sábado, 24 de agosto de 2013

EXÉRCITO BRASILEIRO TRANSFERE TECNOLOGIA DE VANT PARA A FLIGHT TECHNOLOGIES

Em 20 de agosto, o Centro Tecnológico do Exército recebeu o Sr Nei Brasil, Diretor-Presidente da Flight Technologies Sistemas, Serviços e Aerolevantamento, ocasião em que foi realizada a assinatura do Contrato de Licenciamento da Tecnologia do Sistema de VANT VT 15 à empresa.

O Sistema de VANT VT15, tal como projetado pelo CTEx, com subcontratação da empresa, possui aeronaves que podem carregar até 10 kg de instrumentos dedicados ao imageamento do terreno na busca de alvos e na vigilância aérea. Com 4,18 m de envergadura, o VT 15 pesa cerca de 75 kg, mas pode ser facilmente desmontado em módulos e acondicionado em caixas, que facilitam o transporte e armazenagem.

Compõem o Sistema entregue ao CTEx em Julho de 2010 três veículos aéreos, uma estação de solo portátil e um conjunto de itens de apoio logísticos.

O projeto propiciou ao CTEx a capacitação de pessoal e o domínio das tecnologias associadas aos Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT).

É a primeira vez que um contrato dessa natureza é formalizado pelo CTEx, inaugurando uma nova fase no relacionamento com as empresas da Base Industrial de Defesa (BID), ao possibilitar que as inovações geradas nas pesquisas conduzidas pelo Centro possam induzir a produção de materiais que atendam às demandas militares.

A Flight Technologies manifestou interesse em licenciar a marca “VT15”, os programas computacionais e as tecnologias desenvolvidas no bojo desse projeto. Com isso, a empresa terá a oportunidade de agregar novas funcionalidades ao VANT, de modo a torná-lo um produto competitivo no mercado.

“Para nós da Flight é uma honra podermos prosseguir um projeto iniciado em 2007 com o Exército Brasileiro. É um momento histórico. Por ser o primeiro contrato desta natureza assinado pelo CTEx, demonstra a confiança depositada na Indústria de Defesa. Esperamos retribuir essa confiança com um produto à altura das expectativas do País, em especial, da Força Terrestre”, explicou o Presidente da Flight Technologies, Nei Brasil.
           
Tal como idealizado pela empresa, o VT15 é um VANT tático leve, para ser operado por 3 pessoas, de campo, de alta eficiência, com enlaces de rádio para operações até 180km em linha de visada, autonomia típica de 24 horas, e até 17 kg de carga-paga em sua configuração de propósito múltiplo. O volume dos compartimentos da aeronave propicia a instalação de imageadores diurnos e noturnos, radares SAR, apontadores laser, AIS, entre outros.
           
“O projeto Vant VT15 já marcou época por ter sido o primeiro Vant do Exército Brasileiro. Em tempo que pode ser considerado recorde, e contando com recursos dentro da realidade nacional, entregamos as unidades encomendadas e a estação de controle, com treinamento de pessoal da Força para operação. Nossa intenção, agora, é dotar o Sistema VT15 de capacidades específicas para que ele atenda as necessidades hoje já existentes das Força Armadas. A tecnologia evoluiu muito neste período, e o Brasil tem plenas capacidades para possuir um dos mais avançados sistemas de sua categoria a nível mundial.  Projetos como SISFRON e Proteger necessitarão de um sistema com suas características. Além disso, poderá igualmente atender as demandas dos Países integrantes da Unasul e demais latino americanos.”, completa Nei Brasil.
 
Sobre a Flight Technologies
 
A Fight Technologies (FT) é pioneira no desenvolvimento de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT). Fundada em 2005, a empresa 100% nacional atua no desenvolvimento de sistemas aeronáuticos, dando suporte ao desenvolvimento de sistemas robóticos em projetos do Ministério da Defesa Brasileiro.

Participou e ainda participa de importantes projetos na área de sistemas aéreos não tripulados nacionais, como o Projeto VANT e Projeto DPA VANT, ambos sob Gerência do Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), Projeto Vant VT15 do CTEx e Mini-vant Horus do CTEx e Finep, consolidando sua posição de liderança e referência na área. Detentora de tecnologias próprias de interesse para o país, a FT é considerada uma empresa estratégica para as Forças Armadas Brasileiras
  ..SNB

