sexta-feira, 22 de junho de 2018

AVIBRAS apresenta a força e a competência tecnológica da Indústria Brasileira de Defesa na Eurosatory

A AVIBRAS  apresentou a competência tecnológica da Indústria Estratégica de Defesa Brasileira na Eurosatory - 2018, em Paris na França. Realizada de 11 a 15 de junho, a feira é considerada o maior evento internacional voltado para as Forças Terrestres.
A empresa expôs o Sistema de Foguetes de Artilharia para Saturação de Área (ASTROS) em sua 6ª Geração, referência mundial em sua classe e campeão em vendas internas e exportações. Adotado no Brasil pelo Exército e pela Marinha e por diversas Forças Armadas de outros países, o Sistema ASTROS destaca-se pelo desempenho e confiabilidade operacional. 
A empresa orgulha-se em participar do Programa Estratégico ASTROS 2020 do Exército Brasileiro, que tem por objetivo reequipar a Força Terrestre Nacional com um sistema estratégico moderno de dissuasão. Nesse contexto, o trabalho da AVIBRAS inclui o desenvolvimento e a fabricação do Míssil Tático de Cruzeiro (MTC), desde a concepção, projeto de engenharia, prototipagem, industrialização, testes de voos, entre outros, com alta competência tecnológica própria.
O Programa ASTROS 2020 inclui ainda a manufatura e fornecimento de novas viaturas ASTROS no padrão MK6, e a modernização dos batalhões pré-existentes na versão MK3, elevando-os ao padrão operacional MK6, além do fornecimento de simuladores integrados, representando o que há de mais avançado, tecnológica e operacionalmente, no conceito de treinamento e simulação.
O Sistema ASTROS está consolidado internacionalmente como solução superior em Sistemas de Artilharia de Foguetes de Saturação de Área, eficaz para as nações garantirem a sua defesa e soberania. As suas evoluções tecnológicas permanentes garantem o acesso ao estado da arte.
Também esteve em destaque o Sistema de Foguetes Ar-Solo e Solo-Solo (SKYFIRE-70) composto por lançadores, diferentes foguetes e material de apoio. Trata-se de um Sistema completo, versátil e extremamente eficaz, podendo ser lançado de aeronaves de asas fixas ou rotativas e, ainda, disparado de lançadores em terra. Os foguetes SKYFIRE-70 também são utilizados como munição de treinamento subcalibre no Sistema ASTROS.
A expertise da AVIBRAS no Programa Espacial Brasileiro também foi destacada na feira com a apresentação dos foguetes Sonda I e II e de treinamento, soluções tecnológicas nacionais, que remontam sua pioneira participação no início do Programa Espacial Brasileiro na década de 1960.
A AVIBRAS possui competências e está preparada para expandir sua atuação em Programas Espaciais, especialmente para a fabricação e integração de Veículos Lançadores de Satélites de Pequeno Porte, como evidencia a sua participação no desenvolvimento e na fabricação dos motores foguetes S50 do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1), no âmbito do Programa Nacional de Atividades Espaciais da Agência Espacial Brasileira (AEB).

Russo batalha de tanques T-90

Quando a munição acaba

Submarinos de Israel serão armados com novos torpedos pesados

A Marinha de Guerra israelense vai adquirir torpedos pesados de novo tipo – de altíssima velocidade e maior alcance.
As Forças de Defesa de Israel decidiram adquirir novos torpedos pesados Kaved para armar sua frota de submarinos de ataque, de acordo com o portal militar norte-americano Jane's.
O serviço de imprensa das Forças de Defesa de Israel explicou que a decisão de equipar os submarinos de guerra com novos torpedos foi tomada após vários meses de testes, que incluíram simulação de combates.
Os testes finais aconteceram na noite de 18 para 19 de junho a bordo de um submarino da 7ª flotilha, acrescentou uma fonte do portal na frota israelense. Em particular, é relatado que os novos torpedos têm maior precisão e alcance, além de outros recursos.
Ademais, uma fonte anônima do portal indicou que o Kaved é fabricado por uma empresa de defesa não israelense que não foi indicada, mas especificou que modernizações futuras e manutenção serão realizadas pela Marinha de Israel nas instalações da empresa.
Os torpedos aumentarão o arsenal dos três submarinos israelenses mais antigos da classe Dolphin I, assim como os três novos submersíveis Dolphin II de nova geração, o último dos quais será entregue pela empresa alemã ThyssenKrupp em 2019.
A fonte descreveu o Kaved como uma arma de alta velocidade que pode atacar navios e submarinos, incluindo aqueles que se encontram nas profundezas de até "centenas de metros".
Ao contrário do modelo anterior, o novo torpedo tem um sistema de orientação por sonar digital que "permite atualizações no futuro sem alterar o hardware" e faz com que seja difícil superar esta arma por meio de manobras", disse a fonte.

