sexta-feira, 30 de julho de 2010

Apresentado o projeto de construção do novo anel acelerador de elétrons com 146 metros de diâmetro - Sirius (LNLS)



Um anel acelerador de elétrons de 146 metros de diâmetro é o mais novo projeto do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas (SP). Com um faixa de frequência de raios luminosos mais ampla, a nova máquina poderá atuar em maior número de aplicações que o UVX, o anel atual.





A importância desse tipo de equipamento para o Brasil foi o tema da palestra do físico Antonio José Roque da Silva, diretor do LNLS, durante a 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que termina nesta sexta-feira (30/7), em Natal.





Orçado em US$ 200 milhões, o Sirius, como foi denominado, será uma fonte de luz síncrotron de terceira geração, com aplicações em diversas áreas do conhecimento, como nanobiologia, farmacologia, energia, microeletrônica, alimentos, materiais e paleontologia.





Síncrotrons são aceleradores de elétrons que produzem diferentes faixas de frequência de luz, cada uma útil para um tipo de aplicação que pode envolver estudos de estruturas em escala atômica, molecular, microscópica ou macroscópica.





O UVX opera atualmente com uma energia de 1,37 GeV (gigaelétron-volt), o que permite gerar radiações eletromagnéticas que vão até a faixa dos raios X moles. O Sirius, por sua vez, trabalhará com 3 GeV, o que, além de gerar mais intensidade de luz, também ampliará sua faixa de alcance para os raios X duros, permitindo o estudo de estruturas mais densas.





“Será possível enxergar o interior de um ovo fossilizado de dinossauro, por exemplo, o que não conseguimos fazer atualmente”, disse Roque da Silva. O também professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) ressaltou que a paleontologia e a arqueologia são áreas que ainda utilizam muito pouco os serviços do atual anel de luz.





Com cerca de 2 mil usuários regulares, que realizam 460 propostas de pesquisa, o LNLS é um laboratório aberto a cientistas do Brasil e do exterior interessados em utilizar a tecnologia síncrotron em seus trabalhos. O novo anel não só ampliará o número de usuários como também de disciplinas beneficiadas.





Outro nicho de usuários do LNLS é o setor industrial. “No Japão, há 180 empresas que utilizam regularmente os anéis de lá, o que mostra a importância dessa tecnologia para a inovação tecnológica”, disse Roque da Silva.





Segundo ele, países como Taiwan, Coreia do Sul, Dinamarca e Suécia estão construindo seus próprios aceleradores síncrotron, com o objetivo de atender, além da academia, o parque industrial do país. Na França, um dos maiores usuários é a cosmetologia. “A nanocosmética tem se desenvolvido muito e a indústria francesa utiliza a tecnologia síncrotron”, disse.





No esforço de aumentar o número de usuários, o LNLS iniciou recentemente um programa de utilização remota. Por meio de uma rede de alta velocidade pesquisadores conseguem realizar, de seu laboratório, experimentos no anel em Campinas. Um teste do modelo foi realizado com sucesso este ano, quando o equipamento foi operado a partir do Rio de Janeiro.





Elétrons em ziguezague

A primeira geração de anéis síncrotron surgiu na década de 1940, como resultado dos primeiros aceleradores de partículas. As máquinas voltadas a provocar colisões entre partículas atômicas e subatômicas apresentavam um efeito indesejável: perdiam energia por causa da radiação síncrotron emitida ao longo do trajeto.





Essa radiação começou então a ser aproveitada para experimentos de análise de estruturas moleculares. Estações de trabalho foram adaptadas nos pontos dos aceleradores de partículas que emitiam esse tipo de radiação.





Foi uma questão de tempo até entrarem em cena anéis específicos para emissão de luz síncrotron, sem o objetivo de fazer colidir partículas. Nascia a segunda geração de anéis, da qual faz parte o UVX, do LNLS, que está em operação desde 1997, tendo sido o primeiro do gênero do hemisfério Sul e ainda hoje é o único na América Latina.





A terceira geração de anéis lança mão de ímãs chamados de dispositivo de inserção. Instalados nos trechos retos do anel, esses ímãs fazem os elétrons se movimentar em ziguezague, o que fornece novas radiações.





Com apenas quatro trechos retos e 30 metros de diâmetro, o UVX tem limitações físicas para receber dispositivos de inserção, enquanto o Sirius possuirá 18 seções retas e um diâmetro de 146 metros, segundo explicou Roque da Silva.





“O novo degrau de tecnologia de estudo da matéria, na linha dos síncrotrons, é o laser de elétrons livres, que é uma tecnologia muito mais cara e apresenta uma gama bem menor de aplicações”, disse.





O diretor do LNLS também ressaltou o expertise que o país conquistou em tecnologia síncrotron ao construir o seu próprio anel de luz. Cerca de 85% do trabalho e da tecnologia empregados na montagem do UVX são nacionais, o que gerou um conhecimento raro no mundo. “Se não tivéssemos construído o primeiro anel, não conseguiríamos projetar esse segundo”, afirmou.





As oficinas do LNLS já estão construindo protótipos de componentes a serem usados no Sirius, entre eles um inédito em todo o mundo, o dipolo com magnetos permanentes. No dispositivo, os elétrons serão acelerados dentro do anel por ímãs acionados por eletricidade.





A equipe do laboratório propôs a substituição dos eletroímãs por ímãs permanentes, o que representaria uma significativa economia de energia. A dificuldade de trabalhar com tijolos de metal magnético, entre outros fatores, tem inibido o seu uso nos anéis. Por isso, o Sirius deverá ser o primeiro anel do mundo a operar apenas com ímãs permanentes.





A nova máquina também terá um dos fachos mais brilhantes do mundo e uma das menores emitâncias entre as maiores máquinas síncrotron projetadas e em operação. A emitância define o brilho da fonte e, quanto menor o seu valor, melhor a qualidade da luz. “Quando entrar em operação, o Sirius estará entre as três melhores máquinas do tipo no mundo”, disse.





