segunda-feira, 30 de julho de 2018

Qual é a intenção da Turquia de se juntar ao BRICS? Analista explica

O desejo da Turquia de se juntar ao BRICS é explicado pelos interesses da república, que está interessada em desenvolver relações econômicas com a Rússia, segundo relatou Boris Dolgov, especialista do Centro de Estudos Árabes e Islâmicos.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu aos líderes do BRICS em Joanesburgo (África do Sul), que permitissem a adesão da Turquia ao grupo, informou o jornal Hurriyet Daily News
. Conforme relatado anteriormente, o presidente russo Vladimir Putin disse que ainda não está planejado o aumento do número de países no grupo, mas observou que em perspectiva os líderes dos países do BRICS não descartaram a expansão do número de participantes. Ele acrescentou que os candidatos estão dispostos a ingressar no BRICS, mas todos os colegas da organização são cautelosos quanto a isso. Segundo o presidente russo, "a organização é aberta", mas a questão da adesão de novos membros requer "trabalho adicional".
"A Turquia tem expressado a intenção de se juntar a várias alianças econômicas em que a Rússia está presente. E agora esta declaração foi feita em relação ao BRICS. Em geral, este é um desejo natural turco, já que as relações com a Rússia e com os países do BRICS são suficientemente boas", comentou Dolgov. 
Além disso, segundo ele, os países do BRICS já declararam que a "aliança não visa opor-se a outras alianças econômicas ou políticas". Ao mesmo tempo, o desejo da Turquia de se tornar um membro do grupo não pode ser explicado pelo suposto afastamento dos Estados Unidos. 
"Se falar que a Turquia está se afastando da sua posição como aliada dos EUA, certamente, isso não é assim. A Turquia permanece sendo uma aliada dos EUA e membro da OTAN e não pretende sair da Aliança. Já em relação ao BRICS, é uma questão principalmente da direção econômica da Turquia, que está interessada no desenvolvimento das relações com a Rússia; esta é a direção da política turca na economia, por isso não há nada de novo, na minha opinião. Na economia, a Turquia coopera com a Rússia e com os países do BRICS, mas no setor político e militar, a Turquia continua sendo membro da OTAN", concluiu o analista.

domingo, 29 de julho de 2018

Rússia celebra Dia da Marinha

Hoje (29) a Rússia celebra o Dia da Marinha. Das celebrações participam as maiores cidades portuárias russas. O Desfile Naval Principal é realizado nos portos das cidades russas de São Petersburgo e Kronstadt.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, veio a São Petersburgo e cumprimentou os tripulantes dos navios que participam do desfile. O presidente parabenizou os marinheiros e felicitou os veteranos da Marinha.O Dia da Marinha russa, cuja gloriosa história remonta ao reinado de Pedro, o Grande, é comemorado anualmente no último domingo de julho. Dezenas de navios de guerra, submarinos, aviões e militares são mobilizados em toda a Rússia para comemorar as vitórias navais do país.
Os residentes e visitantes de São Petersburgo e Kronstadt têm a possibilidade de assistir o Desfile Naval Principal de mais de 41 navios militares de todas as classes, 18 deles são novíssimos. As celebrações e desfiles militares são organizados nas maiores cidades portuárias russas, entre elas Sevastopol, Vladivostok, Kaliningrado, Severomorsk e outras.
"Durante o desfile da Marinha em São Petersburgo e Kronstadt serão mostradas novas unidades de armamento e matérial bélico. Entre eles estão 18 navios e lanchas, entre eles o navio de mísseis pequeno de classe Karakurt, construído neste ano, e o navio de reconhecimento Ivan Khurs", revelou o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu. Do desfile tambem participa a fragata Admiral Gorshkov, o primeiro navio do projeto 22350, que entrou em serviço da Marinha Russa em 28 de julho. 
Além disso, do desfile em São Petersburgo participam 38 aeronaves e mais de 4.000 militares de todas as frotas russas e da Flotilha do Mar Cáspio. Durante o desfile são apresentados os aviões modernizados Il-38N, equipados com o sistema de pontaria Novella, caças Su-30SM da última geração e Su-33 modernizados, bem como helicópteros Ka-27M com equipamento de rádio e hidroacústico aperfeiçoado.

