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sábado, 12 de julho de 2014

Lançamento bem sucedido de foguete Angara aumenta indepdência espacial





O veículo de lançamento ecologicamente limpo Angara-1.2PP é o primeiro projetado depois da dissolução da URRS, e sua estreia ocorreu em 9 de julho a partir do cosmódromo de Plesetsk, na unidade federativa de Arkhanguelsk. O voo foi executado por completo.
A separação da primeira etapa na região determinada no mar de Barents ocorreu após quatro minutos da ignição. Depois de 21 minutos do lançamento, a maquete de carga útil caiu da segunda etapa na região determinada do polígono de Kura, na península da Kamtchatka. A distância total percorrida pelo foguete foi de 5.700 km.
Inicialmente, o primeiro lançamento do Angara leve havia sido planejado para o dia 25 de junho, mas, devido a verificações complementares, acabou sendo adiado. Em 28 de junho, o sistema automático cancelou o lançamento a 19 segundos da ignição. O presidente Vladímir Pútin, que observava o lançamento por teleconferência, determinou que esclarecessem as causas do acontecido, e o lançamento fDescobriu-se que o Angara não decolou devido à detecção de vazamento em uma válvula de drenagem não relacionada com o motor. A Roscosmos (agência espacial russa) tomou a decisão de consertar o Angara no próprio cosmódromo e, no dia 9 de julho, o lançamento foi finalmente realizado.
As diferentes configurações do instrumento se diferenciam pelo número de unidades de foguetes das quais é formada a primeira etapa. O Angara lançado é uma versão intermediária do foguete que permitiu testar o funcionamento da primeira e segunda etapas.
Futuramente, os foguetes pesados Angara serão equipados com uma terceira etapa a hidrogênio, o que permite levar de Plesetsk cargas muito mais pesadas. O primeiro voo pilotado do Angara pesado deve ocorrer em 2018 a partir do cosmódromo de Vostótchni, na unidade federativa de Amur.
Junto com a nova classe de foguetes, a Rússia obteve acesso independente e garantido ao espaço. De agora em diante, o país pode lançar satélites de todos os tipos às orbitas terrestres baixa e geoestacionária sem necessidade de acordo com o Cazaquistão, onde está localizado o cosmódromo de Baikonur.
Além disso, a produção desses foguetes não depende de terceiros contratados, pois, por motivos de segurança estratégica, a família foi completamente projetada e produzida por um consórcio de empresas russas e localizadas em território nacional.
A utilização do Angara também eleva consideravelmente o índice de sustentabilidade dos lançamentos: enquanto o Próton utiliza combustível prejudicial ao meio ambiente UDMH, a combinação querosene-oxigênio utilizada pelo Angara é menos tóxica.
Apelo comercial
O membro-correspondente da Academia Russa de Cosmonáutica Tsiolkovski, Andrêi Ionin, acredita que, em paralelo à criação da família Angara, que não será explorada comercialmente, a Rússia precisa iniciar a criação de um foguete pesado mais barato.
“O Angara no cosmódromo de Plesetsk não tem futuro comercial, é importante que se entenda isso. Sua tarefa é levar à órbita satélites federais, criados por conta do orçamento”, diz o especialista.
Segundo ele, o país precisa passar gradualmente à criação de veículos de lançamento pesados, porém baratos, a exemplo da empresa privada americana SpaceX, que já produz foguetes por cerca de 70 milhões de dólares.
“Para não perder o mercado de lançamentos comerciais, é necessário continuar a exploração dos Prótons, que custam cerca de 100 milhões por lançamento, e começar a desenvolver um foguete no valor aproximado de 50 milhões de dólares por lançamento, para não cedermos este segmento por completo à SpaceX no futuro”, acrescenta Ionin.
No entanto, o primeiro lançamento bem sucedido do Angara não é de pouca importância para o Ministério da Defesa, segundo o acadêmico da Academia Russa de Cosmonáutica Tsiolkovski, Igor Marinin.
“O Angara permite que, de Plesetsk, se leve carga à órbita geoestacionária, o que é muito importante não só para lançamentos comerciais de satélites de comunicação, mas também para o Ministério da Defesa, pois, agora, graças ao fato de que de Plesetsk serão lançados foguetes pesados, nós nos desvinculamos da dependência de lançamentos do interesse do Ministério da Defesa de outro estado", explica Marinin.oi adiado mais uma vez.
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Microprocessadores russos querem competir com Intel e AMD

