quinta-feira, 13 de abril de 2017

Saiba em que fase está o SISFRON

19 de abril, Dia do Exército

multimissão EMBRAER KC-390

Pedro Paulo Rezende
Fotos Lucas Lacaz Ruiz
A ênfase nos detalhes é a melhor característica da aeronave de transporte multimissão EMBRAER KC-390. O projeto inclui uma série de itens que tornarão a vida do usuário mais fácil, permitindo maior precisão nos lançamentos de carga e pessoal e facilitando as operações de embarque. Outro ponto visível é a extrema robustez da célula.

Durante a LAAD 2017, integrantes da imprensa tiveram acesso ao mais ambicioso projeto da indústria aeronáutica nacional. Estacionado no Campo dos Afonsos, marco histórico da aviação de combate brasileira, o KC-390 estava próximo a um Lockheed C-130H que integra o acervo do Museu Aeroespacial (MUSAL). O contraste era evidente. O avião norte-americano, conhecido pela robustez, parecia mirrado e frágil diante do produto brasileiro.

Concebido a partir de requisitos da Força Aérea Brasileira, o KC-390 veio para preencher um nicho vazio no mercado. Ele se insere entre o Airbus Group A-400M e o Antonov An-178 e supera em todos os aspectos o C-130J, a mais nova versão do veterano da LockheedMartin o Hercules C-130 (com mais de 50 anos desde o seu primeiro voo). Potencialmente, disputa um mercado com mais de 1 mil unidades de aviões em processo de obsolescência, como o Antonov An-12, Hercules e outras aeronaves.

Ele carrega 26 toneladas (no centro de gravidade), contra 37 toneladas do avião europeu e 18 toneladas da proposta ucraniana e 20 toneladas no Hércules C-130J. Durante sua concepção, buscou-se imprimir o máximo de simplicidade com o uso de soluções já testadas. Esta foi a principal razão para a escolha do motor International Aero Engines (IAE) V-2500, empregado em vários modelos da aviação civil, entre eles o Airbus A320, em lugar de um complexo motor propfan, como o TP-400 usado no A-400, que necessita de 20 computadores para gerenciar todos os seus parâmetros de uso.

O volume interno também impressiona, facilitando o embarque de cargas pesadas, como os lança-foguetes ASTROS 2020, da AVIBRAS. No Hercules C-130 H, da FAB a viatura lançadora de foguetes precisa ser desmontada. O KC-390 permite que a viatura seja transportada completa pronta para emprego operacional. A importância desta capacidade transcende ao mero transporte tornando o ASTROS 2020 um vetor estratégico.

Também transporta viaturas blindadas de oito rodas (o avião foi projetado para receber um blindado tipo o alemão Boxer 8x8, de 26 toneladas).

Para minimizar a ingestão de objetos (FOD), os motores estão localizados a mais de dois metros de altura e adiante do trem de pouso. A concorrência alega que a escolha de um turbofan foi arriscada, mas outros aviões, como o Antonov An-74, já empregaram configuração semelhante com sucesso em ambientes agressivos, como pistas não preparadas e sobre neve.
Aliás, o avião já cumpriu quase todas as fases do processo de homologação com sucesso, excetuando missões na Amazônia e na neve (o KC-390 será empregado em apoio à Base Comandante Ferraz na Antártida) e o reabastecimento de helicópteros.

Já foram realizados contatos secos (sem transferência de combustível) com caças F-5EM.

O emprego do Boeing C-17 Globemaster III americano pousando em pistas semipreparadas, nas campanhas do Iraque e Afeganistão, validou o emprego do turbofan no KC-390.  

Gestão de carga facilitada

O cuidado aos detalhes começa nos métodos de carregamento. O sistema de piso usa módulos reversíveis. De um lado é plano e serve para receber veículos e homens.
 
Do outro, há roletes que facilitam o recebimento de paletes. O sistema funciona por encaixe e pode ser modificado em questão de segundos pelo operador. Mal comparando, é como uma peça de lego gigante.

