quarta-feira, 11 de abril de 2018

Analistas norte-americanos revelam que bases militares sírias podem ser atacadas pelos EUA

Analistas do centro militar norte-americano Stratfor revelaram as mais prováveis bases militares na Síria que podem ser atacadas pelos EUA e seus aliados no âmbito do alegado uso de armas químicas em Ghouta Oriental.
De acordo com o centro Stratfor, os EUA planejam realizar uma operação de maior magnitude do que a de abril do ano passado, quando os navios da Marinha dos EUA realizaram um ataque contra a base aérea de Shayrat. Naquele momento, Washington declarou que foi neste local que estavam instalados os aviões com armas químicas, embora não houvesse evidência disso.
Os especialistas acreditam que durante uma nova operação dos EUA, os militares norte-americanos atacariam os lugares associados ao programa de armas químicas sírio e as bases aéreas perto de Damasco: Dumeir, Marj Ruhayyil e Mezzeh. Segundo eles, os EUA não planejam conter Damasco, mas enfraquecer as capacidades do governo sírio de realizar os alegados ataques químicos.
O ataque poderia durar vários dias. Supostamente, os aliados dos EUA — França, Reino Unido, Arábia Saudita, Qatar ou Emirados Árabes Unidos (EAU) — apoiariam os militares norte-americanos.
Os analistas sublinham que essa operação envolveria muitos recursos, por exemplo, os destróieres localizados nos EUA. Anteriormente, foi relatado que um grupo de ataque naval dos EUA, liderado pelo porta-aviões USS Harry S. Truman, estava se dirigindo para o mar Mediterrâneo, para atuar na costa da Europa e do Oriente Médio. Segundo os analistas, o destróier levaria uma semana para atingir o Oriente Médio.
Anteriormente, o Ocidente acusou Damasco do alegado ataque com bomba de cloro gasoso na cidade de Douma, situada em Ghouta Oriental, o que supostamente resultou na morte de dezenas de civis. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou que as falsas denúncias de ataques químicos visam proteger os terroristas e justificar uma intervenção militar estrangeira na Síria.
Em 13 de março, o Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia declarou que os terroristas estavam preparando provocações com o uso das substâncias tóxicas em Ghouta Oriental a fim de acusar Damasco do uso de armas químicas. Os militares russos avisaram que os EUA iriam usar essa provocação como pretexto para realizar um ataque contra a Síria.
Em 10 de abril, a Rússia e os EUA apresentaram ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) suas propostas de resolução sobre investigação do uso de armas químicas na Síria. As duas resoluções foram rejeitadas.

Que armas podem EUA e Rússia usar em caso de confrontação na Síria?

A tensão em torno a Síria cresce diariamente. Os Estados Unidos enviam navios de guerra para o Mediterrâneo, ao mesmo tempo que a mídia alerta sobre possíveis ataques aéreos na área.
A Rússia, por sua vez, não pretende usar a força, mas Moscou está pronta a considerar várias respostas, inclusive militares, caso a parte norte-americana decida atacar. O colunista do The National Interest Dave Majumdar faz uma previsão quanto às armas que cada lado pode usar se a situação atingir um ponto crítico.
Os EUA, em caso do ataque contra a Síria, podem usar mísseis de cruzeiro Tomahawk e AGM-86 que, como destaca o autor, seriam capazes de superar os sistemas de defesa antimíssil russos S-300 e S-400 implantados na Síria.
Além disso, o Pentágono tem à sua disposição bombardeiros B-2 Spirit e caças furtivos F-22 Raptor que, no entanto, podem ser detectados pelos meios de defesa antiaérea russos.
A Rússia, por sua vez, pode responder atacando bases dos EUA e seus aliados. Para isso, poderia usar mísseis de cruzeiro Kh-101 transportados por bombardeiros estratégicos Tu-95 e Tu-160, bem como mísseis Kalibr de baseamento marítimo.
Antes, a mídia havia informado sobre o envio de um grupo aeronaval norte-americano ao mar Mediterrâneo, cujos navios estão equipados com dezenas de mísseis Tomahawk.
As informações sobre o envio de navios de guerra para a costa síriacomeçaram a aparecer depois do suposto uso de armas químicas na cidade síria de Douma. Os países ocidentais acusaram Damasco de usar estas armas, as autoridades sírias negam estas acusações.
Os EUA declararam que estudam a possibilidade de uma "resposta militar" às ações das autoridades sírias. Na segunda-feira (9) Donald Trump disse que precisaria de 48 horas para tomar a decisão quanto às medidas de resposta contra a Síria. A Rússia advertiu Washington sobre possíveis ações militares, dizendo que isto pode levar "às consequências mais graves".