Fonte: Fabio Reynol / Agência FAPESP

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Forças Armadas simulam defesa a poços da camada pré-sal

As Forças Armadas brasileiras realizam exercício conjunto na praia de Itaoca, no sul do litoral do Espírito Santo, na última terça-feira (27). A Operação Atlântico II, que termina amanhã, mobilizou 10 mil homens do Exército, da Marinha e da Aeronáutica por 12 dias em uma área que vai do litoral de São Paulo ao arquipélago de Fernando de Noronha. O foco é a defesa dos poços de petróleo da camada pré-sal.




Os militares realizaram exercícios de proteção dos poços de petróleo, da recuperação de plataformas invadidas por terroristas e de ataque a sequestradores.




Operação Atlântico II mobilizou 10 mil homens do Exército, da Marinha e da Aeronáutica por 12 dias

ARMTEC apresenta painel no VII Seminário de Ciência e Tecnologia de Interesse da Defesa Nacional

robô CAIPORA Com o objetivo de identificação do atual cenário da Inovação Tecnológica nas empresas ligadas à área das Engenharias, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Instituto Euvado Lodi (IEL/CE) dará prosseguimento à sequência de eventos que estão sendo realizados este semestre. No dia 8 de junho, das 14h às 20h, no Auditório Waldyr Diogo (FIEC), será realizada a Feira de Pesquisa e Desenvolvimento em Engenharia.




Este será o terceiro de quatro eventos no qual a ARMTEC estará, nos stands do Instituto Atlântico e da UNIFOR, lançando o robô CAIPORA (Carro Automatizado Instrumentado para Perícia, Observação, Resgate e Ataque a Artefatos Suspeitos e Cargas Perigosas)(foto), além da exposição da MULATA (Máquina Unificada para Lazer, Atendimento, Treinamento e Apresentações) e do SAMBA (Mini-Submarino de Avaliação de Estruturas Marítimas, Fluviais e Meio Ambiente Brasileiro Automatizado). O Mini-Submarino, em breve, será levado ao mar para testes de campo.

mulata


Outras instituições: IEL, CREA, SENGE, IFCE, UFC, NUTEC, CENTEC também estarão presentes na Feira que, paralelamente, também apresentará palestras sobre os seguintes temas:



O Papel do IEL junto às questões da Engenharia, com o Superintendente do IEL Nacional, Carlos Cavalcante; Inovação Tecnológica e Sustentabilidade, com o Vice-Reitor da PUC/RIO/Conselheiro do IEL, Luiz Scarvada; Os Programas de Apoio à Iniciação Científica, com o Diretor Superintendente da FUNADESP, Sérgio Missiaggia e As Políticas Públicas de Fomento à Pesquisa e Desenvolvimento no Setor Produtivo, com o Coordenador de Inovação Tecnológica da FUNCAP, Augusto Guimarães.



O quarto evento da FIEC/IEL-CE está previsto para o dia 29 de junho, proporcionado o II Fórum de Debates em Engenharia.



A Feira conta com patrocínio do CNPQ. Apoio: Fórum de Tecnologia do Ceará, CREA-CE, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará, UNIFOR, SENGECE e UFC.




O robô Saci 2.0, usado no combate a incêndios em áreas em que os bombeiros não podem alcançar, fez pela primeira vez uma demonstração ao público de suas habilidades. O acontecimento foi realizado no dia 20 de outubro, às 10h, no gramado da Esplanada dos Ministérios, em Brasília e foi parte da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.


Exposto no estande do Ministério da Ciência e Tecnologia, na grande estrutura montada para o evento ao lado da rodoviária da cidade, o Saci atraiu a curiosidade dos visitantes e da imprensa brasileira.



O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal participou da demonstração pública do funcionamento do robô Saci.



A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia ocorreu na semana de 16 à 21 de outubro e foi coordenada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). O evento que acontece anualmente no mês de outubro, abrange todos os estados do Brasil e envolve universidades, escolas e instituições científicas e tecnológicas.



A ARMTEC – Tecnologia em Robótica participou juntamente com a Universidade de Fortaleza da Exposição de Idéias Inovadoras Desenvolvidas em Instituições de Ensino Superior, em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, onde o Robô Saci 2.0 foi exposto.





ARMTEC apresenta painel no VII Seminário de Ciência e Tecnologia de Interesse da Defesa Nacional


SACI 2.0 entra em ação na Esplanada dos Ministérios,,,A ARMTEC estará presente no VII Seminário de Ciência e Tecnologia de Interesse da Defesa Nacional, que será realizado, de 6 a 9 de outubro, no auditório do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), em Campinas/SP, cujo tema é “A Ciência e a Tecnologia como Pilares Estratégicos e Soberania Nacional.”




Este Seminário realizado pelo Ministério da Defesa por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ensino Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia (SELOM), é ação da Estratégia Nacional de Defesa (END) que visa capacitar a indústria nacional de material de defesa para que conquiste autonomia em tecnologias indispensáveis à manutenção da soberania nacional.



Esta iniciativa contribuirá para a integração entre Instituições Científicas e Tecnológicas (ICT) coordenadas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), os institutos de pesquisa militares, a indústria de defesa, as universidades e as agências de fomento de ciência e tecnologia.



O VII Seminário será composto pela realização de Painéis, nos quais a ARMTEC estará, dia 8, das 11h20 às 12h, apresentando o tema “Soluções de Inovação da Iniciativa Privada”, também terá apresentações de palestras, mesas redondas sobre: mecanismos governamentais de fomento; lei de inovação; propriedade intelectual; inovação tecnológica nos meios públicos e privados, e projetos na área de Ciência e Tecnologia (C&T) de interesse da Defesa Nacional.



Esta oportunidade proporcionará a dualidade do conhecimento adquirido, a transferência de tecnologias para a iniciativa privada, que incrementarão a competitividade da indústria brasileira, fortalecendo um dos principais objetivos da END, que é o de se integrar cada vez mais à estratégia nacional de desenvolvimento

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Porta-aviões ‘São Paulo’ volta ao mar

navio-aeródromo São Paulo (A12) suspendeu hoje do AMRJ para testes de mar. Nosso amigo e colaborador Luiz Padilha – Portal Defesa Brasil, fez estas fotos hoje na Baía de Guanabara. O Poder Naval fez um plantão no Leme esperando a saída do navio para fotografá-lo até as 15h, mas ele ainda permanecia no interior da Baía.