No piso, há dois tipos de presilha. Os externos servem para a fixação de cargas leves. Os internos, mais fortes, para segurar veículos. Isto facilita o gerenciamento no momento de lançamento e descargas a baixa altitude. O mestre de carga está localizado no cockpit, logo atrás da posição do copiloto.

Ele dispõe de um computador de bordo equipado com um sistema que facilita a disposição do lançamento. O software analisa a velocidade e a altitude do aparelho, o peso da carga e a posição geográfica (por meio de GPS) e fornece a solução mais adequada para um lançamento preciso. O mesmo sistema também serve para gerenciar o reabastecimento em voo de aviões de combate e helicópteros, facilitando o trabalho da tripulação.

O Cockpit de Alta Tecnologia

A EMBRAER Defesa & Segurança fez uma aposta de alto risco em adotar sistemas aviônicos avançados e controles de voo de última geração.  

Ao contrário dos outros aviões da categoria, o KC-390 emprega sidesticks similares aos usados em aviões da Airbus e nos caças F-16. Que acionam sistemas de atuadores elétricos. A aviônica é praticamente igual à utilizada no Boeing 787 Dreamliner. Esta característica facilita a adaptação de tripulações de países como os Estados Unidos e a Suécia, onde é comum o serviço temporário de pilotos civis que integram a reserva da força aérea ou a Guarda Nacional.

Junto à porta de acesso lateral há mais um item que prova o cuidado dos projetistas da EMBRAER no desenvolvimento do KC-390: defletores são acionados automaticamente quando ela é aberta, diminuindo o fluxo de ar dirigido contra o paraquedista, facilitando sua saída durante o salto. Foram realizados testes de lançamento de carga e de paraquedistas, na Base Aérea de Campo Grande.
Nas laterais da rampa, também há paredes que diminuem a turbulência nos lançamentos de carga. Por último, um conforto adicional exclusivo do avião brasileiro: um lavatório igual ao empregado na aviação comercial. Localizado logo atrás do cockpit, fornece privacidade aos tripulantes e paraquedistas em missão (no Hercules C-130 é aberto e não faz parte dos equipamentos padronizados de fábrica).
A primeira aeronave KC-390 para a Força Aérea Brasileia já está em produção nas instalações da EMBRAER Defesa & Segurança, em Gavião Peixoto (SP). Deverá ser entregue à FAB no segundo semestre de 2018.

Conheça a MOP, mais pesada que a MOAB (Mãe de Todas as Bombas)

O bombardeiro Stealth B-2 Spirit é a única aeronave no inventário da Força Aérea dos Estados Unidos capaz de transportar e liberar a bomba mais pesada dos EUA, a GBU-57 Massive Ordnance Penetrator (MOP) de 30.000 libras (13.620 kg). Ela também chegou a ser testada no B-52.
A pesada GBU-57 é uma bomba guiada por GPS de 6,1 metros de comprimento que dizem ser capaz de penetrar 61 metros de concreto antes de explodir, podendo assim atingir e destruir alvos profundamente enterrados, como bunkers no Irã, Síria ou Coréia do Norte etc.
Não há muitas imagens mostrando a GBU-57 e ainda menos mostrando um modelo da MOP ao lado de sua plataforma pretendida. É por isso que a imagem do post, feita por Jim Mumaw em 2013, é extremamente interessante e rara.
FONTE: theaviationist.com

Projeto preliminar do submarino nuclear brasileiro é concluído com sucesso

O Projeto Preliminar do Submarino com Propulsão Nuclear Brasileiro (SN-BR) foi concluído, com sucesso, em janeiro deste ano.
O Projeto está sendo conduzido pelo Corpo Técnico de Projeto (CTP), no Escritório Técnico de Projetos (ETP) da Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN), localizado nas dependências do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), subordinados à Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha. Na parceria com a França, a Empresa francesa “DCNS” tem, como uma das atribuições contratuais, a Transferência de Tecnologia (ToT), em Projeto de Submarinos, exceto ao que se refere à planta de propulsão nuclear, cuja responsabilidade é, exclusivamente, da Marinha do Brasil.
Ressalta-se que, no escopo da ToT, a DCNS transfere know how quanto ao Projeto de Submarinos, além de prover Assistência Técnica, Suporte e Capacitação ao CTP, por meio de treinamento e transferência de documentação técnica de referência.O CTP conta, hoje, com, aproximadamente, 200 integrantes, entre militares (Oficiais e Praças) e Funcionários Civis da Empresa “Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.” (AMAZUL), nos níveis de ensino superior e médio, dos quais 59 receberam treinamento em Projeto de Submarinos e Apoio Logístico Integrado (ALI), tanto na França, quanto no Brasil.
A conclusão do Projeto Preliminar foi validada pela DCNS e os seus resultados demonstraram a viabilidade e a exequibilidade do Projeto Final do SN-BR. O sucesso evidenciado ao término dessa Fase traduz um importante marco para a Marinha, transmitindo a confiança necessária para o prosseguimento das Fases subsequentes, quais sejam: detalhamento e construção do SN-BR.
FONTE: MB

NASA anuncia que lua de Saturno pode abrigar vida

Nova pesquisa da NASA indica que a lua Encélado de Saturno pode abrigar vida microbiana. Detalhes de novas descobertas sobre mundos oceânicos em nosso sistema solar estão sendo anunciados ao vivo pela agência.

Cientistas da NASA detectaram hidrogênio de fontes hidrotermais em plumas de gelo da lua de Saturno, Encélado em condições que, segundo eles, poderiam ter levado à ascensão da vida na Terra.
A descoberta faz de Encélado o único lugar além da Terra, onde os cientistas encontraram evidências diretas de uma possível fonte de energia para a vida, de acordo com os resultados publicados na Science.

Encélado é um local fértil para pesquisas por vida extraterrestre desde 2005, quando a sonda Cassini descobriu plumas ricas em água ao sul do satélite. Desde então, muito se especulou sobre a origem da água, supostamente de um mar líquido subterrâneo.
As revelações se concentram em torno de descobertas da nave Cassini da agência e do Telescópio Espacial Hubble.
Chris Glein, associado da Cassini INMS no Southwest Research Institute (SwRI), disse durante a entrevista coletiva que eles acreditam que o hidrogênio é produzido por uma reação química entre água quente e rochas.
A equipe diz que a lua tem as fontes necessárias para a vida, mas o que precisa ser estabelecido é se houve tempo o suficiente para evoluí-la.
Hubble
Ao mesmo tempo, o telescópio Hubble capturou mais evidências de plumas à base de água na lua gelada de Júpiter, Europa. A NASA disse que um candidato de pluma semelhante foi capturado no mesmo local em 2014 e 2016. As plumas também correspondem a uma região relativamente quente na superfície de Europa observada pela espaçonave Galileo.
A próxima missão da NASA na região — prevista para lançamento em 2020 — continuará a busca de vida além da Terra e estudará a Encélado com equipamentos mais avançados.

Rússia desenvolve nova arma de precisão para o exército

O mais recente fuzil de precisão obteve o nome de “Toschnost” (Precisão) e vai ser entregue ao exército após 2020, comunicou aos jornalistas o diretor do Instituto Central de Investigação Científica de Engenharia de Precisão (TSNIITOCHMASH na sigla russa), Dmitry Semizorov.

As exigências do Ministério da Defesa são mais rigorosas – não devem ser utilizados quaisquer componentes estrangeiros. O equipamento está sendo desenvolvido para que, em 2020, este sistema tenha 100% de componentes nacionais e possa entrar ao serviço do Ministério da Defesa", comunicou Semizorov. 
Ele acrescentou que a empresa deverá substituir as munições e os elementos microeletrônicos utilizados nos anteriores modelos. 
O chefe do TSNIITOCHMASH acrescentou que em 2017 o primeiro lote vai ser fornecida para o Serviço de Guarda Federal. 
O fuzil "Toschnost" poderá utilizar dois tipos de munições: balas comuns e perfurantes. Ele está sendo elaborado com base no T-5000, mas foi feito um total de 210 alterações. 

Inovação técnico-militar: o segredo dos futuros submarinos russos silenciosos

A Tekhmash vai dotar os submarinos nucleares e de motores diesel com equipamento especial que os tornará praticamente silenciosos, comunica o serviço de imprensa da empresa.

A fábrica Tekhmash da corporação estatal Rostec recebeu encomendas para a produção de coberturas especiais para os próximos 5 anos. As placas hidroacústicas produzidas pela União de Produção Chapaev são capazes de tornar os submarinos furtivos", diz o comunicado. 
O programa estatal de desenvolvimento da frota submarina prevê o fornecimento deste tipo de placas para os submarinos da classe Borei e Yasen bem como para os submarinos do tipo Varshavyanka. 
A Tekhmash recebeu encomendas para a produção de coberturas especiais para os próximos 5 anos
Segundo comunicou o diretor-geral da União de Produção Chapaev, Aleksandr Livshits, a sua empresa conseguiu criar uma cobertura especial que absorve o ruído das várias frequências em diferentes profundidades, dificultando o processo de detecção do submarino. 

O 'extravagante' lançador de mísseis russo: a nova obsessão da imprensa norte-americana

No caso de um conflito armado, os inimigos da Rússia terão que lidar com seus poderosos lançadores de mísseis, disse Kyle Mizokami no seu artigo para a revista The National Interest.

Segundo o especialista, os projéteis dos sistemas de mísseis russos, que têm sido utilizados por Moscou desde os tempos de Stalin, "voam em direção ao alvo com um uivo de arrepiar".
O primeiro míssil soviético ar-ar não dirigido, o RS-132, foi projetado nos tempos da URSS em 1931, mas, infelizmente, não tinha precisão suficiente. No entanto, em 1938, os engenheiros soviéticos criaram um novo sistema de mísseis BM-13 para o veículo não blindado ZIS-6. Este lançador de foguetes era capaz de lançar 24 mísseis explosivos M-13 de 132 mm a uma distância de até 8,7 km, além de realizar ataques maciços. No entanto, o BM-13 se revelou ineficaz na luta contra alvos isolados, além disso, o processo de recarga desta arma durava quase uma hora.
Mais tarde, na era da Guerra Fria, a União Soviética se armou com sistemas de artilharia Grad, consistindo de 40 canhões de 122 mm de calibre cada, instalados no caminhão Ural-375D. Estes lançadores, também adquiridos pelos países aliados da URSS, provaram ser mais eficientes e precisos graças à forma única de seus canhões, que proporcionava a rotação dos mísseis voadores e também tinham um alcance de mais de 20 km e munições mais inovadoras e poderosas.
Na década de 60, a URSS começou desenvolvendo lançadores múltiplos de foguetes ainda mais impressionantes. Assim, o sistema Uragan, projetado para o caminhão ZIL-135, consiste de 16 canhões de 200 mm e tem um alcance de mais de 33 km. Esta arma poderosa não só é compatível com mísseis tradicionais, mas também com os mísseis antitanque e antipessoal, assim como com ogivas termobáricas.
Outro lançador múltiplo de foguetes soviético, chamado Smerch, é capaz de lançar 12 mísseis de calibre 300 mm a uma distância de mais de 90 quilômetros. Além disso, pode lançar drones.
O autor do artigo também salienta que a Rússia tem em seu arsenal vários sistemas de fogo pesado TOS-1A, capazes de lançar 24 mísseis de 220 mm cada. De acordo com Mizokami, esta arma pode "acabar com toda a vida" em um raio de cerca de 300 metros com apenas um tiro. Na Rússia, os sistemas TOS, na verdade, substituíram os lança-chamas e são especialmente eficazes quando utilizados com munições termobáricas.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

