Yara, hoje em dia a empresa transporta os contentores por terra e tem mais de uma centena de viagens de caminhão por dia. Usando o navio elétrico, a empresa conseguirá reduzir o ruído e poeira, melhorar a segurança rodoviária e cortar as emissões de óxido nitroso e dióxido de carbono.
De acordo com um representante da Yara, o Yara Birkeland é apenas o começo. A empresa planeja investir em navios não tripulados maiores e estabelecer rotas marítimas mais longas para os navios não tripulados, incluindo rotas transoceânicas.
Entretanto, a Noruega não é o único país que está investigando possibilidades de mercado para navios não tripulados. A empresa britânica Rolls-Royce Holding PLC planeja lançar navios robóticos em 2020, começando com rebocadores e balsas e, mais tarde, passar para navios de carga maiores que naveguem em águas internacionais.
domingo, 30 de julho de 2017
JBS pagou R$ 1,1 bilhão em subornos a Temer e outros políticos, diz revista
O frigorífico JBS pagou propinas de R$ 1,1 bilhão entre 2006 e 2017, incluindo ao presidente Michel Temer (PMDB) e vários dos seus aliados políticos, de acordo com reportagem publicada neste sábado pela revista Época.
De acordo com a publicação, a JBS, que integra o grupo J&F dos irmãos Joesley e Wesley Batista, entregou provas documentais aos investigadores como parte das delações premiadas dos executivos da companhia.
Os documentos comprovariam que a JBS pagou R$ 21,7 milhões “a pedido de Michel Temer para aliados políticos e amigos de campanhas eleitorais” e que o próprio presidente recebeu R$ 2,2 milhões em notas frias e R$ 9 milhões em doações oficiais, de acordo com Época.
A reportagem garante que o coronel João Baptista Lima, amigo de Temer, também havia recebido um pagamento de R$ 1 milhão em espécie, em setembro de 2014, que seria endereçado a Temer, segundo aponta a delação da JBS.
Outro montante de R$ 46,7 milhões em subornos teria sido repassado aos ministros Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia), Marcos Pereira (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Hélder Barbalho (Integração Nacional), Bruno Araújo (Cidades), e Fernando Coelho Filho (Minas e Energia).A lista de beneficiados por pagamentos da JBS ainda menciona governadores, senadores e deputados, entre eles o presidente do Senado Eunício Oliveira (PMDB-CE), de acordo com a revista.
A matéria ainda menciona que pagamentos foram feitos a políticos do PT – Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, e do PSDB – José Serra.
Em nota, Temer chamou a delação da JBS de “obra de ficção” e declarou, em nota, que “jamais ordenou […] o pagamento a quem quer que seja”. Os demais políticos citados também negaram todas as acusações feitas pelos executivos do frigorífico.
Os documentos publicados pela revista aparecem às vésperas da votação no plenário da Câmara dos Deputados do relatório que pode autorizar a aceitação de uma denúncia contra Temer pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Exército no Rio: militares tomam conta da paisagem carioca com operação de segurança
Os militares das Forças Armadas se misturaram à paisagem carioca após o decreto do presidente Michel Temer autorizando a operação do Exército para atuar nas ruas do Rio de Janeiro.
Confira as fotos do primeiro dia da atuação dos militares na cidade do Rio de Janeiro.
Nota ,,SNB
Caro leitor seria bom se este presidente fosse mesmo um patriota mais ele é mesmo um fanfarão transformando nossas forças ar marda em forças policiais ,tudo porque o estado esta falido, devido uma politica corrupta .. seu estiver errado que que me aponte meu erro
este e um grande erro destes presidente civil
que esta tirando a verdadeira doutrina militar
do exército brasileiro
esta e minha opinião
Dança com Raptores: saiba que vantagens têm Su-35 russos perante seus concorrentes
Os caças russos Su-35 estão sendo considerados como a maior ameaça para os aviões americanos F-22 Raptor e F-35 Lightning II. O colunista da Sputnik Andrei Kots comentou as razões por que o avião russo atrai a atenção e causa preocupação dos analistas estrangeiros.
A "rivalidade à distância" entre os Su-35 russos e os caças de 4ª geração ocidentais é um tema popular nos debates e artigos nas mídias especializadas americanas e russas — a própria Sputnik compartilhou em mais de uma ocasião a opinião de vários autores sobre o tema.
O "consenso geral" atual, expresso pelo analista militar Sebastien Roblin em um artigo para a edição The National Interest, consiste em que, embora os Su-35 russos representem o auge da tecnologia da 4ª geração e superem os outros aviões da sua classe e da sua época, não dá para saber se suas capacidades são suficientes para se defrontarem com os caças furtivos americanos, especialistas em ataques furtivos a partir de grandes distâncias.
O colunista da Sputnik Andrei Kots deu forma ao tema e estudou como se comparam as vantagens dos dois "rivais" ou, mais amplamente, pôs em foco as duas abordagens muito diferentes para com o combate aéreo.
Deste modo, a questão é a seguinte: qual é a estratégia mais adequada no moderno combate aéreo — o combate de proximidade ou de distância?
'Franco-atiradores' contra 'esgrimistas'
O foco central do debate é a elevada capacidade de manobra dos caças Su-30 e Su-35em comparação com a aposta dos F-22 nas tecnologias furtivas ("stealth" em inglês) e nas armas de longo alcance.
"Em linguagem metafórica, o F-22 americano é um 'franco-atirador' que deve se aproximar da zona do inimigo sem que este o detecte e atacá-lo à distância sem que se estabeleça um contato visual", explica o jornalista.
As aeronaves russas, por sua vez, são "esgrimistas" capazes de evitar os mísseis do oponente, encurtar rapidamente a distância e entrar em combate aéreo de proximidade, no qual "sua alta capacidade de manobra permite derrotar qualquer inimigo", esclareceu Kots.
As elogiadas capacidades furtivas dos F-22 e F-35 não garantem que seja "indetectável" no confronto a curta distância, sublinham tanto Kots como Roblin, dado que o Su-35 pode utilizar não só os seus próprios radares, mas também usar os dados fornecidos por radares muito mais potentes, sejam aéreos ou terrestres.
O combate aéreo moderno consiste em duas etapas", explicou à Sputnik Vladimir Popov, condecorado piloto militar russo e general de brigada.
"Na primeira fase, a aeronave detecta o inimigo a longa distância e lança um ataque com um míssil ar-ar de longo alcance. [Estes projéteis] são potentes, mas sem garantias de derrubar o adversário, sobretudo se este é dotado de equipamentos radioeletrônicos modernos de interferências deliberadas", pormenorizou.
Na segunda fase, os dois caças se aproximam um do outro e aí começa um combate de proximidade com o uso de mísseis de curto alcance e de canhões aéreos. Neste sentido, as vantagens da alta capacidade de manobra se demonstram na sua plenitude, comentou o piloto.
Para que servem os truques acrobáticos no céu?
Os motores russos com impulso vetorial omnidirecional são reconhecidos entre os melhores no mundo, permitindo aos pilotos manejar o avião como querem e realizar as manobras de pilotagem mais complexas com uma sensatez surpreendente, afirma Kots.
A pilotagem demonstrada nas feiras aeronáuticas não é apenas 'show'. Na realidade, são manobras de combate aéreo próximo ou 'dogfight", sublinha.
Por exemplo, a espetacular circulação "em suspensão", de fato, permite escanear rapidamente o espaço próximo com o radar localizado na parte frontal da aeronave, enquanto a conhecida cobra de Pugachev pode ser usada para confundir o perseguidor a curtas distâncias ou "desaparecer" dos radares baseados no efeito Doppler.
Felizmente, nunca houve uma ocasião que permitisse comparar as duas abordagens em um combate real, escreve Kots.
Não obstante, nas manobras conjuntas, os caças Su-30MKI exportados para a Índia, dotados de motores que permitem grande manobrabilidade, ultrapassaram os F-16 e F-15 americanos em 2005 e os aviões Eurofighter Typhoon britânicos em 2015.
De acordo com Popov, as vitórias dos pilotos indianos se devem ao fato dos seus oponentes não esperarem táticas de combate pouco convencionais oferecidas pela alta capacidade de manobra dos caças russos. É uma coisa perante a qual, de fato, não sabem como reagir.
Todos os caças russos modernos possuem elevada capacidade de manobra: o Su-30SM, o Su-35 e o MiG-35, assim como os protótipos do caça de 5ª geração, o T-50, que atualmente está dotado do mesmo motor que os Su-35.
Caça furtivo F-35 experimenta selva, tempestades de gelo e temperaturas extremas
Os engenheiros aproveitaram a oportunidade para efetuar a prova final deste equipamento militar em umas das condições climáticas mais duras do mundo.
O local dos testes é conhecido como laboratório McKinley e se encontra na base aérea de Eglin, sendo capaz de simular qualquer condição climática, desde nevadas incessantes e frio ártico até a humidade da selva tropical.
O local dos testes é conhecido como laboratório McKinley e se encontra na base aérea de Eglin, sendo capaz de simular qualquer condição climática, desde nevadas incessantes e frio ártico até a humidade da selva tropical.
Estas provas são necessárias para saber como os aviões de combate, os caminhões e outros veículos reagem às diferentes condições naturais
Recentemente, o laboratório submeteu a provas o avião de decolagem e aterrisagem vertical F-35B da empresa Lockheed Martin, informou o portal Popular Science.
As condições incluíram temperaturas de 40 graus negativos e tempestades de gelo simuladas.