O navio-aeródromo (NAe) São Paulo (ex-PA Foch) operou na Marinha do Brasil, ininterruptamente, de 2001 até 2005, quando ocorreu o rompimento em uma rede de vapor principal, o que determinou a sua parada para a realização de reparos.



Em função da extensão dos serviços a serem realizados e o tempo necessário à sua consecução, bem como da programação de futuros períodos de manutenção do navio, diversos outros serviços foram oportunamente antecipados, em face da necessidade de sua imobilização. Dessa forma, compatibilizou-se a manutenção corretiva com a preventiva, decorrente do número de horas de funcionamento de determinados equipamentos e sistemas.



Em outubro de 2007, alguns serviços foram concluídos e o navio iniciou suas provas de mar, quando foi constatada uma avaria no eixo propulsor de boreste, cujo reparo culminou na sua substituição. O período de tempo necessário ao serviço do eixo, cerca de um ano, permitiu a execução de outros serviços de manutenção e a modernização de alguns sistemas componentes da planta propulsora e catapultas. De um modo simplificado, podemos resumir as obras, em cinco grupos, assim discriminados:

PORTA AVÍAÕ ~SÃO PAULO A-12

I – Praças de Máquinas – revisão das turbinas de propulsão do eixo de bombordo; reparos de turbo-geradores, que são as principais fontes de energia elétrica; e reparo da maioria das bombas principais do Navio.



II – Praças de Caldeiras – duas caldeiras foram retubuladas completamente. Para se ter uma idéia, são cerca de 1.500 tubos por caldeira. Uma delas ficou pronta no fim de abril e a outra em julho de 2009.



III – Catapulta lateral – a catapulta lateral está sofrendo uma revisão geral com a troca de inúmeras peças do seu aparelho de força, aquele que impulsiona a aeronave; reforço em sua estrutura; e verificação de todo circuito vapor. A previsão de término do reparo é para 15 de julho de 2010.



IV – Condensadores principais – estão sendo realizados serviços de reparo no

engaxetamento (vedação) dos 19.700 tubos, pertencentes aos dois condensadores principais do Navio. A previsão de término é para julho de 2010.



V – Outras obras – foram modernizadas as quatro unidades de resfriamento principais, para melhorar o sistema de condicionamento de ar do navio. Foram, também, substituídos três motores de combustão, responsáveis por parte da geração de energia, bem como foram instalados grupos de osmose reversa, responsáveis pela produção de água doce.

Coreia do Sul e EUA encerram exercícios militares de alerta a Pyongyang

Seul, 28 jul (EFE).- Coreia do Sul e Estados Unidos encerraram nesta quarta-feira sem incidentes uma rodada de quatro dias de exercícios militares conjuntos no Mar do Japão, destinados a mostrar ao regime comunista da Coreia do Norte o poderio militar dos dois aliados.




As atividades aéreas e navais, iniciadas no domingo sob o nome de Espírito Invencível, foram uma resposta ao afundamento em março da corveta sul-coreana "Cheonan", que tirou a vida de 46 marinheiros sul-coreanos.



Uma equipe internacional de investigadores financiada por Seul atribuiu o afundamento a um torpedo norte-coreano, mas Pyongyang nega envolvimento no caso.



As manobras militares foram as maiores realizadas na península coreana em três décadas e as primeiras de uma série que EUA e Coreia do Sul organizarão mensalmente até finais deste ano.



Segundo fontes militares sul-coreanas, os próximos exercícios conjuntos serão promovidos em meados de setembro no Mar Amarelo.



A Coreia do Norte criticou severamente essas manobras e ameaçou utilizar seu poder de dissuasão nuclear em represália, mas nenhum tipo de incidente foi registrado.



A operação conjunta de quatro dias contou com a mobilização do porta-aviões americano "George Washington", 20 navios de guerra, 200 aviões de combate e 8 mil soldados.



O "George Washington" é uma enorme embarcação com 330 metros de comprimento e capacidade para transportar 97 mil toneladas, cuja presença no litoral sul-coreano refletiu o compromisso de Washington em defesa de Seul diante de qualquer eventual ataque norte-coreano.



Nas manobras também participaram pela primeira vez aviões de combate F-22 Raptor, os caças mais avançados do mundo. Essas aeronaves teriam capacidade de alcançar, em meia hora desde a decolagem, as instalações nucleares norte-coreanas de Yongbyon.



A Coreia do Sul, por sua vez, mobilizou o porta-aviões "Dokdo", de 14 mil toneladas, o submarino "Son Won-il", de 1,8 mil toneladas, e vários caças de combate F-15K, entre outros.



As operações se concentraram principalmente em exercícios submarinos, que incluíram a detecção de aparelhos norte-coreanos, a simulação de torpedos e de ofensiva contra forças navais de Pyongyang.



Também foram realizadas manobras de treino para transportar combustível e outras provisões via mar e ar, em uma situação de suposta ameaça.



Com esses exercícios, Seul e Washington quiseram enviar uma taxativa mensagem a Pyongyang para que se abstenha de novas provocações similares ao afundamento do "Cheonan", ocorrido em 26 de março, e mostrar, ao mesmo tempo, a forte aliança existente entre os dois países.



As manobras se realizaram depois de a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, anunciar na semana passada, em Seul, novas sanções contra a Coreia do Norte em resposta ao afundamento da corveta sul-coreana.



Está previsto que o assessor especial para Controle de Armas e Não-Proliferação dos EUA, Robert Einhorn, se reúna na próxima segunda-feira em Seul com as autoridades sul-coreanas para discutir este tema.



As duas Coreias se encontram tecnicamente em estado de guerra, já que, após o fim da Guerra da Coreia, em 1953, apenas um armistício foi assinado, mas nunca um tratado de paz.