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

NSA pagou milhões a Google e Microsoft por colaboração, diz jornal

A Agência Nacional de Segurança dos EUA pagou milhões de dólares às grandes empresas de internet, entre elas Yahoo!, Google, Microsoft e Facebook, para compensá-las pelos custos vinculados a seus pedidos de vigilância informática, informou nesta sexta-feira o jornal britânico The Guardian.
A publicação, que cita novos documentos facilitados pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden, afirmou que deste modo fica provado pela primeira vez o vínculo entre estas empresas de internet e os programas de espionagem dos EUA.Estas despesas adicionais são por conta dos novos requisitos exigidos pela Corte Fisa, criada pela Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (Fisa) e encarregada de autorizar e supervisionar a atividade da NSA, que declarou o programa inconstitucional em 2011.
A suspensão aconteceu depois que ficou conhecido que a NSA inteceptava milhares de e-mails que violavam a privacidade de pessoas sem relação com o terrorismo, o que obrigou a agência a mudar a forma como colhe informação eletrônica.
A partir de então, a agência começou a solicitar que a Corte Fisa assinasse "certificações" anuais para garantir um marco legal para estas operações de vigilância, embora estas só tenham sido renovadas de maneira temporária.
"Os problemas do ano passado tiveram como resultado múltiplas extensões de datas de vencimento dos certificados, o que provocou despesas de milhões de dólares aos provedores do programa de vigilância para implementar cada uma das seguintes extensões, estes custos foram a cargo das Operações de Fontes Especiais", assinala um destes documentos internos da NSA datado no final de 2012.
Snowden explicou ao The Guardian que este órgão de Operações de Fontes Especiais é a "joia da coroa", já que coordena todos os programas de espionagem que se baseiam nas "alianças corporativas" com empresas de telecomunicações e provedores de internet que oferecem acesso a dados de comunicações.
Antes de divulgar as novas revelações, o jornal britânico perguntou a várias destas companhias sobre seus papéis nestes programas.
Um porta-voz do Yahoo! explicou que as "leis federais exigem que o Governo dos EUA reembolse aos provedores todos os custos envolvidos para responder a todos os procedimentos legais obrigatórios impostos pelo Governo".
"Solicitamos estes reembolsos de acordo com a lei", afirmou o Yahoo!, embora confirme sua participação e papel nestes programas.
Por sua vez, o Facebook respondeu, também através de um porta-voz, que "nunca recebeu compensação em relação com o cumprimento de um pedido de dados do Governo".
A Microsoft e o Google não se pronunciaram, de acordo com o The Guardian.
EFE...SNB

ANTÁRTIDA – FAB celebra 30 anos do primeiro pouso no continente gelado

O primeiro voo para a Antártida realizado pela Força Aérea Brasileira completa 30 anos nesta sexta-feira (23). A missão cumprida exclusivamente pelo Esquadrão Gordo (1º/1º GT), sediado no Rio de Janeiro, faz parte do apoio logístico ao Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). Os dez voos realizados a cada ano são imprescindíveis para que cientistas brasileiros possam trabalhar na busca de respostas, como a cura do câncer e as soluções para as mudanças climáticas globais. Leia mais sobre o assunto na última edição da Aerovisão.
De acordo com o comandante do Esquadrão Gordo, Tenente-Coronel-Aviador Sérgio Mourão Mello, a experiência de operar no gelo permitiu que a FAB consolidasse doutrina própria para esta missão. Além disso, o comandante destaca quais são os desafios para os próximos 30 anos. 


Selo comemorativo - A data será celebrada na próxima semana (30/08) com uma solenidade militar na Base Aérea do Galeão (BAGL) reunindo atuais e ex-integrantes do Esquadrão Gordo. Na ocasião, será lançado o selo comemorativo de 30 anos da operação antártica. A imagem do C-130 Hércules da FAB sobrevoando o continente polar será utilizada no uniforme de voo por todos os integrantes da unidade aérea durante um ano.
No evento, também serão homenageados os militares que fizeram enfrentaram pela primeira vez os desafios do gelo. Dois anos depois do primeiro voo, em 23/08/1985, a tripulação foi surpreendida por uma forte nevasca. Sem condições de decolagem, a única saída para os seis militares foi pernoitar no inóspito continente.
Os desafios de voar no gelo – Qual a preparação dos pilotos? Como é o caminho para chegar no continente gelado? Descubra estas respostas no programa FAB em Ação sobre os desafios de voar na Antártida. Um lugar onde os ventos podem ultrapassar os 100 km/h, a névoa encobre tudo num piscar de olhos e no verão as temperaturas não vão muito além de zero grau.
Fonte: Agência Força Aérea...SNB

Brasil e Turquia criam grupos para estudar desenvolvimento de projetos conjuntos em defesa