Trump prediz novo ataque contra Síria: 'Rússia, prepare-se'

Usando sua ferramenta predileta de comunicação com o mundo exterior, ou seja, o Twitter, o presidente dos EUA lançou avisos provocatórios na manhã de quarta-feira (11).
"A Rússia promete abater quaisquer mísseis disparados contra a Síria. Prepare-se, Rússia, pois eles estão chegando, bons, novos e 'inteligentes'! Você não deveria se ter aliado ao animal assassino com gás que mata o seu povo e gosta disso!", escreveu o líder estadunidense na sua página
.O anúncio aparece na sequência da declaração do presidente feita em 9 de abril, quando Trump afirmou que nas 48 horas seguintes ele e sua administração decidiriam como os Estados Unidos iriam responder ao suposto ataque químico da cidade síria de Douma.
Hoje de manhã, a mídia relatou que Trump e seus assessores estariam considerando uma "poderosa" resposta militar ao suposto uso de uma bomba de cloro, considerando isso a única maneira de impedir futuros ataques do tipo.
A agência de notícias turca Yeni Safakinformou, citando suas fontes, que Washington já teria escolhido 22 alvos, inclusive russos, na Síria.
Porém, passada uma meia hora, o líder dos EUA parece ter abrandado a retórica, se perguntando se chegou a hora de por fim à corrida armamentista.
Nosso relacionamento com a Rússia hoje é pior que nunca, inclusive na época da Guerra Fria. Não tem motivo para isso. A Rússia precisa de nós para salvar sua economia, algo bem fácil de fazer, e precisamos que todas as nações cooperem. Terminar a corrida armamentista?", publicou.
Vale ressaltar que, em 2013, na época da presidência de Barack Obama, que também considerou as mesmas variantes de agressão militar contra a Síria, Trump expressou uma opinião completamente oposta.

"Não ataquem a Síria — esse ataque não vai trazer nada senão problemas para os EUA. Se foquem em fazer nosso país forte e grande de novo!", escreveu ele no Twitter em 9 de setembro de 2013.

5 Projetos Militares desenvolvidos na América do Sul que fracassaram

Recado para Trump: Irã promete produzir armas se EUA deixarem acordo nuclear

O presidente iraniano Hassan Rouhani alertou que os EUA irão se arrepender de sair do marco do acordo nuclear de 2015 e verão as consequências "em menos de uma semana", caso siga adiante com a tão discutida retirada.


O Irã não violará o acordo nuclear, mas se os EUA desistirem do acordo, certamente irão se arrepender", disse Rouhani na segunda-feira, durante uma cerimônia que marca o 12º aniversário do Dia Nacional de Tecnologia Nuclear. Ele acrescentou que a resposta de Teerã "será mais forte do que eles imaginam e eles veriam isso em uma semana".