Atualmente, 28,5 mil soldados americanos estão mobilizados em território sul-coreano, como forma de dissuasão perante eventuais provocações norte-coreanas.



Embora em princípio estivesse previsto que as manobras concluídas hoje seriam realizadas em águas do Mar Amarelo, entre a península coreana e a China, os protestos de Pequim fizeram com que Seul e Washington mudassem o local para a costa oriental.



Alguns analistas sul-coreanos indicam que as manobras criaram desavenças entre EUA e China e que a península coreana viverá um tempo sob estado de tensão.

terça-feira, 27 de julho de 2010

CAÇAS AVANÇADOS HIPERSÔNICOS

Serão projetados e construídos no País CAÇAS AVANÇADOS HIPERSÔNICOS MULTIFUNÇÃO BIPOSTOS com capacidade de controle aeroespacial continental e de atuação flexível de ataque estratégico inter-continental para pronta resposta, com as FORÇAS INTEGRADAS operando com enlace em redes.




Como não faz mais sentido desenvolver-se aeronaves de 5ª Geração, como os NOVOS F/A-22 Raptor e F-35 Lightning II (JSF) dos EUA, todos os esforços de PD&I estarão voltados para a revolucionária 6ª Geração, que, certamente, representará o advento dos HIPERSÔNICOS (tripulados ou não), com materiais e processos certamente advindos da NANOTECNOLOGIA
Mas o grande desafio será conseguir isso com a aplicação da NANOTECNOLOGIA. Materiais Nanoestruturados poderão ser 100 vezes mais fortes, enquanto mais leves, e mais resistentes a altas temperaturas que o aço e outros materiais conhecidos. Em nossa simulação, os materiais dos CAÇAS AVANÇADOS terão sua força e resistência aumentada em 3 vezes, do mesmo modo que seu Nano-Combustível.





Em dezembro de 2003, foi divulgado que o Instituto de Estudos Avançados (IEAv), pertencente ao CTA, pela primeira vez no mundo, conseguiu colocar em prática a teoria da redução do arrasto de um veículo (avião ou foguete) hipersônico por radiação eletromagnética, utilizando-se o LASER como fonte de energia.



Tal avanço com propulsão a laser foi reconhecido pela USAF e foi obtido no TÚNEL DE VENTO HIPERSÔNICO (T2) do CTA. Desde então, a FAB e a USAF passaram a atuar em convênio neste incrível projeto. Novos grandes avanços são aguardados desde 2007, com o recém-inaugurado TÚNEL DE VENTO HIPERSÔNICO PULSADO (T3).

A nave brasileira com a tecnologia de propulsão com ar aspirado já existe no papel. Batizada de 14-X, ela deve voar até o ano 2012. Trata-se de óbvia referência ao 14-Bis, primeiro avião da história.





O Brasil, através do CTA, da indústria nacional, poderá, antes disso e já a partir de 2008, acompanhando e perseguindo os desenvolvimentos científicos e tecnológicos mundiais INOVADORES da atualidade, dar início ao Projeto Nacional de família de CAÇAS AVANÇADOS HIPERSÔNICOS de 6ª Geração.



Essa família será desenvolvida em dois níveis de alcance, longo e médio, dentro do parâmetro básico de Hipersônico com RBCC Rocket-Base Combined-Cycle), um SCRAMJET (2) (contração de Supersonic Combustion Ramjet) com FOGUETES encaixados.



O primeiro protótipo do motor SCRAMJET brasileiro da FAB já está pronto no CTA e vem sendo testado desde setembro de 2006.




Um provável combustível a ser utilizado será o metano líquido, ou a propulsão a laser com grande redução de arrasto proporcionando estruturas muito mais leves.




Terá desenho aero-termodinâmico com gerenciamento térmico e formato multifacetado curvo de estrutura larga e leve, AURORA


Toda a parte dianteira inferior do aparelho aspira o ar enquanto a traseira inferior faz sua exaustão. Seu armamento será todo interno, inclusive ASAT de alta energia. Enfim, serão trabalhadas as principais tendências futuras (pdf) em armamentos, sensores e sistemas.




Serão desenvolvidos em 2 níveis de alcance :




LA - LONGO ALCANCE (F-1) - Alcance de

10.000 km +. Velocidade máxima de Mach 10.

Altitude máxima de 45.000 m. Emprego Estratégico /

Tático.




MA - MÉDIO ALCANCE (F-2) - Alcance de

5.000 km +. Velocidade máxima de Mach 6.

Altitude máxima de 40.000 m. Emprego Tático.





O CAÇA AVANÇADO HIPERSÔNICO contará com a tecnologia de FURTIVIDADE ATIVA e de proteção por ESCUDO DE PLASMA, que absorve as ondas eletromagnéticas do radar inimigo.




Sua altitude máxima entre 40.000 e 45.000 metros torna-o imune a qualquer sistema de mísseis da atualidade, pois o SAM mais capaz atinge 35.000 m de altitude.

Para chegar-se ao CAÇA AVANÇADO HIPERSÔNICO LA - F-1, próprio para cenários de alta intensidade, e com alcance acima de 10.000 km (raio de ação de 4.750 km+), será muito mais interessante trabalhar-se conjuntamente com Rússia, China e Índia, dividindo-se custos e partilhando-se novas tecnologias.






O avanço proporcionado pelo CAÇA AVANÇADO LA será tão forte que tornará obsoleto até mesmo os atuais AWACS, pois sua operação com data link trará enorme vantagem em qualquer frente por uma força primária de combate em rede (networked), tornando-a mais empregável, letal e com maior chance de sobrevivência.





Somente ele terá uma inédita ARMA DE PLASMA - PBW. Sabe-se que um hipersônico pode capturar o plasma que se forma naturalmente em torno de sua fuselagem, quando voa a Mach 8. Este plasma será então redirigido novamente por um sistema interno e será usado como arma.





O LA será o próprio C4SITAR. Um avião hipersônico voa a pelo menos MACH 5 (6.130 km/h), iniciando-se em Mach 4. O LA voará a uma velocidade máxima de Mach 10.