Brasil e Turquia vão fortalecer a cooperação bilateral em defesa por meio da criação de cinco grupos de trabalho para estudo de parcerias nas áreas naval, aeronáutica, espacial, comando e controle e defesa cibernética. A decisão é resultado da viagem oficial realizada esta semana pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, ao país euroasiático.Ao longo de três dias, Amorim e comitiva mantiveram contatos com lideranças políticas, militares e com executivos de empresas turcas em Ancara, capital do país. A decisão de criar os grupos de trabalho ocorreu após tratativas entre Amorim e o ministro da Defesa Nacional da Turquia, Ismet Yilmaz.
Os grupos serão constituídos por representantes estatais, civis e militares, e deverão contar também com a participação de integrantes de empresas da área de defesa dos dois países. Nas próximas semanas, deverão ser definidas as datas de reuniões técnicas setoriais, que ocorrerão no Brasil e na Turquia até o final deste ano.
A cooperação na área de defesa com os turcos parte da ideia central de que os dois países - nações com nível de desenvolvimento semelhante, sem conflitos de interesse e com participação crescente no cenário internacional - têm muito a ganhar com o desenvolvimento de projetos comuns, tanto no campo econômico como no campo estratégico. “Nossa relação já alcançou o status de parceria estratégica. A indústria de defesa do meu país tem realizado grandes projetos e estamos prontos a cooperar”, disse Ismet Yilmaz a Amorim em encontro da sede do Ministério da Defesa, em Ancara.Na área naval será estudada a possibilidade de troca de informações e eventual desenvolvimento conjunto de projetos de construção de navios escolta: corvetas e fragatas. A Turquia construiu, a partir de projeto próprio, uma corveta com requisitos e características que podem interessar ao Brasil. O Brasil também possui um projeto nativo de corveta, que serviu de base para a construção de um navio da nova classe de corvetas da Marinha, a Barroso. Nesse grupo também deverá haver tratativas sobre projetos e sistemas de detecção e guerra eletrônica.
No grupo aeronáutico, o foco recairá em projetos de aviões, helicópteros e veículos aéreos não-tripulados (vants). A Turquia desenvolveu projetos de helicópteros militares de ataque e de vants que utilizam aviônica nacional. Também possuem experiência na integração e fabricação de peças e seções de aviões civis e militares. O Brasil, por seu turno, também está desenvolvendo vants e possui uma ampla experiência na fabricação de aviões de civis e militares, por meio da Embraer.A ideia é discutir as possibilidades de parceria no segmento, a partir do conceito de emprego dual (civil-militar) das aeronaves, incluindo tratativas sobre o projeto turco, em fase inicial de desenvolvimento, de um caça de 5ª geração. Nesse campo, uma das possibilidades a serem estudadas é a montagem de helicópteros turcos no Brasil e de aviões brasileiros na Turquia.
O grupo espacial vai tratar das possibilidades de cooperação em sistemas de lançamento e de satélite (de sensoriamento e comunicações). O de comando e controle terá como objetivo central a área de comunicações militares (com possibilidade de aplicação civil) por meio da tecnologia denominada Rádio Definido por Software (RDS). O Brasil tem interesse no desenvolvimento dessa tecnologia, que trará, entre outros aspectos, ganhos significativos para as comunicações diretas entre as Forças Armadas brasileiras, melhorando seu desempenho, por exemplo, nas operações militares.
O quinto grupo tratará da área de defesa cibernética, com base na experiência acumulada até o momento pelas forças militares das duas nações. O Brasil enviará representante à feira que a Turquia organizará sobre o tema (International Cyber Warfare and Security) no próximo mês de novembro, em Ancara.
Outras parcerias
Além da criação dos grupos de trabalho, os dois ministros da Defesa também concordaram em estreitar as parcerias em outras áreas da defesa. Amorim e Yilmaz, que esteve no Brasil em visita oficial no ano passado, acertaram a ampliação de vagas em escolas de formação militar para fomentar o intercâmbio entre oficiais e praças das duas nações. “Considero isso muito importante para o fortalecimento da cooperação”, pontuou Amorim ao colega turco.
Também foi discutida a possibilidade de abertura de novas vagas em cursos de operações de paz e de combate ao terrorismo, área em que as forças turcas possuem ampla experiência.
Celso Amorim também manteve importantes encontros com algumas das principais lideranças políticas turcas. O ministro brasileiro foi recebido pelo presidente, Abdullah Gül, e pelo ministro das relações exteriores do país, Ahmet Davutoglu. Com ambos, além de obter sinalizações positivas sobre a cooperação militar, Amorim conversou sobre a conjuntura política mundial e, mais especificamente, sobre a situação do oriente médio.O ministro brasileiro foi portador de uma carta da presidente Dilma Rousseff endereçada ao presidente turco na qual a mandatária brasileira reitera a disposição do país em incrementar a cooperação na área de defesa.
Na sede do ministério da Defesa, Amorim foi recebido com honras militares. O início da programação oficial da viagem foi marcada pela cerimônia de deposição de uma coroa de flores no mausoléu construído em homenagem a Mustafa Kemal Atatürk, fundador e primeiro presidente da República da Turquia.
Durante a viagem, Amorim também participou da inauguração da adidância de Defesa brasileira na Turquia, cujas instalações funcionarão na térreo da embaixada brasileira naquele país. A representação ficará à cargo do comandante Allan Kardec Mota.
A viagem oficial contou com o apoio do embaixador brasileiro no país, Antonio Salgado, e equipe. A comitiva brasileira contou, entre outros, com oficiais generais da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) e da Marinha do Brasil, general Aderico Mattioli, brigadeiro Nilson Carminati e almirante Antônio Carlos Frade Carneiro.
Fotos: MD
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa...SNB

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

TECNOLOGIA - Conheça as mudanças no Projeto Veículo Lançador de Satélites (VLS) na última década

O gerente do Veículo Lançador de Satélites (VLS), Tenente-Coronel Engenheiro Alberto Walter da Silva Mello Júnior, explica como está o projeto atualmente, o que mudou desde o incêndio na plataforma do Centro de Lançamento de Alcântara em 2003, no Maranhão, e a previsão para o novo lançamento do VLS. 