O presidente dos EUA, Donald Trump, "tem grandes reivindicações e muitos altos e baixos em suas palavras e ações, e tenta há 15 meses quebrar o Plano de Ação Integral JCPOA", afirmou Rouhani, acrescentando que o pacto histórico é tão forte que "não tenha sido abalado por tais terremotos".
Acabar com o acordo prejudicaria a reputação internacional dos EUA, enquanto o Irã emergiria na opinião pública global como um ator responsável e cooperativo, avaliou o presidente iraniano. "Se eles se retirarem, isso significaria que eles não estão comprometidos com suas palavras", acrescentou.
Rouhani enfatizou que o Irã não pode se dar ao luxo de desperdiçar seu tempo aumentando suas capacidades militares, dizendo: "nós produziremos todas as armas necessárias para defender nosso país em uma região tão volátil […] mas não usaremos nossas armas contra nossos vizinhos".
Rouhani não é o único alto funcionário a alertar os EUA sobre o acordo nuclear. Na semana passada, Ali Akbar Salehi, chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, disse que "condições especiais surgirão" se Washington desistir do acordo. Se os líderes do Irã decidirem agir, haverá "uma surpresa especial para aqueles que saquearem o acordo", continuou ele, conforme citado pela Press TV.
Estamos procurando seriamente preservar nossos interesses e soberania nacionais, mas se os Estados Unidos se retirarem e a Europa e outras grandes potências se retirarem deste acordo, definitivamente faremos algo diferente", acrescentou.
A advertência de Rouhani vem logo após os relatos de que o governo Trump está flutuando estratégias para sair do JCPOA, coloquialmente conhecido como "acordo nuclear com o Irã", e impor novamente sanções a Teerã.
A Casa Branca estabeleceu o dia 12 de maio como o prazo final para o acordo ser renegociado, e Trump já ameaçou que Washington pode desistir do acordo se suas exigências para consertar suas "terríveis falhas" não forem cumpridas. Trump pediu especificamente a remoção das chamadas "cláusulas do pôr-do-sol", que permitem ao Irã retomar gradualmente as atividades nucleares na próxima década.
Trump notoriamente descreveu o acordo como o "pior negócio já negociado" e repetidamente ameaçou descartá-lo. Os proponentes do acordo de 2015 dizem que se retirar agora, os EUA ficarão mais para trás na construção de laços duradouros com Teerã.
Se nos afastarmos do que eles fizeram, serão 30 anos antes de outro presidente sentar-se com os iranianos para negociar", disse o ex-secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que ajudou a negociar o acordo, no Conselho de Assuntos Mundiais de Villanova. Universidade na semana passada. "Então estaremos no caminho certo, se algo der errado, de confronto".
Adotado pelo Irã e pelas principais potências mundiais — a saber, China, França, Rússia, Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha — o JCPOA estipula que Teerã deve reduzir em dois terços o número de suas centrífugas de enriquecimento de urânio, limitar o grau de enriquecimento abaixo do nível necessário para o material para armas, e reduzir seu estoque de urânio enriquecido em 98% por 15 anos.
Em troca, as sanções de uma década impostas a Teerã, relacionadas a alegações de um programa secreto de armas nucleares, foram suspensas. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão internacional encarregado de monitorar a conduta do Irã como parte do acordo, diz que Teerã tem cumprido plenamente seu lado do acordo.

Ministro do STF adia em 5 dias debate que pode beneficiar Lula

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou nesta terça-feira a interrupção em cinco dias do debate sobre uma ação solicitando rever a possibilidade de prisão após uma condenação em segunda instância.
A medida poderia abrir a porta para uma eventual saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da cadeia.
Eu concedo o pedido de suspensão do processo no estado em que está localizado, durante o período indicado", escreveu o magistrado em sua decisão publicada na noite de terça-feira.
O PEN (Partido Nacional Ecológico), um partido conservador, tinha apresentado há algum tempo essa petição, mas na terça-feira a legenda mudou seus advogados e assegurou que iria retirar a solicitação porque iria projetar a imagem que a sigla queria salvar Lula.
O líder do PT foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP), e desde o último sábado está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná.
Seus advogados e sua comitiva estavam confiantes de que os juízes decidiriam que um condenado em segunda instância tem o direito à liberdade até que todos os recursos sejam considerados em níveis superiores (Supremo Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal em si).
Isso beneficiaria não só Lula, que poderia permanecer livre enquanto recorre, mas também outros políticos supostamente corruptos e dezenas de milhares de presos comuns, que teriam a opção de serem libertados.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Singapura, o pequeno grande gigante

Irã promete responder ao ataque de Israel contra base síria

O conselheiro sênior do líder supremo iraniano aiatolá Ali Khamenei avisou que o ataque com mísseis contra a base aérea síria T-4 "não ficará sem resposta", comunicou o canal de TV libanês Al-Mayadeen.

O conselheiro do líder supremo iraniano, Ali Akbar Velayati, descreveu o ataque contra a base síria como um "crime de Israel", acrescentando que este "não ficará sem resposta".

