Sob o pretexto da luta contra o terrorismo na África, os EUA e seus aliados querem manter a região desestabilizada para expandir o seu controle sobre os recursos naturais do continente, declarou o colunista da Sputnik Aleksandr Khrolenko.
Em 5 de outubro três militares norte-americanos foram mortos em uma emboscada no Níger, perto da fronteira com o Mali. Os militares dos EUA, dois dos quais também foram feridos, foram atacados quando realizavam uma patrulha conjunta dos EUA e Níger. Eles foram as primeiras vítimas da operação antiterrorista dos EUA lançada no país africano durante a presidência de Barack Obama.
Em 5 de outubro três militares norte-americanos foram mortos em uma emboscada no Níger, perto da fronteira com o Mali. Os militares dos EUA, dois dos quais também foram feridos, foram atacados quando realizavam uma patrulha conjunta dos EUA e Níger. Eles foram as primeiras vítimas da operação antiterrorista dos EUA lançada no país africano durante a presidência de Barack Obama.
Operações militares ocidentais
O Níger é considerado uma base para a operação do Pentágono no continente, explicouKhrolenko. O comando das Forças Armadas dos EUA em África informou que as forças especiais norte-americanas no Níger treinam as forças locais para lutarem contra os extremistas locais. Os EUA também estão construindo uma base de drones em Agadez, que custa cerca de 50 milhões de dólares ($R 157 milhões), a partir da qual o Pentágono poderá lançar operações de reconhecimento e atacar militantes na Líbia, Mali e Nigéria.
Alguns dos aliados de Washington também estão envolvidos nas operações em toda a África. Há uma base francesa na fronteira líbio-nigerina. A França está realizando a operação Barkhane com o objetivo de expulsar os islamistas da região africana de Sahel e algumas das suas tropas também estão envolvidas na missão no Níger.
Desde a primavera de 2016, o Reino Unido entrega suprimentos da França ao Níger para apoiar a operação Barkhane, enquanto a Alemanha foi autorizada a construir uma base no Níger para combater o terrorismo na África Ocidental, inclusive no Mali.
A ONU tem igualmente uma missão de manutenção da paz no Mali (MINUSMA) com um orçamento anual de um 1 bilhão de dólares ($R 3,14 bilhões). Em comparação com muitos outros países africanos, o Mali, ex-colônia francesa, agora é mais ou menos estável. A sua economia baseia-se na agricultura (38 por cento do PIB) e na mineração de urânio (12 por cento do PIB). Cerca de 3 mil toneladas de urânio são exportadas anualmente pelo Mali para a França, Japão e Espanha.
Porquê a África?
O Ocidente está usando os grupos terroristas para continuar criando a instabilidade em muitas zonas de conflito em todo o mundo. Um dos seus objetivos é obter o controlo sobre os recursos naturais. Cerca de 1.700 militares dos EUA estão envolvidos em missões diferentes em 32 países africanos, mas nada foi feito para trazer a paz e a estabilidade na região", disse Khrolenko.
Em 2001, o Pentágono desenvolveu uma estratégia que prevê o uso das Forças Armadas dos EUA para garantir os fornecimentos de recursos minerais provenientes de países africanos, incluindo petróleo, ouro, diamantes, urânio e cobre.
"Para manter o ritmo atual de consumo dos recursos naturais africanos é preciso a defesa sistêmica dos interesses nacionais norte-americanos na região. Ao mesmo tempo, a presença de terroristas e rebeldes justifica a presença militar dos EUA em África aos olhos da comunidade internacional", concluiu o colunista.
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