Localizado a 2 graus ao sul da Linha do Equador, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, é considerado estratégico para o lançamento de satélites. A instalação nessa posição geográfica permite uma economia de até 30% do combustível necessário para impulsionar um foguete. Conheça um pouco mais sobre as atividades do CLA, um local onde convivem lado a lado a tecnologia de ponta e os casarões do Brasil Império.  
Fonte: Agência Força Aérea...SNB

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Em entrevista à BBC, David Miranda diz ter se sentido 'nu diante de multidão'; ele cobra também resposta de Dilma

De acordo com o brasileiro, a polícia britânica disse que ele seria preso caso se recusasse a fornecer as senhas. Miranda afirmou que, ao expor dados pessoais, sentiu como se estivesse "nu diante de uma multidão".
A polícia britânica se valeu de uma cláusula da lei antiterrorismo para deter Miranda, parceiro do jornalista do Guardian Glenn Greenwald no último domingo. Greenwald publicou reportagens sobre os programas de monitoramento dos EUA e do Reino Unido baseadas em documentos vazados pelo ex-funcionário de uma prestadora de serviços da Agência Nacional de Segurança (NSA, sigla em inglês) dos EUA Edward Snowden .
Miranda ficou detido por quase nove horas - o tempo máximo permitido por lei - e teve seus equipamentos eletrônicos confiscados. Miranda, 28 anos, estava viajando ao Brasil após visitar a Alemanha, onde ele se encontrou com Laura Poitras, um cineasta que trabalhou com Greenwald nas reportagens sobre a NSA. Na terça-feira, ele entrou com uma ação na Justiça para garantir o total sigilo de seus materiais e dados apreendidos.
Além de relatar sua detenção, Miranda cobrou uma resposta da presidente Dilma Rousseff . "Eu gostaria de perguntar o que Dilma pensa sobre isso, porque eu não ouvi nenhuma reação dela. Estou esperando por mais respostas. Se houver pressão internacional sob ela, eu quero saber o que ela vai dizer."
Por outro lado, Greenwald elogiou a "indignação" do governo brasileiro diante do episódio. "Acho que o governo brasileiro lidou com a situação de forma maravilhosa", disse o americano à repórter Júlia Carneiro Dias. "Desde o primeiro minuto em que comecei a ligar para autoridades brasileiras para explicar o que havia acontecido com o David, o cidadão deles, eles estavam indignados. Genuinamente indignados, e não apenas fingindo indignação por motivos diplomáticos."Denúncias pelo vazamento de Snowden: 
O governo brasileiro cobra respostas das autoridades diplomáticas britânicas sobre a detenção de Miranda. Greenwald e o jornal The Guardian acusam as autoridades britânicas de usar a lei antiterrorismo apenas para intimidá-los por investigar escândalos da inteligência. O governo britânico se defende, dizendo que tinhamotivos suficientes para deter Miranda , uma vez que ele portava material "sensível" e "roubado".
Greenwald disse que o governo brasileiro foi bastante duro nas suas cobranças, públicas e privadas, em relação ao governo britânico, e que o Brasil já havia se comportado desta forma em episódios passados. "Eu acho que o mesmo aconteceu quando os EUA e seus aliados europeus impediram o avião do (presidente boliviano) Evo Morales de voltar para casa", disse.
"Isso tem todo o ranço de atitude colonialista e imperialista da qual as pessoas no Brasil e na América Latina se ressentem. Isso é um grande componente de como as pessoas reagiram a isso tudo aqui ( no Brasil )."
Com BBC..SNB

Governo americano auxilia países do Oriente Médio a construir defesas contra arsenal de ciberarmas iranianas