Ministro da Defesa também cobrou satélite para defesa da Amazônia

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, classificou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) como “assimétrico”, se referindo ao tratamento diferenciado dado às potências nucleares no documento. A declaração foi feita nesta terça-feira (27) durante palestra na reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre nesta semana em Natal.


Segundo ele, o acordo atrapalhou o desenvolvimento de tecnologias nucleares pacíficas em países que não tinham bomba atômica na época da assinatura do documento.

“Nós tivemos um aumento dos armamentos nucleares e uma não-capacitação dos países necessária para o desenvolvimento da tecnologia nuclear para energia, propulsão nuclear de submarinos, agricultura e saúde”, afirmou o ministro



Jobim voltou a afirmar que é contra a assinatura do protocolo adicional do TNP, que estabelece mais poder de fiscalização à ONU para a visita de instalações do país. “O Ministério da Defesa se opõe a assinatura do protocolo adicional, pois ele significa ingerências externas”, afirmou.



O TNP entrou em vigor em 1970 para evitar uma possível guerra nuclear, e proíbe países que não tinham bombas atômicas na época a desenvolvê-las. O Brasil é signatário desde setembro de 1998.

Durante sua palestra, o ministro defendeu desenvolvimento de satélites brasileiros para o monitoramento das fronteiras da Amazônia e da faixa litorânea brasileira – chamada pelos militares de “Amazônia Azul”.




“[O desenvolvimento de satélites] não é coisa de apenas uma geração, e nós não estamos trabalhando”, afirmou o ministro em palestra durante a reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre nesta semana em Natal.



Atualmente, o Brasil tem apenas dois tipos de satélite em órbita, operados por meio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Um deles, em parceria com a China, leva câmeras para fotografar a superfície do planeta. O outro captura informações ambientais, como quantidade de chuvas e regime dos rios.



Conheça a estrutura do Programa Espacial Brasileiro

Segundo o ministro, uma das necessidades mais fortes da defesa é ter um satélite geoestacionário (que se mantém sempre na mesma posição em relação ao planeta) para fazer o controle do espaço aereo.

Em sua conferência, Jobim também se disse favorável a aumentar as pesquisas brasileiras na Antártida. Segundo ele, o país não tem pretensões de obter direito a trechos do território antártico – ao contrário dos vizinhos Chile e Argentina –, e a presença de pequisadores reforçaria a ideia de usar o continente apenas para fins científicos.



FONTE: G1

segunda-feira, 26 de julho de 2010

CLA lança hoje um protótipo de foguete para treinamento básico

O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) realiza, na tarde de hoje, o lançamento do Foguete de Treinamento Básico (FTB), um protótipo de pequeno porte para treinamento do sistema operacional e das equipes responsáveis por operações deste porte no CLA. O lançamento integra a missão Fogtrein I-2010, que teve início no dia 19 de julho, vai se estender até o dia 6 de agosto e inclui o novo lançamento de um foguete de nível intermediário.


Além de hoje, o CLA terá ainda outro lançamento, segunda-feira, dia 2. A operação tem como finalidade o treinamento operacional do CLA, como sistemas de lançamento, monitoramento e rastreio do protótipo e de recursos humanos. A atividade integra o conjunto de ações para preparar o Centro de Alcântara para lançamentos de foguetes de grande porte, a exemplo do Cyclone-4, previsto para 2011 e do VLS, cuja previsão é para meados de 2012.



O FTB é um foguete de mono-estágio, não guiado, com 3,05m de comprimento, pesando 67,8 kgf , incluindo 20,7 kgf de carga útil. Seu motor propulsor é carregado com propelente sólido (combustível sólido), com uma fase de decolagem de 4 segundos, alcançando mais de 30 km de altura e caindo em alto mar a mais de 16km da costa. Nesse vôo, os foguetes não estarão levando carga útil científica, apenas tecnológica, além instrumentos para acompanhamento das Estações de Telemedidas, preparando assim as equipagens para os próximos lançamentos.



As condições favoráveis para o lançamento são de ventos de superfície igual ou menor de 10m/s e chuvas moderadas menor ou igual a 10mm/h. Nesse vôo, os foguetes não estarão levando carga útil científica, apenas tecnológica, além de instrumentos para acompanhamento das Estações de Telemedidas, preparando assim as equipagens para os próximos lançamentos.



Todas as medidas de segurança também são tomadas prevenindo qualquer hipótese de acidente, já que toda a área marítima e aérea são interditadas, além dos sobrevôos de esclarecimento de área pela aeronave P-95 - Bandeirante Patrulha, do 3º Esquadrão do 7º Grupo de Aviação, Esquadrão Netuno.

Valeparaibano - Torre do VLS está em fase final de construção

A estrutura da nova TMI (Torre Móvel de Integração) do Centro de Lançamento de Alcântara (MA) está praticamente concluída e deve ser inaugurada em novembro deste ano, sete anos após o acidente que destruiu a primeira torre e que deixou saldo de 21 mortos.




A nova torre de lançamento do foguete espacial brasileiro VLS-1 (Veículo Lançador de Satélite) foi aperfeiçoada e contempla equipamentos de segurança que não existiam na versão anterior, que derreteu na explosão ocorrida em 2003.



O projeto da nova estrutura foi revisto e redesenhado no IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), em São José dos Campos, responsável também pelo desenvolvimento do foguete espacial.



"A nova torre ganhou mais segurança e operacionalidade", disse o brigadeiro Francisco Pantoja, diretor do IAE.



Ele destacou que um dos méritos do empreendimento é que todo o projeto, inclusive a implantação dos equipamentos eletrônicos, mecânicos e de automação do sistema, está sendo executado pela indústria nacional.



O investimento na construção do complexo espacial é de cerca de R$ 44,1 milhões e o projeto é executado pelo consórcio Jaraguá/Levitta. As obras começaram em junho do ano passado. Destaque.



