domingo, 26 de novembro de 2017

BRICS discute criar sistema alternativo de comércio do ouro

Os países do bloco produzem e consomem volumes impressionantes de metal precioso e querem continuar a fazê-lo sem ser através dos centros europeus tradicionais.
O Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul estão discutindo a possibilidade de criar um sistema de compra e venda de ouro separado dos tradicionais centros de comércio, disse o vice-presidente do Banco Central da Rússia, Sergei Shvetsov.

O sistema tradicional [de comércio de ouro], baseado em Londres e parcialmente em cidades suíças, é cada vez menos relevante à medida que estão surgindo novos centros de comércio, sobretudo na Índia, China e África do Sul", disse ele na sexta-feira (24) durante uma conferência Mercado de Metais Preciosos.
Estamos discutindo a possibilidade de estabelecer um único [sistema de] comércio de ouro tanto dentro do BRICS como a nível de contatos bilaterais", informou Shvetsov, acrescentando que o sistema, levando em conta os impressionantes níveis atuais de consumo e produção do metal precioso nos países do bloco, levaria à criação de novos pontos de referência a nível internacional.

De acordo com o vice-presidente, o Banco Central russo já firmou um memorando com a China para desenvolver o comércio bilateral de ouro. O banco espera que em 2018 seja lançado o sistema de comércio bilateral com Pequim.

Segundo os dados do Conselho Mundial de Ouro, a Rússia é o maior comprador oficial de ouro e o terceiro maior produtor mundial. Desde o início das sanções, o Banco Central russo compra cerca de 100 toneladas de ouro por ano. Ao mesmo tempo, durante os últimos meses, a China contribuiu mais que qualquer outro país para o crescimento da demanda por barras de ouro.


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