O governo Obama começou a ajudar seus aliados do Oriente Médio a construir defesas contra o crescente arsenal de ciberarmas do Irã e fará o mesmo na Ásia para conter ataques a computadores perpetrados pela Coreia do Norte.
As autoridades americanas não quiseram citar quais países do Golfo Pérsico estão recebendo ajuda, mas disseram que a lista inclui as nações que colaboraram ativamente para encontrar e interceptar armas a caminho do Irã. Os três maiores colaboradores dos EUA nessa área foram Arábia Saudita, os Emirados Árabes e o Bahrein.
Na Ásia, os países mais preocupados com ataques cibernéticos da Coreia do Norte são a Coreia do Sul e o Japão.
Esse novo programa do Departamento de Defesa é o mais recente exemplo de como o governo Obama está moldando seus esforços de segurança nacional para a era do conflito digital. Nesse caso, trata-se de reforçar as defesas das redes de computadores e, se necessário, revidar possíveis ataques.
Uma ordem assinada pelo presidente, que veio a público em junho – a terceira de uma série de documentos vazados para a imprensa –, mostra como o governo americano está preparando a si próprio e a seus aliados. Também revela o funcionamento de uma operação de vigilância da internet em larga escala, com o objetivo de identificar ameaças terroristas.
A ordem presidencial inclui uma declaração de que os EUA se reservam o direito de “ações antecipadas” contra “ameaças iminentes”, em uma aparente referência ao tipo de ataque contra infraestrutura que o Irã estaria preparando contra os EUA e aliados.
A ajuda para fortalecer as defesas das redes de computador de aliados, que não foi anunciada publicamente, faz um paralelo com outros esforços do governo Obama em duas regiões voláteis do mundo. Recentemente, os EUA ajudaram a instalar sistemas antimísseis e radares em países do Golfo Pérsico contra um possível ataque do Irã e fizeram algo semelhante na Ásia, em resposta ao programa de armas nucleares da Coreia do Norte .
Mas deter ciberataques é um problema bem mais complexo. As autoridades americanas dizem que o esforço, que inclui fornecimento de hardware, software e treinamento, é uma experiência. A iniciativa foi impulsionada por dois grandes ataques no ano passado.
Um deles foi contra a Saudi Aramco, a maior produtora estatal de petróleo da Arábia Saudita. A ofensiva vinda do Irã afetou 30 mil computadores, mas não conseguiu parar a produção. O outro foi um ataque a companhias de mídia e bancos na Coreia do Sul, que congelou as operações bancárias de várias instituições por dias.
“O ataque iraniano aos sauditas fez todos acordarem e perceberem que, se o Irã pode pensar duas vezes antes de lançar um míssil, ele claramente vê o ciberataque como uma potente forma de responder às sanções que sofre”, disse um funcionário do governo americano que pediu para não ser identificado.
Ninguém sabe ao certo se Irã e Coreia do Norte estão trabalhando juntos para desenvolver armas cibernéticas, da mesma forma que trabalharam juntos por anos para desenvolver tecnologia balística. Acredita-se que o Irã, particularmente, acelerou em muito seus esforços na área da informática. Os avanços parecem ser resultado de um foco cada vez maior na comunidade de hackers e no ensino de ciências da computação.
O programa iraniano atual se mostra muito mais maduro do que um esforço anterior, que tentou usar as mídias sociais para persuadir militares americanos na região a entrar em sites de relacionamento ou de viagens. O objetivo era obter informações online sobre os oficiais e encontrar portas de entrada no sistema de computador do Exército.
Para completar, os EUA acreditam que os Irã está contratando programadores estrangeiros associados a crimes na internet, alguns deles da Rússia. E, talvez o ponto mais preocupante, o Irã e outras nações podem agora comprar poderosos malwares (softwares maliciosos como vírus e cavalos de Troia), disponíveis no mercado negro.
No ranking de potências da computação, Irã e Coreia do Norte estão muito abaixo de países como EUA, Israel, Reino Unido, Rússia e China.
Guerra cibernética: EUA espionam computadores da China
China e Rússia, no entanto, estão tão conectadas à economia global que qualquer ação realmente destrutiva contra os mercados de energia ou financeiro também as prejudicaria. Mas Coreia do Norte e Irã, especialmente em épocas tensas, não teriam tais restrições.
Por Thom Shanker e David Sanger
NYT....SNB

Marinha russa para receber 10 embarcações de salvamento no final do ano

RIA Novosti) - A Marinha russa receberá 10 navios avançados de busca e salvamento e barcos até o final deste ano, para aumentar sua capacidade de salvamento no mar, um oficial da Marinha disse quarta-feira.
Entrega de novas embarcações de busca e resgate avançados é vital para a Marinha russa, uma vez que ainda carece de meios confiáveis ​​para resgatar submarinos e navios em perigo.
"A construção do Igor Belousov navio de resgate eo Viktor Konetsky rebocador de resgate está sendo concluída", disse o chefe do serviço de busca e salvamento da Marinha, o capitão primeira classificação Damir Shaikhutdinov.
De acordo com Shaikhutdinov, a Frota do Báltico vai receber quatro embarcações de salvamento avançadas, enquanto três navios de resgate multiuso será comissionado pela Frota do Mar Negro.
"A Flotilha Caspian em breve receberá um barco de SB-45 de resgate", disse o funcionário.
Desde a tragédia do submarino nuclear Kursk , em 2000, quando a Rússia teve que contar com a ajuda de mergulhadores noruegueses para chegar ao navio enterrado no fundo do oceano a uma profundidade de 108 metros, a Marinha russa adquiriu uma série de de fabricação estrangeira em alto-mar Equipamento de salvamento.
No momento, todas as frotas russas têm Britânico-construído Panther Plus e Tiger submersíveis em serviço.
SNB

