Cientistas americanos desenvolveram as pernas mecânicas mais parecidas com os membros humanos já criada. Segundo os resultados dos testes, publicados no Journal of Neural Engineering, o trabalho deve ajudar a compreender como os bebês aprendem a andar e abrir portas para novos estudos sobre tratamentos de lesões na espinha dorsal.
A equipe da Universidade do Arizona, dos Estados Unidos, critou uma versão do sistema que gera sinais aos músculos e controla as pernas e o ato de andar. Eles replicaram o gerador central de padrões (GCP), uma rede de neurônios na região lombar da espinha dorsal que coordena esses sinais.
O GCP produz, e então controla, esses sinais ao reunir informações das diferentes partes do corpo envolvidas no ato de andar, respondendo às condições externas ao corpo - se é uma subida ou se há um degrau, por exemplo. É esse sistema que permite que andemos autoticamente, sem pensar no que estamos fazendo.
A forma mais simples do GCP é composta por apenas dois neurônios que emitem sinais alternadamente e em ritmo, e por dois sensores que captam e enviam informações ao sistema. Os pesquisadores acreditam que os bebês começam a caminhar só com essa estrutura e ao longo do tempo desenvolvem mais complexidade.
"Esse robô representa um modelo completo ou 'neurorrobótico' do sistema, demonstrando a utilidade desse tipo de pesquisa para estudar os processos neuropsicológicos por trás do movimento de humanos e animais", escreveram os pesquisadores na publicação.
Segundo Theresa Klein, que faz parte da equipe, o robô reproduz a caminhada de um humano com o sistema simples de dois neurônios e dois receptores. "Essa rede também deve formar o núcleo do GCP e pode explicar como pessoas com lesões na espinha dorsal podem retomar a capacidade de andar se estimuladas da forma correta", avalia.
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