Ultrassecreto: projeto de novo submarino espião norte-americano aparece na mídia

O novo projeto do submarino norte-americano, que até agora não tinha sido divulgado na imprensa, revela a orientação do futuro desenvolvimento da Marinha dos EUA, escreve a revista Popular Mechanics.
Por sua vez, um artigo analítico da Covert Shores chama a atenção para as imagens do submarino.
A revista norte-americana observa que o submarino Sub 2000 representa uma "ruptura radical com os projetos anteriores de submarinos dos EUA", porque possui dois cascos, é compacto e tem um design "plano".
A publicação enfatiza que o Sub 2000 foi projetado como um submarino padrão, no entanto ele pode ser utilizado em missões de reconhecimento. Em particular, as configurações do navio permitem implantar dispositivos de recepção externos e interceptar transmissões magnéticas no fundo do mar perto da costa do adversário.
Além disso, o Sub 2000 recebeu alguns drones subaquáticos, o que sugere que está destinado a substituir o USS Parche, de segunda geração.

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Passo em frente colossal': revista norte-americana elogia novo submarino russo

Os submarinos nucleares russos de quinta geração Khaski, cuja construção se iniciará no futuro próximo, seriam um passo em frente colossal em comparação com os submarinos que já estão em serviço do exército russo, assinalou a revista norte-americana.
Segundo The National Interest, o Khaski possui um número de características que poderiam tornar mais difícil sua detecção e tornar o submarino mais letal.
De acordo com a edição, a criação do submarino pode parecer pouco necessária, já que no momento a Rússia está construindo ativamente submarinos nucleares do projeto 885 Yasen.
Contudo, diferentemente de seus antecessores, o Khaski será dotado de armas hipersônicas, bem como de drones submarinos, um novo sistema de controle e assinatura acústica reduzida em duas vezes.
The National Interest destacou que a letalidade do submarino russo será assegurada pelo míssil Tsirkon, que no momento está passando por testes estatais. O míssil é capaz de atingir a velocidade de 7.350 km/h.
Sua velocidade tornará difícil a detecção e intercepção do mesmo […] tornando-o três vezes mais rápido que os mísseis de geração anterior", assinalou a edição, frisando que além disso, o novo submarino russo será capaz de transportar mísseis de cruzeiro Kalibr.
Enquanto isso, o custo do novíssimo submarino pode ser duas vezes menor que a do Yasen.
The National Interest destacou que, segundo várias fontes, o Khaski seria capaz de transportar submersíveis não tripulados Poseidon, destinados ao transporte de projetis nucleares até ao litoral de um potencial adversário, bem como a ataques contra objetivos de importância especial a partir de posição submersa.
A revista norte-americana enfatizou também a assinatura acústica "extremamente baixa" do submarino, que seria assegurada por meio de um amplo uso de materiais compósitos.

Prosub: comparativo Tupi, S-BR e SN-BR

Quando visitamos o Complexo Naval de Itaguaí, em 4 de junho, foi distribuído como subsídio informativo um folheto com uma interessante tabela comparativa. A tabela traz dados (boa parte deles apenas aproximados, como é de se esperar para informações sensíveis) comparando os submarinos da classe “Tupi”, atualmente em serviço na Marinha do Brasil, com os futuros S-BR, de propulsão convencional diesel-elétrica, e SN-BR, de propulsão nuclear, do Prosub (Programa de Desenvolvimento de Submarinos).
Publicamos abaixo uma reprodução da tabela, na qual se pode conferir várias informações de interesse para discussão (clique na imagem para ampliar).
Autonomia – Uma dessas informações é a considerável diferença de autonomia entre o S-BR e a classe “Tupi”: um aumento de 45 dias para 70 dias. Como comparação, o  Scorpene original, como o modelo operado pelo Chile, sem a seção acrescentada ao S-BR que permitiu ampliar a capacidade de combustível e víveres (além de melhorar a habitabilidade), tem autonomia de cerca de 50 dias.
Em relação à classe “Tupi”, o S-BR poderá navegar até 13.000 milhas (com snorkel), contra 10.000 milhas náuticas. Já no caso do SN-BR, devido ao reator nuclear que pode produzir energia por vários anos antes da troca dos elementos combustíveis nucleares, o limite para sua autonomia é dado pela resistência de sua tripulação e duração dos víveres transportados a bordo, e não pelo combustível (diesel) transportado nos tanques, como é o caso dos convencionais.
Velocidades – A velocidade máxima “snorkeando” do S-BR e da classe “Tupi” é superior a 11 nós, conforme a tabela. Já sem o uso do snorkel, ou seja, abaixo da cota periscópica e empregando apenas a energia acumulada nas baterias, o alcance indicado no folheto é o mesmo: 400 milhas náuticas a 4 nós (o que, numa conta simples, significa 100 horas de navegação mergulhado a essa velocidade).  Ambos os tipos são capazes de velocidades de pico (submersos e empregando apenas a energia das baterias) de cerca de 20 nós, porém sabe-se que essa velocidade pode esgotar as baterias em poucas horas – embora esse tempo não seja, obviamente, divulgado.