MUITO BOM ESTE ANTI VÍRUS

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sábado, 8 de abril de 2017

Brasil quer testar nos próximos anos velocidade hipersônica em voo

Está previsto para iniciar em 2020 o teste em voo com o demonstrador tecnológico 14-X, protótipo usado pelo Instituto de Estudos Avançados (IEAV), em São José dos Campos (SP), para desenvolver estudos de um motor que possa atingir velocidades de 12 mil km por hora ou 3 km por segundo. Uma velocidade dez vezes mais rápida que o som.
“Queremos hoje sair do nível laboratorial e dar o grande salto que é para o nível de qualificação em voo dessas tecnologias”, afirma Israel Rêgo, gerente do Laboratório de Aerotermodinâmica e Hipersônica do IEAV. No local está instalado o maior túnel de vento (T3) da América Latina, onde são realizados os testes. Os registros são feitos com uma câmera de alta velocidade.
A tecnologia de propulsão hipersônica aspirada, que utiliza o ar atmosférico para a combustão, está entre os projetos apresentados pela Força Aérea Brasileira (FAB) na maior feira de segurança e defesa da América Latina. A tecnologia é nova e está em desenvolvimento por países como Estados Unidos e Austrália.
O objetivo é projetar, construir e ensaiar em solo e em voo duas tecnologias: a de uma aeronave – em 
que é estudado o efeito waverider ou de sustentação hipersônica que permite voar na atmosfera – e a de um motor hipersônico – conhecido na comunidade científica comoscramjet, capaz de fazer voar a aeronave.
De acordo com o pesquisador, o projeto é estratégico para a FAB, pois pode revolucionar a propulsão de veículos espaciais. “O projeto Prohiper irá, dentro de 10 anos, oferecer à Força Aérea Brasileira um produto de defesa que permita realizar voos rumo ao espaço de maneira mais barata e levando mais carga útil”, analisa o pesquisador.
“O grande desafio com relação ao motor é conseguir demonstrar a operacionalidade da combustão hipersônica que é a fonte de energia para realização do voo”, complementa.
Como funciona - Um dos pesquisadores do projeto, o engenheiro aeroespacial Tenente Norton Assis, explica que o motor-foguete convencional tem de levar no seu interior tanto o combustível (álcool, hidrogênio ou querosene) quanto o oxidante (geralmente o oxigênio).
Já o princípio de ação da combustão hipersônica utiliza o próprio ar como oxidante para a queima do combustível. A principal vantagem é que um motor aspirado precisa levar no interior apenas o combustível.
Estima-se que a nova tecnologia possa permitir cargas úteis com até 15% do peso da decolagem de veículos espaciais. Atualmente, são utilizados motores-foguete de múltiplos estágios não reutilizáveis, baseados em combustão química em que são necessários carregamentos de combustível e oxidante. Com essa configuração, o peso da carga útil, ou satélite, por exemplo, fica limitado a cerca de 5% do peso total do veículo lançador.
“O oxidante pode ser retirado do ar atmosférico, como um carro”, compara o engenheiro. “Isso reduz o peso total do veículo que será lançado e faz com que a carga útil possa ser mais pesada. Uma vez que ele não leva o oxidante no interior, o veículo torna-se mais seguro e essa redução de peso agrega mais eficiência”, ressalta.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Conheça as capacidades do escudo antimíssil da Rússia

Há exatamente 50 anos, o Estado-Maior das Forças Armadas da União Soviética publicou uma diretiva sobre a criação das Forças de Defesa de Mísseis e do Espaço

A nova estrutura juntou todas as unidades de defesa antimíssil que existiam naquela altura. Essas forças deviam defender as instalações industriais e militares mais importantes da União Soviética de um potencial ataque com mísseis balísticos intercontinentais dos EUA.
No ano de 1967, os EUA tinham 32 mil ogivas nucleares, o que foi uma quantidade sem precedentes em toda a história da Guerra Fria. Os novos mísseis balísticos Minuteman-II, que surgiram naquela altura na América, tinham capacidade para romper qualquer sistema de defesa antimíssil.
Os esforços conjuntos de cientistas e construtores permitiram a criação do sistema de defesa antimíssil A-135, que até hoje permanece ativo e protegendo a capital da Rússia. Mas este sistema foi antecedido por décadas de trabalho difícil, de experimentos e de erros.
Os primeiros êxitos
As pesquisas ativas nesta área começaram em 1953, quando seis marechais da União Soviética enviaram um pedido ao Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética para criar no país sistemas de defesa antimíssil. Naquela altura, as autoridades soviéticas recebiam informações de agentes nos EUA sobre o desenvolvimento de mísseis balísticos norte-americanos, o que causava inquietação.
Já no dia 1 de fevereiro de 1956, a comunidade cientifica soviética apresentou dois projetos: um – do sistema zonal antimíssil Barier, elaborado pelo laboratório radiotécnico da Academia de Ciências da União Soviética sob direção de Aleksandr Mints, e outro – o Sistema-A do chefe da seção 31 do gabinete de projetos número 1, Grigory Kisunko. Foi precisamente o segundo projeto que foi realizado com êxito.
Em 17 de agosto do mesmo ano, foi publicada uma resolução sobre a criação de um sistema experimental de defesa antimíssil, e do campo de treinamento correspondente, no sudeste do Cazaquistão. Mais tarde, este campo recebeu o nome de polígono de Sary-Shagan (em homenagem à cidade mais próxima). Os militares russos têm usado este campo até hoje.
Em teoria, todo o projeto era simples e bonito, mas na prática os primeiros lançamentos fracassaram – os computadores não eram capazes de efetuar o cálculo da trajetória dos mísseis. Apenas em 4 de março de 1961 um míssil realizou a intercepção de outro. Isto foi o primeiro caso semelhante no mundo.
A tecnologia elaborada no projeto do Sistema-A foi usada na instalação do sistema de defesa antimíssil A-35 instalado em torno de Moscou em 1 de setembro de 1971. O A-35 naquela altura era capaz de defender uma área de 400 km quadrados.
O mecanismo de defesa
O sistema baseado num novo princípio A-135 Amur entrou em serviço em 1990, depois foi muitas vezes modernizado e está ativa até este momento.
O especialista militar Mikhail Khodarenok explicou à Sputnik que a modernização do A-135 estava ligada principalmente à diminuição do seu tamanho. Anteriormente, os aparelhos do sistema ocupavam uma grande sala, mas agora a sala está quase vazia.
O sistema pode detectar um míssil balístico intercontinental já a uma distância de 3.700 km e transferir a informação para um computador central, que analisa os dados e dá ordens aos sistemas de lançamento.
"A particularidade do A-135 é que o sistema é completamente automático", explicou Khodarenok, dizendo que mesmo um homem com uma reação muito rápida não pode fazer nada em caso de ataque.
A capacidade de manobrar
O sistema А-135 é complexo e eficaz, mas também se pode tornar obsoleto. Mas um novo sistema que o pode substituir já está realizando testes.
"No futuro, o sistema A-135 será substituído pelo A-235 Nudol. Mas a maioria das informações sobre a questão são segredo militar […] Foi mesmo comunicado que o sistema será capaz de abater satélites em órbita", disse Mikhail Khodarenok.
Segundo o vice-ministro da Defesa da Rússia, o primeiro protótipo do sistema A-235 será produzido até 2020.
Agora apenas o sistema russo S-400 é capaz de lidar com mísseis balísticos intercontinentais. O vice-ministro da Defesa da Rússia disse que o S-500 terá vantagens sobre o seu antecessor e o análogo americano Patriot PAC-3.

Analistas: Por trás dos mísseis americanos, a tentativa de derrubar Bashar Assad

Os ataques americanos à base militar síria de Shayrat, na província de Homs, na madrugada de sexta-feira, foi interpretada por analistas políticos como uma clara tentativa de remover Bashar Assad da Presidência da República Árabe da Síria.

Sob a alegação de que Assad seria o responsável pelo lançamento de armas químicas contra a população da cidade de Khan Shaykhun, em Idlib, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou o ataque contra a base aérea, argumentando que o líder sírio "precisava ser contido".
Assim, 59 mísseis Tomahawk foram lançados de dois navios posicionados em águas internacionais do mar Mediterrâneo. Segundo as autoridades sírias, apenas 23 desses mísseis atingiram os alvos, matando 10 pessoas e destruindo aviões militares, hangares e boa parte da infraestrutura.
Bashar Assad negou qualquer responsabilidade pelo uso das armas químicas e atribuiu aquele ataque a seus inimigos, que compõem os grupos de oposição a seu Governo.
A Rússia, por sua vez, defendeu o líder sírio, dizendo que ainda é muito cedo para definição de responsabilidades. Além disso, considerou inaceitável a agressão a um país soberano.
Analistas ouvidos por Sputnik Brasil disseram que a mensagem de Donald Trump foi muito clara, deixando entrever que o objetivo dos Estados Unidos é remover Bashar Assad da Presidência da República Árabe da Síria.
Diego Pautasso, professor de Relações Internacionais da Unisinos, Universidade do Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul, declara sobre os ataques:
Nós estamos vendo mais do mesmo desde que, logo após a Primavera Árabe, o Ocidente decidiu apoiar os rebeldes com o intuito de derrubar o Governo de Bashar Assad", diz Pautasso. "De lá para cá, todos os movimentos dos Estados Unidos e seus aliados da Europa e do Oriente Médio têm sido nesse sentido. E não é a primeira vez que eles buscam uma alegação de uso de armas químicas – isso aconteceu em 2013 e não foi provado. Depois, os Estados Unidos participaram de um movimento com a Rússia para desmobilizar o arsenal químico do Bashar Assad, e agora voltam a essa alegação que, curiosamente, foi a mesma alegação que os EUA utilizaram em 2003 para invadir o Iraque."
O Professor Diego Pautasso conclui:
Não é a primeira vez na história que os EUA usam um truque sujo, como se diz, a criação de fatos para legitimar intervenção. Dois principais exemplos históricos seriam em Cuba, em 1898, e, nos anos 1960, para ingressar na Guerra do Vietnã."
Por sua vez, o Professor João Cláudio Pitillo, pesquisador do Núcleo das Américas na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), o ataque norte-americano à Síria poderá provocar o dano colateral do aprofundamento do conflito no país:
Qual é o intuito dos Estados Unidos em atacar uma base síria neste momento em que a guerra caminha para o fim e está evidente que as forças sírias, com a ajuda das forças russas, vão vencer e expulsar os terroristas?”, pergunta Pitillo. “Qual o interesse disso? Eu acho que está nítido para a comunidade internacional, para as pessoas que estão antenadas com o conflito sírio, para os pesquisadores, para as pessoas sérias, que este ataque não teve o caráter efetivo de punir o Governo sírio. Em primeiro lugar: não há provas do uso de armas químicas por este Governo. E, em segundo lugar, este fatos não mudam, em nenhum momento, o ângulo da guerra."
João Cláudio Pitillo detalhe o efeito colateral por ele apontado:
"Ele vai levar a uma escalada militar muito maior na Síria. Porque é óbvio que a Rússia vai deslocar para lá uma quantidade maior de baterias antiaéreas; é claro que a Rússia vai passar a vigiar o céu sírio com maior intensidade; é óbvio que a Rússia não vai permitir que suas forças estejam expostas a fogo estadunidense, e muito menos o Governo sírio. Primeiro porque a Rússia aposta que a Síria está lutando uma guerra justa contra o terrorismo. A Federação Russa é solidária nesta luta contra o terrorismo. Está claro, para a comunidade internacional, que o Daesh [o autodenominado Estado Islâmico] e as outras forças que lutam contra Bashar Assad são apoiadas pelos Estados Unidos, pela França, pela Inglaterra, e que essa turma está em volta de um pool de terroristas."