Ministério da Defesa da Índia assina contrato para T-90 mísseis

RIA Novosti) - O Ministério da Defesa da Índia, assinou um contrato com a Bharat Dynamics Limited para entrega de T-90 mísseis de tanques fabricados sob licença russa para o exército indiano, o jornal The Hindu diariamente nesta terça-feira.
Nos termos do contrato, estimado em 470 milhões dólar, as entregas dos mísseis Invar, para ser colocado em tanques T-90, devem ser concluídas dentro dos próximos cinco anos.
Invar é um míssil antitanque guiado por laser com alcance de cinco quilômetros (três milhas) e capacidade de penetrar a armadura explosivo reativo.
Bharat Dynamics tem vindo a fabricar os mísseis, em colaboração com o exportador de armas estatal russa, Rosoboronexport, afirmou o jornal.
De acordo com relatos da mídia, a Índia está planejando para adquirir 25 mil mísseis Invar para seus tanques T-90, incluindo 10 mil para ser comprado diretamente da Rússia e 15.000 a ser fabricados internamente sob licença russa.
SNB

Russa 'Terminator', robôs de combate e veículos de Operações Especiais em Defesa Mostrar


SNB RIA Novosti

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Satélites de observação na América do Sul

André M. Mileski

Nos últimos anos, o número de países que passaram a deter meios autônomos de observação terrestre a partir do espaço cresceu consideravelmente. Na América do Sul, não tem sido diferente, com aqueles que já têm tradição em atividades espaciais, como Brasil e Argentina, lançando novas missões, o Chile e a Venezuela se juntando ao clube, e outros como Colômbia, Peru e Bolívia prestes a integrá-lo.

Argentina

O programa argentino de satélites de observação é hoje um dos mais avançados da América do Sul, ao lado do brasileiro, abrangendo missões tanto óticas como radar, geralmente implementadas em parceria internacional. Seu primeiro sistema de sensoriamento remoto foi o SAC-C, lançado em 21 de novembro de 2000, e que contava com dois sensores óticos com resoluções nas faixas de 35 a 350 metros, destinados a produzir imagens multiespectrais para estudos da Terra, além de sensores científicos específicos. A missão foi realizada em cooperação com a agência espacial norte-americana (NASA), e institutos de pesquisas da Europa e o Brasil, que executou os testes finais do artefato no Laboratório de Integração e Testes (LIT), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP).

Passo seguinte foi dado com o SAC-D/Aquarius, desenvolvido em regime de cooperação internacional, com participação de institutos dos Estados Unidos, França, Itália, Canadá e Brasil, e colocado em órbita em 10 de junho de 2011. Muito embora tenha caráter mais científico (o sensor Aquarius, fornecido pela NASA, é um radiômetro em banda L para medição da salinidade dos oceanos), o satélite também foi equipado com uma câmera de alta sensibilidade (visualização de iluminação urbana, embarcações, tormentas elétricas, cobertura de neves), com 200/300 metros de resolução, e um sensor infravermelho (imageamento de incêndios e atividades vulcânicas), com resolução de 350 metros.

Atualmente, a Argentina é o único país sul-americano a desenvolver de fato uma constelação de satélites com tecnologia de radar de abertura sintética (SAR, sigla em inglês), capaz de imagear a superfície terrestre independente de luz e cobertura de nuvens, no âmbito do projeto SAOCOM. O projeto, que integra o Plano Espacial Nacional e é tocado pela Comisión Nacional de Actividades Espaciales (CONAE), prevê a construção de duas constelações, a SAOCOM 1 e SAOCOM 2, cada uma sendo composta por dois satélites. Os artefatos da primeira constelação estão em desenvolvimento e devem ser lançados a partir do ano que vem, tendo vida útil estimada em cinco anos. Contarão com um sensor radar operando em banda L, com resolução espacial entre 10 e 100 metros e cobertura de 35 a 350 km, com diferentes ângulos de observação. Quando em operação, o SAOCOM integrará o Sistema Ítalo-Argentino de Satélites para a Gestão de Emergências (SIASGE), considerado único no mundo, que envolverá a integração dos engenhos argentinos com a constelação italiana COSMO-SkyMed.

Outro plano é o do Satélite Argentino-Brasileiro de Informações Ambientais Marítimas - SABIA-Mar (designado localmente como SAC-E), discutido desde o final de 1998 com o vizinho, mas que apenas recentemente recebeu um novo impulso para a sua viabilização.

Brasil

O Brasil foi o sul-americano pioneiro na exploração espacial, inclusive em sensoriamento remoto a partir do espaço. Em abril de 1973, o País se tornou o terceiro no mundo – depois dos Estados Unidos e do Canadá – a dispor de uma estação terrena de imagens de satélite, no caso, o norte-americano ERTS-1 (que originou a família Landsat), instalada em Cuiabá (MT) e operada pelo INPE.

A busca pelo desenvolvimento de alguma autonomia em imageamento a partir do espaço veio com a Missão Espacial Completa Brasileira (MECB), lançada no final da década de 1970, objetivando capacitações nos segmentos de lançadores (programa VLS), satélites e infraestrutura terrestre (laboratórios e centros de lançamentos). A MECB previu o desenvolvimento e construção de dois satélites de sensoriamento, começando-se pelo SSR-1, que mais tarde veio a ser conhecido pelo nome Amazônia-1.