A afirmação foi feita no âmbito da visita do conselheiro à capital síria, Damasco, comunicou o canal de TV libanês Al-Mayadeen, citado pelo jornal The New York Times.

O ministro das Relações Exteriores do Irã condenou o ataque israelense, tendo a agência iraniana informado que no ataque contra a base aérea síria morreram quatro cidadãos iranianos.
Em resposta ao ataque, a chancelaria da Síria enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, afirmando que o país tem o direito de "defender seu território, população e soberania por qualquer meio de acordo com a Carta das Nações Unidas e o direito internacional".
Na segunda-feira (9), a mídia síria informou que a base aérea T-4, localizada na província síria de Homs, foi alvo de um ataque de mísseis.
No mesmo dia, o Ministério da Defesa da Rússia declarou que o ataque foi realizado por dois caças israelenses F-15 com oito mísseis. Segundo o ministério russo, cinco dos oito mísseis foram abatidos pelo sistema de defesa antimíssil sírio.

Especialista: se EUA se atreverem a usar a força na Síria, o ataque será massivo

Se o presidente dos EUA, Donald Trump, se atrever a usar a força na Síria em resposta ao "ataque químico" na cidade de Douma, Washington será obrigado a realizar uma operação de maior envergadura que a de há um ano, disse o especialista do Nicholas Heras em seu artigo na edição Foreign Policy.
Segundo o analista, os ataques de mísseis dos EUA do ano passado contra a base aérea de Shayrat não atingiram o objetivo colocado: os aviões do exército sírio continuaram a voar a partir do aeródromo algumas horas depois do ataque. Além disso, para Heras, os "depósitos de armas químicas" de Damasco não foram destruídos e as forças governamentais continuaram a usá-las.
Para causar danos suficientes a Bashar Assad e lançar o sinal que Trump quer, os EUA deveriam atacar mais alvos para minar as capacidades militares do exército sírio", afirmou Heras.
Segundo o especialista, os EUA podem atacar as instalações militares tanto no leste como no oeste do país.
Anteriormente, a edição Washington Examiner, com referência a uma fonte no Pentágono, informou que na segunda-feira (9) o destróier norte-americano USS Donald Cook zarpou do porto em Chipre e rumou ao litoral da Síria. O navio é armado com 60 mísseis de cruzeiro Tomahawk.
Em janeiro de 2016, a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ, na sigla em inglês) declarou a liquidação total do arsenal de armas químicas na Síria.
Damasco afirmou retiradamente que não possui armas químicas.
Em 26 de fevereiro, o Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia declarou que os terroristas estavam preparando provocações com o uso das substâncias tóxicas em Ghouta Oriental a fim de acusar Damasco do uso de armas químicas. Os militares russos avisaram que os EUA iriam usar essa provocação como pretexto para realizar um ataque contra a Síria.

Ex-chefe da inteligência israelense comenta ataque de Israel à base síria

O ex-chefe da inteligência militar israelense, Amos Yadlin, qualificou o ataque à base síria como episódio da luta de Israel contra presença militar iraniana em suas fronteiras do norte.
As autoridades políticas e militares do país não desmentiram nem confirmaram envolvimento no ataque à base T-4 síria, que, dois meses atrás, foi alvo de bombardeio israelense por ser um provável local de posicionamento de drones iranianos. 
"O ataque, comunicado anteriormente, foi realizado na madrugada passada contra a T-4. É um confronto de dois lados: intenções do Irã de reforçar suas posições na Síria e a firmeza de Israel de não permitir que isso aconteça. Trata-se do primeiro ataque aéreo conhecido desde os incidentes de 10 de fevereiro", lê-se no comentário de Yadlin, publicado nas redes sociais. 
Há dois meses, a Força Aérea israelense afirmou ter derrubado um drone iraniano que invadiu o espaço aéreo do país, e prosseguiu atacando a base T-4, de onde, segundo dados deles, o drone foi lançado. Tendo um caça derrubado, israelenses realizaram ataques a outros alvos no território da Síria, incluindo baterias de defesa antiaérea perto de Damasco. 
Desta vez, foi o Ministério da Defesa russo que responsabilizou a Força Aérea israelense pelo ataque aéreo à instalação militar síria. De acordo com o ministério, dois caças F-15 lançaram 8 mísseis contra a T-4, dentre eles, cinco foram abatidos.
Inicialmente, a mídia síria apontou para os EUA como suspeitos no ataque, que vêm culpando as autoridades sírias do uso de armas químicas e vêm ameaçando com medidas retaliatórias. 
Contudo, os EUA afirmaram não estar envolvidos, uma vez que o ataque era relacionado com a presença iraniana, mas não com a arma química", escreveu Yadlin, não desmentindo probabilidades de futuros ataques dos EUA a alvos sírios.
"Neste sentido, seriam relevantes helicópteros e aviões do regime sírio, capazes de transportar armas químicas, bem como a defesa antiaérea do país, cuja destruição recordaria a [presidente sírio Bashar] Assad sobre sua vulnerabilidade", ressaltou. 
No momento, o ex-chefe do serviço secreto Aman e ex-vice-chefe da Força Aérea de Israel, Amos Yadlin, dedica-se a atividades acadêmicas, sendo o chefe do Instituto de Estudos de Segurança Nacional de Tel Aviv. 

EUA teriam enviado destróier com mísseis para o litoral da Síria

O segundo destróier norte-americano pode chegar ao mar Mediterrâneo nos próximos dias, comunicou o jornal Wall Street Journal, citando fontes no Pentágono.
"Os EUA já posicionaram o destróier USS Donald Cook no leste do mar Mediterrâneo, de onde ele pode participar de qualquer ataque contra a Síria […] O segundo, o USS Porter, poderá chegar lá daqui a uns dias", comunicou a edição
.Ontem (9), o jornal Washington Examiner, citando uma fonte no Pentágono, comunicou que o destróier USS Donald Cook, equipado com 60 mísseis de cruzeiro Tomahawk, zarpou do porto de Chipre em direção à Síria. De acordo com a edição turca Hurriyet, os aviões de combate russos sobrevoaram ao menos quatro vezes a embarcação norte-americana, contudo, o Pentágono não confirmou essas informações.
Anteriormente, o presidente dos EUA, Donald Trump, acusou a Rússia e o Irã de apoiarem o líder sírio Bashar Assad depois de terem surgido informações sobre um alegado ataque químico na cidade síria de Douma, e prometeu decidir sobre medidas retaliatórias em 48 horas.
Moscou e Damasco desmentiram as informações sobre um ataque com cloro alegadamente levado a cabo por militares sírios. O Ministério das Relações Internacionais russo afirmou que essas falsificações têm como objetivo justificar possíveis ataques externos contra a Síria.   

Afinal, quem atacou a base aérea na Síria hoje?

Rússia já enviou cerca de 40 sistemas antiaéreos Pantsir-S1 à Síria nos últimos anos

Nos últimos anos, Rússia tem exportado cerca de 40 sistemas antiaéreos Pantsir-S1 à Síria, declarou à Sputnik uma fonte do Ministério da Defesa russo.
"Rússia forneceu à Síria até 40 sistemas de mísseis Pantsir-S1 para a defesa aérea. Trata-se de exportações, não do material enviado dos depósitos do Ministério da Defesa", afirmou a fonte.
A função principal do sistema de artilharia antiaérea móvel Pantsir-S1 (SA-22 Greyhound, segundo a designação da OTAN) é proteger as instalações civis e militares de aviões, helicópteros, drones, mísseis de cruzeiro e munições de alta precisão.
Instalado sobre a plataforma de um caminhão, cada sistema inclui dois canhões de 30 mm capazes de disparar 40 salvas por segundo e 12 mísseis terra-ar.
Anteriormente, o Ministério da Defesa russo informou que a defesa aérea da Síria teria derrubado cinco de oito mísseis disparados por Israel durante o ataque contra a base aérea de T-4, na província de Homs.
Segundo o comunicado do ministério, a "Força Aérea de Israel, sem invadir o espaço aéreo da Síria, realizou do território libanês ataques com oito mísseis contra a base T-4".

