PARIS - A presidente Dilma Rousseff disse nesta manhã que o Brasil deve investir mais em ferrovias e em portos. "Não só por serviços que prestarão, mas pela taxa de investimento para obter crescimento", ressaltou. Segundo ela, amanhã o País dará um passo decisivo, com a primeira etapa de licitação do Trem de Alta Velocidade (TAV). "Ao longo de 2013, teremos todas as licitações de transportes realizadas", afirmou.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) havia confirmado mais cedo que deveria divulgar ainda nesta quarta-feira o edital do Trem de Alta Velocidade - que recebeu na semana passada a aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU). A divulgação, no entanto, ficou para esta quinta-feira.
Segundo informações da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), será publicada nesta quinta no Diário Oficial da União uma resolução do Conselho Nacional de Desestatização (CND) e o aviso de edital. Ao longo do dia, a ANTT divulgará o edital da licitação.
Já está programada para as 16h desta quinta uma entrevista coletiva com o presidente da EPL, Bernardo Figueiredo, e os diretores da empresa Hélio Mauro e Hederverton Santos, que irão falar sobre o edital.
Durante o seminário "Desafios e Oportunidades de uma Parceria Estratégica", na sede do Movimento de Empresas da França (Medef), Dilma destacou ainda que, na área de petróleo, o Brasil fará duas licitações, uma em março e uma em novembro. "Também estamos reduzindo o custo da energia elétrica", acrescentou, reforçando a intenção de
elevar o desenvolvimento econômico do País.
Segundo Dilma, o Brasil precisa de engenheiros, cientistas, físicos, matemáticos e químicos para colaborar com o processo. Ela lembrou parcerias com a indústria nesse sentido, abrindo 101 mil vagas em parceria, 75 mil bancadas por governo e 26 mil pelos empresários industriais. "O Pronatec em parceria com a indústria quer gerar oito milhões de vagas até 2014".
Aeroportos
A presidente disse também que nas novas licitações de aeroportos que serão feitas no País, as exigências de capacitação dos investidores serão maiores. Ela acrescentou que a modelagem da privatização dos aeroportos deve considerar investimentos privados de 51% e públicos de 49%.
Além a construção dos grandes aeroportos, o objetivo do governo, segundo a presidente Dilma, é construir "uns 800 regionais". "Os números são grandes", disse, acrescentando que o Brasil precisa de médias empresas regionais de aviação. De acordo com Dilma, o projeto do governo é que cada cidade com 100 mil habitantes e cada município turístico tenha seu próprio aeroporto.
(Com Anne Warth e Sandra Manfrini, da Agência Estado)
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