O Amazônia-1 ainda não teve seu projeto concluído, o que é aguardado para os próximos anos, em 2015. Baseado na Plataforma Multimissão (PMM), desenvolvida pelo INPE em conjunto com a indústria nacional, será equipado com uma câmera de 40 metros de resolução e faixa de cobertura de 750 quilômetros, que produzirá imagens da Terra para aplicações no agronegócio, meio-ambiente, monitoramento de recursos naturais e em outros fins. Após o lançamento do Amazônia-1, espera-se que outros dois modelos sejam colocados em órbita, o Amazônia-1B, em 2017, e o Amazônia-2, em 2019.

Quase dez anos após a MECB, os governos do Brasil e da China assinaram um acordo de cooperação tecnológica visando ao desenvolvimento de dois avançados satélites de sensoriamento remoto, dentro do programa CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite), que desde então tem contribuído significativamente para a capacidade nacional em obter, processar e interpretar imagens geradas a partir do espaço.

O acordo, assinado em 1988, contemplava o desenvolvimento e construção de dois satélites idênticos de sensoriamento remoto equipados com sensores óticos. Nos dois primeiros satélites, as responsabilidades não foram divididas igualitariamente: à China, caberia o desenvolvimento, fabricação e custeio do equivalente a 70% do total, enquanto que à parte brasileira, os 30% restantes. O CBERS 1 foi colocado em órbita heliossíncrona, a 778 km de altitude, em 14 de outubro de 1999, e operou até 2003, superando em quase 100% o tempo de sua vida útil estimada, de dois anos. O segundo, por sua vez, subiu ao espaço em 21 de outubro de 2003. Em novembro de 2002, os dois governos firmaram um novo acordo prevendo a continuidade do CBERS com a construção de outras duas unidades - CBERS 3 e 4, maiores e mais sofisticados, com sensores óticos com resoluções na faixa de 5 a 70 metros. Foi definida, também, uma nova divisão dos investimentos, agora igualitária, cada um respondendo por 50%.

Depois da entrada em órbita do CBERS 2, e considerando-se na época que o CBERS 3 o seria apenas em 2009 (este satélite ainda não foi lançado, com previsão para o final de 2013), o INPE e sua contraparte chinesa decidiram construir um novo, idêntico aos de primeira geração, chamado CBERS 2B, de modo a cobrir o hiato da retirada de operação do último exemplar da série inicial, e a entrada de seu sucessor da segunda série. O CBERS 2B foi lançado em setembro de 2007.

O INPE vem trabalhando há vários anos no conceito de um satélite radar (SAR) que, inicialmente, seria desenvolvido em conjunto com instituições da Alemanha, baseado na PMM [Nota do blog: na ilustração acima, no início da reportagem, o MAPSAR]. O sistema é tido como essencial para as necessidades brasileiras, em particular no monitoramento do desmatamento na Amazônia, tendo em vista a sua capacidade de imageamento em quaisquer condições de tempo. No projeto atual, conforme previsto no Programa Nacional de Atividades Espaciais - PNAE 2012 - 2021, o SAR deverá ser dotado de um imageador radar de abertura sintética, operando em vários modos, com múltiplas resoluções na faixa de 5 a 30 metros, destinado à aplicações voltadas ao meio-ambiente, agricultura, defesa, etc. Seu lançamento é previsto para 2020.

Das missões espaciais de observação terrestre, a mais recente é a SABIA-Mar, desenvolvida pelo Brasil e pela Argentina. Trata-se de um sistema completo de observação da Terra dedicado ao sensoriamento remoto de sistemas aquáticos oceânicos e costeiros, baseado em uma constelação de dois satélites. Além da missão primária, os artefatos poderão, também, observar águas interiores, e obter dados em escala global da cor dos oceanos. Suas imagens poderão ser usadas em aplicações relacionadas à pesca e na aquicultura, no gerenciamento costeiro, no monitoramento de recifes de coral, de florações de algas nocivas e de derrames de óleo, na previsão do tempo, na análise da qualidade das águas, entre outras.

Os artefatos terão cerca de 500 kg, baseados na PMM, e cada um levará uma câmera multiespectral, com possibilidade de cargas úteis secundárias. A partilha das tarefas será de 50% para cada país. Estão em desenvolvimento as Fases 0 (análise da missão e identificação das necessidades) e A (análise de viabilidade técnica e industrial) da missão, tocadas pelo INPE, do lado brasileiro, e pela CONAE, do argentino. O primeiro modelo deve estar em órbita em 2019.

Chile


Em julho de 2008, após um processo de seleção que envolveu os principais fabricantes mundiais, o Chile se tornou o terceiro país do subcontinente a contratar um sistema espacial de observação, encomendando um microssatélite junto à europeia Astrium, do grupo EADS, num negócio avaliado em US$ 72 milhões.