Ataques obrigam reforço do sistema de defesa antiaérea da Síria, alerta analista militar

A Síria deve fortalecer seu próprio sistema de defesa antiaérea para repelir todos os ataques aéreos, incluindo os de Israel, disse à Sputnik o editor-chefe da revista Natsionalnaya Oborona (Defesa Nacional), Igor Korotchenko.
"Mais um ataque da Força Aérea de Israel levanta a questão de fortalecimento da defesa antiaérea síria, incluindo através de novos complexos de curto e médio alcance. O sistema de defesa antiaérea síria deve cobrir de modo independente o território do país e ser capaz de repelir os ataques da aviação inimiga, bem como diferentes mísseis de cruzeiro", ressaltou.
Korotchenko sublinhou que os sistemas russos de defesa antiaérea S-400 e S-300B4, que estão posicionados na Síria, defendem exclusivamente as instalações russas (base aérea em Hmeymim e o posto de abastecimento e manutenção russo em Tartus) e não podem defender a infraestrutura síria.
Na noite de 8 de abril, a base aérea T-4 localizada na província síria de Homs foi atingida por um ataque com mísseis. Segundo a mídia síria, o ataque resultou em vários feridos e mortos. Dois caças F-15 da Força Aérea de Israel realizaram ataques com oito mísseis à base síria T-4, comunicou nesta segunda-feira o Ministério da Defesa russo. As unidades da defesa antimíssil síria, em combate aéreo, conseguiram abater cinco mísseis. Israel ainda não confirmou as informações.
O ataque à base síria foi levado a cabo um dia depois de os EUA, EU e Turquia terem acusado o governo sírio de utilizar armas químicas em Douma.
A organização Capacetes Brancos, cujos voluntários se dedicam ao resgate de vítimas em zonas controladas por grupos rebeldes na Síria, declarou que um helicóptero lançou um barril com uma substância química na noite de 7 de abril, causando dezenas de mortes e deixando centenas de feridos.
Damasco nega todas as acusações, afirmando ter avisado que os radicais na área estavam planejando provocações com o uso de armas químicas.

Rússia: Israel foi o responsável por ataque contra base síria

As autoridades israelenses ainda não confirmaram o incidente, contudo, vários veículos da mídia apontam para a presença de aviões de Israel no local do ataque.
Dois caças F-15 da Força Aérea de Israel realizaram ataques com oito mísseis contra a base síria T-4, comunicou nesta segunda-feira (9) o Ministério da Defesa russo. 
No dia 9 de abril, no período entre as 3h25 e as 3h53, no horário de Moscou [21h25 e 3h53 segundo o horário de Brasília], a Força Aérea de Israel, sem invadir o espaço aéreo da Síria, realizou do território libanês ataques com oito mísseis contra a base T-4. As unidades da defesa antimíssil síria, em combate aéreo, conseguiram abater cinco mísseis", afirmou o ministério russo. 
Os militares russos detalharam também que "três mísseis atingiram a parte ocidental da base". 
Israel ainda não confirmou as informações, enquanto a mídia libanesa informou que aviões de reconhecimento israelenses foram avistados na área no momento do ataque. 
Anteriormente, a agência estatal da Síria SANA comunicou que a base aérea T-4, localizada na província síria de Homs, foi alvo de um ataque de mísseis, apontando suspeitas de envolvimento dos EUA. Contudo, a Casa Branca desmentiu o envolvimento e frisou que, no momento, os EUA não estão realizando operações militares contra a Síria.
O ataque contra a base síria foi levado a cabo um dia depois de os EUA, UE, bem como a Turquia terem acusado o governo sírio de utilizar armas químicas em Ghouta Oriental. Várias mídias, citando fontes militares da área, comunicaram sobre o alegado ataque com cloro gasoso, o que, supostamente, resultou na morte de dezenas de civis.
Damasco vem negando todas as acusações, afirmando ter avisado que os radicais na área estavam planejando provocações com o uso de armas químicas. 
A Rússia e o Irã condenaram as acusações, divulgadas por controversas organizações não-governamentais como os Capacetes Brancos, que já estiveram envolvidos na falsificação de relatórios, qualificando estas acusações como infundadas.