As condições incluíram temperaturas de 40 graus negativos e tempestades de gelo simuladas.
Centenas de parâmetros do sistema do F-35B foram testados através de dezenas de cenários de mau tempo. Os engenheiros examinaram o combustível (que se se torna pegajoso com as baixas temperaturas), assegurando-se de que este seria capaz de continuar a abastecer motor nas condições de frio extremo.
ambém provaram a tela do piloto para que não se derreta com 120 graus de calor e ainda permita que seu operador bloqueie um alvo inimigo a 160 km de distância.
A instalação começou a operar em 1947 e desde então se ampliou para incluir 10 câmeras, além de um hangar principal. Atualmente, no local há salas de provas de temperatura e humidade, sal e vento, chuva, pólvora, clima de deserto, trópicos e selva.
No laboratório McKinley foram testados "praticamente todos os aviões do mundo ocidental", afirmou Billie Flynn, piloto de provas para o avião F-35.
sexta-feira, 28 de julho de 2017
O que faz Pentágono mudar sua doutrina nuclear?
O novo conceito busca fortalecer as capacidades do exército norte-americano, enquanto entre as principais ameaças figura o programa nuclear da Coreia do Norte.
Até finais de 2017, as Forças Armadas dos EUA vão preparar uma nova versão da doutrina nuclear, comunicou o chefe do Comando Estratégico dos EUA (Stratcom), John Hyten.
egundo explicou anteriormente a porta-voz do Pentágono, Dana White, o novo conceito busca fortalecer as capacidades do Exército dos EUA em relação à defesa antimíssil.
Por isso, de acordo com White, uma das prioridades do Departamento de Defesa dos EUA é proteger o país da ameaça de um ataque balístico, ressalta a colunista Nadezhda Alekseeva no seu artigo para o RT.
Além disso, os militares americanos continuam se debruçando sobre a chamada Revisão da Posição Nuclear (NPR, na sua sigla em inglês) que terá em conta todos os novos desafios.
Entre outras ameaças, a nova doutrina menciona o programa nuclear da Coreia do Norte, de acordo com o exército americano.
Mudança de conceito estratégico
Ao longo das décadas que passaram desde o fim da Guerra Fria, o conceito estratégico das forças nucleares americanas já mudou três vezes. Na variante de 1994, o colapso da URSS desempenhou um papel importante. Aquele documento estabeleceu um rumo para reduzir a importância das armas nucleares com o fim de garantir a segurança nacional dos EUA.
A versão seguinte foi adotada em 2002 pela administração de George W. Bush, quando os EUA se retiraram de modo unilateral do Tratado sobre Mísseis Antibalísticos (Tratado ABM) que limitava o número destes mísseis.
A atual versão do documento foi adotada em 2010, no âmbito de um "reset" nas relações russo-americanas. O então presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou que os EUA tinham a intenção de tomar a iniciativa na luta contra a proliferação de armas nucleares. Porém, ao mesmo tempo o presidente rechaçou categoricamente a ideia de desmantelar os sistemas de defesa antimíssil na Europa. Supostamente, este processo teria sido obstaculizado pelo programa nuclear iraniano.Desde aquele momento, o Pentágono se focou no desenvolvimento das armas não nucleares, principalmente dos mísseis de cruzeiro, assim como na sua defesa antimíssil.
"Anteriormente, os EUA estavam focados na dissuasão nuclear, mas agora prestam cada vez mais atenção ao desenvolvimento das forças estratégicas não nucleares. Os EUA entendem que serão destruídos em caso de uma guerra nuclear com a Rússia, por isso tentam aplicar suas vantagens tecnológicas na esfera não nuclear", explicou ao RT o editor-chefe da revista Arsenal Otechestva, Viktor Murakhovsky.
À frente de todos'
Contudo, Donald Trump, ao assumir a presidência norte-americana, deixou claro que tem a intenção de alcançar a supremacia dos EUA no âmbito nuclear. Enquanto outros países produzirem armas nucleares, os EUA devem estar "à frente de todos", insistiu Trump.
A versão atual da estratégia nuclear do Pentágono pressupõe o uso de armas nucleares para proteger "os interesses vitais dos EUA e seus aliados". Mikhail Ulianov, diretor do Departamento de Não Proliferação e Controle de Armas da chancelaria russa, comentou ao RT que tal formulação implica um número muito maior de cenários possíveis para o uso de armas nucleares do que o conceito russo.
"Certas mudanças se realizarão em relação às medidas para neutralizar a Rússia, que hoje em dia é o único verdadeiro inimigo potencial dos EUA", afirmou ao RT o copresidente da Associação de Cientistas Políticos e Militares da Rússia, Sergei Melkov, e indicou que o que preocupa os EUA na realidade "não é apenas a possibilidade de uma confrontação direta com Moscou, mas as intenções da Rússia para levar a cabo uma política independente".
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