Lançado no final de 2011, o SSOT (Sistema Satelital de Observación de la Tierra) é dual, com aplicações civis e militares. O satélite tem 117 kg de massa e conta com um sensor ótico capaz de produzir imagens com 1,45 metros de resolução, para aplicações como mapeamento, agricultura e gerenciamento de recursos e desastres naturais. Sua vida útil é estimada em cinco anos. A partir de uma estação terrestre em Santiago, o satélite é operado por uma equipe de engenheiros chilenos, treinados nas instalações da Astrium, em Toulouse, no sul da França, onde o sistema e o satélite foram desenvolvidos e construídos. Segundo informações de bastidores, o governo chileno já considera alternativas para a manutenção e mesmo ampliação de sua capacidade de observação a partir do espaço.

Venezuela

Em seu governo, o falecido presidente Hugo Chávez buscou colocar a Venezuela em situação de independência em alguns setores considerados estratégicos, como comunicações e observação terrestre. Isso começou com a aquisição de um satélite de comunicações, o Venesat-1, comprado da fabricante chinesa China Great Wall Industry Corporation (CGWIC) e inserido em órbita no final de 2008. A seguir, conforme a tendência mundial, obteve um satélite de observação terrestre, gozando da parceria espacial mantida com os chineses desde o Venesat-1, num investimento de US$ 140 milhões.

A contratação para a construção do satélite, chamado de Francisco Miranda, mas também designado como VRSS-1 (Venezuelan Remote Sensing Satellite) ocorreu em maio de 2011, e foi o segundo feito pela estatal CGWIC para o governo venezuelano. O VRSS-1 também representou o primeiro satélite de observação exportado pela China, que busca firmar-se como player nesse segmento, a exemplo do que já acontece nas comunicações.

O Francisco Miranda foi ao espaço em outubro de 2011, através de um foguete Longa Marcha 2D, a partir do centro espacial de Jiquan, no noroeste da China. De acordo com informações creditadas pela imprensa internacional a Jorge Arreaza, ministro venezuelano da Ciência, Tecnologia e Inovação, por ocasião do lançamento, o VRSS-1 é capaz de produzir imagens com 2,5 metros de resolução, gerando em torno de 350 imagens por dia ao longo de cinco anos. Seus dados têm sido utilizados para operações de planejamento urbano, monitoramento ambiental, de combate à mineração ilegal e ao tráfico de drogas, junto a aplicações em defesa.

Colômbia

Um dos países da América Latina que mais tem crescido nos últimos anos - a previsão é de que nos próximos anos supere a Argentina, tornando-se a terceira maior economia da região, atrás apenas do Brasil e México - a Colômbia também considera em seus planos estratégicos a obtenção de capacidade autônoma de observação terrestre a partir do espaço. Há gestões da Comisión Colombiana del Espacio (CCE) para o desenvolvimento de um programa satelital, iniciativa que deverá envolver parcerias com governos e indústrias estrangeiras. Diversas notícias sobre possíveis parceiros chegaram a ser publicadas, com destaque para Israel - importante parceiro no setor de defesa, e França, e a expectativa é de que a definição sobre o caminho a ser trilhado para a concretização do projeto colombiano ocorra muito em breve.

Recentemente, em fevereiro de 2013, numa entrevista dada à imprensa local, o vice-presidente colombiano, Angelino Garzón, deu enfáticas declarações sobre a necessidade do país em dispor de capacidade própria de observação: “Não é justo que a Colômbia, hoje dispondo de uma Força Aérea como a que tem, um instituto geográfico como o Geográfico Agustín Codazzi, tenha que pedir a utilização de parte de satélites para observar nosso próprio território”.

Peru

O Peru também está próximo de concretizar seu programa satelital, segundo indicações dadas por notícias e declarações de autoridades. As intenções peruanas datam de 2006, mas foram aceleradas a partir do momento em que o Chile, um rival histórico, passou a contar com seu sistema próprio, em julho de 2008.

Reportagens e declarações dadas por membros do governo sinalizam que a pretensão é contar com um pequeno satélite de observação com sensores óticos de mesma resolução ou superiores (em torno de 1 metro) ao do SSOT chileno, a ser adquirido junto a fabricantes estrangeiros. Lima, por meio do Ministério da Defesa e da Agencia Espacial del Peru (CONIDA), tem mantido contato com governos e fabricantes interessados em fornecer o sistema satelital, como a França, Israel e Coréia do Sul, entre outros.

Na SITDEF 2013, feira sobre sistemas de defesa, segurança e desastres naturais realizada no último mês de maio em Lima, o projeto peruano foi um dos destaques, abordado em apresentações de entidades envolvidas e também de empresas interessadas em fornecê-lo.

Bolívia

Apesar de ser um dos países mais pobres da América do Sul, durante o governo de Evo Morales, a Bolívia buscou estruturar um programa espacial, e seu primeiro projeto concretizado foi o de um satélite geoestacionário de comunicações, o Tupac Katari, adquirido na China em dezembro de 2010, e previsto para ser colocado em órbita no final de 2013. Um sistema de observação também está nos planos de La Paz para aplicações como o monitoramento de recursos minerais, muito embora não existam indicativos claros sobre a negociação e mesmo disponibilização de recursos para a aquisição.

Fonte: Revista Tecnologia & Defesa ..SNB