A China poderia perder quase todo seu arsenal de mísseis balísticos e de cruzeiro se assinasse um novo tratado estratégico de controle de armas, segundo análise de segurança.
A análise, que busca explanar as consequências para Ásia com o fim do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês), é um dos capítulos da avaliação anual de segurança da Ásia-Pacífico publicada pelo Instituto Internacional para Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês).
O relatório do centro de estudos foi divulgado na sexta-feira (5), cobrindo questões de segurança como as relações entre Estados Unidos e China, além das políticas do Japão e Coreia do Norte, revela o portal Defense News.
A China poderia perder até 95% de seu arsenal de mísseis balísticos e de cruzeiro se assinasse um acordo semelhante ao tratado INF dos anos 1980, de acordo com os autores do estudo.
O antigo tratado, assinado pelos EUA e URSS em 1987, baniu todos os sistemas de mísseis com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros. Em agosto de 2019, os EUA saíram do acordo, acusando a Rússia de violações.
© SPUTNIK / YURI ABRAMOCHIN
Secretário Geral do PC da URSS, MIkhail Gorbachev, e presidente dos EUA, Ronald Reagan, assinam Tratado INF, em dezembro de 1987
Contudo, a análise do IISS sugere que a saída unilateral dos EUA foi impulsionada pelo crescimento do arsenal de mísseis da China, que seria dona do maior inventário do mundo de mísseis balísticos de curto e médio alcance. De acordo com estimativas do centro de estudos, a China possui mais de 2.200 mísseis que recaem nas restrições do INF.
Além disso, o relatório coloca em dúvida se a intenção dos EUA de desenvolver e instalar armas, anteriormente proibidas pelo INF, fará com que a China aceite negociar um controle de armas.
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