rmãos em guerra: galeses lutaram em lados opostos nas Malvinas

A comunidade galesa reside na Argentina há 153 anos. Seus membros se consideram patriotas da nação sul-americana desde há muitas décadas e lutaram a favor do país platino na Guerra das Malvinas. Foi precisamente nesse conflito armado que a comunidade galesa se viu do lado oposto de seus irmãos do País de Gales.
A Sputnik Mundo entrevistou Milton Rhys, um ex-militar argentino de origem galesa que compartilhou suas experiências durante a guerra.
Em 1982, a Argentina era governada por um governo militar liderado pelo presidente Leopoldo Galtieri, que tinha sido nomeado pelo denominado Processo de Reorganização Nacional, que chegou ao poder em 1976.
Segundo Denis Lukyanov, da Sputnik Mundo, Rhys se especializou como operador de rádio e comunicações. Além disso, os líderes militares sabiam que ele era bilíngue e falava inglês. Como resultado, ele foi enviado para as Malvinas como operador de rádio bilíngue. O descendente de galeses era o único em seu distrito militar que foi para a guerra.
"Por quase duas semanas ninguém realmente acreditou que os britânicos estavam vindo, porque durante muitos anos não se deu importância a essas ilhas. Finalmente soube que eles estavam vindo realmente, já que eu estava na Casa de Governo onde o governador militar [das Malvinas] Mario Menéndez mantinha seu escritório. Eu ouvia e via muita informação que transitava por ali", comentou Rhys.
Segundo o ex-militar, os argentinos sabiam que as tropas britânicas eram muito superiores em tecnologia, mas o que prejudicou o exército do país latino-americano foi a posição do Chile, que estava do lado dos britânicos.
A Guerra das Malvinas foi muito peculiar pelo fato de os galeses terem lutado tanto do lado da Argentina como do Reino Unido. Os soldados argentinos de ascendência galesa eram provenientes da província de Chubut, na Patagônia, enquanto os galeses britânicos faziam parte do regimento de granadeiros da Guarda de Gales.
Rhys enfatizou que durante o transcorrer da guerra as tropas galesas foram proibidas de falar em idioma galês, porque eles já sabiam que poderiam cruzar com "inimigos" que falavam a mesma "antiga língua celta".
Ao discutir a questão de seus sentimentos em relação às tropas do Reino Unido, Rhys disse que nunca teve dúvidas sobre sua visão do inimigo.
"Eu considero que eles sempre foram invasores, tanto do nosso território argentino como de outros lugares no mundo", proclamou.