Um dos destaques da configuração da nova TMI é justamente a Torre e Túnel de Escape acoplados ao equipamento principal, que possibilitam evacuação com segurança em caso de eventual acidente. Trata-se de uma torre de concreto ligada a um túnel de escape subterrâneo que dá acesso a uma área distante da TMI e dos gases do VLS.



Completam o novo complexo outras instalações de apoio e a sala de lançamento. Características.



De acordo com o engenheiro Valderci Giacomelli, gerente do projeto, a nova torre de lançamento mede 33 metros de altura, o equivalente a um edifício de nove andares, dez metros de largura, 13 metros de comprimento e pesa 380 toneladas.



A torre de escape possui 23 metros de altura.



A partir de novembro, terão início os testes do complexo.



Torre



A nova Torre de Lançamento do VLS-1, em Alcântara (MA), é toda em estrutura de aço e pesa 380 toneladas



Projeto



O projeto foi desenvolvido no Instituto de Aeronáutica e Espaço, vinculado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, em São José



Atraso



As obras de construção do equipamento sofreu atraso de pelo menos dois anos por causa de pendências judiciais na contratação da obra



Conclusão



A obra foi iniciada em 2009 e deve ser concluída este ano

Novas encomendas bilionárias de jatos e aviões militares tiram do ar o fantasma

Espécie de Woodstock da aviação, o Show Aéreo de Farnborough é uma das maiores vitrines e balcões de negócios para a indústria aeronáutica mundial. A 47ª edição do encontro, realizada entre 19 e 25 de julho, parecia fadada a ser uma festa sem samba.




Ao passear pelo gigante espaço de exposições a céu aberto num aeroporto a 50 quilômetros de Londres, o visitante se deparava com aeronaves enormes da Airbus e da Boeing, caças poderosos como o americano F-18 e o sueco Gripen, e shows de esquadrilhas da fumaça.

Curado e French: encomenda firme de 35 jatos Embraer 175 rende sorrisos e US$ 1,3 bilhão



Nada de avião da Embraer. Para alimentar o desânimo quanto à participação brasileira, a empresa cancelou a primeira entrevista coletiva para a imprensa que daria em solo inglês. Confinada em um chalé distante do burburinho da feira, a Embraer dava a impressão de que passaria uma semana olhando pro alto, assistindo ao show da concorrência. Mas as boas notícias vieram a jato.



Logo que abriram suas maletas na feira, os executivos da empresa revelaram o contrato de venda de duas aeronaves para a Trip Linhas Aéreas por cerca de US$ 80 milhões. Nas mesmas malas estavam os papéis que anunciavam a venda de cinco jatos 195 para a empresa Azul.



Mais US$ 211 milhões em caixa. No segundo dia de Farnborough, um sorridente Jim French, executivo-chefe da companhia britânica de aviação regional Flybe, anunciou a compra de 35 jatos Embraer 175, numa transação estimada em US$ 1,3 bilhão. E disse que quer mais.



O negócio inclui 65 opções de compra e mais 40 direitos de compra. A fatura pode chegar a US$ 4,6 bilhões. Na quarta-feira 21, foram divulgadas mais duas reservas importantes, que só irão engrossar a linha de montagem se a crise do setor aéreo sair mesmo do radar após dois anos de turbulências – nesse mercado, basta a economia esfriar para as encomendas serem suspensas.





Saito e Curado: Força Aérea Brasileira vai comprar 28 unidades do novo cargueiro militar KC-390.

O pedido vai abrir caminho para as exportações de novas aeronaves para uso militar.



A maior operadora dos jatos da Embraer, a americana Republic Airlines, prometeu levar mais 24 aeronaves Embraer 190 para o Hemisfério Norte. Se a carta de intenções virar contrato, renderá US$ 960 milhões.



A recém-nascida Air Lease, também dos Estados Unidos, reservou 15 aviões para um futuro não muito distante e mais cinco para “quem sabe um dia”. Seriam mais US$ 800 milhões. A canadense Bombardier, arquirrival da Embraer, vendeu menos na feira e deve ter ficado com inveja (veja quadro).



Entre cheques e cartas de intenção de quase US$ 7 bilhões, Frederico Curado, CEO da Embraer, achou um tempo para falar com exclusividade à DINHEIRO. Animado, ele afirma que os negócios exibidos em Farnborough indicam que o pior da crise já passou e já é possível ser otimista quanto ao futuro da empresa, que demitiu quatro mil pessoas em fevereiro de 2009 por conta da crise global.



Receio? Um só: a concorrência do país que mais cresce no mundo. “O que mais me assusta é a China. Como lá é tudo estatal, a coisa não tem a transparência de quem presta contas em bolsa, como nós e as concorrentes ocidentais”, diz Curado.



“É legítimo que o Estado invista em tecnologia e desenvolvimento, mas não que faça sabe-se lá o quê para privilegiar seus produtos”, alerta, num sinal de que as perspectivas da joint venture da Embraer com a Aviation Industry Corporation of China, em Harbin, não são boas.



Para se proteger dessa e de outras ameaças, a Embraer vem redistribuindo o percentual de vendas nas três categorias em que atua: aviação comercial, executiva e militar. Esta última, que no início da década não chegava ao segundo dígito e que no trimestre passado bateu nos 18% do faturamento, ganhou um reforço considerável em Farnborough.



Com a presença do comandante da Aeronáutica brasileira, Juniti Saito, a empresa apresentou o projeto do KC-390, avião de transporte capaz de carregar até tanques de guerra. “Quando ele entrar em operação, vai ser o grande veículo do crescimento da nossa área militar”, diz Curado.



O preço ainda não está definido, mas os similares custam cerca de US$ 90 milhões.“A Aeronáutica planeja comprar 28 unidades, o que abre o caminho para a exportação”, diz Curado. Antes de fazer as malas e voltar ao Brasil, o CEO comemorou o prêmio Inovadores do Ano, concedido pelos usuários do site Flightglobal.com à Embraer devido ao sistema fly-by-wire (manejo eletrônico) dos jatos executivos Legacy 450 e 500.