Porte do SN-BR – Em relação ao submarino nuclear, primeiramente chama a atenção o seu porte: com o comprimento total superior a 100 metros e diâmetro interno do casco resistente maior que 9 metros, o deslocamento do SN-BR está projetado em aproximadamente 6000 toneladas quando na superfície, e 6.500 toneladas em imersão. Esses números são semelhantes aos da consagrada classe “Los Angeles” de submarinos nucleares da Marinha dos Estados Unidos. Abaixo, uma comparação do S-BR com o SN-BR:
Velocidade do SN-BR – Outro dado que chamou a atenção foi a velocidade máxima do SN-BR quando mergulhado (abaixo da cota periscópica), divulgada no folheto como “>19 nós”. Em comparação, os dados do S-BR e da classe “Tupi”, na mesma tabela, são de >20 nós. Essa velocidade máxima do SN-BR causou estranhamento à primeira vista. É certo que esse valor, ou números próximos a ele, poderão ser mantidos por longo tempo no SN-BR, devido à propulsão nuclear que permite grandes deslocamentos submersos em alta velocidade, frente às pouquíssimas horas permitidas pelas baterias no caso dos submarinos convencionais, quando em velocidades de pico semelhantes.
Também é certo, por outro lado, que o porte do SN-BR (6.500t), é cerca de duas vezes maior que, por exemplo, a classe “Rubis” francesa, equipada com reator de potência térmica similar, de 48MWt, e que é creditada com velocidades acima de 25 nós em mergulho. Ainda assim, esperávamos um valor que, mesmo eventualmente abaixo da classe “Rubis” devido ao porte maior do SN-BR frente a uma potência semelhante, ficaria não tão distante dela – mesmo porque, em materiais mais antigos divulgados pela própria Marinha, dizia-se que “a planta de propulsão, desenvolvida pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, garantirá a navegação à velocidade acima de 20 nós.” Clique aquipara baixar folder do Prosub com essa informação, do qual reproduzimos abaixo uma parte:
Porém, é fato que, mundialmente, esses dados não costumam ser divulgados em números exatos, por serem classificados – velocidades máximas em emergência, por exemplo, costumam ser mais altas que as máximas divulgadas para o público. Daí também o costume de não divulgar valores exatos, e sim com o uso do “maior que” (símbolo >). E isso não é diferente no caso do programa brasileiro, e nem deveria ser. Questionamos nosso anfitrião na visita a Itaguaí, Contra-Almirante (EN) Celso Muzutani Koga, Gerente do Empreendimento Modular de Obtenção de Submarinos, sobre essa informação. Ele gentilmente nos respondeu que, realmente, esse dado é classificado, e que a informação que pode ser disponibilizada é a que está no folheto.
Como o projeto do SN-BR seguiu para a fase de detalhamento, e as obras no protótipo em terra de sua propulsão nuclear (LABGENE) prosseguem com previsão de testes completos e início de comissionamento em 2021 (e a tecnologia que permite o aproveitamento da potência térmica de reatores evoluiu desde a mencionada classe “Rubis”), as variáveis que poderão influir na velocidade máxima do primeiro submarino nuclear brasileiro – seja ela divulgada ou não – ainda poderão passar por alterações até que ele esteja em construção, o que é previsto para meados da próxima década.
Sonares e comunicações – Entre outras informações disponibilizadas na tabela, de interesse para a discussão, estão a introdução no Prosub de tecnologias e capacidades não existentes na atual classe “Tupi”, não só na detecção, como o uso de sonar de flanco (Flank Array – LOFAR), como na comunicação, com sistemas Narrow Band (Longa distância e Classificação) e capacidade VLF em imersão, com uso de antena flutuante. O SN-BR deverá dispor de sonar rebocado (Towed Array – LOFAR). Em comum entre S-BR e SN-BR, estão os mastros não penetrantes para os periscópios optrônicos, radar e comunicações (nos Tupis, apenas as Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica – MAGE – e o esnorquel não são do tipo penetrante).

Observação: a concepção artística do alto da matéria mostra o submarino Tikuna por motivos estéticos, assim como um SN-BR com lemes em X, apenas para fins ilustrativos. As configurações do SN-BR mais recentes divulgadas são semelhantes às do S-BR, como a versão em escala reduzida para testes em tanques de prova da foto abaixo: