O analista do The National Interest Kyle Mizokami tenta prever em detalhes o cenário de tal operação considerando todas as particularidades da localização geográfica do país.
A Coreia do Norte é um pouco maior que Ohio. O sul do país faz fronteira com a Coreia do Sul, ao oeste tem o mar Amarelo, e este faz fronteira com a China e Rússia. A fronteira do Sul é fortemente fortificada, com uma zona desmilitarizada de 4 km entre as duas Coreias. Cerca de um décimo da população fica no capital do país, Pyongyang.
A Coreia do Norte é um pouco maior que Ohio. O sul do país faz fronteira com a Coreia do Sul, ao oeste tem o mar Amarelo, e este faz fronteira com a China e Rússia. A fronteira do Sul é fortemente fortificada, com uma zona desmilitarizada de 4 km entre as duas Coreias. Cerca de um décimo da população fica no capital do país, Pyongyang.
Qualquer invasão da Coreia do Norte exige a análise destas realidades geográficas, acrescenta Kyle Mizokami em seu artigo para o The National Interest. O exército de 1,2 milhões de pessoas consiste de 19 unidades militares, incluindo 19 subdivisões de infantaria, 4 subdivisões das tropas mecanizadas, uma subdivisão das forças armadas, uma da artilharia, o Comando da Defesa de Pyongyang, o Departamento de Orientação de Mísseis e o Departamento de Orientação de Infantaria Ligeira. Mais da metade das forças, especialmente a artilharia e as tropas mecanizadas se deslocam perto da zona desmilitarizada, fazendo o cenário de um possível ataque à fronteira não muito privilegiado.
De acordo com o autor, um objetivo óbvio para o início da invasão é a cidade costeira de Wonsan. Nesta área se deslocam as subdivisões das tropas mecanizadas e da infantaria, mas o porto de Wonsan e o aeroporto que fica perto da cidade, fornecem o trampolim perfeito para uma maior ofensiva e para o avanço ao centro do país, afirma o autor. Tal ataque seria difícil, mas precedido pelo plano de contingência sul-coreano Kill Chain, que pretende lançar a defesa norte-coreana ao caos.
A conquista de Pyongyang semeará pânico entre as forças norte-coreanas ao longo da fronteira, que percebendo que estão separados do seu comando vão alegadamente se deslocar para o norte.
As Forças Aéreas dos EUA e da Coreia do Sul atacarão colunas mecanizadas. Isso, de acordo com o autor, possa ser a maior oportunidade para destruir um número grande de forças norte-coreanas.
Com a retirada das forças norte-coreanas da zona desmilitarizada, o exército norte-americano e os soldados sul-coreanos podem projetar um ataque à fronteira, para tentar se juntar aos marinheiros que já estarão agindo no território da Coreia do Norte. Ao mesmo tempo, as forças especiais dos EUA e da Coreia do Sul podem lançar várias operações contra as instalações com armas biológicas, químicas e nucleares para não permitir a utilização delas.
Será muito difícil unir as duas campanhas e é muito provável que resistem separados, como foi durante a Guerra das Coreias. Ambas as campanhas devem garantir a segurança nas fronteiras com a China e Rússia, mas, segundo o autor, o deslocamento para estas zonas fronteiriças pode provocar a intervenção imediata contra os EUA e as forças da Coreia do Sul.
O cenário de invasão terrestre prevê vários objetivos principais, sublinha Kyle Mizokami. O primeiro e mais importante, é neutralizar o regime de Kim Jong-un e as armas nucleares e químicas. O segundo é vencer sobre as forças norte-coreanas para não permitir que eles se convertam em uma força insurgente como Feyadeen Saddam no Iraque. O terceiro objetivo é que ambos os países devem entrar para as cidades para não permitir uma catástrofe humanitária.
Uma guerra terrestre com a Coreia do Norte será uma operação extremamente complicada com perdas civis e militares de ambas as partes do conflito. De fato, afirma Mizokami, esta operação pode se transformar em um conflito com o envolvimento de ataques de mísseis contra Guam, Japão e Coreia do Sul. Os EUA enfrentarão um risco enorme. Apesar do fato que a vantagem tecnológica dos EUA garantirá a dominância das suas forças no campo de batalha, os EUA terão pouco espaço para erros.
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