As botas de combate

sábado, 28 de julho de 2018

SH-3 Sea King, o rei dos mares

Shenyang J-31, o caça de 5ª geração "modelo exportação" da China

O S-400 na China

EUA desenvolvem tecnologia para converter seus tanques em robôs de combate

Novo equipamento desenvolvido pelo exército dos EUA tem potencial de transformar qualquer tanque em um robô de combate, segundo a edição Warrior Maven.
"Um conjunto de hardware e software pode ser instalado em diferentes veículos terrestres para aumentar o seu nível de autonomia", disse um engenheiro do exército à Warrior Maven. Enquanto o referido programa continua sendo algo ambíguo, a edição admitiu que os últimos desenvolvimentos estão ligados às tentativas do exército de produzir algoritmos que informem os veículos não tripulados para seguirem veículos tripulados no campo de batalha.
A vantagem é que os sistemas autônomos reduzem os riscos em combate e as baixas entre as tropas, bem como ajudam a controlar muitos espaços de combate 'fly by wire', onde os soldados não podem operar todos os sistemas com eficiência", disse o especialista militar Paul Wallis à Sputnik Internacional.
De fato, as tecnologias do exército "estão focadas em como você navega e detecta sua posição em ambientes de GPS negados ou indisponíveis, onde há terrenos complicados ou um inimigo está bloqueando você", disse o engenheiro do exército dos EUA, Osie David, em entrevista ao Warrior Maven.
Alguns detalhes do novo software sugerem a possibilidade de o equipamento baseado na "inteligência artificial" não ser realmente um novo desenvolvimento, mas sim um sensor avançado que coleta e integra inteligência de várias fontes antes de enviá-la a um usuário para permitir uma tomada de decisão mais rápida. Os sensores têm sido um dos focos dos planejadores militares norte-americanos nos últimos anos. Por exemplo, fontes militares disseram a Sputnik Internacional que o F-35 é essencialmente um "computador voador" que coleta um monte de dados eletrônicos que podem ser transmitidos para outras unidades dentro da força conjunta. 
Em vez de enviar informações a um posto de comando, os equipamentos autônomos podem permitir que os sensores detetem e identifiquem os alvos em tempo real […] e depois enviam essa informação aos soldados", revelou David.
Segundo Wallis, "precisamos de levar em conta o fato de que todos esses sistemas ainda não foram testados e estarão em conflito direto com toda uma nova classe de armas […]. Em interação com os seres humanos, os sistemas de inteligência artificial podem causar surpresas desagradáveis, lesões e um mercado negro de maneiras de atacar pessoas, letais ou não”.
"É preciso ter uma supervisão eficaz e, o que é mais importante, contramedidas adequadas para desligar e controlar qualquer sistema de inteligência artificial em interação com humanos", concluiu Wallis.

Marinha Rússia recebe novíssima fragata Admiral Gorshkov

A cerimônia de hasteamento da bandeira da Marinha da Rússia e de entrada em serviço da fragata foi realizada no estaleiro Severnaya Verf, em São Petersburgo.
"Segure essa bandeira com dignidade e honra", disse o vice-comandante da Marinha da Rússia, Viktor Bursuk, ao comandante da fragata.
A cerimônia foi realizada na véspera da parada militar dedicada ao Dia da Marinha da Rússia, que se realizará a 29 de Julho e da qual a Admiral Gorshkov também participará. O navio já entrou no golfo da Finlândia, após partir de Severomorsk junto com uma esquadra da Marinha do Norte, entre eles o cruzador de mísseis russo Marshal Ustinov, o submarino nuclear Orel e o destroier antissubmarino Severomorsk.
A fragata Admiral Gorshkov é o primeiro navio do projeto 22350. Os construtores foram encarregados de criar uma fragata baseada em princípios novos e equipada com as tecnologias mais avançadas, a maioria das quais nunca fora usada antes na Marinha. No total, o Ministério da Defesa russa passará a contar com quatro navios do projeto 22350.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

O que aconteceria se bomba nuclear mais potente explodisse na fossa das Marianas?

O portal alemão Kurzgesagt explicou o que aconteceria com o nosso planeta se a bomba soviética Tsar, a mais potente alguma vez criada, explodisse no fundo da fossa das Marianas.
Segundo explicaram os autores da publicação, uma vez que fosse detonada, a bomba de 50 megatons de TNT iluminaria pela primeira vez na história as profundidades da fossa.
Depois, o calor da explosão geraria uma enorme bolha composta por vapor de água, núcleos radioativos e os restos dos organismos marítimos. Esta bolha se ampliaria constantemente, evaporando a água em seu redor. A onda de choque causada pela explosão seria detectada pelas estações sismológicas de todo o mundo.
Entretanto, a onda iria parar. Mas porquê? Acontece que a atmosfera é incapaz de conter a onda explosiva, de modo que, na superfície da terra, a onda de choque poderia alcançar uns dez quilômetros de raio. Entretanto, a pressão no fundo da fossa, a uma profundidade de 11 quilômetros, é enorme, por isso a bolha começaria a se contrair uma vez que alcançasse um diâmetro de um quilômetro.
A seguir, a turbulência da água "cortaria" a bolha em inúmeros fragmentos radioativos que, por sua vez, iriam se mover em direção à superfície da água.
Deste modo, a detonação da bomba Tsar não levaria a nada mais que ao aparecimento de uma pequena onda e uma coluna de água radioativa no oceano Pacífico. Os autores do vídeo lembraram que terremotos fortes, comparáveis com a detonação de uma bomba nuclear, afetam o nosso planeta várias vezes por ano, sem causar o fim do mundo.