No início de julho, o fabricante privado russo de processadores Moscow Center of Sparc Technologies (Mcst) começou a produção de um lote experimental de processadores de oito núcleos Elbrus-8S, com a sua própria arquitetura de 64 bits. A frequência do chip é de 1,3 GHz e o poder computacional é de 250 gigaflops. O projeto começou em 2011, a partir de uma ordem do Ministério de Comércio e Indústria da Rússia, que investiu no projeto cerca de US$ 24,4 milhões.
Os fabricantes prometem desenvolver cerca de 300 modelos de circuito integrado Elbrus-8S até o final de 2014. A Mcst também planeja começar a fabricação de servidores, estações de trabalho e equipamentos de telecomunicações baseados em seus processadores. O Elbrus-8S é o primeiro processador de oito núcleos fabricado pela empresa russa.
O Ministério do Comércio e Indústria e o Ministério da Defesa declararam que é necessário encontrar um substituto às importações de tecnologias estrangeiras para mitigar as sanções econômicas dos EUA e da União Europeia.Entre os clientes potenciais há grandes produtores russos como a Depo Computadores, a Kraftway e a Aquarius. Em 2012, a empresa fabricava computadores baseados no Elbrus-2S, a geração anterior de processadores da Mcst, mas devido ao baixo volume de produção, o preço de cada unidade foi de US$ 3.000, o que o não permitiu sair no mercado.
De acrodo com o representante da Mcst Konstantin Truchkinm, agora, a empresa planeja atrair universidades e órgãos estatais como compradores de produtos baseados no chip Elbrus-8S, o que aumentaria o volume de produção e, consequentemente, diminuiria os preços.
De acordo com dados do Ministério do Comércio e Indústria, as empresas e agências governamentais gastam US$ 500 milhões cada ano para comprar cerca de 700 mil novos computadores e US$ 800 milhões para 300 mil servidores. O volume total do mercado é de US$ 3,5 bilhões.
Fabricação fora
"A fabricação de chips Elbrus-8S será realizada no exterior", diz Trúchkin. "A Federação da Rússia não tem a capacidade tecnológica para isso. Em primeiro lugar, os processadores serão fabricadas pela empresa taiwanesa Tsmc”, completou.
Além dos processadores Elbrus, a empresa Mcst está desenvolvendo um microchip mais potente: em maio de 2014, a empresa assinou um contrato com o Ministério de Comércio e Indústria para o desenvolvimento de um processador de 64-bit (El-16S) de 8 a 16 núcleos. O primeiro chip será produzido em novembro de 2018 e será usado pelo Ministério da Defesa da Rússia.
Um futuro incerto
O potencial dos novos processadores foi avaliado por vários especialistas. Segundo o analista da revista especializada "Ferra", Oleg Koletchenko, é pouco provável que o processador Elbrus competirá com a Intel, AMD ou IBM.
"No entanto, não podemos subestimar a importância do desenvolvimento de novos microprocessadores russos. O lançamento do Elbrus-8S é um grande passo à frente. Sua arquitetura tem uma série de avanços tecnológicos muito interessantes, especialmente em termos de proteção. Esse chip poderá ser usado na área de defesa", disse Kolentchenko.
Os representantes da Intel na Rússia afirmam que sua atividade no país não está ameaçada.
"Somos uma empresa dos EUA e cumprimos todos os requisitos do governo dos EUA. No entanto, de acordo com informações recentes, a Intel não vai alterar sua atividade na Rússia", diz o diretor regional da Intel na Comunidade dos Estados Independentes, Dmítri Konach.
"Não vendemos nada diretamente às empresas ou indivíduos incluídos na lista de sanções. Na Rússia, temos uma série de clientes com os quais trabalhamos diretamente em projetos de consultoria", completou.
Além da Mcst, na Rússia há várias empresas que produzem microprocessadores: a Rover Computadores, cujo produto mais conhecido são os laptops RoverBook, a DEPO Computers, que produz computadores e servidores e a Desten, fabricante de computadores domésticos
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Rússia apresentará aviões mais modernos em Farnborough