Apesar do reconhecimento tecnológico e da retomada no crescimento das vendas, Curado sabe que nunca vai ser possível ligar o piloto automático no controle da empresa. “Não tem jogo fácil. É barra pesada”, conclui.

sábado, 24 de julho de 2010

Brasil é exemplo de como lidar com Farc, diz general colombiano

DA ENVIADA A SANTA MARTA E PALOMINO (COLÔMBIA)






O general do Exército colombiano, Freddy Padilla de León, 61, chefe das Forças Armadas da Colômbia, evitou ontem fazer críticas diretas à vizinha Venezuela, e insistiu em que há cooperação militar mínima na fronteira apesar do rompimento das relações diplomáticas.



O recado à Venezuela veio em forma de elogio ao Brasil. Disse que os militares brasileiros atuam rápido para capturar integrantes das Farc para não deixar a “erva daninha” crescer. “É o que queremos que todos façamos.”




Folha – Com o anúncio da Venezuela de que suas Forças Armadas estão em “alerta máximo”, o que o sr. disse a seus homens?



Freddy Padilla – O que pedi foi prudência, prudência. Somos países irmãos e não somos ricos a ponto de não dependermos da logística do outro na fronteira. Temos de identificar bem quem é o real inimigo: as Farc.



Em maio foi preso em Manaus um integrante das Farc, e a polícia brasileira fala de uma rota de tráfico passando pela fronteira brasileira. É um problema crescente?



Leu o “Pequeno Príncipe” [de Saint-Exupéry]? Pois o personagem morava sozinho num planeta e seu trabalho diário era detectar ervas daninhas. Era difícil, porque cresciam tão rápido que dominavam o planeta. O Brasil faz isso: encontra um [membro das Farc] e imediatamente o captura, de tal modo que não irá crescer. É o que queremos que todos façamos.

IAE realiza ensaios em primeira bomba guiada nacional

O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), através de sua Divisão de Aerodinâmica, trabalha nos ensaios e na análise da primeira bomba guiada brasileira, denominada SMKB, um projeto desenvolvido pela empresa nacional Britanite-BSD em parceria com a Mectron e a Força Aérea Brasileira.




O artefato militar apresentado pelas empresas brasileiras na LAAD 2009 utiliza um kit de guiagem para ser acoplado a bombas não guiadas (“bombas burras”) Mk-82 (500 lbs) e Mk-83 (1.000 lbs), podendo ser lançado a altitudes superiores a 10 km, com um alcance entre 16 e 40 km e CEP de 6 metros máximo.



O primeiro kit brasileiro de guiamento para bombas de queda livre é orientado tanto para o sistema de posicionamento GPS americano quanto para o Glonass russo, garantindo a precisão de alvo durante o dia ou à noite, nas mais adversas condições atmosféricas. Um desenvolvimento realizado pela parceira Mectron, escolhida pela expertise em sistemas de guiagem.



No projeto de cabeça de guiamento para as bombas SMKB-82 e 83 (já acopladas aos kits), uma peculiaridade garante a total independência do artefato em relação à aeronave. É o sistema de comunicação wireless, dispensando cabos e fios para a conexão, além de modificações eletrônicas que possam provocar interferências. O controle da bomba é realizado pelo próprio piloto, com um micro computador dedicado e desenvolvido pela Britanite-BSD/Mectron.



Toda futura negociação para exportação dessa nova arma passará pela autorização do governo brasileiro, por meio do Departamento de Política Nacional de Exportação de Material de Emprego Militar (PNEMEM), órgão do Comércio de Relações Exteriores.



Os estudos de integração deste armamento são realizados pelo IAE por meio de análise aeroelástica, enquanto ensaios aerodinâmicos, em túnel de vento, obtêm as propriedades aerodinâmicas que serão úteis ao controle geral do equipamento. Os ensaios de separação serão realizados pelo Grupo Especial de Ensaio em Voo (GEEV), organização militar pertencente, assim como o IAE, ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos.



Segundo Antônio Nogueira Cândido, Gerente de Suporte Comercial da Divisão Aeroespacial da empresa Britanite-BSD, a empresa parte para o desenvolvimento dessa mais alta tecnologia utilizando recursos próprios e recebendo total apoio da Força Aérea Brasileira. A FAB deverá ser o primeiro cliente de um pré-lote previsto para janeiro do próximo ano.



A unidade de Sistema de Defesa, Britanite-BSD, localizada na região metropolitana de Curitiba, será transferida para o Vale do Paraíba, em uma área capaz de oferecer maiores facilidades para esse tipo de atividade e mais próxima à mão de obra especializada do DCTA.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Tunel Transônico do IAE finaliza projetos da área espacial

O Túnel Transônico Piloto (TTP) do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) finaliza, este ano, dois projetos voltados à área espacial, visando à realização de campanhas de ensaios dos veículos de sondagem de microgravidade desenvolvidos pelo instituto. Os trabalhos foram iniciados em 2008 e utilizam recursos da AEB destinados às Tecnologias Associadas ao VLS.




O desenvolvimento do projeto “Realização de Ensaios do VS-30 no Túnel Transônico Piloto do IAE” possibilitou diversos aprimoramentos nos sistemas do túnel, como a aquisição de equipamentos para auxílio nos ensaios, revisões em alguns de seus principais componentes, além da obtenção de importantes resultados técnicos.



A campanha, que teve por objetivo a obtenção de conhecimento de ensaios com veículos de sondagem visando a atender aos futuros projetos, possibilita ao TTP desenvolver, em breve, uma primeira garganta supersônica para permitir ensaios supersônicos com número de Mach 1,3, estendendo a capacidade de ensaios do túnel.



O veículo de sondagem Sonda III completo, em escala 1:20, foi montado na seção de testes do túnel localizado na Divisão de Aerodinâmica (ALA) do IAE. Os pesquisadores da ALA obtiveram resultados significativos, dentre eles, a determinação de esforços aerodinâmicos e distribuição de pressão sobre a superfície do modelo para várias configurações e atitudes. O modelo foi ensaiado em toda a faixa de velocidades disponível, desde o baixo subsônico até o escoamento transônico com número de Mach 1,0.



O segundo projeto desenvolvido pelos pesquisadores possibilitou o desenvolvimento de uma técnica inovadora e avançada. No trabalho “Implantação da Técnica Pressure Sensitive Paint no Túnel Transônico Piloto da ALA para Realização de Ensaios em Modelos de Veículos de Sondagem”, a técnica PSP, além de não intrusiva, permitiu a obtenção de medidas sobre superfícies complexas, simplificando em muito os ensaios tradicionais baseados unicamente em tomadas de pressão com passagem de tubulações pelo interior do modelo.



O PSP permite a medição da distribuição de pressões sobre a superfície dos modelos ensaiados utilizando uma fonte emissora de luz e uma câmara especial que obtém imagens representativas dos gradientes de pressão sobre a superfície.



Os principais resultados obtidos nas regiões da ogiva e nas aletas do segundo estágio do Sonda III são indicados nas figuras 3 e 4. A potencialidade e a excelente precisão dessa nova técnica podem ser analisadas no gráfico presente na figura 4, o qual demonstra a distribuição da pressão ao longo da linha traçada na figura.



As campanhas de ensaio na ALA prosseguem, agora com novas configurações dos modelos do segundo estágio e completo do Sonda III e do VS-40, levando a equipe técnica do TTP rumo ao cumprimento de seus objetivos – desenvolver, progressivamente, a capacitação necessária para a realização de diversos tipos de ensaios com os modelos dos veículos projetados pelo IAE.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

PF compra aviões não tripulados e irrita militares. FAB ameaça interceptar os voos se não tiver controle das operações

Antes de sair de férias, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, recebeu em seu gabinete o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, para uma reunião a portas fechadas. Na pauta da conversa, uma crise entre a PF e a Aeronáutica que está ameaçando a utilização das estratégicas aeronaves não tripuladas para vigilância da fronteira e combate ao crime no Brasil. Os policiais federais receberão três Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants) que encomendaram de Israel e querem colocá-los em operação imediatamente. A FAB, sem pressa, exige antes o cumprimento de uma série de exigências. Oficiais ouvidos por ISTOÉ disseram que o comandante da FAB, Juniti Saito, ameaçou derrubar os Vants da PF, caso levantem voo sem autorização. Na conversa com Corrêa, Jobim deu razão à FAB e pediu ao diretor da PF que não alimentasse mais a polêmica.




Oficialmente, ninguém fala da confusão. Mas a queda de braço segue nos bastidores. Desde 2004 os militares tentam desenvolver um Vant brasileiro para o controle das fronteiras. Como ainda não há avanço, a PF decidiu comprar as três aeronaves israelenses, de um total de 14 que planeja adquirir, ao custo de R$ 8 milhões cada uma. Assim acabou provocando ciúme nos militares que, paralelamente, testavam modelos diferentes. A FAB alega que tem prerrogativa na defesa do espaço aéreo e que as aeronaves da PF não foram integradas ao Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro, colocando em risco voos comerciais. Lógico que ninguém quer derrubar o Vant. Mas sem conhecimento do plano de voo, a FAB pode estragar uma operação da PF, diz um oficial. Ele afirma que, por voar na mesma altitude de aviões comerciais, os Vants poderiam até causar uma colisão.



No início do ano, Saito ligou para Corrêa propondo uma parceria. O diálogo não avançou, e a PF acabou não sendo convidada sequer para a apresentação do programa de Vants da FAB, no dia 10 de maio. Qualquer desconforto que tenha havido foi individual, de algumas pessoas, não entre as instituições, pondera o diretor da PF. Na tentativa de encontrar uma solução para a guerra aérea, Jobim propõe o uso compartilhado dos Vants, pois considera que a PF não teria condições de operar sozinha o complexo sistema de voo remoto. De qualquer modo, a FAB tende a perder espaço na defesa aérea das fronteiras, alerta o analista militar Nelson During, do site Defesanet. É bom os militares se acostumarem, pois não serão mais os únicos geradores de informações estratégicas, diz ele....BOM NAÕ DA PARA EN TENDER O SAITO, QUER DERRUBAR OS VANT DA PF, TA NO CAMINHO SERTO FEIS O ,QUE FAB NAÕ FAIS O RAFALE TA NESTE.. LENGA LENGA VOCES DEVERÍA TER VERGONHA DE QUERE DESPROTEGE NOSSA SOBERANIA, VAI..  DORMI ..SAITO

domingo, 18 de julho de 2010

A ESA convida a China a aderir à ISS

É estranho que um país com um programa espacial tão ambicioso e dinâmico como a China não esteja presente naquele que é o maior programa comum de exploração do Espaço que a Estação Espacial Internacional Alpha (ISS). Mas tal ausência é um facto. Não permanente, esperemos…




Recentemente, a Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou que apoiaria a admissão da China ao programa internacional que mantêm a ISS. A declaração foi produzida pelo presidente da ESA em Pequim na “Global Lunar Conference”. Com efeito, a cooperação internacional no domínio da exploração do Espaço tem avançado lentamente, sendo particularmente notável o solipsismo chinês, que com raras excepções com a Rússia, permanece essencialmente isolado do resto do mundo. É por isso que a ESA está a tentar integrar na ISS a China e a Coreia do Sul (outro país com um progrma espacial ambicioso, mas nao particularmente bem sucedido)



Atualmente a ISS é operada pelos EUA, Rússia e ESA, como parceiros principais e outros 11 países como colaboradores com menor grau de investimento, como o Canadá, o Japão e o lusófono Brasil, país que recentemente enviou para a Alpha o seu primeiro astronauta.



No passado recente, a ESA ofereceu à China dados como a posição e frequência da sonda lunar SMART-1. Por seu lado, a China levará uma amostra biológica da ESA na sua missão orbital tripulada Shenzhou-VIII que será lancada em 2011. Estes sinais positivos podem prenunciar uma aceitação chinesa a este convite europeu tanto mais porque a presença na ISS da China lhe poderá dar o know-how de tecnologia (acoplagem e longas permanencias no Espaço) de que carece para a estação espacial que Pequim quer lançar em 2020.