O salão aeroespacial internacional Farnborough International Airshow 2014 será realizado de 14 a 20 de julho. A preparação da delegação russa para o evento não passa sem problemas: um número de participantes ainda não conseguiu obter vistos.
"Nós participamos tradicionalmente deste salão aeroespacial e tentamos representar aqui as últimas tendências e as amostras de exportação mais promissoras. Estão programadas apresentações de helicópteros de combate e aviões para as delegações do Oriente Médio, América Latina, Sudeste Asiático", cita o relatório a declaração do chefe da delegação da Rosoboronexport, Serguei Kornev.

Robô de combate com sistema Kornet

Uma das tarefas mais importantes dos robôs militares é minimizar os riscos para a vida e integridade física dos militares durante as operações de combate. A solução consiste em o veículo se deslocar em regime de autonomia ou por controle remoto, refere o editor principal da revista Arsenal Otechestva (Arsenal da Pátria) Viktor Murakhovsky:
“Em caso de haver fogo de resposta do inimigo, as vidas humanas são preservadas. Em segundo lugar, aumenta a precisão da pontaria dos mísseis antitanque. Da experiência de guerra e dos estudos psicológicos se sabe que um artilheiro sob fogo do inimigo é muito menos eficiente que em polígono de tiro. A precisão de sua pontaria é reduzida em dois a cinco vezes, conforme seu nível de qualificação”.
É evidente que, se o operador não estiver no blindado, mas afastado a controlar remotamente, ou o veículo esteja cumprindo um programa pré-estabelecido, a probabilidade de atingir o alvo será superior. Entretanto, a decisão de fazer fogo será exclusivamente humana. O operador está dentro do veículo e efetua o lançamento mantendo na tela a marca de pontaria sobre o alvo. O míssil voa em regime autônomo, o operador não precisa de o manobrar.
O principal problema na criação de sistemas robotizados consiste em proporcionar o movimento telecomandado ou automático. Esse problema ainda não foi resolvido em parte nenhuma do mundo. Os norte-americanos têm modelos experimentais, seu veículo militar efetua um percurso pré-programado contornando os obstáculos de forma autônoma. Esse veículo se destina a fornecer munições e combustíveis à linha da frente.
Aliás, os pioneiros na criação de sistemas robotizados foram os especialistas soviéticos. Já nos anos 80 se desenvolviam estudos com tanques. Um robô militar pode ser criado com base em qualquer veículo. O principal objetivo é desenvolver e aprimorar todas as tecnologias de transmissão de informação, do controle do sinal e da recepção da reação de resposta. É isso que os especialistas estão desenvolvendo neste momento.
O sistema Kornet pode combater com eficácia alvos tanto terrestres, como aéreos. Ninguém no mundo tem um equipamento desses. O míssil antitanque telecomandado, com alcance máximo de até 8 quilômetros, perfura blindagens com espessuras até 1.300 milímetros. Isso permite ao Kornet atingir tanques modernos e futuros, mesmo existindo a tendência para melhoria dos seus níveis de proteção. O tanque norte-americano M1 Abrams não é uma exceção, diz Viktor Murakhovsky:
“Vejam o exemplo do Iraque, aquilo que lá está acontecendo. Na net já há bastantes materiais que mostram o tanque M-1 ser atingido por mísseis antitanque, inclusive mísseis como o Kornet e o lançador de foguetes portátil RPG-29 Vampir”.
O Kornet tem uma capacidade de perfuração suficiente para atingir todos os tipos de veículos blindados estrangeiros. Como foi divulgado anteriormente, a Rússia já dispõe de plataformas de base robótica das categorias ligeira, média e pesada. Isso abre grandes perspectivas para o desenvolvimento de sistemas robotizados. Como se sabe, eles são desenvolvidos para quase todas as especialidades das forças armadas”.
Recentemente as forças armadas da Rússia receberam os primeiros exemplares de série do sistema Platforma-M sobre lagartas. Ele está equipado com quatro lançadores de foguetes e uma metralhadora Kalashnikov. Esse sistema pode ser usado para missões de reconhecimento, supressão de alvos fixos e móveis e para fogo de cobertura das unidades operacionais.
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